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Breve história do

desarmamento, parte
5: controle de armas
na Alemanha Nazista

Luiz Giaconi é empresário, escritor e jornalista


formado pela faculdade Cásper Líbero; Pós-Graduado em Política e Relações
Internacionais pela FESP-SP.
Pretendemos recontar ações de desarmamento através da história nessa série de textos.
Os motivos que levaram determinados povos a fazer essa escolha e mostrar suas
consequências, muitas vezes inesperadas e desastrosas. Desarmamento não é uma
iniciativa nova, e os casos do passado servem, muitas vezes, como lição para o presente
e para o futuro.

O caso das armas na Alemanha nazista é extremamente interessante, e, por muitas


vezes, foi interpretado e utilizado de maneira equivocada. Adolf Hitler é frequentemente
colocado na galeria dos tiranos genocidas que confiscaram e proibiram que seu povo
tivesse acesso à armas, como Stalin, Lênin, Fidel Castro, Mao Tse-tung, a família Kim
da Coréia do Norte e vários outros. Mas isso não é completamente verdade. O caso
nazista alemão é um pouco mais complexo do que os similares comunistas. Em parte
devido à ideologia.
Muitas das leis alemãs sobre controle de armas de fogo foram herdadas pelos nazistas, e
não impostas por eles. Leis essas, que criadas numa democracia, tinham, em teoria, as
melhores intenções. Mas acabaram servindo para facilitar o serviço de um futuro regime
autoritário e homicida. E contribuíram para facilitar uma das maiores catástrofes da
história da humanidade: o holocausto.

As boas intenções de uma democracia…


O cenário alemão no período entre guerras era bem complexo. Derrotados na Primeira
Guerra Mundial, e humilhados pelas duras cláusulas do Tratado de Versalhes, a situação
política, econômica e social do país se deteriorara gravemente. Além de perder parte de
seu território, os alemães ainda tinham que pagar pesadas reparações financeiras aos
vencedores do conflito, especialmente Inglaterra, França e Estados Unidos, e de
praticamente ser a única nação responsabilizada pelo conflito. Parte da população via a
rendição de 1918 como uma traição das classes políticas ao país, já que quando o
armistício foi pedido, nenhum soldado estrangeiro havia colocado os pés em território
alemão. Sem contar que no front oriental, os exércitos do kaiser Guilherme II haviam
derrotado o então Império Russo, impondo o Tratado de Brest-Litovsk aos comunistas
russos comandados por Lênin.
A desconfiança no sistema democrático, aliado ao caos econômico provocado por uma
das maiores hiperinflações da história, fermentaram movimentos extremistas
revolucionários, como comunistas e nazistas, que pretendiam acabar com a então ordem
democrática e liberal vigente, e implementar regimes autoritários. Foram várias as
tentativas de tomada de poder por ambas as partes. E muitos confrontos armados entre
os seguidores das duas tendências.
Para tentar diminuir o clima belicoso, em 1919, o governo da então República de
Weimar aprovou a primeira lei nacional para o controle de armas de fogo, ordenando a
entrega de todas as armas ao governo. Quem não obedecesse estava sujeito a uma pena
de até cinco anos de prisão e a uma multa de cem mil marcos. Em 1928, a coalizão de
sociais democratas, centristas e conservadores, que ganhou as eleições do mesmo ano,
estabeleceu uma lei mais completa sobre o tema.
A nova legislação acabava com a proibição total da lei anterior, mas requeria permissão
tanto para comprar, quanto para portar uma arma de fogo (no caso, pistolas e revólveres
de baixo calibre). Lojas de armas deveriam manter registros dos compradores, além de
obter licenças para funcionar. Armas mais antigas, que não possuíssem numeração de
série deveriam ser devolvidas aos fabricantes para que pudessem ser numeradas, e então
devolvidas aos proprietários. A permissão para a compra de uma arma só era concedida
a pessoas de “reputação ilibada”. E o direito ao porte era apenas concedido em casos
raros, quando o comprador conseguia comprovar necessidade da mesma. Mais ou
menos como o que acontece no Brasil dos dias de hoje. As regras eram tão duras que
menos de 0,5% dos compradores conseguiam o direito ao porte de armas.
Já em 1931, com o agravamento dos confrontos entre nazistas e comunistas, e o
acirramento das animosidades entre ambos, o governo endureceu ainda mais a lei. O
porte de facas e armas brancas também foi proibido, sendo permitido apenas para quem
tivesse porte de arma de fogo segundo a lei de 1928. Agora além do porte, o ato de
comprar de uma arma de fogo estava sujeito ao comprador ter que provar “verdadeira
necessidade em possuir uma arma”. Qualquer semelhança com o nosso caso é mera
coincidência.
… podem resultar em mais poder para uma ditadura.
No ano de 1933, quando os nazistas assumiram o poder, não se incomodaram em mexer
na lei contra armas, já que ela era suficientemente dura para aquele primeiro momento.
A única emenda na lei antiga foi a proibição da importação de revólveres e pistolas.
Partidários do antigo regime democrático, especialmente os sociais democratas e
conservadores que não comungavam com as intenções dos nazistas logo foram
colocados na lista dos subversivos, ao lado dos militantes comunistas. A maioria teve as
casas e propriedades revistadas e as armas confiscadas. Os mais incômodos sofriam
perseguição política, e, nos casos mais extremos, eram mandados a Dachau, o primeiro
de uma série de campos de confinamento, trabalho e posteriormente extermínio.

