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EXPANSÃO

MARÍTIMA
PORTUGUESA

JOÃO PESTANA
FORMAÇÃO DE PORTUGAL

Em 711, a península Ibérica foi conquistada pelos mouros (árabes islâmicos).

Iniciou a Guerra da Reconquista (Cristãos x Muçulmanos).

O Rei de Leão, Afonso VI, concedeu um feudo para os seus vassalos, Raimundo e Henrique de
Borgonha, o condado de Portucalense.

O Raimundo de Borgonha ficou ao norte do rio Minho e Henrique de Borgonha ficou ao sul do rio
Minho.

Em 1.139, D. Afonso Henrique, filho de Henrique de Borgonha, conquistou a independência do


seu condado, que começou a chamar de Reino de Portugal.

Portugal tornou-se o 1º Estado Moderno Europeu.

O jovem Afonso Henrique foi coroado com o título de Afonso I, dando início a dinastia de
Borgonha.
JOÃO PESTANA
JOÃO PESTANA
REVOLUÇÃO DE AVIS (1383 – 1385)

Em 1383, D. Fernando, faleceu e não deixou herdeiro do sexo masculino. Assim, a nobreza
portuguesa começou apoiar a filha do rei D. Beatriz, casada com o rei de Castela.

A burguesia, por sua vez, não querendo perder a sua liberdade comercial que tinha
adquirido, iria apoiar o irmão bastardo do rei, o mestre da Ordem da Cavalaria de Avis, D. João.

Com a vitória da burguesia, D. João I foi coroado e dando início a uma nova dinastia, a de
Avis.
A dinastia de Avis vai se destacar por trabalhar em sintonia com a burguesia.

JOÃO PESTANA
PIONEIRISMO PORTUGUÊS

No início do século XV, Portugal


tinha o objetivo de expandir o comércio e
fazer parte do lucrativo comércio das
especiarias orientais que era monopolizado
pelos genoveses e venezianos no Mar
Mediterrâneo.

Assim, Portugal vai empreender


navegações para buscar uma rota alternativa
para o Oriente através do périplo africano.

Era o chamado Ciclo Oriental.

O objetivo de Portugal era tornar-se o distribuidor exclusivo da Europa e


não depender do monopólio italiano no Mediterrâneo.
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MOTIVOS

 Busca por especiarias


(cravo, canela, pimenta, gengibre, noz moscada, tecidos finos, tapetes, perfumes,
porcelana e sedas).

 Busca por metais preciosos (ouro e prata).

 Busca por matérias-primas rentáveis para o comércio.

 Busca por mercado consumidor para os produtos manufaturados.

 A expansão da fé católica (“espírito cruzadista”).

 Tomada de Constantinopla (atual Turquia) pelos turcos otomanos em 1453.

A tomada de Constantinopla forçou os estados modernos procurarem novos caminhos que


levassem para as fontes das especiarias (Oriente).

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FATORES

 A precoce centralização política e administrativa do reino português.

 Burguesia mercantil forte e autônoma (principalmente após a Revolução de


Avis).

 Ausência de guerras.

 Aperfeiçoamento náutico
(Escola de Sagres criada pelo infante D. Henrique “O Navegador”.

 Posição geográfica favorável.

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PRINCIPAIS CONQUISTAS

1415 – Conquista de Ceuta (atual Marrocos) – Marco inicial da Expansão Marítima.


Importante entreposto árabe situado no norte da África.
O objetivo era conquistar dos muçulmanos o controle do comércio da região.

1434 – Contorno do Cabo Bojador.

1488 – Contorno do Cabo das Tormentas e posteriormente rebatizado de Cabo da Boa Esperança.

1498 – Chegado de Vasco da Gama nas Índias – Marco inicial da exploração europeia no Oriente.

1500 – Descobrimento do Brasil.

JOÃO PESTANA
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TRATADO DE TORDESILHAS (1494)

Os reinos de Castela e Aragão se uniram e


formaram o reino da Espanha em 1469.
Em 1492, os espanhóis expulsaram os mouros
do sul da península ibérica (Condado de Granada).

Em 1492, o navegador genovês Cristóvão


Colombo, a serviço da coroa espanhola descobriu a
América.
A descoberta de Colombo provocou problemas
entre Portugal e Espanha.

Em 1493, o Papa Alexander VI criou a Bula Inter


Coetera, determinou que 100 léguas a oeste do
arquipélago de Cabo Verde pertenceria a Espanha.
O Rei de Portugal, D. João II contestou a Bula.

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Em 1494 foi criado o Tratado de Tordesilhas, determinou que 370 léguas o oeste do
arquipélago de Cabo Verde pertenceria a Espanha.
O objetivo de Portugal era garantir a hegemonia no Atlântico Sul para contornar a África
e chegar na tão desejada Índias das especiarias, porta de entrada para o Oriente (Ciclo Oriental).

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DESCOBRIMENTO DO BRASIL

Em 1500, uma frota destinada às


Índias partiu de Lisboa.
Era chefiada pelo fidalgo Pedro Álvares
Cabral, que de passagem, tomaria posse
para os portugueses da parte da América.

Desta forma, o descobrimento do


Brasil, em 22 de abril de 1500, foi
proposital.

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01) Portugal foi o primeiro país a empreender as grandes navegações no século
XV.
Assinale a única alternativa em que todas as informações são fatores que
contribuíram para o pioneirismo português neste campo

A) A Escola de Sagres e nobreza forte a autônoma


B) Mercantilismo e intensa atualização da Rota da Seda
C) Centralização administrativa e ausência de guerras
D) Fortalecimento do feudalismo e a posição geográfica favorável.
E) Guerra contra a Espanha e a Tomada da Constantinopla

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02) Na Europa do Século XV, Portugal destacou-se pelo pioneirismo com que se
lançou à expansão marítimo-comercial, dentre outras razões, em virtude da(o)

[A] associação entre o Estado português e empresas privadas, formando a


Companhia das Índias Ocidentais.
[B] experiência náutica dos portugueses, fruto dos estudos e experiências
acontecidas na Escola de Sagres.
[C] apoio inglês que forneceu tripulação e navios para a empreitada lusitana.
[D] associação com a Espanha, pois o rei espanhol também era rei de Portugal, no
final do século XV.
[E] necessidade da busca de ouro e metais preciosos para financiar as cruzadas.

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03) A chegada dos portugueses ao Brasil, além de ser o resultado de um processo
administrado pela Coroa portuguesa no século XV conjuntamente com a nobreza e
a nascente burguesia, também

(A)Auxiliou, entre outros aspectos, na consolidação e hegemonia portuguesa no


Atlântico Sul.
(B)Se transformou, de imediato, em uma alternativa mercantil ao comércio
português no Oriente.
(C)Demonstrou que o desvio da esquadra de Cabral seguia a mesma inspiração
de Colombo para chegar as Índias.
(D)Foi o resultado de uma reação de Portugal diante da concorrência dos
mercadores italianos no Atlântico Ocidental.
(E)Tinha por objetivo reforçar a supremacia portuguesa no Pacífico Oriental
garantindo dessa forma o caminho para a Índia.

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PERÍODO
PRÉ – COLONIAL
(1500-1530)
RESUMO

No período de 1500 a 1530 é categorizado como período pré-colonial.


É caracterizado pelo “descaso” de Portugal em relação ao Brasil.

Por não ter encontrado “aqui nada de aproveitável”, ou seja, especiarias, metais
preciosos e matérias-primas, não houve uma efetiva colonização portuguesa no Brasil.

Os interesses portugueses continuaram voltados para as Índias.

Este período ficou restrito a extração do pau-brasil, madeira tintorial


conhecida pelos europeus, que até então era importado do Oriente.

A extração do pau-brasil se deu através do escambo para ser comercializado na Europa.


EXPEDIÇÕES

1501/1502 – GASPAR DE LEMOS

Expedição de reconhecimento e deu nomes


aos principais acidentes geográficos.
Nessa expedição encontrava-se o florentino
Américo Vespúcio, que em uma carta, ao comerciante
da família Médici, disse: “não encontrou nada aqui de
aproveitável”

1503 – GONÇALO COELHO

Expedição de exploração do pau-brasil.

1516/1520 – 1526/1528 – CRISTÓVÃO JACQUES

Expedição de guarda-costeira para impedir o


contrabando do pau-brasil pelos corsários franceses.
ECONOMIA

A exploração do pau-brasil se deu através do


ESTANCO (monopólio régio), isto é, o Rei colocava em
concorrência o contrato de exploração a cargo da iniciativa
privada.
O contrato foi arrematado por um consórcio de mercadores
liderados cristão-novo (judeu convertido a fé católica)
Fernando de Noronha.

Ao chegar no Brasil os portugueses exploraram


através do ESCAMBO (trocas sem moedas). A exploração
dependia do trabalho indígena. Eram eles que derrubavam
as árvores, cortavam e carregavam as toras até o local de
embarque.

Foram criados FEITORIAS onde era mais


abundante o pau-brasil, para armazena-la e protege-la dos
ataques contrabandistas franceses e tribos hostis.
FIM DO PERÍODO PRÉ-COLONIAL

FATORES

 A diminuição dos lucros com a exploração do pau-brasil devido ao desmatamento predatório.


 A constante presença de estrangeiros no litoral brasileiro, principalmente os franceses.
 Declínio com o comércio ultramarino no Oriente.

Em 03 de dezembro de 1530 foi enviado


para o Brasil a primeira expedição com caráter
explícito de colonizar o Brasil, e foi comandada por
Martim Afonso de Souza.
BRASIL
COLÔNIA
EXPEDIÇÃO COLONIZADORA DE MARTIM AFONSO DE SOUZA

O objetivo da expedição era ocupar (povoar) a terra, explorar economicamente o território e


combater os corsários franceses.

Foi fundador da primeira vila do Brasil, São Vicente, em 1532.

Os primeiros colonos iniciaram o cultivo da cana-de-açúcar e instalaram o primeiro engenho.


O primeiro engenho de açúcar foi fundado em 1533, o Engenho de São Jorge, em São Vicente.

Foram distribuídos os lotes de terras (sesmarias).

Em 1534, o rei de Portugal, D. João III, decidiu adotar o sistema de administração


territorial chamado capitanias hereditárias, que dividia o território brasileiro em
grandes faixas de terras e entregava a administração e a tarefa de povoar e investir no Brasil
a cargo de particulares.
DOCUMENTOS

CARTA DE DOAÇÃO  Conferia ao donatário a posse da capitania. Direito de explorar e administrar toda a
capitania.

CARTA FORAL  Estabelecia os direitos e deveres.

DIREITOS  Colonizar, proteger e administrar.


DEVERES  Explorar os recursos minerais.

Entre os donatários não figurava nenhum nome da alta nobreza ou grande comerciante de
Portugal, o que mostra que o Brasil não tinha suficiente atrativo econômico. Somente a pequena a nobreza,
cuja a fortuna se devia ao Oriente, arriscou os seus recursos.

Somente duas capitanias prosperaram, foram a de


Pernambuco e São Vicente.
SOCIEDADE

Escravização Indígena

O relacionamento entre os portugueses e os povos indígenas tornou-se conflituosa


à medida que os índios resistiram a submissão dos europeus. Para obter o trabalho
indígena, os colonos não hesitaram em usar a violência e impor a escravidão.
Apesar do governo português defender a liberdade indígena, os colonos recorriam
a guerra justa.
A Guerra Justa foi uma guerra entre os indígenas e os colonos autorizada pelo
governo português. Justificada, nos casos em que os indígenas se recusavam à conversão
da fé cristã imposta pelos colonizadores.

Solução: Mão de obra escrava africana.


Motivo: Lucrativo tráfico negreiro.
FRACASSO DO SISTEMA ADMINISTRATIVO

FATORES

O êxito de São Vicente e Pernambuco contribuía com menos de 3% de todas as


rendas da Coroa portuguesa.
Os corsários franceses continuaram assediando com intensidade o litoral
brasileiro.

 Hostilidades indígenas.
 Falta de recursos econômicos.
 A grande extensão territorial.
(Não conhecer o tamanho e as adversidades da terra).
 Distância em relação a metrópole.
(Problema de comunicação).
GOVERNO – GERAL
(1548)

A solução encontrada por Portugal foi de centralizar a administração da colônia


através de um governo-geral, mas sem extinguir as capitanias hereditárias.

As capitanias hereditárias duraram até 1759, quando foi extinta pelo Marquês de
Pombal transformadas em capitanias reais.
01) As expedições portuguesas ao Brasil nas duas primeiras décadas do século XVI
objetivaram

A) iniciar o cultivo da cana-de-açúcar e o imediato povoamento.


B) travar contato com os nossos índios e iniciar atividades comerciais com os mesmos
C) transferir para o Brasil os acusados de heresias protestantes na corte portuguesa.
D) reconhecer a terra descoberta e salvaguardar a sua posse.
E) estimular a catequese dos índios a pedido da Companhia de Jesus.
02) Observando-se o sistema de governo vigente durante o Brasil Colonial, é correto afirmar
que:

a) a criação do Governo Geral, centralizando a administração, provocou a extinção imediata


das capitanias hereditárias.
b) o sistema de câmaras municipais instituiu duas novas políticas administrativas: as
sesmarias e o serviço militar compulsório.
c) o sistema de capitanias hereditárias já havia sido empregado por Portugal na
administração das ilhas Canárias.
d) o fracasso das capitanias hereditárias implicou o desuso das Cartas de Doação e das
obrigações do Documento Foral.
e) o sistema de capitanias hereditárias foi um empreendimento que, dirigido pela Coroa,
estava a cargo de Particulares.
03) Sobre a “Carta de Doação” e o “Foral”, documentos do Brasil Colônia, assinale a
afirmativa correta.

[A] A Carta de Doação estabelecia os direitos e deveres dos colonos.


[B] O Foral estabelecia os direitos e deveres dos donatários.
[C] Pela Carta de Doação o donatário poderia conceder sesmarias a colonos – portugueses
ou não – que professassem a fé católica.
[D] O Foral estabelecia que os atos dos donatários só poderiam ser julgados pelo rei.
[E] Pela Carta de Doação, o donatário podia fundar vilas e povoados e criar instrumentos
administrativos, jurídicos, civis e criminais para regê-los.
BRASIL
COLÔNIA

ESTRUTURA
POLÍTICO-ECONÔMICO
GOVERNO – GERAL
(1548)
Regimento de 1548 / Regimento Tomé de Souza

Objetivo: Centralizar a política e a administração da Colônia.

Função: Defender o território, explorar o sertão (interior),


distribuir sesmarias (lotes de terras), construir engenhos,
realizar alianças com tribos indígenas amigas e castigar as tribos
que prejudicassem o processo de colonização.
ESTRUTURA ADMINISTRATIVA

Com a criação do governo-geral, implantava-se uma autoridade juridicamente superior ao donatário.

As Câmara Municipais exerciam o poder local


Ouvidor: Responsável pela Justiça. e eram formadas pelos “HOMENS-BONS”, que
Provedor: Responsável pela Finanças. eram grandes proprietários de terras e
Capitão: Responsável pela Defesa. escravos, ou gado, residentes na cidade.
ECONOMIA COLONIAL

A atividade econômica escolhida pelos portugueses foi o AÇÚCAR

O açúcar era um produto amplamente consumido na Europa, e


em pouco tempo a produção açucareira superou a atividade de
extração do pau-brasil.

Motivos:
 Clima e solo favorável para a cultura da cana (açúcar).
 Experiência anterior nas ilhas africanas.
 Monopólio da produção e parceria econômica com os
flamengos (holandeses).

Tabaco: Segunda maior economia colonial e servia como escambo


para a compra de escravos africanos.

SERIA NO NORDESTE QUE A INDÚSTRIA DO AÇÚCAR OBTERIA MAIS ÊXITO.


MÃO DE OBRA ESCRAVA AFRICANA

 Para sustentar a produção de cana-de-açúcar e do


tabaco, os portugueses usaram escravos africanos
como mão de obra.

 Esses escravos eram capturados em feitorias


europeias na África e atravessa o Atlântico em navios
negreiros em péssimas condições.

 Quando chegavam eram comercializados como


mercadorias e obrigados a trabalhar nas plantações e
nas casas dos colonizadores.

A MÃO DE OBRA ESCRAVA AFRICANA FOI A FORÇA MOTRIZ


DA ECONOMIA BRASILEIRA ATÉ O FINAL DO SÉCULO XIX.
ECONOMIA DE SUBSISTÊNCIA
(Economia interna)

PECUÁRIA NORDESTINA

 Responsável pela primeira interiorização da colônia.


