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EXÉRCITO BRASILEIRO
ESCOLA DE SARGENTOS DAS ARMAS
ESCOLA SARGENTO MAX WOLF FILHO
PERÍODO BÁSICO
COLETÂNEA DE MANUAIS
TÉCNICAS MILITARES I
VOLUME I
2021
ÍNDICE DE ASSUNTOS
1.1.2 GENERALIDADES
(O Exército Brasileiro – EB20-MF-10.101)
O Exército Brasileiro surgiu da vontade da nação brasileira em defender sua soberania contra
invasores externos ainda no Brasil Colônia. Essa vontade foi legitimada a partir da nossa
independência, e da criação, de fato, do Exército Brasileiro (EB), na constituição de 1824.
1.1.3 DEFINIÇÃO
A CF/88, no seu Artigo (Art) 142 define que: “As Forças Armadas, constituídas pela Marinha, pelo
Exército e pela Aeronáutica, são instituições nacionais permanentes e regulares, organizadas com
base na hierarquia e na disciplina, sob a autoridade suprema do Presidente da República, e
destinam-se à defesa da Pátria, à garantia dos poderes constitucionais e, por iniciativa de qualquer
destes, da lei e da ordem”. Dessa definição, depreende-se que:
Para o cumprimento de suas missões e tarefas, o EB se vale da Força Terrestre (F Ter), instrumento
de ação, que inclui todos os elementos da instituição com capacidades geradas para atuar no
ambiente operacional terrestre nas Operações no Amplo Espectro.
Por ser integrado por cidadãos brasileiros de todas as regiões do território pátrio, por estar
comprometido com os valores da cultura brasileira e com os superiores interesses e aspirações da
sociedade nacional, e ainda, pelo âmbito nacional de sua atuação, o Exército pertence à Nação
Brasileira.
Por força de preceito constitucional, que consagra sua presença ao longo de todo o processo
histórico brasileiro, que reafirma essa atitude no presente e a projeta
no futuro, definindo uma trajetória de dedicação, desprendimento e, não raro, de sacrifício, o Exército
está sempre voltado para a conquista e a manutenção dos valores e aspirações nacionais constantes
da Constituição Federal.
A disciplina, que é a rigorosa observância e o acatamento integral das leis e regulamentos, preceito
fundamental e norteador do funcionamento da Instituição. É traduzida pelo perfeito cumprimento do
dever por parte de todos os integrantes da Força.
O Exército Brasileiro, por meio dos elementos da Força Terrestre, é preparado, adestrado e
empregado de acordo com as seguintes condicionantes gerais:
a) a missão do Exército;
b) os objetivos, orientações e diretrizes estratégicas estabelecidas pela Política Nacional de Defesa;
c) os objetivos e diretrizes militares de defesa estabelecidas na Política Militar de Defesa;
d) as orientações contidas nas Estratégias Nacional de Defesa e Militar de Defesa;
e) a orientação estabelecida pela Política Militar Terrestre para o preparo e o emprego do Exército;
f) as diretrizes estabelecidas pelo Comandante do Exército;
g) a necessidade de geração de capacidades operativas compatíveis com as atribuições de garantia
da soberania e da integridade territorial, do patrimônio e dos interesses nacionais, e que respaldem
a projeção do Brasil no concerto das nações;
(Coletânea de Manuais de Tec Mil I Vol I..................................................... 4/156)
h) a conjuntura internacional e os compromissos assumidos, sempre de acordo com os interesses
nacionais;
i) a situação nacional, particularmente quanto aos aspectos referentes às ações de garantia da lei e
da ordem;
j) a constatação de que o País não está inteiramente livre de riscos e de ameaças e que, apesar de
conviver pacificamente com a comunidade internacional, pode ser compelido a envolver-se em
conflitos gerados externamente.
k) as distintas características fisiográficas do território nacional, que impõem condicionantes, nos
níveis estratégico, operacional e tático, à geração de capacidades que visam ao emprego dos
elementos da F Ter;
l) a necessária integração com o Estado-Maior Conjunto das Forças Armadas (EMCFA) e com as
demais Forças Singulares.
m) o nível de capacitação científico-tecnológica das Forças Armadas;
n) em ações subsidiárias, no apoio aos órgãos governamentais; e
o) os recursos orçamentários.
A Política Nacional de Defesa (PND) está voltada para as ameaças externas. É o documento
condicionante de mais alto nível do planejamento de defesa e tem por fim estabelecer objetivos e
diretrizes para o preparo e emprego da capacitação nacional, com o envolvimento dos setores militar
e civil, em todas as esferas do Poder Nacional.
A Estratégia Nacional de Defesa (END) é focada em ações estratégicas de médio e longo prazo,
objetivando modernizar a estrutura nacional de defesa, atuando na reorganização das FA,
reestruturação da Indústria Brasileira de Defesa e política de recomposição dos efetivos das FA.
A Política Militar de Defesa (PMiD), decorrente da PND e da END, apresenta uma síntese da
conjuntura nos ambientes internacional e nacional, projeta cenários prospectivos para servirem de
referência aos estudos políticos e estratégicos, destinados ao preparo das FA, e estabelece os
objetivos e orientações para a formulação da Estratégia Militar de Defesa (EMiD) e dos
planejamentos estratégicos do preparo e emprego das FA.
As FA, constituídas pela Marinha, Exército e Aeronáutica são instituições nacionais, permanentes e
regulares, organizadas com base na hierarquia e na disciplina, sob a autoridade suprema do
Presidente da República e destinam-se à defesa da Pátria, à garantia dos poderes constitucionais e,
por iniciativa de qualquer destes, da lei e da ordem.
Para o estabelecimento desse marco legal, o legislador considerou a História do Brasil, as tradições,
os princípios das relações internacionais, as necessidades de segurança e de defesa e os cenários
visualizados para o emprego das FA.
1.2.2.1 ENUNCIADO
- Contribuir para a garantia da soberania nacional, dos poderes constitucionais, da
lei e da ordem, salvaguardando os interesses nacionais, e cooperando com o
desenvolvimento nacional e o bem-estar social.
- Para isso, preparar a F Ter, mantendo-a em permanente estado de prontidão.
Defender a pátria
Significa a preservação da independência, da soberania, da unidade, das
instituições e da integridade do patrimônio nacional, o qual abrange o território, os
recursos humanos, os recursos materiais e os valores histórico-culturais.
Para o cumprimento da missão do Exército, a Força Terrestre deve ser mantida em permanente
estado de prontidão.
Tradições de culto e respeito à Pátria, aos seus símbolos, aos chefes militares do passado, aos heróis
nacionais e aos momentos históricos da formação, emancipação e afirmação da Pátria brasileira.
Vocação democrática, decorrente de sólida formação com base nos ideais de liberdade e de
dignidade da pessoa humana e repulsa aos extremismos, às ideologias e aos regimes autocráticos
de quaisquer origens ou matizes. A vocação democrática do Exército é reforçada por representarem
seus membros um todo homogêneo, sem se constituir em casta militar, composto por brasileiros
oriundos de diferentes etnias, classes sociais e credos religiosos, pela igualdade de oportunidades
de acesso à carreira militar e por sua fidelidade ao compromisso permanente com a liberdade e com
a democracia.
Coesão, alicerçada na camaradagem e no espírito de corpo, capaz de gerar sinergia para motivar e
movimentar a Força.
Liderança pelo exemplo, que motive direta e indiretamente o homem e as organizações militares para
o cumprimento, com determinação, da Missão do Exército.
Tecnologia moderna e desenvolvida, buscando reduzir o hiato em relação aos exércitos mais
adiantados e a dependência bélica do exterior.
Tendo a missão como um farol, o conceito do Exército reflete o perfil da Instituição para conhecimento
da Nação e da comunidade de nações e do público interno, bem como orienta a concepção da visão
de futuro, dos valores e objetivos da Política Militar Terrestre.
O EB tem a confiança da Nação pelos exemplos que transmite ao cultuar a História da Pátria, as
tradições e os valores nacionais, morais e profissionais. Assim, entende ser uma de suas maiores
responsabilidades, partilhar da preservação e disseminação dessa mensagem em suas relações com
a sociedade, em prol do progresso moral da própria Nação.
A Instituição considera fundamental à segurança do Brasil ter, entre outras condições: um poder
militar compatível com a estatura geopolítica do País, o setor de defesa (vertente militar e civil)
inserido no núcleo decisório do Estado e o envolvimento da sociedade nos estudos, debates e
decisões de interesse da defesa. Considera, também, a defesa nacional uma das forças indutoras
do fortalecimento moral, político, econômico e social da Nação.
A missão de contribuir para a garantia da soberania nacional, além de esclarecer que a defesa da
Pátria não é exclusividade do Exército, orienta a articulação da Força Terrestre e reflete a priorização
dada pela EMiD. O Brasil ainda não concluiu a integração nacional e o Exército vê a contribuição a
esse processo como uma de suas principais finalidades, uma vez que é condição imprescindível à
defesa do País. Assim, a Amazônia, considerando a cobiça internacional e as vulnerabilidades
O conceito de prioridade não é entendido como exclusividade. Assim, a Força tem a devida atenção
com as outras áreas estratégicas do território; valoriza a pesquisa, a inovação e o desenvolvimento
científico-tecnológico e contribui para a recuperação da indústria nacional de material de defesa,
como vetores de projeção internacional do Exército e do País, com vistas a reduzir o hiato de poder
com relação às grandes potências; e, ainda, apoia as ações de governo na defesa civil e no
desenvolvimento nacional, principalmente as iniciativas voltadas para a infraestrutura de interesse
da defesa.
A Força prepara-se para a dissuasão de ameaças, buscando atingir o mais alto nível compatível com
os recursos disponibilizados. Implica em manter a Força Terrestre em permanente estado de
prontidão, mantendo forças prontas para uma resposta imediata, secundadas por outras já
preparadas e capazes para receberem completamento pela mobilização de recursos materiais e
humanos.
O propósito de médio prazo é alcançar um grau de dissuasão compatível com o exército de um país
com a condição de ator global, ao menos nas forças de ação estratégica e em algumas Grandes
Unidades, ampliando progressivamente esta capacidade, conforme o fortalecimento do poder
nacional.
O Exército, na execução de ações subsidiárias, reforça sua integração com a sociedade, contribuindo
para desenvolvimento, paz interna, segurança, harmonia e bem estar da Nação.
A Força prima pela permanente busca de atualização, melhoria contínua de seus processos de
gestão, moralidade e transparência na aplicação dos recursos recebidos, tendo como propósitos a
eficiência, a eficácia e a efetividade.
O Exército respeita a dignidade humana e considera seus recursos humanos e famílias, bens de
valor inestimável, tendo como objetivo de elevada prioridade o seu desenvolvimento profissional,
bem estar social e a valorização da profissão militar.
Ao ingressar nas Forças Armadas, o militar tem de obedecer a severas normas disciplinares e a
estritos princípios hierárquicos, que condicionam toda a sua vida pessoal e profissional.
O militar não pode exercer qualquer outra atividade profissional, o que o torna dependente de seus
vencimentos e dificulta o seu ingresso no mercado de trabalho, quando na inatividade.
O militar se mantém disponível para o serviço ao longo das 24 horas do dia, sem direito a reivindicar
qualquer remuneração complementar, compensação de qualquer ordem ou cômputo de serviço
especial.
O militar pode ser movimentado em qualquer época do ano, para qualquer região do país,
residindo, em alguns casos, em locais inóspitos e de restrita infraestrutura de apoio à família.
As atribuições que o militar desempenha exigem-lhe elevado nível de saúde física e mental, não só
por ocasião de eventuais conflitos, para os quais deve estar sempre preparado, mas, também, no
tempo de paz.
O militar é submetido, durante toda a sua carreira, a periódicos exames médicos e testes de aptidão
física, que condicionam a sua permanência no serviço ativo.
O militar não usufrui de alguns direitos trabalhistas, de caráter universal, que são assegurados
aos trabalhadores de outros segmentos da sociedade, dentre os quais se incluem:
- remuneração do trabalho noturno superior à do trabalho diurno;
- jornada de trabalho diário limitada a oito horas;
- obrigatoriedade de repouso semanal remunerado; e
- remuneração de serviço extraordinário, devido a trabalho diário superior a oito horas diárias.
O exercício da profissão militar exige uma rigorosa e diferenciada formação. Ao longo da vida
profissional, o militar de carreira passa por um sistema de educação continuada, que lhe permite
adquirir as competências específicas dos diversos níveis de exercício da profissão militar e realiza
reciclagens periódicas para fins de atualização e manutenção dos padrões de desempenho.
As exigências da profissão não ficam restritas à pessoa do militar, mas afetam, também, a
vida familiar, considerando que:
a) o núcleo familiar não estabelece relações duradouras e permanentes na cidade em que reside,
porque ali, normalmente, passa curto período de tempo;
b) formação do patrimônio familiar é extremamente dificultada;
c) a educação dos filhos é prejudicada;
d) o exercício de atividades remuneradas por cônjuge do militar fica comprometida.
1.4.1 GENERALIDADES
A carreira militar é estruturada de forma singular, pois tem características diferenciadas em vários
aspectos, que vão desde o tipo de promoção de seus profissionais, do modo peculiar de que se
reveste o exercício de suas funções, até a condição especial de seus inativos. Alterar os princípios
dessa estrutura, que são internacionalmente reconhecidos, significa correr o risco de inviabilizar tal
carreira para o fim maior a que se destina.
Os postos e as graduações dos militares são indispensáveis, não só na guerra, mas também em
tempo de paz, pois traduzem, dentro de uma faixa etária específica, responsabilidades funcionais,
competências e habilitações necessárias para o exercício dos cargos e das atribuições.
O militar exerce, ao longo de sua carreira, cargos e funções em graus de complexidade crescente, o
que faz da liderança fator imprescindível à Instituição. Esses aspectos determinam a existência de
um fluxo de carreira planejado, obediente a critérios definidos, que incluem a higidez, a capacitação
profissional e os limites de idade, influindo nas promoções aos postos e graduações subsequentes.
1.5.1.2 PATRIOTISMO
O patriotismo pode ser entendido como o amor incondicional à Pátria. Esse amor impele o militar a
estar pronto a defender sua soberania, integridade territorial, unidade nacional e paz social.
Caracteriza-se pela vontade inabalável do cumprimento do dever militar, mesmo que isto prescinda
o sacrifício da sua própria vida.
(Coletânea de Manuais de Tec Mil I Vol I..................................................... 19/156)
Pode ser resumido pelo lema:
"Servir à Pátria"
1.5.1.3 CIVISMO
Civismo é o culto aos símbolos nacionais, aos valores e tradições históricas, à História-Pátria, em
especial a militar, aos heróis nacionais e chefes militares do passado.
No culto desse valor, os militares são importantes vetores de disseminação da cultura nacional no
seio da sociedade brasileira.
Advém da crença inabalável na missão do Exército Brasileiro, e das Forças Armadas, em defender
a Pátria, garantir os poderes constitucionais, a lei e a ordem, cooperar com o desenvolvimento
nacional e a defesa civil e participar de operações internacionais.
Sintetiza-se em:
É o orgulho inato aos homens de farda por integrar o Exército Brasileiro, atuando em uma de suas
Organizações Militares, exercendo suas atividades profissionais, por meio de suas competências,
junto aos seus superiores, pares e subordinados. Deve ser entendido como um "orgulho coletivo",
uma "vontade coletiva".
O espírito de corpo reflete o grau de coesão da tropa e de camaradagem entre seus integrantes e se
exterioriza por meio de: canções militares, gritos de guerra e lemas evocativos; uso de distintivos e
condecorações regulamentares; irretocável apresentação e, em especial, do culto de valores e
tradições de sua Organização Militar.
Um exército moderno, operativo e eficiente exige de seus integrantes, cada vez mais, uma elevada
capacitação profissional.
1.5.1.8 CORAGEM
A coragem é o senso moral intenso diante dos riscos ou do perigo, onde o militar demonstra bravura
e intrepidez. É a capacidade de decidir e a iniciativa de implementar a decisão, mesmo com o risco
de vida ou o sacrifício de interesses pessoais, no intuito de cumprir o dever, assumindo a
responsabilidade por sua atitude.
A coragem motiva o militar ao cumprimento da missão, enfrentando os desafios com confiança e não
se preocupando com os riscos. Na profissão militar, o medo pode ser constante, mas o impulso ao
cumprimento do dever leva o militar a ir mais adiante.
“Há coisas na vida que foram feitas mais para serem sentidas do que explicadas”.
Por exemplo: ser soldado.
Pode-se perguntar:
“Que tipo de estímulo o leva a entregar-se aos sacrifícios sem a contrapartida e maior
recompensa senão sentir-se realizado com a missão cumprida?”
