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ÍNDICE

QUESTÕES COMENTADAS DE HISTÓRIA

PERÍODO PRÉ-COLONIAL (1500-1530)

01) (EsSA-2007) Após o descobrimento, a primeira expedição colonizadora do Brasil foi a de:

A) Gaspar de Lemos. B) Cristóvão Jacques. C) Pedro Álvares Cabral.


D) Tomé de Souza. E) Martim Afonso de Souza.

Item A – ERRADO.
Gaspar de Lemos foi um navegador português que realizou a primeira expedição de reconhecimento do Brasil em 1501.

Item B – ERRADO.
Cristóvão Jacques foi um navegador português que realizou a primeira expedição de patrulhamento na costa brasileira em
1516, afim de conter os corsários franceses.
Foi realizado mais duas expedições de patrulhamento em 1521 e 1526. Foi nessa última expedição que o navegador alertou
ao rei de Portugal, D. João III, que a colônia precisava ser colonizada para evitar a constante presença francesa no litoral do
brasil.

Item C – ERRADO.
Pedro Álvares Cabral foi um fidalgo português responsável pelo descobrimento do Brasil em 22 de abril de 1500.

Item D – ERRADO.
Tomé de Souza foi um militar e político português.
Foi o primeiro governador-geral da colônia em 1549.

Item E – CORRETO.
Martim Afonso de Souza foi um militar português responsável pela primeira expedição colonizadora no Brasil em 1532.

02) (EsSA-2012) As expedições portuguesas ao Brasil nas duas primeiras décadas do século XVI objetivaram

A) iniciar o cultivo da cana-de-açúcar e o imediato povoamento.


B) travar contato com os nossos índios e iniciar atividades comerciais com os mesmos
C) transferir para o Brasil os acusados de heresias protestantes na corte portuguesa.
D) reconhecer a terra descoberta e salvaguardar a sua posse.
E) estimular a catequese dos índios a pedido da Companhia de Jesus.

Comentário:
As primeiras expedições portuguesas ocorridas no Brasil em 1501 por Gaspar de Lemos e em 1503 por Gonçalo Coelho
tinham o mesmo objetivo: reconhecer a terra recém descoberta, e dar nomes aos principais acidentes geográficos.
Entre 1516 e 1519, o Estado português enviou uma expedição guarda-costeira comandada por Cristóvão Jacques para
garantir a posse da terra brasileira.

Item A – ERRADO.
O cultivo de cana-de-açúcar e o imediato povoamento se deu em 1531 com a expedição colonizadora de Martim Afonso de
Souza.

Item B – ERRADO.
Não ocorreram atividades comerciais com os indígenas. A exploração do pau-brasil era realizada através do escambo (trocas
sem moedas).

Item C – ERRADO.
Nenhum herege protestante foi enviado ao Brasil pela Inquisição.

Item E – ERRADO.

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QUESTÕES COMENTADAS DE HISTÓRIA

Os primeiros jesuítas responsáveis pela catequização dos indígenas vieram na expedição do primeiro governador-geral,
Tomé de Souza, em 1549, chefiado pelo jesuíta Manuel da Nóbrega. Em 1551, criou-se em Salvador o primeiro bispado.
03) (EsSA-2013) A respeito das expedições marítimas portuguesas enviadas ao Brasil no período pré-colonizador, foram
chamadas de “expedições guarda-costas”, empreendidas entre os anos 1516 a 1520, as missões comandadas por

A) Gaspar de Lemos. B) Martin Afonso de Souza. C) Cristóvão Jacques.


D) Gonçalo Coelho. E) Tomé de Souza

Item A – ERRADO.
Gaspar de Lemos foi um navegador português que comandou uma das frotas de Pedro Álvares Cabral em 1500. Comandou
também entre 1501 e 1502, uma expedição com finalidade de explorar grande parte do litoral brasileiro. Essa exploração
foi responsável pelo batismo de inúmeros lugares: cabo de São Tomé, Cabo Frio, São Vicente, etc.
Com certeza, nessa expedição, viajou o florentino Américo Vespúcio, que posteriormente, declarou em uma carta ao
governante de Florença, Lourenço de Médici, escreveu que: “não encontrou aqui nada de aproveitável”.

Item B – ERRADO.
Em 1530, D. João III, rei de Portugal, decidiu enviar uma expedição com objetivo explícita de povoar o Brasil.
Foi enviada a expedição colonizadora de Martim Afonso de Souza, que iria percorrer e explorar o litoral, inclusive o interior
do Brasil, aqui permanecendo até 1533.

Item C – CORRETO.
A notícia da existência de pau-brasil no litoral brasileiro correu rapidamente a Europa. Os corsários franceses passaram a
frequentar, com assiduidade, o litoral brasileiro. Sendo assim, o Estado português enviou uma expedição guarda-costeira,
comandada por Cristóvão Jacques, que esteve no Brasil em 1516 e 1519, e novamente, entre 1526 a 1528. Foi Cristóvão
Jacques que sugeriu ao rei de tomar medidas mais efetivas para garantir a posse da terra - o povoamento.

Item D – ERRADO.
Em função de um acordo assinado entre o rei de Portugal e um grupo de comerciantes interessados na exploração de pau-
brasil, Portugal enviou uma expedição comandada por Gonçalo Coelho em 1503 para extração do pau-brasil.
Nessa expedição destacava-se o rico comerciante Fernão de Noronha, que realizou o primeiro carregamento de pau-brasil
e enviou para Portugal.

Item E – ERRADO.
Diante do fracasso do sistema de capitanias hereditárias, a Coroa Portuguesa decidiu tomar medidas concretas para
viabilizar a colonização.
Em 1548, foi criado o Governo-Geral, com objetivo de centralizar a política e a administração da colônia, mas sem abolir o
regime das capitanias.
O primeiro governador-geral foi o político e militar Tomé de Souza, que chegou na colônia em 1549, e com ele vieram
funcionários necessários à administração e os primeiros jesuítas para missão evangelizadora dos indígenas.

04) (EsSA-2013) No tocante as primeiras atividades econômicas desenvolvidas pelos portugueses na colônia do Brasil, entre
os anos 1501 a 1530, é correto afirmar que se destacaram como atividade (s) principal (is)

A) a exploração de ouro e pedras preciosas.


B) a escravização do indígena.
C) a extração das chamadas drogas do sertão e criação de gado.
D) a extração e comercialização do pau-brasil.
E) o cultivo de fumo e do café.

Comentário:
No período de 1501 a 1530 é categorizado como período Pré-Colonial. É caracterizado pelo “desleixo” da Corte Portuguesa
em relação ao Brasil. Por não ter encontrado “nada aqui aproveitável”, ou seja, especiarias ou metais preciosos, o período
pré-colonial ficou restrito a extração do pau-brasil através do escambo (trocas sem moedas) para ser comercializado na
Europa.

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Item A – ERRADO.
A exploração de ouro e pedras preciosas foi atividade econômica na colônia no início do século XVIII nas regiões de Minas
Gerais, Goiás e Mato Grosso.

Item B – ERRADO.
A escravização de indígenas iniciou após a primeira expedição colonizadora no Brasil a partir de 1531. A colonização do
Brasil foi marcada pela produção de açúcar, no início da colonização, senhores de engenhos capturavam os índios para servir
de mão-de-obra na produção açucareira.
Após as hostilidades indígenas e a proteção pelos jesuítas, os senhores de engenho optaram pela mão de obra escrava
africana.

Item C – ERRADO.
A extração das drogas do sertão iniciou após a interiorização da colônia no período que Portugal foi anexado ao reino
espanhol, período chamado de União Ibérica (1580-1640). (Ver Módulo 16).
Devido a anexação, os bandeirantes romperam a linha imaginária do Tratado de Tordesilhas e descobriram as famosas
drogas (baunilha, guaraná, castanha-do-pará, urucum, gergelim, ervas aromáticas, ervas medicinais, etc).
A criação de gado (pecuária) foi um setor basicamente expressivo, ligado a subsistência. A sua origem remota o governo de
Tomé de Souza.

Item E – ERRADO.
No início do século XVII, começou-se a desenvolver na Bahia a produção de tabaco (fumo). De origem indígena, o produto
ganhou consumidores na Europa.
O cultivo de café tornou-se a maior economia do império brasileiro em meados do século XIX.

05) (EsPCEx-2014) “Os primeiros trinta anos da História do Brasil são conhecidos como período Pré-Colonial. Nesse período,
a coroa portuguesa iniciou a dominação das terras brasileiras, sem no entanto, traçar um plano de ocupação efetiva, […] A
atenção da burguesia metropolitana e do governo português estavam voltados para o comércio com o Oriente, que desde a
viagem de Vasco da Gama, no final do século XV, havia sido monopolizado pelo Estado português. […] O desinteresse
português em relação ao Brasil estava em conformidade com os interesses mercantilistas da época, como observou o
navegante Américo Vespúcio, após a exploração do litoral brasileiro, pode-se dizer que não encontramos nada de proveito”.
(Berutti,2004)

Sobre o período retratado no texto, pode-se afirmar que o(a)

[A] desinteresse português pelo Brasil nos primeiros anos de colonização, deu-se em decorrência dos tratados comerciais
assinados com a Espanha, que tinha prioridade pela exploração de terras situadas a oeste de Greenwich.
[B] maior distância marítima era a maior desvantagem brasileira em relação ao comércio com as Índias.
[C] desinteresse português pode ser melhor explicado pela resistência oferecida pelos indígenas que dificultavam o
desembarque e o reconhecimento das novas terras.
[D] abertura de um novo mercado na América do Sul, ampliava as possibilidades de lucro da burguesia metropolitana
portuguesa.
[E] relativo descaso português pelo Brasil, nos primeiros trinta anos de História, explica-se pela aparente inexistência de
artigos (ou produtos) que atendiam aos interesses daqueles que patrocinavam as expedições.

Comentário:
Nos primeiros trinta anos da História do Brasil é categorizado como período Pré-Colonial, caracterizado pelo “desleixo” da
Coroa portuguesa em relação da terra recém-descoberta.
As primeiras expedições, os enviados da Coroa portuguesa perceberam que não seria possível obter no Brasil lucros fáceis
e imediatos. De início não encontraram jazidas de ouro, sendo assim, as atenções de Portugal ficaram voltadas ao comércio
oriental.

Item A – ERRADO.

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O desinteresse português pelo Brasil nos primeiros anos de colonização, NÃO deu-se em decorrência dos tratados
comerciais assinados com a Espanha no século XVIII.
O que tinha prioridade pela exploração de terras estavam situadas 370 léguas a oeste da ilha de Cabo Verde, decretado pelo
Tratado de Tordesilhas, em 1494.
O meridiano de Greenwich foi um acordo internacional estabelecido em 1884 que divide o globo terrestre entre Ocidente
e Oriente

Item B – ERRADO.
O comércio nas Índias tinha maior distância marítima em relação ao Brasil. Entretanto, era mais lucrativo as especiarias
orientais do que a exploração do pau-brasil.

Item C – ERRADO.
Não houve resistência indígenas no período pré-colonial, PELO CONTRÁRIO, os índios foram bastante pacíficos e amistosos.
A exploração do pau-brasil era realizada por eles através do escambo (trocas sem moedas).
A hostilidade indígena teve início na primeira expedição colonizadora, que tentaram escravizar alguns indígenas na chamada
“guerra justa”
Foi chamado de Guerra Justa, a guerra contra os indígenas, autorizada pelo governo português ou seus representantes,
justificada, basicamente, nos casos em que os indígenas – que eram politeístas – se recusavam à conversão à fé cristã –
imposta pelos colonizadores – ou impediam a divulgação dessa religião, quebravam acordos ou agiam com hostilidades
contra os portugueses.

Item D – ERRADO.
Não houve nenhuma abertura de um novo mercado na América do Sul que ampliava-se as possibilidades de lucro da
burguesia metropolitana portuguesa.

06) (CN-2016) Observe a charge a seguir:

História do Brasil para Principiantes De Cabral a Cardoso, 500 anos de Novela Carlos Eduardo Novaes e César Lobo
A charge acima representa os primeiros anos logo após a chegada de Pedro Álvares Cabral ao Brasil. É correto afirmar que
entre as principais características desse período temos a

(A) extração do Pau-Brasil por meio do estanco (troca), onde os indígenas realizavam o corte da madeira e recebiam em
troca objetos vistosos, mas de estimado valor, como espelhos, armamentos e tecidos diversos.
(B) extração das drogas do sertão por meio de trabalho escravo, pelo qual os exploradores aproveitaram para iniciar o
processo de ocupação territorial do Brasil a partir da construção de feitorias.
(C) construção das primeiras feitorias com a finalidade de estimular a vinda de colonos para a produção de riquezas, como
a cana de açúcar, e consequentemente efetivar a ocupação do território brasileiro garantindo a presença portuguesa.
(D) extração do Pau-Brasil por meio do escambo (troca), onde os indígenas realizavam o corte e o transporte da madeira
recebendo em troca objetos de pouco valor, como espelhos, miçangas e instrumentos de ferro.

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(E) distribuição das primeiras sesmarias, por meio de Estanco, aos donatários que estavam se instalando no Brasil,
destacando-se, nesse processo, o arrendatário Fernando de Noronha, que se notabilizou na extração do Pau-Brasil.

Item A - ERRADO:
O item refere-se ao ESCAMBO (trocas sem moeda), ou seja, os indígenas realizavam o corte da madeira e recebiam em
trocas quinquilharias portuguesas de pouco valor, tais como: espelhos, anzóis e instrumentos de ferro.
O regime de ESTANCO, isto é, a exploração do pau-brasil estava sob o regime de monopólio régio. Como era de costume, o
rei colocou em prática em concorrência o contrato de sua exploração, que foi arremata por um consórcio de mercadores
de Lisboa, chefiado pelo cristão-novo Fernão de Noronha, em 1502.

Item B - ERRADO:
No período pré-colonial, a economia baseava-se na exploração do pau-brasil no litoral brasileiro.
A extração das drogas do sertão, na região amazônica, iniciou a partir das entradas e monções dos bandeirantes a partir do
século XVII.

Item C - ERRADO:
No período pré-colonial foram construídas apenas algumas feitorias em determinados pontos da costa, onde o pau-brasil
era mais abundante, para armazená-la e protegê-la dos ataques franceses e de tribos indígenas hostis.

Item E - ERRADO:
Ver comentário do item A.
A distribuição das primeiras sesmarias iniciou com a primeira expedição colonizadora de Martim Afonso de Souza, em 1531,
ou seja, após o período Pré-Colonial.

ESTRUTURA POLÍTICA E ADMINISTRATIVA

01) (EsSA-2003) Observando-se o sistema de governo vigente durante o Brasil Colonial, é correto afirmar que:

a) a criação do Governo Geral, centralizando a administração, provocou a extinção imediata das capitanias hereditárias.
b) o sistema de câmaras municipais instituiu duas novas políticas administrativas: as sesmarias e o serviço militar
compulsório.
c) o sistema de capitanias hereditárias já havia sido empregado por Portugal na administração das ilhas Canárias.
d) o fracasso das capitanias hereditárias implicou o desuso das Cartas de Doação e das obrigações do Documento Foral.
e) o sistema de capitanias hereditárias foi um empreendimento que, dirigido pela Coroa, estava a cargo de Particulares.

ITEM A – ERRADO.
A criação do Governo-Geral em 1548, NÃO aboliu o regime de capitanias hereditárias.

ITEM B – ERRADO.
NÃO foi abolido o sistema de sesmarias e NÃO foi instituído no Brasil Colonial o alistamento militar obrigatório.

ITEM C – ERRADO.
O sistema já havia sido utilizado com êxito nas ilhas portuguesas do Atlântico (Madeira e Açores). As ilhas Canárias foi uma
colônia espanhola e hoje é uma região autônoma da Espanha.

ITEM D – ERRADO.
O fracasso das capitanias hereditárias NÃO implicou no desuso das Cartas de Doação e Foral, onde continha os direitos e
deveres dos donatários.

ITEM E - CORRETO.
A coroa portuguesa colocou a colonização do Brasil em através do sistema de capitanias hereditárias em 1534 nas mãos da
iniciativa privada.

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02) (EsPCEx-2006) O sistema de Capitanias Hereditárias era regulamentado por dois documentos jurídicos, que definiram
os direitos e os deveres dos donatários.
Um desses documentos cedia ao donatário uma ou mais capitanias, a administração sobre ela, as suas rendas e o poder
legal para interpretar e ministrar a lei.
O outro estabelecia os direitos e deveres dos donatários, como promover a prosperidade da capitania, conceder sesmarias,
receber a redízima das rendas da metrópole e a vintena da comercialização do pau-brasil e do pescado.

Esses documentos eram respectivamente:

A) Carta de Doação e Foral.


B) Foral e Regimento de Tomé de Souza.
C) Carta de Doação e Regimento de Tomé de Souza.
D) Foral e Carta de Doação.
E) Regimento de Tomé de Souza e Foral.

Comentário:
Em 1532, Martim Afonso de Souza recebeu uma carta
do rei que anunciava o povoamento do Brasil através
das capitanias hereditárias. Os donatários traziam em
mãos dois documentos: A Carta de Doação, que
conferia aos donatários a posse hereditária da
capitania e tinham o direito de administrar toda a
capitania e explorar economicamente; e a Carta
Foral, que estabelecia os direitos e deveres dos
donatários.
O Regimento Tomé de Souza ou Regimento de 1548,
foi a criação do governo-geral após o fracasso das
capitanias hereditárias. A Coroa Portuguesa tinha o
objetivo de centralizar a política e administração da
colônia, sem abolir o regime de capitanias.
O regimento declarava: que o governador tinha a
função de coordenar o povoamento da terra e
assegurar o sucesso das capitanias.
O primeiro governador Geral foi Tomé de Souza
(1549-1553).

03) (CN-2006) No que se refere a Duarte da Costa, o segundo governador geral do Brasil, pode-se citar, entre as
características do seu governo

(A) A expulsão dos franceses e, consequentemente, a fundação da cidade do Rio de Janeiro.


(B) O apaziguamento da chamada Confederação dos Tamoios, utilizando-se da ajuda dos Jesuítas, entre eles José de
Anchieta.
(C) A inabilidade em se relacionar com membros da igreja e a incapacidade de impedir a invasão francesa no Rio de Janeiro.
(D) O incentivo à agricultura e à pecuária por meio de vultosos empréstimos aos senhores de engenho.
(E) O estímulo à vinda de jesuítas com a finalidade de intensificar o processo de catequeses sobre as comunidades indígenas.

ITEM A - ERRADO:
Foi o contrário. Os franceses, contando com o apoio dos tupinambás invadiram o Rio de Janeiro e fundaram um povoamento
que recebeu o nome de França Antártica em 1555. Os franceses foram expulsos em 1560, no governo de Mem de Sá,
sucessor de Duarte da Costa.

ITEM B - ERRADO:

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A Confederação dos Tamoios foi uma aliança de guerra entre os tupinambás, carijós e os guayanás das regiões de São Paulo
e Rio de Janeiro, com apoio dos franceses. Esta guerra durou de 1562 a 1567. A ajuda dos jesuítas, entre eles o padre Manoel
da Nobrega e José Anchieta foi decisiva para a vitória lusitana.

ITEM C - CORRETO:
Caracterizou-se pela invasão francesa no Rio de Janeiro e pelo desentendimento do governador-geral Duarte da Costa com
o bispo D. Pero Fernandes Sardinha. Teve de enfrentar os primeiros conflitos entre colonos e jesuítas acerca da escravidão
indígena.

ITEM D - ERRADO:
NÃO CONCEDEU NENHUM EMPRÉSTIMOS AOS SENHORES DE ENGENHOS.

ITEM E - ERRADO:
Ver item C.

04) (CN-2006) Quando esteve em São Vicente, no ano de 1532, Martim Afonso recebeu uma carta do rei anunciando a
decisão de promover o povoamento do Brasil com a implantação de um sistema que já havia sido utilizado com êxito nas
ilhas portuguesas do Atlântico.
O comentário acima refere-se ao Sistema de Capitanias Hereditárias por meio qual

(A) Tinha-se a finalidade de organizar a ocupação territorial, dividindo o território em áreas subordinadas a um Governador-
Geral.
(B) O governo português, em parceria financeira com o capital privado, executaria todo o processo de colonização da terra.
C) O governo português transferia para os donatários a responsabilidade financeira da colonização da terra.
(D) O governo português buscava estabelecer uma ocupação territorial com o poder político centralizado para melhor
controlar a colônia.
(E) Organiza-se a ocupação do território a partir da criação de comunidades politicamente independentes em relação ao
Estado português.

ITEM A - ERRADO:
Em 1548, diante do fracasso das capitanias hereditárias, a Coroa portuguesa decidiu tomar medidas concretas para viabilizar
a colonização. Naquele ano foi criado o Governo-Geral.

ITEM B - ERRADO:
O povoamento e a colonização das capitanias ocorreram exclusivamente através da iniciativa privada.

ITEM C - CORRETO:
Pouco disposto a investir muitos recursos econômicos na colonização do Brasil, o governo português decidiu, de início,
transferir a tarefa de colonização para a iniciativa privada.

ITEM D - ERRADO:
O poder político das capitanias hereditárias era descentralizado. Somente no Governo-Geral que a metrópole portuguesa
centralizou o poder político da colônia.

ITEM E - ERRADO:
As criações de vilas e cidades NÃO estavam independentes em relação ao Estado português.

05) (EsPCEx 2007) Sobre a “Carta de Doação” e o “Foral”, documentos do Brasil Colônia, assinale a afirmativa correta.

[A] A Carta de Doação estabelecia os direitos e deveres dos colonos.


[B] O Foral estabelecia os direitos e deveres dos donatários.
[C] Pela Carta de Doação o donatário poderia conceder sesmarias a colonos – portugueses ou não – que professassem a fé
católica.
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[D] O Foral estabelecia que os atos dos donatários só poderiam ser julgados pelo rei.
[E] Pela Carta de Doação, o donatário podia fundar vilas e povoados e criar instrumentos administrativos, jurídicos, civis e
criminais para regê-los.

Comentário:
A Constituição político-administrativa das capitanias hereditárias tinha por base jurídica a Carta de Doação e o Foral, onde
a primeira o rei declarava a doação e tudo o que ela implicava. A segunda era uma espécie de código tributário que
estabelecia os impostos, ou seja, estava fixado os direitos e deveres ao rei e ao donatário.

06) (EsPCEx 2010) Sobre o Governo Geral, instalado no Brasil pelo regimento de 1548, pode-se afirmar que

[A] acabou, de imediato, com o sistema de capitanias hereditárias.


[B] teve total sucesso ao impor a centralização política em toda a colônia, como forma de facilitar a defesa do território.
[C] teve curta duração, pois foi dissolvido durante a ocupação francesa do Rio de Janeiro, em 1555.
[D] durou até 1808, apesar de, a partir de 1720, os governadores passarem a ser chamados de vice-reis.
[E] adotou, desde o início, o Rio de Janeiro como única capital, em virtude do grande sucesso da cultura canavieira nas
províncias do Rio de Janeiro e São Paulo.

ITEM A – ERRADO.
Apesar do fracasso das capitanias hereditárias devido a iniciativa privada, a implantação do governo-geral pela coroa
portuguesa não aboliu o sistema de capitanias.
O sistema de capitanias foi abolido em 1759 por Marquês de Pombal.

ITEM B – ERRADO.
O governo-geral teve sucesso ao impor a centralização política na colônia com intuito de coordenar melhor as capitanias
das condições adversas, destacando particularmente a luta contra os tupinambás.
A defesa do território era de responsabilidade de cada donatário.

ITEM C – ERRADO.
Teve longa duração, foi de 1549 à 1808. Foi no governo de Duarte da Costa, que os franceses ocuparam a Baia de Guanabara,
em 1555, no Rio de Janeiro. Mas no governo de Mém de Sá, os franceses foram expulsos com ajuda de seu sobrinho, Estácio
de Sá, em 1567.

ITEM D – CORRETO.
O governo Geral durou até a vinda da família real portuguesa para o Brasil em 1808 e, em 1720, na época da economia
mineira, o título de governador-geral passou para vice-rei.

ITEM E – ERRADO.
No início, em 1549, a capital escolhida foi Salvador. Em 1763, em virtude da exploração aurífera nas províncias de Minas
Gerais, Goiás e Mato Grosso, a capital da colônia foi transferida para o Rio de Janeiro, por ordem de Marquês de Pombal.

07) (CN-2010) “As Câmaras Municipais, encarregadas da administração local, foram sendo estruturadas paralelamente à
formação das primeiras vilas. A atuação das Câmaras, controladas pelos homens-bons, abrangia diversos setores, como o
abastecimento, a tributação e a execução das leis. [...] Assim, as Câmaras Municipais constituíam poderosos órgãos da
administração colonial”.
(Cotrim, Gilberto. História Global – Brasil e Geral. 8. Ed. São Paulo: Saraiva, 2005. p.203).

A categoria dos homens-bons refere-se aos

(A) Contratadores, homens de prestigio, que eram autorizados a cobrarem impostos e o dízimo.
(B) Homens da sociedade colonial que se notabilizaram por fazer grandes obras de caridade.
(C) Administradores enviados pela coroa portuguesa com o objetivo de fiscalizar a arrecadação do quinto.
(D) Homens encarregados dos assuntos da Justiça, auxiliares diretos dos governadores-gerais.
(E) Proprietários de terras, de escravos ou de gado que em muitas cidades exerciam o poder político.
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QUESTÕES COMENTADAS DE HISTÓRIA

Item A - ERRADO:
Eram os representantes da Igreja Católica aqui na colônia que eram responsáveis e autorizados a cobrarem o dízimo.

Item B - ERRADO:
NÂO se notabilizaram por realizarem obras de caridade. Os “homens-bons” eram os grandes proprietários de escravos,
como iriam fazer caridade?
Item C - ERRADO:
Eram chamados de intendentes os administradores da Coroa portuguesa com o objetivo de fiscalizar e arrecadar o quinto,
imposto sobre o ouro extraído.
Os intendentes eram responsáveis pela Intendência de Minas.

Item D - ERRADO:
O homem encarregado dos negócios da Justiça era o OUVIDOR-MOR, auxiliares diretos dos governadores-gerais, junto como
o provedor-mor (Fazenda) e Capitão-mor (Defesa).

08) (EsSA-2016) O primeiro Governo-Geral do Brasil foi instalado em:

A) Rio de Janeiro. B) Fortaleza. C) São Luís. D) Olinda. E) Salvador.

Comentário:
Como sede do Governo-Geral, o governo português optou pela capitania da Bahia. Essa escolha foi motivada por interesses
administrativos, pois a capitania da Bahia localizava-se num ponto central da costa, o que facilitava a comunicação com as
demais capitanias. Ali foi erguida a primeira capital do Brasil, SALVADOR, cujas obras de construção foram iniciadas no dia
1º de maio de 1549, de frente para o mar, num terreno elevado para facilitar a defesa militar.

ESTRUTURA SOCIAL E ECONÔMICA

01) (EsSA-2006) Dentre as quinze Capitanias Hereditárias fundadas no Brasil a partir de 1530, somente duas progrediram
até 1550:

A) Pernambuco e São Vicente. B) Maranhão e Ceará. C) Itamaracá a Porto Seguro.


D) Ilhéus e Porto Seguro. E) São Tomé e Santana.

Comentário:
O sistema de capitanias hereditárias, de um modo geral, fracassou.
Na maioria dos casos, a falta de recursos financeiros para a exploração, justifica o insucesso.
Apenas duas capitanias prosperaram: São Vicente e Pernambuco.
Ambas prosperaram graças ao sucesso da agricultura canavieira.
Além do cultivo da cana, a capitania de São Vicente mantinha contatos com a região do Prata e iniciaram uma nova atividade
comercial: a escravidão indígena.

