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QUANDO DE

MINHAS
MGOAS A
COMPRIDA
IMAGINAO
TRABALHO REALIZADO POR:
-GERMANO MOREIRA N15
NO MBITO DA DISCIPLINA DE PORTUGUS .

Quando de minhas mgoas a comprida


Imaginao os olhos me adormece,
Em sonhos aquela alma me aparece
Que para mim, foi sonho nesta vida
L numa saudade, onde estendida
A vista pelo campo desfalece,
Corro para ela; e ela ento parece
Que mais de mim se alonga, compelida.
Brado: - No me fujais, sombra benina!
Ela, os olhos em mim c'um brando pejo,
Como quem diz que j no pode ser,
Torna a fugir-me; e eu gritando: - Dina...
Antes que diga: - mene, acordo, e vejo
Que nem um breve engano posso ter.

LUS VAZ DE CAMES


Lus Vaz de Cames nasceu possivelmente em Lisboa
em 1524 e faleceu a 10 de junho de 1579 ou 1580
tambm em Lisboa, pouco se sabe sobre ele.
considerado uma das maiores figuras da literatura
lusfona e um dos grandes poetas do Ocidente.
Escreveu obras como os Lusadas mas tambm
poemas entre eles este poema aqui apresentado.

ASSUNTO DO POEMA
Uma das muitas amadas de Cames aparece em
formato de alma e no fisicamente, no entanto o sonho
transforma-se em trauma: quanto mais ele se
aproxima dela, mais ela se afasta. O homem,
desesperado, grita, clama para que ela fique, mas a
resposta categrica: j no pode ser. E foge
novamente...

RECURSOS EXPRESSIVOS
Comparao- ()Ela, os olhos em mim c'um brando pejo,
Como quem diz que j no pode ser,()
Personificao-() L numa saudade, onde estendida
A vista pelo campo desfalece,
Corro para ela; e ela ento parece
Que mais de mim se alonga, compelida.()

ORIGEM DO POEMA
A mulher que fala no poema uma chinesa por quem Cames
se apaixonou e que morreu na foz do Mecongue, na costa do
actual Vietname, num naufrgio em que Cames sobreviveu
diz-se que ele j estaria a escrever o poema e apesar do
naufrgio conseguiu salv-lo e continu-lo.

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