Ou então:
“Que o leva a saltar de paraquedas, escalar montanhas, embrenhar-se na selva e na
caatinga, cruzar pantanais, vadear os rios e atravessar os pampas, indo a toda parte que
a Pátria lhe ordenar, sem reclamar de nada?”
“... Vale a pena ser soldado!
Vale a pena ser do Exército Brasileiro!”
E ninguém tende entender! Melhor apenas sentir...”
Os deveres militares emanam de um conjunto de vínculos morais e jurídicos que ligam o militar à
Pátria e à Instituição. Existem os deveres moral e legal.
Dever moral é o que se caracteriza por ser voluntariamente assumido, havendo ou não imposição
legal para o seu cumprimento.
Dever legal é o imposto por leis, regulamentos, normas, manuais, diretrizes, ordens, etc.
A profissão militar exige dedicação exclusiva ao serviço da Pátria, pressupondo que os interesses
nacionais sobrepujem os interesses pessoais ou de grupos sociais.
O militar deverá estar consciente de sua tarefa de defender a honra, a integridade e as instituições
pátrias.
A dimensão anímica deste fato é o orgulho de ser brasileiro, a fé no destino do país e o culto do
patriotismo e do civismo.
O culto dos Símbolos Nacionais, em especial da Bandeira e do Hino, é expressão básica de civismo
e dever de todos os militares.
O respeito ao Hino Nacional é traduzido: pelas honras que lhe são prestadas nas solenidades
militares; pelo seu canto, com entusiasmo e também pela postura que o militar toma quando ouve os
seus acordes.
Lealdade, intenção de não enganar, é traduzida pela sinceridade, franqueza, culto da verdade e
fidelidade aos compromissos.
Ambas as qualidades são essenciais para as relações profissionais e pessoais exitosas entre
superiores, pares e subordinados que trarão um ambiente de confiança e proficuidade à Instituição.
Art. 14 A hierarquia e a disciplina são a base institucional das Forças Armadas. A autoridade e a
responsabilidade crescem com o grau hierárquico.
O militar deve exercitar a liderança autêntica, que privilegie a persuasão em lugar da coação e que
seja conquistada não pelo paternalismo, mas pela competência profissional, aliada à firmeza de
propósitos e à serenidade nas atitudes.
O rigor não deve ser confundido com mau trato, nem bondade com fraqueza.
1.6.1 GENERALIDADES
Para cumprir sua missão, o Exército Brasileiro se faz integrar por diversas especializações que
abrangem os mais diversos campos de atividade relacionados ao combate, ao apoio ao combate, ao
apoio logístico e à administração. Dado o nível de capacitação exigida, dentro das várias
competências requeridas pela instituição, na maioria dos casos, a especialização do militar orienta
toda a sua carreira no Exército.
As Armas, Quadros e Serviços englobam os combatentes por excelência, voltados para a geração
das capacidades dos elementos de emprego da Força Terrestre, assim como reúnem os militares
que prestam apoio nas atividades e tarefas com finalidades diversas, normalmente ligadas à
administração do Exército.
É a arma vocacionada a realizar o combate a pé. Utiliza os mais diversos meios de transportes –
terrestres, aéreos ou aquáticos - para o seu deslocamento. Opera em qualquer tipo de terreno e sob
quaisquer condições de tempo e visibilidade. Seu modus operandi é o emprego do fogo, movimento
e o combate aproximado – uma ação militar, caracterizada pelo choque entre combatentes opostos,
no qual são empregados todos os tipos de armamento disponível, visando à destruição, captura,
repulsa ou expulsão do inimigo.
Pela variedade de missões e tarefas que cabem ao combatente de Infantaria, a Arma tem suas
especializações: blindada, mecanizada, paraquedista, leve, aeromóvel, de selva, de caatinga, de
montanha, de pantanal, de guardas e Polícia do Exército.
É a arma vocacionada a realizar o combate sob diversas plataformas de combate. Emprega meios
blindados para cerrar sobre o inimigo com a finalidade de destruí-lo, neutralizá-lo ou desorganizá-lo,
valendo-se do fogo, da manobra e da ação de choque. Possui meios mecanizados que lhe conferem
a capacidade de realizar operações de reconhecimento e de segurança, bem como economizar
forças em frentes secundárias do combate.
É a arma de apoio ao combate cuja missão é apoiar a manobra pelo fogo, destruir alvos estratégicos
com precisão e letalidade e prover a Defesa Antiaérea de Estruturas Estratégicas e meios da Força
Terrestre. Suas unidades podem ser de Campanha ou Antiaérea.
A Artilharia de Campanha (Art Cmp) é o principal meio de apoio de fogo da Força Terrestre. Suas
unidades e subunidades podem ser dotadas de canhões, obuses, morteiros, mísseis ou foguetes. No
cumprimento da sua missão, a Art Cmp apoia os elementos de manobra, realiza fogos contra a Art
inimiga e dá profundidade ao combate atuando sobre reservas e instalações de comando e logísticas
do inimigo.
A Arma de Comunicações é a arma de apoio ao combate que proporciona aos comandantes, nos
diversos escalões, os meios da ciência do controle, necessários à aplicação da arte do comando no
exercício da coordenação e do controle sobre seus elementos subordinados.
Seus integrantes podem se especializar nas capacidades necessárias ao controle das dimensões
eletromagnética e cibernética do Espaço de Batalha. Essas capacidades são essenciais para impedir
ou dificultar a liberdade de ação do opoente, facilitar a condução das operações da F Ter e apoiar a
obtenção de dados para a Inteligência.
1.6.4 OS QUADROS
As atuais gerações de engenheiros militares buscam inspiração na tradição secular dessa atividade
no Exército Brasileiro, atuando como pesquisadores e irradiadores da cultura técnico-científica. São
responsáveis pela inovação e pelo desenvolvimento tecnológico no Exército.
O QAO é formado por militares que atingiram o oficialato após uma carreira como sargentos e
subtenentes. É uma distinção que reconhece os méritos e as qualidades pessoais desses militares,
após anos de bons serviços prestados como graduados do Exército.
A Intendência forma especialistas que também assessoram os comandantes nos diversos escalões
no que concerne à administração financeira.
O Serviço de Saúde reúne os militares que executam atividades e tarefas destinadas a promover,
aumentar, conservar ou restabelecer a saúde física e mental dos recursos humanos da F Ter. Por
sua natureza, o suporte do Serviço de Saúde aos homens e mulheres do Exército é contínuo, flexível
e adaptado a cada situação de emprego e à natureza da força apoiada.
O SAREx é integrado por ministros dos segmentos católicos e evangélicos. Para a formação militar,
os padres e pastores, integrantes do Quadro de Capelães Militares, submetem-se a um estágio de
adaptação que é iniciado na Escola de Formação Complementar do Exército e concluído nas
diversas organizações militares, onde prestarão o serviço de assistência religiosa.
1.7.1 GENERALIDADES
O cumprimento das missões constitucionais do Exército Brasileiro (EB) exige a sua organização em
uma estrutura hierarquizada e complexa. Tal estrutura visa a permitir, aos seus chefes militares,
realizarem o planejamento necessário à geração de capacidades requeridas ao emprego dos meios
da Força Terrestre, instrumento de ação, que inclui todos os elementos da instituição para atuar no
ambiente operacional terrestre nas Operações no Amplo Espectro.
Compete ao EME elaborar a Política Militar Terrestre (PMT), o planejamento estratégico e a emissão
de diretrizes estratégicas que orientem o preparo e o emprego da Força Terrestre (F Ter), visando
ao cumprimento da destinação constitucional do EB.
Os OAS são: o Alto Comando do Exército (ACE), Conselho Superior de Economia e Finanças
(ConSEF) e o Conselho Superior de Tecnologia da Informação (ConTIEx).
Ao ACE compete:
a) analisar e deliberar, principalmente, sobre:
O CONSEF é integrado pelo Comandante do Exército, Chefe do EME, Chefe do DGP, Chefe do
DECEx, Chefe do DEC, Comandante do CoLog, Secretário de Economia e Finanças, Chefe do DCT
e Comandante de Operações Terrestres.
O CONTIEx é integrado pelo Comandante do Exército, Chefe do EME, Chefe do DGP, Chefe do
DECEx, Chefe do DEC, Comandante do CoLog, Secretário de Economia e Finanças, Chefe do DCT,
Comandante de Operações Terrestres.
Os OADI são: o Gabinete do Comandante do Exército (Gab Cmt Ex), Centro de Comunicação Social
do Exército (CComSEx), Centro de Inteligência do Exército (CIE), Secretaria-Geral do Exército
(SGEx), Centro de Controle Interno do Exército (CCIEx) e Consultoria Jurídica Adjunta do
Comandante do Exército (CJACEx).
Compete ao DGP executar as atividades de administração de pessoal que lhe são atribuídas pela
legislação específica, bem como realizar o planejamento, a orientação, a coordenação e o controle
das atividades relacionadas com a assistência à saúde, religiosa e social; avaliação, promoções,
cadastro e movimentação do pessoal; serviço militar e gestão do pessoal civil, inativos e pensionistas.
O DGP está organizado em: Chefia, Vice-chefia, Diretoria de Serviço Militar (DSM), Diretoria de
Controle de Efetivos e Movimentações (DCEM), Diretoria de Avaliação e Promoções (DAProm),
Diretoria de Civis, Inativos, Pensionistas e Assistência Social (DCIPAS), Diretoria de Saúde (DSau)
e Assessoria de Planejamento e Gestão (AGP).
Ao DECEx, compete:
a) dirigir as atividades relativas a assuntos culturais, educação física e desportos, ensino, pesquisa
científica e desenvolvimento nas áreas de doutrina, ensino militar e pessoal;
O DECEx está organizado em: Chefia, Vice-chefia, Diretoria de Educação Superior Militar (DESMil),
Diretoria de Educação Técnica Militar (DETMil), Diretoria de Educação Preparatória e Assistencial
(DEPA), Diretoria do Patrimônio Histórico e Cultural do Exército (DPHCEx) e Centro de Capacitação
Física do Exército/Fortaleza de São João (CCFEX/FSJ).
O DEC está organizado em: Chefia, Vice-chefia, Diretoria de Obras de Cooperação (DOC), Diretoria
de Obras Militares (DOM), Diretoria de Patrimônio Imobiliário e Meio Ambiente (DPIMA) e Diretoria
de Projetos de Engenharia (DGE).
À SEF compete:
a) superintender e realizar as atividades de planejamento, acompanhamento e execução
orçamentária, administração financeira e contabilidade, relativas aos recursos de qualquer natureza
alocados ao Comando do Exército;
b) efetuar o pagamento do pessoal do Comando do Exército;
c) integrar, como órgão complementar, o Sistema de Planejamento Administrativo do Exército;
d) administrar o Fundo do Exército; e
e) orientar e coordenar as atividades de registro patrimonial do Comando do Exército.
Ao DCT, compete:
a) planejar, organizar, dirigir e controlar as atividades científicas e tecnológicas no âmbito do Exército;
b) orientar, normatizar e supervisionar a pesquisa, o desenvolvimento e a implementação das bases
física e lógica do Sistema de Comando e Controle (SCC) e de Guerra Eletrônica do Exército;
c) desenvolver, aperfeiçoar e avaliar os sistemas e os programas corporativos de interesse do
Exército;
d) promover o fomento à indústria nacional, visando ao desenvolvimento e à produção de sistemas
e Materiais de Emprego Militar (MEM);
e) prever e prover, nos campos dos grupos funcionais de Suprimento e Manutenção do material de
Comunicações e Guerra Eletrônica, os recursos e serviços necessários ao Exército e às exigências
de mobilização dessas funções;
f) coordenar e integrar as atividades afetas ao Setor Cibernético;
g) coordenar as atividades, visando à governança de TI no EB; e
h) assessorar o EME na coordenação do CONTIEx.
Parágrafo único. As atividades científicas e tecnológicas de que trata este artigo compreendem:
i) a pesquisa, o desenvolvimento, a avaliação e a prospecção tecnológica relacionados a sistemas e
materiais de interesse do Exército e sua influência nas áreas de pessoal, logística e doutrina;
j) o ensino e a pesquisa dos órgãos da Linha de Ensino Militar Científico-Tecnológica;
k) a normalização técnica, a metrologia e a certificação de qualidade;
l) a fabricação, a revitalização, a adaptação, a transformação, a modernização e a nacionalização de
sistemas e MEM; e
m) a avaliação técnico-experimental de materiais sujeitos à fiscalização do Comando do Exército.
Ao COTER, compete:
a) orientar e coordenar o preparo e o emprego da F Ter;
b) avaliar a instrução militar e a capacidade operacional da F Ter;
c) homologar o preparo de tropa destinada ao cumprimento de missão de paz;
d) gerenciar o Sistema de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos do Exército; e
e) coordenar as atividades da competência e do interesse do Exército em relação às Polícias Militares
(PM) e aos Corpos de Bombeiros Militares (CBM).
Os C Mil A estão organizados em: Comando, Grandes Comandos Operativos e Grandes Unidades.
A FHE é uma entidade vinculada ao Exército, que tem como missão promover melhor qualidade de
vida aos seus clientes, facilitando o acesso à casa própria e a seus produtos e serviços.
A IMBEL é uma empresa pública vinculada ao Ministério da Defesa por intermédio do Comando do
Exército, com a missão de produzir e comercializar produtos de defesa e segurança, para clientes
institucionais, especialmente Forças Armadas, Forças Policiais e clientes privados.
Sua criação atendeu a uma necessidade de amparar as órfãs de militares, da Marinha de Guerra e
do Exército que perderam a vida na Guerra da Tríplice Aliança.
Ser uma Instituição compromissada, de forma exclusiva e perene, com o Brasil, o Estado, a
Constituição e a sociedade nacional, do modo a continuar merecendo confiança e apreço.
CAPÍTULO III
Da Hierarquia Militar e da Disciplina
Art. 14. A hierarquia e a disciplina são a base institucional das Forças Armadas. A autoridade
e a responsabilidade crescem com o grau hierárquico.
§ 1º A hierarquia militar é a ordenação da autoridade, em níveis diferentes, dentro da estrutura
das Forças Armadas. A ordenação se faz por postos ou graduações; dentro de um mesmo posto ou
graduação se faz pela antiguidade no posto ou na graduação. O respeito à hierarquia é
consubstanciado no espírito de acatamento à sequência de autoridade.
§ 2º Disciplina é a rigorosa observância e o acatamento integral das leis, regulamentos,
normas e disposições que fundamentam o organismo militar e coordenam seu funcionamento regular
e harmônico, traduzindo-se pelo perfeito cumprimento do dever por parte de todos e de cada um dos
componentes desse organismo.
§ 3º A disciplina e o respeito à hierarquia devem ser mantidos em todas as circunstâncias da
vida entre militares da ativa, da reserva remunerada e reformados.
Art. 15. Círculos hierárquicos são âmbitos de convivência entre os militares da mesma
categoria e têm a finalidade de desenvolver o espírito de camaradagem, em ambiente de estima e
confiança, sem prejuízo do respeito mútuo.
Art . 16. Os círculos hierárquicos e a escala hierárquica nas Forças Armadas, bem como a
correspondência entre os postos e as graduações da Marinha, do Exército e da Aeronáutica, são
fixados nos parágrafos seguintes e no Quadro em anexo.
§ 1° Posto é o grau hierárquico do oficial, conferido por ato do Presidente da República ou do
Ministro de Força Singular e confirmado em Carta Patente.
§ 2º Os postos de Almirante, Marechal e Marechal-do-Ar somente serão providos em tempo
de guerra.
§ 3º Graduação é o grau hierárquico da praça, conferido pela autoridade militar competente.
§ 4º Os Guardas-Marinha, os Aspirantes-a-Oficial e os alunos de órgãos específicos de
formação de militares são denominados praças especiais.
§ 5º Os graus hierárquicos inicial e final dos diversos Corpos, Quadros, Armas, Serviços,
Especialidades ou Subespecialidades são fixados, separadamente, para cada caso, na Marinha, no
Exército e na Aeronáutica.
§ 6º Os militares da Marinha, do Exército e da Aeronáutica, cujos graus hierárquicos tenham
denominação comum, acrescentarão aos mesmos, quando julgado necessário, a indicação do
respectivo Corpo, Quadro, Arma ou Serviço e, se ainda necessário, a Força Armada a que
pertencerem, conforme os regulamentos ou normas em vigor.
§ 7º Sempre que o militar da reserva remunerada ou reformado fizer uso do posto ou
graduação, deverá fazê-lo com as abreviaturas respectivas de sua situação.
Art. 17. A precedência entre militares da ativa do mesmo grau hierárquico, ou correspondente,
é assegurada pela antiguidade no posto ou graduação, salvo nos casos de precedência funcional
estabelecida em lei.
