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MINISTÉRIO DA DEFESA

EXÉRCITO BRASILEIRO
ESCOLA DE SARGENTOS DAS ARMAS
(ESCOLA SARGENTO MAX WOLF FILHO)

CURSO DE FORMAÇÃO DE SARGENTOS


PERÍODO BÁSICO

COLETÂNEA DE MANUAIS
DE
TÉCNICAS MILITARES I

Volume II

2021
ÍNDICE DE ASSUNTOS
Conteúdo Pág.
CAPÍTULO VI – FARDAMENTO MILITAR
1. Codificação dos uniformes.................................................................................................. 4
2. Dos Uniformes..................................................................................................................... 5
3 Dos distintivos ..................................................................................................................... 42
4 Das Insígnias........................................................................................................................ 105
5 Da apresentação pessoal..................................................................................................... 136
CAPÍTULO VII – BOAS MANEIRAS E CONDUTA DO MILITAR
1. Trato para com os superiores e pares ................................................................................ 172
2. Atendimento ao público....................................................................................................... 173
3. Procedimento individual a ser adotado pelo militar em uma OM........................................ 176
4. Procedimento individual a ser adotado pelo militar fora do quartel .................................... 185
5. Trajes civis........................................................................................................................... 187
6. Modos de servir e os diferentes tipos de serviços............................................................... 190
7. Arrumação das mesas......................................................................................................... 194
8. Boas maneiras durante as refeições................................................................................... 195
9. Outras regras de etiqueta e boas maneiras........................................................................ 199
CAPÍTULO VIII – MEIO AMBIENTE 201
1. Educação ambiental............................................................................................................ 203
2. Resíduos recicláveis............................................................................................................
CONTEÚDO IX– SERVIÇOS INTERNOS E EXTERNOS
1. Do Oficial de Dia.................................................................................................................. 208
2. Do Adjunto........................................................................................................................... 213
3. Do Comandante da guarda................................................................................................. 214
4. Do Cabo da guarda............................................................................................................. 216
5. Dos Soldados da guarda e da Sentinelas........................................................................... 218
6. Do Reforço da guarda......................................................................................................... 221
7. Da substituição das guardas do quartel e das Sentinelas................................................... 222
8. Do Sargento-de-dia à Subunidade...................................................................................... 223
9. Do Cabo-de Dia................................................................................................................... 226
10. Dos Plantões..................................................................................................................... 228

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11. Demonstração do serviço da guarda do quartel da OM................................................... 230
CAPÍTULO X – INTELIGÊNCIA MILITAR TERRESTRE
1. Inteligência militar................................................................................................................ 239
2.A função de combate Inteligência......................................................................................... 242
3. Elementos meteorológicos.................................................................................................. 248
4. Segurança orgânica............................................................................................................ 251
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS....................................................................................... 252

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CAPÍTULO VI

FARDAMENTO MILITAR

6.1 CODIFICAÇÃO DOS UNIFORMES

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6.2 DOS UNIFORMES

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(Coletânea de Manuais de Tec Mil I Vol II ................................................................................. 10/156)
(Coletânea de Manuais de Tec Mil I Vol II ................................................................................. 11/156)
(Coletânea de Manuais de Tec Mil I Vol II ................................................................................. 12/156)
(Coletânea de Manuais de Tec Mil I Vol II ................................................................................. 13/156)
(Coletânea de Manuais de Tec Mil I Vol II ................................................................................. 14/156)
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(Coletânea de Manuais de Tec Mil I Vol II ................................................................................. 16/156)
(Coletânea de Manuais de Tec Mil I Vol II ................................................................................. 17/156)
(Coletânea de Manuais de Tec Mil I Vol II ................................................................................. 18/156)
(Coletânea de Manuais de Tec Mil I Vol II ................................................................................. 19/156)
(Coletânea de Manuais de Tec Mil I Vol II ................................................................................. 20/156)
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(Coletânea de Manuais de Tec Mil I Vol II ................................................................................. 22/156)
(Coletânea de Manuais de Tec Mil I Vol II ................................................................................. 23/156)
(Coletânea de Manuais de Tec Mil I Vol II ................................................................................. 24/156)
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(Coletânea de Manuais de Tec Mil I Vol II ................................................................................. 34/156)
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(Coletânea de Manuais de Tec Mil I Vol II ................................................................................. 40/156)
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6.3 DOS DISTINTIVOS

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(Coletânea de Manuais de Tec Mil I Vol II ................................................................................. 92/156)
(Coletânea de Manuais de Tec Mil I Vol II ................................................................................. 93/156)
(Coletânea de Manuais de Tec Mil I Vol II ................................................................................. 94/156)
(Coletânea de Manuais de Tec Mil I Vol II ................................................................................. 95/156)
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6.4 DAS INSÍGNIAS

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6.5 DA APRESENTAÇÃO PESSOAL

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SEÇÃO I

Da Apresentação Pessoal do Segmento Masculino

Art. 235. Os integrantes do segmento masculino, ao usar os uniformes constantes deste


Regulamento, devem fazê-lo com especial esmero, observando as seguintes prescrições:

§ 1º Quanto ao cabelo:

I - para oficiais, subtenentes e sargentos:

a) devem usar seus cabelos aparados curtos, por máquina ou tesoura, mantendo bem nítidos os
contornos junto às orelhas e ao pescoço;

b) o corte de cabelo considerado “aparado curto” caracteriza-se por apresentar a parte inferior
(nuca) e a lateral do crânio compatíveis com o corte em máquina nº 3 e a parte superior do
crânio compatível com a máquina nº 4. O contorno do corte na altura do pescoço (pé do cabelo)
deve ser feito com navalha ou instrumento similar;

c) na parte superior da cabeça, o cabelo deve ser desbastado o suficiente para harmonizar- se com
o resto do corte e com o uso da cobertura;

d) as costeletas devem ter o comprimento até a altura correspondente à metade do pavilhão


auricular; e

e) o corte de cabelo deve ser mantido nos padrões já descritos e renovado periodicamente,
exceção feita aos militares em curso ou em operações, situação em que a frequência é
determinada por ordem específica.

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II. para alunos de Escolas de Formação, cabos, taifeiros e soldados:

a) devem usar seus cabelos em corte de meia cabeleira curta, nas seguintes condições:

1. nas partes parietais e occipitais do crânio, isto é, na transição do couro cabeludo, o cabelo
deve ser cortado à máquina nº 3, mantendo-se bem nítidos os contornos junto às orelhas e
ao pescoço; e disfarçando o corte, gradativamente, de baixo para cima, com a tesoura, até a
altura correspondente à borda da cobertura;

2. na parte superior da cabeça, o cabelo deve ser desbastado o suficiente para harmonizar-se
com o resto do corte e com o uso da cobertura;

3. na nuca, o cabelo deve ser aparado à máquina nº 2 e o contorno do corte na altura do pescoço
(pé do cabelo) deve ser feito com navalha ou instrumento similar; e

b) as costeletas devem ter o comprimento até a altura correspondente à metade do pavilhão


auricular; e

c) o corte de cabelo deve ser mantido nos padrões já descritos e renovado no período máximo
de 10 (dez) dias.

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II. outras considerações acerca do cabelo masculino:

a) é vedado o uso de corte de cabelo tipo “moicano” ou “topete”, além do penteado com o cabelo
levantado na parte anterior da cabeça, com ou sem gel fixador;

b) é vedado o uso de franja, pastinha e outros penteados similares, que cubram a testa, ainda
que parcialmente; e

c) é vedado raspar a cabeça ou adotar corte de cabelo com máquina inferior a nº 2, exceção
feita à recomendação médica, durante a realização de curso ou estágio de caráter voluntário
ou calvície.

Parágrafo único. É considerado calvo o militar cuja queda de cabelo tenha atingido área
superior a 40% da superfície do couro cabeludo.

§ 2º Quanto ao bigode:

I - é permitido aos oficiais, subtenentes e sargentos o uso de bigode, desde que discreto,
aparado, não ultrapassando a linha dos lábios, devendo constar da carteira de identidade do
militar;

II - deve ser aparado acima da linha do lábio superior;

III - é vedado o uso de bigode aos alunos de escolas de formação e aos cabos e soldados sem
estabilidade;

IV - é vedado o uso de bigode pelo militar, na situação em que tenha que raspar a cabeça para
a realização de curso ou estágio; e

V - os Comandantes Militares de Áreas podem autorizar o uso de bigode pelos cabos, taifeiros e
soldados estabilizados que o requererem.

§ 3º Quanto à barba:

I - deve manter-se permanentemente raspada em toda sua extensão; e

II - é vedado o uso de barba aos oficiais e praças do Exército. Exceção apenas quando o
militar for dispensado temporariamente da obrigação de raspar a barba, homologada por
médico militar e publicada em Boletim Interno (BI) da Unidade. Neste caso, o uso de uniforme

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fica restrito ao interior da OM, enquanto que, fora do quartel, é obrigatório o uso de trajes civis.

§ 4º Quanto às unhas: devem ser tratadas, mantidas permanentemente aparadas e com


comprimento reduzido.

§ 5º Quanto ao uso de tatuagem: não é recomendável a aplicação de tatuagem em partes do


corpo que fiquem expostas quando o militar estiver trajando uniforme. É vedada a tatuagem em
qualquer parte do corpo que faça alusão à:

I - ideologia terrorista ou extremista contrária às instituições democráticas; II - violência e à


criminalidade;

III - ideia ou ao ato libidinoso;

IV - discriminação ou ao preconceito de raça, credo, sexo ou origem; ou

V - ideia ou ao ato ofensivo às Forças Armadas, ao decoro militar e aos bons costumes.

§ 6º Quanto ao uso de outros acessórios:

I - cordão para pescoço: permitido o uso de 1 (um) colar no pescoço, desde que esse ornato
seja metálico, dourado e/ou prateado, formado por uma só volta e de fina espessura. Esse
adereço deve ser usado por baixo da gola ou por dentro da camisa ou camiseta;

II - pingente: permitido o uso de pingente metálico, dourado e/ou prateado, de fina espessura,
por baixo da gola e por dentro da camisa/camiseta, desde que não faça alusão à(s):

a) ideologia terrorista ou extremista contrária às instituições democráticas;

b) violência e à criminalidade;

c) ideia ou ao ato libidinoso;

d) discriminação ou ao preconceito de raça, credo, sexo ou origem; ou

e) ideia ou ao ato ofensivo às Forças Armadas, ao decoro militar e aos bons costumes.

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III - anel: permitido o uso de até 2 (dois) anéis, incluindo aliança e anel de formatura, devendo
sobressair os metais dourados e prateados;

IV - piercing: é vedado o uso de piercing em partes do corpo que fiquem expostas quando o
militar estiver trajando qualquer uniforme;

V - implante subcutâneo: é vedado o uso de implante subcutâneo em partes do corpo que


fiquem expostas quando o militar estiver trajando qualquer uniforme;

VI - bracelete: é vedado o uso de bracelete;

VII - adorno de tornozelo: é vedado o uso de adornos de tornozelos; e

VIII - bótons ou pins: é vedado o uso de bótons ou pins


sobrepostos a qualquer peça de uniforme.

§ 7º Nenhum acessório ou adereço pode destoar em cor ou tamanho do conjunto do


uniforme.

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SEÇÃO II

DA APRESENTAÇÃO PESSOAL DO SEGMENTO FEMININO

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(Coletânea de Manuais de Tec Mil I Vol II ................................................................................. 152/156)
(Coletânea de Manuais de Tec Mil I Vol II ................................................................................. 153/156)
(Coletânea de Manuais de Tec Mil I Vol II ................................................................................. 154/156)
(Coletânea de Manuais de Tec Mil I Vol II ................................................................................. 155/156)
(Coletânea de Manuais de Tec Mil I Vol II ................................................................................. 156/156)
(Coletânea de Manuais de Tec Mil I Vol II ................................................................................. 157/156)
(Coletânea de Manuais de Tec Mil I Vol II ................................................................................. 158/156)
(Coletânea de Manuais de Tec Mil I Vol II ................................................................................. 159/156)
(Coletânea de Manuais de Tec Mil I Vol II ................................................................................. 160/156)
(Coletânea de Manuais de Tec Mil I Vol II ................................................................................. 161/156)
(Coletânea de Manuais de Tec Mil I Vol II ................................................................................. 162/156)
(Coletânea de Manuais de Tec Mil I Vol II ................................................................................. 163/156)
(Coletânea de Manuais de Tec Mil I Vol II ................................................................................. 164/156)
(Coletânea de Manuais de Tec Mil I Vol II ................................................................................. 165/156)
(Coletânea de Manuais de Tec Mil I Vol II ................................................................................. 166/156)
(Coletânea de Manuais de Tec Mil I Vol II ................................................................................. 167/156)
(Coletânea de Manuais de Tec Mil I Vol II ................................................................................. 168/156)
(Coletânea de Manuais de Tec Mil I Vol II ................................................................................. 169/156)
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CAPÍTULO VII

BOAS MANEIRAS E CONDUTA DO MILITAR

7.1 TRATO PARA COM OS SUPERIORES E PARES


(Fonte: R2)
Art. 2º Todo militar, em decorrência de sua condição, obrigações, deveres, direitos e
prerrogativas, estabelecidos em toda a legislação militar, deve tratar sempre:
I - com respeito e consideração os seus superiores hierárquicos, como tributo à
autoridade de que se acham investidos por lei;
II - com afeição e camaradagem os seus pares;
III- com bondade, dignidade e urbanidade os seus subordinados.
§ 1º Todas as formas de saudação militar, os sinais de respeito e a correção de atitudes
caracterizam, em todas as circunstâncias de tempo e lugar, o espírito de disciplina e de apreço
existentes entre os integrantes das Forças Armadas.
§ 2º As demonstrações de respeito, cordialidade e consideração, devidas entre os
membros das Forças Armadas, também o são aos integrantes das Policias Militares, dos
Corpos de Bombeiros Militares e aos Militares das Nações Estrangeiras.
Art. 3º O militar manifesta respeito e apreço aos seus superiores, pares e subordinados:
I - pela continência;
II - dirigindo-se a eles ou atendendo-os, de modo disciplinado;
III - observando a precedência hierárquica;
IV - por outras demonstrações de deferência.
§ 1º Os sinais regulamentares de respeito e de apreço entre os militares constituem
reflexos adquiridos mediante cuidadosa instrução e continuada exigência.
§ 2º A espontaneidade e a correção dos sinais de respeito são índices seguros do grau
de disciplina das corporações militares e da educação moral e profissional dos seus
componentes.
§ 3º Os sinais de respeito e apreço são obrigatórios em todas as situações, inclusive nos
exercícios no terreno e em campanha.

(Coletânea de Manuais de Tec Mil I Vol II ................................................................................. 172/156)


7.2 ATENDIMENTO AO PÚBLICO
(Fonte: MANUAL TÉCNICO - TÉCNICAS E PROCEDIMENTOS DE COMUNICAÇÃO SOCIAL - EB10-
MT-11.001)

7.2.1. GENERALIDADES
Pesquisas realizadas pela Psicologia Social demonstram que as pessoas sentem
necessidade de ser tratadas como únicas. Assim, quem procura uma OM supõe que o militar
ou o servidor civil que vier a atendê-lo o faça de forma especial e que a OM reconheça a
importância de sua pessoa e de sua solicitação.
As pessoas que se dirigem a uma OM buscam solucionar alguma demanda que lhes é
importante. Devem ser tratadas com atenção, mesmo que seu interesse não seja satisfeito. O
tratamento cordial, com respostas rápidas e precisas, deve ser o foco de todas as OM do
Exército.
De maneira geral, ao selecionar os auxiliares que atenderão aos diversos públicos, o
oficial de Com Soc deverá instruí-los no sentido de que:
a) sejam cordiais;
b) escutem o interlocutor com atenção, deixando-o expor suas demandas até o
fim, sem interrompê-lo desnecessariamente;
c) evitem as discussões;
d) falem de maneira clara e pausada, certificando-se de terem sido entendidos;
e) evitem o uso de termos militares (abreviaturas e jargões) no trato com civis, bem como
o uso de gírias, em qualquer situação;
f) sejam proativos;
g) busquem as soluções para as demandas apresentadas, de forma rápida e precisa; e
h) verifiquem se a explicação sobre procedimentos a serem adotados foi entendida,
sanando dúvidas remanescentes.
A OM pode estar fisicamente estruturada para atender ao público, mas se não dispuser
de militares e/ou servidores civis preparados para dispensar às pessoas o devido tratamento,
poderá colocar em risco a imagem da Força Terrestre. Assim, qualquer que seja o grau
hierárquico de quem tiver contato direto ou indireto com o público-alvo, será considerado
pessoa envolvida neste processo. Dessa forma, sua maneira de falar e agir influenciará a
imagem formada sobre o Exército.

(Coletânea de Manuais de Tec Mil I Vol II ................................................................................. 173/156)


Sendo, portanto, o principal cartão de visita da Instituição, cada militar e/ou servidor civil
deve dedicar especial atenção aos detalhes do seu trabalho, para que o atendimento prestado
crie empatia com o público. Podem-se resumir esses detalhes em dez simples
recomendações, passíveis de ser realizadas por todos os militares e servidores civis do
Exército.
O público em geral pode fazer contato com a OM presencialmente, por telefone ou por
meio da Internet. Em todos os casos, a Seção de Comunicação Social (Seç Com Soc) deverá
estar preparada para atender com presteza e oportunidade.
Os assuntos mais sensíveis, como os relacionados à fiscalização de produtos controlados,
à aquisição de produtos, às licitações, aos diversos tipos de contratos, ao SIC-EB e à
expedição de documentos, principalmente segundas vias, deverão ser tratados com rapidez,
pois podem gerar recursos na esfera administrativa e ocasionar perda de prazos legais,
trazendo transtornos à administração da própria OM.
É necessário ter em mente que o tempo é precioso para todos. A otimização dos trabalhos
é essencial para que se evite a formação de filas.
O entretenimento serve de alento, quando se torna inevitável a espera pelo atendimento.
Além disso, a cortesia minimiza a insatisfação por um pleito não atendido.

7.2.2. RECEPÇÃO NA OM
O Corpo da Guarda causa a primeira impressão a quem chega a uma OM. A
apresentação da sentinela, atenta, em atitude marcial e com o uniforme bem composto, será
o primeiro atendimento positivo.
Após a identificação pela Guarda do Quartel, os visitantes deverão ser encaminhados à
Seç Com Soc ou à sala de visitas, de acordo com as Normas Gerais de Ação (NGA) de cada
OM. Esta identificação deve ser realizada com cordialidade, rapidez e respeito, prestando-se
as informações necessárias e acompanhando-se o visitante até o local destinado, se for o
caso.
A Seç Com Soc deverá estar preparada para servir de sala de espera para todos os
visitantes que serão recebidos. Deve estar localizada o mais próximo possível do Corpo da
Guarda, visando a otimizar a segurança orgânica da OM, bem como desonerar as atividades
do serviço da guarda ao quartel.

(Coletânea de Manuais de Tec Mil I Vol II ................................................................................. 174/156)


Sugere-se que as instalações da Seç Com Soc tenham uma sala de espera/recepção,
em um ambiente limpo, arejado, organizado e com móveis em bom estado de conservação.
Além disso, deve haver um local reservado para o chefe da seção e outra área específica para
os demais integrantes, visando às atividades de expediente.
Preferencialmente, a sala de espera/recepção deve ter sofá, mesa de centro com revistas
e informativos do Exército, TV/DVD com vídeos institucionais da OM ou do EB e computador
conectado à Internet, disponibilizando o acesso à página do Exército e ao SIC, além de serviço
de água e café.
De uma maneira geral, para receber visitantes no quartel, alguns procedimentos deverão
ser seguidos, adequando-os ao objetivo da visita a ser realizada:
a) estabelecer um itinerário a ser seguido dentro do quartel;
b) escalar guias preparados para conduzir os grupos de visitantes, particularmente
em espaço cultural porventura existente;
c) estabelecer medidas de segurança nas mostras de material, demonstrações
e passeios em viaturas;
d) providenciar sanitários (masculinos e femininos) limpos e em condições de ser
utilizados pelos visitantes; e
e) apresentar uma breve palestra e/ou vídeo institucional da OM ou sobre o EB,
quando for o caso.