GABARITO: A
Comentário acima responde os demais itens da questão.

02) (EsSA-2006) No Brasil Colônia, a atividade econômica que atendia, basicamente, o mercado interno era o (a):

A) pecuária. B) cacau. C) tráfico negreiro. D) produção de tabaco. E) manufatura têxtil.

Comentário:
A atividade econômica voltada para atender as necessidades do mercado interno foi a pecuária, que contribuiu para a
interiorização colonial e usava o trabalho livre (o boaideiro).

Item B – ERRADO.

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QUESTÕES COMENTADAS DE HISTÓRIA

A economia cacaueira era voltada para o mercado externo.


O cacau foi à segunda economia exportadora no período da República Velha (1889-1930), atrás apenas do café.

Item C – ERRADO.
A economia do tráfico negreiro atendia basicamente a economia da metrópole portuguesa, pois os maiores mercadores de
escravos eram portugueses que vendiam escravos africanos para serem utilizadas como mão de obra para as atividades
coloniais no Brasil.

Item D – ERRADO.
No Brasil Colônia, a produção do tabaco perdia apenas para a economia açucareira. A economia do tabaco era destinada ao
escambo com as regiões africanas, onde era trocado por escravos.

Item E – ERRADO.
A manufatura têxtil apenas ocorreu no Brasil no período imperial a partir de 1850. Devido ao lucro gerado pela economia
cafeeira, os barões de café, começaram a investir na indústria têxtil, surgindo assim, o primeiro surto de modernização e
industrialização no Brasil.

03) (EsSA-2007) No início da colonização, a cultura da cana-de-açúcar era realizada em grandes propriedades que eram
chamadas de:

A) sítios. B) latifúndios. C) alqueires. D) minifúndios. E) casas-grandes.

Item A – ERRADO.
Sítios são pedaços de terra um pouco maior que chácara. Maior que seja o pedaço de terra não é considerado uma grande
propriedade para exploração em larga escala.

Item B – CORRETO.
Latifúndio é uma propriedade agrícola de grande extensão pertencente a uma única pessoa ou família e se caracteriza pela
exploração extensiva de seus produtos.

Item C – ERRADO.
Alqueires é uma unidade de medida de superfície agrária.

Item D – ERRADO.
Minifúndio é uma propriedade rural de pequeno porte.

Item E – ERRADO.
Casas-grandes como eram chamadas as casas dos senhores nas grandes propriedades rurais do Brasil.

04) (EsPCEx-2008) A estrutura econômica implantada por Portugal, no Brasil-Colônia, existente no século XVII, tinha como
base

[A] pequenas propriedades distribuídas a portugueses natos, destinadas à produção de subsistência, para garantir a posse
da terra.
[B] pequenas propriedades com policultura de alimentos necessários na Europa, como trigo e carne, utilizando mão-de-
obra indígena escrava.
[C] grandes propriedades com monocultura de produtos tropicais, de alto valor na Europa, como o açúcar.
[D] grandes propriedades com monocultura de produtos tropicais, utilizando mão-de-obra indígena no sistema de parceria.
[E] grandes propriedades com policultura de produtos tropicais voltados para o mercado interno, utilizando mão-de-obra
assalariada.

Comentário:
Estrutura econômica implantada por Portugal na colônia do Brasil tinha como base a agricultura canavieira, pois tinha uma
grande procura no mercado europeu.
11
QUESTÕES COMENTADAS DE HISTÓRIA

A estrutura base político-econômica do Brasil Colonial implantada pelos portugueses foram grandes propriedades de terras,
monocultura de produtos tropicais e mão de obra escrava africana, totalmente voltada para o mercado externo.

GABARITO: C
O comentário acima responde os demais itens da questão.

05) (CN-2015) O Brasil integrou-se ao quadro econômico europeu como uma colônia de exploração. Com relação à
economia colonial brasileira, é INCORRETO afirmar que

(A) Durante o período pombalino, com o objetivo de fortalecer o erário régio, houve um aumento da carga tributária e a
consolidação dos monopólios (criação das Companhias Gerais do Comércio do Estado do Grão-Pará e Maranhão e de
Pernambuco e Paraíba).
(B) A pecuária nordestina se caracterizou por ser uma atividade economia subsidiária à economia açucareira, voltada para
o mercado interno, organizada de forma extensiva e que comportou predominantemente a mão de obra escrava.
(C) As “drogas do sertão” se caracterizam pela coleta de recursos florestas da Amazônia, tais como o cacau e o guaraná,
organizada pelos jesuítas, tendo como mão-de-obra predominante a indígena.
(D) O açúcar tornou-se o carro-chefe de nossa economia colonial porque possuía alto valor no mercado externo e viabilizava
a ocupação territorial, além de contribuir para a estruturação da classe senhorial.
(E) A mineração provocou um grande aumento demográfico, o aparecimento de vilas e cidades, a articulação de um
mercado interno e uma maior diversificação no estrato social e econômico.

Comentário:
A pecuária foi um setor basicamente expressivo, ligado à subsistência. Foi fornecedora de couro e fonte de alimentação na
economia açucareira, que atendia, basicamente, o mercado interno.
No início, o gado era criado no próprio engenho. Com a multiplicação do rebanho, o senhor do engenho foi obrigado a
separar o gado do canavial e na etapa seguinte, a pecuária, tornou-se uma atividade independente do engenho. Os criadores
(homens livres), chamados de boiadeiros, penetraram no sertão nordestino em busca de pasto.
A pecuária nordestina teve grande importância ao estimular a interiorização da colônia.

GABARITO: B
O comentário acima responde os demais itens da questão.

06) (EsPCEx-2016) As relações entre a metrópole e a colônia foram regidas pelo chamado pacto colonial, sendo este aspecto
uma das principais características do estabelecimento de um sistema de exploração mercantil implementado pelas nações
europeias com relação à América. Com relação ao Brasil, do que constava este pacto?

[A] As colônias só poderiam produzir artigos manufaturados.


[B] A produção agrícola seria destinada, exclusivamente, à subsistência da colônia.
[C] A produção da colônia seria restrita ao que a metrópole não tivesse condições de produzir.
[D] A colônia poderia comercializar a produção que excedesse às necessidades da metrópole.
[E] Portugal permitiria a produção de artigos manufaturados pela colônia, desde de que a matéria-prima fosse adquirida da
metrópole.

Comentário:
A regra básica do PACTO COLONIAL era a restrição da produção da colônia estritamente ao que a metrópole não tinha
condições de produzir, ou seja, a colônia não podia concorrer com a metrópole.
Sua função era servir ao enriquecimento da metrópole. Na relação entre colônia e metrópole instituiu a produção
complementar e o monopólio comercial.
A economia da colônia era organizada em função da metrópole: a colônia deveria complementar a produção e satisfazer os
interesses da metrópole, sem desenvolver uma produção voltada para os seus interesses internos. Assim, o sistema colonial
mercantilista transformava a colônia num território exclusivo da metrópole, destinado à exploração.
O monopólio comercial foi o instrumento essencial para que a metrópole controlasse a vida economia da colônia. Com o
direito exclusivo de realizar comércio com a terra colonizada, a metrópole comprava os produtos da colônia pelo mais baixo
preço e lhe vendia mercadorias pelo mais alto preço.

12
QUESTÕES COMENTADAS DE HISTÓRIA

GABARITO: C
O comentário acima responde os demais itens da questão.

UNIÃO IBÉRICA E O BRASIL HOLANDÊS.

01) (EsPCEx 2007) Quando das Invasões Estrangeiras ao Brasil, forças holandesas conquistaram com facilidade Olinda e
Recife, em 1630, mas não obtiveram o mesmo êxito na zona rural, porque, no interior da capitania,

[A] as forças brasileiras equivaliam em efetivo, treinamento e armamento aos holandeses.


[B] os brasileiros eram em menor número, no entanto dispunham de melhores armamentos do que os adversários.
[C] os brasileiros eram melhor armados e mais experientes no tipo de combate proposto pelos holandeses.
[D] os habitantes locais adotavam táticas de guerrilha, atacando os holandeses de surpresa.
[E] os locais contavam com o apoio explícito e regular da Espanha, tanto no treinamento de técnicas de combate, quanto
no suprimento de víveres e munição.

Comentário:
Contra a invasão holandesa em Pernambuco, organizaram-se as Companhias de Emboscadas (grupos de guerrilheiros
chefiados por Matias de Albuquerque, governador da capitania), que fixaram-se no Arraial do Bom Jesus, situado numa
região entre Olinda e Recife. Apesar dos holandeses estarem bem mais armados e contarem com um contingente apreciável
de soldados, a resistência luso-brasileira possuía a seu favor o fator surpresa, aliado ao melhor conhecimento do terreno.
Por reconhecer melhor o terreno, os habitantes adotaram táticas de guerrilha, atacando os holandeses de surpresa.

Item A – ERRADO.
As forças luso-brasileiras eram inferiores em armamentos em relação aos holandeses.

Item B – ERRADO.
Os brasileiros estavam em menores números e não dispunham de melhores armamentos do que dos holandeses.

Item C – ERRADO.
Os brasileiros não eram melhores armados, apenas conheciam melhor o terreno e usaram as táticas de guerrilhas na qual
os holandeses eram inferiores.

Item E – ERRADO.
Não houve apoio explícito e regular da Espanha, muito menos em treinamentos. Todo o mérito é dos guerrilheiros luso-
brasileiros chefiados por Matias de Albuquerque.

Nota: A situação dos guerrilheiros chefiados por Matias de Albuquerque mudou quando, Domingos Fernandes Calabar
passou para o lado holandês.
Calabar, era grande conhecedor da região, foi uma peça de fundamental importância para os holandeses expandirem o seu
domínio territorial no nordeste. Com a chegada de mais reforços, os holandeses conquistaram o Rio Grande do Norte e a
Paraíba. Somente em 1635, ou seja, cinco anos depois, a resistência caiu.
Consolidou-se assim, o domínio holandês, por causa da traição de Calabar. Entretanto, os resistentes chefiados por Matias
de Albuquerque, em sua retirada, conseguiram capturar Calabar, que foi imediatamente executado.

02) (CN-2008) Leia o trecho abaixo e responda a questão a seguir.

Visto como o rei de Espanha, nosso inimigo, possui ilegalmente estas terras e cidades, tendo destituído de modo
inconveniente e pouco cristão o verdadeiro dono do reino de Portugal (a qual pertence o Brasil) (...) há razões de sobra para
esperar a assistência da Divina Justiça na obra da Companhia no Brasil, que pertence à Coroa Portuguesa. (...)
(Ian Moerbeeck, 1624)

FREIRE, Américo, Marly Silva da Mota e Dora Rocha – História em Curso, O Brasil e suas relações com o mundo Ocidental
– Ed. Do Brasil/Fundação Getúlio Vargas/CPDOC – pg 77.

13
QUESTÕES COMENTADAS DE HISTÓRIA

O trecho demostra um momento da História brasileira, na primeira metade do século XVII, quando o Brasil

(A) Enfrenta diversas invasões estrangeiras, destacando-se os holandeses em Pernambuco e os franceses no Rio de Janeiro,
através do que ficou conhecido como França Equinocial.
(B) Devido à chamada União Ibérica, passa a enfrentar, entre outros aspectos, a invasão dos holandeses, que buscavam
ocupar as áreas de produção de açúcar.
(C) Sofre constantes ataques de piratas dos ingleses em Santos e recife, com a finalidade de saquear a produção açucareira
e estabelecer colônias nestas regiões.
(D) Devido à União Ibérica, enfrenta diversas invasões estrangeiras, podendo-se citar a dos Franceses no Maranhão, na
ocupação que ficou conhecida como França Antártica.
(E) Passa sofrer um aumento abusivo de impostos, devido à União Ibérica, estimulando revoltas de colonos e adesões aos
invasores holandeses, ingleses e franceses no Brasil.

Comentário:
Em 1580, o rei de Portugal, D. Henrique, morreu sem deixar herdeiros. Nas disputas político-militares entre os precedentes
ao trono português, saiu-se vencedor Felipe II, rei da Espanha, que invadiu e conquistou Portugal.
O domínio espanhol estendeu-se até 1640 e foi chamado de União Ibérica. Felipe II, proibiu os produtores e comerciantes
das colônias pertencentes ao império espanhol de negociar com os holandeses.
O embargo espanhol acarretou a reação holandesa, com a invasão da Bahia e de Pernambuco.

Item A - ERRADO.
A invasão francesa no Rio de Janeiro ficou conhecida como França Antártica (1555 – 1560).
Item C - ERRADO.
Não ocorreu constantes ataques de piratas ingleses no Brasil.
Foram os piratas franceses que no século XVI atacavam Santos e Pernambuco para exploração clandestina de pau-brasil.
Item D - ERRADO.
A invasão francesa no Maranhão ficou conhecida como França Equinocial (1612- 1615).
Item E - ERRADO.
Durante os 60 anos da União Ibérica, a administração colonial no Brasil não sofreu alterações.

03) (CN-2009) Observe a charge abaixo, referente ao fim da presença holandesa no Nordeste Brasileiro no século XVII, e
responda a pergunta a seguir

NOVAIS, Carlos Eduardo e César Lobo, História do Brasil para Principiantes, De Cabral a Cardoso 500 anos de Novela,
Editora Ática – SP – 1998 – pg.98

Pode-se afirmar que a charge refere-se, como consequência da expulsão dos holandeses no Brasil

(A) Ao início da produção holandesa na América Central, levando, de imediato, à crise da economia no Brasil como um todo,
que só se recuperou com a descoberta do ouro, na região das Minas Gerais.
14
QUESTÕES COMENTADAS DE HISTÓRIA

(B) À crise econômica do Nordeste brasileiro, devido a concorrência do açúcar do Brasil com a produção açucareira
holandesa nas Antilhas.
(C) Ao enfraquecimento da economia nordestina que não suportou a posterior invasão dos franceses no Maranhão, onde
fundaram a colônia denominada França Equinocial.
(D) À crise econômica do Nordeste brasileiro, após a expulsão dos holandeses da Bahia no ano de 1625.
(E) À reafirmação da presença portuguesa no Nordeste brasileiro, possibilitando a retomada da produção do açúcar na
região que voltou a concorrer, em pé de igualdade, com o açúcar antilhano.

Item A - ERRADO:
Não foi na América Central, foi nas colônias Antilhanas.

Item C - ERRADO:
Os franceses instalaram a França Equinocial em 1612 e a sua expulsão pelos portugueses ocorreu em 1615. Nove anos antes
da primeira invasão holandesa e trinta anos antes da expulsão definitiva dos holandeses.

Item D - ERRADO:
A primeira tentativa dos holandeses foi em 1624 na Bahia e, posteriormente foram expulsos em 1625. Essa primeira invasão
não causou nenhuma crise econômica, já que os holandeses não conseguiram instala-se na Bahia.
Somente após a segunda invasão em 1630, em Pernambuco, que os holandeses conseguiram de estabelecer após vários
combates em 1635.

Item E - ERRADO:
A produção de açúcar não voltou a concorrer com pé de igualdade com açúcar antilhano holandês, PELO CONTRÁRIO, a
concorrência antilhana causou uma enorme crise econômica na colônia brasileira.

04) (CN-2010) “As invasões holandesas que ocorreram no século XVII foram o maior conflito político-militar da Colônia.
Embora concentradas no nordeste, elas não se resumiram a um simples episódio regional. Ao contrário, fizeram arte do
quadro das relações internacionais entre os países europeus, revelando a dimensão da luta pelo controle do açúcar e das
fontes de suprimento de escravos. [...] O ataque a Pernambuco se iniciou em 1630, com a conquista de Olinda. A partir desse
episódio, a guerra pode ser dividida em três períodos distintos. [...] O segundo período, entre 1637 e 1644, caracterizada por
relativa paz, relacionada com o governo do príncipe holandês Maurício de Nassau, que foi o responsável por uma série de
importantes inciativas políticas e realizações administrativas.”
(Fausto, Boris. História do Brasil. São Paulo: Edusp, 2004. p.84 e 85).

São características do governo Maurício de Nassau, EXCETO:

(A) Concessão de créditos aos senhores de engenho.


(B) Investimentos em obras urbanas, sendo construídas pontes e obras sanitárias.
(C) Criação da cidade de Maurícia, hoje um bairro da capital pernambucana.
(D) A intolerância religiosa, pois Nassau que era calvinista perseguiu outros segmentos religiosos.
(E) Estímulo à vinda de artistas, naturalistas, médicos e astrônomos.

Comentário:
As características do governo de Maurício de Nassau (1637-1644) foram a concessão de créditos aos senhores de engenho
pela Companhia das Índias Ocidentais, para o reaparelhamento das propriedades, tendo como objetivo de reativar a
produção açucareira. O investimento em obras públicas, como construções de pontes, casas e obras sanitárias. Estímulo a
vida cultural, recebendo artistas, médicos, astrônomos e naturalistas holandeses. A TOLERÂNCIA RELIGIOSA, as diversas
religiões foram toleradas pelo governo de Nassau, embora os holandeses não tivessem como objetivo principal expandir a
sua fé religiosa, o calvinismo.

GABARITO: D

15
QUESTÕES COMENTADAS DE HISTÓRIA

05) (EsSA-2010) As batalhas dos Guararapes (1648 e 1649) marcaram a vitória da Insurreição Pernambucana, que levou à
expulsão do território brasileiro os invasores

A) ingleses B) franceses C) holandeses D) portugueses E) espanhóis

Comentário:
Ficaram conhecidos pelo nome de Batalhas dos Guararapes os dois enfrentamentos decisivos entre as forças portuguesas
e holandesas pelo controle de boa parte da região nordeste do Brasil.
Ocorridas em abril de 1648 e fevereiro de 1649, as duas batalhas foram responsáveis pelo fim da ocupação holandesa e a
consolidação da soberania portuguesa na área.
O nome dos dois episódios faz referência ao local onde ocorreram, o morro dos Guararapes, localizado na atual Jaboatão
dos Guararapes, parte do Grande Recife.

GABARITO: C

O comentário acima responde os demais itens da questão.

06) (CN-2011) Em relação ao domínio da Holanda no Nordeste brasileiro durante o período colonial, é correto afirmar que:

(A) A administração de Nassau caracterizou-se por medidas administrativas de grande importância, como por exemplo: a
reorganização da produção açucareira mediante um sistema de crédito aos senhores de engenho, tolerância religiosa e o
fim da Assembleia dos Escabinos, que limitava a participação política dos proprietários rurais pernambucanos.
(B) A invasão holandesa na Bahia (1624-1625), que contou com o apoio da “milícia dos descalços”, liderada pelo bispo
Marcos Teixeira, foi desarticulada pela Jornada dos vassalos, frota luso-espanhola mandada à Bahia com a missão de
expulsar os holandeses da sede do Governo Geral do Brasil.
(C) A invasão holandesa em Pernambuco encontrou grande resistência por parte de grupos armados por Matias de
Albuquerque, no arraial de Bom Jesus. O arraial, que passou a ter a adesão cada vez maior de senhores de engenhos, foi o
lugar onde começou a Insurreição Pernambucana.
(D) A Insurreição Pernambucana, movimento de resistência local, contou desde o início com a ajuda da Coroa portuguesa
que, após o fim da União Ibérica, tinha todo o interesse em expulsar os holandeses e reassumir o controle sobre a economia
açucareira.
(E) O fim da Nova Holanda deve-se, entre outros fatores, a uma conjuntura externa desfavorável à Holanda que, por se
envolverem guerras sucessivas na Europa, não pôde socorrer seus compatriotas no Brasil, fato este que assegurou a vitória
dos luso-brasileiros em 1654.

Item A - ERRADO.
Na administração de Maurício de Nassau que permaneceu no cargo entre 1637 a 1644 foi caracterizado em normalizar a
rica produção açucareira concedendo empréstimos aos senhores de engenho, tolerância religiosa e o convite desses
senhores a participar das câmaras dos escabinos – órgão administrativo que Nassau havia criado.

Item B - ERRADO.
A invasão holandesa na Bahia em 1624 teve como responsável pela defesa, o Bispo D. Marcos Teixeira, que criou uma
companhia de emboscadas, chamada de "Milícia dos Descalços".
A expulsão dos holandeses ocorreu em 1625, graças à uma expedição luso-espanhola, conhecida pelo nome de "Jornada
dos Vassalos".
Os holandeses cercados pela esquadra no porto de Salvador retornaram para a Europa

Item C - ERRADO.
A invasão holandesa em Pernambuco em 1630, encontrou grande resistência de grupos armados liderado pelo governador
da capitania Matias de Albuquerque, que refugiou-se no interior, onde fundou o Arraial de Bom Jesus. O arraial tornou-se
o principal foco de resistência contra os holandeses. Porém, somente em 1635, que os holandeses conseguiram dominar
totalmente a região.

16
QUESTÕES COMENTADAS DE HISTÓRIA

Somente dez anos depois surgiram grupos de luso-brasileiros que iniciaram a expulsão dos holandeses que começou na
região do Maranhão.

Item D - ERRADO.
A Insurreição Pernambucana culminou com a expulsão dos holandeses em São Luís e alastrou-se por todo o nordeste,
atingindo Pernambuco em 1645, onde a situação se tornava cada vez mais tensa devido a intensificação da cobrança das
dívidas contraídas na administração de Nassau. Os colonos não contaram inicialmente com ajuda de Portugal, somente mais
tarde, depois que a insurreição obteve algumas vitórias, o movimento ganhou apoio da metrópole.

Item E - CORRETO.
O fim da Nova Holanda deve-se as derrotas sofridas na colônia, principalmente nas batalhas de Guararapes (1648 e 1649).
Enfraqueciam-se também no cenário europeu diante da Inglaterra, que se transformou na sua principal concorrente no
comércio internacional. As tensões originaram a guerra entre Holanda e Inglaterra (1652-1654), o que favoreceu a
aproximação entre ingleses e portugueses.
Diante da derrota para os ingleses e pelas forças luso-brasileiras, em 1654, puseram fim à sua dominação sobre o Brasil.

07) (EsPCEx 2011) Durante o período colonial, o Brasil sofreu diversas invasões estrangeiras. Nessas invasões:

[A] a francesa, na Baía da Guanabara, resultou na criação de uma colônia, a França Antártica, formada principalmente por
católicos interessados no cultivo da cana-de-açúcar e no trabalho de conversão dos índios.
[B] a holandesa foi motivada pelo embargo espanhol que, por representar uma ameaça à sua economia, levou o país a
decidir-se pela invasão do Brasil, inicialmente pela região do Rio Grande do Norte, onde encontrou forte resistência.
[C] a holandesa, em Pernambuco, foi favorecida pelo constante reforço vindo da Holanda, o auxílio de cristãos-novos
residentes na região e por estarem seus soldados mais bem armados e mais experientes.
[D] a resistência luso-brasileira à invasão pernambucana foi organizada em grupos de guerrilha e contou com a liderança de
Domingos Fernandes Calabar, morto lutando contra os holandeses.
[E] embora a resistência luso-brasileira em Pernambuco contasse com a vantagem do fator surpresa e melhor conhecimento
do terreno, os holandeses acabaram por conquistar o Nordeste, onde se estenderam desde o Maranhão até a Bahia.

Item A – ERRADO.
A invasão francesa na Baía de Guanabara em 1555, resultou na criação de uma colônia chamada de França Antártica,
formada por franceses protestantes (huguenotes). Foram expulsos em 1567.

Item B – ERRADO.
A invasão holandesa foi motivada pelo embargo espanhol promovida pelo governo da União Ibérica em 1621. O embargo,
representava uma ameaça à economia holandesa, onde levou o país a decidir-se pela invasão do Brasil, inicialmente pela
região da Bahia em 1624, onde encontrou forte resistência e foram expulsos em 1625.

Item C – CORRETO.
Em 1628, os holandeses apreenderam nas Antilhas, um dos maiores carregamentos de prata americana para Espanha. Os
recursos obtidos, com esse ato de pirataria serviram para financiar uma segunda tentativa, dessa vez em Pernambuco, que
ocorreu em 1630.
Com uma esquadra de sete navios e com soldados bem armados e experientes, os holandeses contaram com o apoio de
Domingos Fernandes Calabar e alguns escravos fugitivos para auxiliarem na campanha holandesa no Brasil.

Item D – ERRADO.
A resistência luso-brasileira à invasão holandesa em Pernambuco em 1630, foi organizada em grupos de guerrilha e contou
com a liderança de Matias de Albuquerque, governador da província de Pernambuco. Domingos Fernandes Calabar, auxiliou
os holandeses a invadirem Pernambuco e, consolidando a sua vitória em 1635. Foi capturado pelas forças luso-brasileira e
condenado à morte por traição.

Item E – ERRADO.
A resistência luso-brasileira em Pernambuco contou com a vantagem do fator surpresa e melhor conhecimento do terreno.
Os holandeses acabaram por conquistar o Nordeste, onde se estenderam desde do Maranhã até Sergipe.

17
QUESTÕES COMENTADAS DE HISTÓRIA

08) (CN-2014) A União Ibérica foi um importante estímulo à expansão territorial portuguesa sobre o território que
legalmente pertencia à Espanha, segundo o Tratado de Tordesilhas. Com isso, aconteceram vários conflitos entre os dois
países e foram necessários alguns tratados de limites para que as novas fronteiras se definissem. Sobre os tratados de limites
que definiram o território brasileiro, pode-se afirmar que:

(A) O Tratado de Lisboa foi assinado entre Portugal e Espanha e restabeleceu os limites territoriais existentes à época do
Tratado de Tordesilhas.
(B) O Tratado de Madri, assinado entre Portugal e Espanha, usando o princípio de da restauração, restabeleceu as fronteiras
existentes antes da União Ibérica.
(C) Com o Tratado de Sant Ildefonso, Portugal recebeu o domínio dos Sete Povos das Missões, o que provocou a chamada
Guerra Guaraníticas.
(D) O Tratado de Metheun, assinado entre Portugal e Inglaterra, definiu as fronteiras ao norte do Brasil, e a Guiana ficou
sob o domínio inglês.
(E) O Tratado de Badajós foi o último a ser assinado e praticamente definiu os limites territoriais brasileiros. A única
alteração, desde aquela época, foi anexação do Acre.

Item A - ERRADO.
O Tratado de Lisboa de 1681, assinado entre Portugal e Espanha, estabelecia que os espanhóis reconheciam a posse
portuguesa da Colônia do Sacramento, localizado no Rio da Prata, atual Uruguai.

Item B - ERRADO.
O Tratado de Madri de 1750, assinado entre Portugal e Espanha estabelecia o princípio de uti possidetis (usucapião).
Não restabeleceu as fronteiras existentes antes da União Ibérica.

Item C - ERRADO.
É no Tratado de Madri que Portugal recebe o Sete Povos das Missões, o que provocou a Guerra Guaraníticas (1750-1756).

Item D - ERRADO.
O Tratado de Metheun em 1703, chamado também de Panos e Vinhos, foi um tratado econômico e não um tratado de
fronteiras.
Devido à Guerra Guaraníticas foi assinado o Tratado de Ildefonso em 1777, que estabelecia aos espanhóis a Colônia do
Sacramento e os Sete Povos das Missões.

Item E - CORRETO.
Os portugueses consideravam o Tratado de Ildefonso desvantajoso, então em 1801, foi assinado o Tratado de Badajós, que
decretou que os Sete Povos das Missões ficariam os portugueses e a Colônia do Sacramento com os espanhóis. A única
alteração que ocorreria nas fronteiras brasileiras seria em 1903 no Tratado de Petrópolis, onde o Brasil compraria da Bolívia
o território do Acre.