§ 1º A antiguidade em cada posto ou graduação é contada a partir da data da assinatura do
ato da respectiva promoção, nomeação, declaração ou incorporação, salvo quando estiver
taxativamente fixada outra data.
§ 2º No caso do parágrafo anterior, havendo empate, a antiguidade será estabelecida:
2.2.1 GENERALIDADES
(Fonte: RDE)
DAS DISPOSIÇÕES GERAIS
Seção II
Dos Princípios Gerais do Regulamento
Seção IV
Da Competência para a Aplicação
Art. 10. A competência para aplicar as punições disciplinares é definida pelo cargo e não pelo
grau hierárquico, sendo competente para aplicá-las:
I - o Comandante do Exército, a todos aqueles que estiverem sujeitos a este Regulamento; e
II - aos que estiverem subordinados às seguintes autoridades ou servirem sob seus comandos,
chefia ou direção:
a) Chefe do Estado-Maior do Exército, dos órgãos de direção setorial e de assessoramento,
comandantes militares de área e demais ocupantes de cargos privativos de oficial-general;
b) chefes de estado-maior, chefes de gabinete, comandantes de unidade, demais comandantes
cujos cargos sejam privativos de oficiais superiores e comandantes das demais Organizações
Militares - OM com autonomia administrativa;
c) subchefes de estado-maior, comandantes de unidade incorporada, chefes de divisão, seção,
escalão regional, serviço e assessoria; ajudantes-gerais, subcomandantes e subdiretores; e
d) comandantes das demais subunidades ou de elementos destacados com efetivo menor que
subunidade.
Art. 14. Transgressão disciplinar é toda ação praticada pelo militar contrária aos preceitos
estatuídos no ordenamento jurídico pátrio ofensiva à ética, aos deveres e às obrigações militares,
mesmo na sua manifestação elementar e simples, ou, ainda, que afete a honra pessoal, o pundonor
militar e o decoro da classe.
§ 1o Quando a conduta praticada estiver tipificada em lei como crime ou contravenção penal,
não se caracterizará transgressão disciplinar.
§ 7º É vedada a aplicação de mais de uma penalidade por uma única transgressão disciplinar.
§ 8º Quando a falta tiver sido cometida contra a pessoa do comandante da OM, será ela
apreciada, para efeito de punição, pela autoridade a que estiver subordinado o ofendido.
Art. 15. São transgressões disciplinares todas as ações especificadas no Anexo I deste
Regulamento.
Seção II
Do Julgamento
Art. 16. O julgamento da transgressão deve ser precedido de análise que considere:
(Coletânea de Manuais de Tec Mil I Vol I..................................................... 40/156)
I - a pessoa do transgressor;
II - as causas que a determinaram;
III - a natureza dos fatos ou atos que a envolveram; e
IV - as consequências que dela possam advir.
Art. 17. No julgamento da transgressão, podem ser levantadas causas que justifiquem a falta
ou circunstâncias que a atenuem ou a agravem.
Art. 18. Haverá causa de justificação quando a transgressão for cometida:
I - na prática de ação meritória ou no interesse do serviço, da ordem ou do sossego público;
II - em legítima defesa, própria ou de outrem;
III - em obediência a ordem superior;
IV - para compelir o subordinado a cumprir rigorosamente o seu dever, em caso de perigo,
necessidade urgente, calamidade pública, manutenção da ordem e da disciplina;
V - por motivo de força maior, plenamente comprovado; e
VI - por ignorância, plenamente comprovada, desde que não atente contra os sentimentos
normais de patriotismo, humanidade e probidade.
Parágrafo único. Não haverá punição quando for reconhecida qualquer causa de justificação.
Art. 19. São circunstâncias atenuantes:
I - o bom comportamento;
II - a relevância de serviços prestados;
III - ter sido a transgressão cometida para evitar mal maior;
IV - ter sido a transgressão cometida em defesa própria, de seus direitos ou de outrem, não
se configurando causa de justificação; e
V - a falta de prática do serviço.
Art. 20. São circunstâncias agravantes:
I - o mau comportamento;
II - a prática simultânea ou conexão de duas ou mais transgressões;
III - a reincidência de transgressão, mesmo que a punição anterior tenha sido uma
advertência;
IV - o conluio de duas ou mais pessoas;
V - ter o transgressor abusado de sua autoridade hierárquica ou funcional; e
VI - ter praticado a transgressão:
a) durante a execução de serviço;
b) em presença de subordinado;
c) com premeditação;
d) em presença de tropa; e
e) em presença de público.
Seção III
Da Classificação
Art. 21. A transgressão da disciplina deve ser classificada, desde que não haja causa de
justificação, em LEVE, MÉDIA e GRAVE, segundo os critérios dos Arts. 16, 17, 19 e 20.
Parágrafo único. A competência para classificar a transgressão é da autoridade a qual couber
sua aplicação.
Art. 22. Será sempre classificada como "grave" a transgressão da disciplina que constituir ato
que afete a honra pessoal, o pundonor militar ou o decoro da classe.
PUNIÇÕES DISCIPLINARES
Seção I
Seção II
Da Aplicação
Art. 35. O julgamento e a aplicação da punição disciplinar devem ser feitos com justiça,
serenidade e imparcialidade, para que o punido fique consciente e convicto de que ela se inspira no
cumprimento exclusivo do dever, na preservação da disciplina e que tem em vista o benefício
educativo do punido e da coletividade.
§ 1º Nenhuma punição disciplinar será imposta sem que ao transgressor sejam assegurados
o contraditório e a ampla defesa, inclusive o direito de ser ouvido pela autoridade competente para
aplicá-la, e sem estarem os fatos devidamente apurados.
§ 2º Para fins de ampla defesa e contraditório, são direitos do militar:
I - ter conhecimento e acompanhar todos os atos de apuração, julgamento, aplicação e
cumprimento da punição disciplinar, de acordo com os procedimentos adequados para cada
situação;
II - ser ouvido;
III - produzir provas;
IV - obter cópias de documentos necessários à defesa;
V - ter oportunidade, no momento adequado, de contrapor-se às acusações que lhe são
imputadas;
VI - utilizar-se dos recursos cabíveis, segundo a legislação;
VII - adotar outras medidas necessárias ao esclarecimento dos fatos; e
VIII - ser informado de decisão que fundamente, de forma objetiva e direta, o eventual não
acolhimento de alegações formuladas ou de provas apresentadas.
§ 3º O militar poderá ser preso disciplinarmente, por prazo que não ultrapasse setenta e duas
horas, se necessário para a preservação do decoro da classe ou houver necessidade de pronta
intervenção.
Art. 37. A aplicação da punição disciplinar deve obedecer às seguintes normas:
I - a punição disciplinar deve ser proporcional à gravidade da transgressão, dentro dos
seguintes limites:
a) para a transgressão leve, de advertência até dez dias de impedimento disciplinar, inclusive;
b) para a transgressão média, de repreensão até a detenção disciplinar; e
c) para a transgressão grave, de prisão disciplinar até o licenciamento ou exclusão a bem da
disciplina;
II - a punição disciplinar não pode atingir o limite máximo previsto nas alíneas do inciso I deste
artigo, quando ocorrerem apenas circunstâncias atenuantes;
III - quando ocorrerem circunstâncias atenuantes e agravantes, a punição disciplinar será
aplicada conforme preponderem essas ou aquelas;
IV - por uma única transgressão não deve ser aplicada mais de uma punição disciplinar;
V - a punição disciplinar não exime o punido da responsabilidade civil;
VI - na ocorrência de mais de uma transgressão, sem conexão entre si, a cada uma deve ser
imposta a punição disciplinar correspondente; e
VII - havendo conexão, a transgressão de menor gravidade será considerada como
circunstância agravante da transgressão principal.
Art. 38. A aplicação da punição classificada como "prisão disciplinar" somente pode ser
efetuada pelo Comandante do Exército ou comandante, chefe ou diretor de OM.
Art. 39. Nenhum transgressor será interrogado ou punido em estado de embriaguez ou sob a
ação de psicotrópicos, mas ficará, desde logo, convalescendo em hospital, enfermaria ou
dependência similar em sua OM, até a melhora do seu quadro clínico.
DO COMPORTAMENTO MILITAR
Art. 51. O comportamento militar da praça abrange o seu procedimento civil e militar, sob o
ponto de vista disciplinar.
§ 1º O comportamento militar da praça deve ser classificado em:
I - excepcional:
a) quando no período de nove anos de efetivo serviço, mantendo os comportamentos "bom",
ou "ótimo", não tenha sofrido qualquer punição disciplinar;
b) quando, tendo sido condenada por crime culposo, após transitada em julgado a sentença,
passe dez anos de efetivo serviço sem sofrer qualquer punição disciplinar, mesmo que lhe tenha sido
concedida a reabilitação judicial, em cujo período somente serão computados os anos em que a
praça estiver classificada nos comportamentos "bom" ou "ótimo"; e
c) quando, tendo sido condenada por crime doloso, após transitada em julgado a sentença,
passe doze anos de efetivo serviço sem sofrer qualquer punição disciplinar, mesmo que lhe tenha
sido concedida a reabilitação judicial. Neste período somente serão computados os anos em que a
praça estiver classificada nos comportamentos "bom" ou "ótimo";
II - ótimo:
a) quando, no período de cinco anos de efetivo serviço, contados a partir do comportamento
"bom", tenha sido punida com a pena de até uma detenção disciplinar;
b) quando, tendo sido condenada por crime culposo, após transitada em julgado a sentença,
passe seis anos de efetivo serviço, punida, no máximo, com uma detenção disciplinar, contados a
partir do comportamento "bom", mesmo que lhe tenha sido concedida a reabilitação judicial; e
c) quando, tendo sido condenada por crime doloso, após transitada em julgado a sentença,
passe oito anos de efetivo serviço, punida, no máximo, com uma detenção disciplinar, contados a
partir do comportamento "bom", mesmo que lhe tenha sido concedida a reabilitação judicial;
III - bom:
a) quando, no período de dois anos de efetivo serviço, tenha sido punida com a pena de até
duas prisões disciplinares; e
b) quando, tendo sido condenada criminalmente, após transitada em julgado a sentença,
houver cumprido os prazos previstos para a melhoria de comportamento de que trata o § 7º deste
artigo, mesmo que lhe tenha sido concedida a reabilitação judicial;
IV - insuficiente:
Seção III
Das Recompensas
ANEXO I
RELAÇÃO DE TRANSGRESSÕES DISCIPLINARES
ANEXO III
QUADRO DE PUNIÇÕES MÁXIMAS
Quadro de Punições Máximas, referidas no art. 40, que podem aplicar as autoridades definidas nos itens
I, II e § 1o do art. 10 e a que estão sujeitos os transgressores.
Chefe do EME, Comandante, Demais Comandante, Chefe de Subchefe de Comandante
chefes dos chefe ou diretor, ocupantes de chefe ou estado-maior, estado-maior, das demais
órgãos de cujo cargo seja cargos diretor de OM, chefe de Gab, comandante subunidades
direção setorial e privativo de privativos de cujo cargo não privativos de unidade ou de
de oficial-general oficial-general seja privativo de oficial- incorporada, elemento
POSTOS assessoramento de oficial general chefe de destacado
e comandante superior e Cmt divisão, com efetivo
outras punições a
militar de área das demais seção, menor que
E que estão sujeitos
OM com escalão subunidade
autonomia regional,
GRADUAÇÕES administrativa serviço e
assessoria,
ajudante-
geral, subcmt
e subdiretor
Oficiais de carreira
da ativa
20 dias de 30 dias de 15 dias de 25 dias de 20 dias de
30 dias de prisão
prisão detenção prisão detenção detenção repreensão o oficial da reserva
Oficiais da reserva, disciplinar
disciplinar disciplinar disciplinar disciplinar disciplinar não-remunerada,
convocados ou
quando convocado,
mobilizados
pode ser licenciado
a bem da disciplina
20 dias de 15 dias de
Oficiais da Res Rem 30 dias de prisão
prisão - prisão - - -
ou reformados disciplinar (3)
disciplinar (3) disciplinar (3)
30 dias de
prisão
Sargentos, taifeiros, 30 dias de prisão disciplinar ou 30 dias de 25 dias de 20 dias de 20 dias de
disciplinar ou exclusão a bem da
cabos e soldados da licenciamento a bem da disciplina detenção detenção detenção detenção
licenciamento disciplina (2)
ativa (1) disciplinar disciplinar disciplinar disciplinar
a bem da
disciplina (1)
Aspirantes-a-oficial
30 dias de
e subtenentes da
30 dias de prisão disciplinar (3) - prisão - - -
Res Rem ou
disciplinar (3)
reformados
Sargentos, taifeiros,
30 dias de
cabos e soldados da
30 dias de prisão disciplinar (3) - prisão - - -
Res Rem ou
disciplinar (3)
reformados
3.1.1. GENERALIDADES
(Norma Técnica 02/2014 – Conceitos básicos de segurança contra incêndio)
3.1.1.2 DEFINIÇÕES
O fogo pode ser definido como um fenômeno físico-químico em que ocorre uma reação de oxidação,
emitindo luz e calor.
Devem coexistir quatro componentes para que ocorra o fenômeno do fogo:
1) Combustível;
2) Comburente (oxigênio);
3) Calor;
4) Reação em cadeia.
Os meios de extinção se utilizam deste princípio, pois agem através da inibição de um dos
componentes para apagar um incêndio.
O combustível pode ser definido como qualquer substância capaz de produzir calor por meio
da reação química.
O comburente é a substância que alimenta a reação química, sendo mais comum o oxigênio.
O calor pode ser definido como uma forma de energia que se transfere de um sistema para outro em
virtude de uma diferença de temperatura. Ele se distingue das outras formas de energia porque,
como o trabalho, só se manifesta num processo de transformação.
Podemos ainda definir incêndio como sendo o fogo indesejável, qualquer que seja sua
dimensão.
Como foi dito, o comburente é o oxigênio do ar e sua composição porcentual no ar seco é de
20,99%. Os demais componentes são o nitrogênio, com 78,03%, e outros gases (CO2, Ar, H2, He,
Ne, Kr), com 0,98%.
O calor, por sua vez, pode ter como fonte a energia elétrica, o cigarro aceso, os queimadores
a gás, a fricção ou mesmo a concentração da luz solar através de uma lente.
O fogo se manifesta diferentemente em função da composição química do material. De outra
maneira, um mesmo material pode queimar de modo diferente em função da sua superfície
específica, das condições de exposição ao calor, da oxigenação e da umidade contida.
A maioria dos sólidos combustíveis possui um mecanismo sequencial para sua ignição. O
sólido precisa ser aquecido, quando então desenvolve vapores combustíveis que se misturam com
(Coletânea de Manuais de Tec Mil I Vol I..................................................... 56/156)
o oxigênio, formando a mistura inflamável (explosiva), à qual igniza-se na presença de uma pequena
chama (ou mesmo fagulha ou centelha) ou em contato com uma superfície aquecida acima de 500°C,
dando origem à chama na superfície do sólido, que fornece mais calor, aquecendo mais materiais e
assim sucessivamente.
Alguns sólidos pirofóricos (sódio, fósforo, magnésio etc.) não se comportam conforme o
mecanismo acima descrito.
Os líquidos inflamáveis e combustíveis possuem mecanismos semelhantes, ou seja, o líquido,
ao ser aquecido, vaporiza-se e o vapor se mistura com o oxigênio, formando a “mistura inflamável”
(explosiva) que ignizam-se na presença de uma pequena chama (ou mesmo fagulha ou centelha),
ou em contato com superfícies aquecidas acima de 500°C, dando origem à chama na superfície do
líquido, que aumenta a vaporização e a chama. A quantidade de chama fica limitada à capacidade
de vaporização do líquido.
Os líquidos são classificados pelo seu ponto de fulgor, ou seja, pela menor temperatura na
qual liberam uma quantidade de vapor que, ao contato com uma chama, produzem um lampejo (uma
queima instantânea).
Entretanto, existe outra classe de líquidos, denominados instáveis ou reativos, cuja
característica é de se polimerizar, decompor, condensar violentamente ou ainda de se tornar auto-
reativo sob condições de choque, pressão ou temperatura, podendo desenvolver grande quantidade
de calor.
A mistura inflamável vapor-ar (gás-ar) possui uma faixa ideal de concentração para se tornar
inflamável ou explosiva, e os limites dessa faixa são denominados limite inferior de inflamabilidade e
limite superior de inflamabilidade, expressos em porcentagem ou volume. Estando a mistura fora
desses limites, não ocorrerá a ignição.
Os materiais sólidos não queimam através de mecanismos tão precisos e característicos como
os dos líquidos e gases.