7.2.3. ATENDIMENTO AO TELEFONE


Ao telefone, cria-se a imagem da personalidade, pelo modo de falar ou pelo tom de voz.
Dessa forma, a voz assume uma grande importância. Ela deve ser agradável, simpática, com
uma entonação normal, sem gritos e sem sussurros.
Para demonstrar cordialidade no atendimento, deve-se:
a) cumprimentar o interlocutor de maneira padronizada, mostrando-se cordial e cortês,
dizendo o posto/graduação, o nome, a OM e saudando-o com Bom Dia, Boa Tarde ou Boa
Noite;
b) mostrar interesse em servir e informar corretamente;
c) usar linguagem correta, clara e precisa;
d) evitar termos como bem, querido(a), meu amor, ou similares;

(Coletânea de Manuais de Tec Mil I Vol II ................................................................................. 175/156)


e) caso necessário dispor de algum tempo (máximo de 2 minutos) para responder ao que
for solicitado, dizer simplesmente: por gentileza, o Sr(a) pode aguardar um minuto?
f) tratar do assunto com objetividade, pois, muitas vezes, o próprio telefonista pode
atender à demanda que motivou a chamada;
g) fornecer sempre todas as informações possíveis e encaminhar a ligação para a pessoa
adequada, se for o caso;

h) evitar passar a ligação para quem estiver participando de reunião; em caso de


emergência, antes de passar a ligação, deve-se escrever um bilhete explicando a situação e
aguardar a resposta;

i) saber com antecedência quais as pessoas e assuntos que o seu chefe poderá atender;
assim, o próprio comunicador social estará preparado para solucionar e encaminhar todas as
demais situações;

j) falar apenas o necessário; fornecer a informação com clareza e precisão, porém tendo
cuidado com assuntos sigilosos e delicados e, em tema de maior responsabilidade, solicitando
a presença da pessoa que trata dele diretamente;

k) não responder bruscamente, nem desligar o telefone, demonstrando irritação;

l) anotar as ligações em blocos já impressos para recados, contendo os seguintes tópicos:

7.3 PROCEDIMENTO INDIVIDUAL A SER ADOTADO PELO MILITAR EM UMA OM


(Fonte: Regulamento Interno e dos Serviços Gerais)

7.3.1. Do Expediente
Art. 184. O expediente é a fase da jornada destinada à preparação e execução dos
trabalhos normais da administração da unidade e ao funcionamento das repartições e das
dependências internas.
Parágrafo único. Os serviços de escala e outros de natureza permanente independem do
horário do expediente da unidade, assim como todos os trabalhos e serviços em situações
anormais.
Art. 185. O expediente começa normalmente com a formatura geral, da unidade ou de
SU, e termina depois da leitura do BI do dia, com o toque de “ordem”.

(Coletânea de Manuais de Tec Mil I Vol II ................................................................................. 176/156)


§ 1° O expediente é interrompido para a refeição do almoço, em horário fixado nas NGA/U,
reiniciando logo após, também em horário estabelecido nas NGA/U.
§ 2º A formatura geral da unidade corresponde a um tempo de instrução.
§ 3° O toque de “ordem” é executado, por ordem do Cmt U, somente após o recebimento,
pelo SCmt U, de todos os mapas diários do armamento emitidos pelos respectivos Cmt SU e
do mapa diário de munição e explosivo confeccionado pelo O Mun Expl Mnt Armt, e, quando
for o caso, por outros militares que possuam responsabilidade sobre os referidos materiais.
Art. 186. Todos os oficiais e praças prontos para o serviço permanecem no quartel durante
o expediente, de onde só podem afastar-se:
I - os oficiais, mediante permissão do Cmt U, que poderá delegá-la ao SCmt; e
II - as praças com autorização dos respectivos Cmt SU ou chefes de repartição interna.
§ 1º Durante o expediente, oficiais e praças devem manter-se com o uniforme previsto.
§ 2º Durante as horas de expediente, todos os militares devotam-se, exclusivamente, ao
exercício de suas funções e aos misteres profissionais.
§ 3º A entrada e a permanência de civis no quartel, nos horários sem expediente, são
reguladas pelas NGA/U.
§ 4º As praças, para fins de controle, devem dar ciência à SU a que pertencem de sua
ausência do quartel, mesmo quando autorizadas pelos chefes de repartição interna em que
trabalham.

7.3.2. Das Formaturas


Art. 257. Formatura é toda reunião do pessoal em forma, armado ou desarmado, e pode ser:
I - geral ou parcial, da unidade ou de SU; e
II - ordinária ou extraordinária.
§ 1º Em regra, toda formatura tem origem na SU, pela reunião dos oficiais e praças que
dela devam participar.
§ 2º Durante a semana, nos corpos de tropa há pelo menos uma formatura geral de toda
a unidade para o início das atividades do dia, ocasião em que será cantado o Hino Nacional,
ou outro hino, ou uma canção militar.
§ 3º O horário da formatura geral da unidade pode, a critério do comandante, ser alterado
por eventual necessidade do serviço ou em função de condições climáticas ou meteorológicas.

(Coletânea de Manuais de Tec Mil I Vol II ................................................................................. 177/156)


§ 4º A formatura geral de SU é realizada nos dias em que não houver formatura geral da
unidade.
§ 5º As formaturas ordinárias são as destinadas às revistas normais do pessoal, ao
rancho, à Parada, à leitura do BI e à instrução.
Art. 258. As formaturas extraordinárias podem ser previstas ou inopinadas.
§ 1° As formaturas extraordinárias previstas são as determinadas nos programas da
unidade ou SU, para revistas de material ou animais, ou ordenadas em BI quando destinadas
a solenidades internas ou externas.
§ 2º As formaturas extraordinárias inopinadas são as impostas pelas circunstâncias do
momento, em virtude de anormalidades ou em função de medidas comuns de caráter interno.

7.3.3. Das Formaturas Gerais da Unidade e de Subunidade


Art. 259. Nas ordens para formaturas, são designados, com precisão, hora, local da reunião,
formação, uniforme e outros esclarecimentos necessários, observadas, também, as seguintes
disposições:
I - em cada SU:
a) as ordens são dadas de modo que não seja retardada a hora de reunião da unidade;
b) os oficiais subalternos passam em revista suas frações; e
c) o mais antigo apresenta toda a tropa ao Cmt SU, que a conduz, no momento oportuno,
ao local da reunião da unidade;
II - reunidas as SU no local previsto e à hora marcada para a formatura da unidade, o
SCmt U assume o comando de toda a tropa, até a chegada do Cmt U; e Separata ao Boletim
do Exército N o 51, de 19 de dezembro de 2003. - 81III - o Cmt U somente se aproxima do
local da formatura depois de avisado, pelo S3, que a tropa se encontra pronta para recebê-lo.
Art. 260. Nas formaturas gerais de SU são observadas as prescrições tratadas no art.
259 deste Regulamento, no que lhes for aplicável.
Art. 261. As formaturas nas Armas montadas ou motomecanizadas, quando a pé, são
regidas pelas mesmas disposições do art. 259 deste Regulamento e, quando a cavalo ou com
o material, por aquelas que lhes forem aplicáveis, observando-se, quanto ao encilhamento
dos animais e à preparação do material, as disposições regulamentares peculiares e as
instruções particulares do Cmt U ou Cmt SU.

(Coletânea de Manuais de Tec Mil I Vol II ................................................................................. 178/156)


7.3.4. Das Revistas
Art. 267. Revista é o ato pelo qual se verifica a presença ou o estado de saúde do pessoal, a
existência e o estado do material distribuído e dos animais.
§ 1o As revistas podem ser:
I - de pessoal;
II - de mostra;
III - de animais; e
IV - diária de armamento, munição e explosivo.
§ 2º As revistas mencionadas nos incisos I a III do § 1o deste artigo podem ser normais
ou extraordinárias.
§ 3º As revistas normais são as fixadas em regulamentos ou nos programas de instrução
da unidade; as extraordinárias são determinadas pelo comando superior, pelo comando da
unidade ou pelo comando da SU, quando julgadas necessárias.
§ 4° Em regra, as revistas de pessoal são feitas em formaturas.
§ 5º As revistas de mostra são realizadas no material distribuído, presentes os detentores,
em forma e em local determinado.

7.3.5. Da Revista de Pessoal


Art. 268. Ordinariamente, são passadas as seguintes revistas de pessoal, às horas
determinadas pelo Cmt U:
I - revista da manhã:
a) destinada a constatar a presença do pessoal no quartel, é feita em todos os dias úteis,
normalmente antes do início do expediente;
b) é passada em formatura geral (oficiais e praças) e no uniforme da primeira instrução
do dia; a chamada, porém, é feita em cada pelotão ou seção pelo respectivo comandante,
sendo as faltas apuradas nas SU; e
c) após a chamada, quando for o caso, as SU deslocam-se para o local da formatura
geral da unidade, de onde, posteriormente, seguem para os locais de instrução ou de trabalho;
II - revista do recolher:
a) destina-se a constatar a presença das praças relacionadas no pernoite e é passada
diariamente;

(Coletânea de Manuais de Tec Mil I Vol II ................................................................................. 179/156)


b) a chamada e a identificação dos militares presentes são realizadas pelo Sgt Dia, em
forma no alojamento da SU, na presença do Of Dia ou do seu Adj;
c) as praças conservam-se em forma até o toque de “fora de forma” que o Of Dia mandará
tocar depois de passada a revista em todas as SU;
d) quando houver na unidade mais de duas SU, o Of Dia encarrega o Adj da revista em
algumas delas, a seu critério, assistindo às demais, a fim de não retardar exageradamente o
toque de “fora de forma”; e
e) após a revista do recolher, as praças relacionadas no pernoite não podem sair do
quartel;
III - revistas sanitária e médica, esta última nos dias úteis:
a) as revistas sanitárias são passadas pelo Ch FS, auxiliado pelos demais médicos da
unidade, em dias marcados pelo Cmt U, em todas as praças da unidade, de sorte que cada
militar seja examinado e pesado periodicamente, sendo os resultados registrados
convenientemente;
b) a revista médica é passada por médico da unidade, de preferência numa dependência
especial da FS, nas praças que comparecerem por motivo de doença ou por ordem superior;
c) excepcionalmente, quando o estado dos doentes não permitir o seu comparecimento
à FS, a revista médica pode ser feita nos alojamentos;
d) toda praça que se sentir adoentada, não podendo fazer o serviço ou a instrução,
participa tal fato à autoridade de que dependa diretamente, a fim de ser encaminhada à revista
médica;
e) nas SU, as praças que devam comparecer à revista médica são relacionadas pelo Sgt
Dia, em livro apropriado;
f) neste livro é registrado pelo médico, para conhecimento e providências imediatas do
Cmt SU, o seu parecer sobre o estado de saúde do doente, bem como o destino que lhe tiver
sido dado;
g) ao toque de “revista médica”, as praças que devam comparecer a esta atividade são
reunidas nas suas SU e daí conduzidas à FS pelos Cb Dia, que levarão consigo o livro de
registro;
h) o médico examina individualmente as praças apresentadas por SU, consignando no
livro de revista médica o seu parecer relativo a cada militar e assinalando as prescrições

(Coletânea de Manuais de Tec Mil I Vol II ................................................................................. 180/156)


médicas, a situação em que permanecerá o doente, a indicação do lugar de tratamento e
todas as demais informações de interesse para o comando;
i) o livro de revista médica é levado diariamente ao SCmt U, a fim de que esta autoridade
se inteire das ocorrências havidas e ordene as providências necessárias acerca das
prescrições e indicações médicas; e
j) as alterações resultantes da revista médica, que devam constar do BI da unidade, são
apresentadas pelo Ch FS, devidamente redigidas para a publicação e sob a forma de proposta.
Parágrafo único. A revista do recolher pode ser realizada de forma centralizada, com
todas as SU deslocando-se para o local determinado, facilitando a transmissão de ordens e
os avisos de caráter geral pelo Of Dia.
Art. 269. As providências que cabem aos médicos proporem, com relação aos doentes, em
consequência das observações feitas durante a revista médica, devem constar
pormenorizadamente de prescrições específicas, consistindo, normalmente, em:
I - dispensas – do uso de peças do fardamento ou equipamento, do serviço ou da
instrução, por prazo determinado;
II - tratamento no quartel – para os casos de indisposições ligeiras, com ou sem isenção
parcial ou total do serviço ou da instrução;
III - observação na enfermaria – para os casos em que não seja possível a formação de
um diagnóstico imediato:
a) a praça permanece na enfermaria, em princípio por dois dias, que podem ser
prorrogados; e
b) no caso de não ser constatado nenhum indício de moléstia, o observado tem alta,
devendo o médico mencionar, no livro adequado, o prazo e os dias em que o paciente deve
comparecer à visita médica, para confirmar ou não o diagnóstico, se for o caso;
IV - baixa à enfermaria – para tratamento de afecções benignas que necessitem de
cuidados médicos ou para convalescença dos militares que, tendo alta de hospital, necessitem
de repouso antes da volta ao serviço;
V - baixa a hospital – para todos os doentes portadores de moléstias graves ou
contagiosas que necessitem de cuidados assíduos ou especializados não prestados na
enfermaria; ou
VI - encaminhamento à JIS ou aos serviços médicos especializados.

(Coletânea de Manuais de Tec Mil I Vol II ................................................................................. 181/156)


§ 1º A convalescença, a critério do Cmt U e mediante parecer do médico, pode ser gozada
no interior do quartel ou na residência do interessado, não devendo, neste caso, ultrapassar
o prazo máximo de oito dias.
§ 2º Nos documentos de baixa a hospital devem constar todos os esclarecimentos que
possam elucidar o diagnóstico e orientar o tratamento, além das indicações dos antecedentes
do doente e outras informações necessárias.
Art. 270. Comparecem à revista médica, obrigatoriamente, as praças que:
I - alegarem ou manifestarem doenças;
II - regressarem de hospitais, acompanhadas dos respectivos documentos de alta;
III - se apresentarem prontas para o serviço na unidade, por movimentação, conclusão
de licença ou qualquer outro motivo;
IV - receberem ordem para tal, de autoridade competente; ou
V - devam ser submetidas a exame de corpo delito ou de sanidade, quando tais exames
não sejam urgentes.
Art. 271. Entre a revista do recolher e o toque de alvorada, o Of Dia deve certificar-se da
presença das praças que devam permanecer no quartel, por meio de revistas incertas,
passadas de modo a não acordar os militares, salvo para identificá-los, o que pode ser feito
por intermédio do Sgt Dia à respectiva SU.
§ 1° O Cmt U, o SCmt U e os Cmt SU, estes nos elementos que comandam, podem
passar revistas incertas, sendo indispensável para os Cmt SU prévio aviso ao Of Dia quanto
a militares que não estejam em serviço de escala próprio da SU ou estejam recolhidos à prisão.
§ 2° As revistas incertas, com indicação das horas em que foram passadas, devem ser
registradas na parte diária do Of Dia.

7.3.6. Da Revista de Mostra


Art. 272. A revista de mostra é o exame procedido por qualquer chefe que tenha
autoridade administrativa sobre os responsáveis por material, com a finalidade não apenas de
verificar a existência do material distribuído, mas também o seu estado de conservação e a
apuração de responsabilidade individual, se for o caso.
Art. 273. As revistas de mostra, procedidas periodicamente pelo Cmt U, ou por seu
representante designado, e pelos Cmt SU, obedecem às seguintes disposições:

(Coletânea de Manuais de Tec Mil I Vol II ................................................................................. 182/156)


I - o responsável direto pela guarda e conservação do material a ser revistado deve estar
presente, obrigatoriamente;
II - a circunstância de não ter sido passada a revista de mostra na época oportuna, devido
à causa eventual, não isenta o detentor da responsabilidade pelo extravio e/ou pela falta de
conservação do material a ele distribuído, que venham a ser constatados em qualquer
oportunidade;
III - as faltas assinaladas são participadas ao Cmt U por intermédio do Fisc Adm,
mencionando-se não apenas os responsáveis, como também a natureza e a causa da avaria,
se for o caso; e
IV - a execução da revista de mostra deve ser regulada em normas que visem à ordem,
rapidez e facilidade, podendo contar com a cooperação de oficiais especializados da unidade
para o exame do material de suas especialidades.

7.3.7. Da Revista de Animais


Art. 274. Os Cmt U e de SU, quando julgarem oportuno, passam em revista os animais
das suas cargas, verificando o seu estado.
Art. 275. Em princípio, todas as revistas de animais são realizadas com a presença do
veterinário e dos seus auxiliares.
Parágrafo único. Para as revistas determinadas pelos Cmt SU, a participação do veterinário
e/ou de seus auxiliares deve ser solicitada ao Cmt U.
Art. 276. O local e as particularidades da execução das revistas de animais devem
observar as disposições vigentes, sendo estabelecidos pela autoridade que as determinar, de
modo a não prejudicar a instrução e os demais serviços da unidade.

7.3.8. Da Revista Diária de Armamento, Munição e Explosivo


Art. 277. A revista diária de armamento, munição e explosivo, realizada obrigatoriamente ao
final do expediente, é o exame de todo esse material existente em carga e relacionado nas
reservas e paióis, com o objetivo de controlar, de modo rigoroso, as diversas quantidades e
os seus destinos, consubstanciados nos mapas diários do armamento e de munição e
explosivo.

(Coletânea de Manuais de Tec Mil I Vol II ................................................................................. 183/156)


Parágrafo único. O mapa diário do armamento e o de munição e explosivo, por serem
documentos primordiais de controle, são conferidos e assinados pelos Cmt SU e pelo O Mun
Expl Mnt Armt, respectivamente, por ocasião da revista diária, e arquivados sob a
responsabilidade do SCmt U.
Art. 278. A revista diária de armamento, munição e explosivo é a medida básica e fundamental
do conjunto de normas de controle de armas, munições e explosivos da unidade.
Art. 279. Os Cmt SU, acompanhados dos subtenentes encarregados do material das SU,
realizam pessoalmente as revistas diárias do armamento sob sua responsabilidade.
Parágrafo único. A revista pode ser realizada:
I - por outro oficial da SU, somente no caso de seu Cmt SU não se encontrar no interior
do aquartelamento; ou
II - pelo graduado de maior hierarquia presente na SU, quando todos os oficiais da SU
estiverem ausentes do quartel.
Art. 280. Após a realização da revista diária, a reserva é fechada pelo armeiro na
presença do encarregado do setor de material da SU e do Cmt SU ou do militar mencionado
nas situações previstas no parágrafo único do art. 279 deste Regulamento.
§ 1° A distribuição e o recolhimento, pelos armeiros, de todo o armamento utilizado pelo
pessoal de serviço, bem como a abertura e o fechamento da reserva com aquele propósito,
nos horários sem expediente e ausente o Cmt SU, são supervisionados pelo Of Dia, auxiliado
pelo seu Adj e acompanhado do respectivo Sgt Dia SU.
§ 2° No caso de abertura de reserva de armamento, motivada por propósito distinto do
citado no § 1o deste artigo, nos horários sem expediente e ausente o Cmt SU, o Of Dia conduz,
pessoalmente, acompanhado do respectivo Sgt Dia SU, a distribuição e o recolhimento do
armamento, bem como a abertura e o fechamento da reserva, devendo o fato ser lançado em
seu livro de partes e no do Sgt Dia SU, e relatado ao Cmt U e ao SCmt U, na primeira
oportunidade.
Art. 281. O O Mun Expl Mnt Armt realiza pessoalmente a revista diária no(s) paiol(óis) da
unidade.
Parágrafo único. A revista pode ser realizada:
I - por oficial designado pelo SCmt U, quando o O Mun Expl Mnt Armt não se encontrar
no interior do aquartelamento, contando-se, nesse caso, com o apoio do Sgt Aux Mun Expl
Mnt Armt; ou

(Coletânea de Manuais de Tec Mil I Vol II ................................................................................. 184/156)


II - pelo S4, também apoiado pelo Sgt Aux Mun Expl Mnt Armt, caso o Cmt U ou Scmt U
julguem conveniente.
Art. 282. Após a realização da revista diária, o(s) paiol(óis) é(são) fechado(s) pelo O Mun
Expl Mnt Armt.

7.4 PROCEDIMENTO INDIVIDUAL A SER ADOTADO PELO MILITAR FORA DO QUARTEL


(Fonte: Regulamento de Continências, Honras, Sinais de Respeito e Cerimonial Militar das Forças
Armadas - R2)

7.4.1. Do Procedimento Normal


Art. 18. A continência individual é a forma de saudação que o militar isolado, quando
uniformizado, com ou sem cobertura, deve aos símbolos, às autoridades e à tropa formada.
§ 1º A continência individual é, ainda, a forma pela qual os militares se saúdam
mutuamente, ou pela qual o superior responde à saudação de um mais moderno.

§ 2° A continência individual é devida a qualquer hora do dia ou da noite, só podendo ser


dispensada nas situações especiais conforme regulamento de cada Força Armada.
§ 3º Quando em trajes civis, o militar assume as seguintes atitudes:
I - nas cerimônias de hasteamento ou arriação da Bandeira, nas ocasiões em que esta
se apresentar em marcha ou cortejo, assim como durante a execução do Hino Nacional, o
militar deve tomar atitude de respeito, de pé e em silêncio, com a cabeça descoberta;
II - nas demais situações, se estiver de cobertura, descobre-se e assume atitude
respeitosa; e
III - ao encontrar um superior fora de Organização Militar, o subordinado faz a saudação
com um cumprimento verbal, de acordo com as convenções sociais.

