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Filosofia
THOMAS HOBBES
Hobbes quis fundar a sua filosofia política sobre uma construção racional da sociedade,
que permitisse explicar o poder absoluto dos soberanos. Mas as suas teses, publicadas
ao longo dos anos, e apresentadas na sua forma definitiva no Leviatã, de 1651, não
foram bem aceites, nem por aqueles que, com Jaime I, o primeiro rei Stuart de
Inglaterra, defendiam que «o que diz respeito ao mistério do poder real não devia ser
debatido», nem pelo clero anglicano, que já em 1606 tinha condenado aqueles que
defendiam «que os homens erravam pelas florestas e nos campos até que a
experiência lhes ensinou a necessidade do governo.
Hobbes não se contentou em rejeitar o direito divino do soberanos, fez tábua rasa de
todo o edifício moral e político da Idade Média. A soberania era em Hobbes a projeção
no plano político de um individualismo filosófico ligado ao nominalismo, que conferia
um valor absoluto à vontade individual. A conclusão das deduções rigorosas do
pensador inglês era o gigante Leviatã, dominando sem concorrência a infinidade de
indivíduos, de que tinha feito parte inicialmente, e que tinham substituído as suas
vontades individuais à dele, para que, pagando o preço da sua dominação, obtivessem
uma proteção eficaz. Indivíduos que estavam completamente entregues a si mesmos
nas suas atividades normais do dia-a-dia.
Segundo Rousseau o homem é bom por natureza, para Locke o homem é neutro, ou
pelo menos tem tendência de ser bom, e para Hobbes, o homem é mau por natureza.
Rousseau salienta que lá no estado de natureza o homem não é um ser sociável, para
Hobbes, o homem no estado de natureza tem contacto com outros seres humanos e é
por isso que surge a guerra de todos contra todos, no caso de Locke, também existe
contacto de um indivíduo com outro, por isso ele fala do direito a propriedade privada
e comércio entre pessoas.
JOHN LOCKE
Locke criticou a teoria do direito divino dos reis, formulada pelo teólogo e bispo
francês Jacques Bossuet. Para Locke, a soberania não reside no Estado, mas sim na
população. Embora admitisse a supremacia do Estado, Locke dizia que este deve
respeitar as leis natural e civil.
Locke, assim como Montesquieu, defendia que o poder deveria ser dividido em:
Executivo, Legislativo e Judiciário. De acordo com sua visão, o Poder Legislativo, por
representar o povo, era o mais importante e, portanto, os outros dois deveriam estar
subordinados a ele. Vale lembrar que, no entendimento de Montesquieu, deveria
haver uma relação de equilíbrio entre os três poderes.
NICOLAU MAQUIAVEL
Encontramos em Maquiavel uma critica ao aristotelianismo teológico, aceito pela
igreja, e a relação da igreja com o estado, que levaria muitas decisões práticas a serem
tomadas com base em ideais imaginários. O aristotelianismo teológico foi a mais
sofisticada forma de justificação do cristianismo e, na visão de Maquiavel, teve como
efeito justificar a preguiça e inação das pessoas frente aos desafios da vida e da
sociedade, ao esperar pela providência divina para solucionar tais desafios. Este
posicionamento, de recusa da sorte e destino baseados em algo externo a vida
humana, classificou Maquiavel como um humanista. Enquanto encontramos em
filósofos como Platão a descrição da politica, tornando-o mais próximo de Maquiavel
do que Aristóteles, tais filósofos sempre tiveram uma inclinação para posicionar a
filosofia acima da politica, enquanto Maquiavel recusava qualquer ideia teleológica,
aquelas que postulam causas finais ideais.
CONCLUSÃO
A política, na filosofia, deve ser entendida num sentido amplo, que envolve as relações
entre os habitantes de uma comunidade e seus governantes e não apenas como
sinônimo de partidos políticos.
Esses pensadores trazem pensamentos políticos discutidos até hoje, sendo muito
importantes para o entendimento político muito necessário nos dias atuais.
BIBLIOGRAFIA
Info escola
Maquialvel, por Willyans Maciel
Eduardo Mondlane, pensamento político de Rousseau