 Era realizado pela mão de obra livre indígena e
mestiça.
BRASIL
COLÔNIA

GOVERNO-GERAL
SISTEMA COLONIAL PORTUGUÊS

O sistema colonial era baseado no monopólio


comercial, isto é, domínio econômico da metrópole
(Portugal) sobre a colônia (Brasil).

Esse monopólio consistia na realização dos


comerciantes da metrópole comprar produtos coloniais
por preços mais baixos do mercado e vendiam para os
colonos artigos metropolitanos mais altos.

Outra forma básica da colonização portuguesa no


Brasil foi a grande propriedade agrícola (LATIFÚNDIO), a
MONOCULTURA exportadora e a ESCRAVIDÃO, designada
pelo expressão PLANTATION.

O sistema colonial era a peça chave do sistema


econômico adotado na Europa, o mercantilismo.
TOMÉ DE SOUZA (1549-1553)

 O 1º governador-geral foi Tomé de Souza.

 A capitania da Bahia de Todos os Santos tornou-se a sede do governo-geral.

 Em 1549, foi fundada a cidade de Salvador e tornou-se a capital da colônia.

 Teve início a obra de catequização (evangelização) dos indígenas.

 A catequização era realizada pelos missionários jesuítas.

 Destaque para jesuíta Manoel de Nóbrega.

 Em 1551, foi criado o primeiro bispado no Brasil, em Salvador.

 O 1º bispo do Brasil foi D. Pero Fernandes Sardinha.

 Incentivou a produção de açúcar.

 Criação de gados para servir de transporte e força de tração nos engenhos.


DUARTE DA COSTA (1553-1558)

 Autorizou a captura de indígenas para o uso do trabalho escravo,


entrando em conflito com os jesuítas.

 Chegada do jesuíta basco Jose de Anchieta.

 Em 1554, os jesuítas, Manoel de Nóbrega e José de Anchieta, criam


o Colégio de São Paulo de Piratininga.

 Em 1555, uma expedição de protestantes franceses (huguenotes) se


instalaram e permanentemente na Guanabara, no Rio de Janeiro,
onde fundaram uma colônia que foi chamada de França Antártica.

 Em 1556, foi criada a Confederação dos Tamoios, revolta liderada


pela nação tupinambá contra os colonizadores portugueses.
MEM DE SÁ (1558-1572)

 Criou leis de proteção aos índios catequizados.

 Dizimou tribos indígenas hostis aos portugueses.

 Estimulou o tráfico de escravos africanos (tráfico negreiro).

 Em 1565, o seu sobrinho, Estácio de Sá, fundou a cidade do Rio de Janeiro.

 Em 1567, os franceses foram expulsos do Rio de Janeiro e foi derrotada os


indígenas da Confederação dos Tamoios.
MUDANÇAS POLÍTICO-ADMINISTRATIVAS (1572-1578)

D. Luís Fernandes de Vasconcelos foi nomeado sucessor


de Mem de Sá, porém, foi atacado por piratas franceses que
impediram a sua chegada ao Brasil.

Para melhor fiscalizar a colônia, Portugal dividiu o Brasil


em dois governos:

NORTE (Capital em SALVADOR)


 D. Luís de Brito e Almeida (1573-1578)

SUL (Capital no RIO DE JANEIRO)


 Antônio Salema (1574-1578)

Porém, a eficiência administrativa desta divisão não foi


alcançada e foi reunificada em 1578.

O novo governador nomeado foi Lourenço da Veiga, cuja


gestão se estendeu até 1580, quando a Espanha anexou Portugal,
dando origem a União Ibérica que se estenderia até 1640.
01) “As Câmaras Municipais, encarregadas da administração local, foram sendo estruturadas
paralelamente à formação das primeiras vilas. A atuação das Câmaras, controladas pelos homens-bons,
abrangia diversos setores, como o abastecimento, a tributação e a execução das leis. [...] Assim, as Câmaras
Municipais constituíam poderosos órgãos da administração colonial”.
(Cotrim, Gilberto. História Global – Brasil e Geral. 8. Ed. São Paulo: Saraiva, 2005. p.203).

A categoria dos homens-bons refere-se aos

(A) Contratadores, homens de prestigio, que eram autorizados a cobrarem impostos e o dízimo.
(B) Homens da sociedade colonial que se notabilizaram por fazer grandes obras de caridade.
(C) Administradores enviados pela coroa portuguesa com o objetivo de fiscalizar a arrecadação do quinto.
(D) Homens encarregados dos assuntos da Justiça, auxiliares diretos dos governadores-gerais.
(E) Proprietários de terras, de escravos ou de gado que em muitas cidades exerciam o poder político.
02) No Brasil Colônia, a atividade econômica que atendia, basicamente, o mercado
interno era o (a):

A) pecuária.
B) cacau.
C) tráfico negreiro.
D) produção de tabaco.
E) manufatura têxtil.
03) A estrutura econômica implantada por Portugal, no Brasil-Colônia, existente no século XVII, tinha como
base

[A] pequenas propriedades distribuídas a portugueses natos, destinadas à produção de subsistência, para
garantir a posse da terra.
[B] pequenas propriedades com policultura de alimentos necessários na Europa, como trigo e carne,
utilizando mão-de-obra indígena escrava.
[C] grandes propriedades com monocultura de produtos tropicais, de alto valor na Europa, como o açúcar.
[D] grandes propriedades com monocultura de produtos tropicais, utilizando mão-de-obra indígena no
sistema de parceria.
[E] grandes propriedades com policultura de produtos tropicais voltados para o mercado interno,
utilizando mão-de-obra assalariada.
04) As relações entre a metrópole e a colônia foram regidas pelo chamado pacto colonial, sendo este
aspecto uma das principais características do estabelecimento de um sistema de exploração mercantil
implementado pelas nações europeias com relação à América.

Com relação ao Brasil, do que constava este pacto?

[A] As colônias só poderiam produzir artigos manufaturados.


[B] A produção agrícola seria destinada, exclusivamente, à subsistência da colônia.
[C] A produção da colônia seria restrita ao que a metrópole não tivesse condições de produzir.
[D] A colônia poderia comercializar a produção que excedesse às necessidades da metrópole.
[E] Portugal permitiria a produção de artigos manufaturados pela colônia, desde de que a matéria-prima
fosse adquirida da metrópole.
UNIÃO
IBÉRICA
(1580 – 1640)
UNIÃO IBÉRICA (1580 – 1640)

Em 1578, o Rei de Portugal, D. Sebastião, da dinastia de Avis, foi


morto na batalha de Alcácer-Quibir, contra ao árabes, no norte da África.

D. Sebastião não deixou herdeiros, o trono foi entregue ao seu tio-


avô, o cardeal D. Henrique, a qual na época já possuía 66 anos. Em 1580, D.
Henrique faleceu, pondo fim a dinastia de Avis.

Depois de algumas disputas para ocupar o trono vago do reino


português, Felipe II, rei da Espanha, descendente direto pelo lado materno
do rei D. Manuel, anexou o reino de Portugal a Espanha, criando assim a
União Ibérica.

Ao assumir Portugal, Felipe II vai realizar o Juramento de Tomar


(1581), que deixou os altos cargos governamentais para os portugueses, FILIPE II, O BELO
inclusive a administração das colônias.
CONSEQUÊNCIAS

Portugal sempre teve boas relações Em 1608, o Brasil é novamente dividido


comerciais e diplomáticas com quase todas as nações em dois governos:
europeias, tanto que ganhou o título de “Amigos de um com capital em Salvador e o outro com capital
Todos”, e na colônia do Brasil a sua principal parceria no Rio de Janeiro.
era os flamengos, dos Países Baixos (atual Holanda).
Em 1612, Salvador volta a ser a capital de
Entretanto, as províncias dos Países Baixos, um único governo.
pertenciam a Espanha, e em 1581, Felipe II entrou
em conflito com os flamengos por causa da expansão Em 1621, instalam-se o Estado do
do protestantismo. Em 1581, a Holanda conquistou a Maranhão (capital São Luís) e o Estado do Brasil
sua independência, e assim, os inimigos da (capital em Salvador)
Espanha passaram a serem inimigos de
Portugal.
Em 1751, o Estado do Maranhão é ampliado, passando a chamar-se Estado do Grão Pará e Maranhão.
Sua capital é Belém.
INVASÕES FRANCESAS
Os franceses começaram assediar o nosso litoral desde da notícia de pau-brasil a partir de 1504.
Mesmo Portugal enviando governadores-gerais, os franceses não se intimidaram, continuaram assediando
constantemente o nosso litoral.

FRANÇA ANTÁRTICA (1555 – 1567)


Em 1555, o rei da França, Henrique II, resolveu criar uma colônia em terras brasileiras. Dentre os fatores, o rei
queria um local para colocar os protestantes franceses, os chamados huguenotes.

Sob o comando de Nicolas Durand de Villegaignon, o qual ficou responsável por conquistar terras e
administrar a nova colônia francesa.
Villegaignon chegou na Baía de Guanabara, atual estado do Rio de Janeiro, onde se estabeleceu
numa ilha na entrada da baía, e começou a construção do povoado de Henriville.

Na região habitavam os índios Tamoios, que já alguns comercializavam com os franceses, e eram
totalmente contrários a presença portuguesa.

As desavenças entre os colonos da França Antártica, fez que o líder Villegaignon voltasse para a
França para dar explicação ao Rei.
Mem de Sá soube da ida de Villegaigon e aproveitou para armar
uma aliança com as tribos rivais dos Tamoios, destaque para o líder da
tribo cacique Araribóia, e com a união dos indígenas os portugueses
destruíram Henriville.

Com o apoio dos padres jesuítas Manoel de Nóbrega e José da


Anchieta, a Confederação dos Tamoios que apoiavam os franceses,
fizeram uma trégua com os portugueses.

Aproveitando a trégua, o sobrinho do governador, Estácio de Sá


fundou em 1565 a cidade de São Sebastião do Rio de Janeiro.

Em 1567, os franceses foram definitivamente expulsos.


FRANÇA EQUINOCIAL (1612 – 1615)

Em 1612, Daniel de La Touche, aportou no


litoral do Maranhão, trazendo consigo cerca de
500 homens.

Logo em seguida construíram um povoado e


um forte, os quais chamaram de São Luís (atual
cidade de São Luís, capital do Maranhão).

A colônia não durou muito, em 1615, um


exército formado por portugueses, mestiços e
indígenas sob o comando de Jeronimo de
Albuquerque, finalmente expulsaram os
franceses do Maranhão.
INVASÕES INGLESAS

Em 1587, o pirata Christopher Lister saqueou a cidade de Salvador.

Em 1591, o corsário Thomas Cavendish, serviço da Coroa britânica, invadiu, saqueou e ocupou por três meses
as cidades de São Vicente e Santos.

Em 1595, o corsário James Lancaster, saqueou durante um mês a cidade de Recife.


INVASÕES HOLANDESAS
A luta pela independência holandesa em relação à Espanha durou até 1609, onde a Espanha aceitou
uma trégua de 12 anos.

Em 1621, após a trégua, o governo da União Ibérica decretou o EMBARGO ESPANHOL. Isto é, ordenou
que todas as colônias fechassem os portos para o comércio com a Holanda, inclusive a América portuguesa,
onde a Holanda mais lucrava com a economia açucareira.
INVASÕES HOLANDESAS

1º invasão holandesa ocorreu em Salvador, capital da Bahia e da colônia, em 1624.

Em 24 horas, Salvador foi ocupado, e o governador Diogo de Mendonça Furtado foi preso.
O seu lugar foi ocupado pelo holandês Van Dorth.
Os colonos criaram uma resistência liderada pelo bispo Marcos Teixeira, que fez um apelo religioso
contra os heréticos calvinistas (holandeses) criando uma guerrilha denominada “Milícia dos Descalços”.

A guerrilha teve êxito, contabilizou algumas vitórias e inclusive a morte do governador Von Dorth.

Em 1625, os holandeses foram expulsos por uma esquadra luso-espanhola com o nome Jornada dos
Vassalos.
INVASÕES HOLANDESAS

2º tentativa holandesa ocorreu em Pernambuco em 1630.

Em 1630, com aproximadamente 70 navios os holandeses


dominaram com facilidade Recife e Olinda.
O governador de Pernambuco, Matias de Albuquerque,
organizou uma guerrilha as chamadas Companhia das Emboscadas,
que se fixou no Arraial do Bom Jesus, situado numa região entre Olinda e
Recife.
A resistência dos colonos possuía a seu favor o fator surpresa e o
conhecimento do território. Porém, a situação começou mostrar favorável
aos holandeses quando Domingos Fernandes Calabar passou para o lado
holandês.
Calabar conhecia a região e foi uma peça fundamental para os
holandeses reprimirem a guerrilha e conquistar o nordeste brasileiro.
Finalmente, em 1635, os holandeses conseguiram consolidar o
seu domínio no território.
01) Sobre a chamada União Ibérica, podemos afirmar que:

[A] Como consequência deste período, a França invade o território brasileiro em sua porção
no Nordeste, a partir de 1624.
[B] Como consequência deste período, os territórios antes dominados por Portugal
passaram a ter como língua oficial o espanhol.
[C] Período entre 1580 e 1640 em que o rei da Espanha, Filipe II, passou também a ser o rei
de Portugal.
[D] Período entre 1580 e 1640 em que o rei de Portugal, Filipe II, passou também a ser o rei
da Espanha.
[E] Como consequência deste período, a Espanha passou a ser um adversário econômico de
Portugal.
02) Leia o trecho abaixo e responda a questão a seguir.

Visto como o rei de Espanha, nosso inimigo, possui ilegalmente estas terras e cidades, tendo destituído de modo
inconveniente e pouco cristão o verdadeiro dono do reino de Portugal (a qual pertence o Brasil) (...) há razões de sobra para
esperar a assistência da Divina Justiça na obra da Companhia no Brasil, que pertence à Coroa Portuguesa. (...)
(Ian Moerbeeck, 1624)
FREIRE, Américo, Marly Silva da Mota e Dora Rocha – História em Curso, O Brasil e suas relações com o mundo Ocidental –
Ed. Do Brasil/Fundação Getúlio Vargas/CPDOC – pg 77.

O trecho demostra um momento da História brasileira, na primeira metade do século XVII, quando o Brasil

(A) Enfrenta diversas invasões estrangeiras, destacando-se os holandeses em Pernambuco e os franceses no Rio de Janeiro,
através do que ficou conhecido como França Equinocial.
(B) Devido à chamada União Ibérica, passa a enfrentar, entre outros aspectos, a invasão dos holandeses, que buscavam
ocupar as áreas de produção de açúcar.
(C) Sofre constantes ataques de piratas dos ingleses em Santos e recife, com a finalidade de saquear a produção açucareira e
estabelecer colônias nestas regiões.
(D) Devido à União Ibérica, enfrenta diversas invasões estrangeiras, podendo-se citar a dos Franceses no Maranhão, na
ocupação que ficou conhecida como França Antártica.
(E) Passa sofrer um aumento abusivo de impostos, devido à União Ibérica, estimulando revoltas de colonos e adesões aos
invasores holandeses, ingleses e franceses no Brasil.
BRASIL
HOLANDÊS
(1635 – 1654)
GOVERNO DE MAURÍCIO DE NASSAU
(1637 – 1644)

Em 1637, os holandeses já tinham expandido a


sua nova colônia pelo litoral nordestino que ia do Rio
Grande do Norte até o norte da Bahia.

No mesmo ano, a Companhia das Índias


Ocidentais enviou a Pernambuco, o conde João
Maurício de Nassau para ser o novo administrador
da colônia que os holandeses chamaram de “Nova
Holanda”.
PRINCIPAIS CARACTERÍSTICAS DO GOVERNO DE NASSAU

 Concessão de créditos aos senhores de engenhos e para a recuperação dos engenhos.


 Tolerância religiosa e liberdade de culto.
 Investimentos em obras públicas, criação de casas, pontes e obras sanitárias.

 Embelezamento de Recife. Destaque para a criação da cidade de Maurícia, que fora construída no
mesmo molde europeu.
 Estímulo a vida cultural, tais como: médicos, artistas e botânicos.
 Criou o Observatório Astronômico.

 Criação da Assembleia dos Escabinos, uma espécie de Câmaras Municipais formada pelos membros da
Companhia das Índias Ocidentais, os esculteros. Nassau permita a participação dos senhores de terras no
Conselho da Assembleia.