09) (EsPCEx-2016) Em 1578, dom Sebastião, rei de Portugal, morre na batalha de Alcácer-Quibir. Sem descendentes, o trono
foi entregue a seu tio dom Henrique, que viria a falecer dois anos depois, sem deixar herdeiro. Depois de acirrada disputa,
a Coroa portuguesa acabou nas mãos de Filipe II, rei espanhol, dando início à chamada União Ibérica. Com esta união, um
tradicional inimigo da Espanha torna-se inimigo de Portugal.
Das opções abaixo, assinale aquele que se tornou inimigo de Portugal.

[A] Holanda [B] Alemanha [C] Itália [D] Inglaterra [E] EUA

ITEM A - CORRETO:
No século XVI, a Holanda e outros territórios dos Países Baixos, eram domínios do rei espanhol. Em 1581, porém, depois de
muitas lutas, conquistaram a independência, com a proclamação da República das Províncias Unidas. As relações comerciais
entre Portugal e Holanda foram afetadas pelo conflito aberto entre o governo da Espanha e suas antigas possessões. Como
represália a independência das Províncias Unidas, Felipe II, rei da Espanha, proibiu os produtores e comerciantes das
colônias pertencentes ao império espanhol de negociar com os holandeses. Tal proibição ficou conhecida como EMBARGO
18
QUESTÕES COMENTADAS DE HISTÓRIA

ESPANHOL e representou prejuízos aos holandeses que participavam do negócio do açúcar e do comercio de outros
produtos coloniais brasileiros.
Eram os holandeses que controlavam a lucrativa operação de transporte, refino e distribuição comercial do açúcar brasileiro.

ITEM B - ERRADO:
A unificação alemã ocorreu em 1871.

ITEM C - ERRADO:
A unificação italiana ocorreu em 1870.

ITEM D - ERRADO:
A Inglaterra era amiga comercial e política de Portugal. Desde
dinastia Bourbon, século XIII, Portugal mantém relações
comerciais com a Inglaterra.

ITEM E - ERRADO:
As 13 colônias inglesas da América do Norte (atual Estados Unidos)
conquistaram a sua independência em 1776.
Desde a emancipação sempre foi parceira comercial de Portugal e
do Brasil.

MINERAÇÃO E OS TRATADOS DE FRONTEIRAS

01) (CN-2007) O apresamento de indígenas e a constante procura de riquezas colaboraram, entre outros fatores para com
o expansionismo territorial brasileiro o qual, a partir da segunda metade do século XVIII, já se encontrava com uma
dimensão que pouco diferenciava da configuração geográfica atual, sendo esta respectiva formação geográfica fixada a
partir de Tratados como o de Madri que

(A) Entre outros aspectos, anulou o Tratado de Ultrecht consolidando a ocupação efetiva do atual oeste sul-rio-grandense,
estabelecendo as fronteiras a partir das margens do Rio Uruguai distendidas após o rompimento da linha de Tordesilhas.
(B) Entregou a colônia do Sacramento aos espanhóis e ficou definitivamente detentora da parte Centro-Oeste, Sul e Norte
do Brasil.
(C) Anulou o Tratado de Santo Ildefonso consolidando a ocupação efetiva do atual oeste sul-rio-grandense estabelecendo
definitivamente os limites entre os impérios coloniais ibéricos distendidos após o rompimento do Tratado de Tordesilhas.
(D) Consolidou o Tratado de Badajós estabelecendo as fronteiras entre portugueses e espanhóis, a partir das margens do
rio Paraguai e o rio Uruguai.
(E) Previa, entre outros aspectos, que a colônia do Sacramento pertenceria aos espanhóis e a região dos Sete Povos das
Missões, que ocupava parte do atual estado do Rio Grande do Sul, pertenceria aos portugueses.

Comentário:
O Tratado de Madri (1750) estabelecia entre os representantes dos
reis da Espanha e de Portugal, que a Colônia do Sacramento
pertenceria os espanhóis e a região dos Sete Povos das Missões
pertenceria aos portugueses. O Tratado utilizou o princípio de “uti
possidetis” (usucapião), ou seja, quem chegou primeiro tem a posse
da colônia.

Comentário Extra:
Tiveram dois tratados de Utrecht (1713 e 1715).
O primeiro determinava que o extremo norte da colônia, no rio
Oiapoque, seria o limite de fronteira entre Brasil e Guiana Francesa.
O segundo determinava que a Colônia do Sacramento pertenceria aos portugueses.

19
QUESTÕES COMENTADAS DE HISTÓRIA

O Tratado de Santo Ildefonso (1777) determinou que a Colônia do Sacramento e os Sete Povos das Missões ficariam com os
espanhóis.
O Tratado de Badajós (1801) estabeleceu finalmente o tratado de Madri.

Vale ressaltar que, de início, o tratado de Madri não pôde ser cumprido, pois jesuítas e os índios guaranis dos aldeamentos
dos Sete Povos das Missões (atual Rio Grande do Sul) não aceitaram o controle português. Houve uma violenta luta contra
a ocupação portuguesa que gerou a Guerra Guaranítica (1750-1756).

02) (EsPCEx 2007) “A exploração de ouro no Brasil fez com que a metrópole ampliasse a fiscalização e aumentasse a
tributação.”
(SCHNEEBERGER; CANTELE; BARBEIRO, 2005, p.231)

Dentro dessa concepção, Portugal criou as Ordenações Filipinas, leis impostas ao Brasil, estabelecendo que

[A] a exploração de ouro seria permitida apenas aos nascidos no Brasil.


[B] a exploração de ouro seria permitida apenas aos portugueses e filhos de portugueses.
[C] haveria a livre exploração, sem qualquer restrição.
[D] haveria a livre exploração, desde que fosse recolhido aos cofres públicos o quinto do ouro extraído.
[E] haveria a livre exploração, desde que fossem recolhidos aos cofres públicos 50% do ouro extraído.

Comentário:
As Ordenações Filipinas é uma compilação jurídica que resultou da reforma do código manuelino, em 1603, por Felipe II,
da Espanha e, Felipe I, de Portugal, durante a União Ibérica (1580-1640). Após o fim da União Ibérica, e a restauração da
dinastia de Bragança ao trono de Portugal, o código filipino foi confirmado para continuar vigendo em Portugal. O código
admitia a livre exploração das minas, impunha uma fiscalização rigorosa na cobrança do quinto (quinta parte do ouro
extraído).

GABARITO: D

O comentário acima responde os demais itens da questão

03) (EsSA-2008) O responsável pela transferência da capital do Brasil de Salvador para o Rio de Janeiro em 1763, foi:

A) D. João VI B) D. Pedro I C) Marquês de Pombal D) D. Manuel E) Visconde de Barbacena

20
QUESTÕES COMENTADAS DE HISTÓRIA

Comentário:
Em 1763, foi decretado pelo Marquês de Pombal, que a capital da colônia fosse transferida de Salvador para o Rio de Janeiro.
Mudança que reflete o deslocamento do centro econômico do nordeste açucareiro para a região mineradora do sudeste.
O Rio de Janeiro, com seu porto marítimo mais próximo das áreas mineradoras, favorecia o transporte do ouro, facilitando
a comunicação com a metrópole.

Item A – ERRADO.
D. João VI foi rei de Portugal de 1816 à 1826.
D. João nasceu em 13 de maio de 1767.

Item B – ERRADO.
D. Pedro I foi imperador do Brasil em 1822 à 1834.
D. Pedro nasceu em 12 de outubro de 1798.

Item D – ERRADO.
D. Manuel foi o rei de Portugal na época do descobrimento do Brasil.

Item E – ERRADO.
Visconde de Barbacena foi governador e capitão militar de Minas Gerais. Ficou conhecido por seu governado ter ocorrido a
Inconfidência Mineira, liderada por Tiradentes.
Nasceu em 7 de setembro de 1754.

04) (EsPCEx 2010) O conflito armado travado na segunda metade do século XVIII e que ficou conhecido como Guerras
Guaraníticas,

[A] foi uma reação dos índios de Sete Povos das Missões, liderados por alguns jesuítas, à ocupação de suas terras e à possível
escravização.
[B] ocorreu entre paulistas com o apoio de diversas tribos guaranis e os emboabas, pela hegemonia da extração do ouro
das Minas Gerais.
[C] definiu a conquista da Colônia do Sacramento por tropas luso-brasileiras.
[D] provocou a assinatura do Tratado de Lisboa, pelo qual Portugal devolvia a área conhecida como Sete Povos das Missões
à Espanha.
[E] abriu caminho para a conquista e ocupação, por parte dos portugueses, da calha do rio Solimões – Amazonas.

Comentário:
Em 1750, começou a ser discutido entre Portugal e Espanha a fixação dos limites no extremo sul de suas colônias. A discursão
resultou no Tratado de Madri, que estabelecia o princípio de uti possidetis, isto é, Portugal e Espanha estabeleceram como
critério a ocupação efetiva. Assim, os territórios ocupados por portugueses foram reconhecidos pela Espanha como
portugueses e vice-versa. A Espanha tendo como objetivo o controle das duas margens do rio da Prata, cedeu aos
portugueses o território dos Sete Povos das Missões em troca da Colônia do Sacramento.
A região dos Sete Povos das Missões, que reunia sete aldeamentos de índios Guarani dirigidos por jesuítas espanhóis que
recusaram-se a abandonar o território das Missões.
Em 1753, a revolta já havia tomado todos os aldeamentos. As forças armadas portuguesas e espanholas unidas partiram
para o confronto, dando origem às Guerras Guaraníticas, que terminaria com a derrota dos indígenas em 1756.

Item B – ERRADO.
A conflito entre paulista e emboabas pela hegemonia da extração de ouro foi chamado de Guerra dos Emboabas. (Ver
Módulo 18).

Item C – ERRADO.
A Colônia do Sacramento foi estabelecida pelos portugueses em 1681.

Item D – ERRADO.
O Tratado de Lisboa de 1681 foi um tratado assinado entre Portugal e Espanha, onde os espanhóis reconheciam a posse
portuguesa na Colônia do Sacramento.
21
QUESTÕES COMENTADAS DE HISTÓRIA

Item E – ERRADO.
O conflito no sul do país não teve nada a ver com a conquista do norte pelos portugueses.
Em 1616, chegaram os primeiros portugueses na região norte, que construíram fortes militares para defender de outros
povos. Posteriormente, chegaram os jesuítas para a catequização das tribos indígenas ali existentes.

05) (EsSA-2010) O Tratado de Methuen, assinado em 1703, por portugueses e ingleses,

A) incrementou a industrialização em Portugal e no Brasil.


B) abriu um importante canal para a transferência da riqueza produzida no Brasil para a Inglaterra.
C) criou foro especial para julgar cidadãos britânicos que viviam no Brasil.
D) trouxe vantagens para Portugal nas relações comerciais bilaterais com a Inglaterra.
E) favoreceu o desenvolvimento da indústria luso-brasileira.

Comentário:
Com o fim da União Ibérica, desencadeou em Portugal uma grave crise econômica, pois o país dependia em grande medida
do comércio colonial. Havia perdido as suas colônias para holandeses, franceses e ingleses durante o período que esteve
submetido à dominação espanhola. Procurando solucionar a crise, o governo português acabou recorrendo à Inglaterra e
assinou diversos tratados. Pelos tratados assinados, os soberanos de Portugal receberam proteção político-militar e os
comerciantes portugueses poderiam comprar produtos manufaturados ingleses em troca de vantagens na exploração
colonial concedida aos britânicos.
Entre esses tratados destaca-se o Tratado de Methuen, em 1703, pelo qual Portugal se comprometia a admitir em seu reino
tecidos de lã fabricados na Inglaterra, em troca, a Inglaterra compraria os vinhos portugueses. Esse tratado também foi
chamado de Panos & Vinhos, onde desestimulou a industrialização no Brasil e criou-se uma enorme ponte de transferência
das riquezas do Brasil para a Inglaterra.

GABARITO: B

O comentário acima responde os demais itens da questão.

06) (EsPCEx 2011) Diferentemente de outras atividades econômicas do Brasil-Colônia, a mineração foi submetida a um
rigoroso controle por parte da metrópole. Neste contexto:

[A] os Códigos Mineiros de 1603 e 1618 já impediam a livre exploração das minas, impondo uma série de condições e
restrições.
[B] as Intendências das Minas criadas pelo Regimento de 1702 impuseram um controle absoluto sobre toda a produção
mineradora, embora ainda estivessem subordinadas a outras autoridades coloniais.
[C] a cobrança do quinto foi facilitada com a criação das Casas de Fundição, no final do século XVII, onde o ouro era fundido
em barras timbradas com o selo real, embora a circulação do ouro em pó ainda fosse permitida.
[D] foram instalados postos fiscais em pontos estratégicos das estradas, com o objetivo de fiscalizar se o pagamento do
quinto havia sido realizado; cobrar impostos sobre a passagem de animais e pessoas e sobre a entrada de todas as
mercadorias transportadas para as Minas.
[E] a capitação foi um imposto que exigia do minerador o pagamento de uma taxa sobre cada um de seus escravos, do qual
ficavam isentos os faiscadores que não possuíam escravos.

Item A – ERRADO.
Desde o século XVII, a mineração já encontrava-se regulamentada. Os Códigos Mineiros de 1603 e 1618, admitia a livre
exploração das minas, impunha uma fiscalização rigorosa na cobrança do quinto (quinta parte do ouro extraído).

Item B – ERRADO.
O Regimento dos Superintendentes, Guardas-mores e Oficiais Deputados para as Minas de Ouro de 1720, determinava a
criação de uma Intendência de Minas, que impusera um controle sobre a produção mineradora em cada capitania em que
o ouro havia sido descoberto. Para maior controle, a intendência reportava-se diretamente ao Conselho Ultramarino, um
órgão criado em 1642, responsável por administrar a fazenda e controlar a Justiça das possessões portuguesas no Brasil e
na África.

22
QUESTÕES COMENTADAS DE HISTÓRIA

Item C – ERRADO.
A Casa de Fundição foi criada em 1720 com intuito de apertar o cerco aos sonegadores. Estabelecia que todo o ouro extraído
deveria ser levado a essa casa e fundido em forma de barra, da qual se deduzia automaticamente o quinto da Coroa. Nas
barras fundidas ficava impresso o selo real e só assim seria permitida a circulação de ouro.

Item D – CORRETO.
Para garantir o máximo de transferência da riqueza brasileira para Portugal, foram criados vários postos fiscais na estrada
com objetivo de garantir o pagamento do quinto do ouro extraído, pois naquela época era intenso o contrabando do ouro.
Além disso, toda a mercadoria que eram transportadas para abastecer as cidades de Minas, tinham que pagar impostos.

Item E – ERRADO.
Com a descoberta de ouro em Minas, o primeiro problema foi saber de que modo cobrar o quinto. Um deles foi a capitação
que consistia na cobrança do imposto que incidia sobre o número de escravos de cada minerador, seja ele da lavra (terrenos
cedidos para mineradores com grande número de escravos para exploração aurífera) ou faiscação (terrenos já explorados
cedidos a pequenos mineradores com pouco números de escravos). Esperava-se, com isso, a arrecadação correspondente
ao “quinto”.
Essa medida causou revoltas porque mineradores estavam sujeitos ao imposto mesmo que seus escravos não encontrassem
ouro algum.

07) (EsSA-2012) Ao longo dos séculos XVI, XVII e XVIII o Brasil estendeu consideravelmente seu território, o que obrigou o
estabelecimento de novos Tratados de Limites entre os Reinos Ibéricos.
Neste sentido, podemos afirmar que

A) o Tratado de Madri deu origem às Guerras Guaraníticas.


B) ficou estabelecido, no Tratado de Santo Ildefonso, o princípio de Uti possidetis.
C) Portugal, pelo Tratado de Badajós, assumiu o controle sobre o território da Guiana.
D) o Tratado de Utrecht, de 1713, reconheceu a posse da Colônia de Sacramento por Portugal.
E) o Tratado do Pardo reconheceu o direito exclusivo de Portugal navegar pelo rio Amazonas.

Comentário:
Segundo o Tratado de Madri (1750), ficou estabelecido o
princípio do uti possidetis, isto é, Portugal e Espanha
estabeleceram como critério a ocupação efetiva. Assim, a
Colônia do Sacramento pertenceria aos espanhóis e a
região dos Sete Povos das Missões (que ocupava a parte
do atual estado do Rio Grande do Sul) pertenceria os
portugueses. Entretanto, o acordo estabelecido pelo
Tratado de Madri não foi cumprido, devido à recusa dos
jesuítas espanhóis em entregarem os Sete Povos das
Missões aos portugueses. Instigados pelos jesuítas, os
indígenas moveram uma guerra contra os novos
ocupantes, as Guerras Guaraníticas, que se prolongaram
até 1767.

Item B – ERRADO.
Ficou estabelecido pelo Tratado de Santo Ildefonso
(1777), que Portugal renunciava à região dos Sete Povos
das Missões e a Colônia do Sacramento, em troca da ilha
de Santa Catarina, então pertencente a Espanha.
Item C – ERRADO.
Ficou estabelecido por Portugal, pelo Tratado de Badajós (1801), que seria retomado os termos do Tratado de Madri.
Portugal reconheceu a posse da Colônia do Sacramento e ficou com a posse dos Sete Povos das Missões.
Item D – ERRADO.
O Tratado de Utrecht (1713), estabeleceu que a França reconheceria o direito de Portugal navegar no rio Amazonas, em
troca do reconhecimento português da posse da Guiana pelos franceses.
23
QUESTÕES COMENTADAS DE HISTÓRIA

Item E – ERRADO.
Devido as Guerras Guaraníticas, o ministro português, marquês de Pombal, decidiu anular a cláusula do Tratado de Madri,
e se negou a entregar a Colônia do Sacramento, levando os países ibéricos a anularem o tratado anterior, o que se deu com
o Tratado do Pardo (1761).

08) (CN-2013) Em 2013 completa-se os 250 anos da transferência da capital do Vice-Reino do Brasil de Salvador para o Rio
de Janeiro.
Assinale a opção que apresenta um dos motivos dessa transferência.

(A) Evitar os ataques de piratas que havia em Salvador


(B) Aproximar a administração colonial da metrópole portuguesa
(C) Aumentar o controle português sobre as áreas mineradoras
(D) Diminuir a insegurança gerada pelos índios tamoios
(E) Combater revoltas anticoloniais eclodidas no Rio de Janeiro

Comentário:
Em 1763, o Marquês de Pombal, para combater o contrabando e fiscalizar melhor os tributos sobre a mineração, transferiu
a capital do Brasil de Salvador para o Rio de Janeiro.

GABARITO: C

09) (EsSA-2014) Entre as consequências da atividade mineradora na colônia do Brasil, nos séculos XVII e XVIII, é incorreto
afirmar que favoreceram:

A) o enfraquecimento do mercado interno. B) a integração econômica da colônia.


C) o povoamento da região das minas. D) a conquista do Brasil central.
E) o desenvolvimento urbano.

Comentário:
A atividade mineradora abriu um grande mercado interno.
A mineração foi responsável pela articulação econômica da colônia, integrando não apenas São Paulo, Rio de Janeiro e
Bahia, mas também, a região sulina como um todo.
Devido ao aumento populacional na região de minas para a exploração nas jazidas de ouro, desenvolveu-se nas principais
cidades de Minas Gerais à urbanização.
A exploração das minas de ouro, não ficavam restritas apenas nas províncias de Minas, mas também nas províncias de Mato
Grosso e Goiás.

GABARITO: A

REVOLTAS NATIVISTAS

01) (EsSA-2003) No início do século XVIII, a disputa pelo ouro da região das minas, entre os paulistas e mineradores
provenientes de outras regiões do Brasil e de Portugal, gerou um conflito que foi denominado:

a) Revolta de Beckman b) Revolta de Vila Rica c) Aclamação de Amador Bueno


d) Guerra dos Mascates e) Guerra dos Emboabas

Item A – ERRADO.
A revolta está ligada à atuação da Companhia Geral de Comércio do Maranhão que, por usufruir, de exclusividade comercial,
mantinha atividades de comércio que descontentavam os colonos.

Item B – ERRADO.
A revolta encontra-se na Criação da Casa de Fundição, que obrigava a fundição do ouro para garantir a cobrança do “quinto”.

24
QUESTÕES COMENTADAS DE HISTÓRIA

Item C – ERRADO.
Uma revolta ocorrida em São Paulo em 1641. Com a União Ibérica, a vila de São Paulo puderam ampliar seus domínios para
dentro da América Espanhola. Na Restauração do trono português, a coroa proibiu a escravização dos indígenas, pois
ameaça o lucro obtido pelo tráfico negreiro. Contra essa medida, o fazendeiro Amador Bueno, declarou São Paulo um reino
independente.
Mas a aclamação de Amador Bueno, não teve consequência sérias para São Paulo, pois era uma região marginalizada
economicamente e não tinha condições de lutar contra Portugal, mas a revolta serviu para demostrou a insatisfação dos
colonos com a metrópole portuguesa.

Item D – ERRADO.
A emancipação de Recife, em 1709, obtida devido à pressão dos comerciantes portugueses e que lhes dava estatuto de vila
independente deu início a este movimento.
Item E – CORRETO.
O fato mais importante deste movimento ocorreu no chamado Capão da Traição, no qual paulistas foram cercados e
massacrados, mesmo após terem se rendidos. A guerra ocorreu devido a disputas pelo ouro na região de Minas entre
paulistas e portugueses.

02) (EsPCEx 2006) No início do século XVIII, duas rebeliões ocorreram no Brasil, as quais não manifestaram ideia de se
conseguir a independência. Essas eram duas das chamadas revoltas nativistas, pois apenas contestavam alguns aspectos
específicos do Pacto Colonial, tendo um caráter regionalista.

Essas revoltas são:

[A] Inconfidência Mineira e Conjuração Baiana. [B] Guerra dos Farrapos e Insurreição Paranaense.
[C] Guerra dos Emboabas e Guerra dos Mascates. [D] Conjuração dos Alfaiates e Cabanagem.
[E] Balaiada e Sabinada.

Item A – ERRADO.
A Inconfidência Mineira (1789) e a Conjuração Baiana (1798) foram movimentos de caráter emancipacionistas, pois estão
relacionadas aos princípios iluministas.
A Inconfidência Mineira foi inspirada na independência dos Estados Unidos da América.
A Conjuração Baiana ou Revoltas dos Alfaiates foi inspirada na Revolução Francesa. (Ver Módulo 19).

Item B – ERRADO.
A Guerra dos Farrapos (1835-1845) ou Revolta Farroupilha tinha caráter emancipacionista. Entretanto, queriam separar-se
do Brasil já independente, ou seja, separar as suas províncias do Império Brasileiro. (Ver Módulo 27).
A Insurreição Paranaense nunca existiu.

Item C – CORRETO.
Guerra dos Emboabas (1708) foi uma revolta dos bandeirantes, descobridores das minas de ouro nas regiões de Minas
Gerais, contra os portugueses, que queriam ter o monopólio exclusivo da exploração do ouro. No final, a vitória foi dos
portugueses.

A Guerra dos Mascates (1710) está relacionada a crise do açúcar no sertão nordestino onde os senhores de engenho de
Olinda obtiveram empréstimos com os comerciantes de Recife. Devido a emancipação de Recife a província de Pernambuco,
os senhores de engenho se sentiram ameaços e declaram guerra aos portugueses comerciantes, chamados pejorativamente
de mascates. No final do conflito, os comerciantes portugueses foram beneficiados com a emancipação de Recife a
província.

Item D – ERRADO.
Cabanagem (1835-1840) foi uma revolta de caráter emancipacionista no período regencial, onde o objetivo era emancipar
o estado do Grão-Pará ao Império do Brasil. (Ver Módulo 27).

Item E – ERRADO.

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QUESTÕES COMENTADAS DE HISTÓRIA

Balaiada (1838-1841) foi um movimento de caráter emancipacionista ocorrido no sertão nordestino no período do Brasil
Império. (Ver Módulo 27).
A Sabinada (1837-1838) foi uma revolta que tinha o objetivo de criar uma república no Brasil, até o príncipe regente, D.
Pedro II, assumir a maioridade. (Ver Módulo 27).

03) (CN-2007) Correlacione os Movimentos Nativistas às suas características e assinale, a seguir, a opção que apresenta a
sequência correta

MOVIMENTOS

I – Revolta de Beckman II – Guerra dos Emboabas


III – Guerra dos Mascates IV – Revolta de Felipe dos Santos

CARACTERÍSTICAS

( ) O fato mais importante deste movimento ocorreu no chamado Capão da Traição, no qual paulistas foram cercados e
massacrados, mesmo após terem se rendido.
( ) A emancipação de Recife, em 1709, obtida devido à pressão dos portugueses e que lhes dava estatuto de vila
independente deu início a este movimento.
( ) O plano deste movimento, ocorrido na segunda metade do século XVIII em Minas Gerais, está intimamente ligado à
insatisfação dos colonos com a relação à atuação das chamadas Casas de Fundição.
( ) O movimento está ligado à atuação da Companhia Geral de Comércio do Maranhão que, por usufruir de exclusividade
comercial, mantinha atividades de comércio que descontentavam os colonos.
( ) Entre os resultados deste movimento, encontra-se a separação de Minas Gerais da Capitania de São Paulo e a
manutenção do funcionamento regular das Casas de Fundição.

(A) (II) (III) (IV) (I) (-) (B) (II) (IV) (I) (III) (-) (C) (I) (-) (IV) (III) (II)
(D) (II) (III) (-) (I) (IV) (E) (I) (IV) (III) (-) (II)

Comentário:
Apesar de parecer que a opção três é a Revolta de Felipe dos Santos, mas a “pegadinha” está na “segunda metade do século
XVIII”.
A Revolta Felipe dos Santos ocorreu em 1720, ou seja, na “primeira” metade do século XVIII.

GABARITO: D

04) (EsSA-2008) O episódio conhecido como "Capão da Traição" ocorreu na História do Brasil durante a:

A) Rebelião de Beckman B) Revolta dos Malês C) Guerra dos Mascates


D) Revolta de Felipe dos Santos E) Guerra dos Emboabas

Item A – ERRADO.
Revolta de Beckman foi um movimento liderado pelo fazendeiro Manuel Beckman em 1684 na região do Maranhão. O
motivo da revolta ocorreu devido a região do Maranhão ter dificuldade de escoar sua produção e obter gêneros
metropolitanos, e principalmente, escravos.
A criação da Companhia do Comércio do Estado do Maranhão, em 1682, que tinha o objetivo de resolver tais problemas, só
contribuiu para agravá-lo. Os colonos estavam insatisfeitos com a Companhia que detinham o monopólio e cobravam preços
arbitrários dos gêneros metropolitanos. A Companhia de Comércio não honrou com a quantidade de escravos que iriam ser
cedidos para os colonos, assim, a revolta eclodiu em 1684.
Os revoltosos depuseram o governo local e criaram um governo provisório. Thomas Beckman, irmão de Manuel, foi a Lisboa
apresentar as reivindicações. As reivindicações não foram atendidas por Portugal. Tomás Beckman e Manuel Beckman foram
presos e um novo governador foi mandado à Maranhão.

Item B – ERRADO.