Nos materiais sólidos, a área específica é um fator importante para determinar sua razão de
queima, ou seja, a quantidade do material queimado na unidade de tempo, que está associado à
quantidade de calor gerado e, portanto, à elevação da temperatura do ambiente. Um material sólido
com igual massa e com área específica diferente, como exemplo de 1 m² e 10 m², queima em tempos
inversamente proporcionais; contudo, libera a mesma quantidade de calor. No entanto, a temperatura
atingida no segundo caso será bem maior.
Por outro lado, não se pode afirmar que isso é sempre verdade. No caso da madeira, observa-
se que, quando apresentada em forma de serragem, ou seja, com áreas específicas grandes, não
se queima com grande rapidez.
Comparativamente, a madeira em forma de pó pode formar uma mistura explosiva com o ar,
comportando-se, desta maneira, como um gás que possui velocidade de queima muito grande.
No mecanismo de queima dos materiais sólidos temos a oxigenação como outro fator de
grande importância.
Quando a concentração em volume de oxigênio no ambiente cai para valores abaixo de 14%,
a maioria dos materiais combustíveis existentes no local não mantém a chama na sua superfície.
A evolução do incêndio em um local pode ser representada por um ciclo com três fases
características:
1) Fase inicial de elevação progressiva da temperatura (ignição);
2) Fase de aquecimento;
3) Fase de resfriamento e extinção;
A primeira fase inicia-se como ponto de inflamação inicial e caracteriza-se por grandes
variações de temperatura de ponto a ponto, ocasionadas pela inflamação sucessiva dos objetos
existentes no recinto, de acordo com a alimentação de ar.
Normalmente os materiais combustíveis (materiais passíveis de se ignizarem) e uma
variedade de fontes de calor coexistem no interior de uma
edificação.
A manipulação acidental destes elementos é, potencialmente, capaz de criar uma situação de
perigo.
Dessa maneira, os focos de incêndio originam-se em locais em que fonte de calor e materiais
combustíveis são encontrados juntos, de tal forma que, ocorrendo a decomposição do material pelo
calor, são desprendidos gases que podem se inflamar.
Considerando-se que diferentes materiais combustíveis necessitam receber diferentes níveis
de energia térmica para que ocorra a ignição, é necessário que as perdas de calor sejam menores
que a soma de calor proveniente da fonte externa e do calor gerado no processo de combustão.
Neste sentido, se a fonte de calor for pequena, ou a massa do material a ser ignizado for
grande, ou ainda sua temperatura de ignição for muito alta, somente irão ocorrer danos locais sem a
evolução do incêndio.
Se a ignição definitiva for alcançada, o material continuará a queimar desenvolvendo calor e
produtos de decomposição. A temperatura subirá progressivamente, acarretando a acumulação de
fumaça e outros gases e vapores junto ao teto.
Há, neste caso, a possibilidade de o material envolvido queimar totalmente sem proporcionar
o envolvimento do resto dos materiais contidos no ambiente ou dos materiais constituintes dos
elementos da edificação. De outro modo, se houver
caminhos para a propagação do fogo, através de convecção ou radiação, em direção aos materiais
presentes nas proximidades, ocorrerá simultaneamente a elevação da temperatura do recinto e o
desenvolvimento de fumaça e gases inflamáveis.
Nesta fase, pode haver comprometimento da estabilidade da edificação devido à elevação da
temperatura nos elementos estruturais.
Com a evolução do incêndio e a oxigenação do ambiente, através de portas e janelas, o
incêndio ganhará ímpeto; os materiais passarão a ser aquecidos por convecção e radiação,
acarretando um momento denominado de “inflamação generalizada – flashover”, que se caracteriza
pelo envolvimento total do ambiente pelo fogo e pela emissão de gases inflamáveis através de portas
e janelas, que se queimam no exterior do edifício.
Neste momento torna-se impossível a sobrevivência no interior do ambiente.
O tempo gasto para o incêndio alcançar o ponto de inflamação generalizada é relativamente
curto e depende, essencialmente, dos revestimentos e acabamentos utilizados no ambiente de
origem, embora as circunstâncias em que o fogo comece a se desenvolver exerçam grande
influência.
Figura 6 – Propagação por convecção, em que gases quentes fazem com que ocorram focos de incêndio
em andares distintos
Durante um incêndio, o calor emana gases dos materiais combustíveis, que podem ser mais
ou menos densos que o ar, em decorrência da variação de temperatura interna e externa da
edificação.
Essa diferença de temperatura provoca um movimento ascensional dos gases que são
paulatinamente substituídos pelo ar que adentra a edificação por meio das janelas e portas. A partir
disso ocorre uma constante troca entre o ambiente interno e externo, com a saída dos gases quentes
e fumaça e a entrada de ar.
Em um incêndio ocorrem dois casos típicos, que estão relacionados com a ventilação e com
a quantidade de combustível em chama. No primeiro caso, no qual a vazão de ar que adentra ao
interior da edificação incendiada for superior à necessidade da combustão dos materiais, temos um
fogo aberto, aproximando-se a uma queima de combustível ao ar livre, cuja característica será de
uma combustão rápida.
No segundo caso, no qual a entrada de ar é controlada, ou deficiente em decorrência de
pequenas aberturas externas, temos um incêndio com duração mais demorada, cuja queima é
controlada pela quantidade de combustível, ou seja, pela carga incêndio, na qual a estrutura da
edificação estará sujeita a temperaturas elevadas por um tempo maior de exposição, até que ocorra
a queima total do conteúdo do edifício.
Em resumo, a taxa de combustão de um incêndio pode ser determinada pela velocidade do
suprimento de ar, estando implicitamente relacionada com a quantidade de combustível e sua
disposição da área do ambiente em chamas e das dimensões das aberturas. Deste conceito decorre
a importância da forma e quantidade de aberturas em uma fachada.
Quando se tem um foco de fogo num ambiente fechado, como exemplo em uma sala, o calor
destila gases combustíveis do material e ainda há a formação de outros gases devido à combustão
dos gases destilados.
Esses gases podem ser mais ou menos densos de acordo com a sua temperatura, à qual é
sempre maior do que a do ambiente e, portanto, possuem uma força de flutuação com movimento
ascensional bem maior que o movimento horizontal.
Os gases quentes vão-se acumulando junto ao forro e se espalhando por toda a camada
superior do ambiente, penetrando nas aberturas existentes no local.
Os gases quentes, assim como a fumaça, gerados por uma fonte de calor (material em
combustão), fluem no sentido ascendente com formato de cone invertido. Esta figura é denominada
"plume".
(Coletânea de Manuais de Tec Mil I Vol I..................................................... 61/156)
Figura 10 – Processo de formação de gases e fluxo básico do ar
3.1.1.3.1 Sinalização
A sinalização de emergência utilizada para informar e guiar os ocupantes do edifício,
relativamente a questões associadas aos incêndios, assume dois objetivos:
1) Reduzir a probabilidade de ocorrência de incêndio;
2) Indicar as ações apropriadas em caso de incêndio.
A sinalização de emergência deve ser dividida de acordo com suas funções em seis
categorias:
1) Sinalização de alerta, cuja função é alertar para áreas e materiais com potencial de risco;
2) Sinalização de comando, cuja função é requerer ações que proporcionem condições
adequadas para a utilização das rotas de fuga;
(Coletânea de Manuais de Tec Mil I Vol I..................................................... 63/156)
3) Sinalização de proibição, cuja função é proibir ações capazes de conduzir ao início do
incêndio;
4) Sinalização de condições de orientação e salvamento, cuja função é indicar as rotas de
saída e ações necessárias para o seu acesso;
5) Sinalização dos equipamentos de combate, cuja função é indicar a localização e os tipos
dos equipamentos de combate.
b) Sistema de hidrantes
Figura 40 – Hidrante
Um outro sistema que pode ser adotado no lugar dos tradicionais hidrantes internos são os
mangotinhos.
Os mangotinhos apresentam a grande vantagem de poder serem operados de maneira rápida
por uma única pessoa. Devido a vazões baixas de consumo, seu operador pode contar com grande
autonomia do sistema.
Por estes motivos, os mangotinhos são recomendados pelos bombeiros, principalmente nos
locais em que o manuseio do sistema é executado por pessoas não-habilitadas (Ex.: uma dona de
casa em um edifício residencial).
O dimensionamento do sistema de mangotinhos é idêntico ao sistema de hidrantes.
f) A espuma
h) Brigada de incêndio
O dimensionamento da Brigada de Incêndio deve atender às especificações contidas nas
instruções adotadas pelo Corpo de Bombeiros, por meio de Norma Técnica.
A população do edifício deve estar preparada para enfrentar uma situação de incêndio, quer
seja adotando as primeiras providências no sentido de controlar o incêndio, quer seja abandonando
o edifício de maneira rápida e ordenada.
Para isso ser possível, é necessário como primeiro passo a elaboração de planos para
enfrentar a situação de emergência que estabeleçam em função dos fatores determinantes de risco
de incêndio, as ações a serem adotadas e os recursos materiais e humanos necessários. A formação
de uma equipe com este fim específico é um aspecto importante deste plano, pois permitirá a
execução adequada do plano de emergência.
Essas equipes podem ser divididas em duas categorias, decorrente da função a exercer:
1) Equipes destinadas a propiciar o abandono seguro do edifício em caso de incêndio.
2) Equipe destinada a propiciar o combate aos princípios de incêndio na edificação.
Em um edifício podemos encontrar uma equipe distinta para cada função, ou que as exerça
simultaneamente.
Tais planos devem incluir a provisão de quadros sinóticos em distintos setores do edifício
(aqueles que apresentem parcela significativa da população flutuante, como em hotéis) que indiquem
a localização das saídas, do quadro sinótico com o texto "você está aqui" e a dos equipamentos de
combate manual no setor.
Por último deve-se promover o treinamento periódico dos brigadistas e de toda a população
do edifício.
i) Planta de Risco
Seção XXVII
Do Sargento Auxiliar de Munições, Explosivos e Manutenção de Armamento
Art. 88. O Sgt Aux Mun Expl Mnt Armt, pertencente à 4ª seção do EM da unidade, é o principal auxiliar
do O Mun Expl Mnt Armt, cabendo-lhe as seguintes tarefas:
I - manter-se atualizado com relação aos manuais técnicos em vigor e às orientações da RM;
II - colaborar, como monitor, nas instruções de manutenção de armamento, instrumentos
óticos e manuseio de munição e explosivo;
III - controlar, diariamente, a temperatura e a umidade dos paióis ou depósitos, elaborando os
mapas termo-higrométricos;
IV - orientar a manutenção de 2º escalão do armamento da unidade e o emprego do
ferramental, suprimento e pessoal especializado;
V - realizar, quando determinado, a remoção e a destruição dos engenhos falhados nos
campos de instrução;
VI - manter organizados e atualizados os arquivos de documentos referentes a armamento,
munição e explosivo;
VII - realizar a armazenagem do suprimento Classe V, de forma a permitir a utilização
prioritária dos lotes mais antigos;
VIII - adotar as medidas de segurança que se fizerem necessárias, quanto a reservas, paióis
ou depósitos e ao manuseio por parte do pessoal autorizado;
IX - organizar mostruários e meios auxiliares de suprimento Classe V para serem utilizados
na instrução da unidade;
X - destruir, quando determinado, os elementos da munição e do explosivo condenados em
prova de exame;
XI - auxiliar o O Mun Expl Mnt Armt nos exames e averiguações, nas sindicâncias e nos
pareceres, bem como nas inspeções mensais do estado da munição e do explosivo;
XII - manter o controle físico e do estado de conservação da munição e do explosivo da
unidade, organizando e mantendo em dia um fichário do movimento desse suprimento por lotes de
fabricação e elemento de munição ou explosivo;
XIII - fiscalizar a área do paiol, no tocante à limpeza e conservação;
XIV - entregar, mediante recibo, a munição e/ou o explosivo, necessários à instrução, ao
adestramento, ao emprego da unidade ou subunidade ou por motivos administrativos, por
determinação e sob a supervisão do O Mun Expl Mnt Armt;
XV - receber e conferir a munição e/ou explosivo que tenha que dar entrada no paiol, inclusive
nos dias e horários sem expediente;
XVI - preparar o paiol para receber visitas ou inspeções, conforme orientação do O Mun Expl
Mnt Armt;
XVII - rubricar/assinar todos os documentos que lhe forem confiados elaborar, salvo ordem
em contrário;
XVIII - controlar o pessoal auxiliar, necessário aos trabalhos no paiol; e
3.3 – FURRIEL DA SU
3.3 FURRIEL DA SU
(FONTE: Regulamento Interno e dos Serviços Gerais)
a. Introdução
Os tópicos a seguir foram elaborados com base em lições aprendidas. Deverão servir de
referência para a adoção de medidas preventivas por todos os peritos responsáveis, sem o descuido
de outras prescrições relativas à segurança contidas em manuais específicos, ou fundamentadas em
outras experiências bem sucedidas.
1) Recomendações Gerais
a) O armamento destinado à execução do tiro real, durante o transporte, deve estar
descarregado.
b) Antes ou após a instrução, ou o serviço que empregue quaisquer tipos de cartuchos, deve
ocorrer uma inspeção de armas, munições e equipamentos relacionados com a atividade. A inspeção
deve ser executada no local da atividade pelo instrutor. Nas duas oportunidades indicadas, deve ser
verificada a existência de cartuchos ou corpos estranhos na câmara ou no cano das armas
inspecionadas. A inspeção após a atividade deve incluir o recolhimento de todos os cartuchos e
estojos existentes. O processo para a execução dessas inspeções, quando não previsto nos manuais
técnicos correspondentes, deve ser estabelecido pelos comandos responsáveis.
c) Os comandantes de guarda, por ocasião dos serviços, em reunião com seu pessoal, devem
relembrar, demonstrar e praticar as regras de segurança relativas ao manejo do armamento a ser
empregado.
d) As inspeções de armamento do pessoal de serviço devem ser realizadas em locais
previamente designados, de forma a proporcionar as melhores condições de segurança, seja pelo
isolamento e pela proteção ao pessoal não participante, seja pelo dispositivo de proteção aos
participantes da atividade.
e) O pessoal participante de atividades que incluam a execução de tiro real, mesmo na
condição de assistente, deve usar capacete balístico.
f) Os incidentes de tiro devem ser sanados com a aplicação das regras próprias de cada arma,
e da cautela necessária.
g) O emprego do armamento com munição de festim exige o reforçador apropriado; mesmo
com ele, a arma nunca deve ser apontada e disparada na direção de pessoas a distâncias inferiores
a 10 (dez) metros.
h) O armeiro de cada reserva de armamento deve executar uma rigorosa inspeção na câmara
e nos carregadores de cada arma proveniente de instrução de tiro ou de serviço, independente de
qualquer outra medida anterior de segurança.
i) Após a instrução ou a conclusão de serviço, o armamento deve ser conduzido pelo pessoal,
em forma, diretamente para a respectiva sala d’armas ou reserva, onde, após manutenido, será
guardado.
d) Observações complementares
- Quando os reboques não dispuserem de freio acionado pela viatura tratora, dos valores da
velocidade acima devem ser abatidos em 10 (dez)
Km/h.
- Observar a sinalização de trânsito.
- A velocidade máxima a ser desenvolvida por viaturas não operacionais, em deslocamento
isolado, é determinada pela regulamentação de tráfego civil.
- É obrigatória, quando em deslocamentos, a existência de sinalização nos reboques (lanterna
e luz do freio “PARE”).
2) Dos procedimentos
a) As velocidades constantes dos quadros indicam o máximo permitido em cada situação.
Caberá a quem autorizar a saída da viatura, ou o deslocamento do comboio, fi xar a velocidade
máxima a ser desenvolvida, levando em consideração os seguintes fatores:
(1) experiência do(s) motorista(s);
(2) condições da(s) viatura(s);
(3) características da estrada, tais como piso, desenvolvimento do traçado, número de pistas
e sinalização;
(4) densidade do tráfego civil;
(5) condições atmosféricas;
(6) prescrições legais na área urbana e nas estradas;
(7) situação tática, se for o caso;
(8) peculiaridades da região, como a natureza das obras de arte, a poeira e as travessias de
cursos d’água por meios descontínuos;
(9) determinações do escalão superior; e
(10) outros fatores pertinentes ou constantes do C 25-10.