Com boa parte dos inimigos internos sob controle, em 1938, a “Lei Nazista sobre as
Armas” (Nazi Weapon Law), flexibilizava  em alguns pontos a antiga lei alemã sobre o
tema. Apenas a compra de revólveres e pistolas requeria permissão, enquanto rifles de
caça, espingardas e munições não precisavam mais de autorização policial. A idade
mínima permitida para a compra de armas caiu: de 21 para 18 anos. A nova lei também
facilitou a posse de armas. Funcionários de ferrovias, caçadores amadores e
profissionais, praticantes de tiro esportivo, trabalhadores do ramo de segurança
particular, empresários, comerciantes e membros do partido Nazista agora tinham mais
facilidades para comprar e portar armas de fogo. O período do porte de armas também
foi estendido. Passou a durar três anos, ao invés de apenas um.
Mas o “pacote de bondades” dos nazistas não valia para uma parcela importante da
sociedade: os judeus. Ao mesmo tempo em que abrandavam as leis para os alemães
“puros”, os nazistas lançaram também a “Regulação Contra a Posse de Armas por
Judeus” (Regulations againts Jews’ possession of weapons). Assinada no dia 11 de
novembro de 1938, essa nova lei previa que judeus estavam proibidos de possuir, portar
ou comprar armas de fogo, munições e armas brancas; armas encontradas com judeus
seriam confiscadas e eles não seriam ressarcidos; quem violasse a lei estaria sujeito à
multa e até cinco anos de prisão.

