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A ORIGEM DA PSICOLOGIA CIENTIFICA

A ciência compõem-se de um conjunto de conhecimentos sobre fatos ou aspectos da


realidade (objeto de estudo), expresso por meio de uma linguagem precisa e rigorosa.
Esses conhecimentos devem ser obtidos de maneira programada, sistemática e
controlada, para que se permita a verificação de sua validade (BOCK 1999, p 24)
Um conhecimento, para ser considerado cientifico, requer um objeto específico de
estudo.
Objeto de estudo da psicologia era a “psique”, ou seja, “mente”. Para Augusto Comte
(1798 – 1857) – O objeto de estudo não era observável.
A psicologia precisava ter o seu objeto de estudo para se manter enquanto ciência.
Mas segundo as exigências do positivismo exigido na época este objeto de estudo
tinha que ser observável.
Como a psicologia pode provar isso?
Augusto Comte (1798 – 1857)
Foi um filósofo francês que formulou a doutrina do Positivismo.

O positivismo: é uma corrente filosófica que surgiu na França no começo do século


XIX e que reconhece somente os fenômenos naturais ou fatos que são objetivamente
observáveis. Inspirada no ideal de progresso contínuo da humanidade.
Para Comte (188) a ciência tem, como objetivo, pesquisar as leis que reagem os
fenômenos: “só o conhecimento das leis dos fenômenos, cujo resultado constante é o
de fazer com que possamos prevê-los, evidentemente pode nos levar, na vida ativa, a
modifica-los em nosso benefício” (SILVINO, 2007, p.280).
DIVERSIDADE DE OBJETOS DA PSICOLOGIA
Segundo Bock (1999), um psicólogo comportamentalista, dirá: “o objeto de estudo da
psicologia é o comportamento humano”.
Se a palavra for dada a um psicólogo psicanalista, ele dirá: “o objeto de estudo da
psicologia é o inconsciente”. Outros dirão que é a consciência humana, e outros,
ainda, a personalidade.
No sentido mais amplo, o objeto de estudo da psicologia é o homem.
Quando falamos em objeto específico, nos referimos: a linguagem rigorosa, métodos
e técnicas específicas, processo cumulativo do conhecimento que supera o senso
comum. Um conhecimento, para ser considerado científico, requer um objeto
específico de estudo.
A psicologia tem como matéria-prima, o homem em todas as suas expressões, as
visíveis (comportamento) e as invisíveis (sentimentos), as singulares (porque somos o
que somos) e as genéricas (porque somos todos assim) – é o homem-corpo, homem-
pensamento, homem-afeto, homem-ação, e tudo isso está sintetizado no termo
subjetividade.
A psicologia, como um ramos das ciências humanas e a sua identidade, isto é, aquilo
que a diferencia, pode ser obtida considerando-se que cada um desses ramos (ou seja
teorias) enfoca de maneira particular o objeto homem, construindo conhecimentos
distintos e específicos a respeito dele.
O que diferencia a psicologia das demais ciências humanas é a sua concepção sobre
o Homem.
Subjetividade
A subjetividade é a maneira de sentir, pensar, fantasiar, sonhar, amar e fazer de cada
um. É que constitui o nosso modo de ser (BOCK et al. 1999, p.28).
Para Bock (1999), "a subjetividade--é o mundo de ideias, significados e emoções
construído internamente pelo sujeito a partir de suas relações sociais, de suas
vivências e de sua constituição biológica; é, também, fonte de suas manifestações
afetivas comportamentais " (Bock et al. 1999, p. 28).
Com o estudo da subjetividade, a psicologia contribui para a compreensão da
totalidade da vida humana.
A subjetividade é a categoria chave para a compreensão do psiquismo. Psiquismo é
definido como o conjunto de características psicológicas de um indivíduo, ou o
conjunto de fenômenos psíquicos e processos da evolução mental.

PARA QUE A PSICOLOGIA PUDESSE SE TORNAR UMA CIÊNCIA ELA


PRECISOU DE 3 BASES FILOSÓFICAS:
 POSITIVISMO – Exigia que a psicologia tivesse um objeto observável para se
tornar uma ciência;
 MATERIALISMO – considera os fatos do universo como suficientemente
explicados em termos físicos pela existência e natureza da matéria.
 EMPIRISMO – estava ligado ao desenvolvimento da mente como ela adquire o
conhecimento.
Das três, destaca-se o EMPIRISMO
CONTRIBUIÇÕES DO EMPIRISMO PARA PSICOLOGIA
PRINCÍPIOS DO EMPIRISMO:
- O papel principal do processo da sensação;
- A análise da experiência consciente dos elementos;
- A síntese dos elementos em experiências mentais complexas mediante o
processo da associação:
- o enfoque nos processos conscientes.
O Empirismo é uma corrente Filosófica que busca entender de que forma se dá o
conhecimento humano.
Empirismo vem da palavra grega "empeiria", que significa experiência.
PRINCÍPIOS DO EMPIRISMO

 Nossa estrutura cognitiva é formada com base na experiência prática. As


sensações e percepções são fruto de um conjunto de vivências que adquirimos
por meio dos sentidos,
 As ideias simples são formadas com base na experiência imediata que
conhece objetos (ex, carro). Ideias complexas são junções de duas ou mais
ideias simples, perfazendo elementos compostos que não existem na
realidade;
 A síntese dos elementos em experiências mentais complexas mediante o
processo da associação;
 o enfoque nos processos conscientes.

OS PRINCIPAIS EMPIRISTAS FORAM:


John Locke (1632-1704): Como a mente adquire conhecimento (por meio da
experiência). Tábula Rasa. Nessa teoria, ele comparava a mente humana com um
Tábula Rasa, podendo também ser comparada com uma folha de papel totalmente
em branco.
George Berkeley (1685-1753): Todo conhecimento era uma função ou dependia
da experiência ou percepção do indivíduo.
Davi Hume (1711-1776): Três Ieis de associação: Iei da semelhança ou
similaridade, a Iei da contiguidade no tempo ou no espaço e a lei da causa e do
efeito. As ideias não são inatas, mas derivam das sensações e das percepções
que o ser humano adquire.
David Harley (1705-1757): Foi o primeiro a aplicar a teoria da associação para
explicar todos os tipos de atividades mentais. Repetição: Quanto mais frequente é
a ocorrência de duas ideias simultâneas, mais rápida seria sua associação.
James Mill (1773-1836): Mente como uma máquina. Mente não passa de uma
máquina. A mente não possuía uma função criativa.
Thomas Hobbes: Para quem o conhecimento é advindo da experiência, que é
constituída pelo conjunto dos graus do conhecimento, ou seja: sensação,
percepção, imaginação e memória.
Francis Bacon: Para quem o método filosófico e científico deve partir do método
indutivo, que surge com base na observação da repetição de eventos,
John Stuart (1806-1873): Filho de James Mill. Era contra as ideias do pai. A
mente exercia um papel ativo na associação de ideias.

Esses empiristas contribuíram para dar base a psicologia científica.


Wilhelm Wundt (1832 – 1920)
Médico alemão na universidade de Leipzig por volta de 1910 com colegas psicólogos.
Wundt era um professor de filosofia que conduzia experimentos sistemáticos em
psicologia.
A Origem da Psicologia Científica
A Psicologia se estabeleceu com ciência na Alemanha, na cidade de Leipzig. Quando
Wilhelm Wundt, no final do século XIX, montou o primeiro laboratório para realizar
experimentos de psicofisiologia. E importante destacarmos que no século XIX a
ciência estavam em crescimento na Europa Ocidental: Alemanha, França e Inglaterra

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