 Monopólio do tráfico negreiro após a dominação dos centros de negociação de escravos na África que
pertenciam aos portugueses.
RESTAURAÇÃO (1640)
Dinastia de Bragança

Em 1640, o duque de Bragança, D. João iniciou uma


guerra de independência, aproveitando-se que o exército
espanhol lutava a Guerra dos Trinta Anos (1618-1648), após
alguns combates proclamou o fim da União Ibérica, e se
corou o Rei de Portugal, com o título de D. João IV, dando
início a dinastia de Bragança.
O novo rei de Portugal, D. João IV, firmou com os
holandeses um acordo de paz, e garantiu que os holandeses
ficassem com as terras já conquistadas na África e no Brasil.
Mas em 1641, os holandeses, quebraram o acordo
com os portugueses e atacaram e conquistaram mais
territórios no Brasil, com destaque ao Maranhão e Sergipe.
No mesmo ano, houve uma crise na produção
de açúcar em Pernambuco, devido a uma série de
incêndios nos canaviais, epidemias entre os escravos,
DST na população urbana à enorme prostituição que
ocorria em Recife e Olinda, e uma enorme seca, somados
a diminuição do preço do açúcar no mercado
internacional.

Em 1642, o rei de Portugal, D. João IV, criou o


Conselho Ultramarino, com atribuições financeiras e
administrativas nas possessões africanas, asiáticas e
americanas.
O governador-geral estava submisso ao
Conselho Ultramarino.

Em 1644, Maurício de Nassau se demitiu e a


Nova Holanda ficou no controle dos membros da
Companhia das Índias Ocidentais.
INSURREIÇÃO PERNAMBUCANA
(1645 – 1654)

Em 1645, os senhores de engenhos temendo perder suas terras devido às dívidas que tinham com a
Companhia das Índias Ocidentais, começaram a armar um plano para expulsar os holandeses, dando início a
INSURREIÇÃO PERNAMBUCANA.

Para expulsar os holandeses, as tropas luso-brasileiras reuniram indígenas e até escravos (com
promessa de alforria), destaque para o índio Felipe Camarão e para o negro Henrique Dias. Os chefes militares
portugueses foram: João Fernandes Vieira, André Vidal Negreiros e Antônio Dias Cardoso.

Entre 1648 e 1649, foram travadas diversas batalhas, com destaque a “Batalhas dos Guararapes”, ao
sul de Recife.

Em 1654, os holandeses foram definitivamente expulsos na Campina de Taborda, onde assinaram a


capitulação.

Em 1661, foi assinado o Tratado de Haia, entre Portugal e Holanda, onde os portugueses pagaram
uma indenização para os holandeses.
JOÃO FERNANDES VIEIRA FELIPE CAMARÃO HENRIQUE DIAS
BATALHA DO GUARARAPES (1648)
CONSEQUÊNCIAS

CRISE DO AÇÚCAR

O tempo em que os holandeses ficaram no nordeste,


eles aprenderam as técnicas de plantação de cana-de-açúcar e
levaram para as suas colônias nas Antilhas (Caribe). Em pouco
tempo, a região tornou-se mais forte concorrente, fazendo a
economia açucareira nordestina entrar em crise.
Paralelamente, após a Restauração, o Brasil passou a
ser a colônia mais valiosa de Portugal, e com a crise do açúcar,
instalou também uma crise econômica em Portugal.
Por causa disso, Portugal reforçou a administração
colonial, aumentando a rigidez e a centralização política da
colônia e maior fiscalização da metrópole.
Ampliou os poderes do governador-geral e
enfraqueceu os poderes locais dos homens-bons.
01) Quando das Invasões Estrangeiras ao Brasil, forças holandesas conquistaram com facilidade
Olinda e Recife, em 1630, mas não obtiveram o mesmo êxito na zona rural, porque, no interior
da capitania,

[A] as forças brasileiras equivaliam em efetivo, treinamento e armamento aos holandeses.


[B] os brasileiros eram em menor número, no entanto dispunham de melhores armamentos do
que os adversários.
[C] os brasileiros eram melhor armados e mais experientes no tipo de combate proposto pelos
holandeses.
[D] os habitantes locais adotavam táticas de guerrilha, atacando os holandeses de surpresa.
[E] os locais contavam com o apoio explícito e regular da Espanha, tanto no treinamento de
técnicas de combate, quanto no suprimento de víveres e munição.
02) “As invasões holandesas que ocorreram no século XVII foram o maior conflito político-militar da Colônia.
Embora concentradas no nordeste, elas não se resumiram a um simples episódio regional. Ao contrário,
fizeram arte do quadro das relações internacionais entre os países europeus, revelando a dimensão da luta
pelo controle do açúcar e das fontes de suprimento de escravos. [...] O ataque a Pernambuco se iniciou em
1630, com a conquista de Olinda. A partir desse episódio, a guerra pode ser dividida em três períodos
distintos. [...] O segundo período, entre 1637 e 1644, caracterizada por relativa paz, relacionada com o
governo do príncipe holandês Maurício de Nassau, que foi o responsável por uma série de importantes
inciativas políticas e realizações administrativas.”
(Fausto, Boris. História do Brasil. São Paulo: Edusp, 2004. p.84 e 85).

São características do governo Maurício de Nassau, EXCETO:

(A) Concessão de créditos aos senhores de engenho.


(B) Investimentos em obras urbanas, sendo construídas pontes e obras sanitárias.
(C) Criação da cidade de Maurícia, hoje um bairro da capital pernambucana.
(D) A intolerância religiosa, pois Nassau que era calvinista perseguiu outros segmentos religiosos.
(E) Estímulo à vinda de artistas, naturalistas, médicos e astrônomos.
03) Em 1578, dom Sebastião, rei de Portugal, morre na batalha de Alcácer-Quibir. Sem
descendentes, o trono foi entregue a seu tio dom Henrique, que viria a falecer dois anos
depois, sem deixar herdeiro. Depois de acirrada disputa, a Coroa portuguesa acabou nas
mãos de Filipe II, rei espanhol, dando início à chamada União Ibérica. Com esta união, um
tradicional inimigo da Espanha torna-se inimigo de Portugal.

Das opções abaixo, assinale aquele que se tornou inimigo de Portugal.

[A] Holanda
[B] Alemanha
[C] Itália
[D] Inglaterra
[E] EUA
04) As batalhas dos Guararapes (1648 e 1649) marcaram a vitória da
Insurreição Pernambucana, que levou à expulsão do território brasileiro os
invasores

A) ingleses
B) franceses
C) holandeses
D) portugueses
E) espanhóis
EXPANSÃO
TERRITORIAL
EXPANSÃO TERRITORIAL

Até 1580, o território da América portuguesa se limitava pelo Tratado de Tordesilhas.


Os portugueses limitaram-se a exploração colonial ao litoral, mas realizando algumas e esporádicas para
conhecer mais da nova colônia.

Entretanto, a maioria falhou devido aos ataques das tribos indígenas hostis aos conquistadores.

A introdução da pecuária nordestina e a criação do povoado de São Paulo foram responsáveis pelos os
primeiros processos de ocupação do interior da colônia.

De São Paulo partiam os chamados BANDEIRANTES, integrantes das “Entradas”.


As Entradas eram expedições de desbravamento
territorial, seja por via terrestre ou por via fluvial (monções).

Graças a essas entradas, que surgiram os atuais estados


de São Paulo, Santa Catarina, Rio Grande do Sul, Minas Gerais,
Paraná, Mato Grosso e Goiás.

Entradas  Tinham a finalidade de explorar o território, eram


financiadas pelos cofres públicos e com apoio do governo
colonial em nome da Coroa de Portugal.

Bandeirantes  Foram expedições de iniciativas particulares,


que com recursos próprios buscavam obtenção de lucros.

Várias bandeiras atacaram missões jesuíticas,


especialmente em terras da Espanha.
MOTIVOS DA EXPANSÃO

Um dos principais motivos das expedições dos


bandeirantes eram:

(APRESADOR)
a apreensão de indígenas para trabalhar como escravos nas
lavouras

(PROSPECTOR)
procura de metais preciosos

(SERTANISMO DE CONTRATO)
captura de escravos fugitivos
AVANÇO TERRITORIAL

Inicialmente, as expedições eram tímidas devido aos choques com os espanhóis por causa do Tratado
de Tordesilhas, mas com a União Ibérica, a linha imaginária que dividia a América entre os países ibéricos
perdeu o sentido.

Após a expulsão dos holandeses, e consequentemente a crise do açúcar, Portugal começou a


incentivar as expedições para o interior, atrás principalmente das pedras preciosas.

Vale destacar, que partiram muitas expedições oficiais da Bahia, Espírito Santo, Ceará, Sergipe e
Pernambuco.
Mas os principais exploradores, sem dúvida, foram os bandeirantes paulistas, com um irrisório
apoio oficial.
Os paulistas conheciam bem o sertão, iriam
desempenhar um papel importante nas expedições de
interiorização.

Já em 1674, destacou-se a bandeira de Fernão Dias Pais,


apesar de não ter encontrado ouro, mas serviu para indicar o
caminho para o interior de Minas.

Procurando ampliar os seus domínios na região do Prata,


os portugueses fundaram em 1680 a colônia do Sacramento, no
atual Uruguai.

Tratado de Lisboa (1681) – Portugal x Espanha

Estabeleceu que os espanhóis reconheciam a posse portuguesa da colônia de Sacramento, localizada no Rio da
Prata (atualmente, Uruguai).

Em 1687 a Espanha procurou reforçar seu posicionamento no Prata, fundando os Sete Povos das Missões, 7
núcleos de povoamento, nos quais havia jesuítas espanhóis e índios guaranis, que serviam de barreira humana
para o avanço português.
Costuma-se atribuir a descoberta do ouro feita por
Antônio Rodrigues Arzão, em 1693, embora a corrida do
ouro começou efetivamente após a descoberta das minas de
Ouro Preto por Antônio Dias de Oliveira, em 1698.

A notícia das minas de Ouro Preto, além de difundir


pelo Brasil, a notícia chegou a Portugal através das
correspondências dos governadores do Rei. De diversos
pontos do Brasil começou a chegar uma grande quantidade
de aventureiros atrás de enriquecimento rápido. De Portugal,
vieram, a cada ano, cerca de 10 mil pessoas, durante os anos
do século XVIII.

Anos depois, a bandeira de Bartolomeu Bueno Dias da Silva


(o Anhanguera) – abriria o caminho para o Brasil Central
(Goiás e Mato Grosso).
DESCOBERTA DO OURO

Com a descoberta do ouro nas regiões das minas, foram criadas as


capitanias do Rio de Janeiro, São Paulo e Minas Gerais.

Minas Gerais foi separada da capitania do Rio de Janeiro, tendo sido criada
a capitanias de São Paulo, em substituição de São Vicente.

Os quatros portos que exportavam ouro de Minas eram: Rio de Janeiro,


Paraty, Angra dos Reis e Santos.
O EXTREMO NORTE: O VALE AMAZÔNICO.

A colonização da Amazônia, que correspondem aos estados do


Amazonas e Pará, fora estimulada para impedir o acesso aos rivais
estrangeiros.
A base da ocupação se deu através do extrativismo
vegetal e do apresamento indígena.

O extrativismo vegetal consistia na exploração das


chamadas “drogas do sertão” (cacau, guaraná, borracha, urucum,
salsaparrilha, castanha-do-pará, gergelim, baunilha, ervas
aromáticas e ervas medicinais).

Por isso, a escravidão indígena era desfavorável, pois a


exploração da Amazônia dependia do conhecimento da região.
Daí a importância dos índios locais que serviam de guias.

A forma predominante que caracterizou a integração da


Amazônia ao conjunto da economia colonial foi o estabelecimento
das missões (aldeamentos) jesuíticas.
PECUARIA SULISTA

No século XVII, começou a ocupação pelos jesuítas (missões), o rebanho cresceu graças aos
bandeirantes (rebanhos sem donos).
Nas vastas campinas do atual Rio Grande do Sul, a pecuária encontrou condições favoráveis ao seu
desenvolvimento a partir do século XVIII.
O forte do Rio Grande foi criado em 1737, pelo brigadeiro José da Silva Pais e foi comandada pelo
Coronel Cristóvão Pereira de Abreu (criador português de gado)
A única atividade importante da região, faz nascer ali uma sociedade pastoril.

Nas Estâncias, o trabalho era executado pelo capataz e peões (maioria das vezes indígenas e
mestiços).
Até a metade do século XVIII, a principal finalidade da pecuária sulista foi a introdução de couro.
A partir da segunda metade do século XVIII, surgiu a indústria do charque, que abriu novas
possibilidades ao comércio de carne.

A pecuária sulista como a nordestina, é voltada para o mercado interno.

Conforme o crescimento nas Estâncias, passaram a inserir a mão de obra escrava africana e indígena.
PECUÁRIA SULISTA
01) A bandeira chefiada por Fernão Dias Pais partiu a procura de esmeraldas e foi de (da):

(A)Cabo Frio ao Maranhão


(B)São Paulo até Minas Gerais
(C)Guanabara até Cananéia
(D)Guanabara ao Maranhão
MINERAÇÃO
MINERAÇÃO

A mineração do século XVIII na colônia do Brasil foi


submetida a rigorosa disciplina e controle por parte da metrópole.

A mineração possibilitou pela primeira vez na colônia uma


articulação entre as capitanias que também foi responsável pela
urbanização e o desenvolvimento do mercado interno por causa da
camada média urbana e um aumento populacional.

Era uma nova sociedade colonial, mas não aboliu a


principal força motriz da economia colonial: a escravidão.

A região platina abastecia com gado muar, essencial como


meio de transporte e a região norte da colônia com as drogas do
sertão, que no governo de Pombal também foi um produto voltado
para a exportação. E claro, a pecuária, para abastecer com os
gêneros alimentícios o interior da colônia, já que o eixo comercial
da colônia mudou do nordeste para o sudeste.
Desde o século XVII, a mineração já se encontrava regulamentada.
Os Códigos Mineiros de 1603 e 1618, embora admitisse a livre exploração
das minas, impunham uma fiscalização rigorosa do quinto (quinta parte
(20%) do ouro extraído).
Com as descobertas no final do século XVII, a metrópole elaborou
um novo código, que substituiu os anteriores e perdurou até o final do
período colonial: O Regimento dos Superintendentes, Guardas-mores e
Oficiais Deputados para as Minas de Ouro, data de 1720.

Os governadores-gerais foram chamados de vice-reis em 1720.

Foi criado em 1702, a Intendência das Minas para cada capitania


em que o ouro havia sido descoberto.
A Intendência reportava-se ao Conselho Ultramarino.
Os Intendentes tinha a responsabilidade de distribuir terras para a
exploração de ouro e a cobrança dos impostos.

Foram criadas as Casas de Fundição, responsável em transformar


todo o ouro extraído em barra.
O objetivo era evitar o contrabando (santo do pau oco) e garantir a cobrança
do imposto (o quinto).
O quinto foi cobrado de três formas:
 a Capitação,
 Fintas
 As Casas de Fundição.

A Capitação era um imposto que incidia sobre o número de escravos de cada minerador.
Fintas consistia no pagamento de população mineradora, de 30 arrobas anuais fixas.
Nas Casas de Fundição os mineradores eram obrigados a levar o ouro em pó para ser fundido e
transformado em barra.

Havia basicamente, dois tipos de empresas mineradoras:


 a Lavra (grande extração)
 a Faiscação (pequena extração).

Em 1729, foram descobertos os primeiros diamantes no Arraial do Tijuco (atual Diamantina).


O regime foi semelhante ao do ouro, foi criado a Intendência dos Diamantes em 1734.
Em 1750, começou a ter um esgotamento das jazidas de ouro nas regiões de Minas.
Em 1751, foi estabelecido uma cobrança de cotas anuais fixadas em 100 arrobas anuais (1.500 kg)
Em 1765, foi decretado a derrama (cobrança forçada para completar os 100 arrobas).
REFORMAS POMBALINAS (1750 – 1777)

No reinado de D. José I, o ministro Sebastião José de Carvalho, o marquês de Pombal, foi o


representante do despotismo esclarecido em Portugal.
O período coincidiu com a época da decadência da mineração, devido as técnicas rudimentares
adotadas pelos portugueses.
A extração de aluvião, não requeria muita sofisticação, porém os depósitos aluvionais se esgotavam.
Principais medidas pombalinas:

Em 1759, tratou de expulsar os jesuítas de Portugal e de todos os seus domínios.


No mesmo ano, extinguiu as capitanias hereditárias por capitanias reais.
Promoveu uma reforma educacional.

E para atuar no nordeste e na região amazônica, Pombal criou a Companhia Geral do Grão-Pará e do
Maranhão (1755) e a Companhia Geral do Comércio de Pernambuco e da Paraíba (1759).
Com essas medidas, Pombal tinha o objetivo de canalizar o máximo possível a riqueza do Brasil para
Portugal.

Em 1763, mudou a capital de Salvador para o Rio de Janeiro.


O objetivo era manter a administração colonial bem próxima da economia mineira.
O Brasil passou a ser chamado de Vice Reino do Brasil.