3) Manutenção de blindados
a) Para as atividades rotineiras de manutenção devem ser utilizadas escadas para subir e
descer dos blindados, evitando saltos que podem trazer danos às articulações.
b) Observações quanto ao manejo de solventes, dentre outras:
- uso obrigatório de óculos de proteção e luvas;
- empregá-los em locais ventilados;
- evitar respirar ou permitir o contato com a pele, olhos e roupas;
- não usá-los próximo ao fogo ou a calor excessivo;
- no caso de tonteiras ao manejar solventes, afastar-se imediatamente para local ventilado e
procurar auxílio médico; e
- se o solvente atingir os olhos, lavá-los imediatamente com água limpa e procurar o médico.
c) Tudo deve ser mantido limpo. Sujeira, graxa, óleo e lixo acumulado podem provocar
acidentes e causar sérios problemas.
d) As partes metálicas do veículo devem ser inspecionadas, atentando-se para a ferrugem e
corrosão.
e) Todos os conjuntos devem ser inspecionados quanto a faltas, afrouxamentos, quebras ou
empenamentos, inclusive de rebites, porcas e parafusos.
f) O BId deve ser inspecionado quanto a pinturas rachadas, ferrugem, folgas ou faltas de peças
soldadas.
g) Devem ser verificados o desgaste e sinais de vazamento em mangueiras hidráulicas e de
ar comprimido, certificando-se de que todos os conectores estão apertados.
h) A guarnição da viatura deve conhecer o plano de manutenção de sua OM. A experiência
mostra que muitos acidentes decorrem da falta de observação a regras simples de segurança.
i) As Vtr Bld não devem ter suas superfícies enceradas ou lubrificadas, pois as possibilidades
de acidentes por quedas aumentam.
5) Escola da guarnição
a) A guarnição somente embarca na viatura pela frente da mesma e mediante ordem do mais
graduado. Exceção para a realização do tiro real, quando o embarque deverá ser feito pela lateral e
após ordem do mais graduado da viatura.
b) É proibida a passagem de pessoal, a uma distância menos que 5 (cinco) m, entre viaturas
paradas ou em movimento, tanto pelas laterais quanto pela frente ou retaguarda.
6) Comunicações
a) Em locais onde há, em baixa altura, grande quantidades de cabos energizados, as antenas
dos equipamentos de comunicações (Eqp Com) devem ser mantidas abaixadas.
b) A transmissão rádio em dias de tempestade deve ser restrita, em virtude de a possibilidade
de descargas elétricas atingirem os radio operadores.
c) A guarnição não deve tocar as antenas durante a operação dos equipamentos de alta
potência.
d) A correta instalação do Eqp Com deve ser verificada, para que sejam evitados danos ao
material e ao pessoal no transcurso das atividades.
e) Não desconectar ou conectar qualquer equipamento elétrico com a força ligada.
9) Reabastecimento
a) Não permita chamas ou centelhas na área de reabastecimento e designe um homem com
extintor de incêndio para ficar em condições de sanar qualquer problema.
b) Nunca entre em um veículo em chamas para tentar combater o fogo ou desligar o motor;
isto pode resultar em mortes ou ferimentos graves.
c) Todos os Cmb BId devem ter os procedimentos de combate a incêndio de sua viatura
memorizados e treinados.
10) Munições
a) Só utilize munições específicas para o armamento de sua viatura.
b) Munições explosivas ou partes contendo explosivos devem ser manuseadas
cuidadosamente.
c) Elementos como explosivos, estopilhas e espoletas são particularmente sensíveis ao
choque e à alta temperatura.
d) A munição ou suas partes não devem ser derrubadas, jogadas, tombadas ou arrastadas.
e) As munições APDS-T, TPDS-T e HEAT-T não podem ser atiradas por sobre tropas amigas,
a menos que estas estejam protegidas por cobertura adequada. As tropas poderão ser atingidas
pelas partes desconectadas. A área de perigo se estende até 1 000 (mil) m à frente do canhão e 70
(setenta) m para cada lado da trajetória. O tiro de APFSDS-T não pode ser disparado por sobre a
tropa amiga, em caso algum.
f) Ao carregar a munição no canhão, evite atingir a estopilha no estojo. Mantenha a munição
fora do alcance do recuo da culatra. Se alguma munição for atingida pelo recuo da culatra, não deverá
ser utilizada em hipótese alguma.
3) Outros procedimentos
a) Em qualquer situação de emergência, manter-se calmo, com o cinto de segurança afivelado
e atento às orientações da tripulação.
(Coletânea de Manuais de Tec Mil I Vol I..................................................... 84/156)
b) No caso de pouso forçado, permanecer a bordo até a parada completa dos rotores.
c) No caso de pouso forçado na água, a fi m de facilitar a orientação por ocasião do abandono
do helicóptero, voltar-se para o local de saída; segurar com uma das mãos a fivela do cinto e, com a
outra, qualquer parte do aparelho; aguardar a imersão da aeronave e a parada total dos rotores,
caracterizada pela ausência de ruídos; soltar o cinto de segurança e abandonar o aparelho.
d) A tropa deverá ser instruída sobre aspectos de segurança nas operações com helicópteros,
antes de executá-las. Caso isso não tenha sido possível, o comandante da fração de helicópteros
deverá ser informado.
e) Na instrução de embarque/desembarque de tropa, antes da prática em vôo, a tropa deverá
receber uma instrução preliminar junto ao helicóptero, ministrada pela tripulação da aeronave.
f) Quando em missões administrativas, os passageiros deverão ser previamente instruídos
quanto aos procedimentos de segurança durante o vôo.
g) É da responsabilidade da tropa que aguarda o pouso de helicópteros em locais públicos
prover a segurança necessária do local de aterragem, evitando a aproximação de pessoas enquanto
a aeronave estiver em funcionamento.
h) O militar que for escalado para orientar o pouso de um helicóptero do Exército deverá
possuir um dos seguintes pré-requisitos:
(1) possuir o Estágio de Operações Aeromóveis; ou
(2) ter recebido instrução prática de orientação de helicópteros ministrada por elementos da
Aviação do Exército ou por militares possuidores do Estágio de Operações Aeromóveis.
i) A tarefa de enganchamento de carga externa deverá ser feita por militar especialista da
Aviação do Exército. Na impossibilidade, o enganchador deverá receber instruções específicas
ministradas por elementos da Aviação do Exército.
j) Para o transporte de munição e explosivos em aeronaves da Aviação do Exército, devem
ser atendidas as normas operacionais específicas baixadas pelo Comando de Aviação do Exército.
j. Defesa química
k. Marchas e estacionamentos
l. Pontagem e embarcações
1) Recomendações iniciais
a) Os acidentes na execução de técnicas especiais de combate acarretam, normalmente,
consequências graves para seus agentes. Essa constatação impõe, assim, uma cuidadosa
preparação das atividades que envolvam a execução dessas técnicas, incluindo um
acompanhamento cerrado das mesmas pelo pessoal da segurança.
b) A execução de técnicas para a transposição de obstáculos exige medidas de segurança
adequadas, em face da possibilidade de quedas.
c) As atividades na água, onde houver a possibilidade de afogamento do pessoal participante,
exigem o emprego de coletes salva-vidas. A inexistência deste equipamento obriga os responsáveis
a adotar medidas preventivas envolvendo botes, bóias e pessoal de salvamento, em condições de
prestar o socorro necessário. Os instruendos não nadadores deverão ser identificados e os cuidados
com a sua segurança deverão ser redobrados.
d) Em atividades como montanhismo e paraquedismo, devem ser empregados os
equipamentos necessários e indicados à execução das técnicas. Além disso, devem ser adotadas
medidas especiais e adequadas de segurança e de primeiros socorros aos acidentados.
2) Patrulhas
a) Preferentemente deverão ser realizadas em campos de instrução. A autorização para
utilizar áreas particulares será encargo do Cmdo da Gu, que regulará o assunto.
b) Caso seja autorizado o uso de áreas particulares, deve-se contactar com o proprietário, ou
responsável pela área, com bastante antecedência, e informar ao mesmo o tipo do exercício, data,
horários e as providências relativas à segurança. Na oportunidade, informar aos moradores próximos
aos locais onde possam ocorrer ações, principalmente se forem à noite, bem como informar aos
vigias, capatazes, empregados, guardas ou rondantes, a fim de evitar mal entendidos.
c) Os itinerários devem ser minuciosamente reconhecidos pelos instrutores, antes dos
lançamentos de patrulhas noturnas, quanto aos seguintes aspectos, dentre outros:
- cursos d´água, lagos, pântanos ou outros obstáculos interpostos à tropa e que possam
redundar em riscos para as patrulhas;
- cisternas, poços ou suspiros de minas subterrâneas;
- passagens em rodovias movimentadas, povoados, passagens sob ferrovia; e
- locais onde possam existir engenhos falhados (polígonos de tiro). Esses locais perigosos
devem ser balizados ou mesmo interditados, conforme o grau de risco.
d) Restringir ao máximo o contato físico entre tropas e figuração, de modo a impedir incidentes
que resultem em quaisquer prejuízos à integridade física ou moral dos participantes.
e) Evitar encostar-se em cercas de arame ou abrigar-se sob árvores altas e isoladas, durante
tempestades com descargas elétricas.
3) Pistas de cordas
a) Na execução do cabo aéreo ou tirolesa (Cap 9 do C 21-78) deverão ser observados os
seguintes aspectos, dentre outros:
- os instrutores e monitores deverão testar o dispositivo antes dos instruendos;
(Coletânea de Manuais de Tec Mil I Vol I..................................................... 87/156)
- prever segurança alternativa para o caso da roldana travar durante o percurso;
- verificar se estão em boas condições o “cabo trilho”, a roldana e o mosquetão; e
- prever segurança embaixo, caso o instruendo tenha que saltar na água.
4) Navegação em botes
a) Todas as embarcações empregadas em qualquer deslocamento fluvial, inclusive as
voadeiras, deverão:
- ter um chefe, responsável pela disciplina, emprego e segurança da mesma;
- estar com pelo menos 03 (três) militares da tropa embarcados;
- manter sua guarnição sempre vigilante e atenta à aproximação de embarcações;
- observar a segurança individual - como o uso de coletes salva-vidas por todos os
embarcados, inclusive o piloto, e todos com os coturnos amarrados com soltura rápida;
- empregar cordões longos para fixar o Armt às embarcações, de modo a não prejudicar a sua
pronta utilização e evitar o seu extravio;
- manter amarrados, ao centro da mesma, as mochilas e demais Eqp; e
- manter, também amarrados, o motor, inclusive o reserva se houver, o tanque de combustível,
etc.
b) Não empregar um motor mais potente que o recomendado pelo fabricante.
c) Não ficar em pé em embarcação pequena, em movimento, e não permitir que os
passageiros também o façam.
1) A utilização de áreas não pertencentes ao Exército para atividades de instrução militar exige
cuidados e providências específicas por parte dos comandos responsáveis.
2) A ligação prévia com os proprietários ou com seus representantes legais, para o
recebimento de autorização, é uma providência imprescindível. A autorização deve ser dada com o
conhecimento completo do tipo de atividade a ser executada pela tropa. As restrições impostas pelos
proprietários devem ser rigorosamente cumpridas.
3) Acidentes de trânsito
Cuidados especiais devem ser dirigidos à prevenção de acidentes de trânsito, maior causador
de danos pessoais à instituição. Nesse sentido, recomenda-se os seguintes procedimentos, dentre
outros:
a) emprego ostensivo de patrulhas (PE, ou não) pelos Cmt de Gu, nos itinerários e nos
horários de início e término de expediente dos quartéis, a fim de coibir, principalmente, o desrespeito
quanto às regras de trânsito;
DA FINALIDADE
Art. 3º As presentes IG têm por finalidade estabelecer normas administrativas que propiciem
a rápida apuração das causas e responsabilidades dos acidentes de trânsito envolvendo viaturas
pertencentes ao EB e/ou veículos de terceiros, bem como, regular as indenizações de danos
causados.
Art. 4º Quando houver acidente de trânsito, sem vítimas, envolvendo viaturas pertencentes ao
EB, deverá ser instaurada uma sindicância e elaborado um Parecer Técnico (PT), com os seguintes
objetivos:
I - Sindicância – procedimento que visa concluir sobre o fato, na esfera administrativa, tendo
como base:
- o Parecer Técnico;
- o Laudo Pericial, quando existente;
- as investigações complementares realizadas pelo sindicante; e
- a vistoria do local e a reconstituição do acidente, caso necessário.
II - Parecer Técnico – documento que visa:
- analisar a(s) viatura(s) militar(es) envolvida(s) no acidente em seus aspectos funcionais;
- orçar os valores necessários à reparação dos veículos envolvidos, inclusive os civis;
- quando for o caso, avaliar orçamento executado por terceiros; e
- concluir se houve indícios de falhas pessoais e/ou técnicas que causaram o acidente.
Parágrafo único. A adoção dos procedimentos previstos neste artigo dispensam a abertura de
Inquérito Técnico.
Art. 5º Quando houver acidente de trânsito, com vítima ou indício de crime, envolvendo
viaturas pertencentes ao EB, deverá ser instaurado o competente IPM.
§ 1º A solicitação de instauração de IPM poderá partir do sindicante à autoridade que a
determinou.
§ 2º Se no transcurso da sindicância surgirem indícios de crime, a mesma deverá ser
transformada em IPM.
DOS PROCEDIMENTOS
DOS ACIDENTES COM VÍTIMA(S)
Art. 9º Em caso de acidente com vítima(s), o militar mais antigo na viatura, que esteja em
condições de coordenar as ações, deverá providenciar:
I - a sinalização do local e a adoção de outras medidas necessárias a evitar outro acidente
como consequência;
II - a prestação dos primeiros socorros possíveis à(s) vítima(s);
III - o contato com sua OM, ou com a mais próxima, para: informar sobre o fato e o local onde
ele ocorreu; e solicitar apoio médico.
IV - a preservação do local do acidente com a finalidade de permitir a posterior realização da
perícia, a menos que isso venha atentar contra a segurança;
V - se houver outro(s) veículo(s) envolvido(s) no acidente, anotar seus dados (marca, cor e
placa), bem como os dados de identificação de seu(s) condutor(es);
VI - o arrolamento de testemunhas, preferencialmente não envolvidas diretamente no
acidente, anotando nome, identidade, endereço e/ou local de trabalho e telefones de contato; e
VII - em nenhum momento, a viatura militar deverá ser abandonada ou desguarnecida.
§1º Por vítima, é entendido o espectro que vai da lesão corporal levíssima até a morte.
§2º As vítimas, quando inconscientes ou presas nas ferragens do acidente ou em outros
locais, devem merecer cuidados especiais, principalmente no caso de socorro e remoção por parte
de pessoas não qualificadas.
§ 3º Caso venha a ocorrer, em qualquer situação, a remoção de vítimas por leigos, o fato deve
ser relatado à autoridade que vier atender ao acidente e oficializado por escrito na primeira
oportunidade, para que conste da sindicância.
Art. 10. Assim que tomar conhecimento do acidente, o comandante, chefe ou diretor (Cmt/
Ch/Dir) da OM à qual pertença a viatura ou, quando for o caso, o comandante da guarnição onde
tenha ocorrido o sinistro deverá providenciar:
I - o apoio médico para o local do acidente;
II - a segurança para o local do acidente;
III - a comunicação do fato à OM de Polícia do Exército (PE) da área, caso haja condições de
realização da perícia militar pela mesma;
IV - a comunicação do fato à Polícia Civil, Militar e/ou Rodoviária, solicitando a perícia do
acidente, o registro da ocorrência e outras providências cabíveis; e
(Coletânea de Manuais de Tec Mil I Vol I..................................................... 93/156)
V - o acompanhamento de todo o desenvolvimento das operações até a solução dos
problemas imediatos.
§ 1º Caso o acidente tenha ocorrido fora de sua guarnição, o Cmt/Ch/Dir da OM, ao tomar
conhecimento do mesmo, comunicará de imediato ao comandante da guarnição mais próxima ao
local do sinistro, a fim de que sejam tomadas as medidas previstas no presente artigo.
§ 2º Na ausência do respectivo Cmt/Ch/Dir, o militar mais antigo presente ou de serviço na
OM tomará as medidas previstas no presente artigo, comunicando àquela autoridade na primeira
oportunidade.
Art. 11. Os procedimentos para os acidentes sem vítima são idênticos, no que couber, aos
dos acidentes com vítima(s).
DA SINDICÂNCIA
DO PARECER TÉCNICO
4.3 - DA CONTINÊNCIA
Art. 14. A continência é a saudação prestada pelo militar e pode ser individual ou da tropa.
§ 1º A continência é impessoal; visa a autoridade e não a pessoa.
§ 2º A continência parte sempre do militar de menor precedência hierárquica; em igualdade
de posto ou graduação, quando ocorrer dúvida sobre qual seja o de menor precedência, deve ser
executada simultaneamente.
