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PATRULHA

1 – Qual é o conceito operativo do Exército em operações no amplo espectro dos conflitos?


O conceito operativo do Exército é definido pela forma de atuação da Força Terrestre no amplo
espectro dos conflitos, tendo como premissa maior a combinação, simultânea ou sucessiva, de
operações ofensivas, defensivas e de cooperação e coordenação com agências, ocorrendo em situação
de guerra e de não guerra. A situação determinará a preponderância de uma operação sobre outras. O
conceito é abrangente e busca orientar as operações terrestres de curto e médio prazo. Caracteriza-se
ainda pela flexibilidade, isto é, pode ser aplicado a qualquer situação no território nacional e/ou no
exterior.

1.1 – De que forma se identifica o significado de operações no amplo espectro?


O espectro dos conflitos varia do estado de paz até o conflito armado (estado de guerra), passando
pela crise. As capacidades do oponente influenciam na mudança e na gravidade das situações.
a) O estado de paz implica ausência de lutas ou graves perturbações no âmbito interno de um
Estado ou de suas relações internacionais. Os conflitos existentes não comprometem os interesses
danação.
b) A crise traduz um conflito desencadeado ou agravado imediatamente após a ruptura do
equilíbrio existente entre duas ou mais partes envolvidas em um contencioso. Caracteriza-se por um
estado de grandes tensões, com elevada probabilidade de agravamento (escalada) e risco de guerra, não
permitindo que se anteveja com clareza o curso de sua evolução.
c) A guerra é o conflito no seu grau máximo de violência. Em função da magnitude do conflito,
pode implicar a mobilização de todo o poder nacional, com predominância da expressão militar, para
impor a vontade de um ator ao outro.

1.2 - Explique o conceito operativo de operações no amplo espectro para o Exército Brasileiro.
A composição de forças deve ser flexível e modular, em estruturas elásticas adaptáveis às
mudanças de ambiente. O escalão brigada, por ser composto de elementos de manobra, de apoio ao
combate e de apoio logístico, permite a composição de forças da maneira descrita acima, podendo
receber módulos de capacidades de acordo com a ameaça.
O poder militar é aplicado como parte de uma ação unificada, considerando também o emprego de
outras expressões do Poder Nacional, para derrotar o oponente e estabelecer condições para alcançar o
estado final desejado (EFD) da campanha.
Assim, os comandantes terrestres devem conduzir as operações de forma abrangente,
contemplando aspectos diversos daqueles estritamente militares, empregando um conjunto
interdependente de forças capazes de explorar a iniciativa, aceitando riscos e criando oportunidades para
alcançar resultados decisivos.

As operações no amplo espectro dos conflitos podem conduzir os elementos da F Ter a


combinarem atitudes, de acordo com o requerimento das missões e tarefas, que sofrem mudanças no
curso das operações. O menor escalão apto a combinar atitudes é a divisão de Exército. A combinação
de atitudes se dá pela execução de, pelo menos, duas operações básicas, simultaneamente, por uma
mesma força.
A avaliação contínua do ambiente operacional propicia ao comandante e a seu estado-maior definir
e modificar o planejamento e as prioridades de forma a ajustar a composição dos meios, quanto à sua
natureza e valor, de acordo com as novas missões e tarefas, devendo integrar as ações e orientar a
transição de cada fase da situação.
As operações no amplo espectro dos conflitos podem ser desenvolvidas em áreas geográficas
lineares ou não, de forma contígua ou não, buscando contemplar as diversas missões e tarefas que
envolvem o emprego de meios terrestres.
O conceito operativo do Exército preconiza a máxima integração entre vetores militares e civis,
que buscam a unidade de esforços no ambiente inter agências, em uma escala variável de violência.
2 – Diga quais são os seis fatores da decisão militar?
Os principais fatores da decisão são: missão, inimigo, terreno e condições meteorológicas, meios,
tempo e considerações civis.

3 – Explique como se faz a missão?


A missão é definida pela finalidade e ações a realizar. Normalmente, é o primeiro fator a ser
considerado durante o processo decisório. O enunciado da missão contém: o “quê”,o “quando”,o “onde”
e o “porquê” da operação. A missão é prescrita pelo escalão superior, contendo os principais aspectos
que norteiam as ações daquele escalão.

4 – Defina como é o inimigo em fator de decisão militar.


Esse fator aborda o dispositivo do inimigo (organização, tropas com suas localizações e
mobilidade tática), a doutrina, o equipamento, as capacidades, as vulnerabilidades e as prováveis
linhas de ação. Esses aspectos são obtidos por meio da análise integrada da situação do inimigo na
operação em estudo e do conhecimento anterior, disponível em bancos de dados.
O estudo das peculiaridades e deficiências do inimigo servirá de base para o levantamento de suas
possibilidades, vulnerabilidades e linhas de ação.

5 – Segundo os fatores da decisão militar, como se classificam terreno e condições meteorológicas?


O estudo do terreno e das condições meteorológicas está condicionado à missão e ao escalão
considerado.
Nos mais altos escalões, tal estudo é realizado por meio do levantamento estratégico de área
(LEA), desde o tempo de paz, e mantido constantemente atualizado. Esse levantamento constitui a base
dos estudos dos comandantes operacional e da FTC e traz consigo o estudo geográfico do (Teatro de
Operações) TO/A Op sob a ótica militar.

5.1 – Como é feito o estudo do terreno e condições meteorológicas em escalões menores?


É realizado por meio da análise detalhada:
a) Das condições de observação e campos de tiro;
b) Das cobertas e abrigos;
c) Dos obstáculos que restringem ou impedem o movimento;
d) Dos acidentes capitais;
e) Dos corredores de mobilidade;
f) Das vias de acesso; e
g) Das condições meteorológicas locais.

6 – Explique os meios como fator de decisão.


Os meios a serem considerados para as operações militares incluímos recursos materiais e
humanos, constituindo-se em tropas adequadamente adestradas para o emprego.
A análise desse fator considera os meios necessários e os disponíveis para o cumprimento da
missão, adequando-os à realidade e confrontando-os com as eventuais peculiaridades, deficiências e
vulnerabilidades do inimigo.

7 – Para fator de decisão, como se inclui o tempo?


O comandante avalia o tempo disponível para o planejamento, a preparação e a execução das
tarefas ligadas às operações. Inclui avaliar o tempo necessário para compor os meios, movimentar e
manobrar as unidades em relação ao inimigo e o tempo de planejamento dos subordinados.
Embora o fator tempo tenha estado sempre presente no exame de situação e nas considerações para
a tomada de decisão, o advento de meios de combate cada vez mais modernos, com melhora sensível na
mobilidade, na rapidez e na aquisição de alvos, maximizou o conceito de agir com oportunidade.
8 – Como fator de decisão, a classificação considerações civis se organiza de que forma?
As considerações civis são traduzidas pela influência das agências, instituições e lideranças
civis, da população, da opinião pública, do meio ambiente e de infraestruturas sobre o espaço de
batalha.
A opinião pública favorável é um objetivo a ser buscado desde o nível político até o tático.
Outro aspecto significativo relacionado às considerações civis são as questões jurídicas, que se
aplicam à considerável parcela das operações militares. A legitimidade, no ambiente operacional, é um
dos princípios mais importantes em relação ao apoio interno e/ou internacional.

9 - Defina operações ofensivas.


As operações ofensivas (Op Of) são operações terrestres agressivas nas quais predominam o
movimento, a manobra e a iniciativa, para cerrar sobre o inimigo, concentrar poder de combate superior,
no local e no momento decisivo, e aplicá-lo para destruir ou neutralizar suas forças por meio do fogo,
do movimento e da ação de choque. Obtido sucesso, passa-se ao aproveitamento do êxito ou à
perseguição.

10- Identifique as características e finalidades das operações ofensivas.


As operações ofensivas são essenciais para a obtenção de resultados decisivos. Expõem o
atacante, exigindo superioridade de poder de combate no local selecionado para a ação. Esse fato e a
necessidade de contar com forças disponíveis para aproveitar o êxito implicam aceitar riscos em outras
partes não selecionadas da frente. O comandante deve ter poder relativo de combate superior em seu
ataque principal, a fim de destruir o inimigo no momento e no local escolhidos.
Na frente selecionada, o comandante deve evitar a parte mais forte do dispositivo inimigo,
atraí-lo para fora de suas posições defensivas, isolá-lo de suas linhas de suprimento e forçá-lo a lutar
numa direção não esperada e em terreno não preparado para a defesa. Sempre que for possível, deve-se
procurar atuar sobre o flanco e a retaguarda do inimigo. Somente em situações excepcionais devem
ser realizadas manobras frontais.
O poder de combate da força que realiza uma operação ofensiva não será aplicado somente
sobre as forças inimigas em contato, mas também em toda a profundidade de seu desdobramento. Dessa
forma, força o inimigo a reagir em vez de tomar a iniciativa.
Alcançar a superioridade de informações permitirá conhecer e dominar o que ocorre no campo
de batalha, condição básica para se obter a desejada vantagem, surpresa, ao mesmo tempo em que se
aumenta a proteção das nossas forças.

OBS: Se a questão for para citar as características e finalidades das operações ofensivas, segue-se o
modelo:
- Expor o atacante;
- Contar com forças disponíveis;
- Evitar a parte mais forte do dispositivo inimigo;
- Atraí-lo para fora de suas posições defensivas;
- Isolá-lo de suas linhas de suprimento; e
- Forçá-lo a lutar numa direção não esperada e em terreno não preparado para a defesa.
-Alcançar a superioridade de informações

11 – Cite 4 finalidades das operações ofensivas.


1) Destruir forças inimigas;
2) Conquistar áreas ou pontos importantes do terreno que permitam obter vantagens para futuras
operações;
3) Obter informações sobre o inimigo, particularmente sobre a situação e poder de combate, e adquirir
ou comprovar dados referentes ao terreno e às condições meteorológicas;
4) Confundir e distrair a atenção do inimigo sobre o esforço principal, desviando-a para outras áreas;
12 - Cite os fundamentos das operações ofensivas.
1) Manutenção do contato;
2) Esclarecimento da situação;
3) Exploração das vulnerabilidades do inimigo;
4) Controle dos acidentes capitais do terreno;
5) Iniciativa;
6) Neutralização da capacidade de reação do inimigo;
7) Fogo em movimento;
8) Impulsão;
9) Concentração do poder de combate;
10) Aproveitamento do sucesso obtido; e
11) Segurança.

13 – Quais são os tipos de operações ofensivas?


Os tipos de operações ofensivas são: a marcha para o combate, o reconhecimento em força, o
ataque, o aproveitamento do êxito e a perseguição.

14 - Explique como funciona a marcha para o combate.


A marcha para o combate é uma marcha tática na direção do inimigo, com a finalidade de obter ou
restabelecer o contato com o mesmo e/ou assegurar vantagens que facilitem operações futuras.

15 – Defina como se procede o reconhecimento em força.


O reconhecimento em força é uma operação de objetivo limitado, executada por uma força
ponderável, com a finalidade de revelar e testar o dispositivo e o valor do inimigo ou obter outras
informações.

16 – Como tipo de operação ofensiva, como funciona o ataque?


O ataque é uma operação que visa a derrotar, destruir ou neutralizar o inimigo. Existem dois
tipos de ataque: ataque de oportunidade e ataque coordenado. A diferença entre eles reside no tempo
disponível ao comandante e seu estado-maior (EM) para o planejamento, a coordenação e a preparação
antes da sua execução.
O ataque de oportunidade pode ser executado na sequência de um combate de encontro ou de
uma defesa exitosa. Caracteriza-se por trocar tempo de planejamento por rapidez de ação.
O ataque coordenado caracteriza-se pelo emprego coordenado da manobra e potência de fogo
para cerrar sobre as forças inimigas para destruí-las ou neutralizá-las. É empregado contra posições
defensivas inimigas, necessitando de apoio aéreo.

17 – Como se utiliza o aproveitamento do êxito?


O aproveitamento do êxito é a operação que se segue a um ataque exitoso e que, normalmente,
tem início quando a força inimiga se encontra em dificuldades para manter suas posições.
Caracteriza-se por um avanço contínuo e rápido das nossas forças, com a finalidade de ampliar ao
máximo as vantagens obtidas no ataque e anular a capacidade do inimigo de reorganizar-se ou realizar
um movimento retrógrado ordenado.

18 – Por fim, como é feita a perseguição?


A perseguição é a operação destinada a cercar e destruir uma força inimiga que está em processo
de desengajamento do combate ou tenta fugir.
19 – Quais são as formas de manobras em operações ofensivas?
O comandante pode empregar cinco formas de manobra tática no ataque, a seguir discriminadas: o
desbordamento, o envolvimento, a penetração, a infiltração e o ataque frontal.
Na definição de qual forma de manobra executar os comandantes têm de utilizar parâmetros
opostos, tais como: velocidade frente ao tempo, largura versus profundidade, concentração frente à
dispersão, dentre outros. Trata-se, basicamente, de iludir o inimigo quanto aos seus pontos fortes e
concentrar o poder de combate sobre suas vulnerabilidades

19.1 – Explique a respeito da forma de manobra tática no ataque pelo envolvimento.


No envolvimento, a força atacante contorna, por terra a principal força inimiga, para conquistar
objetivos profundos em sua retaguarda, forçando-a a abandonar sua posição ou a deslocar forças
ponderáveis para fazer face à ameaça envolvente.

19.2 – Defina como é realizado o desbordamento.


O desbordamento é uma manobra ofensiva dirigida para a conquista de um objetivo à retaguarda
do inimigo ou sobre seu flanco, evitando sua principal posição defensiva, cortando seus itinerários de
fuga e sujeitando-o ao risco da destruição na própria posição.

19.3 – Diga como funciona o tipo de manobra de ataque pela penetração.


A penetração é a forma de manobra que busca romper a posição defensiva inimiga para atingir
objetivos em profundidade. A finalidade é dividi-lo e derrotá-lo por partes.

19.4 – Como funciona a forma de manobra tática de ataque pela infiltração?


A infiltração é uma forma de manobra ofensiva tática na qual se procura desdobrar uma força à
retaguarda de uma posição inimiga, por meio de um deslocamento dissimulado, com a finalidade de
cumprir uma missão que contribua diretamente para o sucesso da manobra do escalão que enquadra a
força que se infiltra.

19.5 – Como é organizado o ataque frontal?


O ataque frontal é uma forma de manobra tática ofensiva que consiste em um ataque incidindo ao
longo de toda a frente, com a mesma intensidade, sem que isso implique o emprego de todos os
elementos em linha.
Aplica-se um poder de combate esmagador sobre um inimigo consideravelmente mais fraco ou
desorganizado, para destruí-lo, capturá-lo, ou para fixá-lo numa ação secundária.

20 – Quais são as outras ações na ofensiva?


Durante a execução de operações ofensivas e nas fases de transição entre estas, é comum a
realização de outras ações que não caracterizam necessariamente formas de manobra ou tipos de
operações ofensivas. São consideradas outras ações ofensivas: combate de encontro e incursão.
Combate de Encontro
O combate de encontro, cuja possibilidade deve ser sempre prevista, é a ação que ocorre quando
uma força em deslocamento ainda não completamente desdobrada para o enfrentamento engaja-se com
uma força inimiga, em movimento ou parada, sobre a qual dispõe de poucas informações.
Incursão
A incursão é uma ação ofensiva, normalmente de pequena escala, que se caracteriza pela
rápida penetração em área controlada pelo inimigo contra objetivos específicos importantes. Tem a
finalidade de obter dados, confundir ou inquietar o oponente, neutralizar ou destruir centros de comando
e controle, instalações logísticas, desorganizando-o e infringindo-lhe perdas na sua capacidade
operativa. Não há ideia de conquista ou manutenção de terreno.
21 – Defina operações Defensivas.
São operações realizadas para conservar a posse de uma área ou território, ou negá-los ao inimigo,
e, também, garantir a integridade de uma unidade ou meio.
Normalmente, neutraliza ou reduz a eficiência dos ataques inimigos sobre meios ou territórios
defendidos, infligindo-lhe o máximo de desgaste e desorganização, buscando criar condições mais
favoráveis para a retomada da ofensiva.

22 – Quais são as principais finalidades das operações defensivas?


a) Ganhar tempo, criando condições mais favoráveis a operações futuras;
b) Impedir o acesso do inimigo a determinada área ou infraestrutura;
c) Destruir forças inimigas ou canalizá-las para uma área onde possam ser neutralizadas;
d) Reduzir a capacidade de combate do inimigo;
e) Economizar meios em benefício de operações ofensivas em outras áreas;
f) Obrigar uma força inimiga a concentrar-se de forma que seja mais vulnerável às nossas forças.

23 – Cite os fundamentos das operações defensivas.


1) Apropriada utilização do terreno;
2) Segurança;
3) Apoio mútuo;
4) Defesa em todas as direções;
5) Defesa em profundidade;
6)Flexibilidade;
7) Máximo emprego de ações ofensivas;
8) Dispersão;
9) Utilização do tempo disponível; e
10) Integração e coordenação das medidas de defesa.

24 – Quais são os tipos de operações defensivas?


As operações defensivas, em seu sentido mais amplo, abrangem todas as ações que oferecem certo
grau de resistência a uma força atacante. São dois os tipos de operações defensivas: defesa em posição e
movimento retrógrado.

24.1 – Explique a defesa em posição.


Na defesa em posição, uma força procura contrapor-se à força inimiga atacante numa área
organizada em largura e profundidade e ocupada, total ou parcialmente, por todos os meios
disponíveis, com a finalidade de:
a) Dificultar ou deter a progressão do atacante, em profundidade, impedindo o seu acesso a uma
determinada área;
b) Aproveitar todas as oportunidades que se lhe apresentem para desorganizar, desgastar ou destruir as
forças inimigas;
c) Assegurar condições favoráveis para o desencadeamento de uma ação ofensiva.

24.2 – Defina o tipo de defesa em movimento retrógrado.