Paralelamente a isso, aumentava também o grau de opressão colonial, tendência, que continuou no
reinado de D. Maria I, que sucedeu D. José I.

Em 1785, a rainha D. Maria, através de um Alvará, proibiu a atividade manufatureira no Brasil.


TRATADO DE METHUEN
(1703)
Ficou conhecido como Tratado de Methuen, ou tratado de Panos e Vinhos, um acordo entre Portugal e
Inglaterra vigente entre 1703 e 1836 e que envolvia a troca entre os produtos têxteis ingleses e o vinho
português.

O tratado é muitas vezes mencionado como um dos fatores de supressão da indústria portuguesa e
consequente atrelamento da economia do país à britânica, levando em última instância a economia
portuguesa a uma estagnação.

PANOS

INGLATERRA PORTUGAL
ISENÇÃO

VINHOS
Acredita-se que os resultados do tratado foram desfavoráveis a Portugal porque os panos ingleses
eram fabricados com técnica apurada, muito superiores aos produzidos pela indústria portuguesa.

Além disso, o acréscimo na exportação de vinho, decorrente do acordo não bastou para equilibrar a
balança comercial entre ambos os países, acarretando enormes prejuízos aos lusitanos, pois, além do
consumo pelos ingleses de seus vinhos jamais ter alcançado a mesma cota do consumo de tecidos ingleses,
as suas terras cultiváveis foram, em grande parte, transformadas em vinícolas, causando uma escassez de
alimentos a ponto de se recorrer à importação.

Portugal não tinha quase nenhuma indústria, quase todos os produtos manufaturados consumidos
em Portugal eram comprados na Inglaterra por preços altos. Restava como seu produto principal o vinho, que
Portugal vendia aos ingleses, mas que não era suficiente para pagar tudo o que importava.
Portugal devia muito dinheiro aos ingleses e, além
disso, o comércio com os ingleses era muito importante
para a economia portuguesa. Por causa disso, Portugal
ficou cada vez mais dependente da Inglaterra, e para pagar
suas dívidas, restava apenas recorrer ao ouro que obtinha
do Brasil.

A parte do ouro que ficava no Brasil era pequena,


e aquela destinada a Portugal também não permanecia lá.

Portanto, quem mais se beneficiou com


o ouro brasileiro foi a Inglaterra.

Assim, Portugal, que poderia ter se tornado uma


potência econômica com o ouro explorado do Brasil,
acabou por se tornar muito dependente da economia
inglesa, entrando em um declínio econômico e político do
qual não mais sairia.
01) “A exploração de ouro no Brasil fez com que a metrópole ampliasse a fiscalização e aumentasse a
tributação.”
(SCHNEEBERGER; CANTELE; BARBEIRO, 2005, p.231)

Dentro dessa concepção, Portugal criou as Ordenações Filipinas, leis impostas ao Brasil, estabelecendo que

[A] a exploração de ouro seria permitida apenas aos nascidos no Brasil.


[B] a exploração de ouro seria permitida apenas aos portugueses e filhos de portugueses.
[C] haveria a livre exploração, sem qualquer restrição.
[D] haveria a livre exploração, desde que fosse recolhido aos cofres públicos o quinto do ouro extraído.
[E] haveria a livre exploração, desde que fossem recolhidos aos cofres públicos 50% do ouro extraído.
02) Entre as consequências da atividade mineradora na colônia do Brasil, nos séculos
XVII e XVIII, é incorreto afirmar que favoreceram:

A) o enfraquecimento do mercado interno.


B) a integração econômica da colônia.
C) o povoamento da região das minas.
D) a conquista do Brasil central.
E) o desenvolvimento urbano.
REVOLTAS
NATIVISTAS
REVOLTAS NATIVISTAS

As primeiras revoltas nativistas surgiram nos fins do século XVII e início do


século XVIII, e foram resultado DIRETO da nova política colonial adotada por
Portugal depois da Restauração.

Nesse contexto, as contradições entre a metrópole e a colônia se


manifestaram de várias e diversas maneiras.
Todas as revoltas tiveram por base a contradição metrópole x colônia, e no
caso de Palmares, senhores x escravos.

Entretanto, cada rebelião possuía o seu caráter específico e apresentou


grande complexidade. Porém, as revoltas coloniais até o final do século XVIII, não
chegaram a propor claramente a separação de Portugal.
ACLAMAÇÃO DE AMADOR BUENO (1641)
São Paulo

Com União Ibérica, significou na prática o fim do Tratado de Tordesilhas.


Nesse contexto ocorrerá a ascensão dos bandeirantes no interior da colônia para
capturar indígenas para vendê-los.

Com o fim da União Ibérica, em 1640, a Coroa portuguesa interferiu


diretamente na questão da escravização indígena.
Proibiu a escravização dos índios. Com tal medida, a Coroa portuguesa
buscava ampliar seus lucros com o tráfico negreiro.

Sentindo-se prejudicados, um grupo de bandeirantes paulistas organizou


uma represália que expulsou os jesuítas da Vila de São Paulo.
Além disso, tentaram aliar-se ao
fazendeiro e bandeirante Amador Bueno
contra a administração portuguesa.

Amador Bueno, temendo as


represálias de Portugal, não aderiu o
movimento e prometeu fidelidade à Coroa.
Com isso, o movimento dos bandeirantes
perdeu a força e a ordem pelo fim da
escravização indígena foi mantida.

A Aclamação de Amador Bueno é


considerada a primeira revolta de
caráter nativista.
REVOLTA DE BECKMAN (1684)
Maranhão

No século XVII, o Estado do Maranhão enfrentava uma crise econômica, pois desde a
expulsão dos holandeses, a empresa açucareira não tinha condições de arcar cos os custos de
importação de escravos.
Com altos custos na compra de escravos africanos e os jesuítas dificultando a
escravização dos indígenas, houve uma crise na mão de obra.

Em 1682, a afim de solucionar o problema a Coroa criou a Companhia de Comércio do


Maranhão.
A nova companhia deteria o monopólio de todo o comércio no Maranhão além de introduzir
10 mil escravos.
Entretanto, sem conseguir cumprir o acordo e abusando nos preços oferecidos no açúcar,
os comerciantes locais sentiam-se prejudicados pela Companhia.

Em 24 de fevereiro de 1684, o fazendeiro Manuel Beckman com o apoio de outros


fazendeiros e comerciantes, aproveitando-se da ausência do governador, assaltou a Companhia e
tomou o poder no Maranhão, criando uma Junta Geral do Governo.
A primeira medida da Junta foi expulsar os jesuítas para facilitar a escravização indígena.

A coroa portuguesa reagiu, em 15 de maio de 1685, chegou um efetivo militar em São


Luís, ordenando a prisão e o julgamento dos envolvidos.

Manuel Beckman fugiu, posteriormente fora capturado e condenando a morte pelo forca.
Os demais envolvidos receberam a prisão perpétua.

Na segunda metade do século XVIII, o Marquês de Pombal, tentou solucionar as graves


crises da região, criando a Companhia de Comércio do Grão-Pará e maranhão, que foi
responsável por incentivar a produção açucareira na região.
GUERRA DOS MASCATES (1709-1711)
Pernambuco

Com a conquista holandesa no Nordeste,


Recife deixou de ser um vilarejo de pescadores,
ganhou pontes, porto, residências e até palácios.
Com a retomada do comércio pela Coroa,
muitos comerciantes portugueses se estabeleceram
em Recife.
Com esse fatores, a futura capital de
Pernambuco se tornou um importante centro
comercial.
Os senhores de engenho de Olinda, que se
auto intitulavam os “Nobres da Terra”, e começaram a
chamar os recifenses pejorativamente de “Mascates”.
Ciente do seu poderio econômico, os mascates começaram a exigir
autonomia política de Recife, sendo assim, Recife poderia criar uma Câmara
Municipal, e isso era os olindenses temiam, pois sabiam que poderia levar Olinda
as ruínas.

Em 1709, o rei de Portugal, D. João V, elevou Recife a categoria de Vila.


A reação de Olinda veio em novembro com mais de mil homens invadindo
Recife.

O conflito entre os senhores de engenho de Olinda contra os comerciantes


portugueses de Recife durou dois anos, e teve seu fim em 1711 com a chegada
de um representante da Coroa.
GUERRA DOS EMBOABAS (1707-1709)
Minas Gerais

“EMBOABAS”, que em língua tupi significa


“pés cobertos” era um termo pejorativo usado
pelos paulistas em referência aos forasteiros
(maioria portugueses) , que usavam botas, já
que os paulistas (bandeirantes) andavam
descalços.
Embora minoritários, os paulistas
julgavam-se os donos das Minas por direito de
descoberta.
A principal rivalidade entre paulistas e
emboabas era pela exclusividade na
exploração das jazidas de ouro em Minas
Gerais.
A Guerra dos Emboabas chegou ao fim após o
episódio CAPÃO DA TRAIÇÃO.

Os bandeirantes foram cercados pelos


emboabas, exigindo a rendição e prometendo
poupar-lhe a vida caso depusessem as armas.

Os paulistas se renderam e depuseram


as armas, mas mesmo assim foram
exterminados pelos emboabas.

Expulsos de Minas, os bandeirantes


(paulistas) penetraram em Goiás e Mato Grosso,
onde novas jazidas foram descobertas
REVOLTA DE VILA RICA (1720)
Minas Gerais

Em 1719, o governador de Minas, Conde de Assumar, anunciou a


instalação das Casas de Fundição para evitar o contrabando e garantir a eficácia
na arrecadação do quinto.

Em 29 de junho de 1720, o tropeiro português Felipe dos Santos


organizou um levante contra o governador e pela criação das Casas de Fundição.
Em 16 de julho de 1720,
Assumar reocupou Vila Rica com
1500 homens e pôs fim ao
movimento.
Felipe dos Santos foi
condenado e posteriormente
esquartejado.
Em homenagem ao líder, o
conflito também é chamado de
REVOLTA DE FELIPE DOS SANTOS.

Em 21 de julho de 1720,
entraram em funcionamento as
CASAS DE FUNDIÇÃO.
01) A decisão de Portugal de recriar as Casas de Fundição, por onde
todo o ouro extraído deveria obrigatoriamente passar, é o motivo da

[A] Guerra dos Emboabas.


[B] Guerra dos Mascates.
[C] Insurreição Pernambucana.
[D] Revolta de Vila Rica.
[E] Inconfidência Mineira.
02) Esteve relacionado com as causas da Revolta de Beckman a(o)(s)

[A] elevação de Recife à condição de vila (município), o que provocou forte


reação dos olindenses.
[B] obstáculos que os jesuítas impunham à escravização dos indígenas.
[C] conflitos entre colonos em disputa pela riqueza aurífera.
[D] ideal republicanista, estando seus líderes influenciados pela Independência
dos Estados Unidos.
[E] forte desejo de independência, inspirado nos ideais iluministas de igualdade e
liberdade.
03) Em 1682, foi criada a Companhia Geral do Comércio do Estado do Maranhão, com o objetivo de
controlar os atritos entre fazendeiros e religiosos na disputa pelo trabalho indígena, mais barato que
o africano, e incentivar a produção local... A companhia venderia aos habitantes do Maranhão
produtos europeus, como azeite, vinho e tecidos, e deles compraria o que produzissem, como
algodão, açúcar, madeira e as drogas do sertão, para comercializar na Europa. Também deveria
fornecer à região quinhentos escravos por ano, uma fonte alternativa de mão de obra, diante da
resistência jesuítica em permitir a escravidão de nativos. Os preços cobrados pela companhia,
entretanto, eram abusivos, e ela não cumpria os acordos, como o fornecimento de escravos.
VICENTINO, Cláudio e DORIGO, Gianpaolo - História Geral e do Brasil - Editora Scipione, SP,
2010 ~ p. 358

O texto acima descreve uma situação que colaborou para o acontecimento de um conflito, no
período colonial brasileiro ocorrido na segunda metade do século XVII, que ficou conhecido como

(A) Revolta de Beckman.


(B) Guerra dos Mascates.
(C) Guerra dos Emboabas.
(D) Revolta de Felipe dos Santos.
(E) Revolta de Amador Bueno.
TRATADOS
E
FRONTEIRAS
TRATADOS E FRONTEIRAS

No final do século XVIII, o atual território brasileiro estava praticamente formado. Para isso contribuíram a pecuária
nordestina e sulista, o bandeirismo, a mineração e as missões jesuíticas na região amazônica.

PRIMEIRO TRATADO DE UTRECHT (1713)

Os limites do extremo norte foram discutidos


com os franceses, que haviam se fixado nas
Guianas.

O primeiro Tratado de Utrecht a França


reconheceu o direito exclusivo de Portugal navegar
no rio Amazonas, em troca, Portugal reconheceria a
posse da Guiana (Guiana Francesa) pelos
franceses.
SEGUNDO TRATADO DE UTRECHT (1715)

A Espanha reconhece a possessão da Colônia do Sacramento (atual


Uruguai e fundada pelos portugueses em 1680 e posteriormente reconhecido no
Tratado de Lisboa em 1681) por Portugal.
TRATADO DE MADRI (1750)

Ficou estabelecido nesse tratado o


princípio de “uti possidetis”, ou seja, os que
de fato ocupavam a terra possuem o direito
sobre ele.

Assim, a Espanha de assegurar a livre


navegação na bacia do Prata, trocou a
Colônia do Sacramento pelos Sete Povos das
Missões (atual estado do Rio Grande do Sul).

Com o Tratado de Madri foram


formalmente invalidados os limites
estabelecidos pelo Tratado de Tordesilhas.
Apesar dos acordos entre os países ibéricos,
as tribos indígenas das missões jesuíticas
espanholas dos Sete Povos das Missões não
apoiaram a ideia.

Entretanto, os índios Guaranis não


concordaram em seguir para nova fronteira,
causando a Guerra Guaranítica em 1753.

O conflito se estendeu até em 1756.


TRATADO DE EL PARDO (1761)

O Tratado de El Pardo anulou o Tratado de Madri.


Marquês de Pombal alegou que os Sete Povos das Missões não foi ocupado
pacificamente devido as Guerras Guaraníticas.
Assim, os colonos portugueses não queriam entregar a Colônia do
Sacramento para os espanhóis.

TRATADO DE SANTO ILDEFONSO (1777)

Portugal renunciou a Colônia do Sacramento e os Sete Povos das


Missões, em troca, da ilha de Santa Catarina, então pertencente da Espanha.
TRATADO DE BADAJÓS (1801)

Após a destruição por completo dos Sete Povos das Missões pelos
gaúchos, voltou a vigorar os termos do Tratado de Madri.
Portugal reconheceu a posse a Colônia do Sacramento pelos espanhóis
e ficou com os Sete Povos das Missões.
01) O conflito armado travado na segunda metade do século XVIII e que ficou
conhecido como Guerras Guaraníticas,

[A] foi uma reação dos índios de Sete Povos das Missões, liderados por alguns
jesuítas, à ocupação de suas terras e à possível escravização.
[B] ocorreu entre paulistas com o apoio de diversas tribos guaranis e os emboabas,
pela hegemonia da extração do ouro das Minas Gerais.
[C] definiu a conquista da Colônia do Sacramento por tropas luso-brasileiras.
[D] provocou a assinatura do Tratado de Lisboa, pelo qual Portugal devolvia a área
conhecida como Sete Povos das Missões à Espanha.
[E] abriu caminho para a conquista e ocupação, por parte dos portugueses, da
calha do rio Solimões – Amazonas.
02) Tratado de Tordesilhas. A expansão da colônia ocorreu graças à ação dos
bandeirantes, missionários, militares e pecuaristas que ocuparam as vastidões
pouco exploradas das áreas de ambos os lados da linha de Tordesilhas. O tratado
em que a França renuncia às terras que ocupava na margem esquerda do rio
Amazonas e aceita o Oiapoque como limite entre a colônia portuguesa e a Guiana
Francesa é o:

[A] 2º Tratado de Utrecht.


[B] Tratado de Santo Ildefonso.
[C] Tratado de Madri
[D] Tratado de Badajós.
[E] 1º Tratado de Utrecht.
REVOLTAS
EMANCIPACIONISTAS

(SÉCULO XVIII)
INCONFIDÊNCIA MINEIRA (1789)

CAUSAS:

A decadência da produção mineradora a partir da segunda


metade do século XVIII dificultou o pagamento de pesados impostos
cobrados à colônia pela metrópole.

O governo português usava a violência da derrama para


obrigar a população da capitania das Minas Gerais a entregar a parte dos
seus bens para pagar as dívidas.

Em 1788, a Coroa portuguesa nomeou Visconde de Barbacena


para o cargo de governador da capitania das Minas e anunciou a sua
intenção de investigar as contas do tesouro.