§ 3º Todo militar deve, obrigatoriamente, retribuir a continência que lhe é prestada; se
uniformizado, presta a continência individual; se em trajes civis, responde-a com um movimento de
cabeça, com um cumprimento verbal ou descobrindo-se, caso esteja de chapéu.
Art. 15. Têm direito à continência:
I - a Bandeira Nacional:
a) ao ser hasteada ou arriada diariamente em cerimônia militar ou cívica;
b) por ocasião da cerimônia de incorporação ou desincorporarão, nas formaturas;
c) quando conduzida por tropa ou por contingente de Organização Militar;
Art. 18. A continência individual é a forma de saudação que o militar isolado, quando
uniformizado, com ou sem cobertura, deve aos símbolos, às autoridades e à tropa formada,
conforme estabelecido no Art. 15.
§ 1º A continência individual é, ainda, a forma pela qual os militares se saúdam mutuamente,
ou pela qual o superior responde à saudação de um mais moderno.
§ 2º A continência individual é devida a qualquer hora do dia ou da noite, só podendo ser
dispensada nas situações especiais regulamentadas por cada Força Armada.
§ 3º Quando em trajes civis, o militar assume as seguintes atitudes:
I - nas cerimônias de hasteamento ou arriamento da Bandeira, nas ocasiões em que esta se
apresentar em marcha ou cortejo, assim como durante a execução do Hino Nacional, o militar deve
tomar atitude de respeito, de pé e em silêncio, com a cabeça descoberta;
II - nas demais situações se estiverem de cobertura, descobre-se e assume atitude
respeitosa;
III - ao encontrar um superior fora de organização Militar, o subordinado faz a saudação com
um cumprimento verbal, de acordo com as convenções sociais.
Art. 30. O militar em um veículo, exceto bicicleta, motocicleta ou similar, procede da seguinte
forma:
I - com o veículo parado, tanto o condutor como o passageiro fazem a continência individual
sem se levantarem;
II - com o veículo em movimento, somente o passageiro faz a continência individual.
§ 1º Por ocasião da cerimônia da Bandeira ou da execução do Hino Nacional, se no interior
de uma Organização Militar, tanto o condutor como o passageiro saltam do veículo e fazem a
continência individual; se em via pública, procedem do mesmo modo, sempre que viável.
Da Apresentação
Art. 41. O militar, para se apresentar a um superior, aproxima-se deste até a distância do
aperto de mão; toma a posição de “Sentido”, faz a continência individual como prescrita neste
(Coletânea de Manuais de Tec Mil I Vol I..................................................... 102/156)
Regulamento e diz, em voz claramente audível, seu grau hierárquico, nome de guerra e Organização
Militar a que pertence, ou função que exerce, se estiver no interior da sua Organização Militar; desfaz
a continência, diz o motivo da apresentação, permanecendo na posição de “Sentido” até que lhe seja
autorizado tomar a posição de “Descansar’ ou de “À Vontade”.
§ 1º Se a superior estiver em seu Gabinete de trabalho ou outro local coberto, o militar sem
arma ou armado de revólver, pistola ou espada embainhada tira a cobertura com a mão direita. Em
se tratando de boné ou capacete, coloca-o debaixo do braço esquerdo com o interior voltado para o
corpo e a jugular para a frente; se de boina ou gorro com pala, empunha-o com a mão esquerda, de
tal modo que sua copa fique para fora e a sua parte anterior voltada para a frente. Em seguida, faz a
continência individual e procede à apresentação.
§ 2º Caso esteja armado de espada desembainhada, fuzil ou metralhadora de mão, o militar
faz alto à distância de dois passos do superior e executa o “Perfilar Espada” ou “Ombro Arma”,
conforme o caso, permanecendo nessa posição mesmo após correspondida a saudação; se o
superior for Oficial-General ou autoridade superior, o militar executa o manejo de “Apresentar Arma”,
passando, em seguida, à posição de “Perfilar Espada” ou “Ombro Arma”, conforme o caso, logo após
correspondida a saudação.
§ 3º Em locais cobertos, o militar armado nas condições previstas no parágrafo anterior, para
se apresentar ao superior, apenas toma a posição de “Sentido”.
Art. 42. Para se retirar da presença de um superior, o militar faz-lhe a continência individual,
idêntica à da apresentação, e pede permissão para se retirar; concedida a permissão, o oficial retira-
se normalmente, e a praça, depois de fazer “Meia Volta”, rompe a marcha com o pé esquerdo.
SEÇÃO I
Generalidades
Art. 43. Têm direito à continência da tropa os símbolos e autoridades relacionadas nos incisos
I a IX e XI a XIV do Art. 15.
§ 1º Os oficiais da reserva ou reformados e os militares estrangeiros só têm direito à
continência da tropa quando uniformizados.
§ 2º As autoridades estrangeiras, civis e militares, são prestadas as continências conferidas
às autoridades brasileiras equivalentes.
Art. 44. Para efeito de continência, considera-se tropa a reunião de dois ou mais militares
devidamente comandados.
Art. 45. Aos Ministros de Estado, aos Governadores de Estado e do Distrito Federal e aos
Ministros do Superior Tribunal Militar, são prestadas as continências previstas para Almirante-de-
Esquadra, General-de-Exército ou Tenente-Brigadeiro.
Parágrafo único. Os Ministros da Marinha, Exército, Aeronáutica, Chefe do Estado-Maior das
Forças Armadas, Ministros do Superior Tribunal Militar, Chefe da Casa Militar da Presidência da
República, nesta ordem, terão lugar de destaque nas solenidades cívico-militares.
Art. 46. Aos Governadores de Territórios Federais são prestadas as continências previstas
para Contra-Almirante, General-de-Brigada ou Brigadeiro.
Art. 47. O Oficial que exerce função do posto superior ao seu, tem direito à continência desse
posto apenas na Organização Militar onde a exerce e nas que lhe são subordinadas.
Art. 48. Nos exercícios de marcha, inclusive nos altos, a tropa não presta continência; nos
exercícios de estacionamento, procede de acordo com o estipulado nas Seções II e III deste Capítulo.
Art. 49. A partir do escalão subunidade, inclusive, toda tropa armada que não conduzir
Bandeira, ao regressar ao Quartel, de volta de exercício externo de duração igual ou superior a 8
(oito) horas e após as marchas, presta continência ao terreno antes, de sair de forma;
§ 1º A voz de comando para essa continência é “Em continência ao terreno - Apresentar
Arma!”
(Coletânea de Manuais de Tec Mil I Vol I..................................................... 103/156)
§ 2º Os militares não Integrantes, da formatura, fazem a continência individual.
§ 3º Por ocasião da Parada Diária, a tropa o os militares não integrantes da formatura prestam
a “Continência ao Terreno”, na forma estipulada pelos parágrafos 1º e 2º deste artigo.
§ 4º Estas disposições poderão ser ajustadas às peculiaridades de cada Força Armada.
Art. 50. A continência de uma tropa para outra está relacionada à situação de conduzirem, ou
não, a Bandeira Nacional o ao grau hierárquico dos respectivos comandantes.
Parágrafo único. Na continência, toma-se como ponto de referência, para início da saudação,
a Bandeira Nacional ou a testa da formatura, caso a tropa não conduza Bandeira.
Art. 51. No período compreendido entre o arriar da Bandeira e o toque de alvorada no dia
seguinte, a tropa apenas presta continência à Bandeira Nacional, ao Hino Nacional, ao Presidente
da República, às bandeiras e hinos de outras nações e a outra tropa.
Parágrafo único. Excetuam-se as guardas de honra que prestam continência à autoridade a
que a homenagem se destina.
SEÇÃO II
Da Continência da Tropa a Pé Firme
Art. 52. A tropa em forma e parada, à passagem de outra tropa, volta-se para ela e tona a
posição de sentido.
Parágrafo único. Se a tropa que passa conduz Bandeira, ou se seu Comandante for de posto
superior ao do Comandante da tropa em forma e parada, esta lhe presta a continência indicada no
Art. 53; quando, do mesmo posto e a tropa que passa não conduz Bandeira, apenas os Comandantes
fazem a continência.
Art. 53. Uma tropa a pé firme presta continência aos símbolos, às autoridades e a outra tropa
formada, nas condições mencionadas no Art. 15, executando os seguintes comandos:
I - na continência a oficial subalterno e Intermediário: - Sentido!”
II - na continência a oficial-superior: - “Sentido! Ombro Arma!”
III - na continência aos símbolos e autoridades mencionadas nos incisos I a VIII do Art. 15, a
Oficiais-Generais ou autoridades equivalentes: “Sentido! Ombro Arma! Apresentar Arma! Olhar a
Direita (Esquerda)!”.
§ 1º Para Oficial-General estrangeiro, só é prestada a continência em caso de visita oficial.
§ 2º No caso de tropa desarmada, ao comando de “Apresentar Arma!” todos os seus
integrantes fazem continência individual e a desfazem ao Comando de “Descansar Arma!”.
§ 3º Os Comandos são dados a toque de corneta ou clarim até, o escalão Unidade, e à viva
voz, no escalão Subunidades; os Comandantes de pelotão (seção) ou de elementos inferiores só
comandam a continência quando sua tropa não estiver enquadrada em subunidades; nas formações
emassadas, não são dados comandos nos escalões inferiores a Unidade.
§ 4º Em formação não emassada, os comandos a toque de corneta ou clarim são dados sem
a nota de execução, sendo desde logo executados pelo Comandante e pelo porta-símbolo da
Unidade; a banda é comandada à viva voz pelo respectivo mestre; o estado-maior, pelo oficial mais
antigo; a Guarda-Bandeira, pelo oficial Porta-Bandeira.
§ 5º Os comandos são dados de forma a serem executados quando a autoridade ou a
Bandeira atingir a distância de dez passos da tropa que presta a continência.
§ 6º A continência é desfeita aos comandos de “Olhar em Frente!”, “Ombro Arma!” e
“Descansar!”, conforme o caso, dados pelos mesmos elementos que comandaram sua execução e
logo que a autoridade ou a Bandeira tenha ultrapassado de cinco passos a tropa que presta a
continência.
§ 7º As Bandas de Música ou de Corneteiros ou clarins e Tambores permanecem em silêncio,
a menos que se tratem de honras militares prestadas pela tropa, ou de cerimônia militar de que a
tropa participe.
Art. 54. A tropa mecanizada, motorizada ou blindada presta continência da seguinte forma:
SEÇÃO III
Da Continência da Tropa em deslocamento
Art. 56. A tropa em deslocamento faz continência aos símbolos, às autoridades e a outra tropa
formada, relacionados nos incisos I, III a IX e XI a XV do Art. 15, observado o disposto pelo Art. 58,
executando os seguintes comandos:
I - “Sentido! - Em Continência á Direita (Esquerda)!”, repetido por todas as unidades, até o
escalão batalhão, inclusive;
II os Comandantes de subunidades, ao atingirem a distância de vinte passos da autoridade
ou da Bandeira, dão a voz de: “Companhia Sentido! Em Continência à Direita (Esquerda)!”;
III os Comandantes de pelotão (seção), à distância de dez passos da autoridade ou da
Bandeira, dão a voz de: “Pelotão (Seção) Sentido! Olhar à Direita (Esquerda)!”; logo que a testa do
pelotão (seção) tenha ultrapassado de dez passos a autoridade ou a Bandeira, seu Comandante,
independente, de ordem superior, comanda “Pelotão (seção) Olhar em Frente!”.
§ 1º Nas formações emassadas de batalhão e de companhia, só é dado o comando de
execução da continência - “Batalhão (Companhia) Sentido! - Olhar à Direita (Esquerda)!”, por toque
de corneta ou à viva voz dos respectivos comandantes.
§ 2º Durante a execução da continência, são observadas as seguintes prescrições:
a) a Bandeira não é desfraldada, exceto para outra Bandeira; a Guarda-Bandeira não olha
para a direita (esquerda);
b) o estandarte não é abatido, exceto para a Bandeira Nacional, o Hino Nacional ou o
Presidente da República;
c) os oficiais de espada desembainhada, no comando de pelotão (seção), perfilam espada e
não olham para a direita (esquerda);
d) os oficiais sem espada ou com ela embainhada, fazem a continência individual sem olhar
para a direita (esquerda), exceto o Comandante da fração;
e) o Porta-Bandeira, quando em viatura, levanta-se, e a Guarda permanece sentada;
f) os oficiais em viaturas, inclusive Comandantes de unidades e subunidades, fazem a
continência sentados sem olhar para a direita (esquerda);
g) os músicos, corneteiros e tamboreiros, condutores, porta-símbolos e porta-flâmulas, os
homens da coluna da direita (esquerda) e os da fileira da frente, não olham para a direita (esquerda),
e, se sentados não se levantam.
Art. 57. Na continência a outra tropa, procede-se da seguinte forma:
I - se as duas tropas não conduzem a Bandeira Nacional, a continência é iniciada pela tropa
cujo Comandante for de menor hierarquia; caso sejam de igual hierarquia, a continência deverá ser
feita por ambas as tropas;
II - se apenas uma tropa conduz a Bandeira Nacional, a continência é prestada à Bandeira,
independente da hierarquia dos Comandantes das tropas;
SEÇÃO IV
Da Continência da Tropa em Desfile
Art. 60. Destile é a passagem da tropa diante da Bandeira Nacional ou da maior autoridade
presente a uma cerimônia a fim de lhe prestar homenagem.
Art. 61. A tropa em desfile faz continência à Bandeira ou à maior autoridade presente à
cerimônia, obedecendo às seguintes prescrições:
I - a trinta passos aquém do homenageado, é dado o toque de “Sentido! - Em Continência à
Direita (Esquerda)!”, sendo repetido até o escalão batalhão, inclusive (esse toque serve apenas para
alertar a tropa);
Il - a vinte passos aquém do homenageado:
a) os Comandantes de unidade e subunidade, em viaturas, levantam-se;
b) os Comandantes de subunidades comandam à viva voz:
“Companhia - Sentido! - Em Continência à Direita (Esquerda)!”;
c) os oficiais com espada desembainhada perfilam espada, sem olhar para a direita
(esquerda).
III - a dez passos aquém do homenageado:
a) os Comandantes de pelotão (seção) comandam: “Pelotão (seção) - Sentido! - Olhar à
Direita (Esquerda)!”;
b) a Bandeira é desfraldada, e o estandarte é abatido;
c) os Comandantes de unidade e subunidade, em viatura, fazem a continência individual e
encaram a Bandeira ou a autoridade;
d) os Comandantes de unidade e subunidade abatem espada e encaram a Bandeira ou a
autoridade; quando estiverem sem espada ou o ela embainhada, fazem a continência individual é
encaram a Bandeira ou a autoridade; os demais oficiais com espada desembainhada perfilam
espada;
e) os oficiais sem espada ou com ela embainhada ou portando outra arma fazem a continência
individual e não encaram a autoridade;
f) os componentes da Guarda-Bandeira, músicos, corneteiros e tamboreiros, condutores e
porta-símbolos não fazem continência nem olham para o lado.
IV - a dez passos depois do homenageado:
a) os mesmos elementos que comandaram “Olhar à Direita (Esquerda)!” comandam: “Pelotão
(seção) - olhar em Frente!”;
b) a Bandeira e o estandarte voltam à posição de Ombro Arma;
c) os Comandantes de unidade e subunidade, em viaturas, desfazem a continência individual;
d) os Comandantes de unidade e subunidade perfilam espada;
e) os oficiais sem espada, com ela embainhada ou portando outra arma, desfazem a
continência.
(Coletânea de Manuais de Tec Mil I Vol I..................................................... 106/156)
V - a quinze passos depois do homenageado, independente de qualquer comando:
a) os Comandantes de unidade e subunidade, em viaturas, sentam-se;
b) os oficiais a pé, com espada desembainhada trazem a espada à posição de marcha.
§ 1º Os comandos mencionados nos incisos II, III e IV são dados à viva voz ou por apito.
§ 2º Quando a tropa desfilar em linha de companhia, ou formação emassada de batalhão, o
primeiro comando de “Sentido! Em Continência à Direita (Esquerda)!” é dado a vinte passos aquém
do homenageado pelo Comandante superior, e o comando de “Olhar à Direita (Esquerda)!” pelo
Comandante de batalhão, a dez passos aquém do homenageado.
§ 3º Quando a tropa desfilar em linha de pelotões ou formação emassada de companhia, o
comando de “Olhar à Direita (Esquerda)!” é dado pelo Comandante de subunidade a dez passos
aquém do homenageado.
§ 4º Nas formações emassadas de batalhão ou companhia, o comando de “Olhar em Frente!”
é dado pelos mesmos Comandantes que comandaram Olhar à Direita (Esquerda)!”, quando a cauda
de sua tropa ultrapassar de dez passos o homenageado.