26
QUESTÕES COMENTADAS DE HISTÓRIA

A Revolta dos Malês foi uma revolta de escravos africanos de origem islâmica ocorrida na noite de 24 para 25 de agosto de
1835, na cidade de Salvador.
Os escravos islâmicos sabiam ler e escrever, e planejaram formar em Salvador uma cidade islâmica através da rebelião.
Entretanto, um escravo fiel ao seu dono, deletou os seus amigos e na hora da revolta os escravos rebeldes foram capturados
e seus líderes mortos. (Ver Módulo 27).
“Malê” é o termo que se utilizava para designar um escravo islâmico.
Item C – ERRADO.
A Guerra dos Mascates ocorreu em 1710, na capitania de Pernambuco, devido ao confronto dos senhores de terra e de
engenhos pernambucanos, concentrados em Olinda, contra os comerciantes de Recife, chamados pejorativamente de
“mascates”.
Após a expulsão dos holandeses, a economia do açúcar entrou em crise devido à forte concorrência do açúcar holandês
produzido nas Antilhas. Esses senhores de engenhos em Olinda entraram em decadência e passaram a pegar empréstimos
com os comerciantes de Recife, que cobravam juros altíssimos. Entretanto os senhores de engenho não queriam aceitar a
emancipação de Recife, pois viam essa emancipação como ameaça as suas terras, devido as dívidas que eles tinham com os
comerciantes de Recife.
O povoado de Olinda se rebelou contra Recife, mas em 1711 a metrópole portuguesa interveio, prendendo os líderes da
revolta e emancipando Recife, fazendo dela a capital de Pernambuco.

Item D – ERRADO.
A Revolta de Felipe dos Santos também conhecido como Revolta de Vila Rica, ocorreu em 1720. A causa da revolta foi a
criação da Casa de Fundição que proibia a circulação do ouro em pó.
A Casa de Fundição obrigava que todo ouro em pó deveria ser fundido para garantir a cobrança do imposto, conhecido como
“o quinto”. Contra essa imposição da coroa portuguesa, o tropeiro português Felipe dos Santos, levantou um movimento
contra a cobrança. Entretanto, foi capturado e julgado a morte pelo Conde de Assumar.

Item E – CORRETO.
A Guerra dos Emboabas foi um confronto armado que ocorreu no período entre 1707 e 1709 pelo direito de exploração das
jazidas de ouro recém-descobertas pelos paulistas na região de Minas Gerais. Os bandeirantes paulistas exigiam a
exclusividade na exploração das jazidas. Já o grupo formado pelos portugueses, provenientes da Europa, chamados pelos
paulistas de “emboabas”, eram contrários a essa ideia.
O ponto final do conflito foi o episódio conhecido como “Capão da Traição”. Após a derrota dos paulistas na batalha campal
de Cachoeira do Campo, um grupo de paulista e indígenas foram cercados pelos emboabas. Estes exigiram a rendição dos
paulistas, prometendo poupar-lhes a vida caso depusessem as armas. Os paulistas se renderam, mas, mesmo assim, foram
massacrados pelos emboabas.

05) (EsPCEx 2009) A decisão de Portugal de recriar as Casas de Fundição, por onde todo o ouro extraído deveria
obrigatoriamente passar, é o motivo da

[A] Guerra dos Emboabas. [B] Guerra dos Mascates.


[C] Insurreição Pernambucana. [D] Revolta de Vila Rica.
[E] Inconfidência Mineira.

Comentário:
Revolta de Vila Rica, também é conhecida como a Revolta de Felipe dos Santos.
Felipe dos Santos foi um tropeiro português que ganhava muito dinheiro com o contrabando de ouro que existia em Minas.
Após a declaração que todo ouro deveria ser fundido e marcado com o selo real para garantir a cobrança do quinto e evitar
o contrabando pela criada Casa de Fundição, Felipe dos Santos se rebelou e acabou sendo capturado e condenado a morte.

GABARITO: D

O comentário acima responde os demais itens da questão.

06) (EsPCEx 2009) Esteve relacionado com as causas da Revolta de Beckman a(o)(s)

[A] elevação de Recife à condição de vila (município), o que provocou forte reação dos olindenses.

27
QUESTÕES COMENTADAS DE HISTÓRIA

[B] obstáculos que os jesuítas impunham à escravização dos indígenas.


[C] conflitos entre colonos em disputa pela riqueza aurífera.
[D] ideal republicanista, estando seus líderes influenciados pela Independência dos Estados Unidos.
[E] forte desejo de independência, inspirado nos ideais iluministas de igualdade e liberdade.

Item A – ERRADO.
A elevação de Recife à condição de município em 1709, está atrelada a Revolta dos Mascates que, provocou a reação dos
olindenses, dominada pelos senhores de engenho. Devido à queda do preço do açúcar no mercado europeu, os senhores
de engenhos pediram empréstimos aos comerciantes de Recife. Os comerciantes queriam ver Recife independente de
Olinda e, assim, não teriam de pagar-lhes impostos ou obedecer a suas ordens.

Item B – CORRETO.
Em meados do século XVII, o Maranhão estava com problemas devido à dificuldade de escoar a sua produção devido à
dificuldade de escoar a sua produção e de obter gêneros metropolitanos e, sobretudo escravos. A criação da Companhia do
Comércio do Estado do Maranhão em 1682, tinha objetivo resolver tais problemas, mas veio agravar ainda mais a situação.
A revolta eclodiu em 1684 liderada por Manuel Beckman, um abastado senhor de engenho. Os revoltosos aboliram o
monopólio da companhia, o governo local foi deposto e os jesuítas, velhos inimigos dos colonos por impedirem a escravidão
indígenas foram expulsos.

Item C – ERRADO.
O conflito entre portugueses e paulista pela exclusividade na exploração aurífera ocorreu em 1709, no chamado “Capão da
Traição”. O confronto violento entre paulistas e portugueses ficaram conhecidos como Guerra dos Emboabas.

Item D – ERRADO.
As revoltas emancipacionistas tinham o ideal de criar um sistema republicano no Brasil, mas a revolta que foi inspirada na
independência dos Estados Unidos foi a Inconfidência Mineira em 1789. (Ver Módulo 19).

Item E – ERRADO.
O forte desejo de independência inspirado pelos ideais iluministas de igualdade e liberdade da Revolução Francesa foi a
Conjuração Baiana de 1798, também conhecida como Revolta dos Alfaiates. (Ver Módulo 19).

07) (EsSA-2014) As lutas do período colonial são divididas em Revoltas Nativistas e Revoltas Emancipacionistas.
Entre essas últimas podemos incluir a

A) Revolta de Vila Rica. B) Revolta de Palmares. C) Revolta dos Alfaiates.


D) Revolta dos Mascates. E) Revolta de Amador Bueno.

Comentário:
As duas únicas revoltas emancipacionistas que ocorreu no Brasil Colonial foram: Inconfidência Mineira (também chamada
de Conjuração Mineira - 1789) e Revolta dos Alfaiates (também chamada de Conjuração Baiana 1798).
Antes disso, todas as revoltas foram denominadas nativistas, sem caráter de separar-se da metrópole portuguesa. (Ver
Módulo 18).

Item A – ERRADO.
A Revolta de Vila Rica (também chamada de Revolta de Felipe dos Santos - 1720) foi uma revolta liderada pelo tropeiro
português contra a criação das Casas de Fundição.

Item B – ERRADO.
A Revolta dos Palmares (também chamada de Guerra dos Palmares) foi um conjunto de ações militares que culminou na
erradicação do Quilombo dos Palmares. Após a morte de seu líder, Zumbi dos Palmares, em 1695, a resistência palmarina
durou até 1710, quando o quilombo se desfez por completo.

Item D – ERRADO.

28
QUESTÕES COMENTADAS DE HISTÓRIA

Revolta dos Mascates foi um confronto entre senhores de engenhos, concentrados em Olinda, contra os comerciantes de
Recife entre 1708 e 1710.

Item E – ERRADO.
Revolta de Amador Bueno (também chamada de Aclamação de Amador Bueno - 1641) questionava o fim da União Ibérica,
porque não permitia mais aos colonos paulistas a interiorizar, ou seja, passar dos limites impostos pelo Tratado de
Tordesilhas que pertenciam a coroa espanhola.
08) (CN-2016) Em 1682, foi criada a Companhia Geral do Comércio do Estado do Maranhão, com o objetivo de controlar os
atritos entre fazendeiros e religiosos na disputa pelo trabalho indígena, mais barato que o africano, e incentivar a produção
local... A companhia venderia aos habitantes do Maranhão produtos europeus, como azeite, vinho e tecidos, e deles
compraria o que produzissem, como algodão, açúcar, madeira e as drogas do sertão, para comercializar na Europa. Também
deveria fornecer à região quinhentos escravos por ano, uma fonte alternativa de mão de obra, diante da resistência jesuítica
em permitir a escravidão de nativos. Os preços cobrados pela companhia, entretanto, eram abusivos, e ela não cumpria os
acordos, como o fornecimento de escravos.
VICENTINO, Cláudio e DORIGO, Gianpaolo - História Geral e do Brasil - Editora Scipione, SP, 2010 ~ p. 358

O texto acima descreve uma situação que colaborou para o acontecimento de um conflito, no período colonial brasileiro
ocorrido na segunda metade do século XVII, que ficou conhecido como

(A) Revolta de Beckman. (B) Guerra dos Mascates. (C) Guerra dos Emboabas.
(D) Revolta de Felipe dos Santos. (E) Revolta de Amador Bueno.

Item B - ERRADO:
A Guerra dos Mascates ocorreu em 1708 em Pernambuco. Foi uma disputa dos senhores de engenho de Olinda contra a
emancipação da cidade de Recife liderada pelos comerciantes portugueses.

Item C - ERRADO:
A Guerra dos Emboabas ocorreu em 1708 em Minas Gerais. Foi uma disputa entre paulistas e portugueses pela exclusividade
na exploração de ouro na região de Minas.

Item D - ERRADO:
A Revolta de Felipe dos Santos, também conhecida como Revolta de Vila Rica ocorreu em 1720, em Minas Gerais. O tropeiro
português Felipe dos Santos se rebelou contra a criação da Casa de Fundição.

Item E - ERRADO:
Revolta de Amador Bueno (também chamada de Aclamação de Amador Bueno - 1641) questionava o fim da União Ibérica,
porque não permitia mais aos colonos paulistas a interiorizar, ou seja, passar dos limites impostos pelo Tratado de
Tordesilhas que pertenciam a coroa espanhola

REVOLTAS EMANCIPACIONISTAS

01) (CN-2007) Acerca da Conjuração Baiana (1789), é correto afirmar que

(A) A Coroa Portuguesa, diante da possibilidade de ocorrer um movimento semelhante ao observado no processo de
independência do Haiti, atuou com a extrema violência executando todos os membros envolvidos na revolta.
(B) O objetivo dos conjurados era, entre outros, deslocar mão-de-obra da cidade para o campo com a finalidade de
promover o renascimento da agricultura da cana-de-açúcar na região.
(C) A direção do movimento era formada unicamente por pessoas pobres, e em suas propostas havia a defesa da extinção
da escravidão e do preconceito contra negros e mulatos.
(D) Os conspiradores desejavam a autonomia do Brasil, mas divergiam quanto às mudanças da estrutura interna levando
vários membros da elite local a se retirarem quando as camadas populares passaram a defender o fim de certos privilégios
e da escravidão.

29
QUESTÕES COMENTADAS DE HISTÓRIA

(E) A introdução do trabalho livre em substituição à mão-de-obra escrava e à indenização aos grandes proprietários
escravagistas era defendida de forma intransigente pelas lideranças populares do movimento.

Item A - ERRADO:
A extrema violência da execução dos membros envolvidos NÃO está relacionado na independência do Haiti, mas sim, na
forte ameaça da quebra do sistema colonial português.
A Revolta do Haiti foi um movimento realizado por escravos. A Conjuração Baiana foi realizada por soldados, negros livres,
pedreiros, sapateiros e profissionais como alfaiates (na sua grande maioria), por isso foi chamado também de Revolta dos
Alfaiates.

Item B - ERRADO:
Os conjurados NÃO tinham essa finalidade. A finalidade principal era libertar os escravos e fundar uma república na Bahia
e separar da metrópole portuguesa.
Item C - ERRADO:
Que absurdo. Não havia a defesa do preconceito contra os negros e mulatos, já que a maioria dos conjurados eram negros
e mulatos.
Item E - ERRADO:
NÃO fazia parte do projeto dos conjurados a indenização dos proprietários escravagistas.

02) (EsPCEx 2007) A Família Real Portuguesa, fugindo das tropas de Napoleão Bonaparte, trouxe para o Brasil uma corte
parasitária, composta por 15.000 pessoas.
Para custeá-la, as despesas com o serviço público aumentaram e o governo, para compensar, criou novos impostos, o que
gerou protestos organizados e um movimento armado de grandes proporções.
Tal movimento foi a

[A] Revolução Constitucionalista do Porto.


[B] Revolução Pernambucana. [C] Conjuração Baiana.
[D] Cabanagem. [E] Conjuração dos Alfaiates.

Comentário:
Foi a Revolução Pernambucana em 1817 que tentou se emancipar devido a imposição de novos impostos por parte de D.
João VI para custear a sua corte.
Em Pernambuco, no ano anterior houve uma grande seca que diminuiu a produção de gêneros alimentícios levando grande
parte da população a miséria e fome.
Foi a única revolta que ocorreu no período Joanino (1808-1821).(Ver Módulo 20).

Item A – ERRADO.
Em agosto de 1820, comerciantes da cidade portuguesa do Porto, lideram um movimento conhecido como Revolução
Constitucionalista do Porto. Vitoriosos, os revoltosos conquistaram o poder em Portugal e decidiram elaborar uma
Constituição de caráter liberal, limitando os poderes de D. João VI. Os revoltosos pretendiam também recolonizar o Brasil.
D. João VI, adiou o quanto pôde o seu regresso à Europa, mas tropas portuguesas estacionadas no Rio de Janeiro, porém,
obrigaram-no a decidir a voltar para Portugal no dia 26 de abril de 1821.

Item C e E – ERRADO.
A Conjuração Baiana foi um movimento de caráter emancipacionista ocorrida em 1798. Foi promovido por soldados, negros
livres e profissionais como alfaiates, pedreiros e sapateiros, motivo pelo qual esse movimento ficou conhecido pelo nome
de Revolta dos Alfaiates. Os planos dos revoltosos incluíam: o fim da dominação portuguesa sobre o Brasil; a proclamação
de uma república democrática; a abolição da escravatura; o aumento da remuneração dos soldados; a abertura dos portos
brasileiros aos navios de todas às nações e a melhoria das condições de vida da população.

Item D – ERRADO.
Cabanagem foi uma grande revolta popular que aconteceu no Pará, entre 1835 e 1840. Ficou conhecida por esse nome
porque dela participou uma multidão de cabanos – homens e mulheres pobres, negros, índios e mestiços que trabalhavam
na extração de produtos da floresta e viviam em casas semelhantes a cabana, à beira dos rios. Os cabanos se rebelaram
contra a situação de miséria em que viviam e contra os responsáveis por sua exploração. (Ver Módulo 27).
30
QUESTÕES COMENTADAS DE HISTÓRIA

03) (EsPCEx 2008) “No final do século XVIII, começaram a ocorrer movimentos de emancipação política no Brasil-Colônia,
como a Inconfidência Mineira e a Conjuração Baiana”
(COSTA; MELLO, 2006).

Contribuiu(íram) para o surgimento desses movimentos

[A] as ideias dos padres jesuítas, que defendiam a igualdade entre brasileiros e portugueses, e o liberalismo econômico
colocado em prática pelo Marquês de Pombal, a partir de 1750.
[B] os ideais do Iluminismo e a reação ao aumento da opressão econômica de Portugal sobre o Brasil, representados pela
taxação severa sobre o ouro das “Gerais” e a proibição de manufaturas.
[C] as rebeliões de escravos, que eram apoiados pelos homens livres pobres da colônia.
[D] as guerras que aconteciam neste momento na Europa, que enfraqueciam o governo português.
[E] o decidido apoio americano a estes movimentos, em armas e dinheiro, após o término da guerra de Independência dos
Estados Unidos.

Comentário:
A Inconfidência Mineira e a Conjuração Baiana foram revoltas emancipacionista influenciada pelos ideais iluministas.
Entretanto, apresentação caráter diferentes.
Enquanto a Inconfidência Mineira foi arquitetada por influência da Revolução Americana (Independência dos Estados
Unidos), ou seja, tornar-se independente da metrópole mas sem alterar a estrutura social – a escravidão.
Já a Conjuração Baiana, foi influenciada pela Revolução Francesa, que não só reivindicava a separação da colônia entre a
metrópole, mas uma mudança na estrutura social, ou seja, a abolição da escravatura e o sufrágio universal.

Outro fator importante, a Inconfidência Mineira foi arquitetada pela elite mineira, enquanto a Conjuração Baiana foi pela
camada pobre da Bahia.

Item A – ERRADO.
Os padres jesuítas não defendiam igualdade entre brasileiros e portugueses e, Marquês de Pombal, não adotou o liberalismo
econômico, pelo contrário, no seu governo ele aumentou o arrocho fiscal sobre a colônia brasileira.
Item C – ERRADO.
As rebeliões de escravos não eram apoiadas por todos os homens livres da Colônia.
A única revolta no século XVIII que defendiam a abolição foi a Conjuração Baiana, também chamada de Revolta dos Alfaiates.

Item D – ERRADO.
As guerras que estavam acontecendo na Europa eram as Coligações contra os revolucionários franceses, isso não tem nada
a ver com as revoltas emancipacionista que ocorreram na Colônia.

Item E – ERRADO.
Os americanos NÃO apoiaram os inconfidentes em dinheiro e muito menos em armas.

04) (EsSA-2011) No ano de 1817, na Província de Pernambuco, deu-se uma revolta contra o governo de D. João VI que ficou
conhecida como

A) Revolução Liberal. B) Cabanagem.


C) Confederação do Equador. D) Revolta dos Alfaiates.
E) Revolução Pernambucana.

Comentário:
Em Pernambuco, muitos moradores estavam revoltados com o crescente aumento de impostos que serviam para sustentar
o luxo da parasitária Corte portuguesa instalada no Rio de Janeiro. Além disso, outros problemas afetavam os habitantes da
região. A grande seca de 1816 causou graves prejuízos a agricultura e provocou fome no nordeste. Os preços do açúcar e
do algodão estavam caindo no mercado internacional, devido à forte concorrência do açúcar antilhano e do algodão norte-
americano. Tudo isso serviu para dar início a uma revolta contra o governo de D. João VI, que ficou conhecido como
Revolução Pernambucana.

31
QUESTÕES COMENTADAS DE HISTÓRIA

D. João, combateu violentamente a Revolução Pernambucana, enviado para região tropas, armas e navios. Os rebeldes
foram duramente atacados, e depois de muita luta, acabaram por se entregar.

Item A – ERRADO.
A Revolução Liberal ocorreu em agosto de 1820, por comerciantes portugueses da cidade do Porto. Essa revolução
espalhou-se rapidamente por Portugal e encontrou apoio em diversos setores da população. Os revoltosos conquistaram o
poder em Portugal, elaboraram uma Constituição – limitando os poderes do monarca – e exigiram a volta do rei para jurar
a nova Constituição. Devido a ameaça das tropas portuguesas estacionadas no Rio de Janeiro, D. João VI, decidiu voltar para
Portugal em 26 de abril de 1821, deixando o seu filho Pedro. (Ver Módulo 20).

Item B – ERRADO.
A Cabanagem foi uma grande revolta popular que aconteceu no Pará, entre 1835 e 1840, no Período Regencial. Ficou
conhecida por esse nome porque dela participou uma multidão de cabanos – homens e mulheres pobres, negros, índios e
mestiços que trabalhavam na extração de produtos das florestas e viviam em casas semelhantes a cabanas, à beira dos rios.
Os cabanos rebelaram-se contra a situação de miséria em que viviam e contra os responsáveis por sua exploração. Os
cabanos tomaram o poder, mas tiveram grande dificuldade de governar. Tudo isso facilitou a repressão violenta comandada
por tropas enviadas pelo governo do Rio de Janeiro. Calcula-se que tenham sido mortos mais de 30 mil revoltosos. (Ver
Módulo 27).

Item C – ERRADO.
A Confederação do Equador ocorreu em julho de 1824, por membros da elite agrária e pequenos comerciantes de
Pernambuco contra as atitudes autoritárias de D. Pedro I, contra a instituição do Poder Moderador de 1824 e a censura da
imprensa.
Devido à queda da exportação do açúcar e ao estado de miséria que o restante da população passava, esses grupos se
reuniram em torno de ideias contrária à monarquia e a centralização do poder. Os líderes defendiam um regime republicano
e um poder descentralizado. Com dinheiro emprestado de banqueiros britânicos, D. Pedro I contratou a esquadra naval do
mercenário escocês lorde Cochrane e enviou por terra uma força terrestre comandada pelo brigadeiro Francisco de Lima e
Silva (pai de Duque de Caxias). Atacados por terra e mar, os revoltosos da Confederação foram derrotados. (Ver Módulo
26).

Item D – ERRADO.
Em 1798 ocorreu um movimento revolucionário na Bahia, que diferia do movimento mineiro ocorrido quase dez anos atrás,
por um motivo fundamental: foi promovido por brancos e negros pobres. Alguns homens ricos e letrados que participaram
da conjuração se afastaram do movimento quando perceberam o seu alcance popular. Participaram da Conjuração Baiana
soldados, negros livres e profissionais como alfaiates, pedreiros e sapateiros, motivo pelo qual esse movimento também
ficou conhecido pelo nome de Revolta dos Alfaiates.
Os planos dos revoltosos incluíam: o fim da dominação portuguesa no Brasil, a proclamação de uma república democrática,
à abolição da escravatura, aumento da remuneração dos soldados, abertura dos portos brasileiros aos navios de todas as
nações (fim do pacto colonial), e a melhoria das condições de vida da população.

05) (EsSA-2011) Em 1798, surgiu na Bahia um movimento rebelde conhecido como Conjuração Baiana ou Revolta dos
Alfaiates, que contou com a participação das camadas sociais mais humildes.
Esse movimento

A) pretendia fundar uma universidade e aproveitar as jazidas de ferro da região.


B) contava, no plano político, com elementos adeptos da monarquia constitucional.
C) defendia o estímulo à produção de couro e charque, principais produtos da Bahia.
D) foi o primeiro movimento de rebeldia no Brasil a questionar o Pacto Colonial.
E) defendia a abolição da escravatura e o aumento da remuneração dos soldados.

Comentário:
Em 1798 ocorreu um movimento revolucionário na Bahia, que diferia do movimento mineiro ocorrido quase dez anos atrás,
por um motivo fundamental: foi promovido por brancos e negros pobres. Alguns homens ricos e letrados que participaram
da conjuração se afastaram do movimento quando perceberam o seu alcance popular. Participaram da Conjuração Baiana
soldados, negros livres e profissionais como alfaiates, pedreiros e sapateiros, motivo pelo qual esse movimento também
ficou conhecido pelo nome de Revolta dos Alfaiates.
32
QUESTÕES COMENTADAS DE HISTÓRIA

Os planos dos revoltosos incluíam: o fim da dominação portuguesa no Brasil, a proclamação de uma república democrática,
à abolição da escravatura, aumento da remuneração dos soldados, abertura dos portos brasileiros aos navios de todas as
nações (fim do pacto colonial), e a melhoria das condições de vida da população.

Item A – ERRADO.
O movimento NÃO pretendia fundar universidades e não havia na Bahia jazidas de exploração de ferro.

Item B – ERRADO.
Os líderes do movimento tinham como plano político elementos de uma república democrática inspirados pelos ideais da
Revolução Francesa.

Item C – ERRADO.
A revolta que defendia o estímulo à produção de couro e charque foi a Revolução Farroupilha em 1835 à 1845, no Rio
Grande do Sul. (Ver Módulo 27).

Item D – ERRADO.
O primeiro movimento a questionar o pacto colonial foi a Conjuração Mineira (Inconfidência Mineira) em 1789.

06) (EsPCEx 2012) No Brasil colônia, particularmente no séc. XVIII, ocorreram dois movimentos revolucionários que ficaram
conhecidos como Inconfidência Mineira (1789) e Conjuração Baiana (1798).

Quais características são comuns entre eles?

[A] A influência do pensamento iluminista e a participação maciça de pessoas da elite da sociedade local.
[B] Foram inspiradas pelo lema Liberdade, Igualdade e Fraternidade e pretendiam acabar com a escravidão.
[C] Queriam romper com a dominação colonial e tiveram influência do pensamento iluminista.
[D] Foram sufocadas sem grande derramamento de sangue, pois havia grande participação de pessoas ligadas à elite da
sociedade local.
[E] Pretendiam acabar com a escravidão e estabelecer a independência política do Brasil.

Comentário:
A Inconfidência Mineira (1789) foi um movimento contra as autoridades portuguesas e a cobrança do derrama (cobrança
forçada dos impostos atrasados) realizado por membros da elite de Minas. Boa parte dos líderes intelectuais conheciam os
aspectos do pensamento de filósofos iluministas e inspirados na Independência dos Estados Unidos. Um dos poucos
participantes da Inconfidência que não fazia parte da elite econômica mineira foi Joaquim José da Silva Xavier, apelidado de
Tiradentes. A Inconfidência Mineira não foi uma revolta de caráter popular. Visava basicamente o fim da opressão
portuguesa, que prejudicava a elite mineira. Não tinham como finalidade de acabar com a exploração social interna - a
escravidão, por exemplo – que atingia a maioria da população. Informado sobre a conspiração, o visconde de Barbacena,
suspendeu o derrama e prendeu todos os envolvidos. Os participantes foram julgados e condenados a degredo perpétuo
em colônias portuguesas na África, apenas Tiradentes teve a condenação à morte.

A Conjuração Baiana (1798) foi promovida por brancos e negros pobres. Alguns homens ricos e letrados que participavam
da conjuração se afastaram do movimento quando perceberam o seu alcance popular. Participaram da conjuração,
soldados, negros livres, profissionais como alfaiates, pedreiros e sapateiros, motivo pelo qual esse movimento também foi
chamado de Revolta dos Alfaiates. Os planos dos revoltosos incluíam: o fim da dominação portuguesa sobre o Brasil, à
proclamação de uma república democrática, a abolição da escravatura, aumento da remuneração dos soldados, abertura
dos portos brasileiros a navios de outras nações. Inspirados pelas ideais liberdade, igualdade e fraternidade da Revolução
Francesa. No final mais de 30 participantes do movimento foram presos e processados. Ao final, as penas mais severas
recaíram sobre os líderes mais pobres, que foram enforcados e esquartejados em seguida. Com métodos violentos de
repressão, o governo espalhava pânico entre os possíveis opositores do sistema colonial.

GABARITO: C

O comentário acima responde os demais itens da questão.

33
QUESTÕES COMENTADAS DE HISTÓRIA

07) (EsSA-2013) A respeito da Inconfidência Mineira, ocorrida no Brasil Colônia em 1789, pode ser afirmado com correção
que

A) a extinção da escravidão no Brasil era defendida pelo movimento inconfidente.


B) entre os projetos dos inconfidentes estava o fechamento dos engenhos e minas.
C) a coroa portuguesa propôs a anistia de todos os revoltosos e o perdão das dívidas em troca da rendição incondicional
dos inconfidentes.
D) a rebelião foi desencadeada em um contexto marcado pela diminuição da produção aurífera e o aumento da cobrança
de impostos.
E) as lideranças do movimento defendiam a extinção da propriedade privada.

Item A – ERRADO.
Claro que não. O único movimento que ocorreu no Brasil no século XVIII que defendia a extinção da escravidão foi a
Revolução dos Alfaiates (Conjuração Baiana). Os inconfidentes mineiros queriam se separar de Portugal, mas manter a
estrutura social da época.

Item B – ERRADO.
Não fazia parte do projeto dos inconfidentes fechar minas ou engenho. Ainda mais no final do século XVIII, onde a produção
aurífera diminuiu devido ao esgotamento das minas.

Item C – ERRADO.
A Coroa Portuguesa não foi benevolente com os inconfidentes. Condenou Tiradentes a morte e mandou para o exílio na
África os demais inconfidentes.