Tal situação levou um grupo de colonos – a maioria da alta


sociedade mineira, alguns recém chegados da Europa, onde haviam
contato com os ideais iluministas – a ser reunir secretamente em
Vila Rica, conspirando contra o governo e preparando uma insurreição.
PLANOS:

Os inconfidentes reivindicavam:

 Um governo republicano no mesmo modelo da


Constituição dos Estados Unidos da América.
 Transformação de São João Del Rey na capital do novo
país.
 Obrigatoriedade do serviço militar.
 Criação de uma universidade e incentivo a industrialização.

Entretanto, nada ficou definido em relação a escravidão, já


que a maioria dos inconfidentes possuíam terras e muitos escravos.
Motivo a qual a conjuração não teve apoio popular.

Apesar dos inconfidentes fazerem parte da elite mineira, o


alferes Joaquim José da Silva Xavier, conhecido como TIRADENTES,
de origem modesta, foi responsável pela divulgação do movimento a
população.
CONSEQUÊNCIAS

A iminência de uma derrama em Vila Rica no início de 1789,


acelerou a eclosão da revolta.
O objetivo dos inconfidentes, que no início da cobrança,
prenderiam o governador com apoio da população revoltada.
Contudo, o governador Visconde de Barbacena decidiu adiar a
derrama após a denuncia de José Silvério dos Reis, que em troca das
denuncias, conseguiu o perdão das suas dívidas pessoais.
O Visconde de Barbacena deu início a prisão dos conspiradores,
enviou para o Rio de Janeiro, onde tiveram que aguardar três anos de
julgamento.

Os inconfidentes foram condenados ao exílio nas colônias


africanas portuguesas e Tiradentes condenado a morte.
A morte pela forca ocorreu em 21 de abril de 1792, no Rio de
Janeiro, capital da colônia.
Como de costume, teve o seu corpo esquartejado e seus
membros distribuídos pelas cidades onde estivera buscando apoio, e sua
cabeça, foi exposta publicamente em Vila Rica a fim de intimidar possíveis
conspiradores.
CONJURAÇÃO CARIOCA (1794)

Em 1794, surgiram denúncias de que os integrantes da Sociedade Literária do Rio de Janeiro,


inspirados pelos ideais iluministas, estariam fazendo críticas contundentes contra a Igreja e o Estado, além
disso, foram acusados de adotar ideias que fortaleciam o sentimento de emancipação da condição de
colônia.
O Vice-Rei, Conde de Rezende, materializou uma grave acusação, onde apontava que os envolvidos
no movimento e estariam se reunindo secretamente e propagando ideias republicanas.
Contudo nada foi apurado contra os “conjurados cariocas”, e as autoridades coloniais terminaram
por libertá-los.
CONJURAÇÃO BAIANA (1798)
CAUSAS:

A transferência da capital para o Rio de Janeiro, em 1763,


acarretou dificuldades econômicas para a cidade de Salvador, onde vivia
uma população miserável, sobrecarregada de impostos que contestava
com frequência a exploração metropolitana.

As realizações da Revolução Francesa, propagaram na Bahia os


ideais de Liberdade, Igualdade e Fraternidade, por intermédios dos
intelectuais e profissionais liberais, empolgando uma parcela da população.

Por meio dos encontros secretos da organização Cavaleiros da Luz,


diversos líderes discutiam os princípios revolucionários e pregavam uma
conspiração contra a autoridade lusitana

Inicialmente com os membros da elite baiana e, posteriormente


se difundindo para as camadas mais pobres da população baiana.
PLANOS:

Os conspiradores pregavam:

 Proclamação de uma república democrática.


 Liberdade de comércio.
 Aumento dos salários dos soldados.
 Abolição da Escravatura.
 Melhores condições de vida para os negros e mulatos.

Vários líderes da elite local saíram do movimento, quando as camadas populares passaram a
enfatizar a luta contra privilégios senhoriais e a escravidão.
A elite baiana também temia que a revolução tomasse a mesma proporção da independência do
Haiti (revolução de escravos negros).

Os principais líderes da revolução foram os alfaiates João de Deus e Manoel Faustino, os soldados
Lucas Dantas e Luiz Gonzaga, e era na casa do médico Cipriano Barata que funcionava a organização
Cavaleiros da Luz.
CONSEQUÊNCIAS:

Em 12 de agosto de 1798, os conspiradores


espalharam cartazes proclamando a revolução.
Denunciada as autoridades por alguns traidores,
o motim teve muitos dos seus envolvidos presos.

Os participantes mais pobres foram condenados


a prisão perpétua e castigos corporais.
João de Deus, Manoel Faustino, Lucas Dantas e Luiz
Gonzaga foram enforcados e esquartejados, tendo os seus
corpos espalhados pela cidade de Salvador.

Quanto aos envolvidos da elite baiana, alguns


foram inocentados e outros enviados ao exílio nas colônias
portuguesas na África.

A Conjuração Baiana foi a mais popular das revoltas, dela participando sapateiros, escravos, ex-escravos,
soldados e vários alfaiates, motivo pela qual também ficou conhecida como REVOLTA DOS ALFAIATES.
01) A respeito da Inconfidência Mineira, ocorrida no Brasil Colônia em 1789, pode ser
afirmado com correção que

A) a extinção da escravidão no Brasil era defendida pelo movimento inconfidente.


B) entre os projetos dos inconfidentes estava o fechamento dos engenhos e minas.
C) a coroa portuguesa propôs a anistia de todos os revoltosos e o perdão das dívidas em
troca da rendição incondicional dos inconfidentes.
D) a rebelião foi desencadeada em um contexto marcado pela diminuição da produção
aurífera e o aumento da cobrança de impostos.
E) as lideranças do movimento defendiam a extinção da propriedade privada.
02) Acerca da Conjuração Baiana (1798), é correto afirmar que

(A) A Coroa Portuguesa, diante da possibilidade de ocorrer um movimento semelhante ao observado no


processo de independência do Haiti, atuou com a extrema violência executando todos os membros
envolvidos na revolta.
(B) O objetivo dos conjurados era, entre outros, deslocar mão-de-obra da cidade para o campo com a
finalidade de promover o renascimento da agricultura da cana-de-açúcar na região.
(C) A direção do movimento era formada unicamente por pessoas pobres, e em suas propostas havia a defesa
da extinção da escravidão e do preconceito contra negros e mulatos.
(D) Os conspiradores desejavam a autonomia do Brasil, mas divergiam quanto às mudanças da estrutura
interna levando vários membros da elite local a se retirarem quando as camadas populares passaram a
defender o fim de certos privilégios e da escravidão.
(E) A introdução do trabalho livre em substituição à mão-de-obra escrava e à indenização aos grandes
proprietários escravagistas era defendida de forma intransigente pelas lideranças populares do movimento.
03) No Brasil colônia, particularmente no séc. XVIII, ocorreram dois movimentos revolucionários que ficaram
conhecidos como Inconfidência Mineira (1789) e Conjuração Baiana (1798).

Quais características são comuns entre eles?

[A] A influência do pensamento iluminista e a participação maciça de pessoas da elite da sociedade local.
[B] Foram inspiradas pelo lema Liberdade, Igualdade e Fraternidade e pretendiam acabar com a escravidão.
[C] Queriam romper com a dominação colonial e tiveram influência do pensamento iluminista.
[D] Foram sufocadas sem grande derramamento de sangue, pois havia grande participação de pessoas
ligadas à elite da sociedade local.
[E] Pretendiam acabar com a escravidão e estabelecer a independência política do Brasil.
PERÍODO
JOANINO
(1808 – 1821)
FUGA DA FAMÍLIA REAL PORTUGUESA PARA O BRASIL
CONTEXTO INTERNACIONAL

Em 1806, o imperador da França, Napoleão


Bonaparte, decretou o BLOQUEIO CONTINENTAL, cujo o
objetivo era bloquear o poder econômico da sua rival, a
Inglaterra.

O plano só teria êxito se todos os países da


Europa participassem.
Entretanto, Espanha e Portugal não aderiram.
O Bloqueio Continental determinava que a
nação que não aderisse, sofreria uma invasão militar.

Em 1807, Napoleão invadiu a Espanha, destituiu


o rei, e colocou o seu irmão, José Bonaparte no trono
espanhol.
A consequência acarretou uma série de revoltas
emancipacionistas na América Espanhola.
Já, em Portugal, o príncipe regente, D. João,
fugira um dia antes da invasão para sua maior colônia
na época, o Brasil.

Cerca de 15 mil pessoas vieram com a família


real para o Brasil, entre elas: altos funcionários do
governo, sacerdotes, alta nobreza, militares de alta
patente e empregados pessoais.
POLÍTICA INTERNA

Com a chegada da corte, foram obrigados a abandonar a política mercantilista (Pacto Colonial).
Visto que agora, boa parte da elite portuguesa estava em terras brasileiras.
A elite agora visava uma colônia de povoamento, e não mais uma colônia de exploração.

Em 28 de janeiro de 1808, em Salvador, o príncipe regente, D. João “Declarou a abertura dos portos
as nações amigas”.
Tal ato, na prática, significa o FIM DO PACTO COLONIAL.

Em 01 de abril de 1808, na capital, Rio de Janeiro, D. João revogou o alvará de sua mãe, D. Maria I
(Alvará de 1785) que proibia a produção manufatureira no Brasil.
OS TRATADOS DE 1810

TRATADO DE COMÉRCIO E NAVEGAÇÃO


 Em 19 de fevereiro de 1810, estabeleceu uma taxa de 15% para os produtos ingleses, 16% para os
portugueses e 24% para as outras nações.

TRATADO DE ALIANÇA E AMIZADE


 D. João, comprometeu-se em extinguir o tráfico negreiro.

ADMINISTRAÇÃO JOANINA

Real Hospital Militar, Jardim Botânico,


Intendência Geral da Polícia, Museu Nacional,
Academia de Belas Artes, Academia Militar,
Biblioteca Nacional, Polícia Militar
Imprensa Régia Observatório Astronômico.
POLÍTICA EXTERNA

Em 1809, D. João, decidiu invadir e conquistou a


Guiana Francesa, com medo de Napoleão a usasse
como entrada para o Brasil.

Em 1811, sobre o pretexto de reivindicar a Banda


Oriental do Uruguai para a sua esposa, a qual era filha do
Rei da Espanha que tinha sido deposto por Napoleão,
apoiou um grupo de uruguaios a tomar o poder.
Em 1817, enviou o exército português para
anexar a região, a qual ficou conhecida como
“Cisplatina” (atual Uruguai).
ELEVAÇÃO DO BRASIL A CATEGORIA DE REINO UNIDO (1815)
CONGRESSO DE VIENA

Com a queda de Napoleão em 1815, as potencias


vencedoras pretendiam remodelar o mapa da Europa
modifica pelas guerras napoleônicas.
O objetivo do Congresso era restaurar a ordem
absolutista do Antigo Regime.
O Congresso ocorreu entre setembro de 1814 e
junho de 1815.
Oficialmente, Portugal foi libertada em 1814,
entretanto, em 1815, não tinha mais desculpas para a corte
não retornar a Lisboa.
O inconformismo piorou quando, D. João assinou um
decreto criando o Reino de Portugal, Brasil e Algarves, por
meio dessa medida, o Brasil deixava de ser colônia e se
equiparava a Portugal.

Após a morte de sua mãe, D. Maria I, em 1816, o príncipe regente foi coroado com o título de D. João VI.
REVOLUÇÃO PERNAMBUCANA (1817)

Tanto no Brasil, quanto em Portugal, a situação não era


favorável a D. João VI.
Em Pernambuco, as ideias de emancipação e
republicanismo, influenciada pela Revolução Francesa,
circulavam pelas ruas.

Entre os anos de 1815 e 1816, ocorreu uma grande seca


no nordeste e a diminuição do preço do açúcar no mercado
internacional.
O aumento dos impostos para custear a parasitária corte
portuguesa causou enormes insatisfações dos nordestinos.

Em 1817, o governador de Pernambuco soube de um


movimento conspiratório e ordenou a prisão dos envolvidos.
Entretanto, em umas das prisões um envolvido era militar e este
acabou matando um agente do governo.
Foi estopim para início do movimento
revolucionário que começou em março do mesmo ano.

Com a revolução, o governador de Pernambuco


fugiu e foi proclamado uma república.

A revolta começou a fraquejar quando foi posto


em pauta o tema, “Fim da Escravidão”.
As disputas internas enfraqueceu o governo
provisório.
D. João VI enviou tropas para Recife.

O governo provisório durou 75 dias, o território foi


reincorporado e os líderes foram presos e a maioria deles
executados.

Devido a grande participação de padres na


revolta, a Revolução Pernambucana é conhecida também
como a REVOLTA DOS PADRES.
REVOLUÇÃO CONSTITUCIONALISTA (LIBERAL) DO PORTO (1820)

Em 1818, D. João VI ainda residia no Brasil, contrariando assim a vontade de Portugal.


Em Portugal começou a crescer a insatisfação da burguesia portuguesa em relação ao Antigo
Regime (Absolutismo Monárquico).
O movimento começou a crescer entre os anos de 1819 e 1820.

Em 1820, o general inglês Beresford, viajou para o Rio de Janeiro para conversar com D. João VI.

Aproveitando a ausência do militar inglês, os portugueses iniciaram uma revolta e tomaram o


poder no mesmo ano.
A Revolução chegou em Lisboa, aonde foi reunido
“As Cortes” afim de exigir o retorno da família real,
com o objetivo de acabar com o seu poder absolutista.

D. João VI não acatou a exigência dos rebeldes, em


consequência “As Cortes de Lisboa” enviou uma esquadra
ao Rio de Janeiro para buscar e ameaçar a família real.
Para evitar um conflito entre Brasil e Portugal,
em 26 de abril de 1821, D. João VI e toda a corte
portuguesa retorna para Portugal, exceto, o seu filho
mais velho e herdeiro do trono, D. Pedro.

Ao chegar em Portugal, D. João foi obrigado a


assinar a Constituição acabando com o Absolutismo.

Semanas depois ao retorno de D. João,


“As Cortes de Lisboa”, exigiu o retorno de D. Pedro, pois
eles pretendiam recolonizar o Brasil, ou seja,
restaurar o Pacto Colonial.

Inicia-se o processo de independência do Brasil


liderado pelo príncipe regente, D. Pedro.
01) No dia 22 de janeiro de 1808, D. João chegou à Bahia. Seis dias depois, cumpriu o que
havia prometido aos ingleses ao:

A) elevar o Brasil ao Reino Unido a Portugal e Algarves.


B) decretar o Bloqueio Continental à França.
C) permitir a indústria no Brasil.
D) decretar aberturas dos portos brasileiros às nações amigas.
E) decretar o Tratado de Tordesilhas.
02) A política externa de D. João VI, quando imperador do Brasil, determinou que se
realizassem ações militares em territórios vizinhos ao Brasil. Esses territórios foram a

A) Guiana Francesa e a França Antártica.


B) Guiana Inglesa e a Província Cisplatina.
C) Guiana Francesa e a Província Cisplatina.
D) Guiana Inglesa e a França Antártica.
E) Guiana Francesa e a Guiana Inglesa.
01) A elevação do Brasil à categoria de Reino Unido a Portugal e Algarves foi uma medida
tomada pelo Regente D. João, com o objetivo

A) de aumentar seu poder pessoal, pois ele passou a dominar um Império que englobava as
colônias espanholas na América.
B) de unificar as Coroas de Portugal e Espanha, que era denominada pelos portugueses de
país de Algarves.
C) de melhorar a defesa do Brasil contra as constantes invasões de franceses e ingleses, que
saqueavam as nossas cidades litorâneas.
D) de obter o reconhecimento da dinastia de Bragança por parte do Congresso de Viena,
reunido na Europa e dirigido pelos países que derrotaram Napoleão.
E) de satisfazer a cobiça das elites brasileiras, que, com essa medida, tiveram acesso às
minas de prata de Potosí, na Bolívia.
INDEPENDÊNCIA
DO
BRASIL
O PROCESSO DE INDEPENDÊNCIA

Como regente, D. Pedro começou a agir com moderação:

 Restringiu as despesas
 Diminuiu os impostos
 Equiparou os militares brasileiros aos portugueses.

No Brasil, os grupos que exerciam influência política defendiam três propostas:

Os portugueses  Levar o Brasil de volta a situação de colônia.


Moderados  Apoiar D. Pedro chegar a uma independência de uma forma pacífica, com a instalação de uma
monarquia.
Exaltados  Proclamar uma República, com o apoio dos movimentos populares.

VENCEU O GRUPO QUE DEFENDIA A INDEPENDÊNCIA COM D. PEDRO E SEM PARTICIPAÇÃO POPULAR
O principal líder desse grupo era José Bonifácio.