Art. 62. A tropa a pé desfila em Ombro Arma, com a arma cruzada ou em bandoleira; nos dois
primeiros casos, de baioneta armada.
Art. 63. A autoridade em homenagem à qual é realizado o desfile responde às continências
prestadas pelos oficiais da tropa que desfila; os demais oficiais que assistem ao desfile fazem
continência apenas à passagem da Bandeira.
SEÇÃO V
Do Procedimento da Tropa em Situações Diversas
Art. 64. Nenhuma tropa deve iniciar marcha, embarcar, desembarcar, montar, apear, tomar a
posição à vontade ou sair de forma sem licença do mais antigo presente.
Art. 65. Se uma tropa em marcha cruzar com outra, a que for comandada pelo mais antigo
passa em primeiro lugar.
Art. 66. Se uma tropa em marcha alcançar outra deslocando-se no mesmo sentido, pode
passar-lhe à frente, em princípio pela esquerda, mediante licença ou aviso do mais antigo que a
comanda.
Art. 67. Quando uma tropa não estiver em formatura e se encontrar em instrução, serviço de
faxina ou faina, as continências de tropa são dispensáveis, cabendo, entretanto, ao seu Comandante,
Instrutor ou Encarregado, prestar a continência a todo o superior que se dirija ao local onde se
encontra essa tropa, dando-lhe as informações que se fizerem necessárias.
Parágrafo único. No caso do superior dirigir-se pessoalmente a um dos integrantes dessa
tropa, este lhe presta a continência regulamentar.
Art. 68. Quando uma tropa estiver reunida para instrução, conferência, preleção ou atividade
semelhante, e chegar o seu Comandante ou outra autoridade de posto superior ao mais antigo
presente, este comanda “Companhia (Escola, Turma, etc.) - Sentido!” Comandante da Companhia
(ou função de quem chega)!’’. A esse Comando, levantam-se todos energicamente e tomam a
posição ordenada; correspondido o sinal de respeito pelo superior, volta a tropa à posição anterior,
ao comando de “Companhia (Escola, Turma, etc.) - À vontade!”. O procedimento é idêntico quando
se retirar o comandante ou a autoridade em causa.
§ 1º Nas reuniões de oficiais, o procedimento é o mesmo usando-se os comandos: “Atenção!
Comandante de Batalhão (ou Exmo. Sr. Almirante, General, Brigadeiro Comandante de ...)! À
vontade!, dados pelos instrutor ou oficial mais antigo presente.
§ 2º Nas Organizações Militares de ensino, os alunos de quaisquer postos ou graduações
aguardam nas salas de aula, anfiteatros ou laboratórios a chegada dos respectivos professores ou
instrutores. Instruções internas estabelecem, em minúcias, o procedimento a ser seguido.
Art. 69. Quando um oficial entra em um alojamento ou vestiário ocupado por tropa, o militar
de serviço ou o que primeiro avistar aquela autoridade comanda “Alojamento (Vestiário) - Atenção!
Comandante da Companhia (ou função de quem chega)!”. As praças, sem interromperem suas
(Coletânea de Manuais de Tec Mil I Vol I..................................................... 107/156)
atividades, no mesmo local em que se encontram, suspendem toda a conversação e assim se
conservam até ser comandado “À vontade!”.
5.1.1 GENERALIDADES
a) FINALIDADE DO MANUAL
A finalidade deste Manual é estabelecer normas que padronizem a execução dos exercícios
de Ordem Unida (OU), tendo em vista os objetivos deste ramo da instrução militar.
b) HISTÓRICO
a. Desde o início dos tempos, quando o homem se preparava para combater, ainda com armas
rústicas e formações incipientes, já estava presente a Ordem Unida, padronizando procedimentos,
movimentos e formas de combate, disciplinando homens, seja nas falanges, seja nas legiões.
b. FREDERICO II, Rei da PRÚSSIA, governante do século XVIII, dava grande importância à
Ordem Unida, e determinava que diariamente seus súditos executas sem movimentos a pé firme e
em marcha com a finalidade de desenvolver, principalmente, a disciplina e o espírito de corpo. Dizia
FREDERICO II: “A prosperidade de um Estado tem por base a disciplina dos seus Exércitos".
c. O Exército Brasileiro, historicamente, teve seus primeiros movimentos de Ordem Unida
herdados do Exército Português. Além disso, sofreu também duas grandes influências, no início do
século passado: a germânica, antes da 1ª Guerra Mundial, com a Missão Militar de Instrução de
brasileiros na ALEMANHA; e a francesa, no início dos anos 20, com a participação de militares
daquele País em missão no Brasil. Como exemplo, dessa influência, pode-se citar o apresentar
armas com espada, que se identifica com o juramento feito pelos militares gauleses. O 1º tempo,
com a espada na vertical e com o copo na altura da boca, significava o juramento pela própria
HONRA, no 2º tempo, o juramento por DEUS, apontando para o céu, e no 3º tempo, o juramento
pela PÁTRIA, apontando a espada para o solo.
5.1.2 DEFINIÇÕES
a) TERMOS MILITARES
Os termos militares têm um sentido preciso, em que são exclusivamente empregados, quer
na linguagem corrente, quer nas ordens e partes escritas. Daí a necessidade das definições que se
seguem:
Na Ordem Unida, para transmitir sua vontade à tropa, o comandante poderá empregar a voz,
o gesto, a corneta (clarim) e/ou apito.
a. Vozes de comando - são formas padronizadas, pelas quais o comandante de uma fração
exprime verbalmente a sua vontade. A voz constitui o meio de comando mais empregado na Ordem
Unida. Deverá ser usada, sempre que possível, pois permite execução simultânea e imediata.
(1) As vozes de comando constam geralmente de:
(a) Voz de advertência - é um alerta que se dá à tropa, prevenindo a para o comando que será
enunciado. Exemplos: “PRIMEIRO PELOTÃO!” ou “ESCOLA!” ou “ESQUADRÃO!”.
1) A voz de advertência pode ser omitida, quando se enuncia uma sequência de comandos.
Exemplo: “PRIMEIRA COMPANHIA! - SENTIDO! OMBRO-ARMA! - APRESENTAR-ARMA! - OLHAR
A DIREITA! – OLHAR FRENTE!”.
2) Não há, portanto, necessidade de repetir a voz de advertência antes de cada comando.
(b) Comando propriamente dito - tem por finalidade indicar o movimento a ser realizado pelos
executantes. Exemplos: “DIREITA!”, “ORDINÁRIO!”, ”PELA ESQUERDA!”, “ACELERADO!”, “CINCO
PASSOS EM FRENTE!”.
1) Às vezes, o comando propriamente dito, impõe a realização de certos movimentos, que
devem ser executados pelos homens antes da voz de execução. Exemplo: (tropa armada, na posição
(Coletânea de Manuais de Tec Mil I Vol I..................................................... 115/156)
de “Sentido”) “ESCOLA! DIREITA (os homens terão de fazer o movimento de “Arma Suspensa”),
VOLVER!”.
2) A palavra “DIREITA” é um comando propriamente dito e comporta-se, neste caso, como
uma voz de execução, para o movimento de “Arma Suspensa”.
3) Torna-se, então, necessário que o comandante enuncie estes comandos de maneira
enérgica, definindo com exatidão o momento do movimento preparatório e dando aos homens o
tempo suficiente para realizarem este movimento, ficando em condições de receberem a voz de
execução.
4) É igualmente necessário que haja um intervalo entre o comando propriamente dito e a voz
de execução, quando os comandantes subordinados tiverem que emitir vozes complementares.
5) O comando propriamente dito, em princípio, deve ser longo. O Comandante deve esforçar-
se para pronunciar correta e integralmente todas as palavras que compõem o comando. Tal esforço,
porém, não deve ser enunciado, porque isto comprometerá a uniformidade de execução pela tropa.
Este cuidado é particularmente importante em comandos propriamente ditos que correspondem à
execução de movimentos preparatórios, como foi mostrado acima.
(c) Voz de execução - tem por finalidade determinar o exato momento em que o movimento
deve começar ou cessar.
1) A voz de execução deve ser curta, viva, enérgica e segura. Tem que ser mais breve que o
comando propriamente dito e mais incisivo.
2) Quando a voz de execução for constituída por uma palavra oxítona (que tem a tônica na
última sílaba), é aconselhável um certo alongamento na enunciação da(s) sílaba(s) inicial(ais),
seguido de uma enérgica emissão da sílaba final. Exemplos: “PER-FI-LAR!” - “CO-BRIR!” - “VOL-
VER!” “DESCAN-SAR!”.
3) Quando, porém, a tônica da voz de execução cair na penúltima sílaba, é imprescindível
destacar esta tonicidade com precisão. Nestes casos, a(s) sílaba(s) final(ais) praticamente não se
pronuncia(m). Exemplos: “MAR-CHE!”, “AL-TO!”, “EM FREN-TE!”, “OR-DI-NÁ-RIO”, “AR-MA!”, “PAS-
SO!”.
(2) As vozes de comando devem ser claras, enérgicas e de intensidade proporcional ao efetivo
dos executantes. Uma voz de comando emitida com indiferença só poderá ter como resultado uma
execução displicente.
(3) O comandante deverá emitir as vozes de comando na posição de “Sentido”, com a frente
voltada para a tropa, de um local em que possa ser ouvido e visto por todos os homens.
(4) Nos desfiles, o comandante dará as vozes de comando com a face voltada para o lado
oposto àquele em que estiver à autoridade (ou o símbolo) a quem será prestada a continência.
(5) Quando o comando tiver de ser executado simultaneamente por toda a tropa, os
comandantes subordinados não o repetirão para suas frações. Caso contrário, repetirão o comando
ou, se necessário, emitirão comandos complementares para as mesmas.
(6) As vozes de comando devem ser rigorosamente padronizadas, para que a execução seja
sempre uniforme. Para isto, é necessário que os instrutores de Ordem Unida as pratiquem
individualmente, antes de comandarem uma tropa, seguindo as instruções constantes do CI 22-5/1 -
ORDEM UNIDA - CONSELHO AOS INSTRUTORES.
c. Emprego da corneta (ou clarim) - os toques de corneta (clarim) serão empregados de acordo
com o C 20-5 - MANUAL DE TOQUES DO EXÉRCITO. Quando uma “Escola” atingir certo progresso
na instrução individual, deverão ser realizadas sessões curtas e frequentes de Ordem Unida, com os
comandos executados por meio de toques de corneta (clarim). Consegue-se, assim, familiarizar os
homens com os toques mais simples, de emprego usual. O homem deve conhecer os toques
correspondentes às diversas posições, aos movimentos das armas e os necessários aos
deslocamentos.
5.2.1 POSIÇÕES
a. Sentido - nesta posição, o homem ficará imóvel e com a frente voltada para o ponto
indicado. Os calcanhares unidos, pontas dos pés voltadas para fora, de modo que formem um ângulo
de aproximadamente 60 graus. O corpo levemente inclinado para frente com o peso distribuído
igualmente sobre os calcanhares e as plantas dos pés, e os joelhos naturalmente distendidos. O
busto aprumado, com o peito saliente, ombros na mesma altura e um pouco para trás, sem esforço.
Os braços caídos e ligeiramente curvos, com os cotovelos um pouco projetados para frente e na
mesma altura. As mãos espalmadas, coladas na parte exterior das coxas, dedos unidos e
distendidos, sendo que, o médio deverá coincidir com a costura lateral da calça. Cabeça erguida e o
olhar fixo à frente. (Fig 2-1 e 2-2)
Fig 2-1. Posição de Sentido (frente) Fig 2-2. Posição de Sentido (perfil)
Para tomar a posição de “Sentido”, o homem unirá os calcanhares com energia e vivacidade,
de modo a se ouvir esse contato; ao mesmo tempo, trará as mãos diretamente para os lados do
corpo, batendo-as com energia ao colá-las às coxas. Durante a execução deste movimento, o homem
afastará os braços cerca de 20 cm do corpo, antes de colar as mãos às coxas. O calcanhar esquerdo
deverá ser ligeiramente levantado para que o pé não arraste no solo. O homem tomará a posição de
“Sentido” ao comando de “SENTIDO!”.
b. Descansar - estando na posição de “Sentido”, ao comando de “DESCANSAR!”, o homem
deslocará o pé esquerdo, a uma distância aproximadamente igual a largura de seus ombros, para a
esquerda, elevando ligeiramente o corpo sobre a ponta do pé direito, para não arrastar o pé esquerdo.
Simultaneamente, a mão esquerda segurará o braço direito pelo pulso, à mão direita fechada
colocada às costas, pouco abaixo da cintura. Nesta posição, as pernas ficarão naturalmente
distendidas e o peso do corpo igualmente distribuído sobre os pés, que permanecerão num mesmo
alinhamento. Esta é a posição do militar ao entrar em forma, onde permanecerá em silêncio e imóvel.
(Fig 2-3 e 2-4)
Se o comandante desejar reduzir o intervalo entre os homens, logo após enunciar a fração,
comandará “SEM INTERVALO, COBRIR!”. Neste caso, os homens procederão como descrito
anteriormente, com exceção dos homens da testa, que colocarão as mãos esquerdas fechadas nas
cinturas, punhos no prolongamento dos antebraços, costas das mãos para frente, cotovelos para a
esquerda, tocando levemente o braço direito do companheiro à sua esquerda. (Fig 11 e 12)
A cobertura estará correta quando o homem, olhando para frente, ver somente a cabeça do
companheiro que o precede (a distância deverá ser de um braço).
O alinhamento estará correto quando o homem, conservando a cabeça imóvel, olha para a
direita e verificar se ele encontra-se no mesmo alinhamento que os demais companheiros de sua
fileira. O intervalo será de um braço (braço dobrado, no caso de “Sem intervalo”).
Verificada a cobertura e o alinhamento, o comandante da tropa comandará “FIRME!”. A este
comando, os homens descerão energicamente o braço esquerdo, colando a mão à coxa com uma
batida e, ao mesmo tempo, quando for o caso, abaixarão a arma, em dois tempos (idênticos aos 4º
e 5º tempos do “Descansar Arma” partindo de “Ombro-Arma”), permanecendo na posição de
“Sentido”.
f. Perfilar -
a. Estando a tropa em linha, para retificar o seu alinhamento, será dado o comando de “BASE
TAL HOMEM (FRAÇÃO), PELA DIREITA (ESQUERDA OU CENTRO)! PERFILAR!”. Após enunciar
“BASE TAL HOMEM!”, o comandante aguardará que o homem-base se identifique e prosseguirá
comandando: “PELA DIREITA (ESQUERDA! ou PELO CENTRO!)”. Fará nova pausa, esperando que
os homens tomem a posição de “Sentido”, se desarmados, ou tomem esta posição e realizem o
movimento de “Arma Suspensa”, se armados. Em seguida, comandará “PERFILAR!”.
Fig 13. Pela Direita - Perfilar Fig 14. Sem Intervalo - Pelo Centro Perfilar
Fig 2-5. Apresentar arma sem cobertura Fig 2-6. Apresentar arma com cobertura
Nas situações em que o militar tiver que retirar a cobertura, segurando-a com a mão deverá
proceder da seguinte forma:
a. Sentido - O militar deverá tomar a posição de sentido, de forma semelhante ao descrito na
letra “a.” do parágrafo 2-2, porém, deverá segurar a boina (gorro ou quepe) com a mão esquerda
empunhando-os pela lateral esquerda, braços conforme descrito na letra "a." do parágrafo 2-2,
mantendo a parte interna da cobertura voltada para o corpo e a pala voltada para frente (Fig 2- 8 e
2-9). No caso do capacete, a parte interna ficará voltada para o solo, tendo a preocupação de fixar a
jugular no dedo anular.
Fig 2-8. Posição sentido (boina na mão) Fig 2-9. Posição sentido (gorro na mão)
5.3.1 PASSOS
a. Generalidades
(1) Cadência - é o número de passos executados por minuto, nas marchas em passo ordinário
e acelerado.
(2) Os deslocamentos poderão ser feitos nos passos: ordinário, sem cadência, de estrada e
acelerado.
b. Passo Ordinário - é o passo com aproximadamente 75 centímetros de extensão, calculado
de um calcanhar a outro e numa cadência de 116 passos por minuto. Neste passo, o homem
conservará a atitude marcial (ver parágrafo 2-5, letra "b.").
c. Passo sem Cadência - é o passo executado na amplitude que convém ao homem, de acordo
com a sua conformação física e com o terreno. No passo sem cadência, o homem é obrigado a
conservar a atitude correta, a distância e o alinhamento.
d. Passo de estrada - é o passo sem cadência em que não há a obrigação de conservar a
mesma atitude do passo sem cadência, propriamente dito, embora o homem tenha que manter seu
lugar em forma e a regularidade da marcha (ver C 21-18 - MARCHAS A PÉ).
e. Passo Acelerado - é o passo executado com a extensão de 75 a 80 centímetros, conforme
o terreno e numa cadência de 180 passos por minuto.
