Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
EXÉRCITO BRASILEIRO
ESCOLA DE SARGENTOS DAS ARMAS
(ESCOLA SARGENTO MAX WOLF FILHO)
COLETÂNEA DE MANUAIS
Volume 2
2019
(Coletânea de Manuais / Tec Mil III/Vol 2................................................ Página 2 de 130)
ÍNDICE DE ASSUNTOS
apít Pág
Interna.....................................................................................................................................019
2 Prescrições diversas................................................................................................029
3 Patrulhas em GLO....................................................................................................032
4 Interrogatório preliminar............................................................…............................033
1 Generalidades..........................................................................................................057
2 Abordagem...............................................................................................................057
3 Revista.....................................................................................................................059
4 Algemação...............................................................................................................061
IV. PBCE/PBCVU
1 Generalidades e finalidade.....................................................................................070
2 Organização...........................................................................................................071
3 Tipo de ocorrência..................................................................................................072
5 Material utilizado.................................................................................................073
1 Considerações gerais........................................................................................085
3 Organização......................................................................................................087
4 Medidas adotadas.............................................................................................088
5 Material utilizado...............................................................................................088
6 Ponto Forte.......................................................................................................089
1 Fundamentos éticos.........................................................................................092
2 Definições........................................................................................................092
3 Organização....................................................................................................093
4 Tarefas............................................................................................................094
5 Fases da operação.........................................................................................095
1 Conceitos básicos............................................................................................106
2 Missões atribuídas...........................................................................................108
3 Condicionantes................................................................................................108
4 Atividades a realizar.........................................................................................108
5 Organograma...................................................................................................114
6 Equipamentos de proteção..............................................................................116
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS....................................................130
Título V
Da Defesa do Estado e das Instituições Democráticas
Capítulo II
Das Forças Armadas
Art. 142 - As Forças Armadas, constituídas pela Marinha, pelo Exército e pela
Aeronáutica, são instituições nacionais permanentes e regulares, organizadas com
base na hierarquia e na disciplina, sob a autoridade suprema do Presidente da
República, e destinam-se à defesa da Pátria, à garantia dos poderes constitucionais e,
por iniciativa de qualquer destes, da lei e da ordem.
Art. 144 - A segurança pública, dever do Estado, direito e responsabilidade de
todos, é exercida para a preservação da ordem pública e da incolumidade das pessoas
e do patrimônio, através dos seguintes órgãos:
I - polícia federal;
II - polícia rodoviária federal;
III - polícia ferroviária federal;
IV - polícias civis;
V - polícias militares e corpos de bombeiros militares.
Capítulo I
Disposições preliminares
Seção I
Da Destinação e Atribuições
Art. 1º - As Forças Armadas, constituídas pela Marinha, pelo Exército e pela
Aeronáutica, são instituições nacionais permanentes e regulares, organizadas com
base na hierarquia e na disciplina, sob a autoridade suprema do Presidente da
República e destinam-se à defesa da Pátria, à garantia dos poderes constitucionais e,
por iniciativa de qualquer destes, da lei e da ordem.
Parágrafo único. Sem comprometimento de sua destinação constitucional, cabe
também às Forças Armadas o cumprimento das atribuições subsidiárias explicitadas
nesta Lei Complementar.
Seção II
Do Assessoramento ao Comandante Supremo
Capítulo II
Da organização
Seção I
Das Forças Armadas
Art. 3º - As Forças Armadas são subordinadas ao Ministro de Estado da Defesa,
dispondo de estruturas próprias.
Art. 4º - A Marinha, o Exército e a Aeronáutica dispõem, singularmente, de um
Comandante, nomeado pelo Presidente da República, ouvido o Ministro de Estado da
Defesa, o qual, no âmbito de suas atribuições, exercerá a direção e a gestão da
respectiva Força.
Art. 5º - Os cargos de Comandante da Marinha, do Exército e da Aeronáutica são
privativos de oficiais-generais do último posto da respectiva Força.
§ 1º É assegurada aos Comandantes da Marinha, do Exército e da Aeronáutica
precedência hierárquica sobre os demais oficiais-generais das três Forças Armadas.
§ 2º Se o oficial-general indicado para o cargo de Comandante da sua respectiva Força
estiver na ativa, será transferido para a reserva remunerada, quando empossado no
cargo.
§ 3º São asseguradas aos Comandantes da Marinha, do Exército e da Aeronáutica
todas as prerrogativas, direitos e deveres do Serviço Ativo, inclusive com a contagem
de tempo de serviço, enquanto estiverem em exercício.
Art. 6º - O Poder Executivo definirá a competência dos Comandantes da Marinha,
do Exército e da Aeronáutica para a criação, a denominação, a localização e a
definição das atribuições das organizações integrantes das estruturas das Forças
Armadas.
Art. 7º - Compete aos Comandantes das Forças apresentar ao Ministro de Estado
da Defesa a Lista de Escolha, elaborada na forma da lei, para a promoção aos postos
de oficiais-generais e indicar os oficiais-generais para a nomeação aos cargos que lhes
são privativos.
Parágrafo único. O Ministro de Estado da Defesa, acompanhado do Comandante de
cada Força, apresentará os nomes ao Presidente da República, a quem compete
promover os oficiais-generais e nomeá-los para os cargos que lhes são privativos.
Art. 8º - A Marinha, o Exército e a Aeronáutica dispõem de efetivos de pessoal
militar e civil, fixados em lei, e dos meios orgânicos necessários ao cumprimento de
sua destinação constitucional e atribuições subsidiárias.
Parágrafo único. Constituem reserva das Forças Armadas o pessoal sujeito a
incorporação, mediante mobilização ou convocação, pelo Ministério da Defesa, por
intermédio da Marinha, do Exército e da Aeronáutica, bem como as organizações
assim definidas em lei.
Capítulo III
Do orçamento
Art. 12 - O orçamento do Ministério da Defesa contemplará as prioridades da
política de defesa nacional, explicitadas na Lei de Diretrizes Orçamentárias.
§ 1º O orçamento do Ministério da Defesa identificará as dotações próprias da Marinha,
do Exército e da Aeronáutica.
§ 2º A consolidação das propostas orçamentárias das Forças será feita pelo Ministério
da Defesa, obedecendo-se as prioridades estabelecidas na política de defesa nacional,
explicitadas na Lei de Diretrizes Orçamentárias.
§ 3º A Marinha, o Exército e a Aeronáutica farão a gestão, de forma individualizada,
dos recursos orçamentários que lhes forem destinados no orçamento do Ministério da
Defesa.
Capítulo IV
Do preparo
Art. 13 - Para o cumprimento da destinação constitucional das Forças Armadas,
cabe aos Comandantes da Marinha, do Exército e da Aeronáutica o preparo de seus
órgãos operativos e de apoio, obedecidas as políticas estabelecidas pelo Ministro da
Defesa.
§ 1º O preparo compreende, entre outras, as atividades permanentes de planejamento,
organização e articulação, instrução e adestramento, desenvolvimento de doutrina e
pesquisas específicas, inteligência e estruturação das Forças Armadas, de sua
logística e mobilização. (Incluído pela Lei Complementar nº 117, de 2004)
§ 2º No preparo das Forças Armadas para o cumprimento de sua destinação
constitucional, poderão ser planejados e executados exercícios operacionais em áreas
públicas, adequadas à natureza das operações, ou em áreas privadas cedidas para
esse fim. (Incluído pela Lei Complementar nº 117, de 2004)
§ 3º O planejamento e a execução dos exercícios operacionais poderão ser realizados
com a cooperação dos órgãos de segurança pública e de órgãos públicos com
interesses afins. (Incluído pela Lei Complementar nº 117, de 2004)
Art. 14 - O preparo das Forças Armadas é orientado pelos seguintes parâmetros
básicos:
Capítulo V
Do emprego
Art. 15 - O emprego das Forças Armadas na defesa da Pátria e na garantia dos
poderes constitucionais, da lei e da ordem, e na participação em operações de paz, é
de responsabilidade do Presidente da República, que determinará ao Ministro de
Estado da Defesa a ativação de órgãos operacionais, observada a seguinte forma de
subordinação:
I - diretamente ao Comandante Supremo, no caso de Comandos Combinados,
compostos por meios adjudicados pelas Forças Armadas e, quando necessário, por
outros órgãos;
II - diretamente ao Ministro de Estado da Defesa, para fim de adestramento, em
operações combinadas, ou quando da participação brasileira em operações de paz;
III - diretamente ao respectivo Comandante da Força, respeitada a direção superior do
Ministro de Estado da Defesa, no caso de emprego isolado de meios de uma única
Força.
§ 1º Compete ao Presidente da República a decisão do emprego das Forças Armadas,
por iniciativa própria ou em atendimento a pedido manifestado por quaisquer dos
poderes constitucionais, por intermédio dos Presidentes do Supremo Tribunal Federal,
do Senado Federal ou da Câmara dos Deputados.
§ 2º A atuação das Forças Armadas, na garantia da lei e da ordem, por iniciativa de
quaisquer dos poderes constitucionais, ocorrerá de acordo com as diretrizes baixadas
em ato do Presidente da República, após esgotados os instrumentos destinados à
preservação da ordem pública e da incolumidade das pessoas e do patrimônio,
relacionados no art. 144 da Constituição Federal.