A base social desse grupo era formada por grandes


proprietários de terras e escravos e grandes comerciantes, ou
seja, a elite colonial.

A elite latifundiária temiam que, sem D. Pedro, a luta


pela independência provocasse agitações que levassem à
vitória dos grupos republicanos.
A república poderia ameaçar a escravidão.

No final do ano de 1821, aumentaram a pressão das


Cortes de Lisboa exigindo o retorno de D. Pedro.
Os partidários da independência (moderados)
organizaram um abaixo-assinado que pedia a sua permanência
no Brasil.
No dia 09 de janeiro de 1822, D. Pedro tomou a
decisão de NÃO ACATAR AS EXIGÊNCIAS DA CORTE.

O episódio ficou conhecido como o DIA DO FICO.

Em 16 de janeiro, José Bonifácio foi escolhido por D.


Pedro para ser o ministro do Reino e Estrangeiros.

José Bonifácio era conservador, defendia uma MONARQUIA CONSTITUCIONAL, e a principio achava
que o Brasil podia continuar ligado a Portugal, embora com um governo independente.

Em oposição as ideias de Bonifácio, os liberais radicados (exaltados) liderado por Gonçalves Ledo,
defendiam a independência imediata e com um governo republicano.

Tanto José Bonifácio e Gonçalves Ledo eram da MAÇONARIA, que apesar de suas divergências, todos
lutavam contra o absolutismo monárquico.
No Brasil, a maçonaria teve um papel significativo no processo da independência.

Em maio de 1822, D. Pedro decretou o “CUMPRA-SE”, que estabelecia que nenhuma lei portuguesa
seria válida no Brasil sem autorização prévia do príncipe regente.
INDEPENDÊNCIA OU MORTE

Em setembro de 1822, as Cortes portuguesas ameaçaram enviar tropas ao Brasil para obrigar D.
Pedro a voltar para Portugal.
O príncipe regente encontrava-se em São Paulo. Do Rio de Janeiro, José Bonifácio enviou uma carta
em que propunha o rompimento imediato com a metrópole.
Ao receber a carta, no dia 07, D. Pedro proclamou a Independência, às margens do rio do Ipiranga.

O Brasil tornava-se uma nação soberana.

GUERRA DA INDEPENDÊNCIA (1822 – 1823)

Cinco províncias não aderiram a independência:

 BAHIA
 PIAUÍ
 MARANHÃO
 GRÃO-PARÁ
 CISPLATINA
O ESTADO BRASILEIRO

A proclamação da independência política


garantiu ao Brasil, autonomia em relação a Portugal,
afastando o risco de colonização, e transformou D. Pedro
no eixo da nova ordem política.

D. Pedro foi coroado em 1º dezembro de 1822


com o título de D. Pedro I.

Diferente do que aconteceu em outras ex-


colônias americanas, que adotaram o regime republicano,
no Brasil foi instituído o REGIME MONÁRQUICO
HEREDITÁRIO, CONSTITUCIONAL E REPRESENTATIVO..

O Brasil tornou-se independente POLITICAMENTE


de Portugal, mas manteve a MESMA ESTRUTURA
COLONIAL.

Começa agora, o Brasil Império.


01) O motivo que forçou o retorno de D. João VI para Portugal, em
1821, foi:

(A) a Revolução Constitucionalista do Porto


(B) a ameaça francesa de novo ataque a Portugal
(C)a ameaça inglesa de abandonar Portugal
(D)o descontentamento do povo
02) O movimento pela Independência do Brasil foi liderado
especialmente:

(A) pela elite latifundiária


(B) pela massa da população
(C)pelos próprios portugueses
(D)pela burguesia industrial
(E) pelos escravos
PRIMEIRO
REINADO
(1822 – 1831)

PARTE 01
A ORGANIZAÇÃO POLÍTICA DO ESTADO BRASILEIRO

ASSEMBLEIA CONSTITUINTE (1823)

A fim de organizar um novo estado independente, em maio de


1823, uma Assembleia Constituinte composta de 90 deputados
pertencentes a aristocracia rural, membros da Igreja Católica e juristas.

A maioria dos deputados defendiam uma monarquia constitucional


que limitassem os poderes do imperador e garantisse os direitos individuais,
mas sem alterar a estrutura social e o domínio aristocrático-escravista.

O projeto inicial de Antônio Carlos de Andrada, irmão de José


Bonifácio, apelidado de “Constituição da Mandioca”, impedia ao acesso da
grande maioria da população brasileira à participação política, pois o eleitor
ou candidato ao cargo do Legislativo teria comprovar elevada renda em
terras.
Excluía também os comerciantes, a maioria deles portugueses com
renda obtidas em outras atividades não agrícola.
DISSOLUÇÃO DA CONSTITUINTE

Além disso, o anteprojeto, limitava o poder do


imperador, do qual estava subordinado ao Legislativo
(deputados e senadores).

D. Pedro I, vendo o seu poder limitado por esse projeto,


recorreu a força para interromper os trabalhos da constituinte.
Em 12 de novembro de 1823, ordenou a prisão e o exílio
de muitos deputados, entre eles os irmão Andrada (incluindo
José Bonifácio)

A dissolução da Assembleia Constituinte entrou para


história como a NOITE DA AGONIA.
CONSTITUIÇÃO DE 1824

Após a dissolução, D. Pedro I nomeou um


Conselho de Estado de 10 pessoas para redigir a
Constituição.

Em 25 de março de 1824, foi OUTORGADA a


primeira constituição do Brasil.

A Constituição de 1824, estabelecia uma


monarquia hereditária.
PRINCIPAIS CARACTERÍSTCAS:

 Criação do 4º poder: o MODERADOR.


O Poder Moderador era exclusivo do imperador e regulava os demais poderes
(Executivo, Legislativo e Judiciário).

 Os mandatos dos deputados seriam de 04 anos e dos senadores vitalícios.

 O voto seria indireto e censitário


400 mil réis para deputados e 800 mil réis para senadores.

 Religião oficial: Católica (Padroado).

 Beneplácito – Toda bula papal só seria acatada com a autorização do imperador.


RECONHECIMENTO INTERNO E EXTERNO

O nosso processo de independência não foi pacífico,


ao contrário do que costuma ser pensar.
D. Pedro I contou com o apoio das elites nacionais
(aristocracia rural e funcionários públicos) para a arrecadação
de impostos para expulsar as tropas portuguesas que se
opunham à separação entre Brasil e Portugal.

O primeiro país a reconhecer a independência do


Brasil foram os Estados Unidos, em 1824.

O primeiro país latino americano a reconhecer a


independência do Brasil foi o México, 1825.

Os demais países latino americanos demoraram a


reconhecer a independência do Brasil porque a maioria deles
adotaram república como forma de governo, já o Brasil
proclamou uma monarquia.
TRATADO DE PAZ E AMIZADE (1825)

A Inglaterra atuou como mediadora em Portugal pelo reconhecimento da independência, que ocorreu
em agosto de 1825.
A Inglaterra emprestou ao Brasil, dois milhões de libras esterlinas para o pagamento da indenização
exigida por Portugal, já que os portugueses tinham uma dívida com a Inglaterra no mesmo valor.
Surgiu, o Tratado de Paz e Amizade entre Portugal e Brasil, D. Pedro I ficava obrigado a conceder o
título de honorário a D. João VI (seu pai e Rei de Portugal), e não aceitar a união de qualquer colônia
portuguesa.
Havia um interesse de anexar a Angola ao Império brasileiro, decorrente dos interesses do tráfico
negreiro.

Em 1827, foi reafirmado o Tratado de 1810 com a Inglaterra.


Tarifa alfandegária privilegiada para os ingleses (15%).
Em 1828, D. Pedro I, adotou o LIVRE-CAMBISMO.
Estendeu a tarifa alfandegária de 15%, até então restrita para a Inglaterra, a vários outros países.
Essa situação obrigou o país a recorrer a frequentes empréstimos, o que endividava cada vez mais e
aumentava a dependência econômica em relação a Inglaterra.
Os ingleses exigiram em 1830, a extinção do tráfico negreiro, contrariando os interesses das elites
escravistas.
CONFEDERAÇÃO DO EQUADOR (1824)
Pernambuco
ESTOPIM

Em 02 de julho de 1824, foi exonerado o presidente da


província de Pernambuco, Manuel de Carvalho.
Os pernambucanos não aceitavam a nomeação de um
novo presidente da província.

O movimento foi de caráter separatista, republicano


e basicamente urbano e popular.
O movimento teve adesão das províncias do Ceará, Rio
Grande do Norte e da Paraíba.

As províncias insurgentes formaram a Confederação do


Equador, e adotaram a Constituição da Colômbia.

Os revoltosos extinguiram o tráfico negreiro e


convocaram o recrutamento para enfrentar as tropas do governo.
PRINCIPAIS LÍDERES: Frei Caneca e Cipriano Barata.

REPRESSÃO

Para reprimir a rebelião, D. Pedro I contou com empréstimos


ingleses.

Enviou tropas à região sob o comando do Brigadeiro Francisco


Lima e Silva e contratou navios e serviços do mercenário Lorde Cochrane.

Os rebeldes foram atacados por terra e por mar, e os líderes


executados.
POLÍTICA EXTERNA

GUERRA DA CISPLATINA (1825-1828)

A região da Cisplatina começou a sua guerra pela


independência com o apoio da Argentina, que desejava
incorporá-la ao seu território.

A guerra obrigou o governo a adquiri mais


empréstimos ingleses que aumentou a dívida externa e a
fragilidade da economia nacional.

Em 1828, sob a mediação da Inglaterra, a


província da Cisplatina obteve a sua independência,
constituindo a República Oriental do Uruguai.
CRISE SUCESSÓRIA – Morte de D. João VI (1826)

Por ocasião da morte de seu pai, D. João VI, em 1826, a possibilidade de ascensão de D. Pedro I ao
trono português reacendeu aos brasileiros o temor da recolonização.
O imperador passou a ser pressionado para abdicar a coroa portuguesa em favor de sua filha
Maria da Glória, de sete anos. Até a sua maioridade, ela seria substituída, por um regente, seu irmão D.
Miguel.
Entretanto, D. Miguel deu um golpe, proclamou-se o novo rei de Portugal, assumindo sozinho o
poder.

GUERRA DA SUCESSÃO

D. Pedro I iniciou uma guerra contra o irmão para garantir a Coroa da filha, o que trouxe enormes
prejuízos ao Brasil, na organização e no financiamento das tropas.
ADBICAÇÃO DE D. PEDRO I (1831)

Devido aos elevados gastos do Estado brasileiro, D. Pedro I autorizou a


emissão de dinheiro que levou a desvalorização da moeda e elevou a inflação,
o que ocasionou a falência do Branco do Brasil, em setembro de 1829.

O autoritarismo de D. Pedro I descontentava a elite agrária e os


grupos urbanos.
A balança comercial deficitária, aumento da dívida externa, queda na
exportação e aumento da miséria da população consolidou a crise no império.

Além disso, muitos jornalistas começaram a criticar o imperador,


como Líbero Badaró.
Numa resposta violenta às criticas ao imperador, os seus aliados políticos,
assassinaram em 1830, em São Paulo o jornalista Líbero Badaró.

Devido a tensa relação de D. Pedro I com os brasileiros, o imperador


se aproximou dos portugueses.
NOITE DAS GARRAFADAS (1831)

Em 1831, após a sua volta de Ouro Preto, os portugueses decidiram organizar uma recepção
calorosa para D. Pedro I para compensar as hostis manifestações dos mineiros.

Para impedir a recepção, os brasileiros entraram em conflito com os portugueses nas ruas
da capital, Rio de Janeiro, no dia 13 de março de 1831.
O episódio foi chamado de “NOITE DAS GARRAFADAS”.

D. Pedro I dissolveu os Ministérios dos Brasileiros e criou o Ministério dos Marqueses


(formado por portugueses).
Em abril de 1831, o Exército brasileiro passou a apoiar a
crescente movimentação popular e as elites nacionais contrárias ao
imperador.

Isolado, na madrugada do dia 07 de abril de 1831, D. Pedro I


abdicou do trono em favor do seu filho de cinco anos, Pedro de
Alcântara.

Pedro de Alcântara era menor de idade, segundo a


Constituição, em caso de abdicação, o governo seria exercido por uma
regência.
O futuro imperador ficaria sob os cuidados de José Bonifácio.

Em Portugal, D. Pedro I, enfrentou e venceu as tropas do seu


irmão D. Miguel, tornando-se o novo rei de Portugal como o título de
D. Pedro IV.

Começa agora, o PERÍODO REGENCIAL


01) No dia 25 de março de 1824, D. Pedro I outorgou a primeira Constituição brasileira,
que tinha como características o(a)

A) religião católica e voto universal.


B) Poder Moderador e Senado vitalício.
C) liberdade administrativa às províncias e voto censitário.
D) magistrados nomeados pelo imperador e religião protestante.
E) voto extensivo às mulheres e Poder Moderador.
02) Um dos fatores que contribuiu para abdicação de D. Pedro I em Abril de 1831

A) a promulgação do Ato Adicional


B) o conflito entre portugueses e brasileiros no Rio de Janeiro, chamado "Noite das
Garrafadas"
C) a independência da Colônia Brasileira
D) a criação da Assembleia Constituinte a qual retirava o poder das mãos do lusitano
Pedro I.
E) o Poder Moderador, exclusivo do Período Regencial.
PERÍODO
REGENCIAL
(1831 – 1840)
PERÍODO REGENCIAL (1831 – 1840)

Pelas regras da Constituição de 1824, o Brasil seria governado por um conselho de três regentes,
eleitos pelo legislativo, enquanto Pedro de Alcântara não completasse 18 anos.
PARTIDO RESTAURADOR Defendiam o retorno de Comerciantes portugueses;  José Bonifácio.
(CARAMURUS) D. Pedro I. Militares de alta patente;
Defendiam um regime Altos funcionários públicos;
absolutista e centralizador.
PARTIDO MODERADO Defendiam uma Grandes proprietários de  Padre Diogo Antônio
(CHIMANGOS) monarquia centralizadora, terras e escravos Feijó.
mas sem absolutismo. do Rio de Janeiro, São Paulo,  Evaristo da Veiga.
Queriam manter a Minas Gerais e da região  Bernardo Pereira de
escravidão e preservar a nordestina. Vasconcelos.
unidade territorial.
PARTIDO EXALTADO Defendiam a Profissionais liberais;  Cipriano Barata.
(FARROUPILHA OU JURUJUBAS) descentralização do poder, Pequenos comerciantes;  Borges da Fonseca.
pela autonomia Militares de baixa patente;
administrativa das Pessoais que viviam nos
províncias. centros urbanos.
Muitos defendiam a
instalação de uma república.
PERIODIZAÇÃO

REGÊNCIA TRINA PROVISÓRIA (07/04/1831 a 17/07/1831)

Com a abdicação de D. Pedro I, foi eleita, por um grupo de parlamentares, uma Regência Provisória,
sob a responsabilidade dos senadores Carneiro de Campos, Campos Vergueiro e o brigadeiro
Francisco de Lima e Silva.
Eles governariam até que a Assembleia Geral pudesse se reunir, após as férias dos parlamentares,
para eleger os três regentes que governariam o Império.

REGÊNCIA TRINA PERMANENTE (1831 – 1834)

A Assembleia Geral elegeu a Regência Trina Permanente, em 17 de julho de 1831, formado pelos
deputados João Bráulio Muniz (do nordeste) e José da Costa de Carvalho (do sul) e o brigadeiro
Francisco de Lima e Silva.
De modo geral, essa regência representava o grupo dos moderados.
GUARDA NACIONAL (1831)
O ministro da Justiça, o padre Diogo Antônio Feijó, sua principal
preocupação era garantir a ordem pública que interessava aos moderados. Para
impor a ordem, o governo precisava de uma força militar que lhe fosse fiel.
A solução encontrada foi a criação, em 18 de agosto de 1831, a
GUARDA NACIONAL, uma força paramilitar (milícia) criada pelos grandes
proprietários de terras.
O governo concedia aos fazendeiros o título de CORONEL.
A Guarda Nacional atuou nas repressões das revoltas populares, além
de contribuir com a preservação das enormes propriedades dos fazendeiros e
fortaleceu o poder político dos fazendeiros-coronéis.
Por isso foi mantida até 1922.

