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John Locke foi um dos filósofos mais influentes da Modernidade e propôs uma teoria de

conhecimento que defendia o empirismo. Suas investigações sobre como a mente adquire
conhecimento resultaram no estabelecimento de limites para o papel da razão e estiveram
relacionadas com teorias científicas da época.

Embora seja descrito como uma pessoa de personalidade calma, teve envolvimento na
oposição ao absolutismo inglês e seus argumentos voltaram-se para a defesa da liberdade
individual. Sua principal contribuição, como pensador político, está expressa na relação entre
governantes e governados: a obediência só é devida mediante a proteção dos direitos naturais.

"John Locke nasceu em 1632, no condado de Somerset (Inglaterra). É o primogênito de John e


Agnes Locke, ambos de orientação puritana, sendo a família completada pelo irmão, Thomas.
O alinhamento de seu pai às tendências parlamentaristas, associado aos ideais calvinistas, que
estava em contraste com o poder monárquico absolutista instituído na época, influenciou a
educação desse pensador, o que pode ser manifestamente observado em seus escritos.

Apesar de sua família não ser considerada abastada, esse pensador teve acesso a duas grandes
instituições educacionais da época. Atribui-se a admissão de John Locke no prestigioso colégio
londrino Westminster, em 1647, a Alexander Popham, que lutou ao lado de seu pai na guerra
civil de 1642 contra as forças do rei Carlos I. A disposição do jovem para os estudos é
demonstrada pela conquista de uma bolsa de estudos, em 1650, o que já o encaminharia para
continuar sua formação na Christ Church, renomada faculdade associada à Universidade de
Oxford, aos 20 anos de idade.

Apesar das críticas ao ensino predominantemente aristotélico em Oxford, foi nessa instituição
que entrou em contato com a filosofia de René Descartes e começou amizade com o cientista
Robert Boyle. Começou a se aproximar, assim, da Filosofia Natural, que valorizava a
experiência, e não o conhecimento livresco, isto é, que provém unicamente dos livros. Embora
tenha concluído o curso superior em 1656, permaneceu associado à universidade e lecionou
por alguns anos. Concluiu também o curso de medicina, em 1674, após ser influenciado pelo
médico Thomas Sydenham e participar de visitas a seus pacientes.

A Política segundo John Locke


Locke defendia a liberdade intelectual e a tolerância. Foi precursor de muitas ideias
liberais, que só floresceram durante o iluminismo francês no século XVII. Locke criticou
a teoria de direito divino dos reis.
Para Locke, a soberania não reside no Estado, mas sim na população. Afirmava que,
para assegurar um Estado de direito, os representantes do povo deviam promulgar as
leis e o rei ou o governo executá-las.
Assim, apresentou uma teoria de divisão de poderes, que propunha o equilíbrio entre o rei e o

parlamento.

Obras de John Locke


 Cartas sobre a tolerância (1689)
 Dois tratados sobre o governo (1689)
 Ensino acerca do entendimento humano (1690)
 Pensamentos sobre a educação (1693)

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