Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
Blocos Econômicos
Blocos Econômicos
União Aduaneira
Estágio mais avançado no processo de integração econômica se comparado à
Zona de Livre Comércio. Pois além da Tarifa Interna Comum, adoram uma Tarifa
Externa Comum (TEC), ou sejam, adotam mesma tarifa para importação de
produtos cuja origem seja extra-bloco. Ademais, há livre circulação de
mercadorias. No caso, não existem barreiras alfandegárias.
Figura 1. Jean Monnet. O político francês, Jean Monnet, foi um dos grandes entusiastas para a criação da
CECA e um dos responsáveis pela criação do Plano Schuman. É atribuída às suas ações diplomáticas a
criação da Europa unida.
Figura 2. Mapa fronteiriço entre o Reino da Prússia, atual Alemanha, e França no século XIX. Observe o
destaque da região de Alsácia e Lorena que seria alvo de disputas beligerantes envolvendo ambos os
países.
Figura 3. Mapa da CECA e Europa dos Seis. Alemanha Ocidental, França, Itália e BENELUX. Destaque-se
que a Argélia, país magrebino no norte da África pertencia à França como colônia. Fonte: Commons
Wikipedia. Disponível em: https://commons.wikimedia.org/wiki/File:ECSC52.png Acesso: 11/08/2021.
PODER LEGISLATIVO
Conselho da União Européia: formada por ministros de cada país-membro.
Onde ocorrem reuniões específicas entre os ministros da educação, ou ministros
de transportes de cada país-membro.
Parlamento Europeu: exerce o poder legislativo numa espécie de câmara baixa
e atua junto com o Conselho Europeu. Tem sede e sessões plenárias em
Estrasburgo, na França, Secretaria Geral em Luxemburgo e reuniões em
Bruxelas.
PODER JUDICIÁRIO
Tribunal de Justiça da União Européia: é o poder judiciário do bloco
econômico e tem como princípio garantir a uniformidade das leis da União
Européia. É sediado em Luxemburgo.
Tribunal de Contas Europeu: tem a função de auditoria contábil das receitas e
despesas das instituições da União Européia. É sediado em Luxemburgo.
Figura 5. Mapa do referendo do Brexit. Leave: 51,9% and Remain: 48,1%. Referendo realizado dia 23 de junho de
2016. Fonte: The Washington Post. Disponível em:
https://www.washingtonpost.com/news/worldviews/wp/2016/06/24/this-map-shows-britains-striking-
geographical-divide-over-brexit/ acesso: 11/08/2021.
O resultado foi apertado para a saída (leave) que obteve 51,9% dos votos contra
48,1% que desejavam permanecer (remain) na União Européia. A diferença é de
1,2 milhão de votos. As consequências políticas e econômicas do Brexit são
enormes, a começar pela renúncia imediata de David Cameron por não
concordar com a saída e não se sentir confortável em meio à transição. Quem
assumiu o cargo de Primeiro-Ministro foi Theresa May, em 19 de julho, que
tentou conduzir o Reino Unido para fora do bloco, mas acabou renunciando
também em maio de 2019 sem conseguir concluir a saída.
Breve comentário sobre o Reino Unido
O Reino Unido é composto por quatro nações constituintes, cuja união remonta
ao século XVIII. As nações são: Escócia, Inglaterra, País de Gales e Irlanda do
Norte. Formou-se em 1707, quando os Atos da União agregaram os parlamentos
da Escócia e da Inglaterra a fim de se criar a Grã-Bretanha. A junção da Irlanda
ocorreu em 1800 quando o Ato de União estabelece a união entre Grã-Bretanha
e o reino da Irlanda e se consolida, portanto, o Reino Unido da Grã-Bretanha e
Irlanda. No ano de 1922 houve fragmentação no Reino da Irlanda com a criação
de dois países. Surgia o Estado Livre Irlandês, atual República da Irlanda, e a
Irlanda do Norte que pertence ao Reino Unido. A partir de 1927 surge o nome
Reino Unido da Grã-Bretanha e Irlanda do Norte que é popularmente conhecido
apenas como Reino Unido.
A justificativa para a saída do bloco se assenta numa série de prerrogativas
fortemente nacionalistas. Além da bandeira nacional, pesou a questão
migratória. As justificativas econômicas também foram importantes para a saída
da União Européia.