A data da entrada em vigor da nova legislação não poderia ter sido mais propícia para a
tragédia. Entre os dias 9 e 10 de novembro de 1938, houve na Alemanha o que ficou
conhecido como Noite dos Cristais (Kristallnacht), devido às vidraças das lojas,
oficinas, escolas, casas, sinagogas e empresas de propriedade de judeus, que foram
quebradas e destruídas, numa série de ataques coordenados entre as milícias nazistas
(SA) e populares alemães contra judeus. Cerca de 90 judeus foram mortos nos ataques e
perto de 30 mil foram presos e enviados para campos de concentração. O registro de
armas, de 1928 só facilitou o trabalho das tropas da SS. Com os nomes dos judeus que
eram proprietários de armas de fogo em mãos, bastava aparecer na casa do indivíduo e
requisitar a entrega da arma. Em alguns casos, não só a arma era levada pelos nazistas.
O proprietário ia junto. Para nunca mais ser encontrado.
Segundo o JPFO (Jews for the Preservation of Firearms Ownership), organização
judaica defensora da posse de armas, a medida contra a compra e posse de armas por
judeus foi uma das primeiras e mais importantes iniciativas dos nazistas com relação à
“questão judaica”. Iniciativas essas que levariam ao posterior holocausto de mais de 6
milhões de judeus europeus nos anos seguintes.
A diferença entre nazistas e comunistas no tema armas
Com o inicio da Segunda Guerra e as subsequentes conquistas e a expansão do território
alemão, a lei sobre armas foi colocada em prática nos territórios ocupados. Franceses,
belgas, holandeses, tchecos, noruegueses, dinamarqueses, gregos, iugoslavos e
poloneses tiveram suas armas e seu direito ao porte confiscados, ao contrário do alemão
comum. O historiador Bernard Harcourt aponta essa característica como marcante na
diferença entre nazistas e comunistas.
Os comunistas viam todos como inimigos em potencial, numa eterna luta de classes
misturada à paranoia revolucionária e inimigos imaginários até debaixo da cama.
Portanto, o desarmamento deveria ser amplo, geral e irrestrito, como demonstrado nos
textos anteriores sobre o tema, em que tratamos da situação da antiga União Soviética,
da China, do leste europeu e de Cuba. Já os nazistas viam nos judeus a ameaça a ser
combatida e o mal a ser extirpado da face da terra, enquanto os povos conquistados
eram vistos com desconfiança. Por isso, o cidadão alemão comum tinha razoável
liberdade para compra e posse de armas de fogo, comparando-se com outros povos que
viveram sobre um regime autoritário.
No final da guerra, com a situação se deteriorando rapidamente, após as derrotas
catastróficas em Stalingrado, Kursk e na grande ofensiva soviética de 1944, civis
alemães foram estimulados a pegar em armas e combater, especialmente os invasores
russos na batalha de Berlim. Organizadas em outubro de 1944, e tendo o então ministro
da propaganda e ardoroso defensor da “Guerra Total”, Joseph Goebbels, como seu
comandante, as Volksturms (milícias populares), deveriam ajudar o que restava do
exército alemão a conter o avanço vermelho. Armados com o que tivessem, desde armas
civis até o que sobrara do armamento militar, essas tropas populares não foram páreo
para as tropas soviéticas, calejadas após quatro anos de conflitos e em número muito
maior. Tanto Goebbels quanto Hitler se suicidaram a tiros, no bunker de Berlim, entre
30 de abril e 1° de maio de 1945.

Situação atual
Após 1945, na antiga Alemanha Ocidental, as leis restringindo armas de fogo eram
bastante rígidas. Num primeiro momento, nem policiais eram autorizados a andar
armados. A venda de armas aos civis só foi liberada após 1956, com regras bastante
semelhantes à antiga lei de 1928. Nos anos 70, com a ameaça e os ataques terroristas
praticados pelos comunistas do Grupo Baader-Meinhof, a lei foi revista e ampliada
ainda mais.
Em 2002, após uma série de ataques com armas de fogo a escolas, avaliações
psicológicas tornaram-se obrigatórias para quem pretende possuir uma arma de fogo,
além de aumentar para 25 anos a idade mínima para a compra de uma arma. Emendas
em 2008 e 2009 proibiram armas de pressão e tasers, além de estabelecer vistorias
frequentes nas residências dos proprietários de armas de fogo. Militares e policiais tem
o direito de andar armados, mas a liberação de armas e munição é severamente
controlada em ambos os casos.
Para os civis, existe um sistema de licenças, que varia conforme a necessidade, o
interesse e a capacidade do individuo, baseado em diversas cores. Basicamente aqueles
que estão no nível verde podem ter até duas armas, sendo o mais fácil de conseguir. No
nível amarelo, até cinco armas de fogo. O nível vermelho é para colecionadores
registrados e aprovados. Quem já foi condenado por algum crime, possui histórico de
doenças mentais, vício em drogas, álcool ou histórico de comportamento agressivo é
automaticamente impedido de obter uma licença para comprar ou portar armas de fogo.
Veja Também:

1. Breve história do desarmamento, parte 3: controle de armas no mundo


comunista – O leste europeu e Cuba
2. Breve história do desarmamento, parte 2: controle de armas no mundo
comunista – A União Soviética
3. Breve história do desarmamento, parte 4: controle de armas no mundo
comunista – China

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26 comentários

 Matheusdisse:
10 de junho de 2014 às 21:06
Matéria errada e muito subjetiva. Uma das coisas que os nazistas fizeram foi acabar
com as leis restritivas de porte de armas de Weimar. Porte de armas era até incentivado.
Claro, depois judeus não puderam portar armas, mas isso foi feito como um simbolo de
que eles não eram cidadãos. É indiferente para o poder do Estado o cidadão estar ou não
armado, rebeliões acontecem por meio de política. As armas aparecem sempre se essa
condição existir. Aliais, seria um sonho nazista os judeus resistirem armados. Imaginem
que na Noite dos Cristais (ela própria iniciada porque um judeu matou um alemão em
outro país) um judeu chega e metralha uns alemães que estão vandalizando sua
propriedade e ameaçando sua família.

Na Rússia czarista não tinha o menor, mas o menor controle de armas para ninguém.
Todo o camponês da Rússia tinha uma arma. Você acha que os agentes soviéticos
davam uma foda para que o camponês tinha uma arma ao avisar que sua terra seria
coletivizada.

Por que um regime militar seria mais proibitivo no porte de armas? Isso não foi verdade
nem na nossa revolução de 64.
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 Luiz Giaconidisse:

11 de junho de 2014 às 13:34

Cara, se vai dar ctrl c + ctrl v no comentário que fez no face, que mudasse algumas
coisas… Segue a mesma resposta para a mesma crítica equivocada.

Errada e subjetiva onde, meu caro? É afirmado na matéria que os nazistas


afrouxaram as leis anteriores. Tem um parágrafo inteiro falando disso. Com a
exceção no caso dos judeus. Só prestar atenção. Logo no no começo do texto eu
afirmo que colocar Hitler junto com tiranos desarmamentistas não é inteiramente
correto. Para os nazistas, os judeus não portarem armas estava longe de ser um
símbolo. Era uma necessidade prática para facilitar o serviço e levar adiante os
planos de subjugação, expulsão e posterior extermínio. Afirmação sua de que seria
um sonho a resistência judaica na noite dos cristais passa longe da verdade, aliás,
não há indícios disso em lugar algum. Se você me mostrar, ficaria feliz em corrigir.
Aliás, quando os judeus resistiram (Levante do Gueto de Varsóvia), se tornou um
grande pesadelo para os alemães. Se quiser fontes que demonstrem o que escrevi,
mostro algumas. Gostaria de ver as suas.

Sobre controle de armas na antiga URSS, basta ler os textos anteriores. Tem um
inteirinho sobre o assunto. Só uma dica: os comunistas davam uma baita de uma
foda pelas armas dos camponeses. O motivo está no texto, junto aos motivo de eles
não terem conseguido todas.

Já no nosso caso, isso só mostra que o nosso regime militar esteve longe de ser o
monstro que certas pessoas pintam, afinal, donos de armas praticamente não foram
incomodados…

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o Celio Guimarães de Carvalhodisse:

18 de junho de 2014 às 10:39

Eu concordo plenamente , eu vivi no regime militar e sou muito


agradecido a eles . todos podiam ter sua arma , eles não tomaram nada
de ninguem a força , eles castigavam so vagabundos , eles mantinham
a casa em ordem , não existia tanta festa do diabo como existe hoje ,
não tinha tanta bandalheira que existe hoje . depois que João
Figueiredo saiu , nosso pais virou uma lama suja de safados comando
e roubando da nação .

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 cascaodisse:

5 de agosto de 2014 às 19:17

Concordo contigo, Celio…. vivi minha adolecencia no


periodo da ditadura e a UNICA coisa q tenho a reclamar
é que nao podiamos ficar conversando na esquina após
as 22hs, imagina, uma turma de moleques de 12 anos, ja
hj…. neguin dá um piteco (do job dele) sobre o que
fazer sobre o seu dindin do Santander e leva um pé na
bunda, pqp

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 ALDO MEDEIROSdisse:

10 de novembro de 2014 às 18:29

VERDADE! VERDADE !VERDADE! E SE OS


MILITARES MATARAM AQUELES
DESORDEIROS DAS GUERRILHAS FOI EM
DEFESA DO PAIS, INFELIZMENTE,
INFELIZMENTE OS MILITARES NÃO FIZERAM O
SERVIÇO DELES DIREITO E DEIXARAM MUITOS
VIVOS E HOJE NÓS TEMOS O PT POR CAUSA
DISSO, DEVIAM TER MATADO O JOSÉ
GENUINO, O JOSÉ DIRCEU , A SAPATÃO E
MUITOS OUTROS QUE ESCAPARAM E HOJE SÃO
ELEITOS POR OUTROS DESORDEIROS, COMO
ELES, A CARGOS POLÍTICO. MINHA
REVERÊNCIA ETERNA AO MAJOR SEBASTIÃO
CURIÓ, QUE SABIA COMO NINGUÉM O QUE
FAZER COM GUERRILHEIRO. PARA MIN , UM
HEROI AQUI NO PARÁ,

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o Rodrigo Alves Rodriguesdisse:

1 de setembro de 2014 às 16:16

Breve história do desarmamento, parte 6: controle de armas no Brasil,


cade?
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o Massimo Tagliavinidisse:

18 de maio de 2015 às 11:11

Nada errado.
Apenas muito, mas muito, mal apresentado muitos não leem com
atenção a matéria inteira. A “Chamada” é claramente indicativa de
que os nazistas promoveram o desarmamento.
Honestidade intelectual… SE os nazis não proibiram as armas
PORQUE falar deles numa matéria que trata “dos que promoveram o
controle de armas”?

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 Andrédisse:

13 de outubro de 2015 às 12:34

Massimo, os nazistas promoveram o controle de armas


para grupos específicos (os judeus). Leia novamente o
texto.

Portanto, sim, os nazistas promoveram o controle de


armas.

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 Andrédisse:

13 de outubro de 2015 às 12:37

Além dos povos de outras nacionalidades


em territórios ocupado pelos alemães.

 Massimo Tagliavinidisse:

13 de outubro de 2015 às 17:42

Controle de armas para judeus, alguns


estrangeiros, ciganos, etc. Que eram
considerados inimigos do estado.
Controle sobre o cidadão alemão, nunca.
armas eram até incentivadas.
Portanto nada de jogos de palavras.
Promoveram sim! Proibiram o Fritz de
portar armas, portanto, proibiram sim
senhor!
NO GERAL armas eram permitidas e até
incentivadas. A não ser que as Lugers e
Mannlichers de família tivessem sido
todas compradas no Paraguai.
E tem a papelada! O porte! tá tudo em
ordem. mais uma meia dúzia de licenças
de caça.
Enquanto eu leio novamente o texto, dê
uma boa lida na história do período.

o Valdirdisse:

10 de fevereiro de 2018 às 14:20

Parabéns pelos textos

É só para o cara de cima entender , a própria Bíblia mostra que


quando os judeus , hebreus , se revoltam nem egípicios nem romanos
conseguiam resolver

Com certeza se estivessem armados os nazistas não teriam tido


sucesso

Não consegui achar a primeira parte

Li todos os textos faltou o primeiro


Não achei

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 Patricia Schaumdisse:

20 de março de 2018 às 21:09

Corretíssima sua observação. O controle de armas era oriundo da república de


Weimar, o porte de armas na alemanha nazista era inclusive incentivado (claro,
exceto para Judeus)

Um dos textos mais tendenciosos que já li. Se quiserem defender porte de armas,
pelo menos não o façam através de uma mentira!
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 Nelson Martins de Assis Brasildisse:


11 de junho de 2014 às 21:35
Caro Luiz Giaconi,
apesar de estudar a disseminação de armas pela população (honesta)desde 1976, não
conhecia os detalhes das leis nazistas e czaristas. No entanto, me sinto tentado a
depreender da sua exposição que você parece pensar como eu: população armada é
orgulhosa e amante da liberdade e da democracia. Dos países que até agora soube que a
adotam (USA, Israel, Suíça e Finlândia),todos, pelo menos desde a adoção da medida,
não tiveram ditaduras até agora. Nos USA a posse de armas é quase livre(as restrições
são mínimas) e nos demais é obrigatória, com armamento distribuído pelo governo, e
livre comércio de armas. Todos participarão da segurança nacional em caso de
necessidade e todos tem meios poderosos de fazerem a auto-defesa quando a polícia não
puder estar presente na hora exata.Isto em linhas gerais. Quanto ao sujeito acima que
criticou você fazendo uso de palavrão, gostaria que me indicasse qual é o país deste
mundo que tem polícia onipresente. No entanto, me inclino a concordar com ele quando
dá a entender que o regime de 64 não se compara com o da Alemanha nazista nem o da
Rússia de Stalin. Tentar uma tal equiparação é devaneio de alguém fora da realidade,
seja por ignorância ou debilidade de espírito. No entanto, e apesar de oficial da reserva
o Exército hoje com 64 anos, não gosto do regime de 64. Mas isto por motivos que nada
tem a ver com política e cujo teor a maior parte da população nem sequer suspeita – e
que não vou perder tempo em detalhar aqui.
Em uma exposição brevíssima do que penso informo que digo sempre a todos com
quem converso que, para a implantação e manutenção de ditaduras, população
desarmada – ou como em um bom número de casos, bem inferiormente armada com
relação ao estado – é condição necessária, mas não suficiente. A Inglaterra, por
exemplo, tem população quase desarmada e vive uma democracia – no meu entender
sempre em perigo. Os ingleses(com longo histórico de despotismo)não terão defesa
contra uma eventual tentativa ditatorial.
Mas não vou me alongar muito para não cansá-lo. Termino dizendo que no Brasil as
coisas estão invertidas. As pessoas de bem estão quase desarmadas e os bandidos
poderosamente armados. Claro, em outros países também, mas aqui me ocupo do
Brasil.Isto sem falar que o estado brasileiro é notoriamente incapaz de prover a
segurança das pessoas de bem e quer desarmá-las ainda mais. Caso se interesse em
continuar este diálogo é só informar. Cumprimentos do Nelson.
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 Gabriel C.disse:

13 de junho de 2014 às 11:51

Maior parte da população nem sequer suspeita? Conte-me mais sobre isso…

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 Pedro Soaresdisse:
8 de julho de 2014 às 0:26
Excelente. Parabéns !
RESPONDER

 Carlos Elmano de Alencar e Silvadisse:


9 de julho de 2014 às 10:27
Grande trabalho, Giaconi. Parabéns!

Você encerra a série no 5o., ou haverá continuidade?

Abraço.
RESPONDER

 Rodrigo Alves Rodriguesdisse:


1 de setembro de 2014 às 16:17
Breve história do desarmamento, parte 6: controle de armas no Brasil, cade?
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 Celso Nabeto Júniordisse:


26 de novembro de 2014 às 8:40
Sr Luiz Giaconi, lhe convido a vir a minha casa, para discutirmos meus poucos anos de
revisionismo histórico de ambos os lados, uma troca de informações o Sr insiste muito
nisso, tenho algumas informações que podem ser vistas aqui sobre isto e relatos de civis
cheios de armas, inclusive um amigo meu que já está partindo, de São Vicente/SP que
não concorda totalmente com seus argumentos neste tópico.

Tenha um bom dia!


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 Felipedisse:

24 de setembro de 2019 às 12:20

Meu caro tens email para se falarmos com mais detalhes sobre esse assunto?

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 Caledoniandisse:
18 de agosto de 2015 às 0:53
É um grande erro considerar que a Alemanha nazista retirou as armas dos seus cidadãos,
só quem não conhece a história para dizer isso. Pelo contrário, em relação à República
de Weimar, que existiu antes dos nazistas assumirem, estes até afrouxaram as leis anti-
armas que já existiam na década de 1920.
Se querem dar credibilidade a essa matéria aconselho citar os países comunistas, esses
sim restringiram as armas aos seus cidadãos.
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 Andrédisse:

13 de outubro de 2015 às 12:35

Caledonian, os nazistas promoveram o controle de armas para grupos específicos


(os judeus). Leia novamente o texto.

Portanto, sim, os nazistas promoveram o controle de armas.

RESPONDER

 Andrédisse:

13 de outubro de 2015 às 12:38

Além dos cidadãos de outras nacionalidades nos territórios ocupados pelos alemães.

RESPONDER

 Zózimodisse:
21 de novembro de 2016 às 13:57
A série de textos é deveras interessante. No entanto, gostaria de saber em quais obras e
autores você conseguiu as informações compiladas, pois pretendo utilizá-las na minha
monografia e preciso citar a bibliografia.
RESPONDER

 FALCON XENIXdisse:
13 de junho de 2017 às 2:51
Acredito que todos tem o direito de contar qualquer estória que lhe foi contata ou
exposta, porém nunca será igual a História passada por pessoas que relatam com fatos.
Leia – se : Por Stephen P. O Halbrook, PhD., J.D.
RESPONDER

 FALCON XENIXdisse:

13 de junho de 2017 às 2:53


https://www.institutoliberal.org.br/blog/licoes-dos-nazistas-sobre-o-controle-de-
armas/

RESPONDER

 Elisete Brandãodisse:
23 de fevereiro de 2018 às 19:33
Adorei todas as colocações, quero a segurança de um Povo armado de volta. Depois que
os Militares sairam do Poder, só vi meu País dar para trás em todas as áreas. Sou
gaúcha, tenho 60 anos, e na minha pequinês tento fazer algo para acordar o Brasil do
perigo do Foro de São Paulo.
RESPONDER

 Fred Ignaciodisse:
20 de janeiro de 2019 às 19:20
Gostei do texto.

O desarmamento e o armamento popular é algo mais complicado do que muitos


pensam. A maior variável para o sucesso ou fracasso dessa empreitada é o próprio ser
humano, e sabemos que pra isso funcionar, primeiro teriam que levar em rédea curta
esses regulamentos, criar previsões no código penal sobre “O Mal Uso das Armas” e o
que pode acarretar penalmente.
Pra liberar armas pra população, primeiro você tem que causar um certo medo neles,
mostrar que podem usar armas de fogo, mas se não seguirem as regras, ou utilizarem as
armas para outros fins senão defesa pessoal (legítima defesa, injusta agressão), vão para
a prisão. Eu gostaria de ter uma arma pessoal para legítima defesa guardada em casa,
mas esse sou eu, eu sei do que sou capaz, e a última coisa que eu quero é ter que
precisar usar uma arma, seja de fogo ou branca, contra alguém. Já não posso dizer o
mesmo do resto da população.
Acho que, já que liberaram, mesmo não devendo liberar sem haver uma série de
procedimentos preventivos, devem agora começar a criar as “tais leis” restritivas do uso.
Tudo isso foi rápido demais pro meu gosto.

Enquanto na Alemanha, o Fuhrer queria ganhar a confiança do povo dando porte de


armas nas mãos de cada cidadão para sua defesa. O Stalin desarmava com a proposta de
que, seu regime comunista era perfeito, por quê precisaríamos de armas num País onde
não há violência. O comunismo tende a dar essa falsa impressão de perfeição, sendo que
nos bastidores o caos está acontecendo sem ninguém ver. Já o nazismo, tende a dar a
falsa impressão de confiança, todos confiavam suas vidas no Fuhrer, ele se
responsabilizava por tudo, ele era o protetor da nação, dando armas para os cidadão,
pois não queremos que fiquem a mercê dos malfeitores.., e bla´, blá, blá.
E todo mundo caiu e ainda cai nessas ladainhas até hoje, isso é que me impressiona no
ser humano. Ficam disputando quem é melhor, Esquerda ou Direita, comunismo ou
conservadorismo, um é o retrocesso econômico e o outro o retrocesso social. Por isso
que dizem, Brasileiro só aprende quando toma no “Copo”.

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