7.4.2. Do Procedimento em Outras Situações


Art. 30. O militar em um veículo, exceto bicicleta, motocicleta ou similar, procede da
seguinte forma:
I - com o veículo parado, tanto o condutor como o passageiro fazem a continência
individual sem se levantarem; e
II - com o veículo em movimento, somente o passageiro faz a continência individual.

(Coletânea de Manuais de Tec Mil I Vol II ................................................................................. 185/156)


§ 1° Por ocasião da cerimônia da Bandeira ou da execução do Hino Nacional, se no
interior de uma Organização Militar, tanto o condutor como o passageiro saltam do veículo e
fazem a continência individual; se em via pública, procedem do mesmo modo, sempre que
viável.
§ 2° Nos deslocamentos de elementos transportados por viaturas, só o Comandante e o
Chefe de cada viatura fazem a continência individual. Os militares transportados tomam
postura correta e imóvel enquanto durar a continência do Chefe da viatura.
Art. 33. Procedimento do militar em outras situações:
I - o mais moderno, quando a cavalo, se o superior estiver a pé, deve passar por este ao
passo; se ambos estiverem a cavalo, não pode cruzar com aquele em andadura superior;
marchando no mesmo sentido, ultrapassa o superior depois de lhe pedir autorização.
II - o militar a cavalo apeia para falar com o superior a pé, salvo se este estiver em nível
mais elevado (palanque, arquibancada, picadeiro, ou similar) ou ordem em contrário;
III - se o militar está em bicicleta ou motocicleta, deve passar pelo superior em marcha
moderada, concentrando a atenção na condução do veículo;
IV - o portador de uma mensagem, qualquer que seja o meio de transporte empregado,
não modifica a sua velocidade de marcha ao cruzar ou passar por um superior e informa em
voz alta: “serviço urgente”;
V - a pé, conduzindo ou segurando cavalo, o militar faz a continência convencional;
VI - quando um militar entra em um recinto público, percorre com o olhar o local para
verificar se há algum superior presente; se houver, o militar faz-lhe a continência, do lugar em
que está;
VII - quando um militar entra em um recinto público, os militares mais modernos que aí
estão levantam-se ao avistá-lo e fazem-lhe a continência;
VIII - quando militares se encontrarem em reuniões sociais, festas militares, competições
desportivas ou em viagens, devem apresentar-se mutuamente, declinando posto e nome,
partindo essa apresentação daquele de menor hierarquia;
IX - seja qual for o caráter - oficial ou particular da solenidade ou reunião, deve o militar,
obrigatoriamente, apresentar-se ao superior de maior hierarquia presente, e ao de maior posto
entre os oficiais presentes de sua Organização Militar; e
X - quando dois ou mais militares, em grupo, encontram-se com outros militares, todos
fazem a continência individual como se estivessem isolados.

(Coletânea de Manuais de Tec Mil I Vol II ................................................................................. 186/156)


Art. 35. O militar fardado descobre-se ao entrar em um recinto coberto.
§ 1° O militar fardado descobre-se, ainda, nas reuniões sociais, nos funerais, nos cultos
religiosos e ao entrar em templos ou participar de atos em que este procedimento seja
pertinente, sendo-lhe dispensada, nestes casos, a obrigatoriedade da prestação da
continência.
§ 2° O estabelecido no caput deste artigo não se aplica aos militares armados de
metralhadora de mão, fuzil ou arma semelhante ou aos militares em serviço de policiamento,
escolta ou guarda.
Art. 36. Para saudar os civis de suas relações, o militar fardado não se descobre,
cumprimentando-os pela continência, pelo aperto de mão ou com aceno de cabeça.
Parágrafo único. Estando fardado, o militar do sexo masculino que se dirigir a uma
senhora para cumprimentá-la, descobre-se, colocando a cobertura sob o braço esquerdo; se
estiver desarmado e de luvas, descalça a luva da mão direita e aguarda que a senhora lhe
estenda a mão.

7.5 TRAJES CIVIS

7.5.1. Sugestões de trajes para cada ocasião


A roupa é um fator cultural, porém o convite é o ponto de referência para o traje
apropriado a um evento. A nomenclatura para definir o tipo de traje é muito variada no Brasil.
Visando à uniformização, no âmbito do Exército, quanto ao uso dos trajes, tanto por parte dos
militares, no caso de recepção em que não é exigido o uso de uniforme militar, quanto pelos
civis, quando comparecem às solenidades militares, é apresentado, no quadro abaixo uma
orientação geral a ser seguida:

(Coletânea de Manuais de Tec Mil I Vol II ................................................................................. 187/156)


7.5.2. Gala
A casaca é o traje de gala por excelência. É a veste de maior cerimônia, sendo
recomendado para eventos, com a presença de Chefes de Estados e que são conduzidos
dentro de um rígido protocolo. O traje feminino correspondente à casaca é o vestido longo. O
fraque, também, é um traje de gala, porém de uso mais restrito. É costume adotá-lo em bodas
e casamentos pelos padrinhos e pelo noivo.

7.5.3. Rigor
O "smoking" é o traje clássico de eventos formais em que se impõe uma uniformidade
no trajar dos convidados. Ele não se constitui em um traje de gala, costuma ser adotado em
festas à noite com baile e em jantares formais. O traje feminino correspondente ao "smoking"
é geralmente o vestido longo, atualmente têm sido aceitas variações, como o "demi-longue"
ou outros modelos confeccionados em tecidos nobres.

7.5.4. Passeio Completo


É o traje adequado a reuniões ou recepções oficiais ou formais, festas à noite, jantares
e solenidades oficiais. O terno (sempre com gravata) em cor escura, com sapatos sociais é a
sua composição mais clássica. Não existe uma correspondência rigorosa entre o traje passeio
completo e o traje feminino. Por analogia, porém, as mulheres não devem usar roupas
esportivas ou em tecido tipo "jeans".

(Coletânea de Manuais de Tec Mil I Vol II ................................................................................. 188/156)


7.5.5. Passeio ou Esporte Fino
O traje passeio é constituído de terno (podendo ser claro quando de dia) ou "blazer" com
gravata. No traje esporte fino usa-se o "blazer" sem gravata ou somente a camisa de mangas
compridas. Ambos são de uso recomendado em eventos sociais sem formalidade
(casamentos matinais, almoço e jantares informais).
Para as mulheres não há grandes restrições quanto aos seus trajes para eventos em que se
exige dos homens o passeio ou esporte fino. Elas devem ajustar o seu traje ao local e à
ocasião, evitando os modelos em "jeans".

7.5.6. Esporte

É indicado para eventos que envolvam lazer, reuniões matinais, festas ao ar livre,
churrascos e confraternizações diversas. O uso da bermuda é aceito se o evento for ao ar livre
e for sugerido pelo anfitrião. O agasalho para o traje esporte é livre, podendo ser um suéter,
um pulôver ou qualquer complemento esportivo.
7.5.7. Correspondência entre os trajes e os uniformes das três Forças

(Coletânea de Manuais de Tec Mil I Vol II ................................................................................. 189/156)


7.6 MODOS DE SERVIR E OS DIFERENTES TIPOS DE SERVIÇOS
(Fonte: MANUAL DE ETIQUETA À MESA – Portal educação)

Os MODOS DE SERVIR variam com o grau de formalidade desejada; se formal, semiformal,


ou informal e com o tipo de evento, se almoço, jantar, ou outros.
Os TIPOS DE SERVIÇO podem ser à francesa, à inglesa ou à americana.
Existem também variações quanto à SEQÜÊNCIA dos garçons servirem.
Nos itens abaixo são apresentadas algumas orientações básicas, sobre os modos de servir.
Para maiores detalhes, sobre esses aspectos da ETIQUETA, deve ser consultada bibliografia
especializada.

a. Almoço ou jantar formal


Nessas ocasiões o serviço deve ser feito à francesa ou à inglesa, não se admitem falhas nem
erros de previsão. A mesa deve ser arrumada com todas as regras de etiqueta e requintada decoração.
Quanto mais formal o evento, mais a toalha, os pratos, os copos e os demais apetrechos devem tender
ao estilo clássico. Exige garçons e "maitre" que, conforme a ocasião, trajarão "smoking" ou paletó
branco, gravata borboleta e luvas. Os anfitriões e convidados se reúnem, inicialmente, em um ambiente,
que não a sala onde será servida a refeição.
Nesse ambiente devem ser servidos alguns aperitivos ou um leve coquetel, que poderá durar de meia
a uma hora após a chegada dos homenageados.

Fig 48 - Almoço ou jantar formal

O "maitre" comunica à anfitriã que a refeição está pronta e esta se dirige para o cavalheiro que será
seu vizinho à direita da mesa (normalmente o homenageado ou o de maior precedência).

(Coletânea de Manuais de Tec Mil I Vol II ................................................................................. 190/156)


O anfitrião entra em primeiro lugar na sala onde será servida a refeição acompanhado da dama que
ocupará o lugar à sua direita.
Os demais convidados os seguem, sem ordem estabelecida. A anfitriã e seu vizinho de mesa entram
por último.
Os copos de bebida que estejam sendo usados durante o coquetel não devem ser levados para esse
ambiente.
O traje deve ser rigor ou passeio completo e, se uniforme, o correspondente. Os jantares formais são
servidos após as 20 horas.
Quando a recepção é muito formal não deve ter fundo musical. Nos demais casos é desejável uma
música instrumental suave, inclusive "ao vivo".

b. Almoço ou jantar semiformal

Nessas ocasiões o serviço pode ser feito à francesa, à inglesa ou à americana.


Requer menos formalidades no que se refere ao traje, ao modo de servir, pois pode ser adotado o
serviço à americana e permite mais liberdade quanto ao rigor da etiqueta citada abaixo.
Se almoço, deve ser servido entre 12 e 13 horas e, se jantar, a partir das 20 horas.

c. Tipos de serviço

1) À francesa
O serviço começa com a entrada, entradas frias são servidas antes da sopa e as quentes
depois, se for sopa, o prato pode já vir servido da cozinha. O prato de entrada é servido sobre prato
raso; ambos são retirados juntos. O mesmo ocorre ao se servir e retirar a sopa. Água e pãozinho já
deverão estar servidos. Sopa só deve ser servida em jantares. Uma entrada fria também pode estar
posta antes dos convidados entrarem na sala, ou ser servida, pela direita, logo após todos se sentarem
à mesa. Em refeições mais formais só se serve água mineral, vinho e champanhe, e pela direita.
Terminada a entrada, o garçom retira o prato pela esquerda. O primeiro prato (peixe é o clássico) é
servido também pela esquerda. Se o prato for individual e vier pronto da cozinha será colocado na
mesa, pela direita. O garçom segura a travessa com o braço esquerdo envolto num guardanapo e
mantém o direito às costas, oferecendo, pela esquerda do convidado, o alimento e os talheres para
ele se servir. O convidado toma os dois talheres nas mãos (colher na direita e garfo na esquerda) e se
serve. Assim o serviço prossegue de pessoa para pessoa. Só se começa a comer quando a anfitriã
levanta seus próprios talheres da mesa. Terminando o primeiro prato, o garçom retira o prato e os
talheres usados pela esquerda e, ao mesmo tempo, coloca um prato limpo pela direita.

(Coletânea de Manuais de Tec Mil I Vol II ................................................................................. 191/156)


O segundo prato pode ser carne ou massas. As travessas continuam a ser oferecidas sempre
pela esquerda. Os copos de água e champanhe permanecem na mesa até o final. Terminada a refeição,
e antes da sobremesa, o garçom retira o último prato usado, pela direita. Quando houver "sousplat",
este é retirado juntamente com o último prato usado, também pela direita ou permanece na mesa para
ser retirado com a sobremesa. O prato de pão é retirado pela esquerda. A sobremesa, se já vier servida
no prato, será posta à mesa pela direita. Caso venha na travessa, será apresentada pela esquerda.
Ao término, a taça ou o prato é retirado pela esquerda.
Terminada a sobremesa, o café poderá ser servido à mesa ou em outro ambiente. Nos dois casos o
serviço deve ser feito pelos garçons. Ao término do café, o anfitrião pode oferecer digestivos: conhaque
e licores, acompanhado de chocolates e biscoitos. Os convidados devem se retirar somente após a
saída do convidado de honra.

Serviço à Francesa

2) À inglesa
O serviço à inglesa é aquele praticado normalmente nos restaurantes mais finos e muito usado
nas Organizações Militares. O garçom é quem serve a comida, indagando às pessoas discretamente
o que prefere e colocando em seus pratos. No mais é tudo igual ao serviço à francesa, inclusive no
que se refere ao lado esquerdo para servir os alimentos.
Este serviço, à semelhança do serviço à francesa, pode ter uma variação: os garçons já trazem
o prato individual pronto, servido da cozinha, colocando-o à frente do convidado, pela direita.

(Coletânea de Manuais de Tec Mil I Vol II ................................................................................. 192/156)


Serviço à Inglesa

3) À americana
É um serviço em forma de bufê, pratos, talheres, copos e demais apetrechos são dispostos em ampla
mesa decorada, juntos com travessas contendo o cardápio escolhido. Alimentos quentes ficam sobre
aquecedores para conservar a temperatura constante. Os próprios convidados se servem no "bufê" ou,
quando é exigido mais requinte, os convidados são aí servidos, por garçons, e sentam-se às mesas,
com lugares marcados.

Buffet à Americana

(Coletânea de Manuais de Tec Mil I Vol II ................................................................................. 193/156)


Em situações mais formais, essas mesas podem estar decoradas e já arrumadas com pratos, copos,
talheres e guardanapos e, assim que a anfitriã convidar para se servirem, os convidados deslocam-se
com o prato na mão em direção à mesa principal, retornando depois aos seus lugares na mesa. O
convidado de honra se serve primeiro. Os convidados retornam posteriormente ao bufê para repetir os
pratos ou se servirem da sobremesa e, neste caso, a sobremesa pode ser repetida. Quando a refeição
é mais informal, normalmente em residências, os convidados podem comer de pé, ou serem
providenciadas mesinhas dobráveis ou bandejas para cada um. A forma de bufê é usada também para
a refeição do tipo "queijos e vinhos".

d. Regras básicas para os garçons

7.7 ARRUMAÇÃO DAS MESAS


(Fonte: Vade Mecum do cerimonial militar - SGEx)

A toalha de mesa tem de estar lavada e passada de forma impecável. Ela precisa ser de
tecido nobre e ter dimensões suficientes para que haja uma queda de pelo menos 25 cm de
cada lado da mesa.
Um forro sob a toalha, suaviza o ruído na colocação dos pratos.
Em eventos menos formais, jogos americanos, nos mesmos tecidos, podem e devem ser
usados em almoço ou jantar, em especial sobre mesas de mármore, granito, vidro, ou de
madeira, quando ela está bem tratada.
A distância entre um lugar e outro deve manter-se entre 50 cm e 75 cm.
Os pratos são colocados no lugar, a dois dedos (3 cm) da borda da mesa, de modo que
não toquem nas pessoas. Os sousplats (pratos de prata ou cristal para ficar sob os pratos)
não são obrigatórios, mas dão um ar requintado e evitam que pequenos restos de comida
caiam na mesa. O prato de sopa (fundo) é colocado sobre o raso. Pode-se também utilizar
taças de consomê. Os guardanapos são colocados à esquerda dos garfos, ou sobre os pratos.

(Coletânea de Manuais de Tec Mil I Vol II ................................................................................. 194/156)


Pode-se arranjá-los em retângulo ou escolher outra dobradura artística que embeleze a
decoração.
Talheres também ficam a dois dedos da borda da mesa, paralelos e equidistantes entre
si. À esquerda do prato coloque os garfos. O maior (de carnes) a dois dedos do prato e, em
seguida, o menor (de peixe ou salada). À direita do prato, disponha as facas, na mesma ordem:
a de carnes junto ao prato e, do lado de fora, a do peixe (não havendo peixe, retire-a).
Todos os talheres ficam voltados para cima. O cardápio (menu), para o almoço e jantar,
pode ser colocado sobre ou próximo ao guardanapo.
Os copos e taças são posicionados em diagonal, à frente e à direita do prato, na seguinte
ordem (do maior para o menor), em direção à borda da mesa: água, vinho tinto, vinho branco.
O de champanhe por detrás deles.
Velas poderão compor a decoração de jantares.

Exemplo de arrumação de mesa

7.8 BOAS MANEIRAS DURANTE AS REFEIÇÕES

7.8.1. Apresentações
Normalmente, as autoridades procedem as apresentações de seus convidados, dizendo;
por exemplo: "Senhor Carlos Antunes, apresento-lhe o Cel José de Abreu", ou: "Senhor Carlos
Antunes, tenho o prazer de apresentar-lhe o Cel José de Abreu", ou, ainda, simplesmente o
nome das pessoas: "Senhor Carlos Antunes, Cel José de Abreu".

(Coletânea de Manuais de Tec Mil I Vol II ................................................................................. 195/156)


Dois convidados podem apresentar-se mutuamente, citando apenas os nomes, sem título.
Está em desuso a fórmula "Encantado!". Diz-se simplesmente "Como vai?", "Como está?",
ou "Muito prazer!"
O termo correto para apresentar a própria esposa é: "minha mulher". Por exemplo:
"Senhor Antônio, esta é Denise, minha mulher", o mesmo ocorrendo em relação à mulher, que
deve dizer: "meu marido".
Em situação de igualdade:
- A pessoa de menor precedência é que deve ser apresentada à de maior precedência.
- O mais jovem é apresentado ao mais velho.
- O homem é apresentado à mulher.
Quem toma a iniciativa de estender a mão e dizer "como vai", "como está" é a pessoa
mais importante, mais idosa ou a mulher.
O militar, com cobertura ou luvas, deve retirá-las para cumprimentar uma senhora.

7.8.2. O convidado
O convidado para um almoço, ou jantar sentado, tem a obrigação de confirmar (ou não)
sua presença. E, em caso de impossibilidade de comparecimento, não deve mandar
representante. Não comparecer a um compromisso dessa natureza, depois de aceitá-lo,
constitui ato grosseiro.
O pedido de resposta a um convite é indicado pelas iniciais R.S.V.P. (Répondez s’il vous
plaît) à direita, na parte inferior do convite, acompanhadas do telefone ao qual se deve
responder.
Quando o evento é realizado na residência do anfitrião, é delicado oferecer uma pequena
lembrança para a esposa, como por exemplo: bombons, flores e pequenos objetos de
decoração.
As flores devem ser acompanhadas de cartão e enviadas antes da hora marcada para a
recepção.
O convidado deve ser pontual. Só por razões imperiosas se chega atrasado a uma
reunião formal com lugares marcados à mesa.
O convidado não deve se oferecer para conhecer a parte íntima da casa.
A embriaguez constitui espetáculo deplorável.
O lavabo deve ser deixado nas mesmas condições impecáveis que encontrou.

(Coletânea de Manuais de Tec Mil I Vol II ................................................................................. 196/156)


Não devem ser dadas ordens aos empregados dos anfitriões.
A gíria, sem exagero, não é condenável, o palavrão sim.
O vocábulo deve ser adequado nas conversas, sem preciosismos gramaticais. A
linguagem falada é simples, curta e, principalmente, atualizada.
A franqueza exagerada é uma forma de intolerância. Não só em sociedade como entre
amigos, a franqueza inoportuna representa um tipo de agressividade contrária à boa educação,
que é tolerante e amável.
Não se deve insistir para que o convidado beba ou coma, quando não sente vontade; ou
que fique, quando deseja partir.
A arte da conversação exclui, por princípios, os desabafos ou confidências financeiras,
os desencontros conjugais, as doenças nas famílias e outras.
O convidado deve se inteirar das notícias mais recentes e importantes para facilitar a
conversa durante o evento.
No dia seguinte o convidado deve agradecer o convite, enviando um cartão ou, se não
ofereceu à anfitriã flores no dia do evento, deve fazê-lo nessa ocasião.
A pessoa inteligente conversa sobre idéias e não sobre pessoas!

7.8.3. Pratos
Dependendo do tipo de serviço que será executado há aqui duas situações:
a) O prato da primeira entrada se apresenta vazio em cima do show-plate, fazendo parte
do mise-en-place, antes da chegada do comensal.
b) O prato da primeira entrada será servido pelo garçom, já com a comida, após a
chegada do comensal. Nesse caso apenas o show-plate fará parte do mise-en-place.
Em qualquer um dos dois casos, ao final de cada serviço, o prato vai sendo retirado e os
subsequentes vão sendo servidos, sempre em cima do show-plate. Assim, o comensal não
precisa se preocupar com a correta utilização dos pratos, pois estará sempre um de cada vez
na mesa.

