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Colégio Estadual João Manoel Mondrone

Filosofia

Nome: Tomás A. Ribeiro da Silva


Número: 28
Data: 28/11/2018
Professor:
INTRODUÇÃO
A filosofia na antiguidade com Sócrates, Platão e Aristóteles já desencadeava uma
discussão politica muito forte, colocando o homem e suas ações como objeto principal
dos estudos.
Na filosofia moderna se encontram alguns pensadores como John Locke, Rousseau,
Maquiavel e Hobbes que discutem a política de formas diferentes.,

THOMAS HOBBES
Hobbes quis fundar a sua filosofia política sobre uma construção racional da sociedade,
que permitisse explicar o poder absoluto dos soberanos. Mas as suas teses, publicadas
ao longo dos anos, e apresentadas na sua forma definitiva no Leviatã, de 1651, não
foram bem aceites, nem por aqueles que, com Jaime I, o primeiro rei Stuart de
Inglaterra, defendiam que «o que diz respeito ao mistério do poder real não devia ser
debatido», nem pelo clero anglicano, que já em 1606 tinha condenado aqueles que
defendiam «que os homens erravam pelas florestas e nos campos até que a
experiência lhes ensinou a necessidade do governo.

A justificação de Hobbes para o poder absoluto é estritamente racional e friamente


utilitária, completamente livre de qualquer tipo de religiosidade e sentimentalismo,
negando implicitamente a origem divina do poder.

O que Hobbes admite é a existência do pacto social. Esta é a sua originalidade e


novidade.

Hobbes não se contentou em rejeitar o direito divino do soberanos, fez tábua rasa de
todo o edifício moral e político da Idade Média. A soberania era em Hobbes a projeção
no plano político de um individualismo filosófico ligado ao nominalismo, que conferia
um valor absoluto à vontade individual. A conclusão das deduções rigorosas do 
pensador inglês era o gigante Leviatã, dominando sem concorrência a infinidade de
indivíduos, de que tinha feito parte inicialmente, e que tinham substituído as suas
vontades individuais à dele, para que, pagando o preço da sua dominação, obtivessem
uma proteção eficaz. Indivíduos que estavam completamente entregues a si mesmos
nas suas atividades normais do dia-a-dia.

Infinidade de indivíduos, porque não se encontra em Hobbes qualquer referência nem


à célula familiar, nem à família alargada, nem tão-pouco aos corpos intermédios
existentes entre o estado e o indivíduo, velhos resquícios da Idade Média. Hobbes
refere-se a estas corporações no Leviatã, mas para as criticar considerando-as
«pequenas repúblicas nos intestinos de uma maior, como vermes nas entranhas de um
homem natural». Os conceitos de «densidade social» e de «interioridade» da vida
religiosa ou espiritual, as noções de sociabilidade natural do homem, do seu instinto
comunitário e solidário, da sua necessidade de participação, são completamente
estranhos a Hobbes.

Jean Jacques Rousseau


Rousseau é autor contratualista, porém, ele tem algumas diferenças em relação a
Hobbes e Locke. O que tem de semelhante é o estado de natureza e de sociedade, mas
Rousseau vai mais além, o seu objecto não é analisar o aspecto jurídico, ele analisa o
que sustente esse aspecto jurídico. Na visão dele o que sustenta o aspecto jurídico do
Estado é a esfera social. Rousseau trabalha com três momentos não com dois, como os
outros. Rousseau fala do Estado de natureza, estado de sociedade, e momento do
contrato social.

Segundo Rousseau o homem é bom por natureza, para Locke o homem é neutro, ou
pelo menos tem tendência de ser bom, e para Hobbes, o homem é mau por natureza.
Rousseau salienta que lá no estado de natureza o homem não é um ser sociável, para
Hobbes, o homem no estado de natureza tem contacto com outros seres humanos e é
por isso que surge a guerra de todos contra todos, no caso de Locke, também existe
contacto de um indivíduo com outro, por isso ele fala do direito a propriedade privada
e comércio entre pessoas.

De acordo com Rousseau, o homem lá no início da civilização não tinha contacto um


com outro. Pois, quando começaram a surgir os grupos sociais espalhados pelo
mundo, não havia contacto um com outro. No primeiro momento, sobretudo, no
estado de natureza os indivíduos não tinham contacto um com outro, os indivíduos
não sabiam quem eram os outros grupos, portanto, os indivíduos viviam bem. Viviam
bem porque eles são bons por natureza, pois, tiravam tudo da natureza e não tinham
contacto com as outras pessoas, eles não conheciam o que era uma propriedade
privada.

JOHN LOCKE
Locke criticou a teoria do direito divino dos reis, formulada pelo teólogo e bispo
francês Jacques Bossuet. Para Locke, a soberania não reside no Estado, mas sim na
população. Embora admitisse a supremacia do Estado, Locke dizia que este deve
respeitar as leis natural e civil.

Locke também defendeu a separação da Igreja do Estado e a liberdade religiosa,


recebendo por estas ideias forte oposição da Igreja Católica.

Locke, assim como Montesquieu, defendia que o poder deveria ser dividido em:
Executivo, Legislativo e Judiciário. De acordo com sua visão, o Poder Legislativo, por
representar o povo, era o mais importante e, portanto, os outros dois deveriam estar
subordinados a ele. Vale lembrar que, no entendimento de Montesquieu, deveria
haver uma relação de equilíbrio entre os três poderes.

Embora defendesse que todos os homens fossem iguais, foi um defensor da


escravidão. Não relacionava a escravidão à raça, mas sim aos vencidos na guerra. De
acordo com Locke, os inimigos e capturados na guerra poderiam ser mortos, mas como
suas vidas são mantidas, devem trocar a liberdade pela escravidão.

NICOLAU MAQUIAVEL
Encontramos em Maquiavel uma critica ao aristotelianismo teológico, aceito pela
igreja, e a relação da igreja com o estado, que levaria muitas decisões práticas a serem
tomadas com base em ideais imaginários. O aristotelianismo teológico foi a mais
sofisticada forma de justificação do cristianismo e, na visão de Maquiavel, teve como
efeito justificar a preguiça e inação das pessoas frente aos desafios da vida e da
sociedade, ao esperar pela providência divina para solucionar tais desafios. Este
posicionamento, de recusa da sorte e destino baseados em algo externo a vida
humana, classificou Maquiavel como um humanista. Enquanto encontramos em
filósofos como Platão a descrição da politica, tornando-o mais próximo de Maquiavel
do que Aristóteles, tais filósofos sempre tiveram uma inclinação para posicionar a
filosofia acima da politica, enquanto Maquiavel recusava qualquer ideia teleológica,
aquelas que postulam causas finais ideais.

Embora seguidores de Maquiavel tenham preferido métodos mais pacíficos e


baseados na economia para promover o desenvolvimento, é aceito que a posição de
aceitação de riscos, ousadia, ambição e inovação que Maquiavel sugere aos lideres
políticos ajudou a fundar novos modos de se fazer politica e negócios.

CONCLUSÃO
A política, na filosofia, deve ser entendida num sentido amplo, que envolve as relações
entre os habitantes de uma comunidade e seus governantes e não apenas como
sinônimo de partidos políticos.
Esses pensadores trazem pensamentos políticos discutidos até hoje, sendo muito
importantes para o entendimento político muito necessário nos dias atuais.

BIBLIOGRAFIA
Info escola
Maquialvel, por Willyans Maciel
Eduardo Mondlane, pensamento político de Rousseau

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