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John Locke

Resumo: John Locke (1632-1704) foi filósofo inglês, um dos mais importantes
filósofos do empirismo. Exerceu grande influência sobre vários filósofos de sua
época, entre eles, George Berkeley e David Hume.
Seu discípulo Francês, Etienne Condilac, usou sua teoria empírica para
criticar a metafísica, no século seguinte.
Como representante do individualismo liberal, defendeu a monarquia
constitucional e representativa, que foi a forma de governo estabelecida na
Inglaterra, depois da Revolução de 1688
Biografia: John Locke (1632-1704) nasceu na aldeia de Somerset, em
Wrington, Inglaterra, no dia 29 de agosto de 1632. Filho de um advogado e
capitão da cavalaria parlamentar, com 14 anos ingressou na Westminster em
Londres. Em 1652, entrou para a Christ Church College, da Universidade de
Oxford. Formou-se em 1656 e dois anos mais tarde fez o mestrado. Em 1660 foi
nomeado professor da instituição, onde lecionou grego antigo e retórica.
Durante algum tempo, Locke estudou a filosofia racionalista de Descartes –
que lhe despertou o interesse pela teoria do conhecimento. Em 1667, tornou-se
secretário de Lord Ashley Cooper, chanceler da Inglaterra e futuro conde
Shaftesbury, Nessa época, Locke desenvolveu sua teoria do liberalismo político
e se interessou cada vez mais pelas discussões filosóficas e científicas.
Em 1668, John Locke tornou-se membro da Academia Científica da
Sociedade Real de Londres, onde realizou diversas pesquisas. Foi amigo e
colaborador do cientista Robert Boyle. Como sua especialidade era a Medicina
ele manteve relações com importantes cientistas da época, entre eles, Isaac
Newton. Entre 1675 e 1679 residiu na França em missão diplomática.
Ao retornar à Inglaterra, deparou-se com problemas políticos decorrentes da
sucessão de Carlos II. Adversário do absolutismo monárquico da Inglaterra de
Carlos II e de Jaime II, em 1683, por defender o parlamentarismo, John Locke
foi obrigado a se refugiar nos Países Baixos, onde permaneceu por cinco anos.
Em 1689, depois da Revolução Gloriosa, Guilherme de Orange foi coroado como
Guilherme III, tendo que aceitar a “Declaração dos Direitos” apresentada pelo
Parlamento, como base do sistema de monarquia constitucional, a qual Locke
ajudou a redigir.
Suas ideias: Na Filosofia, ele defendia o empirismo filosófico, segundo ele a
busca do conhecimento deveria ocorrer através de experiências e não por
deduções ou especulações. Assim, a mente de uma pessoa ao nascer era uma
tábula rasa, ou seja, uma espécie de folha em branco. As experiências que esta
pessoa passa pela vida é que vão formando seus conhecimentos e
personalidade. Na política, Locke criticou a teoria do direito divino dos reis,
formulada pelo teólogo e bispo francês Jacques Bossuet. Para Locke, a
soberania não reside no Estado, mas sim na população. Embora admitisse a
supremacia do Estado, Locke dizia que este deve respeitar as leis natural e civil.
Voltaire
Resumo: Um dos filósofos que mais influenciou as revoluções francesa e
americana, Voltaire foi um proeminente crítico da Igreja Católica e sua relação
com o Estado, defensor da liberdade de expressão e de religião. Foi classificado
como um "polemista satírico" em sua época, por utilizar seus trabalhos para
criticar a intolerância, as instituições e dogmas religiosos. Seu nome era
François-Marie Arouet, Voltaire foi o pseudônimo, um anagrama adaptado de
seu nome, que utilizou em muitas de suas obras, a partir de sua prisão na
Bastilha em 1718. Atualmente sabemos que Voltaire utilizou ao menos outros
178 pseudônimos durante a vida
Biografia: Voltaire, pseudônimo literário de François Marie Arouet, nasceu em
Paris, França, no dia 21 de novembro de 1694. Descendente de família
burguesa, entre 1704 e 1711, foi aluno do Collège Louis-le Grand, em Paris, uma
das mais importantes instituições de ensino da França. Iniciou o curso de direito,
porém não terminou.
Em 1713, foi designado como secretário da embaixada da França na cidade
de Haia (Holanda). Em 1726, em função de uma disputa com um nobre francês,
foi preso na Bastilha por cinco meses. Libertado, foi exilado na Inglaterra, onde
viveu na cidade de Londres entre os anos de 1726 e 1728.
Retornou para a França em 1728 e começou a divulgar ideias filosóficas,
desenvolvidas na fase que viveu em Londres. Estas ideias baseavam-se,
principalmente, nos pensamentos de Newton e John Locke.
Em 1734, publicou uma de suas grandes obras, Cartas Filosóficas, em que
defende a liberdade ideológica, a tolerância religiosa e o combate ao fanatismo
dogmático.
Em 1742, viajou para a cidade de Berlim, onde foi nomeado historiógrafo,
acadêmico e cavaleiro da Câmara Real. Em função de conflitos, precisou sair da
Alemanha e foi morar na Suíça.
Retornou para Paris em 1778, onde morreu neste mesmo ano, no dia 30 de
maio.
Suas ideias: Voltaire foi um grande entusiasta da filosofia do século XVII,
apaixonado pela razão e admirador de filósofos como Descartes, Newton e,
sobretudo, Locke, que Voltaire acreditava ser o “Aristóteles moderno”. Ao
contrário de Montesquieu, Voltaire nunca deixou uma obra sistemática como o
Espírito das Leis, mas foi um homem de ação, grande agitador e propagandista
do espírito das luzes. A defesa do livre pensamento foi o pilar da filosofia de
Voltaire. Ela pode ser sintetizada em uma frase que lhe é comumente atribuída:
“Não concordo com uma palavra do que dizeis, mas defenderei até a morte o
direito de dizê-la”. Apesar de não haver certeza de que a frase seja mesmo de
Voltaire, ela expressa bem seu pensamento.
A Igreja Católica e a monarquia francesa foram seus dois alvos prediletos.
Voltaire não era ateu e reconhecia Deus como princípio explicativo do universo.
Montesquieu
Resumo: Montesquieu foi um dos mais importantes filósofos e pensadores do
iluminismo francês, ao lado de Voltaire e Rousseau. Considerado um dos
criadores da “Filosofia da História”, sendo sua maior contribuição teórica, a
separação dos poderes estatais, sistematizados em três tipos: executivo,
legislativo e judiciário.
Biografia: Filho de Marie Françoise de Pesnel, de origem inglesa e Jacques
Secondat, de descendência francesa, Charles-Louis de Secondat, nasceu em
Bordeaux, França, no dia 18 de Janeiro de 1689. Pertencente à uma família
aristocrática, Charles ficou conhecido como Barão de La Brède e principalmente,
por Montesquieu. Teve uma boa educação e com apenas 16 anos ingressou na
Universidade de Bordeaux, no curso de Direito.
Em 1714, com a morte do pai, tornou-se Conselheiro do Parlamento da cidade
de Bordeaux, sob responsabilidade de seu tio, o Barão de Montesquieu.
Entretanto, com a morte de seu tio, herdou uma boa herança, sendo nomeado
Barão de Montesquieu, no qual, passa da posição de conselheiro, para assumir
a presidência do Parlamento de Bordeaux. Em 1715, casou-se com a abastada
protestante Jeanne de Lartigue, com quem teve dois filhos.
Em 1715, Montesquieu casou-se com Jeanne Lartigue. Tornou-se membro da
Academia de Ciências de Bordeaux e, nesta fase, desenvolveu vários estudos
sobre ciências. Porém, após alguns anos nesta vida, cansou-se, vendeu seu
título e resolveu viajar pela Europa. Nas viagens, começou a observar o
funcionamento da sociedade, os costumes e as relações sociais e políticas.
Entre as décadas de 1720 e 1740, desenvolveu seus grandes trabalhos sobre
política, principalmente, criticando o governo absolutista e propondo um novo
modelo de governo.
Em Paris, estudou na Academia Francesa donde fazia parte dos grandes
círculos intelectuais da cidade. Viajou pela Europa expandindo seus
conhecimentos e acrescentando à sua formação intelectual, segundo ele:
“Quando vou a um país, não examino se há boas leis, mas se as que lá existem
são executadas, pois boas leis há por toda a parte”. Em Londres, iniciou-se na
maçonaria e, em 1729, foi eleito membro da "Royal Society". Por fim, aos 66
anos, faleceu em Paris, dia 10 de Fevereiro de 1755, vítima de uma febre.
Suas ideias: Na filosofia, se enquadrada no espírito crítico do Iluminismo
Francês, com o qual ele compartilha os princípios da tolerância religiosa, a
aspiração da liberdade e denuncia as diversas instituições desumanas como a
tortura e a escravidão, mas afastou-se do racionalismo abstrato e do método
dedutivo de outros filósofos iluministas, para buscar um conhecimento mais
concreto, empírico, realista e cético. Para Montesquieu não existia uma forma de
governo ideal que servisse para qualquer povo em qualquer época. Assim, para
criar um sistema político estável tinha que ser levado em conta o
desenvolvimento econômico-social do país e até determinantes geográficos e
climáticos influenciavam decisivamente na forma de governo.
Rousseau
Resumo: A filosofia de Jean-Jacques Rousseau tem como essência a crença
de que o Homem é bom naturalmente, embora esteja sempre sob o jugo da vida
em sociedade, a qual o predispõe à depravação. Para ele o homem e o cidadão
são condições paradoxais na natureza humana, pois é o reflexo das incoerências
que se instauram na relação do ser humano com o grupo social, que
inevitavelmente o corrompe.
Biografia: Jean Jacques Rousseau nasceu em Genebra, Suíça, no dia 28 de
junho de 1712. Filho de um relojoeiro protestante fica órfão de mãe logo ao
nascer. Em 1722 fica órfão de pai. Demonstra grande interesse pela leitura e
pela música. De volta à Genebra, retorna ao protestantismo. Exerce vários
ofícios: relojoeiro, pastor e gravador, todos sem sucesso.
Em 1732, Rousseau muda-se para Paris, onde conhece Madame Warens e
ao lado dela, como autodidata, conquista grande parte de sua instrução. Ao
deixa-la, em 1740, vive como andarilho, até que em 1742 conhece outra senhora
ilustre que ajuda o filósofo. Graças a sua protetora torna-se secretário do
embaixador da França, em Veneza. Dedica-se ao estudo e compreensão da
política. Conhece Thérèse Lavasseur, criada de um hotel, vivem juntos e têm
cinco filhos, todos enviados a orfanatos públicos.
Morando em Paris, descobre o Iluminismo e passa a colaborar com o
movimento. Torna-se conhecido por seus trabalhos sobre política, filosofia e
música. Em 1750, ganha o prêmio do concurso da Academia de Dijon, com o
“Discurso sobre as Ciências e as Artes”.
Desenvolve ideias expostas no seu discurso premiado e escreve “Discurso
Sobre a Desigualdade” (1754). Nesse trabalho, reforça a teoria já levantada
reafirmando: “O homem é naturalmente bom. É só devido às instituições que se
torna mal”. Ataca a desigualdade resultante de privilégios. “Para desfazer o mal,
basta abandonar a civilização”.
Em 1756 Rousseau torna-se hóspede do palácio de Madame d’Epinay,
quando inicia suas três maiores obras: “Nova Heloísa”, “O Contrato Social” e
“Émile”. Em 1778, é acolhido pelo Marquês de Girardin em seu domínio de
Ermonville, França, onde vive seus últimos dias. Jean Jacques Rousseau morre
de apoplexia, no dia 2 de julho de 1778.
Suas ideias: Rousseau procurou primeiramente entender e estabelecer uma
visão acerca do comportamento humano no chamado estado de natureza, um
conceito em filosofia moral e política que denota as condições hipotéticas de
como a vida dos humanos pode ter sido antes da existência da sociedade civil
organizada. Este tipo de investigação levou seu estudo no sentido de questões
como "como o governo emergiu de tal condição?", "como as pessoas viviam
antes da existência de uma sociedade civil?" e especialmente "quais são as
razões hipotéticas para se estabelecer um estado-nação?".

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