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RONALD SETH
40 ANOS DE
ESPIONAGEM SOVIÉTICA
EDIÇÕES BLOCH
Copyright © 1965 Ronald Seth
Printed in Brazil
PREFÁCIO
Primeira Parte
DESENVOLVIMENTO E
ORGANIZAÇÃO
1. A Tradição do Serviço Secreto na
Rússia
2. Início da Espionagem Soviética no
Exterior
Segunda Parte
ENTRE AS GUERRAS
1. França
Até hoje, não foi explicada a razão por que os policiais não o
agarraram, mas, segundo tudo faz crer, o FBI desejava obter
provas mais tangíveis para incriminar Zilbert. Os agentes do
FBI acharam muita graça, entretanto, quando souberam que
a falsificação das informações, que Disch passava a Zilbert,
acabara por se tornar conhecida dos técnicos da
espionagem em Moscou. O inevitável aconteceu: Zilbert
rompeu seu contato com Disch, e, embora não houvesse
deixado logo os Estados Unidos, nem assim foi detido.
Tudo correu bem até que, certo dia, uma carta endereçada a
Herman Meyers, em Nova York, não pôde ser entregue,
sendo devolvida para o Panamá. Ali, o envelope foi aberto, e
verificou-se que continha cópias de documentos de caráter
secreto, relativos às instalações e fortificações na Zona do
Canal. Uma investigação se realizou, constatando-se que as
cópias datilografadas daqueles documentos haviam saído
da máquina de escrever de Osman. Este recebeu ordem de
prisão e, sendo julgado por uma corte marcial, acabou
condenado a 20 anos de prisão, ao pagamento de uma
multa de 10 000 dólares, e sofreu dispensa desonrosa. A
sentença foi suspensa, entretanto, por um novo julgamento
nos Estados Unidos. Mas, quando isso aconteceu, Switz já
viajara para a França.
2. As Redes na Bélgica e na Holanda
Tão logo se instalou nessa casa, Sorge deu uma festa que
chocou tanto seus respeitáveis vizinhos como os membros
do corpo diplomático, que haviam sido convidados,
juntamente com jornalistas, artistas, oficiais do Exército
japonês e um punhado de homens de negócios. Quando os
convidados menos íntimos saíram, por volta das dez horas,
algumas gueixas passaram a participar da festa e, durante
algumas horas, o barulho, que se filtrava através da frágil
estrutura do tugúrio, refletia, de maneira eloquente, o que
estava acontecendo no interior.
A vizinhança ouviu com irritação aquela algazarra até que
amanhecesse, quando então as gueixas saíram,
acompanhadas pelos convidados remanescentes.
Permaneceram no interior apenas Voukelich, Ozaki, Klausen
e Miyagi, com quem Sorge insistira para que terminassem
juntos a última garrafa. Na relativa quietude que se seguiu,
e antes que os quatro visitantes saíssem, por fim, com a
primeira claridade do dia, Sorge fornecera aos seus espiões
seu primeiro memorando.
Por volta das onze e meia dessa mesma noite, Main ouviu
vozes do lado de fora, no corredor. Pensando que era a
polícia que voltava, chegou à porta e viu quatro homens que
se esforçavam por arrombar a entrada do apartamento de
Gouzenko. Deu o sinal de pedido de socorro, que combinara
com a polícia, e, quando esta chegou, encontrou os quatro
homens dando uma busca no apartamento. Interpelados,
responderam que eram funcionários da Embaixada soviética
e tinham permissão de um colega, que se encontrava
ausente, em Toronto, para entrar em seu apartamento, a
fim de apanhar alguns papéis importantes. Os policiais
mandaram chamar o inspetor.
1 — Local:
2 — Tempo:
4 — Senha:
2. Gordon Arnold Lonsdale
Certa vez, tramou uma fuga, mas foi preso. Esteve diante
de um pelotão de fuzilamento, acusado de ser espião.
Quando a ordem de “fogo” estava para ser dada, gritou em
russo: “Não sou espião. Sou um civil internado, um
diplomata britânico. Saí do campo de Man-po e perdi o
caminho de volta.” Por um golpe de sorte, o oficial norte-
coreano, encarregado do fuzilamento, havia sido treinado na
Rússia e entendeu o que ele dissera. Imediatamente,
dispersou o pelotão e, levando Blake para um canto,
manteve com ele longa conversa em russo. Discutiram
sobre o que julgavam certo ou errado no desenvolvimento
da guerra. Após essa entrevista, o norte-coreano o devolveu
ao campo, com uma advertência no sentido de que não
tentasse fugir outra vez.