É qualquer movimento tático organizado de uma força terrestre, para a retaguarda ou para longe
do inimigo, seja forçado por este, seja executado voluntariamente como parte de um esquema geral de
manobra, quando uma vantagem marcante possa ser obtida.
24.2.1 – Quais são as finalidades do movimento retrógrado?
O movimento retrógrado tem por finalidade principal preservar a integridade de uma força, a fim
de que, em uma ocasião futura, a ofensiva seja retomada. Além disso, pode concorrer para:
a) Inquietar, exaurir e retardar o inimigo, infligindo-lhe o máximo de baixas;
b) Conduzir o inimigo a uma situação desfavorável;
c) Permitir o emprego da força ou de uma parte desta em outro local;
d) Evitar o combate sob condições desfavoráveis;
e) Ganhar tempo, sem se engajar decisivamente em combate;
f) Desengajar-se ou romper o contato;
g) Adequar-se ao movimento de outras tropas amigas; e
h) Encurtar as distâncias de apoio logístico.

25 – Quais são as formas de manobra das operações defensivas?


Nas operações defensivas, o comandante pode empregar cinco formas de manobra tática
defensiva: defesa de área e defesa móvel (na defesa em posição); retraimento, ação retardadora e
retirada (no movimento retrógrado).

25.1 – Explique a manobra de defesa de área.


A defesa de área tem por escopo a manutenção ou o controle de uma determinada região
específica, por um determinado período de tempo.

25.2 – Como funciona a manobra de defesa móvel?


A defesa móvel visa à destruição das forças inimigas e, para isso, apoia-se no emprego de forças
ofensivas dotadas de elevada mobilidade e poder de choque. Emprega uma combinação de ações
ofensivas e defensivas. Nessa forma de manobra tática defensiva, o comandante emprega um menor
poder de combate à frente e vale-se da manobra, dos fogos e da organização do terreno para recuperar a
iniciativa.

25.3 – Diga mais a respeito da manobra de defesa pelo retraimento.


O retraimento é um movimento retrógrado por meio do qual o grosso de uma força engajada
rompe o contato com o inimigo, de acordo com a decisão do escalão superior.

25.4 Explique o funcionamento da manobra de defensa em ação retardadora.


A ação retardadora é um movimento retrógrado no qual uma força terrestre, sob pressão, troca
espaço por tempo, procurando infligir ao inimigo o máximo de retardamento e o maior desgaste
possível, sem se engajar decisivamente no combate.

25.5 – Defina a manobra de defesa retirada.


A retirada é um movimento retrógrado realizado sem contato com o inimigo e segundo um plano
bem definido, com a finalidade de evitar um combate decisivo em face da situação existente. Pode ser
executada em seguida a um retraimento.

26 – Quais são as outras ações, táticas técnicas de defesa?


As operações defensivas não se limitam aos tipos e formas de manobra clássicas. Outras ações,
táticas e técnicas podem ser executadas, tais como as ações dinâmicas da defesa, o dispositivo de
expectativa, a defesa elástica, a defesa em ponto forte, a defesa circular ou defesa em perímetro, a
defesa contra reconhecimento e a defesa contra tropa aeroterrestre e aeromóvel.
26.1 – Como funcionam as ações dinâmicas de defesa?
São ações ofensivas no contexto de uma operação defensiva, com a finalidade de dificultar a
preparação do ataque do inimigo, prejudicando a concentração do seu poder de combate nas posições de
ataque, destruindo suas forças de reconhecimento, isolando unidades, desorganizando seus sistemas e
formações em profundidade.

26.2 – Explique o dispositivo de expectativa.


O dispositivo de expectativa implica preservar, inicialmente, na área de reserva, o grosso do poder
de combate da força, a fim de empregá-lo no momento e local decisivos e com adequado poder relativo
de combate, tão logo seja possível detectar a orientação da maioria dos meios do inimigo.

26.3 – Defina a defesa elástica.


A defesa elástica admite a penetração do inimigo em uma região selecionada para emboscá-lo e
atacá-lo pelo fogo em todo seu dispositivo.
Essa técnica pode ser realizada por tropas de valor batalhão e brigada.

26.4 – Diga a respeito da defesa em ponto forte.


Um ponto forte é uma posição altamente fortificada e apoiada em um acidente natural do terreno
para deter, dividir ou desviar a direção de forças inimigas de valor ponderável ou impedir o seu acesso a
determinada área ou infraestrutura.
26.5 – Explique a respeito da defesa circular ou a defesa de perímetro.
A defesa circular ou em perímetro é uma posição defensiva voltada para todas as direções (360º),
com a finalidade de impedir o acesso do inimigo à área defendida.

26.6 – Qual é a definição de defesa contra reconhecimento?


São as ações táticas que abrangem todas as tarefas destinadas a impedir os esforços de
reconhecimento e vigilância do inimigo, prevenindo a observação da força aérea ou terrestre. O contra
reconhecimento é um componente de uma operação de segurança.

26.7 - Como funciona a defesa contra tropas aeroterrestre e aeromóvel?


A defesa contra tropa aeroterrestre e aeromóvel constitui-se em medidas de proteção estabelecidas
por meio um sistema de alarme, utilizando elementos de segurança. Tem a finalidade de dar o alerta
oportuno e impedir a atuação dessas tropas.

27 - Identificar a definição de operações de cooperação e coordenação com agências.


São operações executadas por elementos do EB em apoio aos órgãos ou instituições
(governamentais ou não, militares ou civis, públicos ou privados, nacionais ou internacionais),
definidos genericamente como agências.
Destinam-se a conciliar interesses e coordenar esforços para a consecução de objetivos ou
propósitos convergentes que atendam ao bem comum.
Buscam evitar a duplicidade de ações, a dispersão de recursos e a divergência de soluções,
levando os envolvidos a atuarem com eficiência, eficácia, efetividade e menores custos.

OU TAMBÉM:
As operações de cooperação e coordenação com agências são aquelas que normalmente ocorrem
nas situações de não guerra, nas quais o emprego do poder militar é usado no âmbito interno e externo,
não envolvendo o combate propriamente dito, exceto em circunstâncias especiais. São elas:
a. Garantia dos poderes constitucionais;
b. Garantia da lei e da ordem;
c. Atribuições subsidiárias;
d. Prevenção e combate ao terrorismo;
e. Sob a égide de organismos internacionais;
f. Em apoio à política externa em tempo de paz ou crise; e
g. outras operações em situação de não guerra.

28 - Identificar as características das operações de cooperação e coordenação com agências.


a. Uso limitado da força;
b. Coordenação com outros órgãos governamentais e/ou não governamentais;
c. Execução de tarefas atípicas;
d. Combinação de esforços políticos, militares, econômicos, ambientais, humanitários, sociais,
científicos e tecnológicos;
e. Caráter episódico;
f. Não há subordinação entre as agências e, sim, cooperação e coordenação;
g. interdependência dos trabalhos;
h. Maior interação com a população;
i. Influência de atores não oficiais e de indivíduos sobre as operações; e
j. Ambiente complexo.

29 - Analisar as ações de cooperação e coordenação com agências.


GARANTIA DOS PODERES CONSTITUCIONAIS
-São operações que se destinam a assegurar o livre exercício dos poderes da República (Executivo,
Legislativo e Judiciário) de forma independente e harmônica, inseridas no marco legal do Estado
Democrático de Direito, seja em situações de normalidade institucional, seja em situação de crise.
GARANTIA DA LEI E DA ORDEM(GLO)
-É uma operação militar conduzida pelas Forças Armadas, de forma episódica, em área previamente
estabelecida e por tempo limitado. Tem por objetivo a preservação da ordem pública e da incolumidade
das pessoas e do patrimônio.
ATRIBUIÇÕES SUBSIDIÁRIAS.
-As atribuições subsidiárias das FA, estabelecidas por instrumentos legais, compõem-se de atribuições
gerais e particulares.
-As atribuições gerais são cooperações com o desenvolvimento nacional e com a defesa civil, na forma
determinada pelo Presidente da República.
-As atribuições subsidiárias particulares constituem a cooperação com os órgãos públicos federais,
estaduais e municipais e, excepcionalmente, com empresas privadas, na execução de obras e serviços de
engenharia.
PREVENÇÃO E COMBATE AO TERRORISMO.
O terrorismo é a forma de ação que consiste no emprego da violência física ou psicológica, de
forma premeditada, por indivíduos ou grupos, apoiados ou não por Estados, com o intuito de coagir um
governo, uma autoridade, um indivíduo, um grupo ou mesmo toda a população a adotar determinado
comportamento. É motivado e organizado por razões políticas, ideológicas, econômicas, ambientais,
religiosas ou psicossociais.
-A prevenção (antiterrorismo) constitui as ações para a proteção caracterizada pela presença ostensiva
ou não, de caráter ativo ou passivo, com a principal finalidade de dissuadir possíveis ameaças.
-O combate (contraterrorismo) engloba as medidas ofensivas de caráter repressivo, a fim de dissuadir,
antecipar, impedir ou limitar seus efeitos e responder às ações terroristas.
AÇÕES SOB A ÉGIDE DE ORGANISMOS INTERNACIONAIS.
-A atuação sob a égide de organismos internacionais inclui a participação de elementos da F Ter em
missões estabelecidas em alianças do Estado brasileiro com outros países e em compromissos com
organismos internacionais dos quais o Brasil seja signatário.
-O emprego de forças militares em ações sob a égide de organismos internacionais pode abranger:
arranjos internacionais de defesa coletivo; operações de paz; ações de caráter humanitário; e
estabilização.
EMPREGO EM APOIO À POLÍTICA EXTERNA EM TEMPO DE PAZ OU CRISE.
-O emprego em apoio à política externa constitui o uso controlado do poder militar, restrito ao nível
aquém da violência, em reforço às ações de caráter político, diplomático, econômico e psicossocial.
Constituem exemplos desse apoio do poder militar:
a) Concentração de forças terrestres;
b) Realização de exercícios de adestramento para a demonstração de capacidades;
c) Movimento de forças militares enquanto se desenvolvem as ações diplomáticas para a solução de um
conflito; e
d) Mobilização de meios de combate.
OUTRAS AÇÕES DE COOPERAÇÃO E COORDENAÇÃO COM AGÊNCIAS.
-O Exército poderá, ainda, ser solicitado para apoiar outros vetores nas seguintes atividades, dentre
outras que podem ser reguladas por legislação específica:
a) Segurança de grandes eventos e de chefes de Estado;
b) Garantia da votação e apuração(GVA);
c) Apoio ao cumprimento da legislação vigente e verificação de acordos sobre controle de armas e
produtos controlados;
d) Salvaguarda de pessoas, dos bens, dos recursos brasileiros ou sob a jurisdição brasileira, fora do
território nacional; e
e) Patrulha fluvial.

30 - Conceituar patrulha.
É uma força com valor e composição variáveis, destacada para cumprir missões de
reconhecimento, de combate ou da combinação de ambas.

30.1 – Quais são as missões de reconhecimento e combate?


A missão de reconhecimento é caracterizada pela ação ou operação militar com o propósito de
confirmar ou buscar dados sobre o inimigo, o terreno ou outros aspectos de interesse em determinado
ponto, itinerário ou área. Nesse caso, a patrulha deve evitar engajamento com o inimigo.
A missão de combate é caracterizada pela ação ou operação militar restrita, destinada a
proporcionar segurança às instalações e às tropas amigas ou a hostilizar, destruir e capturar pessoal,
equipamentos e instalações inimigas.

31 – Quais são os tipos de patrulhas de reconhecimento?


Reconhecimento de um ponto – É a que realiza o reconhecimento de um objetivo específico.
Reconhecimento de área – É a que busca dados no interior de determinada área ou executa a
própria delimitação de uma área com características específicas.
Reconhecimento de itinerário(s) – É a que busca dados sobre um ou vários itinerários ou sobre a
atividade do inimigo.
Vigilância – É a que exerce a observação contínua de um local ou de uma atividade.
Reconhecimento em força – É uma patrulha de valor considerável empregada para localizar a
posição de uma força inimiga e testar o seu poder. A potência de fogo, a mobilidade e as comunicações
são fatores importantes na execução deste tipo de missão.

32 – Quais são os tipos de patrulhas de combate?


De inquietação – É a que se destina a ocasionar baixas, perturbar o descanso, dificultar o
movimento e/ou obter outros efeitos sobre o inimigo, com a finalidade de abater-lhe o moral.
De oportunidade - É aquela lançada em determinada área com a finalidade de atuar sobre alvos
compensadores que venham a surgir.
De emboscada – É a que realiza ataque de surpresa, partindo de posições cobertas, contra um
alvo em movimento ou momentaneamente parado.
De captura de prisioneiros ou material – É a que age contra instalações ou forças inimigas com
a finalidade de capturar prisioneiros ou materiais.
De interdição – É a que executa ações para evitar ou impedir que o inimigo se beneficie de
determinadas regiões, de pessoal, de instalações ou de material.
De suprimento - É uma patrulha de efetivo variável, que dependendo do tipo e quantidade de
suprimento a ser transportado, pode receber a missão de ressurgir tropas amigas destacadas.
De contato –Visa estabelecer ou manter contato com tropa amiga, de forma física, visual ou por
meio rádio.
De segurança – É a que tem por finalidade cobrir flancos, áreas ou itinerários; evitar que o
inimigo se infiltre em determinado setor ou realize um ataque de surpresa; localizar ou destruir
elementos que se tenham infiltrado e proteger tropa amiga em deslocamento.
De destruição – É a que tem a finalidade de destruir material, equipamento e/ou instalações
inimigas.
De neutralização – É a que tem a finalidade de neutralizar homens ou grupos de homens
inimigos.
De resgate – É a que tem a finalidade de recuperar material ou pessoal amigo que estejam retidos
em área ou instalação sob controle do inimigo.

33 – Como se caracterizam as patrulhas quanto à extensão da operação?


Patrulha de curto alcance – É a que atua dentro da área de influência do escalão que a lança.
Patrulha de longo alcance – É a que atua dentro da área de interesse do escalão que a lança.

34 - Definir as responsabilidades para o lançamento e execução de uma patrulha.


ATRIBUIÇÕES DO ESCALÃO QUE LANÇA A PATRULHA:
a. Formular amissão.
b. Designar o comandante da patrulha.
c. Emitir as ordens necessárias.
d. Estabelecer medidas de controle.
e. Coordenar, apoiar e fiscalizar o cumprimento da missão.
f. Receber e divulgar os resultados da missão.
g. Explicar sua intenção e a do escalão superior, quando for o caso, ao comandante da patrulha.
h. Sanar as dúvidas do comandante da patrulha. Para isso, antes de emitir a ordem, deve se valer do
memento do comandante de patrulha (Anexo C), a fim de fornecer o máximo de informações possíveis.

35 – Quais são as atribuições específicas no escalão unidade?


Do S2:
(1) Preparar o plano diário de patrulhas em coordenação com o S3.
(2) Planejar e propor as missões de reconhecimento.
(3) Fornecer às patrulhas os dados referentes às condições meteorológicas, ao terreno e ao inimigo.
(4) Contatar os integrantes da patrulha, no regresso de missão, para coletar dados.
(5) Estabelecer os Elementos Essenciais de Inteligência(EEI).
Do S3:
(1) Planejar e propor as missões de combate.
(2) Coordenar os apoios não-orgânicos do escalão compreendido (aeronaves, meios- aquáticos,
artilharia, etc.).
Do S4 – Providenciar o apoio em material e suprimentos necessários ao cumprimento da missão.
Do comandante da patrulha:
(1) Receber amissão.
(2) Planejar e preparar o emprego da patrulha.
(3) Executar amissão.
(4) Confeccionar o relatório.
´
36 - Citar a organização geral da patrulha.
A organização de uma patrulha varia de acordo com os fatores da decisão (missão, inimigo,
terreno, meios e tempo –MITeMeT).
Normalmente, a patrulha se constituirá de 2 (dois) ou 3 (três) escalões; um voltado para o
cumprimento da missão (escalão de reconhecimento ou escalão de assalto), o outro para a segurança
da patrulha (escalão de segurança) e outro que só será empregado quando o número de armas
coletivas ou a descentralização do seu emprego assim o recomendar (escalão de apoio de fogo).

EXTRA – Como funciona o grupo de comando?


(1) Poderá se constituir somente do comandante da patrulha (situação ideal pois compõe um menor
efetivo). Isto ocorre quando há possibilidade dos homens dos demais escalões executarem,
cumulativamente, as atribuições do grupo de comando.
(2) O subcomandante da patrulha pode exercer esta única função, integrando o grupo de comando, ou, o
mais normal, comandar um dos escalões.
(3) Alguns homens podem receber atribuições específicas durante a preparação e/ou deslocamento, não
pertencendo portanto ao grupo de comando. Essas atribuições serão abordadas no Capítulo 3 -
Planejamento e preparação das patrulhas.

37 – Quais são as missões do escalões de segurança?


- Proteger e orientar a patrulha durante o deslocamento.
- Guardar os “pontos de reunião”.
- Alertar sobre a aproximação do inimigo.
- Realizar a proteção afastada do escalão de reconhecimento ou escalão de assalto, durante a ação no
objetivo.

37.1 Comente a respeito da organização dos escalões de segurança.


- Constitui-se de um ou mais grupos de segurança e um grupo de acolhimento, em função do efetivo da
patrulha, da natureza da missão e do terreno.
- Se houver um desmembramento da patrulha, a segurança normalmente ficará a cargo das frações.

38 – Comente a respeito das missões do escalão de reconhecimento.


Missão – Reconhecer o objetivo e/ou manter vigilância sobre ele.

38.1 Defina a organização do escalão de reconhecimento.


Constitui-se de um ou mais grupos de reconhecimento, em função dos fatores da decisão.

39 – Comente a respeito do escalão de assalto.


(a) Missão - definida pela missão específica da patrulha de combate.
(b) Organização:
- Organiza-se em grupo(s) de assalto, grupo(s) de tarefa(s) essencial(is) e grupo(s) de
tarefa(s)complementar(es).
- O grupo de assalto tem por atribuição garantir o cumprimento da tarefa essencial, agindo pelo fogo
e/ou combate aproximado, de modo a proteger o(s) grupo(s) que executa(m) essa tarefa.
- As tarefas essenciais são executadas pelos grupos que realizam as ações impostas pela missão.
- As tarefas complementares são executadas pelos grupos que realizam ações em benefício dos demais.

OBS: Um terceiro escalão, o de apoio de fogos, pode ser organizado quando o número de armas
coletivas ou a descentralização de seu emprego, assim o recomendar.
40 – Comente a respeito da patrulha de reconhecimento de ponto.
Grupo de comando - Normalmente é constituído por elementos necessários à coordenação da patrulha,
tais como: comandante, subcomandante, rádio operador, mensageiros, guias e outros. Quando for
possível, essas funções devem ser acumuladas com outras nos demais escalões.
Grupo de segurança – A quantidade de grupos dependerá do número de vias de acesso ao objetivo (Gp
Seg = Nr ViaA).
Grupo de reconhecimento – O número de grupos varia em função dos fatores da decisão.
Grupo de acolhimento – É o grupo que tem por missão realizar a proteção do ponto de reunião
próximo ao objetivo (PRPO) e o acolhimento da patrulha neste local.

Organograma de uma patrulha de reconhecimento de ponto

41 – Defina patrulha de reconhecimento de itinerário.


- Tem organização semelhante à patrulha de reconhecimento de área.
- Grupo de reconhecimento e segurança – O número de grupos de reconhecimento e segurança depende
do terreno e da maneira como o comandante da patrulha pretende cumprir a missão (percorrendo o
itinerário, ocupando pontos de comandamento ou associando essas duas ideias).

42 – Comente a respeito da Patrulha de reconhecimento de área.


- Grupo de reconhecimento e segurança – O número de grupos de reconhecimento e segurança é
variável e depende dos fatores da decisão.
OBSERVAÇÃO – O grupo de acolhimento pode existir ou não, dependendo dos fatores da decisão.

43 – Como se organiza a patrulha de combate?


Grupo de comando – Normalmente, é constituído por elementos necessários à coordenação da
patrulha, tais como: comandante, subcomandante, rádio-operador, mensageiro e outros. Quando for
possível, essas funções devem ser acumuladas com outras nos diversos escalões.
Grupo de segurança – A quantidade de grupos dependerá do número de vias de acesso ao objetivo (Gp
Seg = Nr ViaA).
Grupo de acolhimento – É o grupo que tem por missão realizar a proteção do PRPO e o acolhimento
da patrulha neste mesmo local.
Grupo de assalto – O número de grupos de assalto será variável de acordo com a missão, o terreno e o
dispositivo do inimigo. Deve existir, pelo menos, um grupo de assalto que, agindo pelo fogo e/ou
combate aproximado, isola a área do objetivo e protege o cumprimento da tarefa essencial, garantindo
sua execução.
Grupo(s) de tarefa(s) essencial(ais) – O(s) grupo(s) de tarefa(s) essencial(ais) receberá(ão)
nomenclatura(s) da(s) ação(ões) tática(s) da(s) missão (ões): captura, resgate, neutralização, etc. O
número de grupos para cada tarefa essencial dependerá dos fatores da decisão.
Grupo(s) de tarefa(s) complementar(es) – O(s) grupo(s) de tarefa(s) complementar(es) receberá(ão)
nomenclatura(s) da(s) ação(ões) tática(s) que irá(ão) realizar: silenciamento de sentinela, identificação
datiloscópica, etc. As tarefas complementares são definidas pelas ações que tenham sido estabelecidas
pelo comandante da patrulha, por ocasião do “estudo sumário da missão”, que venham a facilitar ou
viabilizar o cumprimento da missão em melhores condições. O número de grupos para cada tarefa
complementar dependerá dos fatores da decisão.

Organograma de uma patrulha de combate

Organograma de uma patrulha de combate com um escalão de Ap F

44 - Identificar generalidades relativas aos aspectos gerais na conduta das patrulhas.


O planejamento e a preparação de uma patrulha têm por objetivo facilitar o cumprimento de uma
missão. No entanto, as patrulhas, de uma maneira geral, viverão situações de contingência e o seu
adestramento concorrerá para a obtenção do êxito.
Conduta é uma ação previamente planejada que será colocada em prática durante uma operação
militar
Solução de conduta é uma decisão corretiva de uma ação, em curso de execução, em face de um
óbice que incidentalmente se apresenta.

45 - Examinar o Comando e Controle.


O controle influi decisivamente na atuação da patrulha. O comandante deve ter a capacidade de
manobrar os homens e conduzir os fogos.
Apesar de a cadeia de comando ser o principal elemento de controle, as ordens podem ser
transmitidas diretamente do comandante a cada patrulheiro.
O comandante deve empregar todos os meios de comunicações disponíveis para exercer o
controle da patrulha.
O subcomandante desloca-se à retaguarda da patrulha. Os comandantes subordinados
permanecem com seus escalões e grupos, mantendo o controle sobre eles.
Todos os patrulheiros devem estar atentos a cada gesto emitido. Além daqueles previstos em
manuais, outros poderão ser convencionados e ensaiados.
A contagem do efetivo é também uma medida de controle da patrulha.
Normalmente as missões de patrulha poderão envolver elementos de Organização Militar (OM)
de apoio do Exército e/ ou de outra Força Singular. Esta participação se verifica, particularmente, nos
deslocamentos (ida e/ ou regresso) e nas missões de ressuprimento.
Durante a etapa de planejamento e preparação é fundamental a coordenação, se possível, o contato
direto entre o Cmt Pa e os envolvidos na missão, tais como: motoristas, guias, especialistas, pilotos e
Oficiais de Ligação (O Lig) de OM empenhadas na execução do apoio de fogo ou envolvidas nos
deslocamentos.
É conveniente que todos os participantes da missão assistam à Ordem à Patrulha. Deve-se, no
entanto, observar a compartimentação e a segurança das informações.
A patrulha deverá obedecer as prescrições rádio, a fim de que o tempo de transmissão seja o
mínimo necessário, dificultando as ações de guerra eletrônica do inimigo.
Com o propósito de diminuir o tempo de transmissão, pode ser empregado um código de
mensagens pré-estabelecidas, específico para amissão.
As frequências devem ser pré-sintonizadas antes da partida da patrulha.
A patrulha deverá empregar amplamente os mensageiros.
Empregar, sempre que possível, o sistema fio para obtenção de maior sigilo.
Utilizar os meios de comunicações visuais e auditivos, quando forem do conhecimento de todos
os patrulheiros.

46 – Comente a respeito da inteligência.


As patrulhas devem empregar as técnicas de coleta de dados utilizadas pelos demais órgãos
de inteligência, particularmente o reconhecimento, a vigilância e a busca de alvos.
As ações das patrulhas de reconhecimento estão voltadas para a localização, potencial e possíveis
intenções das unidades inimigas na área de operações. Tais dados, integrados aos aspectos táticos do
terreno e condições meteorológicas, são essenciais ao planejamento e condução das operações.

47 – Comente a respeito do apoio de fogo.


O sucesso da sincronização do apoio de fogo sobre alvos terrestres exige uma exata
compreensão de alguns aspectos básicos, tais como: emprego de todo apoio de fogo disponível,
atendimento ao tipo de apoio de fogo solicitado pela patrulha, rápida coordenação, proporcionar
proteção às instalações e tropas amigas, possuir um sistema de designação de alvos eficaz e evitar
a duplicação desnecessária de meios.
O apoio aéreo aproximado poderá ser fundamental para a sobrevivência das forças de superfície
(patrulhas) em momentos críticos das ações. Não se pode, em momento algum, descartar a enorme
contribuição que um ataque aéreo preciso traz às ações. Os pedidos de apoio de fogo aéreo, devem
incluir as seguintes informações:
(1) Exata localização do alvo;
(2) Descrição do alvo, com detalhes que permitam a seleção apropriada do armamento;
(3) Efeito desejado (interdição ou destruição);
(4) Localização da tropa amiga mais próxima do alvo (distância e azimute);
(5) Hora de ataque ao alvo;
(6) Significado tático;e
(7) Informações de controle especial, tais como: localização da patrulha que orientará o avião.
48 – Defina o apoio logístico.
Nas operações de curto alcance, as patrulhas infiltram com todo o suprimento para o cumprimento
da missão.
Quando a missão é de longo alcance, faz-se necessária a condução de um suprimento
sobressalente (mínimo necessário) e o planejamento da complementação por outros meios, tais como
suprimentos pré-posicionados - cachê / Local de Apoio à Missão (LAM) - e lançamentos aéreos.

49 – Comente a respeito da ORGANIZAÇÃO PARA O MOVIMENTO.


A organização geral e particular de uma patrulha é definida tendo por base sua missão. Para os
deslocamentos, é necessário determinar as formações, bem como a posição dos escalões, grupos e
homens.
Os principais aspectos que influem na organização de uma patrulha para o movimento são:
(1) O inimigo – Situação e possibilidades de contato.
(2) A manutenção da integridade tática.
(3) A ação no objetivo.
(4) O controle dos homens.
(5) A velocidade de deslocamento.
(6) O sigilo das ações.
(7) A segurança da patrulha.
(8) As condições do terreno.
(9) As condições meteorológicas.
(10) A visibilidade.

As formações do pelotão a pé são adaptáveis a uma patrulha de qualquer efetivo. Cada uma delas possui
vantagens e desvantagens e a escolha da formação a ser adotada é decorrente de um estudo contínuo por
parte do comandante.
Em todas as formações, as distâncias entre os escalões, grupos e homens não são rígidas. Normalmente,
elas são ditadas pelos mesmos fatores que influem na escolha da formação.
A integridade tática é uma preocupação fundamental na organização da patrulha para o movimento.
O adestramento dos homens permite rápidas mudanças de formação e facilita a utilização dos comandos
por gestos ou sinais convencionados.

50 – Como são feitas as formações?


Em coluna
É empregada quando o terreno não permite uma formação que forneça maior segurança ou
quando a visibilidade for reduzida (a noite, na selva, com nevoeiro etc.). Esta formação dificulta o
desenvolvimento da patrulha à frente ou à retaguarda e lhe proporciona pouca potência de fogo nessas
direções. Por outro lado, é uma formação que permite maior controle e maior velocidade de
deslocamento. Maior potência de fogo nos flancos e facilidades nas ações laterais são também
vantagens da formação em coluna.
A distância entre os homens é determinada pelas condições de visibilidade.
Em linha
É empregada por pequenas patrulhas ou escalões e grupos de uma patrulha maior, para a
transposição de cristas ou locais de passagem obrigatória, sujeitos à observação ou ao fogo inimigo. É
mais utilizada na tomada do dispositivo, no assalto, durante a ação no objetivo ou para ação imediata na
contra-emboscada. Não deve ser utilizada para deslocamentos longos.
Proporciona, ainda, máximo volume de fogo à frente e boa dispersão. Todavia, dificulta o controle
e o sigilo nos maiores efetivos.

Em losango
É a formação que
apresenta maiores vantagens quanto à segurança e rapidez nos deslocamentos através campo. Facilita o
controle dos homens, as comunicações e proporciona um bom volume de fogos em todas as direções.
A segurança deve atuar a uma distância que permita a comunicação por gestos entre o comandante
e seus patrulheiros, devendo haver pelo menos 2 (dois) patrulheiros para essa missão.

51 - Examinar a partida e o regresso das linhas amigas.


Ligações
Todas as ligações com a tropa amiga, em cuja área a patrulha atuará, são de responsabilidade do
comandante da unidade que a lança.
O comandante da patrulha pode, no entanto, ligar-se com várias posições, para coordenar os
movimentos de saída e entrada de sua patrulha nestas áreas.
As posições que geralmente exigem estas ligações e coordenações são os postos de comando,
postos de observação, postos avançados e a última posição amiga por onde a patrulha passará.
Aproximação e contato
A aproximação às posições de tropa amiga deve ser cautelosa, considerando que antes de sua
identificação, a patrulha é considerada tropa inimiga.
Antes do contato, a patrulha realiza um "alto", enquanto o seu comandante ou um patrulheiro por
ele designado vai à frente, em segurança, para a troca de senhas.
A iniciativa e a segurança são fatores importantes a serem considerados para esse evento.
Inteligência
O comandante deve transmitir informações sobre o efetivo, o eixo de progressão e o horário
provável de regresso da patrulha ao ponto amigo.
O comandante da patrulha deve obter os últimos informes sobre a atuação do inimigo, o terreno à
frente, os obstáculos existentes, bem como verificar se todos têm conhecimento da senha e contra-senha.
No regresso, a patrulha transmite os dados de valor imediato a cada posição amiga encontrada,
alertando, inclusive, sobre a existência de elementos amigos extraviados.
Ultrapassagem
Caracteriza-se pelo desbordamento da posição amiga ou de passagem através dela, dependendo
das instruções recebidas e da existência de obstáculos ao redor da posição.
Um guia é imprescindível na ultrapassagem da posição, principalmente quando existirem
obstáculos.

52 – Comente a respeito dos deslocamentos.


Durante os deslocamentos, todo patrulheiro deve se preocupar com a execução de três atividades
simultâneas: a progressão a ligação e a observação.
(1) Na progressão
(a) Utilizar, sempre que possível, as cobertas e abrigos existentes.
(b) Manter a disciplina de luzes e ruídos.
(2) Na ligação
(a) Procurar manter o contato visual com seu comandante imediato.
(b) Ficar atento à transmissão de qualquer gesto ou sinal, para retransmiti-lo e/ou executá-lo,
conforme ocaso.
(3) Na observação
(a) Manter em constante observação o seu setor.
(b) O comandante da patrulha deve adotar medidas visando a estabelecer a observação em todas
as direções, inclusive para cima.
As ligações e as observações são também mantidas nos "altos", permitindo a rápida transmissão
das ordens e a manutenção da segurança.
O armamento deve ser conduzido em condições de pronto emprego, carregado, travado e
empunhado adequadamente.
Qualquer ruído deve ser aproveitado para a progressão, tais como, barulho provocado pela chuva,
por viaturas, por aeronaves, por fogos de artilharia,etc.
A patrulha deve se preocupar em não deixar vestígios que denunciem sua passagem. Em
determinadas situações, é necessário, até mesmo, apagar os rastros deixados.

53 – Defina SEGURANÇA.
Durante os deslocamentos
As formações adequadas ao terreno, bem como a dispersão empregada em função da situação,
proporcionam à patrulha um certo grau de segurança durante o deslocamento.
Cabe ao comandante da patrulha realizar um estudo constante do terreno para que possa
determinar, em tempo útil, o reconhecimento ou desbordamento de locais perigosos.
A segurança à frente é proporcionada pela ponta da patrulha, cuja constituição varia de um único
esclarecedor até um grupo de combate, em função do efetivo.
A distância entre a patrulha e a ponta é determinada pelo terreno, pelas condições de visibilidade e
pela necessidade de se manter o contato visual e o apoio mútuo.
A ponta reconhece a área por onde a patrulha se deslocará por intermédio de seus esclarecedores.
Os esclarecedores da ponta devem manter o contato visual entre si e com a patrulha.
Prever e executar o rodízio dos esclarecedores.
A segurança nos flancos é proporcionada com a distribuição de setores de observação a cada
homem da patrulha que não esteja em outras missões específicas de segurança à frente ou à retaguarda e
por elementos destacados.
Escalar homens com a missão de observar para cima, sempre que o tipo de ambiente favorecer
uma atuação inimiga desta direção.
Nos "altos"
(1) Poderão ser efetuados diversos "altos" no deslocamento de uma patrulha
para:
(a) Observar, escutar ou identificar qualquer atividade inimiga;
(b)Envio de mensagens, alimentação, descanso, reconhecimento ou a orientação da patrulha.

Ao ser comandado “alto”, cada integrante da patrulha ocupa uma posição, aproveitando as
cobertas e abrigos existentes nas imediações.
O "alto-guardado" é uma parada mais prolongada, durante a qual a patrulha adota um dispositivo
mais aberto e pode destacar elementos para ocupar posições dominantes.
No objetivo
A segurança da patrulha, durante a ação no objetivo, é proporcionada pela correta utilização dos
grupos de segurança, dispostos de modo a isolar a área do objetivo e proteger a ação do escalão de
reconhecimento ou assalto.
Em alguns casos, nas patrulhas de combate, os grupos de assalto, após executarem sua missão,
fornecem a proteção aproximada ao grupo que cumpre a tarefa essencial e a outros que atuam no
objetivo.

54 - Comente a respeito da navegação.


Generalidades – Normalmente, as missões recebidas devem ser cumpridas com imposições de horários.
Uma navegação consciente, bem planejada e segura permite o cumprimento da missão no horário
determinado.
Procedimentos
(1) Seguir o planejamento evitando improvisações, manter um estudo contínuo do terreno e empregar
corretamente a equipe de navegação.
(2) O homem-ponto, normalmente, atua com os elementos que fazem a segurança à frente.
(3) Os homens-passo, em condições normais, não se deslocam à testa da patrulha.
(4)Todos os componentes devem memorizar o itinerário, os azimutes e as distâncias.
PONTO DE REUNIÃO.
Generalidades
(1) É um local onde uma patrulha pode reunir-se e reorganizar-se.
(2) Os possíveis pontos de reunião são levantados durante o estudo na carta ou reconhecimento e, uma
vez definidos, devem ser do conhecimento de todos os integrantes da patrulha.
(3) Um ponto de reunião deve ser de fácil identificação e acesso; permitir uma defesa temporária e
proporcionar cobertas e abrigos.
Tipos
(1) Pontos de reunião no itinerário (PRI) - estão situados ao longo dos itinerários de ida e de regresso
da patrulha.
(2) Ponto de reunião próximo do objetivo (PRPO) - é utilizado para complementar o reconhecimento
(reconhecimento aproximado) e liberar os grupos para o cumprimento da missão. Nesse ponto, a
patrulha pode reorganizar-se após realizar a ação no objetivo. Poderá existir mais de um PRPO, caso a
patrulha regresse por itinerário diferente.
Procedimento
(1) Havendo ação do inimigo e a consequente dispersão da patrulha entre dois pontos de reunião
sucessivos, os patrulheiros regressarão ao último ponto de reunião ou avançarão até o próximo ponto de
reunião provável, conforme estabelecido na Ordem à Patrulha.
(2) Na reorganização, serão tomadas as providências necessárias ao prosseguimento da missão. Nesse
caso, deve ser definido o tempo máximo de espera, ao término do qual o patrulheiro mais antigo assume
o comando e parte para o cumprimento da missão.

55 – Comente a respeito das AÇÕES EM ÁREAS PERIGOSAS E PONTOS CRÍTICOS.


Conceituação
(1) Áreas perigosas e pontos críticos são aqueles obstáculos levantados no itinerário que oferecem
restrições ao movimento.
(2) Normalmente, nestes locais, a patrulha fica vulnerável aos fogos e/ou à observação do inimigo.
Procedimentos gerais
(1) Levantar, durante o planejamento, as prováveis áreas perigosas e pontos críticos, prevendo e
transmitindo à patrulha a conduta a ser adotada ao atingi-los.
(2) Optar pelo desbordamento dessas áreas, quando isso for possível.
(3) Prever ou solicitar apoio de fogo para cobrir o movimento da patrulha.
(4) Realizar reconhecimentos e estabelecer a segurança.
(5) Realizar o “POCO” (Parar, Olhar, Cheirar e Ouvir).
Procedimentos particulares
(1) Estradas – Devem ser transpostas em curvas ou em trechos em que sejam mais estreitas e possuam
cobertas de ambos os lados. É necessário estabelecer segurança, executar um reconhecimento e definir
um ponto de reunião. A travessia deve ser rápida e silenciosa com toda a patrulha, por grupos ou
individualmente, de acordo com a situação.
(2) Clareiras – Devem ser desbordadas. Quando não for possível, é necessário agir da mesma forma que
na travessia de estradas.
(3) Pontes – Deve ser evitada a ultrapassagem. A patrulha só deve utilizar a ponte quando todos os
pontos que permitam a observação e o fogo sobre ela estiverem reconhecidos ou sob vigilância.
(4) Cursos d’água
(a) Antes da travessia de cursos d’água, deve ser reconhecida a margem de partida. Em seguida, a
patrulha entrará em posição e estará pronta para cobrir a margem oposta. Logo após, deve ser enviado
um grupo para reconhecer a outra margem e estabelecer segurança.
(5) Casebres ou povoados – Sempre que houver necessidade de a patrulha passar pela proximidade de
casebres ou povoados, devem ser redobradas as prescrições relativas ao sigilo.
(6) Desfiladeiros e locais propícios para emboscadas – Reconhecer antes da travessia. Caso a região seja
propícia à emboscada inimiga, os elementos da segurança de vanguarda e de flanco deslocar-se-ão a
uma distância maior. (7) Obstáculos artificiais – Deve-se evitar a utilização de passagens e brechas já
existentes que possam estar armadilhadas, pois os obstáculos, normalmente, são agravados ou batidos
por fogos.

56 – Quais são as PECULIARIDADES DE UMA PATRULHA DE RECONHECIMENTO?


As informações sobre o inimigo e o terreno por ele controlado são de vital importância para o
comando.
A patrulha de reconhecimento é um dos meios de que dispõe o comando para a busca ou coleta de
dados, os quais facilitam uma tomada de decisão.

57 – Relembre os tipos de patrulhas


(1) Patrulha de reconhecimento em força – Neste tipo de patrulha, diferentemente da operação ofensiva
reconhecimento em força, a missão consiste em realizar uma ação em força, de pequena envergadura,
sobre um objetivo, com a finalidade de se buscar dados sobre o inimigo no que se refere ao dispositivo
(inclusive posição de armas coletivas), valor e poder de combate.
(2) Patrulha de vigilância – Tem a missão de exercer observação contínua sobre local ou atividade.
(3) Patrulha de reconhecimento de itinerários – Tem a missão de obter dados sobre um determinado
itinerário.
(4) Patrulha de reconhecimento de ponto – Tem a missão de obter dados sobre um objetivo específico.
(5) Patrulha de reconhecimento de área – Tem a missão de obter dados sobre uma grande área ou sobre
pontos nela existentes. A patrulha pode obtê-los, reconhecendo a área, mantendo vigilância sobre ela ou
fazendo o reconhecimento de uma série de pontos.

58 – Comente sobre EQUIPAMENTO, MATERIAL E ARMAMENTO


a. Uma patrulha de reconhecimento, normalmente, conduz o armamento necessário à própria segurança.
b. O equipamento individual e o material a serem conduzidos dependem da duração da missão. Sempre
que possível, aliviar o patrulheiro para facilitar-lhe os movimentos.
c. Podem ser conduzidos pela patrulha: aparelho para visão noturna (luz residual), material de
comunicações, máquina fotográfica, cartas, esboços, fotografias aéreas, lápis e papel, lápis
dermatográfico, fita fosforescente ou luminosa, fita isolante, poncho, bússolas, binóculos, relógios,
GPS, alicate e qualquer outro material ou equipamento de utilidade para a missão.

59 – Quais são as CONDUTAS NORMAIS DE UMA PATRULHA DE RECONHECIMENTO


a. Cumprir a missão sem ser percebida pelo inimigo.
b. Combater somente pela sobrevivência ou, se necessário, para favorecer o cumprimento da missão.
c. Empregar, quando for imprescindível, reconhecimento pelo fogo. Esta técnica consiste em fazer com
que alguns homens da patrulha atirem na direção do inimigo para atrair seu fogo, obrigando-o a revelar
suasposições. d. Realizar um "alto-guardado" no PRPO. Esta conduta tem a finalidade de ratificar ou
retificar o planejamento, através de um reconhecimento aproximado e checar com os comandantes
subordinados os locais exatos de cada um dos grupos e suas missões específicas.

60 – Comente a respeito da patrulha de oportunidade.


(1) É uma patrulha lançada em determinada área, com a finalidade de atuar sobre alvos compensadores
que venham a surgir.
(2) Alvo compensador é todo aquele cuja importância tática se sobreponha às baixas que a patrulha
poderá sofrer ao executar amissão.
OBS:
(1) Para se conseguir a surpresa sobre o inimigo, há necessidade da adoção de medidas de segurança nos
deslocamentos, tais como:
(a) Correta utilização da ponta;
(b) Dispersão;
(c) Disciplina de luzes e/ou ruídos;
(d) Camuflagem;
(e) Correta utilização do terreno;
(f) Outras medidas julgadas necessárias.
(2) A patrulha deverá estar exaustivamente ensaiada na execução das técnicas de ação imediata, para o
caso de ser surpreendida pelo inimigo.

60.1 - Comente a respeito da patrulha de destruição.


-Exige um planejamento detalhado do processo de destruição, do material a ser utilizado e do emprego
de peritos.
-Em alguns casos, a destruição pode ser feita pelo fogo.

61 – Comente a respeito da patrulha de neutralização.


A patrulha é lançada com a missão de neutralizar (eliminar ou capturar) elementos ou grupo de
elementos específicos.
A neutralização pode ser feita à distância, utilizando-se caçadores ou através de um assalto.

62 – Defina patrulha de segurança.


-Cobrir os flancos, a frente, a retaguarda, os intervalos e os itinerários. Poderá também proteger
unidades em movimento(comboios).
-Vigiar uma área ou setor, de modo a prevenir e evitar a infiltração do inimigo, bem como ataques de
surpresa.
-Localizar e neutralizar o inimigo remanescente ou infiltrado em área amiga (limpeza).
-Executar toda e qualquer ação que possa ser definida pelo termo genérico patrulhar.
-Sua organização particular depende, essencialmente, da missão específica que receber. Deve-se
considerar, também, as possibilidades do inimigo e o terreno.
63 – Comente a respeito da patrulha de resgate.
O resgate consiste nas ações de recuperação de material ou pessoal amigo, que esteja retido em
área ou instalação hostil ou sob controle do inimigo.
O escalão de assalto é organizado em um ou mais grupos de resgate e, normalmente, em um grupo
de assalto.
Outros grupos poderão integrar o escalão de assalto, de acordo com as tarefas complementares a
serem executadas.
O escalão de segurança é organizado levando-se em consideração o número de vias de
acesso que incidem no objetivo.
O(s) grupo(s) de resgate deve(m) localizar o material ou pessoal a ser resgatado. Ao iniciar a ação,
cabe ao grupo de resgate alcançar, o mais rápido possível, o seu alvo, protegê-lo e retirá-lo da área do
objetivo.

64 – Defina patrulha de captura.


A missão de capturar pessoal e/ou material inimigo tem por finalidade:
(a) Obter dados;
(b) Abater-lhe o moral;
(c) Privá-lo de chefes ou líderes importantes.
A missão de captura consiste nas ações de conquista e condução para as linhas amigas, de
determinado material e/ou pessoal inimigo.
O escalão de assalto é organizado em um ou mais grupos de captura e, normalmente, um grupo de
assalto.

65 – Comente a respeito da patrulha de interdição.


A missão das patrulhas de interdição consiste em impedir que o inimigo se beneficie de
determinada região, instalação ou material, durante um período de tempo.
Nas patrulhas de interdição com emprego de técnicas de sabotagem, o sigilo é fundamental.

66 – Defina patrulha de contato.


É a patrulha lançada com a finalidade de estabelecer contato com elementos amigos.
Ação no objetivo
(1) Selecionar o ponto designado para o contato ou onde ele pode ocorrer.
(2) O contato pode ser feito através de ligação pessoal, pela vista ou por meio do rádio.
(3) Estabelecer medidas para obtenção do sigilo.
(4) Evitar o combate decisivo, salvo se estiver imposto na missão.
(5) Informar, de imediato, o estabelecimento do contato.

67 – Comente a respeito da patrulha de inquietação.


Uma patrulha de inquietação pode receber as seguintes missões: causar baixas, dificultar o
movimento, perturbar o descanso do inimigo etc.
Nas operações de Garantia da Lei e da Ordem, uma missão de inquietação impede ou dificulta a
reorganização das forças adversas, obrigando-as a se movimentarem constantemente.
A inquietação visando causar baixas pode ser executada pelo fogo, pelo assalto ou combinação de
ambos.

68 – Defina patrulha de suprimento.


A patrulha de suprimento tem a missão de suprir uma unidade destacada ou que se encontre em
ambientes operacionais sob condições especiais, que necessite de certos suprimentos, impossibilitados
de chegar pelos meios normais.
A patrulha de suprimento cumpre sua missão de duas formas:
(a) Forma direta: há contato físico entre o elemento apoiador e o apoiado para a entrega ou a
busca de suprimento. É aconselhável que se estabeleça uma ligação prévia entre o elemento apoiador e o
apoiado, facilitando-se a coordenação.
(b) Forma indireta: através da utilização do suprimento pré-posicionado em local pré-
determinado. Normalmente, não há necessidade de ligação entre a fração que supre e a fração que se
utiliza do suprimento pré-posicionado.
A entrega do suprimento, sempre que possível, segue a seguinte sequência:
- Contato rádio, com autenticação, antes do contato visual;
- Definição do local e direção de aproximação, facilitando o contato para a troca de senha, caso
não tenha sido definido com exatidão;
- Em segurança e no local combinado, realizar a troca de senha e contra- senha, conforme IE
ComElt;
- Efetuar a entrega do suprimento.

68 – Defina patrulha de emboscada.


Emboscada é um ataque de surpresa, contra um inimigo em movimento ou
temporariamente parado, desencadeado de posições cobertas, com a finalidade de destruí-lo,
capturá-lo, inquietá-lo ou causar-lhe danos materiais.

68.1 Quais são os Fatores que favorecem o êxito de uma emboscada?


(1) Planejamento - Deve ser meticuloso e detalhado, abordando o efetivo da patrulha, o local da
emboscada, o material, a preparação, os ensaios, os deslocamentos, a ocupação e preparação das
posições, a camuflagem, a disciplina de fogo, o armadilhamento na área de destruição e adjacências, o
controle, a condução da emboscada, o retraimento e a reorganização.
(2) Controle – Deve ser exercido um controle cerrado sobre a patrulha. Comunicações adequadas,
definição de um sistema de segurança e alerta, observação constante e conhecimento da situação
facilitam o controle.
(3) Paciência - É essencial para a manutenção do sigilo durante o tempo de espera. Normalmente,
a patrulha é mantida na posição por muito tempo, exigindo disciplina e controle do sistema nervoso.
(4) Camuflagem – É um fator de grande importância para a obtenção da surpresa. É importante
que sejam mantidas as características e a fisionomia do terreno.
(5) Informações sobre o inimigo – O comandante da patrulha recebe todas as informações
disponíveis sobre o inimigo, tais como: efetivo, natureza e direção de deslocamento.
(6) Seleção do local – O local ideal é aquele que oferece o máximo de vantagens para a tropa
emboscante nos aspectos observação e campos de tiro, cobertas e abrigos, obstáculos, acidentes capitais
e vias de acesso.
(7) Surpresa – Obtém-se pelo sigilo, pela camuflagem e pela paciência.
(8) Rapidez – Aplicá-la, aproveitando o impacto da surpresa.
(9) Fogo Violento – É o emprego do máximo volume de fogos, num pequeno espaço de tempo.
(10) Simplicidade – O planejamento e a condução das ações devem ser os mais simples
possíveis. A simplicidade permite uma maior flexibilidade em qualquer conduta.
(11) Adestramento – Adquirido através da instrução teórica e prática, favorecendo a aplicação
eficaz das técnicas de emboscada.
(12) Ensaio das ações – O ensaio, executado com o máximo de realidade, é condição
fundamental para a atuação coordenada dos escalões e grupos nas diversas fases da missão de
emboscada.
69 – Quais são os tipos de emboscadas?
(1) Geral
(a) Emboscada de ponto - Caracteriza-se pela existência de uma única área de destruição, baseada em
informes precisos sobre o inimigo.
(b) Emboscada de área - Consiste em várias emboscadas de ponto sob um comando único, ao longo dos
diversos itinerários de acesso ou retraimento do inimigo.
(2) Quanto aos dados sobre o alvo
(a) Emboscada de liberada - É planejada especificamente para um determinado alvo. Necessita de dados
detalhados sobre o inimigo.
(b) Emboscada de oportunidade - Os dados disponíveis não permitem um planejamento detalhado antes
da partida. São preparadas para atacar um alvo compensador.

70 – Comente sobre o escalão de segurança.


(a) Grupo de Proteção - Tem por finalidade impedir ou retardar o envio de reforços inimigos para o
local da emboscada. Ocupa posições ao longo das prováveis vias de acesso, podendo preparar pequenas
emboscadas com objetivo de retardar o inimigo.
(b) Grupo de Vigilância - Tem por missão informar a aproximação do inimigo, identificando-o e
levantando outros dados sobre a sua situação (valor, dispositivo, etc.).
(c) Grupo de Acolhimento - Sua missão é guardar o Ponto de Reunião Próximo do Objetivo (PRPO),
onde a patrulha se reorganizará, após a emboscada. Permanece em posição durante toda a operação. O
comandante do grupo deve tomar as medidas necessárias para evitar incidentes. O conhecimento da
localização geral da patrulha, do sistema de segurança, das comunicações e das possíveis evoluções da
situação tática, favorece o cumprimento da missão.
(3) Escalão de Assalto
(a) Grupo de Bloqueio - Tem por finalidade impedir que o inimigo emboscado saia da área
de destruição. Cumpre esta missão lançando obstáculos, executando fogos, dificultando ou
impedindo a progressão do inimigo.
(b) Grupo de Apoio de Fogo - Organizado quando houver a previsão do combate corpo-a-
corpo. Tem por finalidade apoiar, pelo fogo, a ação do Grupo de Assalto.
(c) Grupo de Assalto - É aquele que executa a ação principal da emboscada. O assalto pode
ser realizado pelo fogo, pela ação física direta contra o inimigo ou por ambos.
- Em qualquer situação, o grupo de assalto age com o máximo de violência.
- É o responsável pela preparação e lançamento dos obstáculos.
(d) Grupo de Tarefas Essenciais - Constituído de várias equipes ou grupos, todos com
tarefas impostas pela missão (matar, destruir, capturar pessoal, capturar material,
resgatar,etc.).
(e) Grupo de Comando - Tem organização, atribuições e conduta semelhantes aos diversos
tipos de patrulha.
71 - Comente a respeito dos tipos de formações feitas para emboscadas.
Flanqueamento Simples
- Dispositivo simplificado.
- Necessita de terreno com elevação em apenas um dos lados
- Possibilita o emprego conjunto de todas as armas.
- Utiliza um só itinerário de retraimento.
- Facilita o controle.

Em L
- Utiliza terreno com curva e aclive.
- Possibilita o emprego conjunto de todas as armas.
- Emprega um só itinerário de retraimento.
- Facilita o controle.
- Ataca o inimigo à frente e por um dos flancos.

Em U
- Exige terreno que ofereça posição de tiro de cima para baixo.
- Necessita de grande potência de fogo.
- Dificulta a reação do inimigo.
- Utiliza mais de um itinerário de retraimento.
- Dificulta o controle.
- É importante conhecer a direção de progressão do inimigo.

Frontal
- Necessita de grande potência de fogo.
- É eficaz nas ações de retardamento.
- Possibilita a entrada em posição para nova emboscada.
Em V (uma variante da frontal)
- Muito empregada em ambiente com restrições de visibilidade(selva).
- Necessita de muita coordenação, principalmente dos fogos.
- A abertura do V é favorecida quando se conhece a direção de aproximação do inimigo.

Minueto
- Exige tropa altamente treinada.
- O terreno influi na escolha do local.
- Confunde totalmente o inimigo, dificultando sua reação.
- É empregada contra um inimigo forte.
- Proporciona boa observação e campos de tiro.
- Dificulta o controle.
- Utiliza mais de um itinerário de retraimento.

Flanqueamento Duplo
- Semelhante à emboscada em U.
- Pode ser desencadeada independente da direção de aproximação do inimigo.

Circular
- É, normalmente, empregada quando não se sabe a direção de aproximação do inimigo, mas
se tem a certeza de que ele passará pelo local da emboscada. Monta-se uma emboscada em
360° com os setores de tiro voltados para a periferia.
Em Rodamoinho
- Empregada em cruzamento de estradas.
- Não se conhece a direção de aproximação do inimigo.
- A tropa é colocada em quadrantes opostos.

Com Isca
- A isca deve ser dotada de grande mobilidade e ter condições de retrair para
uma posição abrigada.

72 – Comente a respeito das técnicas de assalto.


O assalto tem por propósito conquistar o objetivo, destruindo ou
neutralizando (mesmo que temporariamente) a resistência inimiga.
- Contínuo: quando o grupo de assalto abandona a posição de assalto e em
um movimento contínuo atinge o objetivo.
- Por lanços: quando o grupo de assalto se subdivide em equipes, que
abandonam a posição de assalto e avançam para o objetivo realizando
lanços alternados, proporcionando entre si uma base de fogos para a
progressão (fogo e movimento / “marcha do papagaio”).
- Misto: quando o terreno ou a resistência inimiga apresenta alteração
significativa, sugerindo a alteração do assalto por lanços para o assalto
contínuo, ou vice versa.
- Em sigilo: quando o grupo de assalto abandona a posição de assalto e
inicia seu deslocamento na direção do inimigo sem ser percebido. Nesse
caso, o desencadeamento dos fogos só ocorrerá quando houver a quebra do
sigilo ou mediante ordem.
- Pelo fogo: quando, devido à proximidade da posição de assalto do
objetivo, o grupo de assalto não a abandona, realizando a neutralização
definitiva da resistência inimiga exclusivamente pelo emprego de seu
armamento.
73 – Comente a respeito das técnicas de infiltração.

Extra - Causas de fracasso de uma emboscada.


(1) Ruídos de engatilhamento.
(2) Disparos prematuros.
(3) Má camuflagem (seja individual ou das posições).
(4) Falta de segurança em todas as direções.
(5) Incidentes de tiro com o armamento.
(6) Emprego incorreto dos sinais convencionados.
(7) Apoio de fogo deficiente.
(8) Despreparo psicológico dos homens.
(9) Atuação lenta e pouco agressiva.
74 – Defina base de combate.
Ponto forte que se estabelece na área de combate ou de pacificação de uma força em
operações na selva, em operação de pacificação e em certas operações em áreas autônomas
para assegurar o apoio logístico, proporcionar a ligação com os elementos
subordinados e superior, acolher e despachar tropas e garantir a duração na ação.
É instalada pelo batalhão ou companhia para se constituir em pontos de concentração
dos seus órgãos de comando e de apoio, de sua reserva e de outras frações não
empenhadas nos patrulhamentos ou encarregadas da segurança da base.
A reserva, normalmente, deve possuir grande mobilidade.
Há um equilíbrio entre as medidas de segurança e administrativas.

75 – Comente a respeito da base patrulha.


Local de uso temporário na área de combate de companhia, a partir da qual o pelotão
ou grupo de combate executa ações de patrulha, reconhecimento ou combate. Área oculta na
qual se acolhe a patrulha de longa duração por curto prazo para se refazer, se reorganizar e
dar prosseguimento ao cumprimento da missão.
O tempo de ocupação, normalmente, não deverá ultrapassar 48 (quarenta e oito) horas,
por medida de segurança e sigilo.
As bases de patrulhas são instaladas por pelotões.
Geralmente, delas irradiam pequenas patrulhas.
As medidas de segurança e táticas prevalecem sobre as medidas administrativas.
As patrulhas não deverão utilizar a mesma base duas vezes, dependendo da situação
tática.

76 – Defina Área de reunião e área de reunião clandestina.


Destina-se ao pernoite de final de jornada ou à dissimulação da patrulha durante o dia,
quando, taticamente, isso for necessário.
Prevalecem as medidas de segurança, adequadas em função do efetivo da patrulha e
do ambiente operacional.
A instalação de uma área de reunião é semelhante a uma base de patrulha, sendo
restritas as medidas administrativas.
Quando esta área de reunião for localizada em ambiente sob o controle do inimigo é
denominada área de reunião clandestina. Cabe ressaltar que nesta área, as medidas
administrativas são quase inexistentes, tendo em vista o volume das atividades inimigas.

77 – Como é feita a seleção do local da base de patrulha?


O planejamento, o estudo da carta e de fotografias aéreas indicam os melhores locais
para a instalação da base de patrulha.
Na escolha do local, observa-se os aspectos a seguir.
(1) Missão da patrulha.
(2) Dissimulação e segurança do local.
(3) Possibilidade do estabelecimento das comunicações necessárias.
(4) Necessidade de suprimento aéreo. A área de lançamento não deve comprometer a
localização da base. Havendo mais de um lançamento, prever outras áreas. A noite é
favorável ao lançamento.
(5) Adequabilidade da área. Considerando o ambiente operacional, escolher um terreno
seco e bem drenado e de pouco valor tático. As medidas de segurança preterem as medidas
administrativas da patrulha.
(6) Proximidade de uma fonte de água, sempre que possível.
78 - Citar as fases de instalação de uma base de patrulha.
Definido o local da base, o planejamento e a preparação da instalação, normalmente,
segue a sequência abaixo:
(1) Aproximação da base;
(2) Reconhecimento;
(3) Ocupação;
(4) Estabelecimento de um sistema de segurança;
(5) Medidas administrativas;
(6) Inspeções;
(7) Evacuação da base.

78. 1 – O que deve ser feito durante a aproximação e reconhecimento?


(1) Evitar regiões habitadas.
(2) Observar ao máximo a disciplina de ruídos.
(3) Aproveitar judiciosamente o terreno.
(4) A patrulha abandona a direção de marcha em ângulo reto e faz um alto- guardado, numa
posição coberta e abrigada, próxima do local escolhido para a base.
(5) Reconhecimento do local exato pelo comandante da patrulha acompanhado pelos
comandantes de escalões e/ou grupos, radioperador e mensageiro da patrulha. Cada
comandante de grupo leva um homem, que será o guia posteriormente.
(6) Designação pelo comandante da patrulha, após reconhecimento, do ponto de entrada da
base, que será o ponto das 6 horas pelo processo do relógio. Em seguida, o comandante da
patrulha desloca-se para o interior da base e define o centro (PC) e o ponto das 12 horas. Os
pontos 6 e 12 horas são definidos por referências que se destaquem no ambiente.
(7) Não tendo a patrulha uma NGA de ocupação, do centro da base,o comandante designa os
setores para os grupos, utilizando-se do processo do relógio.
(8) Posteriormente, os comandantes subordinados reconhecem os seus setores, verificam
sua situação no terreno e retornam para junto do comandante de patrulha, que se encontra no
centro da base.
(9) Os comandantes de grupo permanecem na entrada da base, aguardando a chegada da
patrulha, que deverá se aproximar orientada pelos guias.

79 – Comente a respeito da ocupação da base de patrulha.


O início da ocupação, propriamente dita, deve ser feito com alguma luminosidade, antes
do escurecer, visando à preparação correta do sistema de segurança.
A ocupação durante a noite é dificultada pelas condições de visibilidade para os
reconhecimentos, identificação do terreno e escolha das posições.
O emprego criterioso das NGA de ocupação de uma base de patrulha ou área de
reunião aumentará o sigilo e proporcionará mais segurança à patrulha.
Uma falsa base, prevista para iludir o inimigo quanto a localização da base principal,
pode ser ocupada, quando o comandante da patrulha tiver suspeitas de perseguição.
A falsa base, localizada próxima da região da base principal, funcionará como um
segundo alto-guardado e sua ocupação será idêntica à da base principal.

80 – Como é feita a mecânica da ocupação da base principal?


Após o reconhecimento da base principal e o retorno dos guias ao local do alto-
guardado ou da falsa-base, cada comandante de grupo permanecerá na entrada da base
principal, onde aguardará a chegada de sua fração e a conduzirá pela linha 6- 12 horas até
atingir o limite esquerdo de seu setor e, em seguida, posicionar os homens até o limite direito.
Cada homem tem que conhecer a localização de quem está ao seu lado, à frente e à
retaguarda, bem como saber as rotas de qualquer movimentação prevista, dentro e fora da
área base.
O grupo de comando dirige-se para o PC, no centro da base.
O comandante verifica o perímetro da base e determina as alterações que julgar
necessárias.
Os comandantes dos grupos reconhecem o terreno à frente do seu setor, definindo as
posições dos postos de vigilância e de escuta, conforme planejamento do comandante da
patrulha.
O comandante de grupo ocupa uma posição em seu setor onde possa melhor controlar
seus homens e ligar-se, visualmente, com o comandante da patrulha.
Havendo restrições, em função do ambiente operacional, adaptar as ligações por
quaisquer meios disponíveis.

81 – Comente sobre a base alternativa.


É uma medida de segurança que funciona como um ponto de reunião, dando
flexibilidade ao comandante da patrulha, caso a base principal seja atacada.
Iniciada a ocupação da base principal e transmitidas as ordens aos homens, o
comandante da patrulha acompanhado do seu radioperador/mensageiro, dos comandantes
de grupo e guias, partem para o reconhecimento da base alternativa. É interessante que
sejam reconhecidas no mínimo duas bases alternativas em sentidos opostos.
O comandante da patrulha deve estudar as prováveis direções de atuação do inimigo e
definir um mínimo de rotas de fuga para a(s) base(s) alternativa(s).
As rotas são opostas às prováveis direções de atuação do inimigo e dirigidas para a(s)
base(s) alternativa(s).
Normalmente, dois guias são designados para cada rota selecionada, um orienta o
grosso da patrulha e o outro aguarda o grupo que faz face ao inimigo.
Os comandantes de grupo e os guias partem para o reconhecimento pelas rotas de
provável utilização até a entrada da(s) base(s) alternativa(s). Os itinerários são amarrados por
azimutes ou balizados por quaisquer meios.
Na(s) base(s) alternativa(s) o comandante define os setores dos grupos. Considerando
o fator tempo, esta ocupação será semelhante a de um alto-guardado, com redobradas
medidas de segurança.
Após o reconhecimento, o comandante e sua equipe retornam à base principal, onde o
subcomandante deu andamento aos trabalhos de ocupação.
O comandante da patrulha realiza uma inspeção na base principal.
Os comandantes de grupo informam aos homens o plano de evacuação da base
(itinerário de evacuação, o setor do grupo, o que fazer ao chegar na(s) base(s) alternativa(s)
etc.).

Na jornada seguinte, caso a situação tática permita, e mediante ordem do comandante,


os demais integrantes da patrulha poderão reconhecer os itinerários para a(s) base(s) de
alternativa(s).
82 – Comente sobre a base de patrulha descentralizada.
Eventualmente, a base de patrulha pode ser instalada com um dispositivo
descentralizado. Nesse caso, alguns procedimentos específicos deverão ser adotados:
(a) A patrulha abandona a direção de marcha em ângulo reto e atinge o ponto de
liberação dos grupos (P LibGp).
(b) No P Lib Gp, cada comandante de grupo toma uma direção pré-determinada e
afasta-se aproximadamente 100m deste ponto, ocupando a sua base.
(c) O Grupo de comando e os reforços infiltram-se em um dos grupos, de acordo com a
missão e a situação tática.
(d) Com este dispositivo, a patrulha torna-se menos vulnerável ao encontro inimigo.
Caso um grupo venha a ser descoberto, provavelmente não comprometerá os outros grupos.

OBS: Cabe ressaltar que este dispositivo possui algumas vantagens e desvantagens:
(1) Vantagens:
- Aumento da segurança do perímetro da base.
- Diminuição da probabilidade do número de baixas quando esta for atacada.
- Aumento da dispersão entre os grupos, consequentemente, diminuindo a vulnerabilidade
aos fogos de apoio do inimigo.
(2) Desvantagens :
- Dificuldade da coordenação e controle por parte do comandante da patrulha.
- Aumento do número de rotas de fuga, facilitando o rastreamento por parte do inimigo.
- A dificuldade de delimitar os setores de tiro, a fim de não ocorrer o fratricídio, pois os grupos
encontram-se descentralizados.
- Dificuldade de reorganizar a patrulha após a dispersão (ataque à posição).

83 - Comente a respeito do Estabelecimento do sistema de segurança.


(1) Sistema de postos de vigilância e/ou postos de escuta;
(a) Postos de vigilância e/ou postos de escuta, definidos e instalados em função do ambiente
operacional, integram o sistema de vigilância da base. Havendo disponibilidade, grupos de 2
ou 3 elementos são designados e operam esses postos.
Meios de comunicações silenciosos ligam os postos aos comandantes de grupo e estes
ao comandante da patrulha. Cordas e cipós, empregados com convenções estabelecidas,
quanto ao número de puxadas, são eficientes. Sempre que possível, empregar o telefone de
campanha.
Durante o dia, os vigias devem colocar-se bem à frente, a uma distância que não lhes
permita ouvir os ruídos naturais vindos da base. À noite, os postos de escuta devem ocupar
posições centrais e mais próximas dos homens da periferia da base.
Normalmente, não se defende uma base de patrulha atacada. Para esta situação, o
comandante deve prever bases alternativas e o plano de evacuação da base principal.
Consequentemente, rotas de fuga e pontos de reunião, dependendo das distâncias, são
planejados e reconhecidos.
Para maior segurança e controle, deve ser utilizada somente uma saída- entrada para a
base. O ponto é camuflado e guardado permanentemente, se possível, com uma arma de
emprego coletivo.
Normalmente, o comandante da patrulha designa elementos com conhecimentos
especiais para instalar, fora da área da base, um sistema de alarme, de preferência luminoso,
bem como, lançar e montar armadilhas. Tal sistema deve ser definido antes da ocupação,
considerando a necessidade de material.
Determinar senhas, contrassenhas e sinais de reconhecimento.
Determinar as ações a realizar em caso de ataque, incluindo a evacuação da base sob
fogos inimigos. Existindo armas coletivas na patrulha, o comandante define posições de tiro
considerando as características de seu inimigo.
84 – Como funciona a defesa da base?
Para evitar a destruição ou captura do material essencial para o cumprimento da
missão, o comandante da patrulha deve decidir por uma defesa limitada, dando prioridade de
fogos para a direção de penetração do inimigo.
Caso a base seja atacada, ela deve ser abandonada, mediante controle e determinação
do comandante da patrulha, sendo necessária uma expressiva ação de comando dos
comandantes de grupos.
A ocupação da base(s) alternativa(s) implica em reforçar o esquema de segurança,
considerando que o inimigo tem conhecimento das atividades da patrulha na região.
Por medida de segurança, todos devem estar em condições de emprego trinta minutos
antes do escurecer e do amanhecer.
A posição para dormir deve favorecer uma pronta resposta do homem para tomar uma
posição de tiro.

85 – Comente sobre as medidas administrativas.


(1) A construção de latrinas entre as posições dos grupos e os PV ou PE devidamente
balizadas.
(2) O suprimento e o ressuprimento de água (por 2 ou 3 homens) uma vez por dia e
normalmente antes do amanhecer. Disciplinar o consumo.
(3) A construção de abrigos sumários para o pernoite. Conforme o grau de segurança exigido,
cada homem tem seu horário de serviço. O homem sempre que a situação o permitir, pode
descansar ou dormir.
(4) Um terço da patrulha, no mínimo, deverá sempre estar alerta em seus postos.
(5) Regras rígidas de higiene devem ser estabelecidas.
(6) Estabelecer um horário de manutenção diária do material para que este permaneça em
condição de pronto emprego, observando que nem todos os integrantes da patrulha farão
esta atividade simultaneamente.
(7) Os horários previstos para as próximas atividades até o dia seguinte.

86 – Como funcionam as inspeções?


(1) As medidas de segurança e administrativas devem estar prontas antes do escurecer, para
que o comandante da patrulha possa inspecioná-las.
(2) As inspeções são contínuas e têm por objetivo agilizar a instalação da base, concorrendo
para que, operacionalmente, a base fique pronta ainda com luz.
(3) Normalmente, são inspecionados(as)
(a) Limites dos setores do grupo.
(b) Ligações entre os grupos (homens dos flancos).
(c) Localização do PV ou PE, bem como sua ligação com o grupo do setor e/ou centro da
base(PC).
(d) Sistemas de alarmes (ligações) e segurança; interrogar quanto a setor de tiro e condutas;
validos também para as armas coletivas.
(e) Patrulhas com saídas previstas à noite.
(f) Condutas para ocupação da(s) base(s)alternativa(s).
(g) Senha e contrassenha.
87 – Como funciona a evacuação da base de patrulha?
(1) A base será evacuada por imposição do inimigo, por imposição tática ou por segurança.
(2) Todas as medidas são tomadas para impedir ou dificultar vestígios de permanência da
patrulha no local(contra rastreamento).
(3) Detritos são conduzidos pela patrulha para outro local.
(4) A limpeza da área é de responsabilidade de todos os patrulheiros.
(5) O período favorável para evacuação da área é o noturno.
(6) Agilizar a preparação para evacuação.

88 – Defina TAI.
Técnicas de Ação Imediata são ações coletivas executadas com rapidez e que
poderão exigir uma tomada de decisão.
Elas devem ser pré-planejadas e exaustivamente treinadas pela fração que as realiza.
É importante que sejam executadas no menor espaço de tempo e com o menor número
de ordens possível.
Têm a finalidade de assegurar a esta fração uma vantagem inicial quando do contato
com o inimigo, ou mesmo, de evitar este contato.

EXTRA – Comente a respeito das generalidades das TAI.


As TAI a serem adotadas por uma fração serão definidas por seu comandante durante a
fase do estudo de situação. É importante ressaltar que não existe um procedimento padrão
para todas as situações
Quando em deslocamento, não será incomum o combate de encontro entre tropas
oponentes, portanto, ao ocorrer este fato, a tropa que realizar a ação mais rápida e eficiente
terá grandes possibilidades de sucesso no prosseguimento das ações.
É importante ressaltar que outras formações para o deslocamento e, até mesmo, outras
TAI poderão ser adaptadas de acordo com as necessidades de cada situação outro pa
envolvida. Ressalta-se,ainda,que em função do tipo de missão a ser cumprida, cada patrulha
poderá ser organizada de diferentes maneiras e com efetivos variados.

89 - Classificar as TAI utilizadas durante uma patrulha.


De acordo com a nossa missão e com o nosso poder de combate em relação ao do
inimigo, as TAI são classificadas em ofensivas ou defensivas.
As TAI ofensivas são aquelas que têm por objetivo engajar o inimigo e destruí-lo
em caso de contato. Já as defensivas têm por objetivo não estabelecer o contato ou, no
caso de estabelecido, rompê-lo o mais rapidamente possível.

90 – Quando usa-se o tipo de TAI correta?


Quanto à missão
(1) Se a missão for de reconhecimento, as TAI adotadas serão normalmente defensivas.
(2) Se a missão for de combate, as TAI adotadas até seu cumprimento, normalmente, serão
defensivas, com a finalidade de manutenção do sigilo. No itinerário de retorno, poderão ser
adotadas as TAI ofensivas com a finalidade de destruir um eventual alvo compensador.
(3) A missão de patrulha de oportunidade é normalmente caracterizada pela adoção, do início
ao fim, das TAI ofensivas.
Quanto ao poder relativo de combate
(1) Se o poder de combate do inimigo for superior ao nosso, serão, normalmente, adotadas as
TAI defensivas.
(2) Se o poder de combate do inimigo for inferior ao nosso, serão, normalmente, adotadas as
TAI ofensivas.
Fator rapidez na ação
Cabe ressaltar que a rapidez na ação, aspecto básico a ser observado para o sucesso das
TAI, dependerá sobremaneira de dois fatores:
- Grau de adestramento da tropa;e
- Ação dos esclarecedores, uma vez que, normalmente, serão esses os primeiros elementos a
estabelecerem o contato com o inimigo e a emitirem os sinais e gestos convencionados.

91 – Quais são as situações comum?


(1) Nós vemos o inimigo e não somos vistos;
(2) Nós vemos o inimigo e ele nos vê(contato fortuito); e
(3) O inimigo nos vê e nós não o vemos (emboscada inimiga).

92 – Como procede o tipo nós vemos o inimigo e não somos vistos?


Natureza das nossas TAI -ofensiva.
Nessa situação, devemos montar uma emboscada de oportunidade para surpreender e
destruir o inimigo.
O esclarecedor informa a aproximação do inimigo.
Todo o pelotão sai da trilha para o mesmo lado, ocupando a parte dominante do terreno
ou a que ofereça melhores campos de tiro.
Desencadeamento da emboscada e busca da destruição do inimigo no local.
Perseguição do inimigo em fuga.

Natureza das nossas TAI – defensiva.


Nessa situação, o nosso objetivo é tentar evitar o contato com o inimigo. A maneira mais
rápida de conseguirmos isso é simplesmente abandonar a direção geral de deslocamento e
nos ocultarmos no terreno.
O esclarecedor define para que lado o pelotão vai abandonar o deslocamento.
Todos os homens deixam o sentido de deslocamento e deitam-se, procurando se ocultar
no terreno.
93 – Qual é a tomada de posição quando Nós vemos o inimigo e ele nos vê(contato fortuito)?
Natureza das nossas TAI -ofensiva.
Nessa situação, o objetivo é desenvolver o pelotão no terreno, o mais rápido possível,
com grande poder de fogo à frente.
Buscar a manutenção do contato até a total destruição do inimigo. É importante
permanecer uma fração destacada do pelotão para realizar a proteção dos flancos e
retaguarda.
Os esclarecedores, ao travarem contato com o inimigo, realizam intenso volume de
fogos na direção do inimigo.
Caso haja um retraimento do inimigo, partir para a perseguição.

Natureza das nossas TAI -defensiva.


Nessa situação, o objetivo da nossa tropa é colocar uma fração entre a tropa inimiga e o
grosso do pelotão, que realizará o retraimento.
Após realizar uma base de fogos, esta fração interposta retrai.
O GC mais próximo do inimigo lança fumígenos à frente a fim de estabelecer uma
cortina de fumaça entre o inimigo e a nossa tropa, proporcionando assim melhores condições
para o desengajamento.
Este GC executa a progressão com a utilização da técnica do fogo e movimento para a
retaguarda e rompe contato.
O restante da patrulha cerra para a retaguarda ficando em condições de apoiar o
retraimento do GC engajado.
Reorganização no último ponto de reunião no itinerário.

94 – O que fazer quando O inimigo nos vê e nós não o vemos (emboscada inimiga)?
Natureza das nossas TAI -ofensiva
Nessa situação, tentaremos realizar um desbordamento com os elementos não
engajados e uma contra-emboscada de flanco.
O pessoal engajado pelo inimigo se abriga e responde com o maior volume de fogos
possível. É lançado fumígeno imediatamente à frente da posição do inimigo para diminuir a
eficácia de seus fogos.
Componentes da frente da coluna de marcha que não estiverem engajados se abrigam
e aguardam ordens.
Componentes da retaguarda da coluna de marcha (caso a área de destruição esteja
incluindo a porção anterior do pelotão) que não estiverem engajados organizam-se, a
comando do adjunto de pelotão, e entram em linha ao lado da posição do inimigo,assaltando-
o.
Se a emboscada for muito à retaguarda do pelotão, o adjunto informa ao comandante
por intermédio do rádio, ou de outro sinal convencionado, que não tem condições de assaltar.
O pessoal da frente então toma os procedimentos de assalto. A ação é idêntica àquela
realizada pela retaguarda.
Ao início da contra-emboscada, os elementos engajados devem parar de atirar. O
comando pode ser dado por intermédio de silvo de apito, à voz ou por outro sinal
convencionado.
Reorganização e perseguição do inimigo.
Natureza das nossas TAI –defensiva.
A manobra será igual à adotada na TAI ofensiva.
Os procedimentos são iguais aos da ofensiva, com as seguintes
ressalvas:
- O GC que realiza a ação desbordante deverá evitar oengajamento decisivo com o inimigo,
buscando apenas propiciar o desaferramento dos patrulheiros que se encontram na zona de
matar. O volume de fogo inimigo indicará o momento de deter o movimento; e
- A ação desbordante terá como consequência a divergência dos fogos inimigos em duas
direções distintas. Dessa maneira, ao pessoal engajado será possibilitado o desengajamento
nas melhores condições possíveis. O lançamento de fumígenos entre o pelotão e o inimigo é
fundamental.
- Retraimento descentralizado por GC ou esquadra.
Reorganização no último ponto de reunião no itinerário.

95 – Comente a respeito das situações de contingência.


Situações de contingência são situações de incerteza sobre algo que poderá
eventualmente acontecer nas diferentes fases de uma missão de patrulha e que implicam na
adoção de um procedimento diferente do planejamento principal.
Para toda situação de contingência levantada deverá ser tomada uma decisão para
fazer face ao problema previsto.
O comandante deverá ter muito cuidado quando da explanação, na ordem à patrulha,
das decisões relativas às situações de contingência a fim de evitar confusão com o plano
principal.
O ideal é que as situações de contingência e as respectivas decisões face às mesmas
sejam explanadas nas prescrições diversas.

96 – Defina as hipóteses de situação de contingência.


No deslocamento de ida
(1) Alterações no itinerário:
(a) Pontos críticos (reconhecimento e segurança);
(b) Áreas críticas (reconhecimento e segurança);
(c) Locais que favoreçam a atuação do inimigo.
(2) Meios de transporte utilizados
(a) Medidas de segurança durante o transbordo;
(b) Pane do meio de transporte;
(c) Falta do meio de transporte.
(3) Feridos e mortos amigos
- Análise quanto ao comprometimento da missão;
(4) Escassez de tempo
(5) Caçador
(6) Ataque aéreo
(7) Fogos de artilharia
(8) Colunas de blindados
Ação no Objetivo
(1) Quebra do sigilo no PRPO;
(2) Quebra do sigilo durante o reconhecimento aproximado;
(3) Quebra do sigilo durante a tomada do dispositivo;
(4) Escassez de tempo;
(5) Ação do inimigo durante a ocupação do PRPO;
(6) Extravio da turma de reconhecimento.
Itinerário de regresso
(1) Alterações no itinerário
(a) Pontos críticos (reconhecimento e segurança);
(b) Áreas críticas (reconhecimento e segurança);
(c) Locais que favoreçam a atuação do inimigo;
(2) Meios de transportes utilizados
(a) Medidas de segurança durante o transbordo ;
(b) Pane do meio de transporte;
(c) Falta do meio de transporte;
(3) Feridos/mortos
- Análise quanto ao comprometimento da missão.
(4) Escassez de tempo
(5) Caçador;
(6) Ataque aéreo;
(7) Fogos de artilharia;
(8) Colunas de blindados.

97 – Como é composta a patrulha?


(1) O seu recebimento.
(2) Planejamento e preparação.
(3) Execução.
(4) Confecção do relatório.

98 – Comente sobre as normas de comando.


Estas compreendem todas as atividades de planejamento e preparação desenvolvidas
até a partida para o cumprimento da missão. Além disso, elas permitem ao comandante de
patrulha metodizar o seu trabalho, evitando-lhe perda de tempo e esquecimentos.

99 – Como é realizada a sequência das ações?


A sequência das ações que orientam o emprego de uma patrulha, a partir do
recebimento da missão, é a seguinte (POREOF):
Providências Iniciais:
(1) Realizar a interpretação sumária da missão atribuída a sua patrulha.
(2) Planejar a utilização do tempo disponível(quadro-horário).
(3) Realizar o estudo de situação preliminar.
(4) Planejar a organização da patrulha (pessoal e material).
Observação e planejamento do reconhecimento
(1) Realizar um rápido estudo na carta, observando o itinerário até o objetivo, para planejar o
reconhecimento.
(2) Planejar o reconhecimento(Rec)
- Determinando quem participa do Rec.
- Indicando os postos de observação (P Obs) a ocupar e o que observar em cada um deles.
(3) Elaborar a ordem preparatória (Oprep).
(4) Expedir a ordempreparatória.
Reconhecimento
- Conforme o planejamento.
Estudo de situação (planejamento detalhado)
- Estabelecer as linhas de ação (LA), comparar e decidir.
- Elaborar a ordem à patrulha (Opa).
Ordens
- Emitir a ordem à patrulha (verbal e emitida à luz do terreno ou de um caixão de areia).
Fiscalização
- O Cmt, auxiliado pelo seu subcomandante (SCmt), supervisiona a execução das ordens e
auxilia os elementos subordinados sempre que possível. Esta fase é de vital importância para
o sucesso de qualquer operação.
- Esta fiscalização é caracterizada pelas inspeções inicial e final.
- Nesta fase, estão também incluídos, a cargo do SCmt, os ensaios das ações.
100 - Identificar aspectos relativos ao recebimento da missão.
Ao receber a missão, o comandante da patrulha deve sanar todas as suas dúvidas,
solicitando os dados e as informações complementares que julgar importantes para o seu
planejamento. Ressalta-se que todas as informações disponíveis sobre o inimigo, forças
amigas, terreno, condições meteorológicas, meios disponíveis, população, elementos de
contato, comando e comunicações, coordenação e controle estarão sendo transmitidas por
quem estiver emitindo a missão.
O comandante da patrulha deve verificar com seu comandante se há a possibilidade de
executar um reconhecimento no local, levando-se em consideração que seu comandante tem
o controle de todas as ações e conhece a situação do inimigo.

101 - Identificar generalidades relativas às providências iniciais.


Nessa fase das Normas de Comando, o comandante da fração deve realizar o
planejamento preliminar da missão que englobará as seguintes atividades: estudo sumário da
missão; planejamento da utilização do tempo; estudo de situação preliminar e planejamento
da organização de pessoal e material.

102 - Examinar o estudo sumário da missão.


É um processo mental e sintético, baseado em perguntas, que respondidas, orientam o
comandante da patrulha na direção certa para o cumprimento da missão, assim como
facilitam a confecção do quadro-horário.
(1) O quefazer?
Identificar as ações impostas (verbos da missão) e visualizar as ações complementares
necessárias ao cumprimento da missão.
(2) Quando?
Verificar os prazos e horários impostos ou necessários para o cumprimento da missão.
(3) Onde?
Levantar a localização e a situação do objetivo.

103 – Como é feito o planejamento da utilização do tempo.


É necessário que inicialmente seja confeccionado um quadro-horário que adeque as
atividades de planejamento e preparação ao tempo disponível, de modo que todas as ações
tenham hora específica para sua realização.
Para esta estimativa, além das imposições de horários e prazos especificados na
missão, deve-se considerar, de um modo geral, o tempo total disponível e o tempo gasto nos
deslocamentos.
Quando o horário de partida não for imposto pelo escalão superior, o comandante da
patrulha define-o, estimando o tempo necessário para execução das atividades subsequentes
à partida da patrulha.
Imediatamente após a emissão da ordem à patrulha, deverá ser realizada a inspeção
inicial e os primeiros ensaios, não podendo haver atividades dispersivas entre estas.
Após uma atividade dispersiva (refeições, pernoites, inspeções e longos deslocamentos
embarcados ou a pé), deverá ser destinado um tempo para novamente ensaiar a missão,
podendo este ensaio ser verbal, relembrando a sequência das ações.
A inspeção inicial deverá ter um tempo superior à inspeção final, sendo que o tempo
destinado às mesmas deve permitir a correção dos problemas verificados.
O tempo previsto para o reconhecimento no terreno deve permitir a adequada
observação do dispositivo e das atividades do inimigo. Deve-se levar em consideração
também a necessidade de se realizarem deslocamentos em sigilo e de se ocuparem várias
posições de observação.
A ordem preparatória, sendo meramente administrativa, terá tempo de emissão inferior
ao da ordem à patrulha.
104 – Defina exemplo de confecção do quadro-horário.

105 - Examinar o estudo de situação preliminar.


O estudo de situação é um processo lógico e continuado de raciocínio, pelo qual o
comandante da patrulha considera todas as circunstâncias que possam interferir no
cumprimento da missão.
A profundidade com que este estudo de situação preliminar deverá ser realizado está
condicionada a diversos fatores, dentre os quais destacam-se os dados disponíveis nesta
etapa do planejamento e o tempo que o comandante da patrulha dispõe para o cumprimento
de sua missão. Deve-se levar em consideração, também, o fato de que há necessidade de se
proporcionar o máximo de tempo de preparação para o combate.
Em síntese, o grande objetivo do estudo de situação preliminar é se chegar a uma
concepção inicial de como se pretende cumprir a missão. Dessa forma, ter-se-á condições de
organizar a patrulha em pessoal e material. O estudo de situação detalhado, que será
realizado oportunamente, após a execução do reconhecimento, poderá alterar alguns
aspectos concebidos nesta fase inicial do planejamento.

106 – Comente a respeito do planejamento da organização de pessoal e material.


Após o planejamento da utilização do tempo, do estudo de situação preliminar e já
tendo identificado no estudo sumário da missão a sequência das ações a realizar, o
comandante da patrulha deve organizar os escalões e os grupos, decidindo sobre o material,
o equipamento e o armamento a serem conduzidos no cumprimento da missão, bem como a
serem utilizados no reconhecimento e no ensaio.
Para isso, poderá valer-se do quadro de organização de pessoal e material (QOPM)
preenchido em duas vias.
Normalmente, a patrulha se constituirá de 2 (dois) escalões: um voltado para o
cumprimento da missão (escalão de reconhecimento ou escalão de assalto) e o outro para
segurança da patrulha (escalão de segurança). Cada escalão é formado por um ou mais
grupos, conforme decisão do comandante da patrulha que também define seus efetivos.
106.2 – Defina as atribuições do subcomandante.
-É o eventual substituto do comandante em qualquer fase da missão.
-Auxilia o comandante no planejamento, coordena as medidas administrativas (ordens,
ensaios, refeições, inspeções etc.).
-Fiscaliza as atividades de preparação do rádio-operador.
-Providencia a presença e organiza a patrulha para emissão de ordens (inclusive elementos
em apoio).
-Conduz o ensaio.

106.3 – Comente sobre atribuições do gerente.


- É o elemento encarregado de material e suprimentos.
-Providenciar este material e os suprimentos necessários, de acordo com a relação
confeccionada pelo comandante da patrulha, e distribuí-los, mantendo o controle de modo
que a patrulha esteja aprestada na hora da Ordem à Patrulha.

106.4 – Defina as atribuições da equipe de navegação.


- Auxilia o comandante da patrulha na orientação e navegação.
Podem ser escalados, de acordo com a necessidade, elementos nas funções de:
homem-bússola, homem-carta, homem-ponto e homem-passo.
Sob coordenação do homem-carta, esta equipe prepara o caixão de areia ou meio
similar a ser utilizado na Ordem à Patrulha e prepara o quadro auxiliar de navegação.

106.5 – Comente sobre os Observadores do objetivo e o homem tempo.


Em determinadas missões, após o reconhecimento aproximado do objetivo, não
comprometendo o sigilo da missão, elementos da patrulha poderão permanecer próximo ao
objetivo com intuito de observar possíveis alterações do dispositivo inimigo.
Homem-tempo – É o elemento responsável por alertar ao comandante sobre os
horários a serem cumpridos, estabelecidos pelo quadro-horário, principalmente na ação no
objetivo propriamente dita.

106.6 - Defina Homem saúde e rádio-operador.


Homem-saúde – além das atividades afetas aos primeiros socorros, é também encarregado
de realizar as medidas relativas ao contra rastreamento e esterilização das posições estáticas
ocupadas pela patrulha.
Rádio-operador
- Miniaturiza, codifica e impermeabiliza extratos da IE Com Elt e outros códigos particulares
da patrulha.
-Prepara o material de comunicações para a missão (verifica o funcionamento do material,
limita o combinado, impermeabiliza o material de comunicações, se for o caso, pré-sintoniza o
equipamento rádio).
-Prepara e conduz antenas improvisadas, se for o caso. Instala equipamento fio, se for o
caso. Explora e mantém as comunicações, com escalão superior, se for o caso.

107 - Identificar generalidades relativas à observação e ao planejamento do reconhecimento.


Embora o reconhecimento seja realizado após a emissão da Ordem Preparatória, o seu
planejamento deve ser feito antes da patrulha receber a ordem e iniciar a sua preparação.
Antes da realização do reconhecimento, deverão ser analisados os riscos e o tempo
necessário para o planejamento, preparação e execução do mesmo. A sua finalidade é colher
o máximo de dados sobre o terreno, itinerário planejado, objetivo, situação do inimigo etc.
O planejamento do reconhecimento deve abordar todas as fases de uma missão de
patrulha.
108 - Examinar o planejamento do reconhecimento.
Dados iniciais para o reconhecimento
(1) Meios e tempo disponível (planejamento da utilização do tempo).
(2) O comandante deverá prever para o reconhecimento militares responsáveis pelas
seguintes atividades:
- Comando dos integrantes da patrulha que não participam do reconhecimento;
- Orientação;
- Comunicações;
- Comandantes de grupo (a critério do comandante da patrulha);e
- Elementos de segurança.
O comandante da patrulha planeja a execução do seu reconhecimento definindo “o quê” e “de
onde reconhecer”.
(1) Oquê?
(a) Obstáculos
(b) Pontos críticos
(c) Características do terreno no itinerário e objetivo
(d) Objetivo propriamente dito
(e) Dispositivo, composição e valor do inimigo
(f) Outros
(2) De onde?
Locais a serem ocupados ou percorridos durante o reconhecimento.

Confeccionar um quadro auxiliar(sugestão):

109 – Defina ordem preparatória.


A ordem preparatória tem a finalidade de orientar a preparação individual e coletiva da
patrulha para o cumprimento da missão.
O comandante da patrulha deve empenhar-se em emitir sua ordem no mais curto prazo
possível, de modo a permitir à patrulha o tempo adequado ao aprestamento.
Antes da expedição da ordem preparatória, o SCmt deverá organizar a patrulha
conforme o planejamento do comandante, apresentando-a no local determinado para a
emissão da referida ordem.

110 – Organize o Roteiro comentado para a transmissão da ordem preparatória.


1. Situação – (Ambientar a patrulha)
F ini (Loc, natureza e valor)
F Amig ( Loc, Natureza e valor)
2. Missão( como foi recebida – classificar)
3. Quadro horário
4. Organização(QOPM)
5. Unif e equip individual(QOPM)
6. Armamento e munição
7. Material de comunicações.
8. Material de destruições
9. Material especial
10. Ração e água.
11. Material para o reconhecimento
12. Material para o ensaio (QOPM)
13. Reconhecimento ( Quem vai/ Mat)
14. Comunicações ( Informar tudo)
15. Diversos.
a. Instruções particulares
b. Outras prescrições.

111 – Comente sobre o reconhecimento.


Sempre que a situação permitir, deve-se buscar realizar um reconhecimento detalhado
não só do objetivo como também do itinerário a ser percorrido pela patrulha. Entretanto,
ressalta-se que durante o recebimento da missão o comandante da patrulha já deverá
questionar o escalão superior quanto à possibilidade da execução do mesmo.

Após a emissão da ordem preparatória, enquanto a patrulha se prepara, os elementos


que foram selecionados realizam o reconhecimento procurando o maior número de dados
sobre o objetivo e a situação do inimigo, com a finalidade de complementar detalhadamente o
seu planejamento.

112 – Defina o estudo da situação.


O estudo de situação é um processo lógico e continuado de raciocínio, pelo qual o
comandante de patrulha considera todas as circunstâncias que possam interferir no
cumprimento da missão.
O estudo de situação baseia-se nos fatores abaixo discriminados:
(1) Missão - O comandante da patrulha procura definir, claramente, as ações a realizar,
sequenciando-as de maneira lógica, a fim de assegurar o preparo e a execução das ações
necessárias ao cumprimento da missão.
(2) Inimigo - O comandante da patrulha analisa os dados levantados no reconhecimento e
aqueles recebidos do escalão superior, concluindo sobre: atitude, valor, experiência, grau de
instrução, desdobramento do inimigo no terreno, tempo, capacidade de reforço etc.
(3) Terreno e condições meteorológicas - O comandante da patrulha considera os aspectos
gerais (relevo, vegetação, natureza do solo, hidrografia, obras de arte, localidades, população
e condições meteorológicas). Este estudo visa integrar os melhores momentos para as suas
ações e identificar os itinerários que restringem ou impedem o movimento da patrulha.
(4) Meios - O comandante da patrulha deve apreciar os recursos humanos e materiais
disponíveis. Ele deve procurar empregar seus meios de forma a levantar a melhor linha de
ação para o cumprimento da missão.
(5) Tempo - O comandante da patrulha deve analisar o tempo disponível para o cumprimento
da missão. Este estudo inicia-se no planejamento preliminar, quando da confecção do quadro-
horário. Os tempos estimados para as diversas fases são detalhados e, conforme o estudo
realizado, redefinidos. Ele poderá concluir sobre a adoção de maiores ou menores medidas
de segurança durante a execução da missão, tempo disponível para ensaios etc.

113 – Como é realizada a sequência do planejamento?


Inicia-se pela coordenação com os apoios.
(1) Com unidades em apoio ou reforço (fogo, naval, aéreo, etc.).
(2) Contato com especialistas.
(3) “Briefings”
- Levar memento pronto.
- Levar o integrante da patrulha empenhado no contato.
- Acertar detalhes da ordem à patrulha e do ensaio conjunto.
Após a coordenação, deve-se planejar:
(1) Ação no Objetivo
(a) Plano de reconhecimento aproximado (o que reconhecer, sequência, quem, onde, por
onde, medidas de coordenação e controle, missões específicas, horários, condutas, quem
permanece com olhos no objetivo).
A fim de manter o militar mais antigo que permanecer com a patrulha informado a respeito do
reconhecimento, o comandante, antes de sair, deverá reunir-se com ele e abordar os pontos
de contingência, a saber (Q3OM):
- QUEM vai com ele e que itinerários serão percorridos?
- QUANTO tempo ele pretende ficar fora?
- QUEBRA DO SIGILO (o que ele fará se for quebrado o sigilo no reconhecimento e o que a
patrulha fará; e o que o comandante fará se a patrulha for plotada?)
- ONDE o comandante (ou elementos que vão no reconhecimento) vai(vão)?
- Conferir/testar todo o MATERIAL a ser conduzido.
(b) Tomada do dispositivo (sequência de liberação dos grupos, quem, onde, por onde,
medidas de coordenação e controle, missões específicas, horários e condutas).
(c) Ação no objetivo propriamente dita (confeccionar o esquema de manobra, caracterização
do início da ação, detalhar cronologicamente quem vai fazer o quê, como, para quê e
selecionar a técnica de assalto).
(d) Retraimento ao PRPO (sequência, quem, onde, por onde, medidas de coordenação e
controle, horários, condutas, etc.).
(e) Reorganização (cheque de baixas, armamento, equipamento e munição).

(2) Deslocamento até o PRPO


Plano de carregamento e embarque (considerar os diversos trechos do itinerário,
seguindo os princípios da autossuficiência das vagas, distribuição de valores, manutenção da
integridade tática, previsão de panes e sequenciamento).
Itinerário principal e secundário (com linhas e pontos de controle).
Pontos de reunião no itinerário.
Coordenação com homem-carta.
Levantar azimutes, distâncias e azimute de fuga (confecção do quadro auxiliar de
navegação).

(3) Regresso
- Abordar os mesmos itens de infiltração (deslocamento até o PRPO), no que for aplicável.
- Sempre que possível, o retraimento deverá ocorrer por um itinerário diferente do utilizado
pela patrulha no deslocamento de ida.
- Devem ser evitadas ao máximo trilhas e estradas.

(4) Outros
(a) Armamento e munição.
(b) Uniforme e equipamento.
(c) Conduta com inimigos feridos e prisioneiros (antes e após a ação no objetivo,
considerando as regras de engajamento para amissão).
(d) Conduta com feridos e mortos amigos (antes e após a ação no objetivo).
(e) Sinais e gestos a praticar.
114 - Identificar generalidades relativas à Ordem à Patrulha.
A ordem à patrulha tem por objetivo informar aos integrantes da fração as características
da missão a ser cumprida, o seu desenvolvimento, bem como, estabelecer as missões
específicas individuais, dos grupos e/ou escalões.
A ordem à patrulha é emitida de forma verbal e contínua.
Normalmente, ao início da ordem à patrulha, a fração já deverá estar em condições de
partir. Entende-se, com isso, que ela já deverá estar aprestada, com o armamento,
equipamento, material de comunicações e material especial necessários ao cumprimento da
missão. É importante que a fração já esteja organizada em seus escalões e grupos e com a
camuflagem individual feita.
É admissível que, em missões complexas, com longo tempo para ordens e ensaios, a
ordem a patrulha seja executada sem a fração ainda estará prestada.
115 - Examinar a Ordem à Patrulha.
1. Situação (situar/Origem)
-Forças inimigas ( Loc, natureza e valor);
-Forças amigas ( Loc, natureza e valor)
-Meios recebidos retirados
-Áreas de op e cond meteo (conseq)
2. Missão – Comandante da patrulha deverá transmitir a missão conforme a tenha recebido
do escalão superior. Para uma perfeita compreensão dos patrulheiros, poderá ser feita uma
breve explicação das ações a serem realizadas.
3. Execução
a .Conceito da Operação: História sucinta, na sequência cronológica, (deslocamento até o
PRPO, Eec, T Dispo, Aç Obj, Ret até o PRPO, Reorg e Reg L Ami).
b. Ordem aos elm subd( detalhar responsabilidade)
2 métodos (todos/grupos)
-Deslocamento até o PRPO
-Aç Obj
-Regresso
c . Prescrições diversas
-Tudo aquilo que você ainda não falou dentro da ordem cronológica.
-Planejamento de emboscada, medeidas de coordenação e controle, Segurança nos altos,
TAI, Pontos de reunião, tratamento com os mortos PG e feridos.
4. Logística
5. Comando e comunicações
- Retirar ou ratificar e checar
- Dúvidas
- Inspecionar o conhecimento de missões específicas e de aspectos que devam ser do
conhecimento geral.
-Checar o conhecimento de missões individuais e coletivas
- Checar o acerto de relógios.

116 - Examinar a inspeção inicial.


A inspeção inicial visa a permitir ao comandante da patrulha uma avaliação sobre o grau
de preparação dos homens, quanto ao conhecimento detalhado da missão, bem como o
moral da tropa, o estado do equipamento e do armamento.
117 – Quais são as Ações a realizar na inspeção inicial.
A inspeção inicial é realizada, preferencialmente, logo após a transmissão da ordem à
patrulha. Ela deve ser dividida em duas fases, uma teórica e outra prática. Nesta ocasião,
serão inspecionados todos os integrantes da patrulha, inclusive os elementos em apoio
recebidos (motorista, guia, prático, piloto, atendente, etc.).
Parte tática
- Verificação do conhecimento individual sobre a missão, bem como senhas, contra-senhas,
sinais de reconhecimento, sinais de ponto limpo e ponto ativado, códigos, missões
específicas, indicativos, prescrições rádio, estória- cobertura,horários de ligação, sinais
convencionados e processos de autenticação /codificação.
Parte material
- Nesta fase da inspeção, o comandante deve dispor seus homens de forma que seja possível
a inspeção tátil e visual do uniforme, armamento, equipamento e material coletivo. Deve-se
ressaltar que todo o teste e aprestamento do material deverá ser realizado por ocasião de seu
recebimento e durante o planejamento detalhado, a cargo dos comandantes de grupo.

118 – Comente a respeito do ensaio.


O ensaio visa a familiarizar os homens com o cumprimento da missão, praticando as
tarefas que irão realizar e esclarecendo as possíveis dúvidas decorrentes da ordem à
patrulha.
Deverá ser conduzido de forma a obedecer rigorosamente ao que será executado no
cumprimento da missão.
O ensaio é planejado pelo comandante durante o planejamento detalhado e transmitido
ao subcomandante para que este possa conduzi-lo. Ao final da ordem à patrulha, o
subcomandante faz uma explanação oral, para que todos os homens entendam onde, como e
o que vai ser ensaiado.
O comandante da patrulha observa o ensaio com o intuito de corrigir eventuais erros
causados pelo não entendimento das ordens emanadas ou até mesmo para retificar o seu
planejamento.
Deverão ser ensaiadas as seguintes ações, dentre outras:
(a) Ações no objetivo(ênfase);
(b) Itinerário de ida e reorganização;
(c) Deslocamentos e altos (com os meios de transporte);
(d) Ações em áreas perigosas e pontos críticos;
(e) Ações em contato com o inimigo(TAI);
(f) Regresso;

119 – Defina a inspeção final.


A inspeção final, última atividade da patrulha antes da partida, visa a permitir ao
comandante da patrulha verificar se os erros encontrados na inspeção inicial e no ensaio
foram corrigidos.
O subcomandante deverá conduzir uma via do QOPM com os itens essenciais para o
cumprimento da missão, com o intuito de verificar se não há algum equipamento faltando.
Esta via não deverá ser conduzida para a missão.
Após a verificação da camuflagem, da ajustagem do equipamento, dos cantis plenos, do
estado físico dos homens e realizadas as devidas correções, o comandante da patrulha
deverá comandar "CARREGAR AS ARMAS" e, em seguida, inspecionar se estão travadas.
120 - Identificar as generalidades, planejamento e preparação, organização e constituição,
comando e comunicações das patrulhas em área urbana.
GENERALIDADES
As patrulhas de reconhecimento e/ou de combate, em áreas urbanas, são empregadas
em operações de Garantia da Lei e da Ordem (GLO), nas ações de combate convencional e
nas missões que visam à anulação da vontade de combater do invasor no contexto do
Combate de Resistência.
PLANEJAMENTO E PREPARAÇÃO
a. A preparação da patrulha deve ser, além de técnico-profissional, material e psicológica, pois
as ações são, normalmente, junto à população. Deve-se estar preparado para enfrentar um
oponente (força adversa ou o inimigo) oculto e/ou homiziado.
b. O emprego de helicópteros deve ser criterioso, considerando-se a mobilidade, o poder de
fogo, o desgaste da tropa e as possibilidades do inimigo.
ORGANIZAÇÃO E CONSTITUIÇÃO
a. A complexidade dos ambientes urbanos exige o emprego de pessoal adestrado para atuar
neste tipo demissão.
b. A sofisticação dos armamentos e equipamentos podem configurar um diferencial no
combate urbano, agregando poder de combate à tropa.
COMANDO E COMUNICAÇÕES
a. As ações da patrulha deverão ser perfeitamente coordenadas por meio de linhas de
controle, pontos de controles, tempo e espaço percorrido.
b. O equipamento de comunicações deve atender às necessidades da missão e às
possibilidades do inimigo quanto à guerra eletrônica.

121 - Descrever as características das patrulhas de reconhecimento em ambiente urbano.


O principal objetivo da missão de reconhecimento em área urbana é a busca de dados
sobre o terreno e o inimigo, que integrada às condições meteorológicas, constitui os
Elementos Essenciais de Inteligência (EEI) e Outras Necessidades de Inteligência (ONI).
Os EEI serão solicitados pelo escalão superior e as ONI são levantadas pela patrulha
durante a etapa de planejamento e preparação para missão. A obtenção de dados deverá ser
alvo de minucioso planejamento e criteriosa execução.
A patrulha deve ser constituída com efetivo variado, prevalecendo, normalmente, a
atuação em pequenos efetivos(GC).
A patrulha ocupa um posto de observação a fim de monitorar alvos específicos ou
atividades do inimigo dentro de uma determinada área, ponto ou itinerário.

122 - Descrever as características das patrulhas de combate em ambiente urbano.


O efetivo da patrulha é variável em função da missão e da amplitude das ações a serem
desencadeadas. Elementos da Polícia Civil, Militar e/ou Federal podem integrá-la.

122.1 – Quais são as Missões de combate mais comuns nas patrulhas de combate.
(1) Resgate ou captura de pessoal e/ou material.
(2) Destruição de alvos selecionados.
(3) Emboscadas a alvos significativos.
(4) Neutralização de autoridades civis e/ou militares inimigas.
(5) Interdição de pontos sensíveis ou bloqueio de vias de acesso.
(6) Ataque a redutos ou locais de reunião de elementos inimigos.
123 - Quais são os tipos de emboscadas?
(1) Emboscada deliberada
(a) Utilizada quando as informações existentes forem inadequadas, podendo-se estabelecer
diversas emboscadas deliberadas ao longo de prováveis vias de acesso ou retraimento.
(b) Quando se dispõe de informações adequadas, uma única emboscada deve ser
estabelecida, num determinado ponto da via de acesso ou de retraimento.
(2) Emboscada de oportunidade
(a) O adestramento dos homens, os ensaios e a iniciativa são importantes para o êxito neste
tipo de ação.
(b) A patrulha poderá receber a missão de se deslocar para determinada área, selecionar um
local e emboscar alvos compensadores.

124 – Comente a respeito das observações do comandante da patrulha.


a. Mesmo em missões de curto alcance, prever equipamentos e munições sobressalentes,
caso haja mudança no planejamento ou interferência do inimigo/ força adversa.
b. Prever a utilização de granadas fumígenas para cobrir a abordagem das edificações, fase
mais crítica e momento em que ocorre o maior número de baixas no combate urbano.
c. É fundamental neutralizar o movimento do inimigo nas edificações, a fim de evitar sua
reorganização.
d. A ocupação das lajes das casas facilita o apoio de fogo.
e. A observação em esquinas deverá ser feita pelo militar deitado.
f. A utilização de espelhos proporciona proteção para a localização do inimigo fortificado.
g. Ao atirar de dentro das edificações, o patrulheiro não deve deixar o cano da arma aparente.

125 – Defina patrulha aeromóvel.


Patrulha Aeromóvel (Pa Amv) é uma força de valor e composição variáveis, que se
utiliza de um meio aéreo de asa-rotativa para realizar seus deslocamentos. A Pa Amv, após o
desembarque das aeronaves, segue os mesmos preceitos e considerações de uma patrulha a
pé.
O lançamento de uma Pa Amv é uma decisão fundamentada no estudo da missão, da
situação inimiga, do terreno, das condições meteorológicas, do tempo e dos meios
disponíveis (Nr de aeronaves).
É importante para o emprego correto da aeronave o conhecimento de suas
possibilidades e limitações.

126 - Identificar as generalidades, composição, comando e responsabilidades da


patrulha aeromóvel.
COMPOSIÇÃO, COMANDO E RESPONSABILIDADES
a. A composição de uma Pa Amv é imposta pela missão. Basicamente, deverá dispor de um
elemento de combate terrestre (força de superfície) e outro elemento de transporte aéreo
(força de helicópteros).
b. O comando da Pa Amv cabe ao comandante da força de superfície, que é o comandante
da patrulha. Normalmente, os elementos da força de helicópteros reforçam a força de
superfície ou são colocados em apoio a ela, ficando sob o seu controle operacional.

127 – Defina planejamento e preparação.


PLANEJAMENTO E PREPARAÇÃO
(1) O planejamento de uma Pa Amv deve ser simples e flexível. Nessa ocasião, serão
elaborados 4 (quatro) planos, a saber: o plano tático terrestre, o plano de desembarque, o
plano de movimento aéreo e o plano de carregamento e embarque.
(3) Deverá ser realizado um “briefing” operacional entre o comandante da patrulha e o
comandante da força de helicópteros, conforme os itens abaixo relacionados.
(a) Situação geral: colocar a tripulação a par da situação tática existente.
(b) Designação da Anv e tripulação.
(c) Data-hora (acerto de relógios).
(d) Quadro-horário: embarque e decolagem.
(e) Natureza do voo: reconhecimento, assalto, adestramento, etc.
(f) Tipo de voo: helitransportado ou lançamento carga.
(g) Efetivo da patrulha: peso abordo.
(h) Material a ser transportado.

128 - Comente a respeito d o plano tático terrestre, o plano de desembarque, o plano de


movimento aéreo e o plano de carregamento e embarque.
Plano Tático Terrestre
É o documento elaborado pelo comandante da patrulha, de acordo com as normas de
comando, no qual consta como será cumprida a missão pela patrulha, servindo de base para
a elaboração dos demais planos.
Plano de desembarque
É confeccionado baseado no plano tático terrestre. Nele estão definidos os locais de
aterragem onde desembarcam os diversos grupos da patrulha. Esses locais a serem
utilizados nem sempre são os mesmos para todo o escalão de assalto e de segurança. Daí a
necessidade de se estabelecer neste plano a sequência, a hora e o local do desembarque
das frações.
É importante a seleção de locais de aterragem alternativos
A reorganização é o momento mais vulnerável da patrulha, razão pela qual é
fundamental a surpresa tática inicial, neste tipo de operação.
Plano de Movimento Aéreo
Baseia-se no plano tático terrestre e no plano de desembarque, e é elaborado por
escrito pelo comandante da força de helicópteros em coordenação com o comandante da
patrulha, incluindo um diagrama de rotas de voo e um quadro de deslocamento aéreo. O Cmt
Pa deve tomar conhecimento de alguns itens deste plano, tais como medidas de coordenação
e controle durante o voo, direção geral, tempo de voo, velocidade da Anv e procedimentos de
emergência.
Plano de carregamento e embarque
Plano destinado a selecionar e a regular o deslocamento da tropa e equipamento para
o local de aterragem. Baseia-se no plano tático terrestre, no plano de desembarque e no
plano de movimento aéreo; e, ainda, determina as necessidades em aeronaves para o
cumprimento da missão. O plano de carregamento e embarque possui alguns fundamentos
cuja observância é primordial para o sucesso do desembarque e, consequentemente, do
plano tático terrestre.

129 – Comente a respeito das OBSERVAÇÕES AO COMANDANTE DE PATRULHA


AEROMÓVEL.
Normalmente, elementos especializados, tanto da força de superfície quanto da força de
helicópteros, podem apoiar o comandante da patrulha.
É importante a realização de ensaios de todas as ações e prováveis condutas,
específicos para cada tipo de aeronave empregada.
O conhecimento sobre locais de aterragem, balizamentos, formações, utilização do
rádio, embarque e desembarque, técnicas de lançamento, medidas de segurança e apoio de
fogo aéreo será baseado e orientado pela instrução das unidades ou elementos
especializados.
130 - Identificar as generalidades de uma patrulha fluvial.
As patrulhas fluviais são comuns em áreas ribeirinhas, onde predominam as vias de
comunicações pela água, em regiões pouco desenvolvidas e cuja população habita,
geralmente, às margens dos rios. Podem apresentar trechos com terrenos relativamente
alagados, pântanos ou florestas, grandes planícies ou terrenos relativamente planos.
Patrulhas fluviais têm a finalidade de reconhecer, conquistar ou manter o controle
sobre uma área ribeirinha, pela neutralização das forças inimigas.
Todos os conceitos sobre patrulhas terrestres são aplicáveis às patrulhas fluviais,
ressaltadas as características peculiares do ambiente operacional ribeirinho.

131 – Quais são as vantagens e desvantagens da patrulha fluvial?


Vantagens:
(1) Aumento da capacidade de carga e do poder de combate da patrulha;
(2) Maior velocidade que as patrulhas a pé, em consequência, possibilita um maior raio de
ação; e
(3) Proporciona um menor desgaste físico aos homens.
Desvantagens:
(1) O movimento é canalizado, ficando subordinado aos cursos d’água existentes;
(2) Maior vulnerabilidade às vistas e fogos do inimigo;
(3) Dependência da disponibilidade de botes; e
(4) Utilizando-se o motor de popa, ocorrerá o comprometimento do sigilo.

132 - Identificar o planejamento e preparações relativas às patrulhas fluviais.


Planejamento
(1) Prever tempo suficiente para repetidos ensaios (formações, sinais e gestos, treinamento
de remadas, reorganização das embarcações, etc.).
(2) Pontos de referência nas margens devem ser nítidos e, se possível, reconhecidos.
(3) Sempre buscar a camuflagem das embarcações quando abicar.
(4) Considerar dados médios de planejamento.
Preparação
(1) Pessoal
Realizar uma adaptação dos integrantes da patrulha nas técnicas fluviais e procedimentos de
emergência.
(2) Material
(a) Individual
Material impermeabilizado e em condições de ser ancorado à embarcação.
(b) Coletiva
- Distribuição dos valores e do material pesado, colocando em embarcações diferentes,
armamento coletivo e equipamentos especiais dentro de um equilíbrio de peso.

133 - Explicar os processos de deslocamentos fluviais.


(1) Movimento contínuo – Durante o movimento contínuo, todas as embarcações movem-se
a uma velocidade moderada. A segurança é baseada na observação e na ação de pequenos
grupos nos locais mais viáveis às ações inimigas. Este processo é o que oferece maior
rapidez de movimento e menor grau de segurança.
(2) Movimento por lanços sucessivos – Durante o movimento por lanços sucessivos as
embarcações da patrulha mantém suas respectivas posições na coluna. O sistema de
segurança entre os botes é recíproco e um só inicia o seu deslocamento, quando o outro já
tenha ocupado posição.
134 – Comente sobre as formações nos deslocamentos fluviais.
As formações comumente empregadas são: em coluna, em linha, em cunha e em
colunas justapostas.

135 – Comente a respeito da navegação do deslocamento fluvial.


Basicamente a orientação nas aquavias é amarrada por pontos de referência existentes.
Cachoeiras, ilhas, bancos de areia, pequenas localidades, confluência de rios/igarapés
(estudo da carta e do terreno) e até mesmo árvores de grande porte que se destacam da
vegetação nas margens, serão excelentes pontos de referência. Pode- se, ainda, controlar os
deslocamentos em trechos retilíneos da aquavia considerando- se o tempo e a velocidade.
A utilização de guias e práticos são um meio bastante eficiente para a navegação fluvial.
Durante a noite, um processo que pode ser empregado, é o da determinação do
itinerário por pontos. O comandante da patrulha tira azimutes ao longo do itinerário até o
objetivo, prevendo atingi-lo ou chegando próximo em uma das margens.

136 – Defina embocada e contraemboscada.


Normalmente, em ambiente ribeirinho, as emboscadas são largamente empregadas por
ambos os contendores.
O planejamento e execução de uma emboscada em área ribeirinha assemelham-se à
emboscada terrestre. Adaptações necessárias são feitas face às características dessa área.
Devem ser adotados cuidados especiais com a segurança nos deslocamentos, visando
a impedir o desencadeamento ou minimizar os efeitos de uma emboscada inimiga.

137 – Quais são os procedimentos a serem adotados durante a ação de emboscada?


(1) Elementos dentro da área de destruição
(a) Procurar abandoná-la o mais rápido possível.
(b) Identificar a posição emboscante.
(c) As guarnições dos botes respondem ao fogo.
(2) Elementos fora da área de destruição
(a) Procurar desembarcar, cerrando para as margens.
(b) Atacar a posição da tropa inimiga que realiza a emboscada, desbordando-a pelos flancos
ou retaguarda.

138 – Comente sobre a ação no objetivo.


a. Normalmente, existem dois casos definindo a forma de atuação.
b. Combinar ação fluvial com bloqueio terrestre.
c. Combinar a ação terrestre com bloqueio fluvial.

139 – Defina base de patrulha em área ribeirinha.


a. São instaladas em terra ou flutuantes.
b. Base de patrulha em terra
(1) A escolha do local será influenciada pela facilidade do acesso às primeiras linhas de
comunicações aquáticas e pela facilidade de defender a área selecionada.
(2) A sua defesa é em função do efetivo da patrulha, do terreno, do inimigo e da missão.
(3) Sempre que possível, as patrulhas que utilizam pequenas embarcações, com dificuldades
de ancoragem, devem optar por uma base terrestre.
140 – Comente sobre as bases flutuantes.
(1) Serão montadas em embarcações de maior ou menor calado, em função do efetivo do
escalão considerado e da possibilidade de deslocamento na aquavia onde serão instaladas.
(2) Para a defesa das bases flutuantes são lançadas patrulhas com embarcações armadas,
estabelecidos postos de sentinelas e frequentes inspeções são realizadas nas imediações do
flutuante.

141 – Comente sobre o apoio logístico e comando e comunicações.


APOIO LOGÍSTICO
a. As técnicas de apoio logístico são basicamente as mesmas das patrulhas terrestres,
devendo ser orientadas também para o suprimento e para a manutenção das embarcações e
motores de popa.
b. Havendo disponibilidade de helicópteros, empregá-los nos ressuprimentos, nas
evacuações e no recompletamento.
COMANDO E COMUNICAÇÕES
a. O rádio é um meio bastante empregado, devido à alta mobilidade das embarcações.
b. Normalmente, cada embarcação conduz um equipamento rádio e sistemas alternativos de
comunicações.

142 – Defina patrulha motorizada.


MISSÃO
A patrulha motorizada recebe, normalmente, missões semelhantes às patrulhas a pé.
FINALIDADE
As patrulhas são motorizadas para permitir:
a. Percorrer maiores distâncias em menor tempo;
b. Conduzir equipamentos e munições de maior peso e quantidade;e
c. Reduzir as vulnerabilidades, considerando as possibilidades do inimigo e a disponibilidade
dos tipos de viatura para amissão.
d. Manter, sempre que possível, a integridade tática dos grupos que compõem a patrulha.

143 – Comente sobre o planejamento e preparação.


De modo geral, a patrulha motorizada é planejada e preparada da mesma forma que as
patrulhas a pé. Seguem-se considerações referentes a uma patrulha motorizada.
Viaturas
O número e o tipo de viaturas a serem utilizadas na missão dependem, principalmente,
da missão, do terreno, das possibilidades do inimigo, e da disponibilidade dos meios. A
utilização de viaturas sobre rodas propicia uma maior mobilidade.
O chefe de viatura deverá ocupar um local na viatura que o permita exercer a ação de
comando sobre seus homens, podendo estar na boléia ou na cabine.
O armamento e equipamento a serem conduzidos dependem da missão, do terreno,
do inimigo e dos meios disponíveis.
As comunicações bem planejadas e executadas são essenciais para o cumprimento da
missão de uma patrulha motorizada.
Plano de carregamento e embarque - Tem por finalidade facilitar tanto o embarque como o
desembarque do material e pessoal no início do movimento, durante o deslocamento e no
objetivo, se necessário.
Segurança - Os comandantes de viatura atribuem a cada homem um setor de observação,
recobrindo frente, flancos e retaguarda. Isto proporciona às viaturas a realização de fogos
para qualquer direção e o contato visual entre elas.
144 – Comente a respeito da execução.
Organização para o movimento
(1) Recebendo blindados, colocá-los a testa e/ou a retaguarda da coluna (prover segurança).
Processos de penetração nas áreas inimigas
Existem duas formas de uma patrulha motorizada penetrar nas linhas inimigas: penetração
propriamente dita e realizando uma infiltração.
Na penetração propriamente dita a patrulha ao ultrapassar o dispositivo do inimigo, inicia
o deslocamento para a região do objetivo. É utilizada quando o inimigo se encontra em larga
frente e com um fraco dispositivo defensivo. A manutenção do sigilo é fundamental.
Na infiltração, a patrulha desloca-se: por viaturas, por grupo de viaturas, ou como um
todo, através ou em torno dos elementos avançados da defesa do inimigo, até pontos de
reunião, previamente designados.

145 – Como funcionam os deslocamentos?


A patrulha motorizada se desloca pelo seguinte processo ou combinação deles:
deslocamento contínuo, lanços sucessivos e lanços alternados.
Deslocamento contínuo
(1) A velocidade da viatura é moderada durante todo o deslocamento.
(2) A rapidez do deslocamento é limitada pela necessidade de segurança.
(3) As viaturas da testa só param para reconhecer áreas perigosas.
(4) É o processo mais rápido, porém, o menos seguro.
Lanços sucessivos
-As viaturas mantêm sua posição relativa na coluna.
-O lanço da primeira viatura não deve exceder o limite de observação e/ ou o alcance do
apoio de fogo da segunda viatura. As outras viaturas da coluna deslocam- se por lanços, sem
sair de sua posição relativa.
-Cada viatura mantém o contato visual com a viatura da frente (evitando se aproximar) e
da retaguarda.
Lanços alternados
-Todas as viaturas, exceto as duas da testa, devem manter suas posições relativas na
coluna.
-As viaturas-testa se alternam como primeira viatura. Uma cobre o lanço da outra.

146 – Como se procede a conduta em áreas perigosas e pontos críticos?


O comandante da viatura-testa informa de imediato ao comandante de patrulha, a
existência de obstáculos ou área perigosa no itinerário. Os homens reconhecem estes locais
sobre cobertura das armas automáticas da viatura.
Sempre que possível, os obstáculos são desbordados; caso contrário são
cautelosamente removidos.
O adestramento do motorista e dos atiradores das armas automáticas, instaladas na
viatura, são condições essenciais para o êxito nas condutas de uma patrulha motorizada.

147 – Como funciona a TAI?


Há duas formas de encontro com o inimigo: o contato fortuito e a emboscada.
O contato fortuito é um encontro casual. A patrulha motorizada e o inimigo não esperam
o encontro, ou sequer estão preparadas para ele. Neste caso, as ações da patrulha
dependerão da missão recebida: a patrulha retrai e prossegue através de um outro eixo
secundário, previamente planejado ou manobra para destruir o inimigo.
Sempre que possível, nos contatos fortuitos com o inimigo, o comandante de uma
patrulha motorizada busca a seguinte conduta:
(1) Avançar até um ponto de observação coberto;
(2) Observar, realizando um rápido estudo de situação;
(3) Decidir (o que fazer, quando, como e para quê);
(4) Emitir ordens aos elementos subordinados;e
(5) Informar ao escalão superior (se houver ligação).

148 – Como é definida a ação no objetivo?


Os diversos tipos de missões de reconhecimento ou de combate atribuídos a uma
patrulha motorizada definem as ações para o cumprimento da missão.
A patrulha motorizada realiza uma infiltração como um todo ou fracionada. Para a
infiltração como um todo deve-se prever uma reorganização em um ponto de reunião próximo
do objetivo. Na infiltração fracionada com a utilização de diversos itinerários, deve-se
reorganizar a patrulha em um ponto anterior ao PRPO.

149 – Como é realizado o regresso e as observações do comandante da patrulha?


REGRESSO
a. Deve-se retrair como um todo, sempre que possível.
b. Havendo resgate, por vias aéreas ou aquáticas, deve-se executar um planejamento
pormenorizado e uma perfeita coordenação com o escalão que lança a patrulha.
c. Existindo homens ou viaturas em atraso, informar aos postos amigos.
OBSERVAÇÕES AO COMANDANTE DA PATRULHA
a. O planejamento deve ser simples e objetivo. Atenção especial deve ser dada ao plano de
carregamento e embarque, aos processos de deslocamento, ao dispositivo, às situações de
contingência, ao cumprimento da missão e ao retraimento.
b. As viaturas em boas condições mecânicas e a preocupação com a necessidade de
combustível a ser consumida são ações também importantes na preparação da patrulha.
c. O controle da patrulha, a rapidez e a agressividade são fundamentais para o êxito nas
diversas condutas e situações de contingência.
d. Evitar que toda a patrulha entre em um mesmo compartimento antes da liberação da
segurança à frente.

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