CÓDIGO DO PROCESSO CRIMINAL (1832)


Em 29 de novembro de 1832, foi aprovado o CÓDIGO DO PROCESSO CRIMINAL, que deu a mais ampla
autonomia judiciária aos municípios. Através desse novo código, o poder municipal concentrou-se nas mãos dos
juízes de paz, eleitos pela população local, que, além dos poderes judiciários, tinha ainda o poder de polícia.
Mas esses juízes foram facilmente controlados pelos grandes proprietários locais, que detinham os
poderes de fato, com os seus bandos armados (Guarda Nacional), e não eram punidos pelos seus crimes.
Em 1834, D. Pedro I faleceu em Portugal. Com a sua morte não havia sentido o Partido Restaurador e
o Partido Exaltado que tiveram o seu poder reduzido.

Os Moderados dividiram-se em dois grupos:

REGRESSISTAS – Centralização Defendiam o fortalecimento do poder Legislativo centralizado no


Contra o Ato Adicional Rio de Janeiro, e contrários a liberdade administrativa das
províncias.
Lutavam pela manutenção da ordem pública
Eram chamados de CONSERVADORES.
PROGRESSISTAS – Descentralização Defendiam maior autonomia administrativa das províncias –
Pró Ato Adicional medida tomada por meio do Ato Adicional.
Eram chamados de LIBERAIS.
ATO ADICIONAL (1834)

Em 12 de agosto de 1834 foi aprovado o Ato Adicional à


Constituição Política do Império, ou simplesmente, ATO ADICIONAL.

Com a aprovação do Ato Adicional, a divisão política se


consumou.
De acordo com o Ato Adicional, a regência seria exercida por uma
única pessoa, com mandato de quatro anos.

A Regência deixava de ser Trina e passava a ser UNA.

O Ato também extinguiu o Conselho de Estado, órgão que reunia os políticos mais conservadores, e
criou as Assembleias Legislativas Provinciais, com poderes de fazerem leis referentes às questões locais.
O Rio de Janeiro, tornou-se município neutro.
O Ato Adicional foi considerado um AVANÇO LIBERAL.
Os Conservadores chamavam-no de “código da anarquia”, porque concedia mais liberdade e
autonomia ás províncias brasileiras.
REGÊNCIA UNA DE FEIJÓ (1835-1837)

Com a determinação do Ato Adicional, realizaram-se novas


eleições para a escolha da Regência UNA, vencidas, com pequena
diferença de voto, pelo padre Diogo Antônio Feijó, ligado a ala
Progressista (LIBERAL).

Quando ainda faltava dois anos para o término do mandato,


Feijó renunciou o cargo de regente.

O AVANÇO LIBERAL

Feijó tomou posse em 12 de outubro de 1835, e teve início as rebeliões como a


Cabanagem, no Pará, e a Farroupilha, no Rio Grande do Sul.
Os políticos que representavam os grandes fazendeiros estavam cada vez mais
preocupados com as rebeliões que ameaçavam o seu poder e a unidade territorial do país.

Diante da oposição crescente e dos insucessos nas rebeliões, Feijó renunciou em


19 de setembro de 1837.
REGÊNCIA UNA DE ARAÚJO LIMA (1837-1840)

No lugar de Feijó foi eleito Pedro de Araújo Lima,


senador pernambucano ligado aos Regressistas (CONSERVADOR).

O AVANÇO CONSERVADOR

Os regressistas diziam que a descentralização e a


autonomia das províncias eram responsáveis pela desordem e pela
anarquia, e por isso criaram novas leis visando a centralização do
poder.

Umas delas foi a LEI INTERPRETATIVA DO ATO ADICIONAL,


de 12 de maio de 1840, que reduzia o poder das províncias e
subordinava os órgãos da polícia e da justiça ao poder central.
O GOLPE DA MAIORIDADE (1840)
Os políticos progressistas, opondo-se a Regência de
Araújo Lima, passaram a defender a ideia que o meio mais
eficiente de preservar a unidade territorial e ampliar o poder
central seria transferir o poder para as mãos do príncipe Pedro de
Alcântara, que ainda era menor de idade.

Foi então, fundado o CLUBE DA MAIORIDADE,


organização política que tinha o objetivo de lutar pela
antecipação da maioridade de Pedro de Alcântara junto à
Assembleia Nacional.

Em 1840, a Assembleia Nacional, aprovou o conhecido


episódio “O GOLPE DA MAIORIDADE”.

Pedro de Alcântara, com 15 anos incompletos, foi


coroado com o título de D. Pedro II em 23 de julho de 1840.

Iniciava-se o SEGUNDO REINADO (1840-1889)


A antecipação da maioridade, entretanto, foi
maquinada e posta em prática, pelos liberais, que, desde a
renúncia de Feijó em 1837, haviam sido jogados para fora
do poder pelos regressistas.

Tratou-se de um golpe.

Essa manobra política possibilitou o retorno dos


liberais ao poder e teve como consequência a afirmação da
aristocracia rural e o estabelecimento de sua dominação
sobre todo o país.

Como a burguesia, na Europa, ao chegar no poder


abandonou o ideal revolucionário, os grandes proprietários
de terras e escravos (elite brasileira) haviam lutado
contra o domínio colonial, mas adotaram uma prática
CONSERVADORA, PATRIARCAL, MORALISTA e
anti-revolucionária.
01) Dos diversos momentos, durante o período das regências (1831-1840), as divergências entre os indivíduos
de posses quanto à forma de governar o Brasil, de modo a preservar seus interesses, originaram três
tendências políticas dentre as quais pode-se citar o grupo

(A) Liberal Exaltado ou Chimango, que defendia a ordem vigente, baseada na monarquia centralizada e na
escravidão como forma de fortalecer sua posição enquanto produtores rurais no Brasil.
(B) Restaurador ou Caramuru, que defendia a volta de D. Pedro I ao Brasil, sendo formado por comerciantes
portugueses, militares conservadores e altos funcionários públicos.
(C) Liberal Exaltado ou Caramuru, de tendência conservadora, defendiam a submissão das províncias
garantindo, com isso, um governo centralizado nas mãos do imperador.
(D) Liberal Moderado ou Chimango, que defendia a volta de D. Pedro I ao Brasil e contava com o jornal O
Liberal como veículo de divulgação de suas ideias.
(E) Restaurador ou Caramuru, que defendia unicamente a ordem vigente, baseada na monarquia e na
escravidão, sendo liderado por José Bonifácio.
02) Sobre a Guarda Nacional, é correto afirmar que:

A) foi criada logo após o início da Guerra do Paraguai e complementou o efetivo brasileiro, destacando-se na
batalha do Curupaiti.
B) era um corpo de elite do Exército Brasileiro também conhecido como “Voluntários da Pátria” e que se
tornou famoso devido a repressão aos cabanos.
C) era uma força paramilitar, criada durante o Primeiro Reinado, e que teve uma importância participação na
consolidação da independência brasileira.
D) era formada por milícias civis, comandadas pelos grandes fazendeiros, e um de seus objetivos era
reprimir movimentos sociais que ameaçassem o governo e as elites.
E) Foi criada pelo ministro da Justiça Antônio Feijó e foi extinta durante o Segundo Reinado, após
participação de vários motins ocorridos no Rio de Janeiro.
REVOLTAS
REGENCIAIS
(1835 – 1845)
REVOLTA DOS MALÊS (1835) – Salvador (Bahia)

A Revolta dos Malês foi um movimento que


ocorreu na cidade de Salvador (província da Bahia)
entre os dias 25 e 27 de janeiro de 1835.

Os principais personagens desta revolta


foram os negros islâmicos que exerciam atividades
livres, conhecidos como negros de ganho (alfaiates,
pequenos comerciantes, artesãos e carpinteiros).

Apesar de livres, sofriam muita discriminação


por serem negros e seguidores do islamismo. Em
função destas condições, encontravam muitas
dificuldades para ascender socialmente.
Causas:

Os revoltosos, cerca de 1500, estavam muito


insatisfeitos com a escravidão africana, a imposição do
catolicismo e com a preconceito contra os negros.
Portanto, tinham como objetivo principal à libertação
dos escravos.

Objetivos:

Queriam também acabar com o catolicismo (religião imposta aos africanos desde o momento em
que chegavam ao Brasil), o confisco dos bens dos brancos e mulatos e a implantação de uma república
islâmica.
De acordo com o plano, os revoltosos sairiam do bairro de Vitória (Salvador) e se reuniriam com
outros malês vindos de outras regiões da cidade. Invadiriam os engenhos de açúcar e libertariam os escravos.
Arrecadaram dinheiro e compraram armas para os combates.
O plano do movimento foi todo escrito em árabe.
Fim da revolta

Duas escravas contaram o plano da revolta para um Juiz de


Paz de Salvador.

Os soldados das forças oficiais conseguiram reprimir a


revolta. Bem preparados e armados, os soldados cercaram os
revoltosos na região da Água dos Meninos.

Violentos combates aconteceram. O termo “malê”


No conflito morreram sete soldados e setenta revoltosos. é de origem africana (ioruba)
Cerca de 200 integrantes da revolta foram presos pelas forças oficiais. e significa “o muçulmano”

Todos foram julgados pelos tribunais. Os líderes foram condenados a


pena de morte. Os outros revoltosos foram condenados a trabalhos
forçados, açoites e degredo (enviados para a África).

O governo local, para evitar outras revoltas do tipo, decretou


leis proibindo a circulação de muçulmanos no período da noite bem
como a prática de suas cerimônias religiosas.
CABANAGEM (1835 – 1840) – Grão Pará

A Cabanagem foi uma revolta popular que aconteceu


entre os anos de 1835 e 1840 na província do Grão-Pará (região
norte do Brasil, atual estado do Pará).
Recebeu este nome, pois grande parte dos revoltosos
era formada por pessoas pobres que moravam em cabanas
nas beiras dos rios da região. Estas pessoas eram chamadas de
cabanos.
No início do Período Regencial, a situação da
população pobre do Grão-Pará era péssima. Mestiços e índios
viviam na miséria total. Sem trabalho e sem condições
adequadas de vida, os cabanos sofriam em suas pobres
cabanas às margens dos rios.

Esta situação provocou o sentimento de abandono com relação ao governo


central e, ao mesmo tempo, muita revolta.
Os comerciantes e fazendeiros da região também estavam descontentes, pois o
governo regencial havia nomeado para a província um presidente que não agradava a
elite local.
Causas:

Embora por causas diferentes, os cabanos (índios e mestiços, na maioria) e os integrantes da elite
local (comerciantes e fazendeiros) se uniram contra o governo regencial nesta revolta.
O objetivo principal era a conquista da independência da província do Grão-Pará.

Objetivos:

Os cabanos pretendiam obter melhores condições de vida (trabalho, moradia, comida).


Já os fazendeiros e comerciantes, que lideraram a revolta, pretendiam obter maior participação nas
decisões administrativas e políticas da província.

Com início em 1835, a Cabanagem gerou uma sangrenta guerra entre os cabanos e as tropas do
governo central. As estimativas feitas por historiadores apontam que cerca de 30 mil pessoas morreram
durante os cinco anos de combates.
No ano de 1835, os cabanos ocuparam a cidade de Belém (capital da província) e colocaram na
presidência da província Félix Malcher.
Fazendeiro, Malcher fez acordos com o governo regencial, traindo o movimento. Revoltados, os
cabanos mataram Malcher e colocaram no lugar o lavrador Francisco Pedro Vinagre (sucedido por Eduardo
Angelim).
Contanto com o apoio inclusive de tropas
de mercenários europeus, o governo central
brasileiro usou toda a força para reprimir a revolta
que ganhava cada vez mais força.

Fim da revolta

Após cinco anos de sangrentos combates, o


governo regencial conseguiu reprimir a revolta.

Em 1840, muitos cabanos tinham sido


presos ou mortos em combates.

A revolta terminou sem que os cabanos


conseguissem atingir seus objetivos.
FARROUPILHA (1835 – 1845) – Rio Grande do Sul.

Também conhecida como Revolução Farroupilha, a Guerra dos Farrapos foi um conflito regional
contrário ao governo imperial brasileiro e com caráter republicano. Ocorreu na província de São Pedro do Rio
Grande do Sul, entre 20 de setembro de 1835 a 1 de março de 1845.

Causas:

 Descontentamento político com o governo imperial


brasileiro;
 Busca por parte dos liberais por maior autonomia para as
províncias;
 Revolta com os altos impostos cobrados no comércio de
couro e charque, importantes produtos da economia do
Rio Grande do Sul naquela época;
 Os farroupilhas eram contrários a entrada (concorrência) do
charque e couro de outros países, com preços baratos, que
dificultada o comércio destes produtos por parte dos
comerciantes sulistas.
O conflito.

Em setembro de 1835, os revolucionários, comandados por


Bento Gonçalves, tomaram a cidade de Porto Alegre, forçando a
retirada das tropas imperiais da região.

Prisão do líder Bento Gonçalves em 1835.

A liderança do movimento passa para as mãos de Antônio


de Souza Neto.
Em 1836, os farroupilhas conquistam várias vitórias diante
das forças imperiais.
Em 11 de setembro de 1836 é proclamada, pelos
revoltosos, a República Rio-Grandense. Mesmo na prisão, os
farroupilhas declaram Bento Gonçalves presidente.
No ano de 1837, após fugir da prisão, Bento Gonçalves
assume de fato a presidência da recém-criada República Rio-
Grandense de Piratini.
Em 24 de julho de 1839, os farroupilhas proclamam a
República Juliana, na região do atual estado de Santa Catarina.
Fim da revolta.

Em 1842, o governo imperial nomeou Duque de Caxias (Luiz Alves de Lima e Silva) para comandar
uma ação com objetivo de finalizar o conflito separatista no sul do Brasil.

Em 1845, após vários conflitos militares, enfraquecidos, os farroupilhas aceitaram o acordo


proposto por Duque de Caxias (Paz de Poncho Verde) e a Guerra dos Farrapos terminou.

Os homens do exército farroupilha foram incorporados ao Exército Brasileiro e os escravos que


participaram foram alforriados.

A República Rio-Grandense foi reintegrada ao Império brasileiro.


SABINADA (1837 – 1838) - Bahia

A Sabinada foi uma revolta feita por militares, integrantes da classe média (profissionais liberais,
comerciantes, etc) e rica da Bahia.
A revolta se estendeu entre os anos de 1837 e 1838. Ganhou este nome, pois seu líder foi o jornalista
e médico Francisco Sabino Álvares da Rocha Vieira.

Causas:

Os revoltosos eram contrários às imposições políticas e administrativas impostas pelo governo regencial.
Estavam profundamente insatisfeitos com as nomeações de autoridades para o governo da Bahia, realizadas
pelo governo regencial.

Estopim:

Ocorreu quando o governo regencial decretou recrutamento militar obrigatório para combater a Guerra dos
Farrapos, que ocorria no sul do país.
Objetivos:

Os revoltosos queriam mais autonomia política e defendiam a instituição do federalismo


republicano, sistema que daria mais autonomia política e administrativa às províncias.
Com o apoio de vários integrantes do exército, os revoltosos foram para as ruas e tomaram vários
quartéis militares.
No dia 7 de novembro de 1837, tomaram o poder em Salvador (capital).
Decretaram a República Baiense, que, de acordo com os líderes da revolta, deveria durar até D.
Pedro II atingir a maioridade.

Repressão:

O governo central, sob a regência de regente Feijó, enviou tropas para a região e reprimiu o
movimento com força total. A cidade de Salvador foi cercada e retomada.

Muita violência foi usada na repressão. Centenas de casas de revoltosos foram queimadas pelas
forças militares do governo. Entre revoltosos e integrantes das forças do governo, ocorreram mais de 2 mil
mortes durante a revolta. Mais de 3 mil revoltosos foram presos.

Assim, em março de 1838, terminava mais uma rebelião do período regencial.


BALAIADA (1838 – 1841) - Maranhão

No ano de 1838 surgiu um movimento popular no Maranhão. Este era contrário ao poder e aos
aristocratas rurais que, até então, dominavam aquela região.
As principais causas da Balaiada estão ligadas à pobreza da população da província maranhense,
bem como sua insatisfação diante dos desmandos políticos dos grandes fazendeiros da região.
Por sua vez, os fazendeiros lutavam pela hegemonia política e não se importavam com a miséria da
população, a qual ainda sofria com as injustiças e abuso de poder pelas autoridades.

Aquela elite política estava dividida entre dois partidos:

BEM-TE-VIS: liberais, que apoiaram indiretamente os balaios no início da revolta;


CABANOS: conservadores, que estiveram contra aos balaios.

Enquanto os dois partidos lutavam pelo poder na província, a crise econômica se agravou ainda mais
pela concorrência do algodão norte-americano.

Isso provocou uma situação insustentável entre as elites e a população carente.


Em dezembro de 1838, Raimundo Gomes (líder do movimento),
com objetivo de libertar seu irmão que se encontrava preso em vila
Manga, invadiu a prisão libertando não só seu irmão, mas também todos
os outros que se encontravam presos. Após algumas conquistas dos
balaios, como a tomada de Caxias e a organização de uma Junta
Provisória, o governo uniu tropas de diferentes províncias para atacá-los.