Item D – CORRETO.
Com o declínio na produção aurífera e para compensar as perdas nas arrecadações de impostos (o quinto) foi declarado a
derrama (pagamento de 100 arroubas de ouro por ano) que desencadeou em revoltas incontroláveis. No dia 14 de março
de 1789, o governador Barbacena suspendeu a derrama à Câmara Municipal de Vila Rica, após a traição do inconfidente
Joaquim Silvério dos Reis, que em troca do perdão das dívidas delatou os seus colegas. Visconde de Barbacena começou a
agir cautelosamente, e no mês de maio foram efetuadas as prisões e iniciando-se a devassa.

Item E – ERRADO.
Claro que não. Os líderes da Inconfidência Mineira eram proprietários de minas de exploração aurífera e ligados a
maçonaria, jamais iriam extinguir a propriedade privada.

08) (EsPCEx 2015) No fim do Século XVIII, era grande a insatisfação com a carestia e a opressão colonial. A isso se somava a
simpatia que muitas pessoas demonstravam em relação às lutas pela emancipação do Haiti (1791-1804) e à Revolução
Francesa (1789). Para difundir esta ideia fundou-se a loja maçônica Cavaleiros da Luz.

Em agosto de 1798, alguns conspiradores afixaram em muros e postes da cidade manifestos exortando a população à
revolução. Os panfletos pregavam a proclamação da República, a abolição da escravidão, melhores soldos para os militares,
promoção de oficiais, liberdade de comércio, etc.

Denunciado por um traidor, o movimento foi esfacelado. Alguns participantes foram presos, outros fugiram e quatro foram
condenados à morte: Luís Gonzaga das Virgens, Lucas Dantas de Amorim Torres, João de Deus do Nascimento e Manuel
Faustino dos Santos.
(Adaptado de ARRUDA & PILETTI, p.351)

O texto acima descreve, em parte, a

[A] Revolta dos Alfaiates, ocorrida em Salvador, Bahia.


[B] Inconfidência Mineira, desencadeada em Ouro Preto, Minas Gerais.
[C] Revolta de Beckman, que teve por palco São Luís, Maranhão.
34
QUESTÕES COMENTADAS DE HISTÓRIA

[D] Confederação do Equador, ocorrida em Recife, Pernambuco.


[E] Cabanagem, ocorrida em Belém, Pará.

Comentário:
A Conjuração Baiana foi a mais popular das revoltas emancipacionista, dela participando sapateiros, escravos, ex-escravos,
soldados e vários alfaiates, motivo pelo qual ficou conhecida como Revolta dos Alfaiates, além de padres, médicos e
advogados.
A transferência da capital para o Rio de Janeiro em 1763, acarretou a dificuldades econômicas para cidade de Salvador,
onde vivia uma população miserável e sobrecarregada de tributos. O sucesso da independência dos Estados Unidos, as
realizações da Revolução Francesa e a rebelião pela independência do Haiti, propagaram na Bahia os ideais de liberdade,
igualdade e fraternidade, por intermédio dos intelectuais e profissionais liberais, empolgando parcela da população de
Salvador.
Por meio de encontros secretos da organização maçônica Cavaleiros da Luz, de Salvador, diversos líderes discutiam os
princípios revolucionários e preparavam uma conspiração contra as autoridades da metrópole portuguesa, com a
participação de membros da elite baiana e, principalmente das camadas mais pobres da sociedade baiana. Os conspiradores
pregavam a proclamação de um governo republicano, democrático e livre de Portugal, a liberdade de comércio, e boa parte
deles defendiam o fim da escravidão.
Os conspiradores divergiam quanto ás mudanças da estrutura interna, levando vários membros da elite local a se retirarem
do movimento, quando as camadas populares passaram a enfatizar a luta contra os privilégios senhoriais e contra a
escravidão.
Os revoltosos espalharam por Salvador cartazes provocativos, em 12 de agosto de 1798, enquanto o então governador de
Pernambuco, D. Fernando José de Portugal, iniciava a repressão ao movimento frustrando as provocações impostas pelos
cartazes. Denunciada ás autoridades portuguesas por alguns traidores, o motim teve muitos de seus envolvidos presos.
Entre os participantes mais pobres, muitos foram condenados aos castigos corporais e outros foram enforcados e
esquartejados, tendo partes de seus corpos espalhadas pela cidade de Salvador. Quanto aos envolvidos pertencentes à elite
baiana, alguns foram inocentados e outros foram mandados para o exílio.

GABARITO: A

09) (CN-2015) Pernambuco foi um verdadeiro “barril de pólvora” ao longo da história política do Brasil, desde o período
colonial até o Segundo Reinado. Pelas mais variadas razões e circunstâncias, ocorreram nesta região alguns movimentos de
rebelião contra o sistema político vigente. Dentre esses diversos movimentos é correto afirmar que

(A) A Insurreição Pernambucana (1645-1654) eclodiu em razão dos desentendimentos entre luso-brasileiros e os
holandeses devido à mudança na política econômica exercida pelo Conde Maurício de Nassau que proibiu a instalação
das Câmaras dos Escabinos.
(B) A Confederação do Equador ocorrida em 1824, e que se espanhol para várias regiões do nordeste, foi um movimento
contrário ao absolutismo de D. Pedro I devido, sobretudo, à emenda constitucional conhecida como Ato Adicional.
(C) A Revolução Pernambucana em 1817 foi um movimento que teve como uma das principais causas a contestação ao
aumento da carga tributária em parte para custear as despesas da corte Joanina no Rio de Janeiro.
(D) A Guerra dos Mascates (1710-1711) que envolveu a elite açucareira recifense e a elite comercial de Olinda eclodiu em
razão do descontentamento dos mascates quanto à autonomia de Recife em relação à Olinda.
(E) A Revolução Praiera (1848-1850) está inserida em um contexto de insatisfação em relação ao governo regencial devido
à forte centralização imposta pelo partido Conservador.

Item A – ERRADO:
Os desentendimentos entre luso-brasileiros e holandeses desencadeou um longo processo de rebelião conhecido como
Insurreição Pernambucana que teve início em 1645 e terminou com a derrota dos holandeses em 1654.
No governo de Nassau, a Nova Holanda, seguiu o esquema administrativo da metrópole holandesa, ou seja, foram
organizadas as Câmaras dos Escabinos, que substituía as Câmaras Municipais. (Ver Módulo 16).

Item B – ERRADO:
A Confederação do Equador ocorrida em 1824, em Pernambuco, foi um movimento contrário ao absolutismo de D. Pedro I,
devido a sobretudo, ao descontentamento contra a nomeação de Pais Barreto como presidente da província, no lugar de
Manuel Carvalho, que fazia oposição ao governo imperial.

35
QUESTÕES COMENTADAS DE HISTÓRIA

O Ato Adicional foi realizado em 12 de agosto de 1834 (dez anos depois da Confederação), que consistia em transforma a
Regência Trina em Una.
(Ver Módulo 27).

Item C – CORRETO:
A Revolução Pernambucana ocorrida em Pernambuco em 1817, está atrelada a contestação ao aumento da carga tributária
para custear as despesas da corte parasitária portuguesa no Rio de Janeiro.

Item D – ERRADO:
A Guerra dos Mascates ocorrida em Pernambuco no período de 1710 e 1711, envolveu a elite açucareira de Olinda e a elite
comercial de Recife eclodiu em razão do descontentamento dos senhores de engenho de Olinda quanto a autonomia
(emancipação) de Recife em relação à Olinda. (Ver Módulo 18). (Cuidado com a maldade da questão, eles inverteram a
cidade e os envolvidos).

Item E – ERRADO:
A Revolução Praieira (1848-1850) ocorrida em Pernambuco está inserida no contexto de insatisfação em relação ao governo
imperial de D. Pedro II. O governo regencial foi de 1831 à 1840. (Ver Módulo 28).

PERÍODO JOANINO (1808-1821)

01) (EsSA-2007) No dia 22 de janeiro de 1808, D. João chegou à Bahia. Seis dias depois, cumpriu o que havia prometido aos
ingleses ao:

A) elevar o Brasil ao Reino Unido a Portugal e Algarves.


B) decretar o Bloqueio Continental à França.
C) permitir a indústria no Brasil.
D) decretar aberturas dos portos brasileiros às nações amigas.
E) decretar o Tratado de Tordesilhas

Comentário:
A Inglaterra comprometeu em proteger o reino português da invasão do exército de Napoleão e escoltar a família real
portuguesa até o Brasil.
Em troca, o príncipe regente, D João, abriria os portos brasileiros às nações amigas da Inglaterra. Esse decreto foi assinado
em 28 janeiro de 1808, em Salvador, logo após o desembarque da família real, pondo fim ao Pacto Colonial.

Item A – ERRADO.
O Brasil foi elevado à categoria de Reino Unido a Portugal e Algarves em 1815, devido a imposição do Congresso de Viena
após as guerras napoleônicas. (Ver Módulo 22).

Item B – ERRADO.
O Bloqueio Continental foi uma estratégia utilizada por Napoleão Bonaparte, o então imperador da França, que consistia em
fechar todos os portos, de todos os países da Europa ao comércio inglês em 1806.(Ver Módulo 22).

Item C – ERRADO.
O primeiro surto de industrialização no Brasil iniciou a partir de 1844, com a Tarifa Alves Branco. Era uma tarifa protecionista
que incentivou a elite agrária do Brasil a investirem os seus lucros na industrialização.

Item E – ERRADO.
O Tratado de Tordesilhas foi decretado em 1494, que consistia em dividir o recém continente descoberto (América) pelas
duas coroas ibéricas - Portugal e Espanha. (Ver Módulo 04).

36
QUESTÕES COMENTADAS DE HISTÓRIA

02) (CN-2009) Leia o texto abaixo.

A Guarda Real de Polícia

No início do século XIX, como consequência da campanha Napoleônico de conquista do continente europeu, a Família Real
portuguesa, juntamente com a sua corte, decidem-se mudar para o Brasil. Aqui chegando, a Corte instalou-se na cidade do
Rio de Janeiro iniciando a reorganização do Estado no dia 11 de março de 1808, com nomeação de Ministros. (...) Em 13 de
maio de 1809, (...) D. João VI criou a DIVISÃO MILITAR DA GUARDA REAL DA POLÍCIA DA CORTE (DMGRP), sendo esta
formada por 218 guardas com armas e trajes idênticos aos da Guarda Real da Polícia de Lisboa.
(Adaptado de http://www.policiamilitar.rj.gov.br/historia.asp)

Em 2009 comemora-se os 200 anos da Polícia Militar. Ela surgiu a partir da criação da Guarda Real da Polícia. Pode-se afirmar
que a mesma surge no momento que

(A) A cidade do Rio de Janeiro transformava-se na sede da administração portuguesa, passando por um conjunto de
mudanças que visavam adaptá-la a sua nova funcionalidade.
(B) A chegada da Família Real portuguesa representava uma ameaça para cidade que sofria o risco iminente de invasão
pelas tropas de Napoleão Bonaparte, através da Guiana Francesa.
(C) Se observa o aumento do número de quilombos nos arredores da cidade, onde se destacava o Quilombo de Palmares,
sendo necessário homens preparados para recuperar os escravos fugitivos e reempossá-los aos seus senhores legítimos.
(D) A presença da Corte criava um grande contingente de pessoas desocupadas na cidade e que foram responsáveis pela
Revolta do Vintém, em função do desemprego gerado pela abertura dos portos às nações amigas.
(E) A chegada da Família Real provocava uma revolta popular entre os moradores da cidade, que foram expulsos de suas
casas, as quais foram demolidas para dar lugar a construção da nova sede do governo português.

Comentário:
Em 13 de maio (aniversário do príncipe regente D. João) de 1809, foi criado no Rio de Janeiro, a Guarda Real da Polícia,
responsável pela segurança pública da cidade, pois o Rio de Janeiro transformou-se na sede oficial da administração real.

Item B - ERRADO:
NÃO HAVIA NENHUMA AMEAÇA para Família Real Portuguesa na cidade do Rio de Janeiro.

Item C - ERRADO:
NÃO HOUVE AUMENTO DE NÚMEROS DE QUILOMBOS arredores da cidade do Rio de Janeiro.

Item D - ERRADO:
NÃO EXISTIA UM GRANDE CONTIGENTE DE PESSOAS DESOCUPADAS, já que a grande maioria da população era escrava.
Calcula-se que na época, para cada três pessoas, dois eram escravos.

Item E - ERRADO:
NÃO HOUVE NENHUMA REVOLTA POPULAR com a chegada da Família Real na cidade do Rio de Janeiro.

03) (EsPCEx 2009) “A primeira medida tomada pelo regente D. João, ao chegar ao Brasil, foi decretar a abertura dos portos
brasileiros às nações amigas.” (SILVA, 1992)
Tal fato

[A] significava, na prática, o fim do pacto colonial.


[B] prejudicava a Inglaterra, que passaria a sofrer concorrência de outros países no comércio com o Brasil.
[C] contrariava, num primeiro momento, os interesses dos comerciantes brasileiros.
[D] beneficiava a França, favorecida pela redução das tarifas alfandegárias nas relações bilaterais.
[E] criava condições igualitárias, quanto à tributação alfandegária, no comércio com Portugal e com todas as demais nações.

37
QUESTÕES COMENTADAS DE HISTÓRIA

Item A – CORRETO.
Seis dias após o desembarque no Brasil, D. João decretou a abertura dos portos brasileiros ao comércio internacional, isto
é, as “nações amigas”. Com essa medida, extinguiu o monopólio do comércio colonial, exceto para alguns produtos, como
sal e pau-brasil.

Item B – ERRADO.
Os donos de indústria e comerciantes ingleses foram os grandes beneficiários da abertura dos portos, pois teriam o mercado
brasileiro como consumidor potencial de seus produtos.

Item C – ERRADO.
Pelo contrário, os comerciantes da colônia ganharam liberdade de comércio e o Brasil começava a se emancipar de Portugal.

Item D – ERRADO.
A França não foi favorecida nas taxas alfandegárias.
Napoleão Bonaparte não aceitou a indefinição de Portugal em relação ao Bloqueio Continental (os países europeus
deveriam fechar os portos ao comércio inglês). A França não era considerada uma “nação amiga”.
Item E – ERRADO.
O Tratado de Comércio e Navegação de 1810, fixava em 15% a taxa alfandegária sobre os produtos ingleses vendidos para
o Brasil.
Sobre os demais países era cobrada a taxa de 24%.
Dos artigos portugueses cobravam-se 16%.

04) (EsSA-2011) A elevação do Brasil à categoria de Reino Unido a Portugal e Algarves foi uma medida tomada pelo Regente
D. João, com o objetivo

A) de aumentar seu poder pessoal, pois ele passou a dominar um Império que englobava as colônias espanholas na América.
B) de unificar as Coroas de Portugal e Espanha, que era denominada pelos portugueses de país de Algarves.
C) de melhorar a defesa do Brasil contra as constantes invasões de franceses e ingleses, que saqueavam as nossas cidades
litorâneas.
D) de obter o reconhecimento da dinastia de Bragança por parte do Congresso de Viena, reunido na Europa e dirigido pelos
países que derrotaram Napoleão.
E) de satisfazer a cobiça das elites brasileiras, que, com essa medida, tiveram acesso às minas de prata de Potosí, na Bolívia.

Comentário:
Prezados leitores, que fique bem claro: a elevação do Brasil a categoria à Reino Unido de Portugal e Algarves, ocorreu pela
imposição do Congresso de Viena em 1815, por nada mais.
A medida adotada por D. João, criou-se uma situação incomum para os portugueses, pois a antiga colônia (Brasil) tornou-
se a sede do Reino, ou seja, Portugal e Brasil invertiam as posições: “a colônia colonizando a metrópole”.

Vocês acham que D. João fez isso porque amava o Brasil?


Ou fez isso para satisfazer a ambição da elite agrária brasileira?
- Ambos que não.
Fez isso porque precisava do reconhecimento por parte dos países europeus que venceram a guerra contra Napoleão. Os
congressistas NÃO estavam dispostos a reconhecerem uma dinastia que escondia-se em sua própria colônia. Entretanto,
essa “inversão colonial” foi crescentemente questionada pelos portugueses, sendo um dos principais fatores que
impulsionaram a Revolução Liberal do Porto, em 1820.

GABARITO: D

O comentário acima responde os demais itens da questão.

38
QUESTÕES COMENTADAS DE HISTÓRIA

05) (EsSA-2011) A elevação do Brasil à categoria de Reino Unido a Portugal e Algarves, em 1815, está ligada ao(à):

A) desejo de D. João de agradar os ingleses.


B) projeto de implantação do regime monárquico no país.
C) assinatura do Tratado de Fontenebleau com a Espanha.
D) ação das sociedades maçônicas estabelecidas no Rio de Janeiro.
E) necessidade de legitimar a representação de Portugal no Congresso de Viena.

Comentário:
A elevação do Brasil a categoria à Reino Unido de Portugal e Algarves, ocorreu pela imposição do Congresso de Viena em
1815.
Foi a saída encontrada por D. João para que os congressistas legitimassem a dinastia de Bragança.

GABARITO: E

O comentário acima responde os demais itens da questão.

06) (EsSA-2013) A política externa de D. João VI, quando imperador do Brasil, determinou que se realizassem ações militares
em territórios vizinhos ao Brasil. Esses territórios foram a

A) Guiana Francesa e a França Antártica. B) Guiana Inglesa e a Província Cisplatina.


C) Guiana Francesa e a Província Cisplatina. D) Guiana Inglesa e a França Antártica.
E) Guiana Francesa e a Guiana Inglesa.

Comentário:
A política externa de D. João esteve orientada contra a França napoleônica. Em represália a invasão de Portugal, o regente
ordenou a ocupação de Caiena (Guiana Francesa) em 1809, permanecendo o território sob o domínio português até 1815.
Usando como pretexto o temor da intervenção francesa no rio da Prata e apoiado pela Inglaterra, D. João, interveio na
região da platina em 1811, e novamente, em 1816, quando anexou o atual Uruguai, como o nome de Província Cisplatina.

Comentários Extras:
A França Antártica foi uma colônia francesa situada no Rio de Janeiro de 1555 à 1567.
Portugal jamais realizou uma ação militar na Guiana Inglesa.
A Guiana Francesa foi cedida aos franceses pelo Tratado de Utrecht de 1713.
A Inglaterra era parceira comercial de Portugal.

GABARITO: C

07) (EsSA-2014) O Alvará de 1º de abril de 1808 revogou o Alvará de 1785 de D. Maria I, que proibia a manufatura na colônia.
O Brasil estava autorizado a desenvolver manufaturas. Contudo havia dois fatores que se tornaram um obstáculo ao
desenvolvimento da indústria brasileira, os quais eram o/a (os/as)

A) escravidão e concorrência inglesa.


B) interesses dos cafeicultores e pecuaristas.
C) interesses dos mineradores e dos produtores de açúcar.
D) concorrência holandesa e os interesses dos cafeicultores.
E) concorrência dos EUA e interesses dos produtores de café.

Comentário:
A escravidão impossibilitava a industrialização no Brasil devido à ausência de mão-de-obra assalariada e qualificada.
A concorrência dos produtos ingleses devido aos privilégios alfandegários, impossibilitava e desestimulava o
desenvolvimento de manufatura no Brasil.

39
QUESTÕES COMENTADAS DE HISTÓRIA

Era tão escandaloso, que à Inglaterra colocava os seus produtos no Brasil mediante a uma taxa de 15% ad valorem*,
enquanto para Portugal a taxa era de 16%, e os demais países amigos da Inglaterra estavam submetidos à uma taxação de
24% em nossas alfandegas.
Assim era impossível investir na industrialização no Brasil.
*ônus tributário sobre o valor da mercadoria.

Item B – ERRADO.
Não existia fazenda de café nesse período.
A pecuária era uma pequena economia voltada para o mercado interno.

Item C – ERRADO.
A mineração estava em decadência devido à escassez das jazidas de ouro e os produtores de açúcar já estavam em crise há
um bom tempo, devido à concorrência do açúcar antilhano.

Item D – ERRADO.
A concorrência holandesa não prejudicou o desenvolvimento da indústria no Brasil. A concorrência holandesa prejudicou
com a economia açucareira no século XVIII no nordeste brasileiro, quando passaram a produzir açúcar na colônia nas
Antilhas.

Item E – ERRADO.
Em 1808, os Estados Unidos não faziam concorrência com os produtos britânicos aqui no Brasil.

Comentário Extra:
O maior beneficiário do tratado de 1808 foi a Inglaterra.
Tinha até um artigo que a Inglaterra exigia o direito de extra territoridade, isto é, os súditos ingleses radicados em domínios
portugueses não se submeteriam às leis portuguesas. Assim, esses súditos elegeriam os seus próprios juízes que os
julgariam, segundo as leis inglesas.
Aí você me pergunta... os portugueses residentes em domínios britânicos gozariam dos mesmos direitos?
- A resposta é: NÃO!

08) (EsPCEx 2014) No início do século XIX, Napoleão Bonaparte ordenou a ocupação de Portugal, motivando com isso a fuga
da família real portuguesa para o Brasil.
Esse evento desencadeou primeiramente a(o)

[A] Conjuração Baiana.


[B] abdicação de D. Pedro I.
[C] elevação do Brasil à categoria de Reino Unido a Portugal e Algarves.
[D] introdução das ideias revolucionárias francesas no Brasil.
[E] estabelecimento do Pacto Colonial.

Comentário:
Napoleão Bonaparte chegou ao poder em 1799, por meio de um golpe de Estado que pôs fim à Revolução Francesa. A partir
disso, foi concentrando o poder em suas mãos até que, em 1804, proclamou-se imperador da França. Em 1806, decretou o
Bloqueio Continental, fechando o continente europeu à Inglaterra. Entretanto, desde o século XVIII, a economia portuguesa
encontrava-se subordinada à inglesa. Por essa razão, Portugal relutava em aderir incondicionalmente ao bloqueio. Napoleão
resolveu invadir Portugal, e sem chances de resistir, a família real transferiu-se para o Brasil em 1808, sob a proteção inglesa.
Com as primeiras derrotas militares de Napoleão, os dirigentes dos países vencedores organizaram o Congresso de Viena
(1814-1815), cujo objetivo básico era restabelecer a antiga divisão política do continente europeu. D. João, príncipe regente
de Portugal, encontrava-se no Brasil e, devido a imposição do Congresso de Viena de legitimar a dinastia real, D. João elevou
o Brasil a categoria de Reino Unido a Portugal e Algarves, em 1815.
Com essa medida, na prática, o Brasil deixava de ser colônia de Portugal e adquiria autonomia administrativa.

Item A e D – ERRADOS.
Os movimentos de caráter emancipacionistas surgiram somente no final do século XVIII, devido a influência da Revolução
Francesa. Assim, a Conjuração Baiana, de 1798, foi inspirada no exemplo dos jacobinos. (Ver Módulo 21).
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QUESTÕES COMENTADAS DE HISTÓRIA

Item B – ERRADO.
D. Pedro I, abdicou em 7 de abril de 1831, devido à forte crise interna e a crise sucessória no trono de Portugal. (Ver Módulo
26).

Item E – ERRADO.
Com vinda da família real portuguesa no Brasil foi permitida a abertura dos portos, a Carta Régia assinado por D. João em
28 de janeiro de 1808, em Salvador, acabou com o regime de “exclusivo” metropolitano ou Pacto Colonial.

09) (EsSA-2015) Em 1815, o Brasil foi elevado à categoria de Reino Unido a Portugal e Algarves.
Na prática:

A) foi a causa da Inconfidência Mineira.


B) nada significou para o Brasil.
C) provocou enorme satisfação em Portugal.
D) o Brasil volta à condição de colônia.
E) o Brasil adquiria autonomia administrativa.

Comentário:
Em 1815, o Brasil foi elevado à categoria de Reino Unido a Portugal e Algarves. Com essa mediada, na prática, o Brasil deixou
de ser colônia de Portugal e adquiria autonomia administrativa.

Comentário Extra:
As principais causas da Inconfidência Mineira foram: exploração colonial por parte de Portugal, a cobrança do “quinto” e a
criação da derrama.
A Inconfidência Mineira ocorreu em 1789.

GABARITO: E

PRIMEIRO REINADO (1822-1831)

01) (CN-2006) Ao proclamar a independência em 7 de setembro de 1822, D. Pedro concluiu um longo processo de
emancipação, iniciado em 1808 com a vinda da família real portuguesa, e deu início a uma nova era caracterizada, entre
outros aspectos, pela adoção

(A) Da forma monárquica de governo baseada nos princípios do liberalismo e autonomia provincial.
(B) De uma monarquia absolutista baseada no Poder Moderador e na defesa da classe burguesa em ascensão no Brasil.
(C) De uma monarquia absolutista e pela preservação dos interesses dos cafeicultores, principalmente do oeste paulista.
(D) Da forma monárquica parlamentar de governo com autonomia provincial e pela defesa das elites latifundiárias.
(E) Da forma monárquica de governo e preservação dos interesses básicos dos proprietários de terras e de escravos.

Item A - ERRADO:
A aparência liberal construída pela elite agrária ocultava a miséria e a escravidão da maioria da população e NÃO HOUVE
autonomia das províncias. O poder da monarquia era centralizado.
Item B - ERRADO:
NÃO foi em defesa da classe burguesa, mas sim da ARISTOCRACIA RURAL.
Item C - ERRADO:
A preservação dos interesses dos cafeicultores iniciou a partir de 1870.
Item D - ERRADO:
Era uma MONARQUIA CONSTITUCIONAL. O poder Moderador era a chave mestre do absolutismo do imperador, ou seja, o
poder Moderador era o absolutismo disfarçado de D. Pedro I.
Item E - CORRETO:
A independência brasileira foi um processo, em grande parte, pelos grupos que mais se beneficiaram com a ruptura dos
laços coloniais: os grandes proprietários de terra e os grandes comerciantes.

41
QUESTÕES COMENTADAS DE HISTÓRIA

02) (CN-2006) No ano de 1824, foi outorgada a primeira Constituição Brasileira que apresentou, entre outras determinações,
a

(A) Submissão do poder legislativo e moderador diante do poder executivo, sendo este unicamente exercido pelo
imperador.
(B) Autonomia das províncias e municípios, legalizando-se a formação regionalizada do país, seguindo-se, inteiramente, o
modelo adotado nos Estados Unidos.
(C) Participação política de todos os cidadãos, com exceção dos escravos, no processo eleitoral da época.
(D) Predominância no poder político do imperador sobre os demais, tendo, como instrumento para tal, o Poder Moderador.
(E) Criação do Poder Moderador para conjuntamente trabalhar com o Poder Legislativo, visando à manutenção da
estabilidade política do país.

Item A - ERRADO:
Predominância do Poder Moderador sobre os demais poderes.
Item B - ERRADO:
Centralização política e administrativa das províncias.
Item C - ERRADO:
O voto era censitário, ou seja, a constituição excluía a grande maioria da população.
Item E - ERRADO:
O Poder Moderador dava amplo poder ao imperador e o direito de intervir nos demais poderes.

03) (EsSA-2006) A Independência Brasileira foi um processo liderado, em grande parte, pelos setores sociais que mais se
beneficiaram com a ruptura dos laços coloniais. Esses setores eram formados pelo(s):

A) profissionais liberais e trabalhadores urbanos. B) grandes proprietários de terras e grandes comerciantes.


C) alto clero e pequenos proprietários de terras. D) funcionários públicos e alto clero.
E) Farroupilhas e baixo clero.