§ 3º Consideram-se esgotados os instrumentos relacionados no art. 144 da
Constituição Federal quando, em determinado momento, forem eles formalmente
reconhecidos pelo respectivo Chefe do Poder Executivo Federal ou Estadual como
indisponíveis, inexistentes ou insuficientes ao desempenho regular de sua missão
constitucional. (Incluído pela Lei Complementar nº 117, de 2004)
§ 4º Na hipótese de emprego nas condições previstas no § 3o deste artigo, após
mensagem do Presidente da República, serão ativados os órgãos operacionais das
Forças Armadas, que desenvolverão, de forma episódica, em área previamente
estabelecida e por tempo limitado, as ações de caráter preventivo e repressivo
necessárias para assegurar o resultado das operações na garantia da lei e da ordem.
(Incluído pela Lei Complementar nº 117, de 2004)
§ 5º Determinado o emprego das Forças Armadas na garantia da lei e da ordem,
caberá à autoridade competente, mediante ato formal, transferir o controle operacional
dos órgãos de segurança pública necessários ao desenvolvimento das ações para a
autoridade encarregada das operações, a qual deverá constituir um centro de
coordenação de operações, composto por representantes dos órgãos públicos sob seu
Capítulo VI
Das disposições complementares
Art. 16 - Cabe às Forças Armadas, como atribuição subsidiária geral, cooperar
com o desenvolvimento nacional e a defesa civil, na forma determinada pelo Presidente
da República.
Parágrafo único. Para os efeitos deste artigo, integra as referidas ações de caráter
geral a participação em campanhas institucionais de utilidade pública ou de interesse
social. (Incluído pela Lei Complementar nº 117, de 2004)
Art. 17 - Cabe à Marinha, como atribuições subsidiárias particulares:
I - orientar e controlar a Marinha Mercante e suas atividades correlatas, no que
interessa à defesa nacional;
II - prover a segurança da navegação aquaviária;
III - contribuir para a formulação e condução de políticas nacionais que digam respeito
ao mar;
IV - implementar e fiscalizar o cumprimento de leis e regulamentos, no mar e nas águas
interiores, em coordenação com outros órgãos do Poder Executivo, federal ou estadual,
quando se fizer necessária, em razão de competências específicas.
Parágrafo único. Pela especificidade dessas atribuições, é da competência do
Comandante da Marinha o trato dos assuntos dispostos neste artigo, ficando designado
como "Autoridade Marítima", para esse fim.
V – cooperar com os órgãos federais, quando se fizer necessário, na repressão aos
delitos de repercussão nacional ou internacional, quanto ao uso do mar, águas
interiores e de áreas portuárias, na forma de apoio logístico, de inteligência, de
comunicações e de instrução. (Incluído pela Lei Complementar nº 117, de 2004)
Art. 17A - Cabe ao Exército, além de outras ações pertinentes, como atribuições
subsidiárias particulares: (Incluído pela Lei Complementar nº 117, de 2004)
I – contribuir para a formulação e condução de políticas nacionais que digam respeito
ao Poder Militar Terrestre; (Incluído pela Lei Complementar nº 117, de 2004)
II – cooperar com órgãos públicos federais, estaduais e municipais e,
excepcionalmente, com empresas privadas, na execução de obras e serviços de
engenharia, sendo os recursos advindos do órgão solicitante; (Incluído pela Lei
Complementar nº 117, de 2004)
III – cooperar com órgãos federais, quando se fizer necessário, na repressão aos
delitos de repercussão nacional e internacional, no território nacional, na forma de
apoio logístico, de inteligência, de comunicações e de instrução; (Incluído pela Lei
Complementar nº 117, de 2004)
Capítulo VII
Das disposições transitórias e finais
Art. 19 - Até que se proceda à revisão dos atos normativos pertinentes, as
referências legais a Ministério ou a Ministro de Estado da Marinha, do Exército e da
Aeronáutica passam a ser entendidas como a Comando ou a Comandante dessas
Forças, respectivamente, desde que não colidam com atribuições do Ministério ou
Ministro de Estado da Defesa.
Art. 20 - Os Ministérios da Marinha, do Exército e da Aeronáutica serão
transformados em Comandos, por ocasião da criação do Ministério da Defesa.
Art. 21 - Lei criará a Agência Nacional de Aviação Civil, vinculada ao Ministério da
Defesa, órgão regulador e fiscalizador da Aviação Civil e da infraestrutura aeronáutica
e aeroportuária, estabelecendo, entre outras matérias institucionais, quais, dentre as
atividades e procedimentos referidos nos incisos I e IV do art. 18, serão de sua
responsabilidade.
Art. 22 - Esta Lei Complementar entra em vigor na data de sua publicação.
Art. 23 - Revoga-se a Lei Complementar no 69, de 23 de julho de 1991.
EXCLUSÃO DE ILICITUDE
Art. 23 - Não há crime quando o agente pratica o fato:
I - em estado de necessidade;
II - em legítima defesa;
III - em estrito cumprimento de dever legal ou no exercício regular de direito.
EXCESSO PUNÍVEL
Parágrafo único - O agente, em qualquer das hipóteses deste artigo, responderá pelo
excesso doloso ou culposo.
LEGÍTIMA DEFESA
Art. 25 - Entende-se em legítima defesa quem, usando moderadamente dos
meios necessários, repele injusta agressão, atual ou iminente, a direito seu ou de
outrem.
CONSTRANGIMENTO ILEGAL
Art. 146 - Constranger alguém, mediante violência ou grave ameaça, ou depois
de lhe haver reduzido, por qualquer outro meio, a capacidade de resistência, a não
fazer o que a lei permite, ou a fazer o que ela não manda:
Pena - detenção, de 03 (três) meses a 1 (um) ano, ou multa.
RESISTÊNCIA
Art. 329 - Opor-se à execução de ato legal, mediante violência ou ameaça a
funcionário competente para executá-lo ou a quem lhe esteja prestando auxílio:
Pena - detenção, de 2 (dois) meses a 2 (dois) anos.
DESOBEDIÊNCIA
Art. 330 - Desobedecer a ordem legal de funcionário público:
Pena - detenção, de 15 (quinze) dias a 6 (seis) meses, e multa.
DESACATO
Art. 331 - Desacatar funcionário público no exercício da função ou em razão dela:
Pena - detenção, de 6 (seis) meses a 2 (dois) anos, ou multa.
FLAGRANTE
Art. 301 - Qualquer do povo poderá e as autoridades policiais e seus agentes
deverão prender quem quer que seja encontrado em flagrante delito
Art. 302 - Considera-se em flagrante delito quem:
I - está cometendo a infração penal;
II - acaba de cometê-la;
III- é perseguido, logo após, pela autoridade, pelo ofendido ou por qualquer pessoa, em
situação que faça presumir ser autor da infração;
IV- é encontrado, logo depois, com instrumentos, armas, objetos ou papéis que façam
presumir ser ele autor da infração.
DESACATO
Art. 299 - Desacatar militar no exercício de função de natureza militar ou em
razão dela:
Pena - detenção, de seis meses a dois anos, se o fato não constitui outro crime.
DESOBEDIÊNCIA
Art. 301 - Desobedecer a ordem legal de autoridade militar:
Pena - detenção, até seis meses.
BUSCA
Art. 170 - A busca poderá ser domiciliar ou pessoal.
Busca domiciliar
DEFINIÇÃO DE CASA
Art. 173 - O termo "casa" compreende:
a) qualquer compartimento habitado;
b) aposento ocupado de habitação coletiva;
c) compartimento não aberto ao público, onde alguém exerce profissão ou atividade.
Não compreensão
Art. 174 - Não se compreende no termo "casa":
a) hotel, hospedaria ou qualquer outra habitação coletiva, enquanto abertas, salvo a
restrição da alínea b do artigo anterior;
b) taverna, boate, casa de jogo e outras do mesmo gênero;
c) a habitação usada como local para a prática de infrações penais.
BUSCA DOMICILIAR
Art. 175 - A busca domiciliar será executada de dia, salvo para acudir vítimas de
crime ou desastre.
Parágrafo único. Se houver consentimento expresso do morador, poderá ser realizada
à noite.
Art 176 - A busca domiciliar poderá ser ordenada pelo juiz, de ofício ou a
requerimento das partes, ou determinada pela autoridade policial militar.
Parágrafo único. O representante do Ministério Público, quando assessor no inquérito,
ou deste tomar conhecimento, poderá solicitar do seu encarregado, a realização da
busca.
Art. 177 - Deverá ser precedida de mandado a busca domiciliar que não for
realizada pela própria autoridade judiciária ou pela autoridade que presidir o inquérito.
Art. 178 - O mandado de busca deverá:
a) indicar, o mais precisamente possível, a casa em que será realizada a diligência e o
nome do seu morador ou proprietário; ou, no caso de busca pessoal, o nome da
pessoa que a sofrerá ou os sinais que a identifiquem;
b) mencionar o motivo e os fins da diligência;
c) ser subscrito pelo escrivão e assinado pela autoridade que o fizer expedir.
Parágrafo único. Se houver ordem de prisão, constará do próprio texto do mandado.
Art. 179 - O executor da busca domiciliar procederá da seguinte maneira:
REPOSIÇÃO
§2º Os livros, documentos, papéis e objetos que não tenham sido apreendidos devem
ser repostos nos seus lugares.
§3º Em casa habitada, a busca será feita de modo que não moleste os moradores mais
do que o indispensável ao bom êxito da diligência.
BUSCA PESSOAL
Art. 180 - A busca pessoal consistirá na procura material feita nas vestes,
pastas, malas e outros objetos que estejam com a pessoa revistada e, quando
necessário, no próprio corpo.
Art. 181 - Proceder-se-á à revista, quando houver fundada suspeita de que
alguém oculte consigo:
a) instrumento ou produto do crime;
b) elementos de prova.
Art. 182 - A revista independe de mandado:
a) quando feita no ato da captura de pessoa que deve ser presa;
b) quando determinada no curso da busca domiciliar;
c) quando ocorrer o caso previsto na alínea a do artigo anterior;
4) Investimento
Caso o prazo para cumprimento da missão permita, a hora do investimento deve
ser protelada de modo que as condições de sobrevivência na área cercada (corte dos
serviços públicos essenciais – água, energia elétrica, telefone etc.) comecem a
funcionar como instrumento de pressão sobre a APOP, com a consequente
desagregação das relações sociais internas e enfraquecimento das lideranças.
Deve-se utilizar o recurso da finta, ensaiando-se a tomada do dispositivo em
horários diferentes, de modo a produzir insegurança e incerteza quanto ao momento
real da ação. Essas fintas visam a desgastar as APOP no que concerne as suas
medidas de defesa.
Nesse período de espera, devem ser adotadas todas as medidas que levem ao
enfraquecimento das lideranças, buscando, com isso, isolá-las da massa.
No interior da formação que a tropa adotar para o investimento, deverão ser
posicionados os militares encarregados de fotografar e filmar. Eles devem dirigir suas
objetivas buscando focalizar particularmente as lideranças. A simples presença das
máquinas, “flashes” e luzes, funciona como fator de inibição para atuação dos
organizadores da resistência. Os elementos da imprensa poderão realizar seus
trabalhos, desde que não interfiram na manobra.
Elementos com missão especial devem ser escalados para:
a) aprisionar os líderes;
1.1. Generalidades
a. Patrulhamento a Pé
Em uma equipe de Patrulhamento Ostensivo a pé, o efetivo mínimo a ser
empregado será de 09 (nove) militares, correspondente à unidade de manobra valor
Grupo de Combate (GC). O Cmt GC tem a prerrogativa de utilizar suas peças de
manobra, as esquadras, separadamente em becos e vielas, mas sempre mantendo as
duas próximas, com a possibilidade de apoio mútuo. Deverá ser realizado:
- nas áreas urbanas em zonas residenciais de elevada densidade
demográfica;
- zonas de concentração comercial, logradouros públicos;
- onde o trânsito de veículos é proibido ou impossibilitado, e predomina a
circulação de pedestres.
b. Patrulhamento Motorizado
2. PRESCRIÇÕES DIVERSAS
a) Percepção:
O militar deve tomar uma postura observadora e estar atento a tudo que ocorra a
seu redor, tendo a sensibilidade de detectar a diferença de comportamento de
indivíduos e eventuais mudanças de procedimentos das pessoas, características
típicas de que ali há algo para ser verificado, atuando com oportunidade e eficiência.
A tropa que executa o patrulhamento ostensivo deve perceber a diferença entre o
cidadão honesto e o APOP, empregando adequadamente os meios disponíveis,
mantendo o respeito e a confiança da população. A sua percepção deve estar
fundamentada em três indagações:
1) O que ver?
Toda a tropa deve ir para o Pa Ost ciente do que está procurando. Sejam
elementos suspeitos de um ―carômetro‖ ou carros roubados, os militares devem estar
com algum objetivo a alcançar. Caso contrário, ficarão andando a esmo, sem a atenção
devida. Uma grande preocupação deve estar em observar os olhos e as mãos: os
olhos denotam a intenção de um suspeito e as mãos demonstram a capacidade.
2) Quando atuar?
Os comandantes de fração devem saber avaliar situações em que a tropa
deve se abster de agir. Turbas muito grandes, desproporcionais à capacidade da
fração são um exemplo de casos em que a tropa deve pedir reforço antes de agir.
3) Como atuar?
Os militares envolvidos no Pa Ost devem saber como tratar tanto a
população como os APOP em situações diferentes. Isso irá variar de acordo com a
reação do cidadão abordado e com a situação tática enfrentada pela tropa (uma
b) Situações suspeitas:
1) Indivíduos que, ao verem a equipe de patrulhamento ostensivo, alteram o
comportamento, disfarçando, ou mudando de rumo, ou largando algum objeto, ou
saindo correndo, ou demonstrando, de alguma forma, preocupação com a presença da
tropa;
2) Pessoas aflitas ou nervosas, sem motivo aparente, ou adultos segurando
crianças que choram, pedindo o pai ou a mãe (pode ser sequestro). Crianças pequenas
vagando em lugares públicos ou ermos podem estar perdidas;
3) Indivíduo cansado, suado por correr, sujo de lama ou sangue (pode estar
fugindo da polícia ou do local do crime);
4) Indivíduo parado ou veículo parado por muito tempo, próximo a
estabelecimento de ensino (pode ser um traficante). Vendedores ambulantes (carrinhos
de pipocas, sorvete, etc.) também deve ser objeto de atenção;
5) Indivíduo carregando sacos ou objetos (eletrodomésticos, picareta, pé-de-
cabra, macaco de automóvel) pode ser "arrombador" que já agiu ou vai agir. Indivíduo
nas praias, em atitude suspeita, junto a objetos deixados por banhistas;
6) Indivíduo com odor característico de tóxico (pode ser viciado ou
traficante);
7) Indivíduo parado muito tempo nas proximidades de estabelecimento
comercial ou bancário (pode estar esperando a hora de agir);
8) Indivíduo agachado, dentro ou ao lado do veículo parado ou estacionado
(pode estar se escondendo, fazendo ligação direta ou roubando toca-fitas, etc.);
9) Grupo de pessoas paradas em local ermo ou mal iluminado ou de má
frequência;
10) Indivíduo ou veículo que passa várias vezes pelo mesmo local (pode ser
um APOP esperando a hora de agir);
11) Indivíduo ou veículo que foge à aproximação da equipe (pode ser um
APOP em fuga);
12) Estabelecimento comercial com a porta semi fechada (pode estar
havendo um ilícito penal no seu interior);
13) Janelas ou portas abertas em residências ou estabelecimento comercial,
especialmente no período noturno;
14) Ocupantes de um veículo cujas aparências estão em desacordo com o
tipo de veículo (podem ser APOP em carro roubado);
15) Veículo que passa em alta velocidade, com ocupantes apavorados ou
empunhando armas;
16) Carro estacionado, com motorista no volante ou outras pessoas dentro,
parado há muito tempo no mesmo local (podem ser APOP, esperando a hora de agir);
17) Veículo parado, mal estacionado, com as luzes acesas, portas abertas,
chaves no contato (pode ser carro roubado ou ocupado por APOP em fuga ou
cometendo ilícito penal por perto);
18) Veículo em movimento que procure chamar a atenção da equipe de
patrulhamento através de sinais, como luz, buzina, freadas, etc. (alguém pode estar
precisando de ajuda);
c) Armamento e Equipamento
Devido às peculiaridades das Op GLO, a dotação de armamento do Pelotão deve
ser modificada, assumindo a seguinte configuração:
3. PATRULHAS EM GLO
4. INTERROGATÓRIO PRELIMINAR
5.1. Progressão
Para reduzir a exposição ao fogo inimigo, o militar deve evitar expor sua silhueta e
progredir o mínimo possível em áreas abertas, para isso, deve escolher a posição
coberta mais próxima antes de progredir e deve levar em consideração um encontro
fortuito com o APOP.
Áreas abertas como ruas e praças são zonas de matar naturais, pois são de fácil
visualização dos APOP. Por isso a progressão em ambientes urbanos deve ser,
preferencialmente, executada procurando sempre ficar próximo a algum anteparo
(paredes e muros de casas e edifícios), procurando abrigo atrás de postes, carros,
escadas de alvenarias, etc.
O militar deve dominar e executar com perfeição todas as técnicas de progressão
aprendidas na Instrução Individual Básica, sabendo avaliar qual delas melhor se aplica
a cada situação, fazendo um judicioso estudo do inimigo, terreno e condições de
observação.
a) Empunhadura do Armamento
Diferente da empunhadura convencional, ela visa a prática do Tiro de Ação
Reflexa, predominando a velocidade, em detrimento da precisão do disparo.
EMPUNHADURA
- Mão forte empunha o Armt pelo punho;
- Dedo indicador fora do gatilho, apoiado na
armação;
- Mão fraca posicionada na junção do
carregador com a armação e as placas do
guarda mão;
- Indicador da mão fraca pode ou não estar
paralelo ao cano;
- Polegar por trás da alavanca de manejo;
- Cotovelos devem estar sob a arma, colados
ao corpo, oferecendo um maior apoio ao
atirador e diminuindo sua silhueta.
Importante: manter sempre o dedo fora do
gatilho.
FOTO 03 – EMPUNHADURA DO FUZIL
b) Posições de Pronto
Descrevem a maneira como o militar deve conduzir e utilizar o armamento no
momento do disparo, adequando-se às cobertas e abrigos disponíveis, de acordo com
as características do terreno. Existem três posições básicas:
PRONTO 2
c) Cobertas e Abrigos
Ao ocupar um abrigo, o militar deve, sempre que possível, tomar sua posição de
tiro observando pela lateral do mesmo, da posição mais baixa que ele puder.
Os militares, sejam destros ou canhotos, devem ser treinados para adaptar-se a cada
situação, sendo capazes de empregar seu Armt fazendo uma empunhadura trocada, se
necessário. Isso evitará sua exposição ao ocupar um abrigo.
d) Lanço
Antes de progredir para outra posição, o combatente deve fazer um
reconhecimento visual e selecionar a posição com melhor abrigo ou coberta. Ao
mesmo tempo, deve escolher o itinerário que o levará a conseguir atingir aquela
posição, fazendo o Estudo do Lanço.
- PARA ONDE VOU?
- POR ONDE VOU?
- COMO VOU?
- QUANDO VOU?
e) Posicionamento
POSIÇÃO DE
COMBATE
- Maior velocidade de
deslocamento e de mudança de
direção;
- Aumento da proteção
balística;
- Possibilita tiro em movimento;
- Maior controle da arma.
- Maior estabilidade;
- Maior controle da arma;
- Maior velocidade nos
deslocamentos e mudanças de
direção;
- Possibilidade de apoio de fogo.
Posição que permite ao grupo de combate maior poder de fogo na mesma direção
ou em direções distintas. Esta posição aumenta a segurança do grupo com relação às
ameaças frontais e permite ainda que sejam batidas ameaças imediatas, inclusive as
tridimensionais, que no caso das Operações de Garantia da Lei e da Ordem, consistem
em lajes, janelas, etc.
f) Áreas Críticas
1) Travessia de áreas abertas
Para atravessar uma área aberta, como ruas, praças, campo de futebol, etc, o
militar deve escolher um itinerário que contorne essas áreas e se deslocar próximo às
construções. Caso seja inevitável atravessar a área, devem ser executados lanços
rápidos, um militar por vez, reduzindo-se o tempo de exposição, e coberto pelos fogos
do restante da patrulha. Granadas de mão fumígenas podem ser usados para ocultar a
progressão.
VARREDURA DINÂMICA
EM PORTA/JANELA
5.2. Observação
a) Olhar americano
É uma técnica que consiste em realizar observações de uma posição mais baixa.
Para isso, o observador deverá posicionar-se atrás de um anteparo e deitar-se no
chão. Com o auxílio das mãos e dos pés, ergue o seu corpo, o suficiente para deixá-lo
sem contato com o solo e o projeta em um movimento baixo e rápido.
Deve tomar cuidado ao abordar o canto do anteparo para não projetar sombra ou
partes do seu corpo ou equipamento, antes de executar a técnica.
A observação deverá ser rápida e eficiente, pois uma demora poderá denunciar a
posição de quem observa. O armamento deverá estar à tiracolo, e a silhueta do
combatente não deverá ser projetada além do anteparo, para não denunciar a sua
posição.
c) Fatiamento
É uma técnica de observação utilizada quando o inimigo está próximo do atirador
e o contato é iminente. Com o fuzil na posição de “PRONTO 1”, o militar deverá
apontar a sua arma para a quina do canto, através do qual deseja observar.
Essa quina servirá de eixo sobre o qual o observador deverá realizar um
movimento lento e circular, de forma que possa observar à frente de maneira gradativa,
até visar o lado oposto do recinto.
O observador deverá inclinar seu tronco na direção em que realizará seu
deslocamento, evitando que seus pés fiquem expostos, para observar o inimigo sem
que este o observe. Em seguida, avançará e atirará sobre o mesmo.
É importante frisar que o militar deve trocar o armamento de ombro, caso precise
realizar o fatiamento em outro sentido, para não expor seu cotovelo ou ombro antes do
cano do armamento.
d) Tomada de ângulo
Outra técnica de observação, mais ofensiva que o fatiamento, é a tomada de
ângulo. O militar deve aproximar seu pé oposto ao lado do ângulo que irá ganhar o
máximo possível da esquina, sem denunciar sua posição. A seguir, deverá inclinar seu
corpo rapidamente, com o peso apoiado neste pé que está à frente, girando em torno
da quina, tomando todo o ângulo da sua frente e o da via que quer ganhar.
Também nesta técnica o militar deve trocar o armamento de ombro, caso precise
realizar o fatiamento em outro sentido, para não expor seu cotovelo ou ombro antes do
cano do armamento.
a) Escadas
O uso de escadas é o método mais rápido para obter acesso aos níveis
superiores de uma construção. As unidades podem obter escadas com a população
civil do local, em lojas, ou obter material para construir uma escada através da cadeia
de suprimento. Uma escada pode ser improvisada com a utilização de madeira retirada
de escombros, mas deve ser considerado o tempo para a montagem de uma escada.
Existem também modelos de escadas táticas, que são portáteis.
b) Fateixa
O gancho deve ser resistente, portátil, facilmente lançado e equipado com garras
que possam prender-se a uma janela ou ressalto. A corda deve ter de 1,5 a 2,5 cm de
diâmetro e comprimento suficiente para alcançar a janela ou objetivo. Cordas
fradeadas facilitam a escalada da parede ou muro. O militar deve seguir os seguintes
procedimentos para o lançamento:
- ao lançar o gancho, fique o mais próximo do edifício. Quanto mais perto você
ficar, menor será a exposição aos fogos inimigo e menor será a distância horizontal que
o gancho deverá percorrer.
- calculando-se que há corda suficiente para atingir o objetivo, segure o gancho e
algumas voltas de corda na mão que irá lançar. O restante da corda deve estar solto,
na outra mão, para permitir que a corda corra livremente. O lançamento do gancho
deve ser feito para cima, com a outra mão soltando a corda.
- uma vez que o gancho está dentro da janela (ou no teto), puxe a corda para ter
certeza que está bem presa, antes de começar a subir. Ao usar uma janela, puxe o
gancho para um canto, para garantir as chances de estar bem segura e para reduzir a
exposição às janelas inferiores durante a escalada.
c) Transposição de muros
- Fuzil à tiracolo;
- Deitar sobre o muro de maneira a
expor o mínimo possível sua silhueta;
- Observar o outro lado;
- Rolar por cima do muro rapidamente;
e
- Caso o muro seja muito alto, deverá
se segurar como se estivesse
realizando uma barra e depois soltar o
corpo.
MURO MÉDIO
Esta técnica deve ser usada quando não for possível desbordar o muro, ou para
surpreender a Força Adversa, infiltrando em locais de difícil acesso. Para ser
corretamente executada requer adestramento e bom condicionamento físico. O efetivo
mínimo para realizá-la com segurança é de 01 GC.
Os militares da base devem ser os mais altos e mais pesados. A base pode estar
de frente ou de costas para o muro, apoiando as costas ou os antebraços,
respectivamente. O segundo andar da pirâmide deve ser composto por militares de
porte mediano, e irá ficar de costas para o muro, procurando o equilíbrio. A ponta da
pirâmide será composta pelo militar mais leve do grupamento.
a. Classificação de áreas
Em áreas verdes, o deslocamento pode ser normal, sem muita preocupação com
ações surpresas. Neste tipo de área, o patrulhamento é mais um efeito presença,
visando a prevenção de atos ilícitos.
Em áreas amarelas, o deslocamento deve ser feito com segurança, atentando em
todas as direções. Alguns lanços podem ser executados para uma maior segurança. É
uma área de transição, que pode se tornar vermelha a qualquer momento; portanto, a
atenção deve ser redobrada.
Em áreas vermelhas, conduzir o armamento em condições de pronto-emprego
(recomendável que esteja carregado). O deslocamento deve ser cauteloso, pois o
contato com o APOP é iminente e a qualquer momento a tropa pode se ver sob fogos.
a) Contínua
É normalmente utilizada em Áreas Verdes, dividindo-se o GC em duplas de
patrulhamento, que mantém uma pequena distância umas das outras.
b) Esteira
Deve ser usada em Áreas Vermelhas, quando a velocidade é prioritária à
segurança e quando há proteção dos muros, como em becos, ruas estreitas e ruas
com ameaça unilateral.
Nessa progressão a tropa se desloca em “coluna por 1”, encostada na parede que
oferecer abrigo contra a ameaça. Os militares que se encontram no meio do
grupamento devem procurar fazer segurança para as laterais e para ameaças em lajes
e janelas. O militar que estiver à frente da coluna – normalmente um dos
Esclarecedores do GC -, é quem dita a velocidade do deslocamento e o itinerário a ser
seguido.
Toda vez que houver um beco, ou uma porta, oferecendo risco à progressão da
tropa, o Esclarecedor deve verificar se este local está em segurança e manter-se nesta
posição até a passagem de todos os militares por este ponto crítico. Enquanto o
Esclarecedor realiza esta atividade através das técnicas de fatiamento ou de olhada, o
outro militar que estiver atrás dele deve fazer a segurança para a frente (direção de
deslocamento) e, em seguida, assumir a frente do dispositivo.
c) Ponto a Ponto
É uma progressão lenta e que desgasta muito a tropa. Deve ser adotada quando
a segurança tem prioridade em detrimento da velocidade e quando há poucos abrigos,
sendo necessária a execução de lanços.
Pode ser feita no nível GC ou esquadra. Os militares irão realizar lanços de um
abrigo para o outro, porém cada um só deve abandonar sua posição após a chegada
de outro militar para substituí-lo no local. Este substituto realizará o apoio de fogo para
que o militar execute seu lanço com segurança até a próxima posição abrigada.
A velocidade é ditada pelo elemento da retaguarda, uma vez que os dois últimos
militares do grupamento serão os primeiros a se movimentar. O último militar do grupo
estará sempre fazendo a segurança para a retaguarda, abandonando sua posição
apenas quando o penúltimo militar fizer sua segurança para trás e chamá-lo. O lanço
do último homem pode ser contínuo ou alternado, dependendo da distância entre os
abrigos.
Os outros elementos da fração seguirão a regra de movimentação citada acima
(cada um só executa o lanço após a chegada do substituto), acrescido o fato de que
cada militar só pede apoio para o elemento atrás de si quando tiver certeza de que o
elemento que o mesmo está apoiando já chegou ao seu abrigo.
1. GENERALIDADES
b. Pacificar áreas:
A ação de aplicar a lei é precedida de preservar vidas. Preservar a integridade
física do cidadão (uso da Força – Abuso de Autoridade);
c. Indivíduo Suspeito:
É aquele cujo conjunto de características coincide com a descrição feita por
testemunhas da prática de um delito, ou mesmo aquele encontrado com arma,
instrumento ou outro objeto que possa imputar-lhe a presunção da autoria de uma
transgressão.
e. Cidadão Infrator:
É aquele que praticou o delito e requer a intervenção.
2. ABORDAGEM
a. Conceito de abordagem:
Abordagem é a ação do militar em aproximar-se de um cidadão, a pé, motorizado
ou montado e iniciar a interpelação para que possa, posteriormente, iniciar outras
ações como a busca pessoal, prisão, algemamento, contenção, etc.
c. Níveis de abordagem
Para realizar a abordagem, vamos identificar a mesma em 3 tipos:
1) Tipo “A”
- Adotada em abordagens de trânsito, orientações ao público em geral,
assistências gerais às pessoas, etc.
- Deve-se ser utilizada ao máximo a atitude respeitosa e cordial.
- Faz parte das Relações Públicas da Operação.
- Nível de segurança 1.
2) Tipo “B”
- Adotada em casos de abordagem para verificação preventiva.
- As medidas de segurança devem ser preventivas sem necessidade de
constranger o cidadão abordado.
- Adotada em casos onde a abordagem do cidadão faz-se necessária porém
não é conhecida as intenções e/ou materiais que a pessoa esteja de posse.
- Nível de segurança 2.
3) Tipo “C”
- Necessária em caso de risco à equipe, em situações que envolvam risco
iminente aos militares que estão realizando a abordagem e/ou envolve a suspeita
confirmada dos cidadãos abordados.
- Deve-se adotar ao máximo as medidas de segurança, em casos onde não
haja a possibilidade de reação eficaz do militar somente realizar a abordagem no caso
de defesa de civis ou risco ao militar
- Priorizar a segurança.
- Nível de segurança 3.
d. Níveis de segurança
1)Nível de segurança 1:
- Armamento no coldre.
- Pode ser feita uma busca básica ( levantar a camisa com giro de 360°).
2)Nível de segurança 2:
- Armamento de porte em mãos, porém sem estar apontado para os
abordados e armamento portátil cruzado e apontado para o chão.
- Busca pessoal básica ou minuciosa.
3)Nível de segurança 3:
- Apontar o armamento em direção aos infratores/ criminosos.
- Colocar os abordados em posição de inferioridade de ações (anteparo,
joelhos).
- Busca pessoal minuciosa e/ou íntima.
3. REVISTA
Pedir ao cidadão que levante a camiseta e retire tudo que possui nos bolsos,
mangas e outros que sejam julgados necessários.
Não há necessidade de colocar a pessoa em anteparos ou colocar-lhe em
posição de inferioridade.
Revista em Mulheres.
Obs:
- O segmento da população considerado como transexuais deve ser revistado
como se mulher fosse. Podendo as mesmas ser travestidas como homem ou como
mulher;
- Artigos 180, 181 e 183 do Código de Processo Penal Militar (CPPM).
4. ALGEMAÇÃO
b. Como fazer:
a. Aproximação
O militar, de posse de suas algemas com a mão-forte, deverá segurar a algema, tendo
a abertura dos elos voltada para frente. Segurar, com a mão fraca, as mãos do
capturado, estando seus dedos entrelaçados ou sobrepostos (caso o suspeito não
esteja com as mãos na parede), enquanto a mão forte inicia o ato de algemação.
(Figura 2 - Empunhadura da Algema)
c. Algemação
Pelo lado da abertura do elo inferior, colocar algema no capturado de forma que não
fique aberta em demasia, exercendo pressão do elo contra o pulso. Não se deve bater
a algema no punho do capturado, pois este ato poderá acarretar em lesão. O gancho
de fechamento deverá estar voltado para o lado em que estiver o militar. (Figura 3 -
Algemação)
a. Como fazer:
- Ordenar:
1) que o veículo seja desligado;
2) que as mãos sejam colocadas para fora pela janela;
3) que as chaves sejam colocadas no teto do veículo;
4) que retire o cinto de segurança
5) abra a porta pelo lado externo do veículo;
6) que desembarque devagar, com as mãos para cima, olhando para o
comandante;
7) que caminhe em direção à viatura, de forma controlada, com as mãos
erguidas conduzindo-o para a parte de trás do veículo;
8) que o suspeito vá para trás do veículo, ou em um local considerado
seguro, iniciar a busca preliminar e a colocação de algemas SFC.
b. Como fazer
1) Antes do início da vistoria, perguntar se há objetos de valor, carteira,
talões de cheques, entregando-os prontamente ao condutor/proprietário, bem como,
inquiri-lo se há armas ou qualquer objeto ilícito no veículo;
2) Um dos militares permanece com o condutor/infrator a frente da porta
dianteira direita do veículo, distante aproximadamente três metros para o
acompanhamento da vistoria a ser realizada por outro militar;
a. Como fazer:
- Ordenar:
1) que o veículo seja desligado e retire a chave do contato;
2) que as mãos sejam colocadas acima e linha da cabeça;
3) com o condutor ainda na moto o revistador faz uma rápida revista na linha
da cintura, e tronco;
4) que coloque a moto no suporte lateral (pezinho)
5) peça que o condutor desembarque da moto;
6) peça que coloque as mãos sobre capacete e entrelaça os dedos ;
7) que caminhe em direção à viatura, de forma controlada,
8) que o suspeito vá para trás do veiculo, ou em um local considerado
seguro, iniciar a busca preliminar e a colocação de algemas SFC.
1. GENERALIDADES E FINALIDADE
1.1. GENERALIDADES
É a operação de GLO que permite a fração nível pelotão, realizar o controle e/ou
o bloqueio de vias. Estas vias podem ser classificadas em dois tipos:
a. Via rural:
1) Estradas: não pavimentada.
2) Rodovia: pavimentada.
b. Via urbana: ruas e avenidas situadas em áreas urbanas, caracterizadas
principalmente por possuir imóveis e edificações ao longo de sua extensão.
1.2. FINALIDADE
A operação visa controlar o movimento de pessoas e\ou de materiais, realizando
abordagem de elementos suspeitos, prisão de marginais e principalmente intensificar a
operação presença das forças legais em áreas de risco, portanto pode-se dizer que as
principais finalidades são:
- Operação presença;
- Controlar movimento de veículos;
- Bloquear a passagem de material ilícito;
- Realizar a abordagem de pessoas não suspeitas;
- Realizar a abordagem a elementos suspeitos;
- Efetuar a prisão de criminosos.
3. TIPOS DE OCORRÊNCIA
4. PRINCÍPIOS BÁSICOS
5. MATERIAL UTILIZADO
Sinalizador eletrônico 12
Bastão de sinalização 04
Colete de sinalização 22
Seta eletrônica 04
Espelho de inspeção 02
Detector de metal 04
Lombada Portátil 02
6.5. Abordagem
a) Elemento na Normalidade:
1) “Bom dia senhor(a)!”;
2) Documentação do veículo e CNH, por favor. Após a verificação da
documentação;
3) O Exército Brasileiro agradece a cooperação, esta é uma operação de
rotina para melhorar a segurança da população local.
b) Elemento suspeito / criminoso:
1) Com a mão direita desligue o veículo mantendo a mão esquerda no
volante;
2) Abra a porta do veículo com a mão esquerda;
3) Saia do veículo com as duas mãos para cima;
4) Vire-se para o veículo e coloque as duas mãos no teto;
5) Abra as pernas e com as mãos no teto do veículo afaste-se do veículo.
3. Determinar que o(s) abordado(s) permaneça(m) com as mãos para trás (região
da lombar) durante todo o processo de vistoria, garantindo a segurança da ação.
4. O militar responsável pela vistoria informará o condutor/proprietário sobre o
início do procedimento no interior do veículo.
5. Inquirir o condutor/proprietário sobre a existência de armas ilegais, drogas e ou
objetos ilícitos no interior do veículo:
5.1. confirmada a existência de tais objetos, informar de maneira discreta aos
demais integrantes da equipe e adotar as providências previstas na Regra de
Engajamento e Caderno de Instrução de GLO.
6. Perguntar ao condutor/proprietário se há objetos de valor, carteiras, celulares,
talões de cheques, dentre outros.
7. Questionar onde se encontra(m) tal(is) objeto(s) e retirá-lo(s), na presença do
condutor/proprietário, colocando-os em local visível no interior do veículo.
8. Iniciar a vistoria interna do veículo seguindo a ordem sequencial dos 6
quadrantes, indicados na figura 2.
6.7. Documentação:
11.1. verificar visualmente a existência de irregularidades ou sinais de
adulteração, como: erro de português, numeração desalinhada, rasuras, dentre outras;
11.2. verificar, quando possível, a numeração do chassi e motor e confrontá-las
com o Certificado de Licenciamento Anual (CLA);
11.3. verificar a validade da documentação da CNH do condutor;
11.4. consultar, através dos meios de comunicações na Base ou CCop, as
informações necessárias para conferência com a documentação em mãos.
12. Confirmar se há providências previstas no Código de Trânsito Brasileiro (CTB)
e adotar as medidas cabíveis.
13. Anotar os dados da(s) pessoa(s) submetida(s) à abordagem em relatório.
14. Não havendo irregularidades, entregar a chave e toda documentação ao
condutor/proprietário e solicitar que este confira todos os seus pertences.
15. Informar que a abordagem tem fundamentação legal.
16. Agradecer pela colaboração, reforçando com os dizeres: “Conte sempre com
o Exército Brasileiro!”.
3. Determinar que o(s) abordado(s) permaneça(m) com as mãos para trás (região
da lombar) durante todo o processo de vistoria, garantindo a segurança da ação.
4. O militar responsável pela vistoria informará o condutor/proprietário sobre o
início do procedimento.
5. Inquirir o condutor/proprietário sobre a existência de armas ilegais, drogas e/ou
objetos ilícitos deixado(s) na motocicleta:
5.1. confirmada a existência de tais objetos, informar de maneira discreta aos
demais integrantes da equipe e adotar as providências previstas no POP de
Abordagem de Infrator da lei;
6. O militar responsável pela vistoria deverá:
6.1. retirar a chave do contato;
6.2. verificar sinais aparentes de dano na ignição (miolo) e chave;
6.3. confirmar se a chave é original ou trata-se de - chave micha‖;
6.4. entregar a chave ao encarregado da equipe;
6.5. observar se a motocicleta apresenta indícios de crime, como: marcas de
sangue, perfurações na lataria por disparos de arma de fogo, avarias recentes que
indiquem provável acidente de trânsito, dentre outros;
6.6. verificar se o painel apresenta espaços que possam ocultar objetos ilícitos.
Observar ainda detalhes de fixação e sinais de adulteração;
6.7. verificar se o tanque apresenta sinais de adulteração ou compartimentos
falsos encobertos por adesivos ou capas. Observar ainda sua correta fixação;
6.8. no banco:
6.8.1. pressionar, com as mãos, a região da espuma, na busca de objetos ilícitos;
6.8.2. verificar adesivos e capas removíveis;
6.8.3. caso o banco seja removível, retirá-lo para verificar a parte debaixo.
6.8.4. verificar a existência de numeração do chassi nesta região. Observar se
apresenta sinais de adulteração;
6.9. lateral direita:
6.9.1. verificar se há sinais de adulteração na carenagem, como a fixação por
velcro ou material similar que facilite a acomodação ou acesso a objetos ilícitos,
inclusive armas;
6.9.2. na impossibilidade de remoção da carenagem, utilizar lanterna e aparelho
de vistoria Boroscópio para vistoriar os espaços existentes que possam acomodar
objetos ilícitos;
1. CONSIDERAÇÕES GERAIS
3. ORGANIZAÇÃO
a. Organização
Grupo de Comando:
- Coordenar e controlar a ocupação do PS.
Grupo de Sentinela:
- Estabelecer a defesa circular aproximada e posto de controle de circulação; e
- Estabelecer barreiras e outras medidas de proteção aproximada.
Grupo de Patrulha:
- Estabelece a defesa circular afastada, principalmente em pontos dominantes
que circundam o local;
- Lançar patrulhas a pé ou motorizadas que irão rondar, constantemente, as áreas
próximas ao ponto;
- Estabelecer postos de bloqueio e controle de Vtr e pessoal nas vias de acesso
ao Ponto Sensível;
- Deter elementos suspeitos nas proximidades do Ponto Sensível;
- Instalar obstáculos nas proximidades do Ponto Sensível; e
- Limpar os campos de tiro e obstáculos, de acordo com as necessidades do
grupo de sentinelas.
4. MEDIDAS ADOTADAS
5. MATERIAL UTILIZADO
6. PONTO FORTE
O Ponto Forte pode ser, de acordo com sua ocupação, do tipo fixo ou temporário:
-Fixo: São instalações ocupadas diariamente por um Pelotão em uma mesma
posição. Possui características semelhantes ao de funcionamento de um PSE e tem
como finalidade estabelecer o controle da área.
O valor para ocupar um Ponto Forte pode variar de acordo com a missão, sendo
de um Grupo de Combate até um Pelotão de Fuzileiros.
Limitações e vulnerabilidades
- Condições precárias das instalações;
- Condições reduzidas de conforto;
- Dependência do apoio logístico;
- Excessiva proximidade com a população, o que exige a adoção de medidas que
evitem a identificação da rotina do ponto forte;
- Susceptível à ação de elementos dos APOP que, valendo-se de sua capacidade
de dissimulação na população, podem aproximar-se das instalações para realizar
ações de sabotagem;
- Não poder entrar em instalações abandonadas sem a devida autorização do
proprietário ou mandado;
- Os APOP se misturam com a população civil;
- Utilização de civis como escudo pelo APOP;
- APOP utilizando crianças para passar informações sobre a tropa.
1. FUNDAMENTOS ÉTICOS
A Operação de Busca e Apreensão (OBA) é uma atividade planejada que tem por
objetivo cumprir com segurança um mandado de busca e apreensão expedido por um
juiz. Tem por finalidade encontrar e deter pessoas ou materiais que sirvam de subsídio
para a solução de crimes, como armas, dinheiro, drogas, computadores, documentos,
etc.
Durante a execução destas operações, existe a incerteza da situação a ser
encontrada no interior das construções, fazendo com que a segurança seja a principal
preocupação. Para cumprir esse tipo de missão, é importante a prática dos seguintes
fundamentos éticos:
a. disciplina – obediência e fiel cumprimento das ordens;
b. lealdade – fidelidade com os companheiros;
c. responsabilidade coletiva – responsabilidade solidária pelos atos praticados
durante uma ação no objetivo. Cada um é responsável não somente pelo seu ato, mas
também pelo do seu companheiro;
d. compromisso de matar – o elemento da fração deve ter consciência de que
ele deverá neutralizar aquele que ofereça uma ameaça ou perigo eminente contra a
sua vida ou de outrem; e
e. dever do silêncio – o elemento da fração deve saber que não pode comentar
o cumprimento de uma missão, atividades de instrução ou qualquer outro assunto
tratado no âmbito da fração.
A entrada ou assalto ao local especificado no respectivo mandado é uma
ferramenta comum a outros tipos de operações, como por exemplo, o investimento a
uma localidade, onde as pequenas frações terão que progredir casa a casa a fim de
eliminar possíveis resistências no interior da localidade.
As técnicas, táticas e procedimentos (TTP) é que tornam a entrada em uma
ferramenta comum, contudo é importante destacar que essas TTP deverão estar de
acordo com a legislação vigente e às regras de engajamento previstas.
2. DEFINIÇÕES
3. ORGANIZAÇÃO
Em uma OBA, que pode ser do escalão Pel ou maior, a tropa que cumprirá a
missão deverá estar organizado conforme o organograma a seguir:
4. TAREFAS
a. Força de Assalto
É a fração que realiza o movimento para o interior de um aparelho, a partir da
posição de assalto (PA), utilizando os meios necessários caso não haja consentimento
do proprietário após a leitura do mandado.
Deverá ser organizada com o valor mínimo de um Grupo de Combate (GC), que
realizará o assalto do aparelho. Logo, dependendo do nível de comando da operação
ou da dimensão do local a ser realizada a busca, poderá haver a necessidade de um
pelotão (Escalão de Assalto) ter os seus GC organizados em Grupos de Assalto. Para
a realização do assalto, deve-se atentar para a premissa básica de sempre manter dois
homens por cômodo. A Força de Assalto poderá ser reforçada por elementos
especializados (chaveiro, atendentes, socorristas, etc).
b. Força de Revista
É a fração responsável pela busca dentro do aparelho, revistando os cômodos,
inclusive dentro dos móveis e compartimentos escondidos, além de apreender
materiais.
Pode ser apoiada por elementos especializados, como: peritos, cães farejadores
e outros necessários ao cumprimento do mandado. Deve conduzir material específico:
luvas de procedimento, espelhos, sacos plásticos, chaves de fenda, pinças, etc.
c. Força de Cerco e Isolamento
Força de Cerco – é responsável por impedir a fuga de elementos de dentro do
aparelho e também por prover a segurança da Força de Assalto durante sua
aproximação do aparelho.
Força de Isolamento – é responsável por evitar a entrada de indivíduos na área
da operação, sejam APOP, imprensa ou mesmo curiosos.
5. FASES DA OPERAÇÃO
b. Aproximação
Para esta fase serão consideradas duas etapas e uma situação especial.
- 1ª Etapa
Nesta etapa, é considerado o deslocamento do local de desembarque até a
Posição de Formação (PF), que em algumas situações poderá coincidir com o local de
desembarque.
A posição de formação é a última posição coberta e abrigada antes da Posição de
Assalto (PA).
Na PF, os integrantes da fração já deverão estar com as armas principais
carregadas e destravadas, deverão realizar o último teste rádio e, em último caso,
poderá realizar alguma medida administrativa ou de coordenação necessárias ao
prosseguimento na missão.
Os integrantes da fração deverão conduzir o armamento na posição de pronto 3
(três) ou pronto 2 (dois), de acordo com a hostilidade do ambiente, mantendo a
observação no setor distribuído pelo comandante do grupo.
A Turma de Caçadores deverá estar em condições de guiar e prover a cobertura
da Força de Assalto, a partir do pronto do comandante desta Força na PF para
deslocar-se até a posição de assalto.
- 2ª Etapa
Nesta etapa, é considerado o deslocamento da PF até a PA.
Durante este deslocamento os integrantes da fração deverão conduzir o
armamento na posição de pronto 2 (dois), mantendo-se os setores já distribuídos e
poderão adotar a posição de pronto 3 (três) caso a situação exija.
c. Leitura do Mandado
A leitura do mandado deve ser realizada, preferencialmente, antes da
entrada/assalto no aparelho. Em operações onde o sigilo e/ou a segurança dos
elementos envolvidos seja fundamental para o cumprimento do mandado, poderá ser
lido depois, com os APOP já detidos.
Na situação em que o mandado for lido após a entrada, deverá ter sido feita a
limpeza de todos os cômodos, estabelecida a segurança internamente e identificado o
proprietário, para a realização da leitura.
A leitura poderá ser feita por elemento da tropa ou oficial de justiça, neste caso, a
tropa deve prover a sua segurança.
d. Assalto
Normalmente para a entrada no primeiro cômodo o Grupo de Assalto se
posicionará como um todo na mesma parede, ao lado da entrada. A entrada na
primeira porta pode exigir um arrombamento, o qual pode ser realizado apenas com a
abertura da fechadura com ferramentas (como a mixa), com o arrombamento mecânico
(usando aríete ou pé de cabra), com arrombamento usando espingarda Cal 12 (com
munição normal ou munição de gesso, na fechadura ou nas dobradiças) ou com
arrombamento explosivo. Também podem ser usadas granadas de luz e som após o
arrombamento para garantir a distração de APOP armados no cômodo. Essas técnicas
também podem ser usadas em outras portas dentro da construção.
Os militares ao realizar uma entrada irão se posicionar dentro do cômodo invadido
em paredes opostas. A técnica a ser empregada dependerá da posição que forem
identificados os perigos imediatos dentro do cômodo, é importante observar a seguinte
regra geral: o primeiro homem está sempre certo. Se o primeiro entrar para a esquerda,
o segundo entrará para a direita, e vice-versa.
Ao adentrar em um cômodo o militar irá, preferencialmente, investir contra o maior
perigo imediato naquele cômodo. Seu objetivo, a partir de então, é neutralizar essa
ameaça, seja usando seu armamento letal, não-letal ou através da verbalização. O
segundo que adentrar irá para o lado contrário, cobrindo desta maneira a retaguarda do
seu companheiro.
1) Quanto a técnica
a) Entrada em Gancho
Na aplicação desta técnica, o militar se posiciona junto à porta, tomando cuidado
para não apresentar o cano do seu armamento na abertura da porta e denunciar sua
posição.
No momento da entrada ele “contorna” o batente da porta que está a seu lado
percorrendo a mesma parede que ele se encontrava.
c) Situação especial
(1) Portas centrais largas onde o grupo esteja posicionado dos dois lados da porta
e que possibilitam a passagem de dois militares ao mesmo tempo.
(2) Portas centrais estreitas onde o grupo esteja posicionado dos dois lados da
porta e que possibilitam a passagem de apenas um militar de cada vez.
a) Coberta:
A entrada coberta será utilizada em operações de busca e apreensão onde a
segurança é mais importante que a velocidade. Normalmente em casos quando não há
possibilidade do descarte/destruição de provas importantes para resgatar, ou quando o
incidente não envolve reféns e em caso de APOP barricado.
Neste tipo de entrada, será priorizada a segurança e proteção dos integrantes do
grupo de assalto, através do uso do escudo balístico no primeiro homem a entrar nos
cômodos ou da utilização de técnicas de observação (fatiamento, tomada de ângulo ou
olhada rápida) antes da entrada em cada cômodo.
b) Dinâmica:
A entrada dinâmica será utilizada em operações de busca e apreensão onde se
priorize a agressividade e a rapidez. Este tipo de entrada é mais indicado quando
b) Inundação
É dada ênfase a velocidade, pois todo o grupo de assalto aborda o primeiro
cômodo e a reorganização ocorre quase que simultaneamente com a passagem para o
próximo cômodo.
Será utilizada, prioritariamente, se a planta da edificação, bem como a localização
de inocentes e APOP, for de conhecimento da tropa. Tem como principal característica
a grande velocidade em que se abordam os cômodos.
Requer elevado nível de adestramento e ensaio detalhado, tendo em vista que
requer a perfeita harmonia na execução da missão, de forma que cada um dos
integrantes do grupo de assalto tenha, preferencialmente, perfeito conhecimento da
planta do aparelho e saiba qual sua missão.
e. Reorganização
Para esta fase serão estabelecidas medidas de coordenação e controle após a
limpeza de todos os cômodos.
Ela iniciará com o limpo do último cômodo, por isso é importante que o
comandante de grupo se posicione de tal forma que esteja acompanhando a entrada
nesse cômodo.
Iniciada esta fase, o comandante de grupo deverá percorrer todos os cômodos e,
se necessário, redistribuir seus homens de forma a melhorar a segurança no interior do
recinto.
Após verificado que o recinto está em segurança, o comandante de grupo informa
ao comandante imediato que o aparelho está em segurança e a situação atual (feridos
da tropa, feridos civis, materiais destruídos, danos ao patrimônio, etc).
f. Busca e Apreensão
Esta fase caracteriza-se pelo trabalho de duas equipes: Acolhimento e Revista.
Inicialmente a equipe de acolhimento adentra o ambiente e recolhe APOP
detidos, civis feridos e militares feridos. Esta equipe realiza a revista pessoal nestas
pessoas e os conduz para fora do aparelho.
Logo em seguida, a equipe de revista inicia a busca detalhada nos cômodos. A
busca pode ser realizada por uma equipe específica (elementos em reforço) ou por
elementos da fração com essa tarefa específica, devendo ser tomadas todas as
medidas para a preservação das provas e do aparelho, visando uma posterior perícia.
Danos desnecessários ao aparelho e seu mobiliário devem ser evitados.
Após cumprida sua missão, a equipe de revista se retira do local.
h. Retraimento
É o movimento inverso da entrada, realizado pelo grupo de assalto em direção à
PF ou a uma nova posição de assalto.
ARTIGO I
1. CONCEITOS BÁSICOS
Tipos de massa:
b. Massas organizadas: são grupos que possuem uma liderança mais definida,
possuem relativa disposição para enfrentar o policiamento local, além de terem
objetivos específicos de interesse de seu grupo social.
c. Massas violenta: são grupos que, muito das vezes, não possuem lideranças
definidas, mas que, por suas características, têm demonstrado ser uma preocupação
quanto à ordem pública.
Doutrinas:
3. CONDICIONANTES
4. ATIVIDADES A REALIZAR
- inteligência;
- operações psicológicas;
- isolamento da área de operações;
a. Inteligência
- As atividades de inteligência em uma OCD devem se orientar para:
1) Identificação das causas do distúrbio;
2) APOP, em especial quanto à liderança, intenções, efetivos e armamento;
3) População, em especial quanto ao seu possível grau de participação (incluindo
líderes políticos); e
4) Região de operações, em especial quanto aos acessos, pontos sensíveis,
postos de observação, obstáculos, sistemas de comunicações e outros aspectos; são
realizadas por equipes de reconhecimento e de inteligência (normalmente velada), que
devem infiltrar agentes na manifestação.
b. Operações Psicológicas
1) As Operações Psicológicas (Op Psico) devem ser realizadas durante todas as
fases da OCD.
2) São conduzidas por uma Equipe de Op Psico, integrada por pessoal
especializado.
3) Caracterizam-se por ações destinadas a neutralizar o trabalho de formação das
turbas ou pela tentativa de dissuadir a massa de suas intenções.
4) São planejadas e coordenadas pelo mais alto escalão.
5) Têm como alvos a população e a nossa tropa.
6) Devem ser realizadas durante todas as fases da OCD, em auxílio às ações de
negociação.
7) Ordens de dispersão devem ser dadas (mediante o emprego de alto-falantes
ou outros aparelhos) de modo a assegurar que todos os componentes da turba possam
ouvi-las claramente. Deve-se usar linguagem adequada ao público alvo, falar de modo
claro, distinto e em termos positivos. Os manifestantes não devem ser repreendidos, ou
desafiados. Quanto menos tempo levar a turba para se dispersar, menos tempo terão
os agitadores para incitá-la à violência. Ao primeiro ato de violência, os líderes e os
agitadores devem ser detidos e retirados imediatamente do local.
8) Os manifestantes devem ainda ser alertados sobre as medidas legais que
garantem o emprego da tropa e das consequências jurídicas no caso de qualquer
desrespeito ou agressão a mesma.
9) A população deve ser orientada quanto à maneira de se conduzir, buscando-se
o máximo de defecções.
10) As Op Psico devem ser desenvolvidas em coordenação com as Atividades de
Comunicação Social.
11) A participação da mídia nas operações deve ser bem avaliada e coordenada
pelo Escalão Superior.
12) Ação Psicológica no Público Interno:
- conscientizar a tropa da necessidade da ação da F Ter;
- manter o moral e o senso de cumprimento do dever elevados; e
d. Cerco da Área
1) No caso da operação caracterizar-se por uma ação de natureza OFENSIVA,
com o objetivo de dissolver uma manifestação ou desocupar uma área:
- o cerco da área conturbada deve ser realizado mediante ocupação de posições
de bloqueio nos acessos imediatos ou mesmo ao redor da turba;
- tem também a finalidade de demonstração de força, para causar forte impacto
psicológico nos manifestantes;
- em princípio, deve ser permitido que os manifestantes e/ou curiosos que
desejarem abandonem a área; e
- quando as negociações não surtirem o efeito desejado, o INVESTIMENTO,
quando necessário, será realizados por ultrapassagem, em um ou mais setores da
linha de cerco e, nesse caso, o Cmt da tropa manobrará com as posições de bloqueio
com vistas a:
a) possibilitar que nos momentos iniciais do investimento, os manifestantes
que não desejarem o confronto se evadam por um ou mais pontos da linha de cerco,
devendo para isso ser(em) prevista(s) ROTA(S) DE FUGA/ESCAPE; e
b) impedir que os manifestantes que permaneceram na área e optaram pelo
confronto se evadam (particularmente os líderes e os que cometeram atos mais
violentos).
2) No caso da operação caracterizar-se por uma ação de natureza DEFENSIVA,
visando impedir o acesso de manifestantes a determinada área sensível, as ações de
cerco caracterizam-se por:
- uma posição de defesa ao redor da área sensível, para permitir suficiente
espaço para a manobra da tropa e impedir que as ações violentas dos manifestantes
atinjam os pontos sensíveis no interior da posição de defesa;
- as posições nessa linha de defesa devem ser mais fortes nas vias de acesso
mais favoráveis à ação da turba e valer-se de obstáculos;
- a defesa deve ser organizada em princípio, em 2 linhas;
e. Demonstração de Força
1) A demonstração de força é caracterizada, em primeira instância, pela própria
tomada do dispositivo inicial;
2) Deve-se buscar a dissuasão pelo efeito de massa;
3) Meios de grande poder de destruição, tais como helicópteros, veículos
blindados e outros armamentos pesados devem ser utilizados como fator de
intimidação; e
4) Não deve ser usada a munição de festim.
f. Negociação
1) A negociação deverá ocorrer durante todas as fases da operação, valendo-se
para isso dos recursos das operações psicológicas, da comunicação social e de
reuniões pessoais com as lideranças;
2) O êxito da negociação depende, em grande parte, do efeito dissuasório da
demonstração de força;
3) Deverá buscar-se, fundamentalmente, a solução pacífica do conflito, evitando-
se a ação ofensiva; e
4) Poderá ser estabelecido um prazo para que seja cumprida a determinação da
autoridade legal.
g. Investimento
1) O investimento é, normalmente, a ação decisiva, com o objetivo de controlar
um distúrbio, quando se esgotam todas as medidas preventivas.
2) Com base na hipótese mais desfavorável, ou seja, a real necessidade de se ter
que desencadear a ação ofensiva - num cenário em que alguns militantes mais radicais
reajam com coquetéis "molotov" ou mesmo armas de fogo - devem ser previamente
posicionados os seguintes elementos:
a) Equipe de Observação e Base de Fogos - Constituída de observadores,
caçadores, cinegrafistas, e rádio-operadores, ocupando posições em pontos
dominantes - em condições de identificar líderes e aqueles que reagem violentamente
à ação da tropa com pedras, coquetéis "molotov" e armas de fogo - para filmá-los e,
h. Vasculhamento da Área
1) É a operação que normalmente se segue ao investimento, em que
preponderam as ações de busca e apreensão, e tem por finalidade:
a) capturar:
- líderes;
- elementos que cometeram atos violentos; e
- elementos procurados pela justiça, ou pela polícia.
b) apreender:
- armas, munições, explosivos e outras provas materiais.
2) É executado por equipes de busca, que recebem normalmente encargos por
área ou grupos de pessoas a serem revistadas.
3) A tropa mais adequada à sua execução é a PE, podendo, em alguns casos, ser
realizada, no todo ou em parte, por outras Unidades do Exército.
4) A Força de Reação e a Reserva podem receber a missão de realizar o
vasculhamento e, para isso, são reorganizadas em equipes de busca, cada uma com
responsabilidade sobre uma área específica.
5) As buscas, quando no interior de residências, exigem mandado judicial e só
podem ser realizadas durante o dia. São, no entanto, as mais eficazes.
6) Todos os comodos devem ser revistados na presença dos moradores e,
quando descoberto algum ilícito, lavrado o flagrante delito.
7) A revista de pessoas nas ruas é feita também pelas equipes que participaram
do cerco, do isolamento e da segurança da população.
5. ORGANOGRAMA
ARTIGO II
FORÇAS DE CHOQUE
O pelotão de fuzileiros leve, composto por 32 militares, quando dotado para força
de CHOQUE, fica dividido em 3 Grupos de Choque (GChq) e Grupo de Comando
(GCmdo). E com isso, apresenta as seguintes funções:
Comandante de Pelotão: é responsável pela coordenação e controle do Pelotão
de Choque.
Sargento Adjunto: é o auxiliar do Comandante de Pelotão no controle do efetivo.
Sargento Comandante de Grupo de Choque: tem a responsabilidade de
controlar as ações de seu GChq, evitando seu isolamento ou fracionamento durante a
ação.
Escudeiro: executa a proteção do pelotão contra o arremesso de objetos ou
disparos de armas de fogo (quando dotado de escudo balístico).
Granadeiro: realiza o lançamento de munição química e de impacto controlado
calibre 37/38 ou 40 mm por meio de Lançador de Granada ou de lançamento manual.
Atirador: realiza o lançamento de munição química e de elastômero com
espingarda calibre 12.
Marcador: realiza o lançamento de munição não-letal com armamento específico
de paintball.
Homem Extintor: opera o extintor no caso da necessidade de debelar incêndio
em elementos do Pelotão.
Rádio-Operador: realiza a comunicação do Pel – Cia.
Segurança: realiza a segurança coletiva do pelotão utilizando munição letal com
espingarda calibre 12.
COMANDANTE DE PELOTÃO
ADJUNTO DE PELOTÃO
COMANDANTE DE COMANDANTE DE COMANDANTE DE
GRUPO CHQ GRUPO CHQ GRUPO CHQ
ESCUDEIRO ESCUDEIRO ESCUDEIRO
ESCUDEIRO ESCUDEIRO ESCUDEIRO
ESCUDEIRO ESCUDEIRO ESCUDEIRO
ESCUDEIRO ESCUDEIRO ESCUDEIRO
GRANADEIRO GRANADEIRO GRANADEIRO
ATIRADOR ATIRADOR ATIRADOR
MARCADOR MARCADOR MARCADOR
SEGURANÇA RÁDIO OPERADOR HOMEM EXTINTOR
1) Formações Básicas:
a. Defensivas Dinâmicas: