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Locke e o entendimento

como objeto de análise


filosófica
Módulo 4, Capítulo 7

Disciplina: Filosofia
Ano/Série: 1º EM
Docente: Caroline
Desafio: Feche os seus olhos e tente
imaginar uma cor nova, que não seja
baseada em nenhuma cor que já
existe.
https://www.youtube.com/watch?v=4
gxq_WjqlBo
John Locke (1632 - 1704) e o empirismo

• John Locke desempenhou um papel


significativo na elaboração do pensamento
empirista ou o empirismo, uma corrente
filosófica da modernidade que ofereceu uma
resposta ao problema da origem do
conhecimento da realidade.

• Na obra Ensaio sobre o entendimento humano


(1689), Locke tem como objetivo expor os
limites e o alcance do conhecimento a partir
da análise do entendimento.
O empirismo
• Ao contrário do racionalismo cartesiano que
defendia o inatismo, o empirismo argumenta
que as nossas ideias são adquiridas e
desenvolvidas por meio da experiência.

• Para os empiristas, a nossa razão é como


uma "folha em branco", onde nada foi
escrito.

• Para os empiristas a primeira fonte de


conhecimento é a experiência dos sentidos.

• Seus principais expoentes são Francis


Bacon, John Locke e David Hume.
Descartes Qual é a fundamentação do Bacon
Leibniz conhecimento? Locke
Spinoza Hume

RACIONALISMO EMPIRISMO

1) inspiração na 1) as ideias derivam


matemática e das sensações
geometria 2) o ser humano é uma
2) conhecimento tábula rasa
seguro parte do 3) todas as verdades
sujeito racional são conquistadas
3) todas as verdades através do método
são deduzidas a indutivo
partir das ideias
inatas
A recusa do inatismo
Conhecimento inato = tudo aquilo que está presente na mente humana
no momento de seu surgimento, isto é, as ideias são próprias da mente e
não foram obtidas pela experiência.

• Se algumas noções são inatas, devem ser compartilhadas por todos os


indivíduos, isto é, devem possuir uma aceitação universal.

• Locke, valendo-se do método de análise histórico, afirma que não é


possível encontrar nenhum princípio que seja universalmente
aceito, nem mesmo os da lógica - basta lembrar das crianças.

• Locke também afirma que os princípios práticos, isto é, a moral,


também não são inatos.
A origem das ideias
• Para Locke, todo o conteúdo presente no
entendimento, isto é, todas as ideias têm a sua
origem na experiência.

• Os sentidos, segundo Locke, são afetados pelos


objetos materiais existentes, e essa experiência
conduz à formação do conteúdo presente no
entendimento, as ideias:

➔ Ideias de sensação: são aquelas que se formam


mediante o contato dos sentidos com os objetos
no mundo (cor, som, sabor, extensão, etc.).

➔ Ideias de reflexão: são aquelas formadas no


próprio entendimento e que se originam da
percepção (comparar, somar, acreditar, desejar,
As ideias simples, as ideias compostas e as ideias
gerais
• A sensação e a reflexão fornecem ao entendimento o que Locke
denomina de “ideias simples”, que são “matérias-primas” do
conhecimento.

• Entretanto, o entendimento não é apenas passivo: ele realiza


operações com as ideias, combinando-as e dando origem às ideias
compostas.

• O entendimento também separa as ideias de todas as coisas que as


acompanham, através da abstração, possibilitando a formação das
ideias gerais, que permanecem alojadas na memória.
A mente humana como uma “tábula rasa”

Assim, segundo Locke, a mente é como


uma tábula rasa ou uma folha em
branco, que vai sendo preenchida pelos
conteúdos recolhidos pela experiência
(externa e interna).
Após receber as ideias, o entendimento
se familiariza com elas e guarda-as na
memória, abstraindo das características
particulares até chegar ao ponto de
permanecer somente os traços gerais.
Sistematização

Página 170, exercícios 1, 4 e 5.

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