Comentário:
Embora tenha sido de grande valor, esse fato histórico não provocou rupturas sociais no Brasil. O povo mais pobre se quer
acompanhou ou entendeu o significado da independência. A estrutura agrária continuou a mesma, a escravidão se
manteve e a distribuição de renda continuou desigual. A elite agrária e urbana que deu suporte a D. Pedro I foi a que mais
se beneficiou com a independência. Já em relação a Igreja Católica, nada mudou, porque na Constituição de 1824, D. Pedro
I decretou o catolicismo como religião oficial do império, entretanto o poder da igreja era limitado pelo regime do padroado
(o rei era patrono e protetor da igreja, era ele que decidia se a bula papal seria aplicada ou não em seu reino).

GABARITO: B

O comentário acima responde os demais itens da questão.

04) (CN-2007) Entre os acontecimentos que antecederam a independência do Brasil pode-se citar

(A) A atuação do chamado Partido Brasileiro que, apesar de ser composto por elementos de diferentes posições políticas,
encontrava-se, no entanto, momentaneamente unido para enfrentar as Cortes e seu projeto de recolonizar o Brasil.
(B) O Dia do Fico, que embora viesse representar o comprometimento de D. Pedro para com o Brasil, em nada significou
enquanto um momento de avanço em direção ao rompimento com Portugal.
(C) A atuação da aristocracia rural que, pressentindo a proximidade de rompimento com Portugal, se mobilizava tendo por
objetivo instituir uma monarquia absolutista como forma de governo.
(D) A decisão de D. Pedro em criar um ministério de brasileiro, que, sob a liderança de Antônio Carlos de Andrada e Silva,
estabeleceu o “Cumpra-se”, decreto pelo qual as ordens de Portugal só seriam executadas com autorização do príncipe
regente.
(E) A convocação de uma Assembleia Constituinte, em junho do 1822, que provocou profundas transformações nas
estruturas econômicas e sociais do Brasil.

42
QUESTÕES COMENTADAS DE HISTÓRIA

Item B - ERRADO:
O Dia do Fico significou muito para a independência do Brasil. O Partido Brasileiro elaborou um documento que reunia cerca
de 8 mil assinaturas pedindo que D. Pedro não voltasse a Portugal, como era desejo das Cortes. Ao receber esse documento,
no dia 9 de janeiro de 1822, D. Pedro decidiu permanecer no Brasil.

Item C - ERRADO:
O país estava dividido entre o Partido Brasileiro, que queria uma monarquia absolutista como forma de poder e os Liberais
Radicais, liderados por Gonçalves Ledo, que queria instituir uma democracia no Brasil. Entretanto, no final das contas, os
liberais radicais permaneceram atrelados a aristocracia rural e não revelaram nenhuma vocação genuinamente
revolucionária. Sendo assim, a emancipação política do Brasil foi uma vitória dos conservadores.

Item D - ERRADO:
O “Cumpra-se” ocorreu em maio de 1822. Foi a cisão entre D. Pedro e as Cortes de Lisboa. O regente determinou que
qualquer decreto das Cortes só poderia ser executado mediante o “cumpra-se” assinado por ele. Na prática, isso significava
conferir plena soberania ao Brasil.

Item E - ERRADO:
A convocação da Assembleia Constituinte NÃO provocou nenhumas transformações nas estruturas econômicas e sociais do
Brasil. Economicamente o Brasil continuou dependente do mercado externo e a ordem social escravista manteve-se.

05) (EsSA-2008) A primeira constituição brasileira (1824) estabelecia, entre outros fatores, a existência de quatro poderes.
Aquele que era exercido exclusivamente pelo imperador era o Poder:

A) Legislativo B) Executivo C) Judiciário D) Moderador E) Republicano

Comentário:
A primeira constituição brasileira elaborada em 1824, estabelecia, entre outros fatores, a existência de quatro poderes. Os
tradicionais - Legislativo, Executivo e Judiciário - e o Moderador.
O poder moderador estava acima dos demais poderes. Dava ao imperador autoridade de nomear ministros, senadores e
juízes, demitir presidentes das províncias, dissolver Câmaras e vetar atos.

GABARITO: D

O comentário acima responde os demais itens da questão.

06) (EsPCEx 2008) A Confederação do Equador, proclamada em 2 de julho de 1824, por Manuel de Carvalho,

[A] contou com a adesão dos estados da atual região Norte do Brasil.
[B] adotava provisoriamente a Constituição dos Estados Unidos da América.
[C] mostrava-se sintonizada com o poder central, representado por D. Pedro.
[D] defendia a instituição de uma monarquia constitucional.
[E] buscava a organização de um governo representativo e republicano.

Comentário:
O governo chefiado em Pernambuco por Manuel de Carvalho era de oposição ao imperador. Sendo assim, D. Pedro I não
reconheceu-o e nomeou um novo governador. Os pernambucanos não aceitaram o novo governador e proclamaram uma
república com o nome de Confederação do Equador em 2 de julho de 1824.
A Confederação do Equador buscava um governo representativo e inspirado provisoriamente na Constituição colombiana.
Alguns estados atenderam ao apelo dos confederados. Foram as províncias do Ceará, Rio Grande do Norte e Paraíba.
Entretanto, o movimento foi duramente reprimido e seus líderes foram executados, inclusive o Frei Caneca.

GABARITO: E

O comentário acima responde os demais itens da questão.

43
QUESTÕES COMENTADAS DE HISTÓRIA

07) (EsSA-2009) Todas as alternativas abaixo referem-se à consolidação da independência brasileira, exceto:

A) os ingleses exigiram uma porcentagem obtido sobre o lucro do tráfico negreiro para reconhecer a independência do
Brasil.
B) O governo português reconheceu a independência brasileira somente após o pagamento de dois milhões de libras
esterlinas pela ex-colônia.
C) os países latino-americanos recém-formados, ao contrário do Brasil, adotaram a forma de governo republicano, o que
veio a influenciar na resistência do reconhecimento da independência brasileira.
D) O México foi o primeiro país latino americano a reconhecer a emancipação brasileira.
E) O primeiro país a reconhecer a independência brasileira foi os Estados Unidos, pois era contrário ao colonialismo e possuía
interesses econômicos.

Comentário:
Os ingleses JAMAIS exigiram uma porcentagem obtido sobre o lucro do tráfico negreiro para reconhecer a independência
do Brasil, pelo contrário, exigiram das autoridades brasileiras desde 1810, através de tratados, que o Brasil extinguisse o
tráfico negreiro.
Somente em 1850, com a Lei de Eusébio de Queirós, que o tráfico negreiro foi extinto no Brasil.

GABARITO: A

08) (EsSA-2009) Um dos fatores que contribuiu para abdicação de D. Pedro I em Abril de 1831

A) a promulgação do Ato Adicional


B) o conflito entre portugueses e brasileiros no Rio de Janeiro, chamado "Noite das Garrafadas"
C) a independência da Colônia Brasileira
D) a criação da Assembleia Constituinte a qual retirava o poder das mãos do lusitano Pedro I.
E) o Poder Moderador, exclusivo do Período Regencial.

Comentário:
Diversos fatores contribuíram para a abdicação do imperador D. Pedro I. Entre elas, foi o episódio conhecido como “Noite
das Garrafadas”. O Partido Português organizou uma festa no Rio de Janeiro para o monarca, em resposta à atitude hostil
dos mineiros, quando o imperador visitou Minas Gerais.
Os políticos liberais resolveram impedir a realização da festa e no dia 13 de março de 1831, logo após a chegada do
imperador, portugueses e brasileiros entraram em choque.
Percebendo a difícil situação em que se encontrava, em 7 de abril de 1831, o monarca abdicou do trono em favor do seu
filho de 5 anos, Pedro de Alcântara.

Item A – ERRADO.
O Ato Adicional, promulgado em 12 de agosto de 1834, foi uma modificação na Constituição de 1824. De acordo com o Ato
Adicional, a regência seria exercida por uma única pessoa. Deixaria de ser Trina e passaria a ser Una.
O Ato Adicional foi promulgado 18 dias após a morte de D. Pedro I (24 de setembro de 1834).

Item C – ERRADO.
A independência do Brasil foi proclamada em 7 de setembro de 1822. O príncipe regente foi aclamado imperador e coroado
com o título de D. Pedro I, em 1º de dezembro de 1822.

Item D – ERRADO.
A criação da Assembleia Constituinte em 1823, para elaborar uma Constituição, tinha como projeto principal reduzir e limitar
os poderes do imperador.
O imperador D. Pedro I recusou o projeto e decretou a dissolução da Assembleia em 12 de novembro de 1823. O imperador
nomeou uma comissão de dez brasileiros natos e a incumbiu de elaborar uma nova Constituição.
No dia 25 de março de 1824, foi elaborada a primeira Constituição do Brasil.

Item E – ERRADO.

44
QUESTÕES COMENTADAS DE HISTÓRIA

O Poder Moderador era um poder exclusivo do imperador e definido na Constituição de 1824.


Não era exclusivo para os regentes que governassem na sua ausência.

09) (EsSA-2011) A formação das nações latino-americanas esteve atrelada às particularidades de seus processos de
independência. A América Espanhola se fragmentou em diversos Estados autônomos. A América Portuguesa, ao contrário,
não se fragmentou, mantendo sua unidade até os dias atuais. Dos fatores abaixo, o único que não contribuiu para a
manutenção da integridade territorial brasileira foi a

A) elevação do Brasil à categoria de Reino Unido junto a Portugal e Algarves.


B) incorporação da Província Cisplatina e da Guiana Francesa por D. João VI.
C) ação pacificadora de Caxias no combate a várias revoltas regenciais.
D) transferência da corte portuguesa para o Brasil em 1808.
E) manutenção do regime monárquico após a independência.

Comentário:
Segundo alguns historiadores, o mais
importante para que o Brasil não se fragmentasse, foi a
vinda de D. João VI com a família real para cá, dando
início a formação de uma aristocracia, baseada na
europeia, e é verdade.
Era iminente a fragmentação, devido as
enormes diferenças entre as províncias, citando o Pará,
Pernambuco, Minas Gerais e Rio Grande do Sul.
Na década de 1820, o Norte, Nordeste e Centro
Sul, tinham fortes tendências republicanas e
independentistas. O grande problema dos grandes
proprietários brasileiros era realizar a independência
sem comprometer a escravidão, que era nada mais e
nada menos que a base da produção brasileira.
Os choques militares em consequência à luta
pela independência, colocariam em risco a submissão
dos escravos e a manutenção de seu tráfico, pois sabiam
que a guerra levaria ao envolvimento destes,
consequente fuga e alistamento nas frentes de guerra.
Caso houvesse a fragmentação territorial, aqueles
estados que abolissem a escravidão, de certo,
acolheriam escravos fugitivos que seriam apoiados pelo
abolicionismo inglês.
Que fique bem claro, caro leitor, que a
Independência do Brasil, foi feita sob influência
conservadora e dos grandes escravagistas. Todos os ideais republicano, separatista e federalista foram afastados, e com
isto, os proprietários brasileiros, colocaram o herdeiro do trono português, se afastando da ex-metrópole e mantendo seus
interesses mercantis, permanecendo unidos para garantir a escravidão por mais sessenta anos.
No fim, o resultado foi que todas as províncias emergiram da independência sob a égide de uma monarquia
centralizadora e autoritária, embalada por interesses escravistas.

GABARITO: B

45
QUESTÕES COMENTADAS DE HISTÓRIA

10) (EsSA-2011) No dia 25 de março de 1824, D. Pedro I outorgou a primeira Constituição brasileira, que tinha como
características o(a)

A) religião católica e voto universal.


B) Poder Moderador e Senado vitalício.
C) liberdade administrativa às províncias e voto censitário.
D) magistrados nomeados pelo imperador e religião protestante.
E) voto extensivo às mulheres e Poder Moderador.

Comentário:
A característica principal da Constituição de 1824, outorgado por D. Pedro I, foi à adoção de um 4º poder, o Moderador.
O poder Moderador pertencia exclusivamente ao imperador que na prática tornou-se um instrumento de sua vontade
pessoal que coibia as tendências autonomistas das províncias. O poder Legislativo era formado por um Senado vitalício
escolhido pelo imperador.

Item A – ERRADO.
Além do poder moderador a Constituição declarava o catolicismo como religião oficial do Estado. O voto universal não foi
adotado em 1824.

Item C – ERRADO.
A liberdade administrativa das províncias ocorreu na Regência Trina Permanente propiciada pelo Ato Adicional de 1834. O
voto censitário é a concessão do direito do voto apenas para cidadãos que atendem certos critérios que provem da condição
econômica.

Item D – ERRADO.
O poder Judiciário, os magistrados eram escolhidos também pelo imperador como no poder Executivo. Entretanto, o culto
da religião protestante só era permitindo em locais fechados.

Item E – ERRADO.
O direito das mulheres votarem só ocorreu 110 anos depois no governo de Getúlio Vargas na Constituição de 1934.

11) (CN-2012) Em março de 1808, a família real acompanhada da corte portuguesa chegou à cidade do Rio de Janeiro, onde
permaneceria por treze anos. Esse período na História do Brasil, denominado Joanino, foi marcado por profundas mudanças,
que afetaram a vida das pessoas e a política portuguesa em relação ao Brasil. Dentre as medidas políticas adotadas por D.
João, destacou-se a assinatura, em 1810, de tratados com a Inglaterra: o tratado de Aliança e Amizade e o de Comércio e
Navegação.
Sobre esses tratados, é correto afirmar que visavam

(A) A revogação dos decretos que proibiam a instalação de manufaturas na colônia.


(B) A criação das Assembleias dos Escabinos que permitiam a participação política das elites agrárias.
(C) A concessão de tarifas alfandegárias mais baixas (15%) às mercadorias inglesas importadas pelo Brasil.
(D) O tratamento jurídico igualitário tanto para com os ingleses quanto para com os portugueses no Brasil.
(E) A vinda de uma missão artística inglesa para retratar a fauna e a flora brasileiras.

Comentário:
O governo inglês queria privilégios para comercializar seus produtos no Brasil e, em 1810, foi decretado o Tratado de
Comércio e Navegação que fixava em 15% a taxa alfandegária sobre produtos ingleses vendidos para o Brasil.
Sobre os produtos dos demais países era cobrado uma taxa de 24% e mesmo dos artigos portugueses cobravam-se 16%.

GABARITO: C

46
QUESTÕES COMENTADAS DE HISTÓRIA

12) (CN-2012) O Primeiro Reinado (1822-1831) caracterizou-se inicialmente por um enfretamento político entre o
imperador D. Pedro I e a aristocracia rural brasileira, cujos interesses se faziam representar na Assembleia Constituinte, em
torno da questão do poder. A respeito desse embate e de suas consequências, é correto afirmar que

(A) O anteprojeto constitucional de 1823, resultado dos trabalhos da Assembleia Constituinte, previa a formação de quatro
poderes: Executivo, Legislativo, Judiciário e Moderador.
(B) A Constituição de 1824, estabelecia que o Legislativo seria dividido em Senado, cujos membros teriam mandato vitalício,
e Câmara dos Deputados, eleita para um mandato de quatro anos.
(C) O anteprojeto constitucional de 1823, também denominado de “Constituição da Mandioca”, não previa o voto
censitário para futuras eleições.
(D) A Constituição de 1824 estabelecia uma monarquia hereditária constitucional e representativa com ampla autonomia
das províncias (hoje chamadas de Estados).
(E) O anteprojeto constitucional de 1823 previa a ampla participação popular nas eleições, garantindo, inclusive, o voto
feminino.

Item A - ERRADO:
O anteprojeto constitucional de 1823, não previa quatro poderes. A preocupação da aristocracia rural brasileira era limitar
o poder do imperador e ampliar os poderes do Legislativo e submete-lo às ordens do Legislativo.

Item B - CORRETO:
É uma das características da Constituição de 1824 o Senado Vitalício e o mandato dos deputados em quatro em quatro anos.

Item C - ERRADO:
Sim, prévia o voto censitário. Anteprojeto previa que o eleitor precisava ter renda mínima de 150 alqueires anual de
mandioca para ser eleito. Por isso que o projeto ficou conhecido popularmente como Constituição da Mandioca.

Item D - ERRADO:
Não era representativa, visto que estabelecia o Unitarismo, ou seja, a subordinação das províncias ao poder central.

Item E - ERRADO:
Uma das características da Constituição de 1824 é o voto censitário, sem sufrágio universal e sem participação popular. Era
uma constituição de caráter elitista. O voto feminino só foi decretado na Constituição de 1934.

GABARITO: B

13) (EsPCEx 2012) Era “exclusivo do imperador e definido pela Constituição como ‘chave mestra de toda organização
política’. Estava acima dos demais poderes”. (COTRIM, 2009)

O texto em epígrafe aborda a criação no Brasil, pela Constituição de 1824, do Poder

[A] Moderador. [B] Justificador. [C] Executivo. [D] Judiciário. [E] Legislativo.

Comentário:
A Constituição de 1824, estabelecia a existência de quatro poderes de Estado, o Judiciário, composto de juízes e tribunais,
sendo o órgão máximo desse poder o Supremo Tribunal de Justiça; o Legislativo, composto de senadores e deputados,
encarregados de elaborar as leis do império. Os senadores eram escolhidos pelo imperador e tinham os seus mandatos
vitalícios. O Executivo, exercido pelo imperador (chefe do Executivo), era o poder encarregado da administração pública e
de garantir o cumprimento das leis. E por fim, o Moderador, era exclusivo do imperador e definido na Constituição como
“chave-mestra” de toda organização política e estava acima dos demais poderes. O Poder Moderador dava ao imperador
autoridade para nomear ministros, senadores e juízes, demitir presidentes das províncias e dissolver Câmaras, vetar atos
Legislativos e etc.

GABARITO: A

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QUESTÕES COMENTADAS DE HISTÓRIA

14) (EsSA-2015) A primeira constituição do Brasil, de 1824, estabelecia uma organização do sistema político em quatro
poderes. Além dos poderes Executivo, Legislativo e Judiciário, havia o poder:

A) Absoluto. B) Hierárquico. C) Moderador. D) Régio. E) Patriarcal.

Comentário:
O Poder Moderador era de uso exclusivo do imperador e definido pela Constituição como “a chave-mestra de toda
organização política do império”. Exercido pelo imperador, D. Pedro I, o poder moderador, tornou-se instrumento da sua
vontade pessoal ou de seu absolutismo. O poder moderador estava acima dos demais poderes. Dava ao imperador
autoridade para nomear ministros, senadores e juízes, e demitir presidentes das províncias e dissolver Câmaras, vetar atos
Legislativos etc.
Enfim, o poder Moderador dava a D. Pedro I, o direito de intervir nos demais poderes, devendo para isso consultar o
Conselho de Estado – órgão composto de conselheiros vitalícios e nomeados diretamente pelo imperador.

Item A – ERRADO.
O Poder Absoluto é uma teoria do absolutismo, onde na qual o soberano concentrava todos os poderes em suas mãos.

Item B – ERRADO.
Poder Hierárquico é o de que dispõe o Executivo para organizar e distribuir as funções de seus órgãos, estabelecendo a
relação de subordinação entre os servidores do seu quadro de pessoal.
Inexistente no Judiciário e no Legislativo.

Item D – ERRADO.
Poder Régio é o poder que o rei tinha na Idade Média.

Item E – ERRADO.
Poder Patriarcal é quem comanda tudo na sociedade, como famílias, trabalhadores e decidem quais são os salários. Um
exemplo disso, foram os senhores de engenho no século XVI à XVIII.
Na época colonial, eles tinham um poder patriarcal, ou seja, mandavam em tudo.

PERÍODO REGENCIAL (1831-1840)

01) (EsPCEx 2006) Na província do Rio Grande do Sul, durante o Segundo Reinado, entre os anos de 1835 a 1845, ocorreu a
mais longa revolução da história brasileira: a Revolução Farroupilha, também conhecida como a Guerra dos Farrapos. Vários
são seus motivos, dentre os quais destacamos o econômico, que foi ocasionado pela:

[A] Crise da cana de açúcar nos territórios gaúchos.


[B] Queda do preço da erva-mate no mercado internacional.
[C] Exploração de jazidas em outros estados.
[D] Taxação elevada do charque no mercado interno.
[E] Baixa cotação da carne suína no mercado externo.

Comentário:
Um dos principais motivos da Guerra dos Farrapos foi elevação da taxa sobre o charque gaúcho que estava mais caro que
o charque importado da Argentina e do Uruguai.
Após inúmeras reivindicações sem sucesso, a elite gaúcha formada pela aristocracia rural, juntaram-se e declararam guerra
ao poder central do regente Antônio Feijó.

GABARITO: D

O comentário acima responde os demais itens da questão.

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QUESTÕES COMENTADAS DE HISTÓRIA

02) (CN-2007) Dos diversos momentos, durante o período das regências (1831-1840), as divergências entre os indivíduos
de posses quanto à forma de governar o Brasil, de modo a preservar seus interesses, originaram três tendências políticas
dentre as quais pode-se citar o grupo

(A) Liberal Exaltado ou Chimango, que defendia a ordem vigente, baseada na monarquia centralizada e na escravidão como
forma de fortalecer sua posição enquanto produtores rurais no Brasil.
(B) Restaurador ou Caramuru, que defendia a volta de D. Pedro I ao Brasil, sendo formado por comerciantes portugueses,
militares conservadores e altos funcionários públicos.
(C) Liberal Exaltado ou Caramuru, de tendência conservadora, defendiam a submissão das províncias garantindo, com isso,
um governo centralizado nas mãos do imperador.
(D) Liberal Moderado ou Chimango, que defendia a volta de D. Pedro I ao Brasil e contava com o jornal O Liberal como
veículo de divulgação de suas ideias.
(E) Restaurador ou Caramuru, que defendia unicamente a ordem vigente, baseada na monarquia e na escravidão, sendo
liderado por José Bonifácio.

Item A - ERRADO:
Os Liberais Exaltados ou Farroupilhas (Chimango era os Liberais Moderados) defendiam a descentralização do poder e a
autonomia das províncias pelo sistema federalista. Defendiam o fim da monarquia (a ordem vigente) e a instalação da
república.

Item C e D - ERRADOS:
Os itens correspondem os objetivos dos Restauradores que eram apelidados de Caramurus.

Item E - ERRADO:
Os Restauradores ou Caramuru lutavam pela volta de D. Pedro I na liderança do país.

03) (EsSA-2007) Sobre os partidos políticos que dominaram o cenário político brasileiro na primeira metade do século XIX,
é correto afirmar que:

A) o Partido Restaurador se extinguiu após a morte de D. Pedro I, em 1834.


B) os Liberais Exaltados defendiam o governo monárquico no Brasil e a centralização do poder.
C) o Partido Conservador era contrário ao ideário político liberalista - constituição e voto.
D) o Partido Brasileiro era favorável a abolição da escravatura,
E) os Liberais Moderados defendiam o federalismo.

Item A - CORRETO.
O Partido Restaurador lutava pela volta de D. Pedro ao poder. Defendiam um regime absolutista e centralizador.
Em 1834, D. Pedro I, morreu em Portugal. Com a sua morte, não havia mais motivo para a existência do grupo que desejava
reconduzi-lo ao poder.

Item B - ERRADO.
Os Liberais Exaltados defendiam um governo republicano e lutavam pela descentralização do poder a pela autonomia
administrativa das províncias pelo sistema federalista.

Item C - ERRADO.
O Partido Conservador pregava um sistema político onde as autoridades deveriam agir imparcialmente garantindo a
liberdade de todos os cidadãos. Defendiam o governo centralizado e desejavam realizações de progresso.

Item D - ERRADO.
O Partido Brasileiro era favorável a independência política do Brasil em relação a Portugal, mas sem alterar a estrutura
social.

Item E - ERRADO.
Os Liberais Moderador defendiam a monarquia, mas sem absolutismo. Queriam manter a escravidão e a ordem social.

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QUESTÕES COMENTADAS DE HISTÓRIA

04) (EsSA-2007) Uma das principais causas da Revolução Farroupilha foram as (os):

A) precárias condições de vida dos ribeirinhos amazônicos.


B) problemas econômicos dos produtores rurais gaúchos.
C) divergências entre os senhores de engenho e escravos na Bahia.
D) péssimas condições de saneamento básico no Rio de Janeiro.
E) problemas de relacionamento entre os membros do partido liberal paulista e a regência.

Comentário:
A Revolução da Farroupilha também conhecida como Guerra dos Farrapos ocorreu no Rio Grande do Sul de 1835 à 1845. Foi
a mais longa revolta da história do Brasil.
Os motivos da revolta foram problemas econômicos dos produtores de charques sulistas. A pecuária do sul, diferente da
tendência geral da economia agrária do país que atendia o mercado externo, o charque atendia o mercado interno
brasileiro. Os produtores gaúchos reclamavam da concorrência dos produtores do Uruguai e da Argentina - países que
também produziam charques - que pagavam impostos de exportação mais baixos, tanto que o charque importado custava
menos que o charque produzido no Rio Grande do Sul.
Devido a essas contradições de impostos, em 1835, o estancieiro Bento Gonçalves comandou as tropas que dominou a
capital Porto Alegre. Em 1836, as tropas farroupilhas fundaram a Republica Rio-Grandense (também chamada de República
Piratini) e, em 1839, Santa Catarina foi dominada pelos farrapos e fundada a República Juliana.
O governo central reagiu, mas não teve forças suficientes para derrotar os revoltosos. Somente em 1845, houve um acordo
de paz entre as forças imperais (comandadas por Duque de Caxias) e as forças farroupilhas.

Item A – ERRADO.
A forte miséria e condições precárias de vida das pessoas que viviam em cabanas a margem dos ribeirinhos amazônicos fez
ocorrer um levante popular no Pará chamado de Cabanagem.

Item C – ERRADO.
Em 1835, um grupo de escravos islâmicos promoveu um levante contra os fazendeiros da Bahia conhecida como Revolta dos
Malês.
O objetivo do levante era libertar Salvador da escravidão e se apoderar do Recôncavo baiano.

Item D – ERRADO.
As precárias condições de higiene e as péssimas condições de saneamento básico da cidade do Rio de Janeiro haviam
disseminados doenças temíveis como cólera, a varíola, a peste e febre amarela. Assim, em 1904, foi decretado a vacinação
obrigatória. O evento causou uma enorme insatisfação da população que foi para as ruas atacar as autoridades.
Esse episódio ficou conhecido como Revolta da Vacina. (Ver Módulo 35).

Item E – ERRADO.
As divergências entre o Partido Liberal paulista e a Regência estão atreladas na tentativa de golpe do Partido Moderado e a
demissão de Antônio Feijó em 1832.

05) (EsPCEx 2008) “De 1831 a 1840, o Brasil vivenciou um período (...) em que diferentes grupos disputavam o poder. Como
resultado, instalou-se um clima de grande instabilidade que propiciou a irrupção de conflitos em inúmeros pontos do país.”
(KOSHIBA; PEREIRA, 2003)

A cabanagem foi um dos conflitos ocorrido nesse período.

Assinale a alternativa que corresponde a tal conflito.

[A] Ocorreu no atual estado do Rio Grande do Sul, liderado pelos criadores de gado das fronteiras com o Uruguai.
[B] Foi planejado e contava com participantes que haviam tido experiências anteriores de combates na África, e objetivava
promover a independência de Salvador e do Recôncavo Baiano.
[C] Foi um movimento conduzido por camadas populares do atual estado do Pará, que viviam marginalizadas na Região
Amazônica.
[D] Foi uma rebelião contra o poder central, ocorrida na Bahia, e que contava com a camada média da sociedade baiana.
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QUESTÕES COMENTADAS DE HISTÓRIA

[E] Ocorreu no atual estado do Maranhão e foi conduzida por um grupo de vaqueiros que visava combater os privilégios dos
cidadãos de origem portuguesa e o absolutismo de D. Pedro.

