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UNIVERSIDADE FEDERAL DA INTEGRAÇÃO LATINO AMERICANA

Discente: Tomás Antonio Ribeiro da Silva

Docente: Patricia Sposito Mechi

Curso: Engenharia Civil de Infraestrutura

Comentário crítico sobre o filme "Terra em transe"

É dificil acreditar como um filme com tanto dizer sobre politica, governantes e o
povo em busca de seus ideias ter sido lançado em 1967, anos em que no Brasil viviamos
uma ditadura que cerceava a opnião e as formas de expressar nossas visões sobre
politica. Ao assistir o filme é impossivel não associar a realidade atual que vemos em
social, não só atual mas com toda sua história presidencialista.

O filme retrata um lugar chamado Eldorado que é uma metafora para a américa
latina cheio de governantes, ditaduras e promessas. A obra não se prende a um lado,
direita ou esquerda, nos mostra como tudo isso é apenas uma questão de egos. O proprio
protagonista se demontra passear por dois lados, ao deixar de apoiar Diaz para apoiar
um novo candidato que pudesse trazer mudanças reais ao país. Paulo Martins é um
poeta e isso é muito bem demonstrado no filme com alguns treços que trazem poesia
duranta a trama, algo que é muito diferente dos filmes que costumamos assistir.

A politica populista insustentavel que sempre esteve presente em nosso país


também é muito bem retratada com personagem Felipe Vieira, um governante populista
que se está aos braços do povo, cheio de promessas de campanha, “ouvindo” o que o
povo tem a dizer mas tudo isso apenas para alimentar sua imagem, sua demagogia é
bem demonstrada quando no povoado de Alecrim o povo que la ocupa estão prestes a
serem despejados, pois aquelas terras tem um dono, certamente um latifundiario
obcecado pelo pedaço de terra que a muito herdou de sua familia. Quando o povo de
Alecrim vai a Felipe Vieira para pedir sua ajuda, ele se demonstra impassivel.

Glauber Rocha faz um trabalho incrivel como diretor neste filme com planos
sequência que nos levam diretamente para dentro filme. Mas uma caracteristica que
chama a atenção é que o filme não é linear, a cenas não necessariamente acontecem em
ordem o filme vai e volta, passeando pela história, o que lembra muito os filmes do
diretor Quentin Tarantino como “Pulp fiction, tempo de violência” que é picodado e
misturado mas mesmo assim faz completo sentido ao assistir.
Terra em transe é um filme que deve ser assistido mais de uma poder captar
todas as nuances e alegorias trazidas por Glauber. Uma obra que não tem medo de fazer
fazer uma caricatura do país em que vivemos.

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