Paralelamente, o artesão e fabricante de balaios Manoel dos


Anjos Ferreira, resolve fazer justiça com as próprias mãos após um
soldado desonrar suas filhas. Furioso e determinado, ele monta um
bando armado e ataca diversas vilas e fazendas no Maranhão.

Em seguida, estes líderes se agrupam e se unem a um terceiro


comandante: o negro Cosme Bento de Chagas, quilombola e chefe
militar de aproximadamente 3 mil negros.

O nome dessa luta popular


provém dos “balaios”, nome
dos cestos fabricados na região
Contudo, os balaios venceram alguns combates.

O governo imperial nomeou o coronel Luís Alves de Lima


e Silva como governador da província do Maranhão e Comandante
Geral das Forças Militares. O general, que mais tarde seria o Duque
de Caxias, atuou no combate aos revoltosos e reconquistou a Vila
de Caxias.

Após algumas derrotas, o comandante dos balaios,


Raimundo Gomes, rendeu-se.
Fim da revolta

Após a morte do Balaio Manoel dos Anjos, Preto Cosme assumiu a liderança do movimento e partiu
em fuga para o sertão.
Daí em diante, a força dos balaios começou a diminuir, até que, em 1840, um grande número de
balaios rendeu-se diante da concessão da anistia.

Pouco tempo depois, todos os outros igualmente se renderam.


Com a completa queda dos balaios, Preto Cosme foi enforcado.
01) “De 1831 a 1840, o Brasil vivenciou um período (...) em que diferentes grupos disputavam o poder. Como
resultado, instalou-se um clima de grande instabilidade que propiciou a irrupção de conflitos em inúmeros
pontos do país.”
(KOSHIBA; PEREIRA, 2003)

A cabanagem foi um dos conflitos ocorrido nesse período.

Assinale a alternativa que corresponde a tal conflito.

[A] Ocorreu no atual estado do Rio Grande do Sul, liderado pelos criadores de gado das fronteiras com o
Uruguai.
[B] Foi planejado e contava com participantes que haviam tido experiências anteriores de combates na África, e
objetivava promover a independência de Salvador e do Recôncavo Baiano.
[C] Foi um movimento conduzido por camadas populares do atual estado do Pará, que viviam marginalizadas na
Região Amazônica.
[D] Foi uma rebelião contra o poder central, ocorrida na Bahia, e que contava com a camada média da
sociedade baiana.
[E] Ocorreu no atual estado do Maranhão e foi conduzida por um grupo de vaqueiros que visava combater os
privilégios dos cidadãos de origem portuguesa e o absolutismo de D. Pedro.
02) “A Revolta de 1835, também chamada a “grande insurreição”, foi o ponto culminante de uma série que vinha
desde 1807. A revolta desses escravos islamizados, em consequência, não será apenas uma eclosão violenta mas
desorganizada, apenas surgida por um incidente qualquer. Será, pelo contrário, planejada nos seus detalhes,
precedida de todo um período organizativo (...). Reuniam-se regularmente para discutirem os planos da
insurreição, muitas vezes juntamente com elementos de outros grupos do centro da cidade (...). O movimento
vinha sendo articulado também entre os escravos dos engenhos e os quilombos da periferia. (...) os escravos,
vendo que tinham de antecipar a revolta, lançaram-se à carga de qualquer maneira. (...) Derrotada a insurreição,
os seus líderes se portaram dignamente”.
(Moura, Clóvis. Os Quilombos e a Rebelião Negra. 7 ed. São Paulo, Brasiliense, 1987, pp. 63-69)

Sobre a rebelião escrava relatada no texto, é correto afirmar que:

(A) Foi comandada por Ganga Zumba que planejava implantar um território livre no Recôncavo Baiano.
(B) Nessa rebelião, chamada de Revolta dos Malês, participaram escravos de diversas etnias que pretendiam
acabar com a escravidão na Bahia.
(C) A revolta ocorreu devido a intolerância religiosa, já que os escravos foram impedidos de praticar sua religião, o
Candomblé.
(D) Seu líder Zumbi dos Palmares, após longa resistência às tropas do governo, acabou sendo preso e enforcado e
o quilombo foi destruído.
(E) Nessa rebelião, denominada Conjuração Baiana, os revoltosos queriam a independência do Brasil e o fim da
escravidão.
03) Uma das principais causas da Revolução Farroupilha foram as (os):

A) precárias condições de vida dos ribeirinhos amazônicos.


B) problemas econômicos dos produtores rurais gaúchos.
C) divergências entre os senhores de engenho e escravos na Bahia.
D) péssimas condições de saneamento básico no Rio de Janeiro.
E) problemas de relacionamento entre os membros do partido liberal paulista e a regência.
SEGUNDO REINADO
(1840 – 1889)

APOGEU DO IMPÉRIO
(1840 – 1870)
POLÍTICA INTERNA
1840 – 1850 – Afirmação do poder da aristocracia rural.

Disputas entre o Partido Liberal e o Partido Conservador.

PARTIDO CONSERVADOR (SAQUAREMA):


Grandes proprietários de terras (mercado externo), burocratas
dos serviços e grandes comerciantes.

PARTIDO LIBERAL (LUZIA):


Profissionais liberais urbanos e grandes proprietários de terras
(mercado interno).

Não existia entre os partidos nenhum programa ou objetivos


ideológicos definidos. A grande preocupação era chegar no
poder. Porque chegar no poder, significa obter prestígio e
benefícios para si próprio e sua gente.
O primeiro governo foi constituído pelo chamado Ministério dos Irmãos (irmãos Andrada e
Cavalcanti).
Nas eleições de outubro de 1840 ficou caracterizado pela “eleição do cacete”, ou seja, pela violência e
fraudes.
Os Liberais conquistaram a vitória nas urnas. Pressionados pelos Conservadores, D. Pedro II dissolveu
a Câmara dos Deputados e realizou uma nova eleição em 1842.

Revolução Liberal de 1842.


Os membros do Partido Liberal do Rio de
Janeiro, São Paulo e Minas Gerais revoltaram-se
contra as novas eleições.
Os Liberais não conseguiram se impor e
perderam.
Somente, em 1857, D. Pedro II vai adotar a
Política de Conciliação, que seria a alternância no
poder entre os membros do Partido Conservador e do
Partido Liberal.
Parlamentarismo “às avessas”
Em 1847, D. Pedro II criou o cargo de presidente do
Conselho de Ministro.

O Primeiro Ministro era escolhido pelo imperador


(Partido que vencia as eleições).

Caso recebesse o voto de confiança da Câmara dos


Deputados começaria a governar e montar o seu
gabinete, caso contrário, o imperador dissolvia a
Câmara e realizava uma nova eleição.

No parlamentarismo tradicional, o Legislativo tem


grande influência sobre o Executivo. No Brasil do
Segundo Reinado, acontecia o contrário.
REVOLUÇÃO PRAIEIRA (1848) – Pernambuco.
Grupo dominante da província de Pernambuco era os grandes comerciantes portugueses e a oligarquia rural da
família Cavalcanti.
A população urbana (profissionais liberais, pequenos comerciantes, artesãos, padres e militares) se sentia excluído
da política e queriam mais participação nas decisões administrativa.
A classe média urbana criou o Partido da Praia (também chamado de praieiros). Eles apoiavam Chichorro da Gama
para ser o novo presidente da província de Pernambuco, pois Chichorro não estava comprometido com a elite agrária
pernambucana.
Em 1848, o governo imperial demitiu Chicorro da Gama. Foi o estopim da revolta.

As reivindicações dos praieiros eram:

 Voto livre e universal (fim do voto censitário).


 Liberdade de imprensa.
 Extinção do Poder Moderador.
 Direitos individuais do Cidadão.

O governo agiu contra os revoltosos. Os rebeldes foram condenados à prisão perpétua em Fernando de Noronha. Em 1851, o
imperador deu anistia aos revoltosos.

Observação: Nenhum dos revoltosos tocava no tema da Escravidão.


POLÍTICA EXTERNA
Questão Christie (1863-1865)

Rompimento das relações diplomáticas entre Brasil e Inglaterra.

Motivos:

 O furto não esclarecido da carga do navio inglês Príncipe de Gales que havia naufragado próximo do Rio
Grande do Sul em 1861.
 A prisão, em 1862, de três oficiais da Marinha inglesa que estavam andando em trajes civis nas ruas do Rio de
Janeiro, embriagados provocando desordem.

O embaixador inglês exigiu uma elevada indenização de 3.200 libras e ordenou que aprisionasse todos
os navios mercantes brasileiros. A população ameaçou a queimar a casa do embaixador e queimaram alguns
armazéns ingleses.
Devido a tais atos, a Inglaterra rompeu com o Brasil. Foi escolhido o imperador da Bélgica, D. Leopoldo,
para ser o arbitro internacional. Em 1865, o governo inglês apresentou desculpas oficiais a D. Pedro II.

O desfecho da Questão Christie afirmou a soberania nacional brasileira.


ECONOMIA

CAFÉ

 1830 - Começou as plantações no Vale do Paraíba na região sul Fluminense.


 1850 – Começa a deslocar-se para o oeste paulista devido ao solo favorável (terra roxa).
 1870 – O Brasil tornar-se o maior exportador de café do mundo.
 1850 – 1870 – O lucro gerado pela exploração do café possibilitou a recuperação econômica do Brasil.

Tarifa Alves Branco (1844)

Tarifa Protecionista Produtos importados de 15% para 30%.


Se fossem produzidos no Brasil de 30% para 60%.

Consequência: Crescimento Industrial e Modernização das principais cidades do Brasil.


Lei de Bill Aberdeen (1845)

O Parlamento inglês aprovou uma lei para apreender qualquer navio negreiro nos portos brasileiros e no
Atlântico Sul.

Lei de Eusébio de Queirós (1850)

Decretava a extinção do tráfico negreiro internacional no Brasil.

Lei de Terras (1850)

Estabelecia que o meio legal de adquirir terra era a compra e não a posse da área.
A Lei de Terras serviu para preservar o domínio patrimonial dos velhos fazendeiros impedindo que a
propriedade de terra se desconcentrasse precisamente no momento da transição do trabalho escravo para o
trabalho livre (assalariado).
Crescimento Industrial e Modernização

As grandes somas de dinheiro resultante da exportação do café foram aplicadas para a instalação de indústrias e
modernização de algumas cidades do Brasil.
Principalmente Rio de Janeiro e São Paulo.

Fatores:

 Extinção do Tráfico Negreiro e


 Tarifa Protecionista de Alves Branco.

As primeiras industriais foram de alimentícios, vestuários e madeireiras.


Foram criados também bancos, estaleiros, ferrovias, companhia de seguros e minérios.
Ampliou o mercado interno com a produção de alimentos (gados, charque e cereais).
A modernização foi realizada com a iluminação pública, bondes e teatros.

Destaque para o empresário brasileiro Irineu Evangelista de Souza, também conhecido como Barão de Mauá.

O empresário foi proprietário de estaleiros, fundição de ferro, ferroviais, bondes, iluminação pública e telégrafo.

Mas devido a Lei Silva Ferraz que aboliu a tarifa protecionista de Alves Branco, Barão de Mauá começou a decair.

Após vários atentados e sabotagens as suas empresas, Mauá decretou falência em 1875.
01) Durante o Segundo Reinado, basicamente os partidos figuravam no cenário
político eram o Liberal e o Conservador cujos membros eram definidos por alguns
como “Farinha do mesmo Saco” devido ao fato de

(A) Serem basicamente representados pela elite agrária latifundiária escravista.


(B) Defenderem praticamente uma monarquia constitucional com a inteira
subordinação das províncias.
(C) Buscarem implementar o regime republicano federalistas, cada um à sua forma.
(D) Terem como objetivo em comum a gradativa mudança do trabalho escravo para o
assalariado no país.
(E) Defenderem a autonomia das províncias como demostrado no Ato Adicional de
1834.
02) Em 1845, a Inglaterra aprovou o Bill Aberdeen.
Com relação a esse ato é correto afirmar:

A) concedia à Inglaterra o direito de monopolizar o tráfico negreiro para o Brasil.


B) determinava a substituição da mão-de-obra escrava pela mão-de-obra livre.
C) era declarado legal o aprisionamento de qualquer navio negreiro, bem como o
julgamento dos traficantes pela marinha inglesa.
D) elevava violentamente as taxas alfandegárias sobre os produtos brasileiros.
E) visava à eliminação da concorrência que a agricultura escravista brasileira
representava.
03) “A Tarifa Alves Branco (decreto de 12 de Agosto de 1844), criada por Manuel
Alves Branco (2º Visconde de Caravelas), Ministro da Fazenda do gabinete liberal
que assumiu em 2 de fevereiro de 1844”. (KOSHIBA; PEREIRA, 2003)

Este decreto

[A] reduzia os direitos alfandegários das mercadorias inglesas para 15% ad valorem.
[B] barateava os custos para a importação de mercadorias estrangeiras.
[C] extinguia as tarifas que favoreciam a Inglaterra e que prejudicavam o crescimento
do setor industrial brasileiro.
[D] facilitava a exportação dos derivados da cana-de-açúcar, por deixá-los mais
baratos no mercado internacional.
[E] pouco afetava a arrecadação do País, tendo em vista a pequena participação das
tarifas alfandegárias na composição da receita governamental.
04) A Lei de Terras (1850) regulamentou questões relacionadas à propriedade
privada da terra e a mão de obra agrícola.
Tal legislação atendeu aos interesses dos grandes fazendeiros da região sudeste,
que cultivavam:

A) cacau.
B) cana de açúcar.
C) soja.
D) café.
E) algodão.
05) O item de pauta da exportação brasileira do Segundo Reinado que foi
considerado um importante fator de modernização na economia foi

A) O trigo.
B) O tabaco.
C) O café.
D) A soja.
E) A cana-de-açúcar.
GUERRA
DO
PARAGUAI
(1864 – 1870)
Política Externa
QUESTÃO PLATINA

Objetivo: Livre acesso (navegação) à Bacia do Prata.


Intervenção contra Oribe e Rosas (1851-1852)

A Argentina (Rosas) tinha a pretensão


de anexar o Uruguai (apoio de Oribe), Paraguai e
Bolívia.

Era ameaçador para o Brasil.

O Gal. Luís Alves de Lima e Silva atacou


o Uruguai, na Argentina contou com o apoio do
Gal. Urquiza.

Oribe foi deposto e colocado Rivera na


presidência do Uruguai e Urquiza assumiu a
Argentina.
Em 1810, a Argentina proclamou sua independência,
reafirmada em 1816 no Congresso de Tucumán.

A província de Buenos Aires, cuja capital era a cidade


do mesmo nome, pretendia implantar uma sistema político
centralista que as províncias do interior não aceitavam.

Esse desentendimento deu origem à divisão


unitaristas (Buenos Aires) e federalistas (províncias
interioranas).

Somente em 1862, com a ascensão de Bartolomeu


Mitre à presidência, a unidade Argentina foi consolidada.

Porém, os federalistas continuavam ativos sob a


liderança de Justo José de Urquiza.
Em 1811, José Gaspar de Francia, proclamou a independência do
Paraguai, cuja a população era constituída por índios Guarani.

Buenos Aires considerava o Paraguai uma província Argentina e,


por isso, Francia temia por sua independência.

Situada no interior da Bacia do Prata, sem acesso direto ao mar,


encontrava-se a mercê de Buenos Aires que controlava a Bacia.

Para o Paraguai, o direito de navegar com segurança e a garantia


de manter aberta sua comunicação com exterior eram questões vitais.

Decidido fugir da dependência em relação a Buenos Aires, Francia


fechou o país, que governou como ditador até sua morte em 1840.

Isolamento, estatização da economia (erva-mate, tabaco e


madeira) e ditadura foram as marcas do governo de Francia.

Foi sucedido pelo seu sobrinho, Carlos Antônio Lopez, que


governou como ditador até a sua morte em 1862.
Entretanto, Carlos Lopez, ampliou as relações com os
países platinos. Em 1854, a Argentina reconhece a
independência do Paraguai. Com a qual negociou a livre
navegação no Bacia do Prata e no rio Paraná.

Em 1856, Paraguai assinou com o Brasil um tratado de


livre navegação ao estuário do Prata.

O Brasil defendia a livre navegação na bacia platina,


uma vez que o rio Paraguai era o principal meio de
comunicação do Mato Grosso com a administração central do
Império, Rio de Janeiro.

Mesmo com esses acordos entre Brasil e a Argentina, o


Paraguai optou por aumentar seus investimentos militares.
Carlos Lopez foi sucedido pelo seu filho, