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o Trabalho produtivo:
Um outro ponto fundamental na caracterização do pensamento dos fisiocratas
traduz-se no entendimento de que essa riqueza que se pode consumir sem se
empobrecer, que se alimenta e perpetua pelo próprio consumo, só a terra a pode
produzir, pelo que só a agricultura é actividade produtiva.
o Tableau Economique:
O Tableau é a primeira tentativa de representação numérica dos mecanismos da
vida económica com base numa ideia de circuito económico, de
interdependência entre as várias actividades económicas (dependência
intersectorial). Nele analisa-se o processo de produção/distribuição dos bens e
dos rendimentos no quadro do sistema económico tomado como um todo,
através da teia de relações de troca entre as classes sociais (deixando de lado as
relações de troca entre os indivíduos no seio de cada classe).
Smith:
o Teoria do valor:
Uma das teorias elaboradas por Smith foi a teoria do valor do trabalho. De
acordo com Smith, a riqueza é aumentada pelo trabalho produtivo e só este gera
um produto liquido. Este percebe, por exemplo, que os rendeiros recebem um
rendimento que não um salário, mas antes um lucro. Este lucro não se apresenta
como um exclusivo da atividade agrícola, mas verificável também como vindo
da indústria. Smith assiste a fenómenos de especialização dos trabalhadores e à
proliferação do trabalho concreto. Não era defensível, a seu ver, que a
produtividade se associa-se apenas a determinada atividade. A produtividade,
afirma o escocês, advém do trabalho abstrato.
Para Smith, o juro é a receita que deriva do capital que a própria pessoa não
emprega, mas empresta a outros. Este é um rendimento derivado, que, se não
for pago a partir do lucro obtido pela utilização desse dinheiro, terá de sê-lo
com base em qualquer outra fonte de receita.
o Divisão do trabalho:
o Comércio internacional:
Comércio internacional:
Cada país: deve especializar-se naquilo que produz a menor custo em termos
absolutos (ninguém produz a custo tão barato como aquele) e importar os bens
que cada país produza a um custo que é o menor para aquele produto, em
termos absolutos (aquele país estrangeiro é o que vende mais barato aquele
produto). O comércio internacional pode trazer vantagens para todos os
intervenientes (vs. mercantilistas) – jogo de soma positiva
Razões:
- Não importa que se consiga exportar mais do que se importa; o relevante é que
fique mais barato;
Say:
o Teoria do valor:
A par do trabalho (a que Say chama indústria), intervêm, pois, como factores de
produção, produtos já existentes, i.é, o capital. Fazendo entrar na sua análise a
figura do empresário que reúne os factores de produção, Say como que coloca
na mesma posição os capitalistas e os trabalhadores: uns e outros dependem dos
empresários que lhes compram os seus serviços.
o Lei de say:
Segundo a Lei de Say toda a oferta cria a sua própria procura. Os preços
formam-se, portanto, no mercado de forma absolutamente concorrencial; quem
produz vende sempre ao preço mais alto compatível com o escoamento da
produção e quem vende está disposto a subir os preços quando a procura
aumenta e a baixá-los quando a procura diminui, não existindo qualquer
armazenamento de produção. Segundo Say, a moeda é o simples intermediário
das trocas e quem vende, compra, não havendo retenção de moeda em saldos
líquidos. Não há aforro nem entesouramento.
O dinheiro que cada um faz pode não ser totalmente canalisado para satisfazer
necessidades.
Enuncia uma 3ª função da moeda: capital a ser valorizado pela produção (para
say a moeda era um simples meio de troca; para Malthus era o meio geral e
definitivo de pagar). Todos usamos a moeda para satisfazer necessidades de
bens de consumo e, se pouparmos, podemos investir em capital mas apenas se
este for viável.
Marx diz que no capitalismo pode haver desenvolvimento da produção mas não
tanto desenvolvimento do capacidade de consumo. Levará à deterioração do
capitalismo.
Malthus:
“Por mais duro que tal possa parecer, a pobreza dependente deve considerar-se
desonrosa. Um tal estímulo parece absolutamente necessário para promover a
felicidade da grande massa da humanidade; e qualquer tentativa geral para
enfraquecer esse estímulo, por mais benevolente que seja a sua intenção
aparente, irá sempre contra o seu próprio fim”.
Ricardo:
o Teoria do trabalho:
Marx iniciou a sua análise a partir de princípios teóricos enunciados pelos
clássicos ingleses, como Ricardo. Marx tenta explicar a essência do capitalismo
tendo por base a toeira do valor de Ricardo.
As mercadorias apresentam um valor de uso, que é uma utilidade para
quem as possui.
Também apresentam um valor de troca, sendo que ambos os valores se
ligam um ao outro.
Precisamente porque Marx diz que não se venderá nada se tal não for útil
para alguém.
Porém, para Marx, não se pode reconduzir um valor de troca à sua
utilidade, uma vez que o valor das mercadorias não é tanto maior quanto maior
for a sua utilidade. Diz Marx que o valor de troca deve medir-se por uma
qualidade que seja comum para todos os produtores que querem vender as
mercadorias.
O valor de troca é, então, uma qualidade social que permite as relações
entre os vários produtores, sendo que estas exigências satisfazem a teoria do
valor de Ricardo que nos diz que o valor de troca de uma mercadoria representa
a quantidade de trabalho necessária para a sua produção.
Tal como Ricardo, Marx esclarece que o trabalho utilizado na produção
dos materiais e dos instrumentos de produção faz parte do valor do bem.
Sublinha também que o trabalho que importa não é o trabalho concretamente
gasto por um determinado trabalhador, mas o trabalho socialmente gasto na
produção de um bem. Acrescenta ainda que o que importa é o trabalho abstrato,
ao qual se conduzem os diferentes tipos de trabalho pelos indivíduos que
pertencem a diferentes profissões, sendo a própria sociedade que atende à
qualificação e intensidade do trabalho fornecido, pagando salários diferentes,
para remunerar trabalhadores com diferentes qualificações.
Em suma, parar Marx, o que determina o valor de uma mercadoria é o
tempo de trabalho socialmente necessário para a produzir. Trabalho social
necessário para produzir certa mercadoria é o trabalho despendido por um
operário de qualidade média, trabalhando com intensidade média e utilizando
instrumentos de produção normalmente utilizados em determinada época. Marx
acaba também por utilizar a distinção de Smith entre trabalho produtivo e
improdutivo: na categoria de improdutivo inclui os funcionários, os
trabalhadores domésticos e os trabalhadores em atividades puramente
comerciais pois entende que o tempo gasto pelo vendedor para obter o preço
mais elevado de um bem não aumenta o valor da mercadoria. Considera com
trabalho produtivo, além do usado na produção de materiais, o trabalho dos que
se ocupam em empresas produtoras de serviços.
Ao contrário de Ricardo, não identificou o valor de mercado como o valor
em trabalho, o que explica a sua tese. Segundo esta, nas condições do
capitalismo, as mercadorias não se trocavam pelo seu valor, preço de produção,
que é igual ao montante dos salários somados ao montante do capital orientado.
Assim, a tese de Marx tem como principal objetivo determinar o
significado social do lucro capitalista.
o Teoria do salário:
Ricardo procura explicar o salário considerando o trabalho como uma
mercadoria, à qual se pode aplicar a distinção de Smith, entre preço natural e o
preço de mercado.
Preço natural do trabalho - preço que é necessário para permitir aos
trabalhadores, em geral, que sobrevivam e se reproduzam sem o número
aumentar ou diminuir, isto é, mantendo-se sempre constante. O preço natural do
trabalho depende dos bens de primeira necessidade (produtos alimentares e
outros artigos), para o sustento dos trabalhadores e da sua família.
Naturalmente que com a subida dos preços dos bens de primeira
necessidade, o preço natural do trabalho vai diminuir. Mas, Ricardo esclarece
que o preço do trabalho não se confunde com o necessário para assegurar a
mera subsistência biológica dos trabalhadores.
Por outro lado, o preço do mercado do trabalho define-se como preço
realmente pago pelo trabalho, com base na relação natural entre a oferta e a
procura: é caro quando escasseia e barato quando abunda.
Admitindo que o valor da moeda se mantém, Ricardo mostra que os
salários variam em função de duas causas: a oferta e a procura dos trabalhadores
e o preço dos produtos em que os trabalhadores despendem os salários; mas
defende que, com o progresso natural da sociedade, os salários terão tendência a
descer enquanto forem modelados pela oferta e a procura, pois a oferta de
trabalhadores continuará a aumentar à mesma taxa enquanto a procura
aumentará a uma taxa mais lenta.
Assim, a teoria ajusta-se à realidade do tempo, caraterizada pelos salários
de miséria; como se percebe, Ricardo aceita integralmente a perspetiva de
Malthus acerca da Lei dos Pobres pois estas encorajam a multiplicação dos
trabalhadores, aumentando o seu número, e levando a situações conjunturais de
descida de salários, abaixo do nível mínimo de subsistência e, por pressão sobre
as subsistências, à carestia dos produtos agrícolas.
Nestes termos, considerando que a formação e a fixação dos salários são o
resultado de certas leis naturais, fica resolvido o problema de distribuição de
rendimento, uma vez que o lucro há-de entender-se como a parte que cabe aos
capitalistas depois de pagas as terras e os salários. Sem necessidade de se
procurar uma lei que explique a determinação dos lucros, Ricardo limita-se a
salientar que os custos serão tanto superiores quanto maiores forem os salários.
o Teoria do lucro:
Visão pessimista de Ricardo ao aceitar o princípio da população e das suas
consequências.
Segundo esta teoria, a economia inglesa corria o risco de se transformar de
progressiva em estacionária, devido à quebra de investimentos provocada pela
redução da taxa de lucro.
A análise feita à Inglaterra do seu tempo, levou Ricardo a considerar que o
aumento da população era mais acelerado que a acumulação de capital. O
aumento do preço dos bens de primeira necessidade devido ao aumento da
população, levará a que os salários tenham de aumentar o necessário para
garantir que os trabalhadores conseguem subsistir. Os lucros têm
necessariamente de diminuir, desincentivando a acumulação de capital.
O futuro da Economia era uma economia estacionária, que surge da
tendência natural dos lucros para descer. Esta tendência só é contrariada pela
inovação nas máquinas para produzir os bens de primeira necessidade, baixando
o seu preço e mantendo o salário no mínimo de subsistência.
Apesar de Ricardo considerar a diminuição da taxa de lucro uma ameaça
ao sistema, este nunca põe em dúvida a sua perenidade, apoiando outros
elementos otimistas da sua teoria: a impossibilidade das crises de
sobreprodução, nos termos da lei de Say e o livre-cambismo e suas vantagens.
Ricardo formula:
a teoria da vantagem relativa; dos custos comparativos ou da diferença
relativa de custos.
Vai para além de Smith: mesmo um país que tenha vantagem absoluta na
produção de 2 bens, terá interesse no comércio internacional se houver
vantagem comparativa diferente.
Marx:
o Teoria do salário:
o O Capital:
Para Marx, os meios de produção, em si mesmos, não são capital: nem uma
máquina nem uma quantia de dinheiro são capital, por exemplo.