7.8.4. Talheres
Os talheres costumam assustar um pouco, pois se apresentam todos que serão usados
até o fim da refeição, já na mise-en-place. Por isso, exigem um pouco de cuidado, afinal a

(Coletânea de Manuais de Tec Mil I Vol II ................................................................................. 197/156)


disposição dos talheres vai depender do cardápio que será servido na refeição. No entanto,
algumas regrinhas básicas podem ser aprendidas:
As facas de mesa e de entradas ficam sempre ao lado direito do prato com a serra voltada
para o prato. As colheres de sopa também estarão sempre dispostas à direita do prato. Os
garfos de mesa e de entradas ficam ao lado esquerdo do prato.
Esses talheres devem sempre estar alinhados pela base, na mesma direção da base do
show-plate.
Os talheres de sobremesa devem apresentar-se, na horizontal, acima do prato.
Sendo que a faca fica mais perto do prato, com a serra para dentro e o cabo voltado para
o lado direito; o garfo em seguida, com o cabo voltado para o lado esquerdo e, por último, a
colher acima do garfo, com o cabo voltado para o lado direito. Nem sempre se usam os três;
quais escolher vai depender da consistência da sobremesa.
Se prestarmos bem atenção, percebe-se que as posições de todos os talheres são as
mais práticas para sua própria utilização. Isso, claro, se o comensal for destro; infelizmente,
os canhotos ainda não têm vez na etiqueta à mesa.
Mesmo com essas regrinhas básicas ainda ficam algumas dúvidas: Quantos garfos
colocar? Quantas facas? A colher de sopa vem perto do prato? Bem, como já foi dito, a
arrumação dos talheres vai depender do menu que será servido. Mas uma coisa é certa, tanto
para a preparação como para a utilização dos talheres, nunca há erro se os utilizarmos, de
fora para dentro do prato. Ao final de cada serviço, os talheres utilizados serão levados junto
com o prato pelo garçom. Os próximos a serem usados são sempre os seguintes.
Vejamos os outros itens que entram na mise-en-place e, a seguir, apresentaremos alguns
exemplos de cardápio com sua respectiva mise-en-place completa.

7.8.5. Prato e Faca de pão


O prato de pão, normalmente é um prato um pouco menor que o de sobremesa e um
pouco maior que o pires de chá. Sua função como o nome já diz é aparar o pão que
acompanha todos os serviços de uma refeição mais refinada, hábito muito comum entre os
europeus. Sua posição é à esquerda e acima do show-plate. A faca de pão é igual a uma faca
de sobremesa e deve ser colocada na vertical sobre o pratinho de pão com a serra voltada
para a esquerda, pois quando o comensal for fazer uso dela, deverá pegá-la com a mão direita,
já com a serra posicionada para o uso.

(Coletânea de Manuais de Tec Mil I Vol II ................................................................................. 198/156)


7.8.6. Copos
Os copos, assim como os talheres, também estarão todos presentes desde o início e
podem, por isso, representar uma ameaça para os menos acostumados. Mas sua arrumação
também segue um sentido coerente. Da mesma forma que os talheres, eles irão sendo
retirados conforme não forem sendo mais úteis na refeição, com exceção do copo de água,
que fica presente da primeira entrada à última sobremesa.
Os copos a serem colocados dependerão das bebidas que serão servidas. Normalmente,
são sempre quatro copos, no máximo, a serem utilizados que devem estar assim organizados:
O copo de água (que é sempre o maior de todos) ocupa o local próximo à ponta da faca de
mesa e ao lado dos talheres de sobremesa. Ao lado dele, se posiciona o copo de vinho tinto
(o médio) e em seguida o de vinho branco (o menor). No caso de serviço de vinho espumante,
a taça flute deve ficar acima dos demais copos.

7.8.7. Guardanapo
O guardanapo deve ir dobrado sobre o prato de mesa ou sobre o show-plate, quando o
prato de mesa não fizer parte da mise-en-place inicial. Se houver espaço na mesa, ele pode
vir também em seguida dos talheres dispostos do lado esquerdo.
Muita atenção: há pouco tempo, muitos restaurantes ainda se dedicavam à arte de dobras
de guardanapo, numa tentativa de sofisticar o serviço. No entanto, hoje com o crescimento do
conceito de higiene e manipulação de alimentos, convém dobrar o guardanapo de forma que
ele seja o mínimo manuseado possível.
A dobra mais comum é a chamada “envelope”, que o garçom pode fazer com uma pinça
de colheres sem nem mesmo tocar a mão no tecido.

7.9 OUTRAS REGRAS DE ETIQUETA E BOAS MANEIRAS


(Fonte: Vade Mecum: 07 da Secretaria Geral do Exército)

Os homens só se sentam à mesa depois das mulheres e devem ajudá-las puxando a


cadeira para a vizinha à direita. O guardanapo é posto sobre os joelhos, desdobrado.
Só se começa a beber quando os anfitriões o fizerem. A anfitriã inicia a comer quando
todos estiverem servidos e procura acompanhar o ritmo dos convidados. O garçom não usa
bandeja para retirar pratos usados, nem deve empilhá-los. Os pratos usados são retirados um
por um.

(Coletânea de Manuais de Tec Mil I Vol II ................................................................................. 199/156)


Para os serviços à francesa e à inglesa é desejável a dosagem básica de um garçom
para cada 4 a 6 pessoas, dependendo da quantidade de pratos. Até a sobremesa, o lugar
diante do convidado nunca permanece sem um prato ou "sousplat". Com exceção da sopa,
da entrada e da sobremesa, pode-se oferecer o mesmo prato pela segunda vez. É delicado,
porém não obrigatório, que o convidado se sirva pelo menos um pouco, quando tornam a
oferecer-lhe a travessa.
Ao término do consumo de cada iguaria servida (a entrada, a carne branca e a carne
vermelha), o convidado coloca os talheres que utilizou sobre o prato. Em paralelo e unidos,
quando não quiser repetir, ou em "A", quando desejar repetir. Quando cair um talher ou
guardanapo, o conviva não esboça gesto algum para apanhá-lo. Cabe ao garçom recolhê-lo
e trazer um novo sobre salva de prata (pequeno prato redondo de prata). Os talheres são
usados normalmente de fora para dentro. Em casos de dúvida seguir a anfitriã ou uma pessoa
mais experiente
Em jantares mais cerimoniosos há um garçom só para servir as bebidas.
Vinhos são servidos com a garrafa envolta num guardanapo. Os copos enchidos até 1/2
ou 1/3, repetindo-se a operação no decorrer de toda a refeição. Não há mais obrigatoriedade
de se tomar vinho branco com peixe e o tinto com carne. O convidado escolhe qual vinho
deseja. Discursos, saudações e brindes cabem em qualquer almoço ou jantar, formal ou
informal. Devem ser curtos, corretos e sérios. A ironia e o humor são traiçoeiros e podem
comprometer uma situação social.
As mãos devem ficar livres, porém os cotovelos não tocam a mesa e, durante todo o
tempo, devem ser evitadas gesticulações exageradas ou gargalhadas. Não se vira de costas
para qualquer um dos vizinhos.
O pão deve ser partido em pequenos pedaços com os dedos, cuidadosamente, para não
espalhar farelo sobre a mesa e pelo chão.
Não se mistura nem se amassa a comida no prato, nem se mistura peixe e carne.
Ao final da refeição, não se deve dobrar o guardanapo; retire-o dos joelhos e coloque-o
sobre a mesa.
É gentil elogiar a excelência dos pratos servidos, no entanto sem exceder-se em louvores.
Não devem ser usados palitos às refeições.

(Coletânea de Manuais de Tec Mil I Vol II ................................................................................. 200/156)


CAPÍTULO VIII

MEIO AMBIENTE

8.1 EDUCAÇÃO AMBIENTAL


(Fonte: PORTARIA Nº 1138, DE 22 DE NOVEMBRO DE 2010)

8.1.1 PRINCÍPIOS
a. Integrar agentes, ações e instrumentos na gestão ambiental no âmbito do Exército
Brasileiro.

b. Fortalecer os sistemas de ensino e de instrução militar na proteção e na conservação


do meio ambiente, por intermédio de:

1) ação de comando na manutenção do equilíbrio ecológico e da sustentabilidade,


considerando o meio ambiente como um patrimônio público a ser assegurado e protegido;

2) racionalização do uso do solo, subsolo, água, ar e recursos vegetais;

3) proteção da fauna brasileira;

4) racionalização do uso da energia;

5) preservação ambiental em áreas jurisdicionadas ao Exército ou empregadas


temporariamente;

6) controle de atividades potencial ou efetivamente poluidoras;

7) incentivo ao estudo e à pesquisa de tecnologias orientadas para o uso racional e a


proteção dos recursos ambientais, assim como para a recuperação ambiental e para o uso de
fontes alternativas de energia;

8) acompanhamento do estado da qualidade ambiental;

9) recuperação de áreas degradadas; e

10) educação ambiental nos diversos níveis de ensino do Exército.

(Coletânea de Manuais de Tec Mil I Vol II ................................................................................. 201/156)


8.1.2 OBJETIVOS

a. Colaborar com a implementação da Política Nacional do Meio Ambiente, elaborando


políticas, diretrizes e planos para o Exército e promovendo a sua execução.

b. Colaborar com as ações do Governo Federal na gestão ambiental, realizando acordos


e convênios, bem como participando eventualmente em forças-tarefas.c. Manter ligação com
os Ministérios do Meio Ambiente e da Defesa, a fim de atuar em harmonia com a orientação
geral da Política Nacional do Meio Ambiente e com a legislação específica das Forças
Armadas.

d. Implementar e desenvolver, no Exército, a gestão ambiental, permitindo a continuidade


do cumprimento de sua destinação constitucional e atribuições subsidiárias.

e. Aproveitar as oportunidades ligadas à gestão ambiental, de modo a projetar


positivamente a imagem do Exército no âmbito nacional e internacional, bem como obter
recursos para investimento e para custeio das atividades ambientais da Força.

f. Participar da cooperação de gestão ambiental com exércitos de nações amigas, ou


promovê-la mediante a realização de acordos, intercâmbios, reuniões e conferências.

g. Capacitar talentos humanos especializados em gestão ambiental, com a finalidade de


elaborar estudos e decorrentes relatórios de impactos ambientais, referentes aos
empreendimentos e às atividades a serem realizados pelo Exército.

h. Promover a educação ambiental, valendo-se do Sistema de Ensino do Exército,


conforme estabelecido no Regulamento da Lei de Ensino do Exército e do Sistema de
Instrução Militar do Exército Brasileiro, com foco na conservação do meio ambiente,
principalmente no tocante à flora, fauna e recursos hídricos, e o rigoroso cumprimento da
legislação ambiental.

i. Inserir nos Planos de Disciplinas dos Estabelecimentos de Ensino a abordagem, sob o


aspecto doutrinário da atividade-fim, que as operações militares, sempre que possível, serão
conduzidas de forma a buscar proteger o meio ambiente natural contra danos extensivos,
duráveis e graves, exceto quando interferirem no cumprimento das missões constitucionais
da defesa da Pátria e da garantia da lei e da ordem.

(Coletânea de Manuais de Tec Mil I Vol II ................................................................................. 202/156)


j. Estimular a formação e o desenvolvimento da consciência ambiental do público interno,
voltada à preservação, melhoria e à restauração de recursos ambientais.

k. Praticar a preservação ambiental, empregando os meios disponíveis e adotando


medidas que evitem ou mitiguem a degradação do meio ambiente.

l. Executar a recuperação ambiental, sempre que possível, nas áreas degradadas sob a
jurisdição do Exército.

m. Estabelecer critérios e padrões de qualidade ambiental e normas relativas ao uso e


manejo de recursos ambientais.

n. Estimular o desenvolvimento de pesquisas e tecnologias orientadas para o uso racional


de recursos ambientais, resíduos sólidos, reciclados e passíveis de reciclagem, e de fontes
alternativas de energia, bem como para a recuperação de áreas degradadas e de passivos
ambientais.

o. Difundir dados e informações da gestão ambiental, demonstrando o comprometimento


do Exército no esforço brasileiro da preservação ambiental.

p. Elaborar campanhas que orientem a preservação do meio ambiente, estimulem a


preservação dos recursos naturais e estimulem atitudes ambientalmente corretas dos militares.

q. Melhorar a qualidade ambiental das áreas sob jurisdição do Exército.

8.2 RESÍDUOS RECICLÁVEIS

(Fonte: MANUAL PARA COLETA SELETIVA - Instituto de Pesquisas Jardim Botânico do


Rio de Janeiro)

8.2.1. DEFINIÇÃO DE LIXO


O lixo, também conhecido como resíduo sólido, é todo e qualquer material resultante da
atividade humana descartado por não estar, pelo menos aparentemente, em condições de uso
(em decomposição ou quebrado). Entretanto, o que para uns significa lixo, para outros pode
representar fonte de renda, como é o caso dos catadores de materiais recicláveis. As pessoas

(Coletânea de Manuais de Tec Mil I Vol II ................................................................................. 203/156)


geralmente descartam o lixo sem tomar conhecimento do seu destino. É importante que este
destino seja adequado, ou seja: o lixo deve ser coletado, tratado e disposto de forma a não
poluir e degradar o meio ambiente e não gerar impactos sobre a saúde humana. Para produzir
todos os produtos de consumo, são necessários recursos naturais tais como: água, energia e
minerais, dentre outros. Sabe-se que esses recursos são finitos, por isso as sociedades
humanas têm que assumir o compromisso de usá-los racionalmente para não comprometer a
vida das gerações futuras.

8.2.2. “5 R’s” RELATIVOS AO LIXO

Todos nós produzimos lixo. Logo fazemos parte desse problema, mas também
precisamos fazer parte da solução. Como?

Reutilizar - Reaproveite tudo que estiver em bom estado: material de escritório,


equipamentos, peças, móveis, cortinas, vidros e tudo mais que sua criatividade quiser.

Repensar - Repense seus valores e práticas e diminua a produção de lixo com novos
hábitos.

Reciclar - Dê nova vida a materiais, reaproveitando matéria prima para fabricar um novo
produto.

Reduzir - Reduza o consumo, evite o desperdício com material de expediente, limpeza e


higiene.

Recusar - Recuse consumir produtos que gerem impactos ambientais.

8.2.3. TIPOS DE COLETA

Coleta seletiva: É o processo de separação e recolhimento dos resíduos conforme sua


constituição: seco/reciclável e úmido/não reciclável. Todo o material separado deve ser
acondicionado adequadamente.

Coleta seletiva solidária: É a separação dos resíduos recicláveis pelos órgãos públicos
federais, na fonte geradora, e a sua destinação às associações e cooperativas dos catadores
de materiais recicláveis. O trabalho das cooperativas de catadores de materiais recicláveis

(Coletânea de Manuais de Tec Mil I Vol II ................................................................................. 204/156)


gera renda às famílias cooperadas, permite a reciclagem de materiais e também possibilita
integração social de pessoas que sempre foram marginalizadas e deve ser valorizado.

8.2.4. PRINCIPAIS TIPOS DE RESÍDUOS

8.2.4.1. SECOS OU RECICLÁVEIS:


Papéis: folhetos; formulários contínuos; envelopes; cartolinas; jornais; revistas; cadernos;
Embalagens; papelão; cartazes; caixas longa vida; papel laminado; folhas de papel.
Todos os papéis devem estar livres de adesivos e fitas crepe.
Plásticos: copos descartáveis de água e café; sacos e sacolas; embalagens PET de água
e refrigerante; embalagens de plástico mole; frascos de shampoo e detergente; vasilhas;
embalagens de margarina; tampas; tubos de PVC.
Metais: latas (de alimentos) de alumínio e aço; fios; arames; tampas de garrafa;
embalagens metálicas de congelados; pregos; tubos de cano e sucatas de metal; grampos;
clips.
Vidros: garrafas; copos; cacos; recipientes em geral.
Importante: todos os materiais recicláveis devem, preferencialmente, estar limpos e
secos.

8.2.4.2. ÚMIDOS OU NÃO RECICLÁVEIS


Papel carbono; fotografias; papel de fax; papéis sujos; papel toalha; guardanapos; papel
higiênico; etiquetas adesivas; fitas crepe e adesiva; papéis metalizados, plastificados,
parafinados; papel vegetal e celofane. Cabos de panela; tomadas; embalagens com restos de
biscoitos, café, balas e doces. Latas de aerosol, tinta, pesticida, inseticida; esponja de aço.
Espelhos; vidros planos; cerâmica; pirex; porcelana; acrílico; isopor. Restos de alimentos.
Atenção: Lâmpadas fluorescentes e incandescentes, pilhas e baterias, possuem
materiais tóxicos e não podem ir junto com o lixo comum, nem com o reciclável. Elas são
recolhidas e armazenadas separadamente para serem encaminhadas para um tratamento de
descontaminação e reciclagem.

(Coletânea de Manuais de Tec Mil I Vol II ................................................................................. 205/156)


8.2.5. CUIDADOS RELATIVOS AO DESCARTE DO LIXO
Atenção para os seguintes cuidados:
a) É recomendável o uso de luvas para o manuseio dos resíduos, mesmo os reciclados,
para maior higiene e segurança dos funcionários da limpeza;
b) Todo material reciclável deve ser colocado, preferencialmente, limpo e seco dentro de
um mesmo saco plástico transparente;
c) Objeto cortante ou perfurante como latas e cacos de vidros devem ser embalados em
papelão ou jornal para evitar riscos a quem os manipula;
d) Preferencialmente retirar rótulos de garrafas e latas, enxaguar latas e garrafas e
acondicioná-los secos;
e) Amarrar jornais, revistas e papelão em pilhas;
f) Para reduzir o volume amasse as latas, rasgue os papéis ao invés de amassá-los e
coloque as garrafas PET destampadas.
g) O pessoal da firma de limpeza NÃO deverá mexer no conteúdo das cestas de resíduos
recicláveis.
h) Os sacos transparentes das cestas das salas somente serão trocados quando
estiverem sujos ou rasgados.
i) A retirada dos resíduos das caçambas verdes localizadas nos portões de acesso do
Jardim Botânico só será feita pelas cooperativas de catadores de recicláveis autorizadas, nos
dias previamente determinados.
j) Resíduos de obras e reformas deverão ser colocados em caçambas de entulhos
próprias e não deverão ser depositados junto com os demais resíduos.

8.2.6. MATERIAIS NECESSÁRIOS PARA A IMPLANTAÇÃO DA COLETA SELETIVA

Sacos plásticos transparentes para os materiais recicláveis; Sacos plásticos pretos para
os não recicláveis dos tamanhos das lixeiras correspondentes; Adesivos para os diferentes
tipos de resíduos; Cartaz da coleta seletiva com os materiais recicláveis; Lixeiras das salas
identificadas para resíduos SECOS (recicláveis) e ÚMIDOS (não recicláveis); Cestas azuis de
100 litros identificadas com adesivo para produtos reciclados e dispostas em todos os prédios
do JBRJ; e caçambas verdes de 500 e 1000 litros, com tampa, rodinhas e identificadas com
símbolo da reciclagem.

(Coletânea de Manuais de Tec Mil I Vol II ................................................................................. 206/156)


8.2.7. REQUISITOS PARA AS ASSOCIAÇÕES E COOPERATIVAS DE CATADORES DE
MATERIAIS RECICLÁVEIS HABILITAREM-SE A COLETAR OS RESÍDUOS RECICLÁVEIS
DESCARTADOS PELOS ÓRGÃOS E ENTIDADES DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA
FEDERAL DIRETA E INDIRETA
(Fonte: DECRETO N° 5.940, DE 25 DE OUTUBRO DE 2006)

Art. 3° Estarão habilitadas a coletar os resíduos recicláveis descartados pelos órgãos e


entidades da administração pública federal direita e indireta as associações e cooperativas de
catadores de materiais recicláveis que atenderem aos seguintes requisitos:
I - estejam formal e exclusivamente constituídas por catadores de materiais recicláveis
que tenham a catação como única fonte de renda;
II - não possuam fins lucrativos;
III - possuam infraestrutura para realizar a triagem e a classificação dos resíduos
recicláveis descartados; e
IV - apresentem o sistema de rateio entre os associados e cooperados.
Parágrafo único. A comprovação dos incisos I e II será feita mediante a apresentação do
estatuto ou contrato social e dos incisos III e IV, por meio de declaração das respectivas
associações e cooperativas.

(Coletânea de Manuais de Tec Mil I Vol II ................................................................................. 207/156)


CAPÍTULO IX
SERVIÇOS INTERNOS E EXTERNOS
(Fonte: Regulamento Interno e dos Serviços Gerais)

9.1 DO OFICIAL-DE-DIA

Art. 197. O Of Dia é, fora do expediente, o representante do Cmt U e tem como principais
atribuições, além das previstas em outros regulamentos, as seguintes:

I - assegurar, durante o seu serviço, o exato cumprimento de ordens da unidade e das


disposições regulamentares relativas ao serviço diário;

II - estar inteiramente familiarizado com os planos de segurança do aquartelamento, de


combate a incêndio, de chamada e os sinais de alarme correspondentes, para fins de
execução ou treinamento;

III - apresentar-se ao:

a) Cmt U:

1. à sua chegada ao início do expediente, com a guarda do quartel em forma, realizando o


mesmo por ocasião de sua saída, respeitado o previsto no R-2 e as determinações daquela
autoridade; e

2. quando este entrar no quartel após o toque de ordem;

b) SCmt U, assim que este chegue;

IV - verificar, ao assumir o serviço, em companhia de seu antecessor, respeitadas as restrições


do § 2º deste artigo e as constantes das NGA/U, se todas as dependências do quartel estão
em ordem e assegurar-se da presença de todos os presos e detidos nos lugares onde devam
permanecer, e, após estas providências, ambos apresentar-se-ão ao SCmt U;

V - conduzir, pessoalmente, após a rendição da Parada, um exercício de manejo das armas


(preconizado nas instruções de tiro) a ser realizado por toda guarda do quartel que está
entrando de serviço, bem como a recomendação da fiel obediência às normas de segurança
para o uso do armamento, tudo como medida de prevenção de disparos acidentais, e o mesmo
procedimento deve ser adotado com o pessoal de reforço que assume o serviço ao final do
expediente;

(Coletânea de Manuais de Tec Mil I Vol II ................................................................................. 208/156)


VI - supervisionar, auxiliado pelo seu Adj, a confecção pelo Cmt Gd do roteiro do pessoal de
serviço, documento este de conhecimento restrito ao Of Dia, Adj Of Dia, Cmt Gd e Cb Gd,
evitando que os soldados da guarda ocupem o mesmo posto de sentinela durante todo o
serviço;

VII - participar ao SCmt U todas as ocorrências extraordinárias havidas fora do expediente,


mencionando-as, ainda, na parte diária, e, na recepção ao Cmt U, deve prestar-lhe as mesmas
informações, sem que isso o dispense de fazê-lo ao SCmt U;

VIII - providenciar para que sejam executados, a tempo, os toques regulamentares, de modo
que todas as formaturas ou demais atos que exijam toques se realizem no momento oportuno;

IX - receber qualquer autoridade civil ou militar de categoria igual ou superior à do Cmt U e


acompanhá-la à presença deste ou do oficial de maior posto que se achar no quartel;

X - ter sob sua responsabilidade os objetos existentes nas dependências privativas do Of Dia
e de oficiais presos;

XI - estar ciente da entrada, permanência e saída de quaisquer pessoas estranhas à unidade;

XII - providenciar alojamento e alimentação para as praças apresentadas à unidade depois de


encerrado o expediente e fazê-las encostar à SU designada para tal;

XIII - assinar as baixas extraordinárias ocorridas depois do expediente, quando não se achar
no quartel o Cmt SU interessada ou seu substituto;

XIV - inspecionar, frequentemente, respeitadas as restrições do § 2º deste artigo e as


constantes das NGA/U, as dependências do quartel, verificando se estão sendo regularmente
cumpridas as ordens em vigor e tomando as providências que não exijam a intervenção de
autoridade superior;

XV - dar conhecimento imediato ao SCmt U, ou ao Cmt U quando não possa fazê-lo ao


primeiro, de todas as ocorrências que exigirem pronta intervenção do comando;

XVI - fazer recolher aos lugares competentes os presos e detidos e pô-los em liberdade,
quando para isso esteja autorizado;

XVII - não consentir que praças presas conservem em seu poder objetos que possam provocar
lesão corporal ou danificar as prisões;

(Coletânea de Manuais de Tec Mil I Vol II ................................................................................. 209/156)


XVIII - conservar em seu poder, durante a noite e a partir das vinte e uma horas, as chaves
das prisões e de todas as entradas do quartel, menos a do portão principal, que permanece
com o Cmt Gd;

XIX - passar ou fazer passar pelo Adj, quando não possa fazê-lo pessoalmente, as revistas
regulamentares, limitando-se a receber do Cmt SU a relação das faltas, quando este desejar
passar a revista à sua tropa, tudo fazendo constar da parte diária;

XX - em casos extraordinários, determinar às SU, na ausência dos respectivos Cmt ou de


autoridade superior da unidade, a apresentação de praças para o serviço urgente não previsto
nas ordens do comando;

XXI - providenciar, nas mesmas condições do inciso XX deste artigo, a substituição de praças
que não compareçam ao serviço, adoeçam ou se ausentem;

XXII - atender com presteza, na ausência do Cmt U ou do SCmt U, às determinações de


autoridade que tenha ação de comando sobre a unidade, empregando todos os meios para
dar conhecimento de tais determinações àquelas autoridades, no mais curto prazo possível,
devendo estas ordens serem objeto de autenticação;

XXIII - impedir, salvo motivo de instrução ou serviço normal, a saída de qualquer fração de
tropa armada sem autorização prévia do comando da unidade, a menos que, por
circunstâncias especiais, uma autoridade nas condições previstas no inciso XXII deste artigo
o determine diretamente, procedendo, então, como está regulado naquele inciso;

XXIV - impedir a saída de animais, viaturas ou outro material sem ordem de autoridade
competente, salvo nos casos de instrução ou serviço normal, fazendo constar da parte diária
as saídas extraordinárias, assim como o regresso, mencionando as horas;

XXV - permanecer no quartel durante as horas determinadas neste Regulamento, pronto e


uniformizado para atender a qualquer eventualidade;

XXVI - rubricar todos os documentos regulamentares relativos ao seu serviço;

XXVII - fazer registrar pelo Adj e assinar, no respectivo livro de partes, todas as

ocorrências havidas no serviço, inclusive saída ou entrada de tropa por motivo que não seja
de instrução ou de serviço normal;

(Coletânea de Manuais de Tec Mil I Vol II ................................................................................. 210/156)


XXVIII - estar presente, do início ao término da distribuição e do consumo de todas as
refeições dos cabos e soldados, para mandar executar os toques regulamentares, verificar a
disciplina no refeitório e tomar outras providências que se fizerem necessárias;

XXIX - nos dias sem expediente, e na ausência do Fisc Adm, do médico, do encarregado

do setor de aprovisionamento ou do veterinário, examinar as rações preparadas, os víveres,


a carne verde e a forragem;

XXX - impedir a abertura de qualquer dependência fora das horas de expediente, sem ser pelo
respectivo chefe ou mediante ordem escrita deste, com declaração do motivo;

XXXI - transmitir ao Cmt Gd do quartel as ordens e instruções particulares do Cmt U relativas


ao serviço, acrescidas das instruções pormenorizadas que julgue oportunas, e fiscalizar,
frequentemente, a execução do serviço, verificando se estão sendo observadas as
disposições regulamentares e cumpridas as ordens e instruções dadas;

XXXII - assistir ao recebimento de todo o material que entre no quartel fora das horas de
expediente, fazendo constar da parte diária, e, a qualquer hora, à distribuição de víveres e
forragem;

XXXIII - fiscalizar para que, logo após o término do expediente, todas as chaves das
dependências do quartel (gabinetes, reservas, depósitos, paiol etc) estejam no claviculário da
unidade, exigindo, em seguida, que a chave deste lhe seja entregue pelo seu Adj;

XXXIV - no caso de abertura de reserva para entrega de armamento do pessoal de serviço,


nos horários sem expediente e ausente o Cmt SU, supervisionar, auxiliado pelo seu Adj e
acompanhado do respectivo Sgt Dia SU, a distribuição e o recolhimento, pelos armeiros, de
todo o armamento utilizado, bem como a abertura e o fechamento da reserva;

XXXV - somente permitir a entrada de civil no quartel depois de inteirado de sua identidade,
motivo de sua presença e do conhecimento da pessoa com quem deseja entender-se, mesmo
assim, devidamente acompanhado, quando julgar essa medida necessária;

XXXVI - fiscalizar, auxiliado pelo seu Adj, a limpeza das dependências do quartel a cargo do
cabo da faxina; e

XXXVII - autorizar a saída de praças, após a revista do recolher, exceto das relacionadas no
pernoite.

(Coletânea de Manuais de Tec Mil I Vol II ................................................................................. 211/156)


§ 1º O Of Dia somente pode retardar as apresentações previstas no inciso III deste artigo, em
consequência de trabalho urgente, no qual seja indispensável a sua presença, sendo que,
nesse caso, apresentar-se-á imediatamente após cessar o impedimento, declarando os
motivos do retardo.

§ 2º Quando não estiver presente o oficial responsável por qualquer repartição ou


dependência da unidade, o Of Dia, como representante do Cmt U, tem autoridade para intervir
nesse local, sempre que se tornar necessária a repressão de irregularidades que afetem a
ordem, segurança, higiene ou disciplina.

§ 3º Quando estiver presente o oficial responsável direto por qualquer repartição ou


dependência da unidade, ou o oficial seu substituto eventual, a intervenção do Of Dia ocorrerá
somente quando solicitada.

Art. 198. O Of Dia ministra a instrução da qual estiver encarregado em sua SU ou na unidade,
quando esta não exija seu afastamento do quartel, cabendo-lhe avisar ao seu Adj e ao Cmt
Gd o local preciso em que a qualquer momento pode ser encontrado.

Art. 199. Quando julgar necessário, o Cmt U pode mandar escalar oficiais auxiliares do Of Dia,
com atribuições prescritas de acordo com a situação particular que tiver aconselhado esta
medida.

Art. 200. Quando o serviço for o de Fisc Dia, este tem todas as atribuições do Of Dia durante
a sua permanência no quartel, passando-as ao auxiliar durante sua ausência, apenas se
tornando responsável, daí em diante, pelos fatos para cuja solução for solicitado pelo auxiliar.

Parágrafo único. Quando nas funções de Fisc Dia, o oficial pode pernoitar em sua residência,
devendo, entretanto, assistir à revista do recolher e à primeira refeição das praças no dia
seguinte, salvo quando existir oficial preso ou detido ou ordem especial do Cmt U, casos em
que pernoitará no quartel.

a) nos corpos de tropa – os tenentes e aspirantes-a-oficial prontos e, a juízo do Cmt U,


os adidos, os excedentes e os tenentes do QAO, exceto o encarregado do setor de
aprovisionamento, os oficiais do Serviço de Saúde e os que estiverem em função privativa de
capitão ou de posto superior a este; e

b) nas demais OM – os tenentes e aspirantes-a-oficial prontos das Armas, dos Quadros


e dos Serviços e, a juízo do Cmt U, os adidos e os excedentes, exceto o encarregado do setor

(Coletânea de Manuais de Tec Mil I Vol II ................................................................................. 212/156)


de aprovisionamento e os oficiais que estiverem em função privativa de capitão ou de posto
superior a este;

9.2 DO ADJUNTO

Art. 205. O Sgt Adj é o auxiliar imediato do Of Dia, incumbindo-lhe:

I - apresentar-se ao Of Dia após receber o serviço, executar e fazer executar todas as


suas determinações;

II - transmitir as ordens que dele receber e inteirá-lo da execução;

III - secundá-lo, por iniciativa própria, na fiscalização da execução das ordens em vigor
relativas ao serviço;

IV - responder, perante o Of Dia, pela perfeita execução da limpeza do quartel a cargo


do cabo da faxina;

V - participar ao Of Dia todas as ocorrências que verificar e as providências que a respeito


tenha tomado;

VI - acompanhar o Of Dia nas suas visitas às dependências do quartel, salvo quando


dispensado por ele ou na execução de outro serviço;

VII - passar revista às SU, quando determinado pelo Of Dia;

VIII - organizar e escriturar os papéis relativos ao serviço, de modo que, uma hora depois
da Parada, no máximo, estejam concluídos e à disposição do SCmt U;

IX - dividir os quartos de ronda noturna entre si e os Sgt Dia SU;

X - dividir a ronda noturna da guarda entre o seu comandante e o Cb Gd;

XI - secundar o Of Dia na verificação do roteiro do pessoal de serviço da guarda,


confeccionado pelo Cmt Gd;

XII - fiscalizar os serviços das SU, na ausência dos respectivos Cmt ou de seus
substitutos eventuais;

XIII - receber, dos Sgt Dia SU, todas as praças da unidade que devam ser recolhidas
presas e apresentá-las ao Of Dia para o conveniente destino;

XIV - providenciar para que as chaves de todas as dependências do quartel (gabinetes,


reservas, depósitos, paiol etc) estejam colocadas no claviculário da unidade, logo após o toque

(Coletânea de Manuais de Tec Mil I Vol II ................................................................................. 213/156)


de ordem, informando pessoalmente ao Of Dia qualquer falta e entregando-lhe a respectiva
chave;

XV - no caso de abertura de reserva para entrega de armamento do pessoal de serviço,


nos horários sem expediente e ausente o Cmt SU, auxiliar o Of Dia na fiscalização,
acompanhados do respectivo Sgt Dia SU, da distribuição e do recolhimento, pelos armeiros,
de todo o armamento utilizado, bem como da abertura e do fechamento da reserva; e

XVI - responder pelo Of Dia em seus impedimentos eventuais.

Art. 206. Quando o Adj responder eventualmente pelo Of Dia, participar-lhe-á as


ocorrências havidas durante o seu impedimento, mesmo que já as tenha comunicado à
autoridade superior ou haja providenciado a respeito.

9.3 DO COMANDANTE DA GUARDA


Art. 215. O Cmt Gd é o responsável pela execução de todas as ordens referentes ao
serviço da guarda e é subordinado, para esse efeito, diretamente ao Of Dia.

Art. 216. Ao Cmt Gd incumbe:

I - formar a guarda:

a) rapidamente, ao sinal de alarme dado pelas sentinelas, reconhecendo imediatamente


o motivo e agindo por iniciativa própria, se for o caso; e

b) à chegada e à saída do Cmt U, prestando-lhe as honras militares, respeitado o


prescrito no R-2 e as determinações daquela autoridade;

II - responder perante o Of Dia pelos asseio, ordem e disciplina no corpo da guarda;

III - conferir, ao assumir o serviço, o material distribuído ao corpo da guarda e constante


do quadro nele afixado, dando parte, imediatamente, ao Of Dia das faltas e dos estragos
verificados;

IV - cumprir e fazer cumprir, por todas as praças da guarda, os deveres correspondentes;

V - velar pela fiel execução do serviço, de conformidade com as ordens e instruções em


vigor;

(Coletânea de Manuais de Tec Mil I Vol II ................................................................................. 214/156)


VI - confeccionar o roteiro do pessoal de serviço da guarda, sob a supervisão do Of Dia
e seu Adj;

VII - organizar e controlar o rodízio de descanso dos soldados da guarda;

VIII - verificar, ao assumir o serviço, se todas as praças presas encontram-se nos lugares
determinados;

IX - examinar, cuidadosamente, as condições de segurança das prisões, em especial o


tocante aos presos condenados ou sujeitos a processo no foro militar ou civil;

X - dar conhecimento às praças da guarda das ordens e disposições regulamentares


relativas ao serviço e, especialmente, das ordens e instruções particulares a cada posto,
relembrando-lhes as normas de segurança;

XI - passar em revista o pessoal da guarda, constantemente;

XII - somente abrir as prisões, durante o dia, mediante ordem do Of Dia e, à noite,
somente com a presença deste;

XIII - quando abrir as prisões, formar a guarda em torno dos respectivos portões;

XIV - exigir dos presos compostura compatível com a finalidade moral da punição, não
permitindo diversões coletivas ou individuais ruidosas;

XV - passar em revista, tanto a guarda como os presos, na mesma hora em que esta é
passada nas SU, sem prejuízo de outras que julgue conveniente;

XVI - verificar, frequentemente, se as sentinelas têm pleno conhecimento das ordens


particulares relativas aos seus postos;

XVII - fechar os portões do quartel às dezoito horas, ou em horário determinado pelo Cmt
U, deixando aberta, apenas, a passagem individual do portão principal;

XVIII - conservar em seu poder, durante o dia, as chaves das prisões e das diferentes
entradas do quartel, entregando-as ao Of Dia às vinte e uma horas, com exceção das chaves
do portão principal;

XIX - dar imediato conhecimento ao Of Dia de qualquer ocorrência extraordinária havida


na guarda, mesmo que tenha providenciado a respeito;

(Coletânea de Manuais de Tec Mil I Vol II ................................................................................. 215/156)


XX - entregar ao Of Dia, logo depois de substituído no serviço, a parte da guarda, nela
fazendo constar a relação nominal das praças da guarda, os roteiros das sentinelas e rondas,
as ocorrências havidas durante o serviço e a situação do material do corpo da guarda;

XXI - anexar à parte da guarda uma relação:

a) das praças que entraram no quartel após a revista do recolher, mencionando a hora
de entrada; e

b) das saídas e entradas de viaturas civis ou militares, indicando o horário em que


ocorreram, bem como os respectivos motivos;

XXII - levar ao conhecimento do Of Dia a presença, no quartel, de qualquer militar

estranho à unidade, bem como a dos oficiais e praças da própria unidade que, aí não
residindo, nela entrarem depois do toque de silêncio ou de encerramento do expediente;

XXIII - estar a par da entrada, permanência e saída de quaisquer pessoas estranhas à


unidade, cientificando o Adj e o Of Dia a respeito;

XXIV - somente permitir que as praças saiam do quartel nos horários previstos ou quando
munidas de competente autorização, verificando se estão corretamente fardadas;

XXV - só permitir que as praças saiam do quartel em trajes civis, quando autorizadas e
bem trajadas;

XXVI - revistar as viaturas estranhas, militares e civis, à entrada e à saída do quartel; e

XXVII - somente afastar-se do corpo da guarda autorizado pelo Of Dia ou por motivo de
serviço, coordenando, nesses casos, as ações com o Cb Gd.

9.4 DO CABO DA GUARDA

Art. 217. O Cb Gd é o auxiliar imediato do Cmt Gd, cujas ordens deve cumprir com
presteza e exatidão, sendo, ainda o seu substituto eventual em impedimentos momentâneos,
quando se tratar de Sgt, incumbindo-lhe:

I - empenhar-se para que nenhuma falha ocorra no serviço, corrigindo imediatamente as


que verificar e solicitando a intervenção do Cmt Gd, quando necessário;

II - dar ciência ao Cmt Gd de todas as ocorrências que chegarem ao seu conhecimento


e interessarem ao serviço;

(Coletânea de Manuais de Tec Mil I Vol II ................................................................................. 216/156)


III - com relação às praças:

a) que devam render os quartos de sentinelas:

1. verificar se todas estão com suas armas travadas, alimentadas e não carregadas;

2. conduzi-las para a rendição dos postos; e

3. fazê-las verificar o perfeito funcionamento da campainha elétrica, do telefone ou de


outro meio de comunicação que ligar o posto ao corpo da guarda;

b) substituídas nos postos de sentinelas:

1. exigir delas a transmissão clara e fiel das ordens recebidas;

2. verificar se todas estão com suas armas travadas, alimentadas e não carregadas;

3. conduzi-las para o corpo da guarda; e

4. no corpo da guarda, verificar se todas estão com suas armas travadas, não carregadas
e sem o carregador;

IV - secundar o Cmt Gd, se sargento, na vigilância de tudo o que se relacionar com o


serviço, por iniciativa própria ou por determinação daquele;

V - atender, com a máxima presteza, ao chamado das sentinelas e dirigir-se aos


respectivos postos logo que tenha conhecimento de alguma anormalidade;

VI - fazer afastar previamente, para transmissão das ordens particulares às sentinelas


nos respectivos postos, todas as pessoas estranhas ao serviço;

VII - não se afastar do corpo da guarda sem ordem ou licença do Cmt Gd, salvo por
motivo de serviço, deixando, nesse caso, um soldado como seu substituto eventual;

VIII - assegurar-se, constantemente, de que as sentinelas estejam bem inteiradas das


ordens de serviço recebidas, particularmente das normas de segurança;

IX - conduzir ao rancho, ao toque respectivo, as praças da guarda, deixando,


aproximadamente, um terço do seu efetivo no corpo da guarda, como força de reação, para
atender a situações de emergência na defesa do quartel;

X - reconhecer pessoas, viaturas ou forças que pretendam entrar no quartel, verificando


os respectivos motivos;

(Coletânea de Manuais de Tec Mil I Vol II ................................................................................. 217/156)


XI - anotar, ou fazer anotar, todas as praças que se recolham ao quartel após a revista
do recolher; e

XII - auxiliar o Cmt Gd no controle do rodízio de descanso dos soldados da guarda.

Art. 218. Quando houver mais de um Cb Gd, o serviço é distribuído conforme as NGA/U.

9.5 DOS SOLDADOS DA GUARDA E DAS SENTINELAS

Art. 219. Os soldados da guarda destinam-se ao serviço de sentinela, incumbindo-lhes


a observância de todas as ordens relativas ao serviço.

Art. 220. A sentinela é, por todos os títulos, respeitável e inviolável, sendo, por lei, punido
com severidade quem atentar contra a sua autoridade; por isso e pela responsabilidade que
lhe incumbe, o soldado investido de tão nobre função portar-se-á com zelo, serenidade e
energia, próprios à autoridade que lhe foi atribuída.

Art. 221. Incumbe, particularmente, à sentinela:

I - estar alerta e vigilante, em condições de bem cumprir a sua missão;

II - não abandonar sua arma e mantê-la pronta para ser empregada, alimentada, fechada
e travada, e de acordo com as ordens particulares que tenha recebido;

III - não conversar nem fumar durante a permanência no posto de sentinela;

IV - evitar explicações e esclarecimentos a pessoas estranhas ao serviço, chamando,


para isso, o Cb Gd, quando se tornar necessário;

V - não admitir qualquer pessoa estranha ou em atitude suspeita nas proximidades de


seu posto;

VI - não consentir que praças ou civis saiam do quartel portando quaisquer embrulhos,
sem permissão do Cb Gd ou do Cmt Gd;

VII - guardar sigilo sobre as ordens particulares recebidas;

VIII - fazer parar qualquer pessoa, força ou viatura que pretenda entrar no quartel,
especialmente à noite, e chamar o militar encarregado da necessária identificação;

IX - prestar as continências regulamentares;

(Coletânea de Manuais de Tec Mil I Vol II ................................................................................. 218/156)


X - encaminhar ao Cb Gd os civis que desejarem entrar no quartel; e

XI - dar sinal de alarme:

a) toda vez que notar reunião de elementos suspeitos na circunvizinhança do seu posto;

b) quando qualquer elemento insistir em penetrar no quartel antes de ser identificado;

c) na tentativa de arrombamento de prisão ou fuga de presos;

d) na ameaça de desrespeito à sua autoridade e às ordens relativas ao seu posto;

e) ao verificar qualquer anormalidade de caráter alarmante; ou

f) por ordem do Cb Gd, do Cmt Gd ou do Of Dia.

§ 1º Em situação que exija maior segurança da sentinela para o cabal desempenho de


sua missão, incumbe-lhe, especialmente à noite, e de conformidade com as instruções e
ordens particulares recebidas, além das prescrições normais estabelecidas, as seguintes:

I - fazer passar ao largo de seu posto os transeuntes e veículos;

II - dar sinal de aproximação de qualquer força, logo que a perceba; e

III - fazer parar, a uma distância que permita o reconhecimento, pessoas, viaturas ou
força que pretendam entrar no quartel.

§ 2o Para o cumprimento das disposições constantes do § 1º deste artigo, a sentinela


deve adotar os seguintes procedimentos:

I - no caso do inciso I do § 1º deste artigo:

a) comandar “Passe ao largo”;

b) se não for imediatamente obedecido, abrigar-se, repetir o comando, dar o sinal de


chamada ou de alarme e preparar-se para agir pela força;

c) se ainda o segundo comando não for cumprido, intimar pela terceira vez, e tratando-
se de indivíduo isolado, mantê-lo imobilizado à distância, apontando-lhe sua arma carregada
e com a baioneta armada, até que ele seja detido pelos elementos da guarda que tiverem
acorrido ao sinal de alarme;

(Coletânea de Manuais de Tec Mil I Vol II ................................................................................. 219/156)


d) em caso de não obediência à terceira vez, fazer um disparo para o ar e somente reagir
pelo fogo se houver, pelo indivíduo isolado, manifesta tentativa de agressão à sua pessoa ou
à integridade das instalações;

e) tratando-se de grupo ou de veículos, fazer um primeiro disparo para o ar e, em seguida,


caso não seja ainda obedecida, atirar no grupo ou nos veículos; e

f) no caso de ameaça clara de agressão, a sentinela fica dispensada das prescrições


citadas nas alíneas deste inciso;

II - na situação do inciso III do § 1º deste artigo:

a) perguntar à distância conveniente “Quem vem lá?”, se a resposta for “amigo”, “de paz”,
“oficial” ou “ronda”, deixá-lo prosseguir se pessoalmente o reconhecer como tal;

b) em contrário ou na falta de resposta, comandar “Faça alto!” e providenciar para o


reconhecimento pelo Cb Gd; e

c) não sendo obedecida no comando “Faça alto!”, proceder como dispõe a alínea “e” do
inciso I deste parágrafo.

§ 3º Em situações excepcionais, o Cmt U pode dar ordens mais rigorosas às sentinelas,


particularmente quanto à segurança desses homens; estas ordens devem ser transmitidas por
escrito ao Of Dia.

§ 4º Nos quartéis situados em zonas urbanas e de trânsito, o Cmt U deve estabelecer,


em esboço permanentemente afixado no corpo da guarda, os limites em que devam ser
tomadas as medidas citadas nos parágrafos deste artigo.

Art. 222. A sentinela do portão principal denomina-se “sentinela das armas” e as demais,
“sentinelas cobertas”.

§ 1º A sentinela das armas mantém-se durante o dia parada no seu posto e, normalmente,
na posição regulamentar de “descansar”, tomando a posição de “sentido” no caso de
interpelação por qualquer pessoa, militar ou civil e, nos demais casos, como previsto no R-2.

§ 2º Depois de fechado o portão principal, a sentinela das armas posiciona-se no interior


do aquartelamento, movimentando-se para vigiar de forma mais eficaz a parte daquele portão
e arredores, fazendo-o com a arma cruzada.

§ 3o A sentinela coberta:

(Coletânea de Manuais de Tec Mil I Vol II ................................................................................. 220/156)


I - mantém-se com a arma em bandoleira ou cruzada, tomando a posição de “sentido”
no caso de interpelação por qualquer pessoa, civil ou militar, e também como forma de
saudação militar; e

II - pode deslocar-se nas imediações de seu posto, se não houver prejuízo para a
segurança.

Art. 223. As sentinelas podem abrigar-se em postos em que haja guarita, ficando, porém,
em condições de bem cumprir suas atribuições.

Art. 224. As sentinelas se comunicam com o corpo da guarda por meio de sinais, de
campainha ou de viva voz e, conforme o caso, podem dispor de telefones ou outros meios de
comunicação apropriados.

§ 1º Os sinais referidos neste artigo podem ser “de chamada” ou de “alarme”.

§ 2º No caso de sinal de viva voz, o de alarme será o brado de “Às armas!”.

Art. 225. O serviço em cada posto de sentinela é dado por três homens ou mais durante
as vinte e quatro horas, dividido em quartos, de modo que um mesmo homem não permaneça
de sentinela mais de duas horas consecutivas.

§ 1º As sentinelas não devem ocupar o mesmo posto durante o serviço, conforme


prescrição contida no inciso VI do art. 197 deste Regulamento.

§ 2º Em caso de necessidade, por motivos diversos, particularmente por razões de


segurança, a sentinela deve ser dupla e, neste caso, um dos homens mantém-se no posto e
o outro assegura permanente cobertura ao primeiro e ligação com os demais elementos da
guarda.

9.6 DO REFORÇO DA GUARDA

Art. 226. Quando a situação exigir, as guardas são reforçadas, geralmente para o serviço
à noite, com o estabelecimento de novos postos de sentinela e a intensificação do serviço de
ronda.

Parágrafo único. O aumento citado no caput deste artigo é realizado por meio de um
“reforço” em praças, correspondente às necessidades.

Art. 227. As praças de reforço:

(Coletânea de Manuais de Tec Mil I Vol II ................................................................................. 221/156)


I - são escaladas de modo semelhante às da guarda;

II - formam na Parada;

III - são apresentadas ao Of Dia, para o serviço, em horário definido pelo Cmt U; e

IV - durante o dia, participam dos trabalhos normais de suas SU, seções ou frações.

Parágrafo único. Nos dias sem expediente, o reforço permanece no quartel à disposição
do Of Dia, desde a rendição da Parada.

9.7 DA SUBSTITUIÇÃO DAS GUARDAS DO QUARTEL E DAS SENTINELAS

Art. 228. Na substituição das guardas deve ser observado o cerimonial prescrito no R-2.

Art. 229. Após o cerimonial de substituição das guardas, procedem-se às seguintes


formalidades:

I - as duas guardas dirigem-se para as portas das prisões que serão abertas com as

precauções regulamentares, sendo os presos recebidos pelo Cmt Gd que entra, de


acordo com a relação que lhe será entregue pelo substituído;

II - último. após isto, as guardas retornam ao corpo da guarda;

III - de posse das ordens e instruções, o Cmt Gd que entra organiza seu serviço (roteiro,
ordens particulares a cada posto etc) e, em seguida, recebe a carga do material que ficará
sob sua guarda; e

IV - o Cmt Gd que entra transmite as ordens ao Cb Gd e ordena que este proceda à

substituição das sentinelas, pelo seu primeiro quarto, devendo a sentinela das armas ser
substituída por último.

Art. 230. Na substituição das sentinelas deve ser observado o cerimonial prescrito no R-
2.

Art. 231. Substituídas as sentinelas, os comandantes das guardas apresentam-se ao Of


Dia, participando as irregularidades verificadas.

(Coletânea de Manuais de Tec Mil I Vol II ................................................................................. 222/156)


Art. 232. As guardas externas que se recolherem ao quartel, após seus comandantes se
apresentarem ao Of Dia, fazem a continência regulamentar ao terreno no local habitual da
Parada, saindo de forma ao comando correspondente.

Parágrafo único. Quando a guarda for comandada por oficial, este ordena ao sargento
Cmt Gd do quartel que comunique a sua chegada ao Of Dia, procedendo, a seguir, como
estabelece o presente artigo.

Art. 233. A substituição dos demais serviços processa-se mediante a transmissão das
ordens e instruções, dos substituídos aos substitutos, e a apresentação de ambos ao Of Dia.

9.8 DO SARGENTO-DE-DIA À SUBUNIDADE

Art. 207. O Sgt Dia SU é o auxiliar do Of Dia no que se referir ao serviço em sua SU e,
de conformidade com as determinações desse oficial, incumbe-lhe:

I - apresentar-se ao Cmt SU, ao Of Dia e ao Adj, ao entrar e sair de serviço e após a


leitura do BI;

II - informar ao Of Dia a existência de ordens especiais relativas à sua SU que interessem


ao serviço;

III - solicitar do Of Dia, na ausência do Cmt SU, qualquer providência de caráter urgente;

IV - auxiliar o Of Dia e o Adj em tudo o que diga respeito à boa execução dos respectivos
serviços, providenciando, particularmente, para que o armeiro da SU esteja na reserva à hora
prevista para a distribuição e o recolhimento do armamento do pessoal de serviço;

V - registrar no livro de partes diárias da SU todas as ocorrências havidas no seu serviço;

VI - fiscalizar o serviço de guarda da SU;

VII - cumprir e fazer cumprir todas as ordens gerais e particulares referentes ao serviço
na SU;

VIII - manter a ordem, o asseio e a disciplina na SU;

IX - responder pelo Sgte, na ausência deste;

X - cumprir as determinações do Of Dia relativas à sua SU ou ao serviço da unidade;

(Coletânea de Manuais de Tec Mil I Vol II ................................................................................. 223/156)


XI - participar, com a urgência necessária, ao Cmt SU, aos oficiais, ao subtenente e ao
Sgte, as ordens extraordinárias que receba e que sejam de interesse imediato desses militares
ou da SU;

XII - participar ao Cmt SU, com urgência, as ocorrências verificadas durante o serviço e
que exijam seu imediato conhecimento, independente das providências tomadas a respeito;

XIII - pôr em forma a SU para as formaturas e revistas;

XIV - conduzir, em forma, os cabos e soldados da SU para o rancho, cumprindo os


seguintes procedimentos:

a) exigir que as praças se apresentem corretamente fardadas;

b) apresentar ao encarregado do setor de aprovisionamento a relação das praças que,


por motivo de serviço, não compareçam à hora regulamentar; e

c) permanecer no rancho até o final da refeição, verificando os aspectos relativos à


higiene e à disciplina das praças da SU;

XV - apresentar ao Adj as praças da SU que devam ser recolhidas presas;

XVI - zelar para que as praças detidas da SU permaneçam nos lugares determinados;

XVII - substituir o Sgte nos feriados, sábados e domingos, nas atribuições deste relativas
à Parada; e

XVIII - no caso de abertura da reserva de armamento da SU, nos horários sem


expediente, para entrega de armamento do pessoal de serviço, assistir à distribuição e ao
recolhimento, pelo armeiro, de todo o armamento utilizado, bem como à abertura e ao
fechamento da reserva.

§ 1º Quando no quartel se encontrar apenas uma SU da unidade, as funções de Adj Of


Dia e de Sgt Dia SU são acumuladas pelo mesmo militar.

§ 2º O serviço de Sgt Dia SU, quanto às ligações externas, começa normalmente depois
da leitura do BI, salvo nos dias em que, por qualquer circunstância, não se achem presentes
os oficiais, o subtenente ou o Sgte SU, caso em que seguirá a regra geral para os serviços
diários.

§ 3º Ordinariamente, antes da leitura do BI, o Sgt Dia SU entende-se apenas com as


autoridades de sua SU.

(Coletânea de Manuais de Tec Mil I Vol II ................................................................................. 224/156)


Art. 208. Nas unidades em que os animais se achem distribuídos às SU, o Sgt Dia tem
mais os seguintes encargos:

I - verificar a limpeza e outros cuidados com os animais, bem como zelar pela
conservação das cavalariças ou do canil, de acordo com as regras estabelecidas e ordens
recebidas;

II - receber a forragem destinada à alimentação dos animais da SU e assistir à sua


distribuição, bem como a da água, tudo de acordo com as ordens em vigor;

III - acompanhar o Cmt SU, o Of Dia, o veterinário ou outra autoridade nas revistas às
cavalariças ou ao canil, prestando-lhes as informações pedidas;

IV - inspecionar, com frequência, as cavalariças, tanto de dia como de noite, verificando


se tudo corre normalmente, corrigindo as irregularidades que encontre e pedindo providências
para as que escapem à sua alçada;

V - anotar os animais que se desferrarem e os que o veterinário considerar sem


condições de prestar serviço, registrando os respectivos números no quadro de avisos da SU
para conhecimento dos interessados e providências decorrentes;

VI - apresentar, diariamente, à enfermaria veterinária, os animais que precisarem de


curativos ou tratamento, bem como ao veterinário, o caderno de registro da SU, para as
alterações necessárias;

VII - impedir que qualquer animal da SU seja retirado das baias ou do canil sem a
autorização necessária, bem como anotar as quantidades de forragem recebidas do seu
antecessor e passadas ao seu sucessor; e

VIII - examinar, minuciosamente, os animais que saírem ou regressarem, a fim de


inteirar-se, de imediato, das irregularidades ocorridas e participá-las à autoridade competente
para as devidas providências.

Art. 209. Nas unidades, cujas SU disponham de viaturas, o Sgt Dia tem, ainda, os
seguintes encargos:

I - verificar limpeza, arrumação e segurança da garagem, das oficinas e dos depósitos,


em especial os que contenham inflamáveis;

(Coletânea de Manuais de Tec Mil I Vol II ................................................................................. 225/156)


II - acompanhar o Cmt SU, o Of Dia, o O Mnt Vtr ou outra autoridade, nas revistas às
dependências mencionadas, prestando-lhes as informações pedidas;

III - somente permitir a saída de viaturas quando devidamente autorizada, verificando se


o motorista cumpre todas as normas prescritas;

IV - anotar as viaturas que sofrerem panes ou acidentes, participando as alterações


verbalmente ao Cmt SU e registrando-as no livro de partes;

V - inspecionar, com frequência, as dependências relacionadas no inciso I deste artigo,


verificando se tudo corre normalmente, corrigindo eventuais irregularidades ou solicitando as
providências que o caso indicar;

VI - examinar as viaturas na saída e no regresso, transcrevendo no livro de partes:

a) o reabastecimento;

b) a leitura do odômetro;

c) a natureza do serviço prestado e quem o autorizou; e

d) as observações que julgar oportunas;

VII - anotar e transcrever no livro de partes as quantidades de lubrificantes e


combustíveis que recebeu de seu antecessor, as que foram consumidas e as que passou para
o seu sucessor.

9.9 DO CABO-DE-DIA

Das Guardas das Subunidades

Art. 234. A Guarda da SU é constituída pelo Cb Dia, que é o seu Cmt, e pelos soldados
plantões, restringindo-se o serviço às dependências da SU acessíveis às praças.

Art. 235. O serviço de guarda à SU tem por fim:

I - manter a ordem, a disciplina e o asseio no alojamento e nas demais dependências


acessíveis às praças;

II - vigiar as praças detidas no alojamento;

III - não permitir:

(Coletânea de Manuais de Tec Mil I Vol II ................................................................................. 226/156)


a) jogos de azar, disputa ou algazarra; e

b) a saída de objetos sem autorização dos respectivos donos ou responsáveis;

IV - cumprir e fazer cumprir todas as determinações das autoridades competentes.

§ 1º Os plantões permanecem no quartel durante todo o serviço; o Cb Dia e o plantão da hora


conservam-se desarmados, mas portando o cinto de guarnição.

§ 2º Quando a SU ocupar mais de um alojamento, o número de plantões pode ser aumentado,


na razão de três homens por alojamento, a juízo do Cmt SU.

Art. 236. O Cb Dia é o principal responsável pela ordem e exatidão do serviço de guarda
à SU.

Art. 237. Ao Cb Dia incumbe:

I - verificar com o seu antecessor, na ocasião de receber o serviço se todas as


dependências estão em ordem e limpas e se as praças detidas se encontram nos lugares
determinados;

II - transmitir aos plantões as ordens gerais e particulares relativas ao serviço e velar


pela sua fiel execução;

III - assistir à substituição dos plantões, verificando se as ordens são transmitidas com
exatidão;

IV - apresentar-se, logo depois da Parada, ao seu Cmt SU, ao Sgte e ao Sgt Dia à sua
SU;

V - dirigir a limpeza das dependências da SU sob a responsabilidade da guarda, a ser


feita pelos plantões, particularmente dos banheiros;

VI - providenciar para que as praças da SU entrem rapidamente em forma, por ocasião


de todas as formaturas normais ou extraordinárias;

VII - apresentar ao Sgte, ou ao Sgt Dia SU na ausência daquele, as praças que devam
comparecer à visita médica e acompanhá-las à presença do médico;

VIII - participar ao Sgte, ou ao Sgt Dia SU na ausência do primeiro, as irregularidades


ocorridas na SU, mesmo que tenham exigido providências imediatas;

(Coletânea de Manuais de Tec Mil I Vol II ................................................................................. 227/156)


IX - distribuir os quartos de serviço pelos plantões, de modo que cada um não permaneça
em serviço por mais de duas horas consecutivas;

X - apresentar-se a todos os oficiais que entrarem no alojamento;

XI - zelar para que as camas se conservem arrumadas pelos seus donos e os armários
fechados;

XII - fazer levantar, nos dias com expediente, as praças ao findar o toque de alvorada,
salvo ordem contrária;

XIII - não consentir a presença de civis no alojamento sem que estejam devidamente
acompanhados por um oficial ou sargento;

XIV - verificar e relacionar as praças que, estando no pernoite, não se encontrem no


alojamento ao toque de silêncio, devendo tal relação constar da parte do Sgt Dia, a fim de que
seja possível averiguar o destino de cada militar ausente;

XV - apresentar ao Sgt Dia SU, por ocasião das formaturas para o rancho, a relação das
praças que, por motivo de serviço, não possam comparecer ao rancho na hora regulamentar;
e

XVI - verificar, por ocasião das formaturas para o rancho, se todas as praças em forma
estão arranchadas, entregando ao Sgt Dia SU a relação dos faltosas sem motivo justificado.

9.10 DOS PLANTÕES

Art. 238. O plantão de serviço (plantão da hora) é a sentinela da SU, incumbindo-lhe:

I - estar atento a tudo o que ocorrer no alojamento, participando imediatamente ao Cb


Dia qualquer alteração que verificar;

II - proceder como estabelece o R-2 na entrada de qualquer oficial no alojamento,


apresentando-se a este quando ausente o Cb Dia;

III - não permitir que as praças detidas no alojamento dele se afastem, salvo por motivo
de serviço e com ordem do Cb Dia;

IV - não consentir que seja prejudicado, por qualquer meio, o asseio do alojamento e das
dependências que lhe caiba guardar;

(Coletânea de Manuais de Tec Mil I Vol II ................................................................................. 228/156)


V - zelar para que as camas se conservem arrumadas;

VI - impedir, durante o expediente, a entrada de praças na dependência destinada a


dormitório, sempre que haja vestiário separado ou outro local apropriado à permanência nas
horas de folga;

VII - fazer levantar, nos dias com expediente, as praças ao findar o toque de alvorada,
coadjuvando a ação do Cb Dia;

VIII - não consentir a entrada de civis no alojamento sem que estejam devidamente
acompanhados por um oficial ou sargento;

IX - examinar todos os volumes que forem retirados do alojamento, conduzidos por


praças e que não tenham sido verificados pelo Sgt Dia ou Cb Dia, impedindo a retirada dos
que não estejam devidamente autorizados;

X - impedir a retirada de qualquer objeto do alojamento sem a devida autorização do


dono ou responsável ou do Sgt Dia ou Cb Dia;

XI - não consentir que qualquer praça se utilize ou se apodere de objeto pertencente a


outrem sem a autorização do dono ou responsável;

XII - impedir a entrada de praças de outras SU que não possuam a autorização


necessária, principalmente após a revista do recolher;

XIII - não permitir conversa em voz alta, nem outra qualquer perturbação do silêncio,
depois do respectivo toque;

XIV - relacionar as praças que, estando no pernoite, se recolherem ao alojamento depois


do toque de silêncio e entregar a relação ao Cb Dia no momento oportuno;

XV - dar sinal de “silêncio” imediatamente após a última nota do respectivo toque; e

XVI - acender e apagar as luzes do alojamento nas horas determinadas.

Parágrafo único. Caso o plantão da hora não se aperceba da entrada de um oficial no


alojamento, qualquer praça pode dar o alerta (sinal ou voz) que àquele incumbe.

Art. 239. Os plantões são substituídos nas mesmas condições das sentinelas da guarda
do quartel, no que for cabível.

(Coletânea de Manuais de Tec Mil I Vol II ................................................................................. 229/156)


Art. 240. Os plantões fazem a limpeza do alojamento e das dependências a cargo da Gd
SU, sob a direção do Cb Dia.

Art. 241. O posto de plantão da hora se localiza, normalmente, na entrada do alojamento,


devendo aquele militar percorrer, algumas vezes, essa dependência, para certificar-se de que
o pessoal está usando corretamente as instalações, principalmente as sanitárias.

Parágrafo único. O plantão da hora também é responsável por manter a limpeza e o


asseio das instalações sanitárias.

9.11 DEMONSTRAÇÃO DO SERVIÇO DA GUARDA DO QUARTEL DA OM

9.11.1 DA GUARDA DO QUARTEL

Art. 210. A guarda do quartel é normalmente comandada por um 2º ou 3º Sgt e


constituída dos cabos e soldados necessários ao serviço de sentinelas.

§ 1º Excepcionalmente, a guarda do quartel pode ser comandada por oficial, neste caso,
é acrescida de um corneteiro ou clarim, passando o sargento às funções de auxiliar do Cmt
Gd.

§ 2º Todo o pessoal da guarda deve manter-se corretamente uniformizado, equipado e


armado durante o serviço, pronto para entrar rapidamente em forma e atender a qualquer
eventualidade.

§ 3º Observado o previsto no § 5º deste artigo, um rodízio de descanso entre os homens


menos folgados pode funcionar no decorrer de todo o serviço, sob o controle do Cmt Gd, com
a finalidade de permitir que os soldados estejam descansados, vigilantes e alertas durante a
permanência nos postos de sentinela, particularmente no período noturno.

§ 4º O período de descanso de que trata o § 3º deste artigo é gozado no alojamento da


guarda, de onde os homens somente se afastam mediante ordem ou com autorização do Cmt
Gd, sendo autorizado que os soldados afrouxem o equipamento e durmam.

§ 5º Um efetivo aproximado de um terço da guarda do quartel deve estar acordado e


reunido, como força de reação, inclusive à noite, para atender a situações de emergência na
defesa do quartel.

(Coletânea de Manuais de Tec Mil I Vol II ................................................................................. 230/156)


§ 6º As condições do rodízio tratado nos §§ 3º e 4 deste artigo devem estar reguladas
de forma pormenorizada nas NGA/U.

Art. 211. A guarda do quartel tem por principais finalidades:

I - manter a segurança do quartel;

II - manter os presos e detidos nos locais determinados, não permitindo que os primeiros
saiam das prisões, nem os últimos do quartel, salvo mediante ordem de autoridade
competente;

III - impedir a saída de praças que não estejam convenientemente fardadas, somente
permitindo a sua saída em trajes civis quando portadoras de competente autorização e, neste
caso, convenientemente trajadas;

IV - somente permitir a saída de praças, durante o expediente e nas situações


extraordinárias, mediante ordem ou licença especial e apenas pelos locais estabelecidos;

V - não permitir a entrada de bebidas alcoólicas, inflamáveis, explosivos e outros artigos


proibidos pelo Cmt U, exceto os que constituírem suprimento para a unidade;

VI - não permitir aglomerações nas proximidades das prisões nem nas imediações do
corpo da guarda e dos postos de serviço;

VII - impedir a saída de animais, viaturas ou material sem ordem da autoridade


competente, bem como exigir o cumprimento das prescrições relativas à saída de viaturas;

VIII - impedir a entrada de força não pertencente à unidade, sem conhecimento e ordem
do Of Dia, devendo, à noite, reconhecer à distância aquela que se aproximar do quartel;

IX - impedir que os presos se comuniquem com outras praças da unidade ou pessoas


estranhas, sem autorização do Of Dia;

X - dar conhecimento imediato ao Of Dia sobre a entrada, no aquartelamento, de oficial


estranho à unidade;

XI - levar à presença do Adj as praças de outras OM que pretendam entrar no quartel;

XII - impedir a entrada de civis estranhos ao serviço da unidade sem prévio conhecimento
e autorização do Of Dia;

(Coletânea de Manuais de Tec Mil I Vol II ................................................................................. 231/156)


XIII - apenas permitir a entrada de civis, empregados na unidade, mediante a
apresentação do cartão de identidade em vigor, fornecido pelo SCmt U;

XIV - só permitir a entrada de qualquer viatura à noite, depois de reconhecida à distância,


quando necessário;

XV - fornecer escolta para os presos que devam ser acompanhados no interior do quartel;

XVI - relacionar as praças da unidade que se recolherem ao quartel depois de fechado


o portão principal;

XVII - permitir a saída das praças, após a revista do recolher, somente das que estejam
autorizadas pelo Of Dia; e

XVIII - prestar as continências regulamentares.

Parágrafo único. Na execução dos serviços que lhes cabem, as guardas são regidas
pelas disposições regulamentares vigentes relativas ao assunto e instruções especiais do Cmt
U.
Art. 212. No corpo da guarda é proibida a permanência de civis ou de praças estranhas
à guarda do quartel.
Art. 213. No corpo da guarda devem ser afixados quadros contendo relações de material
carga distribuído, os deveres gerais do pessoal da guarda e as ordens particulares do Cmt U.
Art. 214. Os postos de sentinela, especialmente o da sentinela das armas e os das
prisões, são ligados ao corpo da guarda por meio de campainha elétrica ou outros meios de
comunicação.

9.11.2 CONTINÊNCIA DA GUARDA DO QUARTEL À AUTORIDADE


(Fonte: Vade Mecum 03 da Secretaria Geral do Exército)
Procedimento para a recepção
A recepção pela guarda do quartel à autoridade visitante ou inspecionadora é,
normalmente, a primeira atividade realizada, exceto quando precedida por escolta, guarda de
honra e salva, se houverem.
Terão direito à continência da guarda formada as autoridades enumeradas a seguir:
- Presidente da República; - Vice-Presidente da República;
- Presidente do Senado Federal, da Câmara dos Deputados e do Supremo Tribunal
Federal;

(Coletânea de Manuais de Tec Mil I Vol II ................................................................................. 232/156)


- Ministros de Estado;
- Governadores de Estado e do Distrito Federal, nos respectivos territórios, ou em
qualquer parte do País em visita de caráter oficial;
- Comandantes da Marinha, do Exército e da Aeronáutica;
- Ministros do Superior Tribunal Militar, inclusive os civis;
- Oficiais-Generais e Oficiais-Superiores da ativa;
- Comandante, Chefe ou Diretor da OM, qualquer que seja o seu posto;
- Oficiais-Generais e Oficiais Superiores das Forças Armadas das Nações Estrangeiras,
quando uniformizados.
- As autoridades civis estrangeiras, correspondentes às nacionais supramencionadas,
quando em visita de caráter oficial, apesar de não ser previsto no R 2, no entanto, por terem
direito às honras militares e à continência da tropa, deverá, também, a guarda do quartel
prestar-lhes continência.
O procedimento a adotar para a recepção à autoridade é o abaixo descrito:
A guarda do quartel formará em uma fileira, no interior do quartel, logo após o portão das
armas, dando a direita para a direção de onde vem a autoridade (Fig 3); poderá, ainda, formar
antes do portão das armas, quando a instalação do aquartelamento assim o exigir: O clarim
ou corneteiro precedendo o Cmt da guarda do quartel. A Banda de Música poderá,
eventualmente, participar, a critério do Cmt da OM, posicionando-se no local mais adequado.

(Fig 3)

(Coletânea de Manuais de Tec Mil I Vol II ................................................................................. 233/156)


O Cmt (Ch ou Dir) da OM e o oficial de dia se posicionarão com a frente voltada para a
direção de onde vem a autoridade. O Cmt (Ch ou Dir) a 3 passos após o último soldado da
guarda do quartel e o oficial de dia a um passo à esquerda e a um passo à retaguarda do Cmt
(Ch ou Dir) (Fig 3 e 4).
Quando em um aquartelamento existir mais de uma sede de OM, seus Comandantes
deverão comparecer à recepção da autoridade. O Cmt (Ch ou Dir) mais antigo deverá receber
a autoridade, devendo, os demais comandantes, formar à retaguarda e à direita do Cmt mais
antigo, no mesmo alinhamento do oficial de dia. Em alguns casos a autoridade poderá
dispensar a presença dos Cmt das OM que não serão visitadas.
Se presentes, também, oficiais-generais da cadeia de comando da OM visitada, estes
deverão posicionar-se à retaguarda e à direita do Cmt da OM, ou, quando for o caso, à direita
dos Cmt de outras OM sediadas no mesmo aquartelamento.
Serão assinalados no solo, de forma discreta (Fig 4):
- o local onde deverá parar a viatura que conduz a autoridade;
- o local onde esta mesma autoridade permanecerá, enquanto lhe for prestada a
continência da guarda do quartel;
- os locais onde se postarão o Cmt (Ch ou Dir) da OM e o oficial de dia;
- os locais dos Of Gen da cadeia de Cmdo e dos Cmt outras OM, sediadas no mesmo
aquartelamento, se for o caso;
- o local onde se posicionará a guarda do quartel.

(Fig 4) Continência da Guarda do Quartel

A continência da guarda do quartel, normalmente, obedecerá à sequência a seguir:

(Coletânea de Manuais de Tec Mil I Vol II ................................................................................. 234/156)


Tão logo a autoridade desembarque da viatura que a conduz, ou no momento em que
chegue ao quartel e ocupe o local assinalado para o recebimento da continência da guarda, o
seu comandante comandará, à voz: "GUARDA, SENTIDO!, OMBRO-ARMA!".
O corneteiro ou clarim tocará o indicativo do posto e função daquela autoridade, sem
qualquer comando à voz do comandante da guarda.

Caso a autoridade seja oficial-general, após o toque indicativo do posto e função, o


comandante da guarda comandará, à voz: "APRESENTAR-ARMA!, OLHAR À DIREITA!",
sendo então executado o exórdio, pela banda, fanfarra, ou a marcha batida pelo corneteiro ou
clarim, sem necessidade de qualquer comando à voz.
A autoridade, ocupando o local demarcado, responde à continência da guarda no início
do exórdio (ou marcha batida); os acompanhantes se posicionam à retaguarda da autoridade
e fazem a continência individual, voltados para ela.
Ao término do exórdio, a autoridade desfará a continência (se militar), e, no momento que
precede a revista à guarda do quartel, poderá fazer, se desejar, breve saudação à guarda, ou
proferir o grito de guerra previsto nas NGA da OM (ou do escalão superior), ou outro pré-
estabelecido pela autoridade visitante e a ser respondido em conjunto pela guarda.
A fim de não deixar a autoridade, ou a própria guarda do quartel, em situação de
constrangimento sem saber como proceder, é desejável que haja uma coordenação entre a
assessoria da autoridade visitante e o Cmt da OM com vistas à definição da saudação (ou
não) e a resposta a ser dada pela guarda. A iniciativa da saudação deve ser sempre da
autoridade visitante. Durante a revista a autoridade deve passar pela guarda silenciosamente
e, se militar, sem prestar a continência
Após a autoridade passar em revista a guarda, seguir-se-ão as apresentações do Cmt da
OM e do oficial de dia, oportunidade em que o Cmt da guarda do quartel comandará, à voz:
"OLHAR FRENTE!, OMBRO-ARMA!, DESCANSAR-ARMA! DESCANSAR!" (apenas os dois
últimos no caso de oficial superior).

(Coletânea de Manuais de Tec Mil I Vol II ................................................................................. 235/156)


(Fig 5) Situações especiais

Quando uma autoridade deslocar-se diretamente para um local diferente daquele em que
normalmente se posiciona a guarda do quartel (por exemplo: campo de instrução, área de
acampamento, estande de tiro, ginásio de esportes, campo de futebol, etc), a critério do Cmt
da OM, poderá entrar em forma, nesse local, uma guarda específica para recepcioná-la.
Quando a autoridade, em situações especiais, passar pela guarda do quartel embarcada
em viatura, esta última prestará a continência regulamentar quando da aproximação da
autoridade, sem a execução do toque indicativo e do exórdio correspondente. A autoridade
responderá a continência do interior da viatura. Para isso deverá ser feita uma coordenação
prévia entre a autoridade visitante e o Cmt OM.
Quando uma ou mais autoridades entrarem numa OM para uma atividade social (jantar
ou palestra, por exemplo), o Cmt da OM, se autorizado pela autoridade visitante, poderá
constituir uma ala de militares, a ser posicionada no acesso à entrada principal do salão ou
auditório, a fim de recepcionar as autoridades convidadas para o evento (Fig 6). Neste caso,
em coordenação prévia entre a maior autoridade visitante e o Cmt OM, serão executados ou
dispensados os toques correspondentes.

(Coletânea de Manuais de Tec Mil I Vol II ................................................................................. 236/156)


(Fig 6) Apresentações após a revista à guarda do quartel

Após a revista, o Cmt (Ch ou Dir) da OM e o oficial de dia apresentar-se-ão,


sucessivamente, à autoridade visitante ou inspecionadora, nos seguintes termos: (exemplo)
"TEN CEL RODRIGUES, CMT DO 5º GRUPO DE ARTILHARIA DE CAMPANHA
AUTOPROPULSADO, GRUPO SALOMÃO DA ROCHA"; "2º TEN JONIR, OFICIAL DE DIA
AO 5º GRUPO DE ARTILHARIA DE CAMPANHA AUTOPROPULSADO, GRUPO SALOMÃO
DA ROCHA". O oficial de dia não deve informar se o serviço está ou não com alteração.
A autoridade cumprimentará, inicialmente, o Cmt anfitrião e o oficial de dia.
Posteriormente, cumprimentará os Cmt de outras OM sediadas no mesmo aquartelamento, e
os oficiais-generais da cadeia de comando, se houver.
Quando uma autoridade chegar a uma OM, já acompanhada do seu comandante, cabe
ao oficial de dia recepcioná-la no interior do aquartelamento, permanecendo o comandante da
OM a um passo à esquerda e um passo à retaguarda da autoridade.
Terminadas estas apresentações, o Cmt (Ch ou Dir) da OM conduzirá a autoridade
visitante ou inspecionadora e sua comitiva ao gabinete do comando (ou PC), ou ao local de
onde aquela autoridade assistirá à execução do evento inicial programado.

(Coletânea de Manuais de Tec Mil I Vol II ................................................................................. 237/156)


9.11.3 OBSERVAÇÕES GERAIS
Ao chegarem à OM, sucessivamente, várias autoridades que fazem jus às honras
regulamentares prestadas pela guarda do quartel, e caso não haja autoridade superior
presente, essas serão anunciadas pelos toques e exórdios correspondentes. Quando
presente autoridade superior, a guarda do quartel executará apenas a continência às demais
autoridades, com os comandos a voz, sem a execução de toques e exórdios.
No período compreendido entre o arriar da Bandeira Nacional e o toque de alvorada do
dia seguinte, a guarda não formará, exceto para prestar continência à Bandeira Nacional, ao
Hino Nacional, ao Presidente da República, às bandeiras e hinos de outras nações e à tropa
formada, quando comandada por oficial. Enquanto a Bandeira Nacional permanecer hasteada
à noite, estando devidamente iluminada, a guarda do quartel prestará a continência
normalmente, como se de dia estivesse.
Com a finalidade de facilitar as honras regulamentares a serem prestadas às várias
autoridades que chegam à OM, por ocasião de solenidade, poderão ser previstos, de acordo
com a ordem de precedência dessas autoridades, horários diferenciados para suas chegadas
ao aquartelamento.
As autoridades, normalmente, são conduzidas para o gabinete do comando ou para um
local de destaque previamente designado, onde aguardarão o momento de dirigirem-se ao
palanque para o início da solenidade.
As visitas ou inspeções, sem aviso prévio da autoridade, à OM, não implicam na alteração
da sua rotina de trabalho. Ao ser informado da presença da autoridade na Organização, o
Cmt(Ch ou Dir) vai ao seu encontro, apresenta-se e a acompanha durante a sua permanência.
A insígnia da autoridade é hasteada quando da sua chegada à OM e arriada logo após a
sua retirada. Quando presentes várias autoridades com direito à insígnia, apenas a da maior
autoridade e a do Cmt da OM serão hasteadas.

(Coletânea de Manuais de Tec Mil I Vol II ................................................................................. 238/156)


CAPÍTULO X

INTELIGÊNCIA MILITAR TERRESTRE

10. INTELIGÊNCIA MILITAR


(Fonte: EB20-MF-10.107)

10.1. CONSIDERAÇÕES GERAIS

A Atividade de Inteligência possui uma estrutura peculiar, com processos, meios e


métodos que constituem as partes de um corpo único. Torna-se importante o entendimento de
conceitos, objetivos e princípios da atividade de inteligência, a fim de melhor realizar o seu
emprego.

Os conhecimentos de Inteligência são produzidos e difundidos em diferentes níveis de


utilização - Estratégico, Operacional e Tático. Embora inter-relacionados, possuem distintos
focos, finalidades e alcances temporais.

10.2. PRINCÍPIOS BÁSICOS DA INTELIGÊNCIA MILITAR

Segurança – Em todas as fases de sua produção, o conhecimento deve ser protegido de


forma que o seu acesso seja limitado apenas às pessoas credenciadas para tal.

Objetividade – Para que seja útil, o conhecimento deve ter sua produção orientada por
objetivos claramente definidos. A atenção a esses objetivos, por sua vez, minimiza custos e
riscos associados às atividades e tarefas relacionadas à Inteligência.

Controle – A produção do conhecimento de Inteligência deve obedecer a um


planejamento que permita adequado controle de cada uma das fases.

Flexibilidade – É a capacidade de ajustar rapidamente o emprego de meios e o esforço


de busca às constantes evoluções da situação no Espaço de Batalha.

(Coletânea de Manuais de Tec Mil I Vol II ................................................................................. 239/156)


Clareza – Os conhecimentos produzidos devem ser expressos de forma a permitirem
imediata e completa compreensão por parte dos usuários.

Amplitude – Os conhecimentos produzidos devem ser tão completos e abrangentes


quanto possível.

Imparcialidade – A produção do conhecimento deve estar isenta de ideias preconcebidas,


subjetivismos e outras influências que possam gerar distorções.

Oportunidade – O conhecimento de Inteligência deve ser produzido em prazo que


assegure sua utilização completa e adequada, contribuindo diretamente para potencializar a
capacidade do comandante de observar, orientar-se, decidir e agir. Sem dispor de
conhecimento oportuno, as ações e decisões dos comandantes serão baseadas em dados
incompletos e em uma orientação inadequada, gerando condições para que a iniciativa e a
eficácia nas operações sejam cedidas ao oponente.

Integração – A produção do conhecimento de Inteligência deve valer-se de dados


oriundos de todas as fontes, favorecendo a geração de produtos precisos e completos.

Precisão – Deve-se procurar atingir o maior grau de exatidão na obtenção dos dados e
na produção dos conhecimentos. A Inteligência precisa é um poderoso multiplicador do poder
de combate.

Continuidade – A necessidade de conhecimento é permanente. As atividades e tarefas


relacionadas à Inteligência são executadas constante e ininterruptamente, sempre
adequando-se a cada situação particular.

Relevância – O conhecimento produzido deve ser capaz de responder às necessidades


dos decisores.

Predição – A Inteligência deve informar o comandante acerca do que as ameaças e


oportunidades podem provocar. A Inteligência deve procurar antecipar-se às intenções dos
comandantes em todos os escalões.

(Coletânea de Manuais de Tec Mil I Vol II ................................................................................. 240/156)


10.3. NÍVEIS DA INTELIGÊNCIA MILITAR

O EB emprega seus meios de Inteligência Militar para atender às necessidades de


conhecimento dos comandantes e seus estados-maiores nos níveis estratégico, operacional
e tático.

Quando do emprego em operações, os comandantes devem contar com uma


combinação precisa e adequada de conhecimentos produzidos pela Inteligência Militar,
independentemente do escalão em que foram originados (ou processados).

No nível estratégico, a Inteligência Militar proporciona conhecimentos sobre o oponente


em suas expressões do poder, prioritariamente. Nesse nível de atuação, a Inteligência formula
as avaliações estratégicas, os planos e as políticas referentes à Segurança e Defesa
Nacionais.

Nos níveis operacional e tático, os esforços da Inteligência Militar estão voltados para os
objetivos essenciais da campanha e trabalham para apontar as vulnerabilidades do inimigo
que permitam desencadear ações decisivas.

Os avanços tecnológicos e as Necessidades de Inteligência (NI) do Espaço de Batalha


contribuem para encurtar as distâncias entre os produtos e os meios dos níveis estratégico,
operacional e tático.

10.4. INTELIGÊNCIA NO NÍVEL TÁTICO

No nível tático, a inteligência contribui para a consciência situacional do comandante


operativo, pois permite o conhecimento do ambiente operacional e das ameaças presentes.

A inteligência produz e salvaguarda conhecimentos limitados, de curto alcance no tempo


e dirigidos às necessidades imediatas do comandante tático para o planejamento ou para a
condução de operações militares.

Neste nível, cresce de importância o princípio da oportunidade, uma vez que as


condições do ambiente operacional e do espaço de batalha se alteram muito rapidamente,
obrigando o comandante a reavaliar a situação militar frequentemente.

(Coletânea de Manuais de Tec Mil I Vol II ................................................................................. 241/156)


O Ciclo de Inteligência deve ser dinâmico e a fase da orientação deve ser
permanentemente atualizada. O nível tático é aquele onde a Função de Combate Inteligência
tem aplicação plena no âmbito do SIEx.

No nível tático, a Inteligência deve:

a) gerar conhecimentos e produtos capazes de apoiar diretamente o processo decisório


dos comandantes táticos, no planejamento e na condução de operações militares;

b) obter um detalhado conhecimento das unidades dos oponentes, das características


técnicas de seus materiais, de seus métodos de atuação e doutrina de emprego, da
personalidade de seus chefes político-militares; e

c) levantar as condições meteorológicas, as características do terreno e as considerações


civis que possam impactar na condução das operações militares.

No nível tático, a Inteligência é executada de modo descritivo. Nesse nível cresce de


importância o princípio da oportunidade, uma vez que as condições do Amb Op e do Espaço
de Batalha se alteram muito rapidamente, obrigando os comandantes a reavaliarem a situação
e reverem suas decisões com maior frequência.

10.5. A FUNÇÃO DE COMBATE INTELIGÊNCIA

10.5.1. CONSIDERAÇÕES GERAIS


As funções de combate constituem uma ferramenta conceitual para relacionar, agrupar,
descrever e coordenar as atividades das forças terrestres. Facilita o planejamento e a
execução das operações, além da instrução e do adestramento das unidades no nível tático.
A Inteligência é uma das seis funções de combate. Sua abrangência alcança as demais
funções de combate, que são diretamente afetadas ou estão relacionadas com os produtos
da inteligência. Em particular as funções de comando e controle e proteção englobam
atividades e tarefas próprias do Sistema de Inteligência do Exército (SIEx).
A missão da Inteligência é apoiar o planejamento, a preparação, a execução e a avaliação
das operações. Portanto, o papel mais importante que desempenha é o de servir de base para
o desenvolvimento das operações, apoiando o processo decisório, numa atividade contínua e
dinâmica.

(Coletânea de Manuais de Tec Mil I Vol II ................................................................................. 242/156)


A função de combate inteligência compreende o conjunto de atividades, tarefas e
sistemas inter-relacionados empregados para assegurar compreensão sobre o ambiente
operacional, as ameaças (atuais e potenciais), os oponentes, o terreno e as considerações
civis.
Com base nas diretrizes do Comandante, normalmente expressas em necessidades de
inteligência (NI), executa tarefas associadas às operações de Inteligência, Reconhecimento,
Vigilância e Aquisição de Alvos (IRVA).
Tem por objetivo, satisfazer as necessidades de conhecimento para o Comando,
possibilitando o planejamento e a condução das operações. Suas atividades são permanentes
e se desenvolvem desde o tempo de paz, materializando-se no Ciclo de Inteligência -
Orientação, Obtenção, Produção e Difusão.
A função de combate inclui tarefas relacionadas com a Atividade de Inteligência Militar
Terrestre propriamente dita, assim como com as de vigilância, reconhecimento e aquisição de
alvos.

A função de combate Inteligência é muito mais que a simples obtenção de dados e


informações. É um processo contínuo que integra a análise da informação com o
desenvolvimento das operações, de maneira que se possa visualizar e entender a situação.
Esta função de combate não inclui apenas o pessoal e os meios que a integram de forma
específica. Dela também fazem parte todos aqueles que realizam, em determinado momento,
de uma forma ou de outra, atividades próprias a ela. Todo militar é, assim, um meio de
obtenção de dados em potencial (ESS – conceito do inglês “Every Soldier is a Sensor”).
A missão da função de combate Inteligência é apoiar o planejamento, a preparação, a
execução e a avaliação de todos os tipos de operações. Portanto, o papel mais importante
que desempenha é o de servir de base para o desenvolvimento das operações, apoiando o
processo decisório, numa atividade contínua e dinâmica.

(Coletânea de Manuais de Tec Mil I Vol II ................................................................................. 243/156)


A função de combate inteligência necessita de uma configuração capaz de proporcionar
estruturas específicas de inteligência e de comunicações a todos os níveis de planejamento.
A estrutura de inteligência deve incluir sistemas, procedimentos e organizações de
inteligência capazes de gerar conhecimento de maneira oportuna. Uma estrutura de
Tecnologia da Informação e das Comunicações (TIC) adequada complementa a função de
combate.
A função de combate Inteligência, orientada pela definição das necessidades de
inteligência, obtém os dados necessários por meio de um esforço de obtenção (adaptado ao
escalão de emprego) e os analisa e integra, apoiando a manobra.
Uma vez orientada, elabora seu esforço de obtenção de dados, que consiste na
conjugação, no tempo e no espaço, dos sensores especializados e não especializados. A
função de combate inteligência elabora e difunde respostas às necessidades de inteligência
levantadas durante o exame de situação. O conhecimento elaborado é difundido, em seguida,
por meio dos escalões subordinados e superiores, para todos aqueles em operações.

10.6. ATIVIDADES E TAREFAS DA FUNÇÃO DE COMBATE INTELIGÊNCIA

10.6.1. GENERALIDADES
O conceito de atividade está diretamente ligado ao conceito de missões sob a égide da
Inteligência que deverão ser desencadeadas para que o apoio ao processo decisório, em
qualquer cenário de emprego militar, seja pleno.
De igual forma, as tarefas representam as ações a serem executadas para que os papéis
preditivo e preventivo sejam efetivados pela Inteligência.
A função de combate inteligência é materializada pelo conjunto de atividades inter-
relacionadas e pela execução das tarefas associadas às ações de IRVA.
Essas atividades e tarefas subsidiam o planejamento e a condução de operações
militares, além de identificar e contribuir para a neutralização das ameaças. As atividades e
tarefas desempenhadas pela função de combate inteligência são fundamentais para o
planejamento e para o emprego eficaz da tropa, bem como para a sua segurança.
10.7. PRODUÇÃO CONTINUADA DE CONHECIMENTO EM APOIO AO
PLANEJAMENTO DA FORÇA

(Coletânea de Manuais de Tec Mil I Vol II ................................................................................. 244/156)


É a atividade representativa do caráter dinâmico e integrador desempenhado pela função
de combate, onde a condução de operações sistemáticas, a preparação de pessoal
especializado, a interatividade entre agências parceiras, a obtenção atualizada de dados
diversos e a definição de apoio possível para o escalão considerado são inequívocas
manifestações de trabalho ativo e interativo da Inteligência.
Está delimitada pelas seguintes tarefas:
a) prover prontidão de Inteligência;
b) estabelecer a arquitetura de Inteligência;
c) configurar os meios de Inteligência para o atendimento às necessidades de análise de
missão;
d) obter dados e informações que alimentem o processo de integração terreno-condições
meteorológicas-inimigo-considerações civis (PITCIC); e
e) gerar conhecimento de Inteligência.

10.8. APOIO À OBTENÇÃO DE CONSCIÊNCIA SITUACIONAL

É a atividade que define a amplitude do trabalho de inteligência. Tem na caracterização


do ambiente operacional e do inimigo, bem como na determinação dos efeitos destes sobre
as operações uma clara representação do alcance que a Inteligência tem nas operações.
A utilização de vasta gama de meios disponibilizados permite a efetivação das seguintes
tarefas:
a) execução do PITCIC;
b) acompanhamento das ações em desenvolvimento; e
c) apoio constante para as atividades de proteção.

10.9. EXECUÇÃO DE AÇÕES DE IRVA

Atividade que demonstra o método praticado pelo trabalho de inteligência e o alcance de


seu apoio na detecção de alvos e designação de objetivos nas operações.
A seleção de elementos essenciais de inteligência (EEI) e o emprego de ferramentas para
a busca por dados sobre tais alvos são evidências de rotinas que compõem o trabalho de
sincronização de missões da função de combate inteligência.
As tarefas inerentes a esta atividade são:

(Coletânea de Manuais de Tec Mil I Vol II ................................................................................. 245/156)


a) sincronização das atividades IRVA;
b) integração das atividades de IRVA;
c) condução de reconhecimentos;
d) condução de vigilância;
e) condução de outras operações e missões relacionadas à inteligência; e
f) proporcionar apoio na busca de alvos, utilizando-se de sensores tecnológicos ou
humanos que representam o formato desta atividade da função de combate.

10.10. APOIO NA OBTENÇÃO DA SUPERIORIDADE DE INFORMAÇÕES


Esta atividade é definida pelo apoio cerrado sobre medidas de proteção planejadas para
as informações em seu mais amplo emprego. Desde as operações de informação até a
avaliação de danos que possam interferir no desempenho das tropas em campanha, todos os
dados inerentes ao campo das informações que têm relevância para o processo decisório em
andamento recebem atenção especial da Inteligência como agente de caráter preditivo e
preventivo.
São tarefas clássicas desta atividade:
a) prover apoio de Inteligência às tarefas de informações da F Ter; e
b) proporcionar apoio de Inteligência às atividades de avaliação das operações.

10.11. APOIO NA BUSCA DE AMEAÇAS

É a atividade que caracteriza o papel preventivo e analista da Inteligência no


campo das operações do chamado amplo espectro dos conflitos.
O trabalho de busca e definição das verdadeiras ameaças para a F Ter é metódico,
ininterrupto e determinado por uma capacidade de integração e sincronização dos diversos
sensores disponíveis para a Inteligência.

(Coletânea de Manuais de Tec Mil I Vol II ................................................................................. 246/156)


IMPORTANTE

É no exercício desta atividade que a inteligência provará a sua eficácia, eficiência e


efetividade quando da detecção dos meios que possam provocar um desequilíbrio na F Ter.
As tarefas inerentes a esta atividade são:
a) proporcionar apoio de Inteligência à busca continuada de ameaças; e
b) proporcionar apoio de Inteligência à detecção continuada de ameaças.

(Coletânea de Manuais de Tec Mil I Vol II ................................................................................. 247/156)


10.12. ELEMENTOS METEOROLÓGICOS

As propriedades e as características físicas da atmosfera que carecem serem medidas ou


observadas para a descrição do estado das condições meteorológicas são denominadas
elementos meteorológicos.
Os elementos meteorológicos que mais influenciam as operações militares são o
crepúsculo, as fases da lua, as condições atmosféricas e outros.

10.13. CREPÚSCULO:

a) a passagem da noite para o dia denomina-se crepúsculo matutino e a passagem do


dia para a noite crepúsculo vespertino. Existem três tipos de crepúsculos:
- crepúsculo astronômico: a luminosidade oferecida é tão reduzida que, para fins militares,
pode ser considerado como obscuridade;
- crepúsculo náutico: proporciona luminosidade suficiente para a realização dos
movimentos terrestres, aplicando-se os dados relativos aos movimentos diurnos;
a visibilidade fica limitada a um máximo de 400 metros, permitindo o emprego do
armamento até esse alcance e a progressão com relativa coberta da observação inimiga;
conforme a situação, permite a observação dos fogos da artilharia e das operações aéreas
diurnas.
- crepúsculo civil: proporciona luminosidade suficiente para as atividades diurnas normais,
permitindo operações militares de qualquer tipo;

(Coletânea de Manuais de Tec Mil I Vol II ................................................................................. 248/156)


b) a duração dos crepúsculos depende da localização geográfica (latitude e longitude) e
varia ao longo do tempo.
c) enquanto na ofensiva a baixa luminosidade favorece a concentração de forças, a
manobra e a obtenção da surpresa, na defensiva prejudica a vigilância, impede o
reconhecimento, dificulta a coordenação e o controle e reduz a precisão da busca de alvos.

10.14. FASES DA LUA:

a) as condições de visibilidade noturna são determinadas, principalmente, pelas fases da


lua. A visibilidade é mínima na fase da lua nova, aumenta na fase de quarto crescente, alcança
o máximo na lua cheia e decresce no quarto minguante, e assim sucessivamente (Tab 7-7);

b) assim, a luminosidade deve ser analisada em função do nascer e do pôr do sol e das
fases da lua, que exercerão influência nas condições de observação, de sigilo, de emprego
de meios aéreos e de coordenação e controle de tropas; e
c) a visibilidade não é somente afetada pela diminuição ou ausência de luz direta, é
também por outros elementos meteorológicos, tais como precipitações, nebulosidade, ventos
etc.

10.15. CONDIÇÕES METEOROLÓGICAS:


a) Temperatura e umidade;
- Estes dois elementos têm influência nos vetores lançados através da atmosfera, tais
como aeronaves, mísseis, foguetes e granadas de artilharia. Quando estes elementos
apresentam valores extremos, afetam o rendimento do pessoal, do material, do equipamento,
do armamento, de viaturas, etc; podem causar dificuldades na construção de posições e
fortificações; e irão provocar um aumento na dependência do apoio logístico.
- a temperatura deve ser analisada sob dois aspectos distintos:

(Coletânea de Manuais de Tec Mil I Vol II ................................................................................. 249/156)


- quanto ao seu valor absoluto, particularmente quando indicar situações extremas de frio
e de calor, influenciando na eficiência combativa das tropas e no funcionamento do material
empregado;
- quanto ao seu valor relativo, ou gradiente de temperatura, que é a diferença entre as
temperaturas das camadas de ar; assim, três situações podem ocorrer:
- inversão - a temperatura aumenta com a altitude; a velocidade dos ventos é pequena e
o ar estável, com poucas correntes; permite a utilização de agentes QBRN e favorece o
lançamento de “cortinas” fumígenas;
- neutralidade - a variação da temperatura com a altitude é pequena ou nula; o ar é
moderadamente estável, caracterizando-se como uma situação intermediária entre a inversão
e a lapse;
- lapse - a temperatura diminui à medida que a altitude aumenta; o ar torna-se instável,
não favorecendo o lançamento de agentes QBRN e o emprego de “cortinas” fumígenas, mas
a formação de “tetos” de fumaça.
b) Nebulosidade;
- a nebulosidade é uma situação decorrente da maior ou menor existência da formação
de nuvens ou mesmo de nevoeiro, neblina, névoa, dentre outros.
- o tipo e densidade da camada de nuvens, assim como a altura de seus limites inferior e
superior, influem nas operações aéreas. As nuvens também podem afetar as operações
terrestres, porquanto limitam a luminosidade natural diurna e noturna, e determinam as
precipitações. A neblina poderá interferir na visibilidade.
- normalmente, nas zonas costeiras e em vales interiores, a formação de neblina e
nevoeiros é muito frequente pela manhã, limitando a visibilidade e produzindo efeitos sobre
as operações.
c) Precipitações;
- têm grande influência sobre o estado do terreno, a observação, as tropas e o
funcionamento de alguns equipamentos, materiais e armamentos. Conforme o tipo de terreno,
a transitabilidade poderá ser afetada. A chuva pode reduzir drasticamente a persistência dos
agentes químicos, a eficácia das minas e de outros materiais de emprego militar. A eficácia do
pessoal também será reduzida pelas precipitações, ao produzir desconforto, aumentar a
fadiga e gerar outros problemas físicos e psicológicos.

(Coletânea de Manuais de Tec Mil I Vol II ................................................................................. 250/156)


- um aspecto importante a considerar é a ocorrência de descargas elétricas, que podem
incidir sobre depósitos de munições e de combustíveis, afetar as linhas de transmissão
terrestres e alterar ou impedir o uso do espectro eletromagnético, tanto para a realização de
transmissões como para o emprego de radares e sensores.
d) Ventos;
- a direção e a velocidade do vento têm influência sobre o emprego de fumígenos e de
agentes QBRN. A direção influirá no aspecto tático com relação à favorabilidade ou não do
seu lançamento, já a velocidade influirá tecnicamente, definindo as possibilidades de emprego
do agente.
- a velocidade dos ventos produzirá efeitos sobre o emprego de meios de combate e de
tropas especiais, como por exemplo, operações aeromóveis e aerotransportadas.
- como exemplo da influência da direção no emprego de meios de combate, destaca-se
a detecção de sons, onde o fator vento poderá aumentar ou encurtar a percepção da distância
do local de ocorrências.
- um aspecto positivo, do ponto de vista militar, é que os ventos podem acelerar a
secagem dos solos, antecipando a melhoria das condições de trafegabilidade dos mesmos.
- conforme a necessidade, poder-se-á representar a circulação local dos ventos
predominantes, com suas velocidades e direções, em um calco específico, com a finalidade
de determinar a melhor utilização de elementos fumígenos e QBRN, bem como seu possível
efeito no armamento em geral, equipamento especial de vigilância, busca de alvos e sobre as
tropas.

10.16 SEGURANÇA ORGÂNICA


O conteúdo referente à segurança orgânica deverá ser ministrado de acordo com as
seguintes fontes de consulta de acesso restrito:
IP 30-3 RAMO CONTRA-INTELIGÊNCIA, 1ª Ed, 1996

(Coletânea de Manuais de Tec Mil I Vol II ................................................................................. 251/156)


REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

Regulamento de Uniformes do Exército (R-124), aprovado pela Port Min no 806, de 17


DEZ 1998, alteradas pelo Cmt Ex através das Portarias abaixo:

- Port no 158 – Altera o Capítulo V (Das Insígnias), os art. 44 ao 67 do Capítulo VI (Dos


Distintivos) e revoga os art. 68 ao 111- C, do Capítulo VI (Dos Distintivos);

- Port no 159 – Cria o cadarço de identificação de OM (sutache);

- Port no 160 – Altera o no máximo de medalhas e barretas;

- Port no 161 – Inclui, para o segmento feminino, calça para composição nos uniformes
2º A1 e 3º A.

EB10-MT-11.001 – Manual Técnico – Técnicas e Procedimentos de Comunicação So-


cial;

PORTARIA No 522, DE 15 DE OUTUBRO DE 2001 - (Vade-Mécum 07 - Prática de Ce-


rimonial e Protocolo);

PORTARIA NORMATIVA Nº 660-MD, DE 19 DE MAIO DE 2009 - (Regulamento de Con-


tinências, Honras, Sinais de Respeito e Cerimonial Militar das Forças Armadas);

Apostila do Curso de Etiqueta Social – CursosOnlineSP.com.br;

LEI Nº 9.795, DE 27 DE ABRIL DE 1999 (educação ambiental, institui a Política Nacio-


nal de Educação Ambiental e dá outras providências);

LEI Nº 9.605, DE 12 DE FEVEREIRO DE 1998 (sanções penais e administrativas deri-


vadas de condutas e atividades lesivas ao meio ambiente, e dá outras providências);

DECRETO Nº 5.940, DE 25 DE OUTUBRO DE 2006 (separação dos resíduos reciclá-


veis descartados pelos órgãos e entidades da administração pública federal direta e indireta,
na fonte geradora, e a sua destinação às associações e cooperativas dos catadores de ma-
teriais recicláveis, e dá outras providências);

(Coletânea de Manuais de Tec Mil I Vol II ................................................................................. 252/156)


Regulamento Interno e dos Serviços Gerais – R-1 (RISG);

EB20-MC-10.213 (OPERAÇÕES DE INFORMAÇÃO);

EB20-MC-10.215 (OPERAÇÕES DE DISSIMULAÇÃO);

EB20-MF-10.107 - Manual de Fundamentos (INTELIGÊNCIA MILITAR TERRESTRE).

(Coletânea de Manuais de Tec Mil I Vol II ................................................................................. 253/156)

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