O mapa eleitoral do Brexit foi bastante polemizado após o pleito porque nas
capitais Londres (Inglaterra), Cardiff (Gales), Belfast, (Irlanda do Norte) e
Edimburgo (Escócia) a maioria votou pelo ‘’remain’’, ou seja, permanência. As
regiões da Grande Londres, bem como a Escócia e a Irlanda do Norte desejariam
permanecer na União Européia e após o referendo essas regiões cogitaram
permanecerem no bloco econômico, ainda que saíssem do Reino Unido,
especialmente a Escócia. A propósito, em 2014 houve novo referendo na
Escócia a fim de votarem sua permanência ou independência do Reino Unido, a
vitória foi de união.
Histórico
O contexto regional, da América do Sul, nas décadas anteriores ao processo de
integração econômica do Mercosul é de tensão geopolítica e disputas regionais
entre Brasil e Argentina. As rivalidades entre as duas maiores economias
regionais envolviam o uso da Bacia do Prata e uma tensão nuclear.
Em 1966, fora assinado acordo entre Brasil e Paraguai a respeito de uso das
águas dos rios Paraguai e Paraná e em 1973 ambos acordaram a construção da
Binacional Itaipu. A Argentina questionava o uso das águas à montante, pois
afirmava ter pretensões de construir infraestrutura à jusante da Bacia do Prata.
Em 1979, houve assinatura de acordo tripartite para uso da Bacia do Prata entre
Argentina, Brasil e Paraguai, no que ficaria conhecido como diplomacia da
cachoeira.
No ano de 1991, Argentina e Brasil assinam o Acordo de Guadalajara que trata
do uso nuclear exclusivamente pacífico entre ambos. Tal assinatura minimizou
as rusgas entre os países quanto à questão nuclear. No momento desse acordo
já havia importantes movimentos de aproximação diplomática entre ambos e o
Mercosul já tinha sido criado.
O ano de 1982 foi importante para reaproximação entre Brasil e Argentina, pois
neste ano estourou a Guerra das Malvinas/Falklands que trouxe para o tabuleiro
geopolítico a disputa entre Argentina e Reino Unido sobre as ilhas
Malvinas/Falklands. O Brasil se manteve neutro na guerra e fechou o espaço
aéreo, o qual poderia ser utilizado pela Inglaterra e certamente lhe conferiria
importante região estratégica. A neutralidade do Brasil foi bem recebida pelos
nossos vizinhos hermanos.
Em 1985, Argentina e Brasil assinam a Declaração de Iguaçu com notáveis
interesses de aproximação entre ambos e com objetivos de integração
econômica. Este momento coincide com o processo de redemocratização de
ambos os países. No ano de 1986, sob iniciativa do Brasil, e apoio da Argentina,
criam o fórum de cooperação e diálogo do ZOPACAS. A Zona de Paz e
Cooperação do Atlântico Sul envolve os países banhados pelo oceano Atlântico
meridional. Tais iniciativas fizeram convergir em muito a política externa de Brasil
e Argentina.
Tentativas de integração
Em 1960, fora criado a Associação Latino-Americana de Livre Comércio
(ALALC) no que ficaria conhecido como o primeiro Tratado de Montevidéu
(TM60). A década de 1960 era marcada por processo de industrialização de
países da América Latina e os países precisavam expandir seus mercados.
Havia o objetivo de expandir seus mercados nacionais e criar economias de
maior escala. Sob o pano de fundo se pretendia criar uma Zona de Livre
Comércio na América Latina. Pertenciam à ALALC a Argentina, Brasil, Chile,
México, Paraguai, Peru e Peru e, em 1970, houve adesão de Bolívia, Colômbia,
Equador e Venezuela. No ano de 1999 houve adesão de Cuba.
Figura 7. Mercosul em números com dados de 2017. A diferença dentro do bloco econômico é enorme
quando se compara o Brasil com os demais países-membros. Fonte: CIA WORLD FACTBOOK, IBGE.
Disponível em: https://www12.senado.leg.br/noticias/materias/2017/09/04/em-um-quarto-de-seculo-
mercosul-viveu-euforia-e-crises Acesso em 11/08/2021.
É no ano de 2001 que o economista Jim O’Neil cunhou a expressão BRICs para
se referir às economias emergentes de Brasil, Rússia, Índia e China. Sigla em
inglês que significa bloco, mas que na realidade não nasceu como bloco
econômico e não se tem no horizonte essa perspectiva – ao menos no curto
prazo. Naquele contexto esses países apresentavam potencial de crescimento
econômico que poderia ultrapassar as economias desenvolvidas em 50 anos.
Ou seja, se se pretendesse investir em algum país, o melhor seria olhar para
essas potências regionais.
Histórico:
Em 1988, os Estados Unidos e Canadá formam um acordo de liberdade
econômica com objetivos de minimizar barreiras comerciais entre ambos. A
adesão mexicana ocorreu em 1992. O NAFTA entrou em vigor somente em
1994.