Comentário:
Cabanagem foi uma revolta popular ocorrida na província do Grão-Pará no período de 1833 à 1836, conduzidos por
camadas populares que viviam marginalizados na região. Eram chamados de cabanos porque viviam de formas insalubres
em cabanas a margem do Rio Amazonas. Os cabanos reivindicavam melhorias sociais e justiça para as camadas mais pobres.

Item A – ERRADO.
Corresponde a Revolução Farroupilha ou Guerra dos Farrapos (1835-1845).

Item B – ERRADO.
Corresponde a Revolta dos Malês em 1835.

Item D – ERRADO.
Corresponde ao movimento denominado Sabinada. (1837-1838).

Item E – ERRADO.
Corresponde ao movimento Balaiada. (1838-1841).

06) (CN-2010) “A Revolta de 1835, também chamada a “grande insurreição”, foi o ponto culminante de uma série que vinha
desde 1807. A revolta desses escravos islamizados, em consequência, não será apenas uma eclosão violenta mas
desorganizada, apenas surgida por um incidente qualquer. Será, pelo contrário, planejada nos seus detalhes, precedida de
todo um período organizativo (...). Reuniam-se regularmente para discutirem os planos da insurreição, muitas vezes
juntamente com elementos de outros grupos do centro da cidade (...). O movimento vinha sendo articulado também entre
os escravos dos engenhos e os quilombos da periferia. (...) os escravos, vendo que tinham de antecipar a revolta, lançaram-
se à carga de qualquer maneira. (...) Derrotada a insurreição, os seus líderes se portaram dignamente”. (Moura, Clóvis. Os
Quilombos e a Rebelião Negra. 7 ed. São Paulo, Brasiliense, 1987, pp. 63-69)
Sobre a rebelião escrava relatada no texto, é correto afirmar que:

(A) Foi comandada por Ganga Zumba que planejava implantar um território livre no Recôncavo Baiano.
(B) Nessa rebelião, chamada de Revolta dos Malês, participaram escravos de diversas etnias que pretendiam acabar com a
escravidão na Bahia.
(C) A revolta ocorreu devido a intolerância religiosa, já que os escravos foram impedidos de praticar sua religião, o
Candomblé.
(D) Seu líder Zumbi dos Palmares, após longa resistência às tropas do governo, acabou sendo preso e enforcado e o
quilombo foi destruído.
(E) Nessa rebelião, denominada Conjuração Baiana, os revoltosos queriam a independência do Brasil e o fim da escravidão.

Item A - ERRADO:
Ganga Zumba foi líder do Quilombo dos Palmares de 1670 a 1678.
Item B - CORRETO:
Em 1835, ocorreu em Salvador a chamada Revolta dos Malês, movimento de escravos africanos conhecidos como malês.
Muitos desses escravos eram muçulmanos e entre seus líderes estavam Pacífico Licutã, Manuel Calafate e Luís Sanim.
Item C - ERRADO:
A revolta não ocorreu devido a intolerância religiosa. Os rebeldes eram muçulmanos e queriam criar um Estado Islâmico no
Recôncavo Baiano.
A prática do candomblé era permitida nas senzalas.
Item D - ERRADO:
O zumbi dos Palmares foi o principal líder da resistência negra no período colonial. A Guerra dos Palmares ocorreu no final
do século XVII.
Item E - ERRADO:
A Conjuração Baiana NÃO foi uma revolta escrava. Ocorreu na Bahia em 1798.

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QUESTÕES COMENTADAS DE HISTÓRIA

07) (CN-2011) A 12 de Agosto de 1834, depois de longos debates na Assembleia Geral, foi promulgada o Ato Adicional à
Constituição do Império, preparado por comissão especial liderada pelo deputado mineiro Bernardes Pereira de
Vasconcelos, que promoveria uma série de mudanças institucionais no país.
Em relação ao Ato Adicional de 1834 é correto afirmar que:

(A) Tratava-se de uma reforma constitucional comprometida com total descentralização, reforçando o ideal federalista
caracterizado por uma maior autonomia das províncias, fato este evidenciado pela criação das Assembleias Legislativas
Municipais.
(B) Foi um instrumento político típico de conciliação, pois ao mesmo tempo que reforçava o federalismo, com a criação das
Assembleias Legislativas Provinciais, mantinha a centralização através da Regência Una.
(C) Caracterizou-se pelo estabelecimento de um município neutro, que seria a cidade do Rio de Janeiro, pela extinção do
Conselho de Estado, reduto político do partido português, e pela vitaliciedade da Câmara e do Senado.
(D) Ao estabelecer a autonomia política, administrativa e judiciária das províncias, através da criação das Assembleias
Legislativas Municipais, acabava com a figura do juiz de paz, representante do judiciário que era indicado pelo imperador
para cada município.
(E) Teve como prioridade reformar a Constituição de 1824, estabelecendo a Regência Uma, eleita pelas assembleias
provinciais de todo o país, e a criação do Conselho de Estado cuja finalidade era auxiliar o regente em termos políticos.

Item A - ERRADO:
O Ato Adicional não pregou a total descentralização do poder político, apesar de fato ter criado a Assembleia Provinciais.

Item B - CORRETO:
O Ato Adicional de 1834, foi um instrumento de conciliação entre as forças políticas em disputa acerca do debate:
federalismo x unitarismo. Sendo assim, foi criado a Assembleias Provinciais (federalismo) e a mudança da Regência Trina
para Una (unitarismo).
O Ato Adicional a Constituição de 1824, foi a tentativa de conciliação entre os interesses dos membros do Partido
Conservador e do Partido Liberal.

Item C - ERRADO:
O Conselho de Estado era um reduto do Partido Conservador e não do Partido Português.

Item D - ERRADO:
O Ato Adicional não extinguiu a figura de juiz de paz.

Item E - ERRADO:
O regente Uno não seria eleito pela Assembleia Provinciais, mas sim pelo voto censitário. O Ato Adicional extinguiu o
Conselho de Estado.

08) (EsSA-2012) Em 1831, durante o Período Regencial, em resposta às agitações militares e populares, criou-se pelos
moderados o (a)

A) Guarda Nacional. B) Conselho de Estado. C) Clube da Maioridade.


D) Regência Una de Feijó. E) Código do Processo Criminal.

Comentário:
A Guarda Nacional foi criada pela lei de 18 de agosto de 1831, subordinada ao Ministério da Justiça, ao mesmo tempo se
extinguiam as ordenanças e milícias subordinadas ao Ministério da Guerra.
A Guarda Nacional era uma força paramilitar em respostas às agitações populares que ocorreram no Período Regencial.
O governo concedia aos fazendeiros o título de coronel, o maior posto da Guarda Nacional (não deve ser confundida com o
coronel do exército).
Os demais postos eram ocupados somente por homens de confiança dos coronéis.

Item B – ERRADO.
O Conselho de Estado foi o principal órgão de assessoria do imperador, entretanto, foi abolido pelos regentes em 1834.

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QUESTÕES COMENTADAS DE HISTÓRIA

Item C – ERRADO.
A fim de conter as agitações e o perigo da fragmentação política no Período Regencial, a antecipação da maioridade de D.
Pedro de Alcântara passou a ser cogitada. Levada a apreciação da Câmara, a questão foi aprovada em 1840. Assim, com 15
anos incompletos, Pedro de Alcântara jurou a Constituição e foi aclamado imperador com o título de D. Pedro II.
A antecipação da maioridade, entretanto, foi maquinada e posta em prática, com êxito, pelos liberais, no chamado Clube
da Maioridade, mas desde a renúncia de Feijó em 1837, haviam sido alijados do poder pelos regressistas.
Tratou-se portanto de um golpe – o Golpe da Maioridade, como ficou na história.

Item D – ERRADO.
Em 1834, os políticos moderados promoveram uma reforma na Constituição do império, conhecida como Ato Adicional. Foi
uma tentativa de harmonizar as diversas forças em conflito no país.
De acordo com o Ato Adicional, a regência seria exercida por única pessoa, com mandado de quatro anos. Assim, a regência
deixava de ser Trina e transformaria em Una. O Ato também aboliu o Conselho de Estado.
Em 7 de abril, Diogo Antônio Feijó, ex-ministro da Justiça, venceu as eleições, dando início a Regência Una de Antônio Feijó.

Item E – ERRADO.
Em 29 de novembro de 1832, foi aprovado o Código de Processo Criminal, que deu a mais ampla autonomia judiciária aos
municípios. Através desse novo código, o poder municipal concentrou-se nas mãos dos juízes de paz, eleitos pela população
local, que, além de poderes judiciários, tinha ainda o poder de polícia. Mas esses juízes foram facilmente neutralizados pelos
grandes proprietários locais que detinham de fato os poderes com seus bandos armados e não eram punidos por seus
crimes.

09) (EsPCEx 2013) - “O mais duradouro movimento rebelde do Império foi a Revolução Farroupilha, ocorrida no Rio Grande
do Sul e em Santa Catarina entre 1835-1845. […] Em 1836, após importantes vitórias sobre as tropas legalistas, os
farroupilhas proclamaram a República Rio Grandense”. (BOULOS JR, 2011)

Em 1842, Luís Alves de Lima e Silva, então Barão de Caxias, é enviado pelo Império para comandar as forças legalistas. A
atuação de Caxias pacificou a região já no ano de 1845.

Abaixo são listadas algumas medidas que poderiam ser utilizadas para solução do conflito:

I - Repressão violenta com prisão e fuzilamento de todos os líderes do movimento farroupilha.


II - Aumento de taxas de importação do charque platino para tornar o similar rio-grandensedo-sul mais competitivo no
mercado nacional.
III - Cerco impiedoso sobre as maiores cidades rebeladas provocando a morte de milhares de civis, minando a moral do
inimigo e levando os insurretos à rendição.
IV - Incorporação ao Exército Brasileiro de comandantes farroupilhas com os mesmos postos que ocupavam nas tropas
rebeldes.
V - Reconhecimento, pelo governo imperial, da liberdade dos escravos que lutaram na revolução como soldados.

Na ocasião, Caxias propôs

[A] todas as medidas acima listadas.


[B] apenas as medidas I, II e III.
[C] apenas as medidas I, III e IV.
[D] apenas as medidas II, III e V.
[E] apenas as medidas II, IV e V.

Comentário:
Em 1842, a Revolução Farroupilha começou a ser contida por meio de ações militares lideradas por Luís Alves de Lima e
Silva, o futuro Duque de Caxias. Em 1º de março de 1845, celebrou-se o acordo de paz entre as tropas imperiais (comandadas
por Caxias) e as forças farroupilhas.
Esse acordo assegurava vantagens exigidas pelos fazendeiros gaúchos: aumento da taxa de importação do charque, os
revoltosos não seriam punidos e receberiam anistia do imperador, os soldados e oficiais do exército farroupilha seriam

53
QUESTÕES COMENTADAS DE HISTÓRIA

incorporados ao exército imperial em igual posto, exceto general, os escravos fugitivos que lutavam ao lado dos
farroupilhas teriam direito à liberdade e devolução de terras que haviam sido confiscadas pelo governo.

GABARITO: E

O comentário acima responde os demais itens da questão.

Comentário Extra: A Revolução Farroupilha não foi uma revolta com objetivos populares, tratou-se de uma rebelião de
estancieiros (fazendeiros) que lutavam por seus interesses específicos. Não existia, entre os líderes da Farroupilha, a
proposta concreta de acabar com a escravidão ou de melhorar a vida miserável dos camponeses.
O objetivo principal era garantir o lucro das estâncias e exercer o poder político no Rio Grande do Sul com mais autonomia.

10) (CN-2014) Sobre a Guarda Nacional, é correto afirmar que:

A) foi criada logo após o início da Guerra do Paraguai e complementou o efetivo brasileiro, destacando-se na batalha do
Curupaiti.
B) era um corpo de elite do Exército Brasileiro também conhecido como “Voluntários da Pátria” e que se tornou famoso
devido a repressão aos cabanos.
C) era uma força paramilitar, criada durante o Primeiro Reinado, e que teve uma importância participação na consolidação
da independência brasileira.
D) era formada por milícias civis, comandadas pelos grandes fazendeiros, e um de seus objetivos era reprimir movimentos
sociais que ameaçassem o governo e as elites.
E) Foi criada pelo ministro da Justiça Antônio Feijó e foi extinta durante o Segundo Reinado, após participação de vários
motins ocorridos no Rio de Janeiro.

Comentário:
A Guarda Nacional foi criada em 18 de agosto de 1831, uma polícia de confiança do governo e dos grandes proprietários
rurais formada por milícias civis. O governo concedia aos fazendeiros título de coronel.
A Guarda Nacional atuou na repressão populares e agitações contrárias à ordem social vigente, além de contribuir com a
preservação das enormes propriedades dos fazendeiros.

Item A - ERRADO:
A Guarda Nacional foi criada em 1831.
A Guerra do Paraguai de 1864 a 1870.

Item B - ERRADO:
Os “voluntários da pátria” foram tropas criadas para compor o exército brasileiro e ajudar no combate na Guerra do Paraguai

Item C - ERRADO:
A Guarda Nacional foi criada no Período Regencial.

Item E - ERRADO:
A Guarda Nacional NÃO foi extinta no Segundo Reinado.
Ela foi extinta em 1922, no período republicano.

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QUESTÕES COMENTADAS DE HISTÓRIA

11) (CN-2016) Observe a charge a seguir:

É correto afirmar que a charge acima faz referência

(A) à Constituição de 1824, na qual destacamos, entre outros aspectos, a criação do Poder Moderador de uso exclusivo do
Imperador que também era chefe do legislativo e do judiciário.
(B) ao período das Regências, mais precisamente a Regência Una do Padre Diogo Feijó a qual se caracterizou por ser de
orientação mais liberal e descentralizadora.
(C) ao início do Segundo Reinado, quando D. Pedro II sobe ao poder, a partir de um arranjo político entre Liberais e
Conservadores que ficou conhecido como Golpe da Maioridade.
(D) ao período das Regências, destacando-se o momento da implantação da Regência Una que substitui a Regência Trina
Provisória de 1831, tendo à frente o Padre Diogo Feijó.
(E) à convocação da Assembleia Constituinte de 1823, a qual foi dissolvida pelos Conservadores no que ficou conhecido
como noite da agonia, por se tentar limitar os poderes do imperador.

Comentário:
De acordo com o Ato Adicional (1834), a regência seria exercida por uma única pessoa, com mandato de quatro anos.
Deixava-se de Regência Trina para tornar-se Una. O Ato também extinguiu o Conselho de Estado, órgão que reunia os
políticos mais conservadores e criou as Assembleias Legislativas provinciais com poderes para fazer as leis referentes às
questões locais.
Os presidentes das províncias continuavam sendo nomeados pelo governo central do império, mas, mesmo assim, o Ato
Adicional foi considerado um avanço liberal durante as regências. Porque concedia maior autonomia e liberdade
administrativas às províncias brasileiras.
Como determinava o Ato Adicional, realizaram-se novas eleições para a escolha da Regência Una, vencidas, com pequena
diferença de votos, pelo padre Diogo Antônio Feijó.

GABARITO: B

12) (EsSA-2016) A Revolta dos Malês foi um movimento de escravos africanos, muitos dos quais eram muçulmanos,
ocorridos em 1835 na seguinte província:

A) Minas Gerais. B) Grão-Pará. C) Pernambuco. D) Bahia. E) Maranhão.

ITEM A – ERRADO.
Não ocorreu nenhuma revolta em Minas Gerais de grande importância histórica no período do século XIX.

ITEM B – ERRADO.
Entre 1835 e 1840 ocorreu uma revolta popular na província do Grão-Pará chamada de CABANAGEM. Os cabanos
rebelaram-se contra a situação de miséria em que viviam e contra os responsáveis por sua exploração. Para tentar pôr fim
à injustiça social de que eram vítimas, queriam tomar o poder da província.

55
QUESTÕES COMENTADAS DE HISTÓRIA

ITEM C – ERRADO.
No século XIX, ocorrem duas revoltas na província de Pernambuco de grande importância histórica, a Confederação do
Equador em 1824 e a Revolução Praieira em 1848.

ITEM D – CORRETO.
Em 1835, ocorreu em Salvador a chamada REVOLTA DOS MALÊS. Movimento de escravos africanos, muitos deles
muçulmanos. Os “malês” conseguiram armas e munições e elaboraram um plano de luta contra os donos de escravos para
conseguir a liberdade. Uma denúncia antecipou o início do movimento e, na noite de 24 de janeiro de 1835, cercado pela
polícia, muitos rebeldes morreram em combate e outros foram presos. Entre estes, alguns foram condenados a açoite
público e fuzilamento.
Com a Revolta dos Malês, aumentou o medo de levantes escravos no Brasil. Para isso, passaram a agir de maneira cada vez
mais rigorosa para reprimir tais movimentos.

ITEM E – ERRADO.
Na província do Maranhão ocorreu uma revolta popular chamada BALAIADA, entre 1838 e 1841.

13) (EsSA-2016) Qual importante medida administrativa foi tomada em 1834, realizada a partir da modificação na
constituição brasileira?

A) As assinaturas das Tarifas Alves Branco.


B) A abertura dos portos às nações amigas.
C) A cidade do Rio de Janeiro tornou-se município neutro.
D) A aprovação da Lei das Terras.
E) A assinatura do Tratado de Navegação e Comércio com a Inglaterra.

ITEM A – ERRADO.
A assinatura da Tarifa Alves Branco ocorreu em 12 de agosto de 1844, pelo ministro da Fazenda do Império do Brasil, Manuel
Alves Branco.

ITEM B – ERRADO.
A abertura dos portos às nações amigas foi realizada no dia 28 de janeiro de 1808, em Salvador, pelo príncipe regente D.
João.

ITEM C CORRETO:
No dia 12 de agosto de 1834, quando foi proclamado o Ato Adicional à Constituição de 1824, a cidade do Rio de Janeiro foi
designada como município neutro.

ITEM D – ERRADO.
A Lei de Terras foi aprovada em 18 de setembro de 1850 pelo Conselho de Estado do Império do Brasil.

ITEM E – ERRADO.
A assinatura do Tratado de Navegação e Comércio ocorreu entre Portugal e a Inglaterra em 19 de fevereiro de 1810.

SEGUNDO REINADO (1840-1889)

01) (CN-2006) Durante o Segundo Reinado, basicamente os partidos figuravam no cenário político eram o Liberal e o
Conservador cujos membros eram definidos por alguns como “Farinha do mesmo Saco” devido ao fato de

(A) Serem basicamente representados pela elite agrária latifundiária escravista.


(B) Defenderem praticamente uma monarquia constitucional com a inteira subordinação das províncias.
(C) Buscarem implementar o regime republicano federalistas, cada um à sua forma.
(D) Terem como objetivo em comum a gradativa mudança do trabalho escravo para o assalariado no país.
(E) Defenderem a autonomia das províncias como demostrado no Ato Adicional de 1834.

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QUESTÕES COMENTADAS DE HISTÓRIA

Comentários:
Dois partidos dominaram o cenário político no Segundo Reinado – o Conservador e o Liberal. Ambos os partidos eram
predominantemente representados pela elite agrária latifundiária e escravista.
Entre eles, na prática, não existiam divergências ideológicas, predominava a defesa de um governo imperial, forte e
centralizado. A política desse período (e não só desse período), em grande medida, não se fazia em função de programas e
objetivos ideológicos definidos.
A grande preocupação dos políticos era chegar ao poder porque isso significava obter prestígios e benefícios para si próprio
e sua gente. (Qualquer semelhança NÃO É mera coincidência).

GABARITO: A

02) (EsPCEx-2006) O fim do Império Brasileiro foi marcado por contestações ao regime como, por exemplo, a campanha
abolicionista e a campanha republicana. Paralelamente, ocorreram duas outras causas da queda da monarquia: a relação
Padroado-Maçonaria e as ideias criadas pelo francês Auguste Comte, corrente filosófica chamada de Positivismo. Esses dois
conjuntos geraram, respectivamente, a:

[A] Crise de sucessão do terceiro imperador e a censura dos livros de filosofia.


[B] Perseguição às sociedades secretas e o Problema Servil.
[C] Corrente Nacionalista e a rejeição do Conde D´Eu como novo monarca.
[D] Questão Religiosa e a Questão Militar.
[E] Crise do Beneplácito e a queda do Gabinete Liberal.

Comentário:
A Questão Religiosa está relacionada ao regime de Padroado adotado pela Constituição de 1824, onde a bula papal só
poderia ser acatada pelos clérigos católicos com a autorização do monarca.
Em 1872, a bula papal enviada, mandava excomungar todos os católicos que pertenciam a Maçonaria, entretanto, o
imperador D. Pedro II, proibiu que a bula fosse acatada. Sendo assim, o bispo de Belém e de Recife desobedeceram a ordem
do imperador e por isso foram presos gerando a Questão Religiosa.

A Questão Militar surgiu logo após a vitória do Exército Brasileiro na Guerra do Paraguai. Foi a partir desse momento que o
exército percebeu a importância que tinha em relação ao Estado Imperial, pois era através deles, que era garantindo a
proteção das fronteiras do país.

GABARITO: D

03) (CN-2007) Observe a charge abaixo, leia o texto que a segue e, em seguida, assinale a opção correta.

Na charge de Angelo Agostini, o marechal Deodoro da Fonseca é deposto pelo gabinete ministerial do cargo de presidente
e comandante de armas no Rio Grande do Sul.

Esse foi um dos momentos no episódio que ficou conhecido como a

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QUESTÕES COMENTADAS DE HISTÓRIA

(A) Questão Religiosa, que contou com auxílio dos militares na Luta contra o veto do imperador à Bula Syllabus, que se
colocava contra a presença de maçons em ritos da Igreja Católica.
(B) Questão Militar, motivada pela punição de militares que se pronunciaram publicamente pelo descaso em que se
encontrava o Exército Brasileiro.
(C) Insubordinação dos Casacas, que não observavam a situação em que se encontrava o Exército Brasileiro, principalmente
após a Guerra da Cisplatina.
(D) Revolta Militar, motivada pela punição de militares, com Tenente-Coronel Sena Madureira e o Coronel Cunha Matos,
que se manifestaram através da imprensa após a campanha contra Aguirre.
(E) Revolta Religiosa, na qual os militares apoiaram D. Pedro II no veto à Bula Syllabus, a qual garantia aos maçons livre
acesso às Igrejas Católicas existentes no país.

Item A - ERRADO:
A Questão Religiosa não contou com auxílio dos militares.

Item C - ERRADO:
Os oficiais do Exército passaram a assumir posições radicalmente contrárias às da monarquia. Nas escolas militares crescia
mentalidade positivista, teoria de Auguste Comte, fundada na ideia de a ordem com base na “aliança” das classes sociais e
de progresso com o crescimento das ciências exatas.
Assim, caberia ao Exército garantir firmemente a ORDEM, para viabilizar o PROGRESSO capitalista, livrando o Estado dos
civis (“casacas”) corruptos e antipatriotas. Por isso, a Insubordinação contra os Casacas, que não observaram a situação do
Exército Brasileiro após a Guerra do Paraguai ajudou na formação da Questão Militar que foi um dos fatores para a queda
da monarquia.

Item D - ERRADO:
A Revolta Militar ocorreu após a manifestação da imprensa sobre a punição do Tenente-Coronel Sena Madureira e o Coronel
Cunha Matos pelo Ministro da Guerra. Após as denúncias de irregularidades praticadas pelo capitão Pedro José de Lima, do
Partido Conservador, o incidente causou uma forte tensão no meio militar.

Item E - ERRADO:
Foi ao contrário. A bula papal proibia aos católicos terem acesso aos quadros da maçonaria.

GABARITO: B

04) (EsPCEx-2007) Durante o Segundo Reinado no Brasil, surgiu em Pernambuco, no ano de 1848, um movimento popular
que uniu “pessoas de várias tendências, sobretudo progressistas, inconformadas com o quadro político-social de sua
província.”
(BARBEIRO; CANTELE; SCHNEEBERGER, 2005, p. 347).

Tal movimento é conhecido como a

[A] Revolta dos Mascates. [B] Cabanagem. [C] Sabinada. [D] Revolução Praieira.
[E] Balaiada.

Comentário:
Revolução Praieira que atraiu pessoas mais humilde devidos as preocupações sociais que apresentavam os seus projetos e
a alternância entre os dois partidos em Pernambuco - o Liberal e o Conservador.

Item A – ERRADO.
A Guerra dos Mascates ocorreu em 1710, na capitania de Pernambuco devido ao confronto dos senhores de terra e de
engenhos pernambucanos, concentrados em Olinda, contra os comerciantes de Recife, chamados pejorativamente de
“mascates”.
Após a expulsão dos holandeses, a economia do açúcar entrou em crise devido à forte concorrência do açúcar holandês
produzido nas Antilhas. Esses senhores de engenhos, em Olinda, entraram em decadência e passaram a pegar empréstimos
com os comerciantes de Recife, que cobravam juros altíssimos. Entretanto, os senhores de engenho não queriam aceitar a
emancipação de Recife, pois viam essa emancipação como ameaça as suas terras devido as dívidas que eles tinham com os

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QUESTÕES COMENTADAS DE HISTÓRIA

comerciantes de Recife.
O povoado de Olinda se rebelou contra Recife, mas em 1711, a metrópole portuguesa interveio, prendendo os líderes da
revolta e emancipando Recife, fazendo dela a capital de Pernambuco. (Ver Módulo 18).

Item B – ERRADO.
A Cabanagem foi uma grande revolta popular que aconteceu no Pará, entre 1835 e 1840, no Período Regencial. Ficou
conhecida por esse nome porque dela participou uma multidão de cabanos – homens e mulheres pobres, negros, índios e
mestiços que trabalhavam na extração de produtos das florestas e viviam em casas semelhantes a cabanas, à beira dos rios.
Os cabanos rebelaram-se contra a situação de miséria em que viviam e contra os responsáveis por sua exploração. Os
cabanos tomaram o poder, mas tiveram grande dificuldade de governar. Tudo isso facilitou a repressão violenta comandada
por tropas enviadas pelo governo do Rio de Janeiro.
Calcula-se que tenham sido mortos mais de 30 mil revoltosos. (Ver Módulo 27).

Item C – ERRADO.
Sabinada foi uma rebelião que ocorreu na Bahia em 1837. Foi liderada pelo médico Francisco Sabino. Seu objetivo básico
era instituir uma república na província enquanto o príncipe herdeiro fosse menor de idade. Com apoio de parte do exército
baiano, os sabinos conseguiram tomar o poder. O movimento não empolgou a maioria da população. Muitos fazendeiros
se assustaram com as declarações de que os escravos que lutassem aos lados dos rebeldes seriam libertados. Temerosos,
esses fazendeiros não tardaram de mudar de lados. Deixaram de apoiar o movimento e passaram a ajudar as forças imperiais
enviadas para combater a Sabinada. Várias casas foram incendiadas e mais de mil pessoas morreram na luta.
Em março de 1838, a rebelião estava totalmente dominada. (Ver Módulo 27).

Item E – ERRADO.
A Balaiada foi uma revolta popular que ocorreu no Maranhão, entre 1838 e 1841. Nessa época, a economia agrária do
Maranhão atravessava grave crise. Sua principal riqueza, o algodão, vinha enfrentando queda de preço e perda de
compradores no exterior devido à forte concorrência do algodão produzido nos Estados Unidos. Quem mais sofria as
consequências dos problemas econômicos do Maranhão era a população pobre, uma multidão formada por vaqueiros,
sertanejos e escravos. Esses trabalhadores uniram-se para lutar contra a miséria, a fome, a escravidão e aos maus tratos
que eram submetidos. Apesar da pouca organização estratégica, os rebeldes balaios conquistaram a cidade de Caxias, uma
das mais importantes do Maranhão. Para combater a revolta, foi enviado tropas comandadas pelo coronel Luís Alves de
Lima e Silva (o Duque de Caxias).
O combate foi duradouro e violento, e só terminou em 1841. A Balaiada não tinha um projeto político definido e não foi um
movimento único e harmonioso. Foi um movimento armado, organizado por sertanejos pelo anseio de conquistar justiça
social.
Calcula-se terem morrido cerca de 12 mil sertanejos e escravos. (Ver Módulo 27).