5.3.2 MARCHAS
a. Generalidades
(1) O rompimento das marchas é feito sempre com o pé esquerdo partindo da posição de
“Sentido” e ao comando de, ”ORDINÁRIO (SEM CADÊNCIA, PASSO DE ESTRADA ou
ACELERADO) MARCHE!”. Estando a tropa na posição de “Descansar”, ao comando de
“ORDINÁRIO (SEM CADÊNCIA, PASSO DE ESTRADA ou ACELERADO)!”, os homens tomarão a
posição de “Sentido” e romperão a marcha, à voz de “MARCHE!”.
(2) Para fim de instrução, o instrutor poderá marcar a cadência. Para isso, contará “UM!”,
“DOIS!”, conforme o pé que tocar no solo: “UM!”, o pé esquerdo; “DOIS!”, o pé direito.
(3) As marchas serão executadas em passo ordinário, passo sem cadência, passo de estrada
e passo acelerado.
b. Marcha em “Passo Ordinário”
(1) Rompimento - ao comando de “ORDINÁRIO, MARCHE!”, o homem levará o pé esquerdo
à frente, com a perna naturalmente distendida, batendo no solo com o calcanhar esquerdo, de modo
natural e sem exageros ou excessos; Levará também à frente o braço direito, flexionando-o para
cima, até a altura da fivela do cinto, com a mão espalmada (dedos unidos) e no prolongamento do
antebraço. Simultaneamente, elevará o calcanhar direito, fazendo o peso do corpo recair sobre o pé
esquerdo e projetará para trás o braço esquerdo, distendido, com a mão espalmada e no
prolongamento do antebraço, até 30 centímetros do corpo. Levará, em seguida, o pé direito à frente,
com a perna distendida naturalmente, batendo com o calcanhar no solo, ao mesmo tempo em que
inverterá a posição dos braços.
(2) Deslocamento - o homem prossegue, avançando em linha reta, perpendicularmente à linha
dos ombros. A cabeça permanece levantada e imóvel; os braços oscilam, conforme descrito
anteriormente, transversalmente ao sentido do deslocamento. A amplitude dos passos é
aproximadamente 40 centímetros para o primeiro e de 75 centímetros para os demais. A cadência é
de 116 passos por minuto, marcada pela batida do calcanhar no solo.
(3) Alto - o comando de “ALTO!” deve ser dado quando o homem assentar o pé esquerdo no
solo; ele dará, então, mais dois passos, um com o pé direito e outro com o pé esquerdo, unindo, com
energia, o pé direito ao esquerdo, batendo fortemente os calcanhares, ao mesmo tempo em que,
5.3.3 VOLTAS
a) Generalidades
Desde que se tenha obtido certo desembaraço na instrução de ordem unida sem arma, será
iniciada a instrução com arma (estas instruções poderão ser alternadas).
O presente capítulo tratará apenas da ordem unida para homens armados de fuzil automático
leve (FAL), PÁRA-FAL, Mosquetão 7,62 mm 968, pistola, metralhadora de mão e espada. Nos
treinamentos de ordem unida, nas revistas, nos desfiles e outras atividades, as armas coletivas
(metralhadoras, morteiros, lança-rojões etc.), normalmente, não serão conduzidas a braço e sim nos
meios de transportes orgânicos. Da mesma forma, tendo em vista o peso do Fz Mtz 7.62 mm 964
(FAP) e a consequente dificuldade de executar movimentos com esta arma, ela, normalmente, não
deverá ser conduzida a braço na Ordem Unida.
Os homens armados de FAL, PÁRA-FAL, Mosquetão, pistola, metralhadora de mão e espada,
entrarão em forma, inicialmente, na posição de “Descansar”.
As armas de fogo acima deverão ser conduzidas descarregadas e desengatilhadas. Mediante ordem
especial, as armas poderão ser conduzidas carregadas, porém, neste caso, deverão estar travadas.
Nas sessões de ordem unida, nas formaturas e desfiles em que se utilize o FAL, a bandoleira
deve permanecer complemente esticada, passando por trás do pomo da alavanca de manejo, com
suas partes metálicas voltadas para a frente e o grampo inferior tangenciando o respectivo zarelho.
No PÁRA-FAL a bandoleira deve ser ajustada de forma a permitir os movimentos com o armamento.
(Fig 15)
Fig 15 Zarelho
a. Sentido - Nesta posição, o fuzil ficará na vertical, ao lado do corpo e encostado à perna
direita, chapa da soleira no solo junto ao pé direito, pelo lado de fora, com o bico na altura da ponta
do pé. Os braços deverão estar ligeiramente curvos, de modo que os cotovelos fiquem na mesma
altura. A mão direita segurará a arma, com o polegar por trás, os demais dedos unidos e distendidos
à frente, apoiados sobre o guarda-mão. A mão esquerda e os calcanhares ficarão como na posição
de “Sentido”, sem arma. Para tomar a posição de “Sentido”, o homem unirá os calcanhares com
energia, ao mesmo tempo em que, afastando a mão esquerda, no máximo 20 cm, a colará na coxa,
com uma batida. (Fig 16 e 17)
Fig 16. Posição de sentido (frente) Fig 17. Posição de Sentido (perfil)
b. Descansar - Para tomar esta posição, o homem deslocará o pé esquerdo a uma distância
aproximadamente igual a largura de seus ombros para a esquerda, ficando as pernas distendidas e
o peso do corpo igualmente distribuído sobre os pés, que permanecerão no mesmo alinhamento. A
mão direita segurará a arma da mesma forma que na posição de “Sentido”. A mão esquerda ficará
caída naturalmente, ao lado do corpo, junto à costura da calça, com o seu dorso voltado para frente,
polegar por trás dos demais dedos. (Fig 18)
a. Nos movimentos com arma a pé firme, somente os braços e as mãos entrarão em ação; a
parte superior do corpo ficará perfilada e imóvel. Os diversos tempos de que se compõem os
movimentos deverão ser executados com rigorosa precisão e uniformidade, seguindo-se uns aos
outros na cadência correspondente a 116 passos por minuto. A arma estará com o carregador,
podendo estar de baioneta armada ou não. É proibido bater com a soleira da arma no solo.
b. Ombro-Arma, partindo da posição de “Sentido”
(1)1º Tempo - o homem erguerá a arma na vertical, empunhando-a com a mão direita, cotovelo
junto ao corpo e para baixo; a arma ficará colada ao corpo com seu punho voltado para a frente. A
mão esquerda, abaixo da direita, segurará a arma pelo guarda-mão, de modo que o dedo polegar
fique sobre a 2ª janela de refrigeração, os demais dedos devem estar unidos. O antebraço esquerdo
deverá ficar, então, na horizontal e colado ao corpo. (Fig 19 e 20)
(2) 2º Tempo - ao mesmo tempo que a mão esquerda traz o fuzil inclinado à frente do corpo,
com o punho para baixo, a mão direita abandonará a posição inicial, indo empunhar a arma pelo
delgado, o dedo polegar por trás e os demais dedos unidos à frente da arma. Nesta posição, a mão
esquerda deverá estar na altura do ombro e a direita na altura do cinto. O cotovelo esquerdo colar-
se-á ao corpo e o direito projetar-se-á para a frente. A arma ficará colada ao corpo, formando um
ângulo de 45º com a linha dos ombros. (Fig 21)
(3) 3º Tempo - a mão direita erguerá o fuzil, girando-o, até que venha se colocar num plano
vertical, perpendicular à linha dos ombros, e fique apoiado no ombro esquerdo pela alavanca de
manejo e com o punho voltado para a esquerda. Simultaneamente, a mão esquerda soltará o guarda-
mão e virá empunhar a arma por baixo da soleira, de modo que esta, fique apoiada na palma da
mão, os dedos
unidos e distendidos ao longo da coronha e voltados para a frente, dedo polegar sobre o bico da
soleira. O braço esquerdo ficará colado ao corpo, com o antebraço na horizontal e de forma que a
coronha da arma fique afastada do corpo. (Fig 22) (4) 4º Tempo - o homem retirará a mão direita da
arma, fazendo-a recair com vivacidade, rente ao corpo, até à coxa, e colando à costura lateral da
calça, com uma batida. (Fig 23 e 24)
Fig 28. Descansar - Arma partindo da Fig 29. Descansar - Arma partindo da posição
posição de “Ombro-Arma” 1º Tempo de “Ombro-Arma” 2º Tempo
Fig 30. Descansar - Arma partindo da Fig 31. Descansar - Arma partindo da
posição de “Ombro-Arma” 3º Tempo posição de “Ombro-Arma” 4º Tempo (frente)
Fig 38. “Ombro – Arma”, partindo da Fig 39. “Ombro – Arma”, partindo da
posição de “Apresentar - Arma” 3º posição de “Apresentar - Arma” 4º
Tempo Tempo
l. Arma Suspensa - Este comando será sempre seguido da voz de “ORDINÁRIO, MARCHE!”.
O comando será, portanto, “ARMA SUSPENSA-ORDINÁRIO, MARCHE!”, e o deslocamento com a
arma nesta posição deverá ser sempre curto. Ao comando de “ARMA SUSPENSA - ORDINÁRIO!”,
dado com o homem na posição de “Sentido”, este suspenderá a arma na vertical e, com uma batida
enérgica, apoiará o cotovelo direito no quadril, mantendo o antebraço na horizontal e conservando o
pulso ligeiramente flexionado para cima, a fim de que a arma permaneça na vertical. Nesta posição,
a arma deverá ficar no mesmo plano vertical do antebraço e braço, a mão direita segurará a arma.
Durante o deslocamento, que se inicia ao comando de “MARCHE!”, o braço esquerdo oscila como
na marcha no passo ordinário. Para abaixar a arma, ao comando de “ALTO!”, o homem realiza o
(Coletânea de Manuais de Tec Mil I Vol I..................................................... 139/156)
movimento em dois tempos, idênticos aos 4º e 5º Tempos do “Descansar Arma”, partindo do “Ombro-
Arma”. A tropa tomará, também, a posição de “Arma Suspensa” para realizar voltas a pé firme; ou
quando lhe for comandado “COBRIR!” ou “PERFILAR!”; ou “TANTOS PASSOS EM FRENTE!”. No
primeiro caso, abaixará a arma após concluída a volta; no segundo, ao comando de “FIRME!”; no
terceiro, romperá a marcha ao comando de “MAR-CHE!” e fará alto independentemente do comando,
ao completar o número de passos determinados. Em todos estes casos, abaixará a arma como
descrito acima. (Fig 49, 50, 51 e 52)
Fig 49. Arma Fig 50. Arma Fig 51. Descansar- Fig 52 Descansar-
Suspensa (frente) Suspensa (perfil) Arma, partindo da Arma, partindo da
posição de Arma posição de Arma
Suspensa 1º Tempo Suspensa 2º Tempo
m. Arma na Mão
Partindo da posição de “Sentido”, ao comando de “ARMA NA MÃO, SEM CADÊNCIA!”, o
homem fará o movimento de “Arma na Mão” em três tempos:
1º Tempo - idêntico ao 1º Tempo do “Ombro-Arma”, partindo da posição de “Sentido”; (Fig 53)
2º Tempo - a mão esquerda permanecerá segurando a arma e a direita levantará a alça de
transporte, segurando-a, em seguida, com firmeza; (Fig 54 e 55)
3º Tempo - a mão esquerda abandonará a arma e, descendo rente ao corpo, irá colar-se à
coxa com uma batida; ao mesmo tempo, a mão direita girará a arma para a frente e o braço direito
se distenderá, ficando a arma na posição horizontal, ao lado do corpo, com o cano voltado para a
frente. (Fig 56 e 57)
À voz de “MARCHE!”, o homem romperá a marcha no passo sem cadência. Ao comando de
“ALTO!”, o homem fará alto e, em seguida, voltará a posição de “Sentido”, realizando os movimentos
em quatro tempos:
1º Tempo - a mão direita levantará a arma, de modo que esta fique na vertical, ao lado do
corpo. Simultaneamente, a mão esquerda segurará o guarda-mão, de modo que o dedo polegar fique
sobre a segunda janela de refrigeração; (Fig 58 e 59)
2º Tempo - a mão esquerda permanecerá segurando a arma; a mão direita abaixará a alça de
transporte e virá empunhar a arma pelo guarda-mão, acima da mão esquerda; (Fig 60)
3º e 4º Tempos - idênticos aos 4º e 5º Tempos do “Descansar-Arma”, partindo do “Ombro-
Arma”, respectivamente. (Fig 61 e 62)
Fig 56. Arma na Mão 3º Tempo (frente) Fig 57. Arma na Mão 3º Tempo (perfil)
n. Em Bandoleira-Arma
O comando de “EM BANDOLEIRA-ARMA!”, será dado estando a tropa na posição de
“Descansar”. À voz de “ARMA!”, o homem suspenderá a arma com a mão direita e, ao mesmo tempo,
segurará a bandoleira com a mão esquerda. Em seguida, colocará o braço direito entre a bandoleira
e a arma. A bandoleira ficará apoiada no ombro direito e segura pela mão direita à altura do peito,
de modo que a arma se mantenha ligeiramente inclinada (coronha para a frente). O polegar da mão
direita ficará distendido, por baixo da bandoleira e os demais dedos, unidos, a envolverão. O
antebraço direito permanecerá na posição horizontal. (Fig 63, 64 e 65)
Caso a bandoleira não tenha sido previamente alongada, ao comando de “EM
BANDOLEIRA!”, o homem se abaixará ligeiramente e, com ambas as mãos, dará à bandoleira a
extensão necessária mexendo no zarelho superior (Fig 66). Isto feito, voltará à posição de
“Descansar” e aguardará o comando de “ARMA!”, quando, então, procederá conforme descrito no
item (1) acima.
o. Tiracolo-Arma
O comando de “A TIRACOLO-ARMA!”, será dado com a tropa na posição de “Descansar”. À
voz de “ARMA!”, o homem suspenderá a arma com a mão direita e, ao mesmo tempo, segurará a
bandoleira com a mão esquerda. Em seguida, colocará o braço direito entre a bandoleira e a arma.
A mão direita irá empunhar a arma pela coronha e a forçará para trás e para cima, enquanto a
esquerda fará com que a bandoleira passe sobre a cabeça, indo apoiar-se no ombro esquerdo. O
fuzil ficará de encontro às costas, com o cano para cima e esquerda, a coronha para a direita e a
alavanca de manejo para o lado de fora. (Fig 67, 68 e 69)
Mediante ordem e somente em exercícios de campo ou em situações excepcionais, poderá a
arma ser conduzida com o cano voltado para a direita e/ou para baixo.
Caso a bandoleira não tenha sido previamente alongada, ao comando de “A TIRACOLO” o
homem procederá conforme descrito na letra "o." item (2).
Descansar-Arma, partindo de “A Tiracolo-Arma” - ao comando de “DESCANSAR-ARMA!”, o
homem procederá de maneira inversa ao descrito no item (1) acima.
p. Ao Solo-Arma
Quando se deseja que uma tropa saia de forma deixando as armas no local em que se
encontrava formada, o comando de “FORA DE FORMA, MARCHE!”, será precedido pelo comando
q .Em Funeral-Arma
Esta posição, utilizada quando o homem se encontra na função de sentinela em câmara
ardente, é tomada em três tempos:
1º Tempo - idêntico ao 1º tempo de “Apresentar-Arma”, partindo da posição de “Sentido”; (Fig
73)
2º Tempo - a mão direita abandonará o guarda-mão e empunhará o delgado; (Fig 74)
3º Tempo - enquanto a mão direita faz a arma girar de 180 graus plano vertical, a mão
esquerda soltará a arma e virá juntar-se à coxa como na posição de “Sentido”. Nesta posição, a boca
da arma deverá ficar junto ao pé direito apoiada no solo. (Fig 75 e 76)
s. Desarmar-Baioneta.
1º Tempo - ao comando de “DESARMAR-BAIONETA -TEMPO UM!”, o homem levará a mão
direita ao guarda-mão, imediatamente abaixo da mão esquerda, enquanto esta, com as costas da
mão voltada para a esquerda, pressionará com o polegar e o indicador o retém da baioneta, soltando-
a com uma pequena torção. O homem olhará para a baioneta. (Fig 81 e 82)
2º Tempo - ao comando de “TEMPO DOIS!”, o homem com um movimento natural, retirará a
baioneta do quebra-chamas, indo introduzir a sua ponta na bainha, acompanhando este movimento
com o olhar, com a inclinação da cabeça. O homem permanecerá olhando a baioneta. (Fig 83)