05) (CN-2008) Observe a gravura abaixo, referente a um conflito vivenciado entre estado e igreja na segunda metade do
século XIX e responda a questão a seguir

A partir da imagem é correto afirmar que tal conflito teve origem

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QUESTÕES COMENTADAS DE HISTÓRIA

(A) Logo após a promulgação da Constituição de 1824, que determinava o direito de o Estado conceder ou negar validade
aos decretos eclesiásticos, a partir do que se denominou de padroado.
(B) Na instituição do Primeiro Reinado, quando o imperador, que era maçom, tem constantes atritos com a igreja,
principalmente a partir da Bula Syllabus do Papa Pio IX.
(C) Na proibição feita pelo papa Paio IX, quanto à permanência de membros da maçonaria dentro dos quadros da Igreja,
como por exemplo, as irmandades religiosas.
(D) Com os militares, que não aceitam a ordem dada pelo Papa Pio IX, proibindo membros ligados à maçonaria e ao
movimento abolicionista de frequentarem a Igreja Católica.
(E) Com os Liberais e Conservadores que, desde a Constituição de 1823, condenavam a interferência do Estado nos negócios
da Igreja, a partir do Padroado e do Beneplácito.

Comentário:
A imagem da questão refere-se a Questão Religiosa.
Em 1872, D. Vidal e D. Macedo, bispos de Olinda e Belém, resolveram seguir as ordens do Papa Pio IX, punindo os religiosos
que apoiavam os maçons.
D. Pedro II (simpatizante da ordem) não aprovou a bula papal (no Brasil Imperial o Estado tinha o regime do padroado, na
qual a bula papal tinha que ter autorização do imperador) e solicitou aos bispos que suspendessem as punições.
Os bispos se recusaram a obedecer o imperador e foram condenados a quatros anos de prisão. Apesar do perdão imperial
em 1875, o episódio abalou as relações entre a Igreja e o imperador.

GABARITO: C

06) (EsSA-2010) Em 1845, a Inglaterra aprovou o Bill Aberdeen. Com relação a esse ato é correto afirmar:

A) concedia à Inglaterra o direito de monopolizar o tráfico negreiro para o Brasil.


B) determinava a substituição da mão-de-obra escrava pela mão-de-obra livre.
C) era declarado legal o aprisionamento de qualquer navio negreiro, bem como o julgamento dos traficantes pela marinha
inglesa.
D) elevava violentamente as taxas alfandegárias sobre os produtos brasileiros.
E) visava à eliminação da concorrência que a agricultura escravista brasileira representava.

Comentário:
A passividade do governo brasileiro em relação ao tráfico negreiro e o não-cumprimento dos compromissos assumidos
através de vários tratados fez a Inglaterra tomar uma atitude extrema.
Em 08 de agosto de 1845, o Parlamento britânico aprovou uma lei, chamada de Bill Aberdeen, conferido à Marinha inglesa
o direito de aprisionar qualquer navio negreiro e fazer os traficantes responderem diante do almirantado ou qualquer
tribunal do vice almirantado dos domínios britânicos.
Assim, a repressão ao tráfico foi intensificada e os navios britânicos começaram a apreender navios negreiros em águas
territoriais brasileiras, até mesmo entrando em seus portos.
Em consequência da lei de Bill Aberdeen, em março de 1850, o todo-poderoso primeiro ministro Gladstone obrigou o Brasil
ao cumprimento dos tratados, ameaçando-o com uma guerra de extermínio. O governo brasileiro finalmente se curvou as
exigências britânicas e, em 4 de setembro de 1850, promulgou a lei de extinção do tráfico negreiro pelo ministro Eusébio
de Queirós.

GABARITO: C

07) (EsSA-2010) A decretação da cobrança da Tarifa Alves Branco(1844) levou o governo Imperial a:

A) falência do Banco do Brasil. B) um aumento da tributação sobre as importações


C) proibir o tráfico de escravos D) decretar o fim do Tratado de Methuen.
E) incentivar as importações de produtos.

Comentário:
Em meados do século XIX, o Brasil encontrava-se dependente economicamente da Inglaterra e em menor escala dos Estados
Unidos.

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QUESTÕES COMENTADAS DE HISTÓRIA

O país continuava, no plano econômico, essencialmente colonial. Essa distorção dificultava a acumulação interna de capital.
Em 1844, foi parcialmente corrigida com a substituição do livre-cambismo, medidas protecionistas através da Tarifa Alves
Branco, como ficou conhecido o decreto do ministro da Fazenda Manuel Alves Branco.
Segundo a nova legislação aduaneira, as taxas alfandegárias duplicaram (passaram para 30%) para mercadorias sem
similares no Brasil e 60%, em caso contrário.
Evidentemente, as pressões internacionais contra a medida foram muitas, sobretudo por parte dos britânicos, que perdiam
boa parte dos privilégios que tinham no mercado brasileiro.

Item A – ERRADO.
Sem enfrentar as verdadeiras causas da crise financeira que se instalou no período, com um quadro de excesso de circulação,
carência de numerário metálico, um incipiente mercado interno e tendo a família real levado quase toda a reserva de ouro
existente, entendeu o governo do Primeiro Reinado que a extinção do Banco emissor seria a medida mais adequada para a
correção do problema.
Assim, em 23 de setembro de 1829, foi aprovada na Câmara a Lei de extinção do primeiro Banco do Brasil.

Item C – ERRADO.
A proibição do tráfico de escravos ocorreu com a Lei de Eusébio de Queirós em 1850.

Item D – ERRADO.
Ficou conhecido como Tratado de Methuen, também chamado de tratado de Panos e Vinhos, um acordo entre Portugal e
Inglaterra vigente entre 1703 e 1836, e que envolvia a troca entre os produtos têxteis ingleses e o vinho português.
Seu nome é uma referência ao embaixador britânico que dirigiu as respectivas negociações.

Item E – ERRADO.
A Tarifa Alves Branco de 1844, era uma lei protecionista, sendo assim, não estimulava a importação e sim as exportações.

08) (EsPCEx-2010) “A Tarifa Alves Branco (decreto de 12 de Agosto de 1844), criada por Manuel Alves Branco (2º Visconde
de Caravelas), Ministro da Fazenda do gabinete liberal que assumiu em 2 de fevereiro de 1844”. (KOSHIBA; PEREIRA, 2003)

Este decreto

[A] reduzia os direitos alfandegários das mercadorias inglesas para 15% ad valorem.
[B] barateava os custos para a importação de mercadorias estrangeiras.
[C] extinguia as tarifas que favoreciam a Inglaterra e que prejudicavam o crescimento do setor industrial brasileiro.
[D] facilitava a exportação dos derivados da cana-de-açúcar, por deixá-los mais baratos no mercado internacional.
[E] pouco afetava a arrecadação do País, tendo em vista a pequena participação das tarifas alfandegárias na composição da
receita governamental.

Comentário:
A Tarifa Alves Branco foi uma tarifa protecionista onde as taxas alfandegarias para produtos estrangeiros subiu de 15%
para 30% e de produtos que fossem produzidos no país de 30% para 60%.
Manuel Alves Branco tinha a intenção de não só controlar a balança comercial mas também de incentivar a industrialização
no país através do lucro gerado pela economia cafeeira.

GABARITO: C

O comentário da questão responde os demais itens da questão.

09) (EsPCEx-2010) “O exemplo [...] britânico e o desejo de preservar politicamente o monarca levaram à criação, em 1847,
do cargo do Conselho de Ministros, escolhido pelo Imperador. Se o ministério (ou Conselho de Ministros) não possuísse
maioria [...], a Câmara seria dissolvida, convocando-se novas eleições”
(BARBEIRO; CANTELE; SCHNEEBERGER, 2007)

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QUESTÕES COMENTADAS DE HISTÓRIA

Esse sistema utilizado no Brasil, em parte do 2º Reinado, ficou conhecido como

[A] Presidencialismo Monárquico. [B] Ditadura Monárquica.


[C] Parlamentarismo Tradicional.
[D] Parlamentarismo às avessas. [E] Autoritarismo Monárquico.

Comentário:
Para diminuir os atritos entre os poderes, foi criado, em 1847, a Presidência do Conselho de Ministros. Ficou convencionado
que o imperador nomearia apenas o presidente do Conselho, que, por sua vez, escolheria os demais ministros. Nascia, desse
modo, o parlamentarismo brasileiro. Entretanto, o parlamentarismo brasileiro, era diferente daquele praticado na Europa
– o modelo inglês.
No parlamentarismo europeu, o primeiro-ministro (que equivale ao nosso presidente do Conselho de Ministros) era
escolhido pelo Parlamento, que tinha força para depô-lo. Além disso, o ministério era responsável perante o Parlamento,
ao qual era obrigado a prestar contas. Em suma, o Legislativo controlava o Executivo.
No Brasil era o contrário. O ministério era responsável perante o poder Moderador (imperador). O Parlamento (poder
Legislativo) não podia contra os ministros que governavam ignorando-o e prestando contas apenas ao imperador.
Por esse motivo, esse parlamentarismo brasileiro ganhou o nome de “parlamentarismo às avessas”.

GABARITO: D

10) (EsPCEx-2011) Sobre a Proclamação da República, a tradição historiográfica relaciona três questões responsáveis pela
queda da monarquia: a questão servil (escravidão), a religiosa e a militar.

Leia atentamente os itens abaixo.

I – Segundo o regime de padroado, cabia ao imperador a escolha dos clérigos para os Cargos importantes da igreja.
II – A igreja afastou-se do governo imperial, após D. Pedro II ter ordenado aos padres afastarem-se da maçonaria.
III – A Lei Saraiva-Cotegipe estabelecia liberdade aos escravos com mais de 60 anos de idade, tendo um alcance
extremamente positivo na luta contra a escravidão no Brasil, pois na prática colocava em liberdade imediata um grande
contingente de escravos que já tinham atingido a idade.
IV - Em 13 de maio de 1888, a princesa Isabel promulgou a Lei do Ventre Livre, declarando extinta a escravidão no Brasil.
V - O Exército Brasileiro tomou consciência de sua importância após a guerra do Paraguai.
Assinale a única alternativa em que todos os itens listam características corretas.

[A] I, II e V. [B] II e IV. [C] III, IV e V. [D] II, III e IV. [E] I e V.

Item I – CORRETO.
A Constituição de 1824, havia instaurado no Brasil a união entre a Igreja e o Estado. Tal união se processava por meio do
regime do padroado, ou seja, o poder do imperador de nomear os bispos, controlando a hierarquia eclesiástica e o conjunto
de clero.

Item II – ERRADO.
D. Pedro II era membro da maçonaria. A bula papal do papa Pio IX, em 1864, decretava a proibição de membros da
maçonaria dentro dos quadros da Igreja. D. Pedro II rejeitou a bula. A maior parte dos religiosos permaneceu fiel ao
imperador, porém, os bispos de Olinda e de Belém, acataram a ordem do papa e expulsaram párocos de suas dioceses
ligados à maçonaria.
D. Pedro II, decidiu punir os bispos, processando-os e condenando-os à prisão com trabalhos forçados.

Item III – ERRADO.


Em 28 de setembro de 1885, foi aprovada a Lei dos Sexagenários, também conhecida como a Lei Saraiva-Cotegipe, a lei
libertava os escravos com mais de 65 anos de idade. Como era de se esperar, a lei beneficiou um número muito reduzido
de escravos, uma vez que poucos escravos atingiam essa idade, como também aqueles raros escravos que conseguiam
atingir a idade, quase sempre não estavam em condições de trabalhar e, a sua liberdade representava a liberação dos custos
de sua manutenção para o proprietário.
Pura “malandragem” dos senhores de escravos que faziam parte da política.

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QUESTÕES COMENTADAS DE HISTÓRIA

Item IV – ERRADO.
Em 13 de maio de 1888, a princesa Isabel promulgou a Lei Áurea, declarando a liberdade de todos os escravos no Brasil.
A Lei do Ventre Livre, foi promulgada em 27 de maio de 1871 pelo visconde do Rio Branco, segunda a lei, os filhos de escravas
nascidos a partir daquela data seriam considerados livres

Item V – CORRETO.
O Exército que conhecemos hoje só começou a existir no Brasil a partir da Guerra do Paraguai. Até então, era mantido em
posição secundária, num regime de absoluta supremacia dos civis. Depois da Guerra do Paraguai, os militares tomaram
consciência de sua importância e gradativamente começaram a manifestar insatisfação pelo tratamento recebido pelo
governo imperial.
Aos poucos foram tornando-se públicas as queixas, ao mesmo tempo em que um grupo minoritário de oficiais, porém
extremamente ativo, difundia o ideal republicano e positivista, sob a liderança de Benjamin Constant.

GABARITO: E

11) (CN-2012) Em relação a economia cafeeira no Segundo Reinado é correto afirmar que a

(A) Região Sul Fluminense foi a principal área produtora do Brasil, só sendo superada na década de 1870 pelo Vale do
Paraíba.
(B) Produção e a mão de obra nos cafezais não conservaram nenhuma característica do período colonial, tendo em vista o
fato de o Brasil ser um país independente.
(C) Produção de café no Vale do Paraíba foi favorecida pelo fim do tráfico negreiro em 1850, ocorrendo uma mudança nas
relações de trabalho com a introdução do imigrante.
(D) Região do Oeste Paulista, superou a região do Vale do Paraíba na produção de café, dentre outros motivos, porque o
solo da região do Oeste Paulista era mais apropriado para o tipo da cultura.
(E) Produção do café foi caracterizada pelo minifúndio, monocultura, escravidão e economia voltada para o mercado
externo, tal como era a economia de Plantation no período colonial.

Item A - ERRADO:
No Vale do Paraíba que foi a principal área produtora de café do Brasil. Somente foi superada em 1870 pela “terra roxa” do
oeste paulista.
A “terra roxa” é um tipo de solo avermelhado muito fértil, caracterizado por ser o resultado de milhões de anos de
decomposição de rochas basálticas.

Item B - ERRADO:
A mão de obra utilizada nos cafezais foi escrava africana, conforme do período colonial. Mesmo após a independência o
Brasil manteve a escravidão.

Item C - ERRADO:
O fim do tráfico negreiro em 1850, prejudicou os cafeicultores da Vale do Paraíba. A introdução de imigrantes foi introduzida
pelos cafeicultores paulistas.

Item D - CORRETO:
A região oeste de São Paulo era mais adequada para plantação e produção de café devido as suas vastas terras denominadas
“terra roxa”.
O nome “terra roxa” surgiu por causa dos imigrantes italianos que vieram ao Brasil para trabalhar nas lavouras de café. Eles
chamavam a terra de “rossa”, que significa “vermelha”, em italiano. A palavra foi entendida como “roxa”, e o nome acabou
pegando nos brasileiros.
Esse tipo de solo é encontrado principalmente nos estados do Paraná, São Paulo, Minas Gerais e Mato Grosso do Sul.
Esse solo é resultado de milhões de anos de decomposição de rochas basálticas, muito ricas em nutrientes, como o ferro,
responsável pela coloração avermelhada.

Item E - ERRADO:
A plantação do café no Segundo Reinado foi caracterizada pelo LATIFÚNDIO, tal como era no período colonial.

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QUESTÕES COMENTADAS DE HISTÓRIA

12) (CN-2013) A Lei Eusébio de Queiroz, ficou conhecida por proibir o tráfico internacional de escravos no Brasil. Assinale a
opção que indica setores da economia em que foram aplicados recursos antes destinados ao tráfico internacional de
escravos.

(A) No tráfico negreiro interprovincial, no setor industrial, além da área de transportes e comunicações.
(B) No combate à pirataria, nas lavouras açucareiras e na compra de mão de obra indígena.
(C) Nas indústrias siderúrgicas, na prospecção de novas áreas mineradoras e no trabalho assalariado.
(D) No comércio clandestino de escravos africanos, no extermínio de índios e no setor manufatureiro de gêneros
alimentícios.
(E) Na compra e distribuição de terras para os imigrantes estrangeiros e no setor industrial têxtil.

Comentário:
A Lei de Eusébio de Queirós LIBEROU UMA SOMA CONSIDERÁVEL DE CAPITAL que passou a ser aplicado em outros setores
da economia.
As atividades industriais, financeiras e comerciais receberam um grande estímulo.

GABARITO: A

13) (CN-2014) Sobre a economia no Segundo Reinado, é correto afirmar que

(A) A tarifa Alves Branco foi criada exclusivamente com objetivos protecionistas, isto é, para favorecer a indústria nacional.
Entretanto, a Inglaterra não sofreu os efeitos dessa tarifa.
(B) Como a tarifa Alves Branco não conseguiu obter os efeitos desejados, foi instituída a tarifa Silva Ferraz. A Inglaterra, em
represália, aprovou a Bill Aberdeen, que combateu o tráfico negreiro.
(C) A tarifa Alves Branco foi criada com objetivo de aumentar a arrecadação de impostos e de incentivar o desenvolvimento
econômico do país. Essa tarifa aboliu as taxas alfandegarias preferenciais de 15%.
(D) Como consequência das medidas protecionistas contidas na tarifa Silva Ferraz, o café foi perdendo espaço na economia
imperial e, em razão disso, teve início a denominada Era Mauá.
(E) As medidas protecionistas implantadas pela tarifa Alves Branco foram um duro golpe nos novos empreendimentos
industriais e levaram à falência o Barão de Mauá, encerrando a denominada Era Mauá.

Item A - ERRADO:
A criação da tarifa não era exclusivamente protecionista, mas a seu principal objetivo era de aumentar a arrecadação de
impostos e estimular a industrialização no Brasil.
Item B - ERRADO:
A Tarifa Silva Ferraz de 1860, praticamente anulou a Tarifa Alves Branco. A tarifa Alves Branco conseguiu obter os efeitos
desejados, que favoreceu o crescimento industrial brasileiro, destaca-se a figura do barão de Mauá.
A tarifa Silva Ferraz foi criada para diminuir as taxas alfandegárias de produtos importados, dificultando as indústrias
nacionais concorrerem com as indústrias inglesas. Exemplo disso, foi a falência do barão de Mauá.
A lei de Bill Aberdeen foi uma lei criada pelo Parlamento inglês que autorizava a apreender qualquer navio negreiro nos
portos do Brasil ou no Atlântico Sul.
Item C - CORRETO:
Em 1844, o ministro da Fazenda, Manuel Alves Branco, decretou a cobrança de uma nova tarifa alfandegária sobre os
produtos importados. A elevação da tarifa (15% para 30%) acarretou o aumento do preço desses produtos, forçando o
consumidor brasileiro a procurar por similares nacionais. O principal objetivo da tarifa era aumentar a arrecadação de
impostos e incentivar o desenvolvimento industrial do país.
Item D - ERRADO:
A Tarifa Silva Ferraz NÃO era uma tarifa protecionista e o café NÃO perdeu espaço na economia imperial.
A Era Mauá está atrelada aos capitais excedentes gerados pela Tarifa Alves Branco e pela Lei de Eusébio Queirós (fim do
tráfico negreiro).
Item E - ERRADO:
NÃO foi a tarifa Alves Branco que decretou a falência o barão de Mauá, mas sim a Tarifa Silva Ferraz.

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QUESTÕES COMENTADAS DE HISTÓRIA

14) (EsSA-2015) A Lei de Terras (1850) regulamentou questões relacionadas à propriedade privada da terra e a mão de obra
agrícola.

Tal legislação atendeu aos interesses dos grandes fazendeiros da região sudeste, que cultivavam:

A) cacau. B) cana de açúcar. C) soja.


D) café. E) algodão.

Comentário:
A Lei de Terras aprovada em 1850, estabelecia que o meio normal de adquirir a propriedade da terra era a compra e não a
posse (ocupação) da área.
Em outras palavras, se alguém pretendia ser proprietário, tinha de comprar suas terras do Estado ou de particular. Vale
ressaltar, que a lei estabelecia uma exceção: a chamada usucapião (aquisição da propriedade pela posse prolongada, por
tempo e condições definidos em lei). Se alguém pudesse provar, diante da autoridade competente, que ocupou
continuamente por 10 ou 20 anos, um pedaço de terra, talvez conseguisse que o cartório registrasse como sua propriedade.
Entretanto, quase ninguém do povo adquiria propriedade por essa via. Em consequência, as boas terras do país
permaneceram concentradas nas mãos dos antigos proprietários, que puderam fazer de seus filhos e netos outros tantos
fazendeiros latifundiários.
Sendo assim, a Lei de Terras contribui para preservar o domínio patrimonial dos grandes fazendeiros, que na época
situavam-se na região sudeste devido economia cafeeira, que sustentava o país.

Item A – ERRADO.
O cultivo de cacau concentrava-se no norte e nordeste, mas principalmente na região de Ilhéus.

Item B – ERRADO.
A produção de cana-de-açúcar no sudeste era superado pela economia cafeeira.

Item C – ERRADO.
Não havia cultivo de soja em 1850. A produção de soja iniciou em 1882, para abastecer o mercado interno.
Somente em 1973, que começou a produção para a exportação. Levando mais tarde o Brasil ao status de segundo maior
produtor de soja do mundo.
Os principais estados produtores são de Mato Grosso, Paraná e Goiás.

Item E – ERRADO.
O cultivo de algodão concentrava-se na região nordeste, mas nunca foi a principal economia do país, perdíamos para
concorrência industrializada norte-americana.

15) (EsPCEx-2015) Pedro I abdicou do trono, em 1831, em favor de seu filho Pedro de Alcântara, iniciando-se no Brasil o
Período Regencial.
A partir de 1840 e durante todo o período imperial, a vida política do país passou a ser dominada pelos

[A] liberais e conservadores. [B] conservadores e socialistas.


[C] liberais e republicanos. [D] comunistas e republicanos. [E] liberais e anarquistas.
Comentário:
As disputas políticas entre progressistas (Antônio Feijó) e regressistas (Araújo Lima), durante as regências (1831-1840),
resultaram posteriormente no Partido Liberal e no Partido Conservador, que se alternaram no governo ao longo do
Segundo Reinado (1840-1889).

Item B – ERRADO.
Os ideais socialistas chegaram no Brasil, a partir da década de 1840. Alguns intelectuais, entusiasmados com o potencial
crítico do socialismo passaram a importar livros dos pensadores franceses. Apesar dos níveis distintos de desenvolvimento
entre Brasil e os países da Europa, as sementes socialistas foram difundidas em solo brasileiro, chegaram inclusive, a
influenciar um movimento em Recife, conhecido como Revolta Praieira (1848). A curiosidade e a simpatia dos ideais
socialistas aumentaram conforme cresceram em número e importância o movimento operário brasileiro.

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QUESTÕES COMENTADAS DE HISTÓRIA

Item C – ERRADO.
Republicanos eram os membros do Partido Republicano Paulista fundado em 1873, durante a Convenção de Itu, que foi o
primeiro movimento republicano moderno no Brasil.

Item D – ERRADO.
Partido Comunista do Brasil surgiu em 1922, baseado ideologicamente nos princípios do marxismo-leninismo.
A sua expressão nacional está fortemente ligada nos meios sindicais e estudantis.

Item E – ERRADO.
O anarquismo chegou no Brasil durante a imigração europeia dos trabalhadores no fim do século XIX e começo do século.
Juntos com os imigrantes italianos, espanhóis, portugueses e alemães os ideais anarquistas começaram a se espalhar.

16) (CN-2015) Com relação ao Segundo Reinado coloque (V) verdadeiro ou (F) falso nas afirmativas abaixo assinalando, a
seguir, a opção correta.

I – Ocorreu no Brasil o crescimento das atividades econômicas, como a criação de bancos, ferroviais e casas comerciais,
favorecidas pela disponibilidade de capitais, antes utilizados no tráfico negreiro.
II – Durante o Segundo Reinado, o Brasil colocou em prática uma política externa, na região platina, que tinha como objetivo
garantir sua hegemonia política e a livre navegação dos rios da bacia do Prata.
III – A guerra contra o Paraguai teve como consequência para o Brasil um acréscimo no seu endividamento externo e a
queda da influência dos militares na sociedade.
IV – O crescimento da economia brasileira, na segunda metade do século XIX, favoreceu uma profunda reconfiguração da
estrutura fundiária e da influência política da burguesia urbana no Brasil.

(A) (V) (V) (F) (F) (B) (V) (V) (F) (V) (C) (F) (V) (V) (V) (D) (V) (F) (F) (F) (E) (F) (F) (V) (V)

I – (VERDADEIRO)
Com a criação da Lei de Eusébio de Queirós em 1850, que
decretava o fim do tráfico negreiro. Outros setores da
economia foram aplicados recursos antes destinados ao
tráfico internacional de escravos. Destacam-se o setor
industrial, além da área de transportes, comunicações e
criação de bancos.

II – (VERDADEIRO)
O Império do Brasil tinha vários objetivos na região platina.
Uma delas era a garantia do direito a navegação pelo rio da
Prata formado pela junção dos rios Paraná e Uruguai. Era o
único acesso para província do Mato Grosso, na época. (Ver
Módulo 19).

III – (FALSO)
Realmente a Guerra do Paraguai ocasionou um acréscimo do endividamento externo do país, devido a elevados
empréstimos concedidos pelos ingleses para D. Pedro II pudesse estruturar o exército brasileiro, mas NÃO houve queda da
influência dos militares na sociedade, pelo contrário, o exército brasileiro após a guerra foi adquirindo uma importância que
o governo imperial não reconhecia. (Ver Módulo 19).

IV – (FALSO)
Os cafeicultores paulistas tornaram-se o grupo mais rico e influente da política e sociedade brasileira da época.
Inicialmente o café foi cultivado na Baixada Fluminense e no vale do Paraíba, mas depois expandiu-se para oeste paulista.

GABARITO: A

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QUESTÕES COMENTADAS DE HISTÓRIA

17) (EsSA-2016) O item de pauta da exportação brasileira do Segundo Reinado que foi considerado um importante fator de
modernização na economia foi

A) O trigo. B) O tabaco. C) O café. D) A soja. E) A cana-de-açúcar.

ITEM A – ERRADO.
A soja é a cultura agrícola que mais cresceu nas últimas três décadas. O Brasil é o segundo maior exportador de soja no
mundo.

ITEM B – ERRADO.
A economia do tabaco era destinada ao escambo com as regiões africanas, onde era trocado por escravos no período
colonial.

ITEM C – CORRETO.
As grandes somas de dinheiro resultantes das exportações do CAFÉ não foram aplicadas apenas na expansão da própria
cafeicultura, em certa medida, também financiaram a instalação de industriais e a modernização de algumas cidades
brasileiras, como Rio de Janeiro e São Paulo.

ITEM D – ERRADO.
Mais de 60% do trigo consumido no Brasil é importado. No Brasil não há estímulo para os agricultores plantarem trigo por
ser considerada uma produção de alto risco. O trigo é considerado uma cultura de inverno, semeada na entressafra da soja.
Por ser um produto vendido basicamente no mercado interno, o agricultor tem poucas possibilidades de remuneração,
diferente que acontece com a soja e o milho.

ITEM E – ERRADO.
No Brasil Colonial, o Brasil foi um dos maiores produtores de açúcar do mundo. Devido ao pacto colonial com a metrópole
portuguesa, a colônia não podia realizar manufaturas que concorresse com a metrópole. A partir do século XVIII, o açúcar
brasileiro começou a perder o seu espaço no cenário internacional devido à concorrência do açúcar holandês produzido nas
Antilhas.

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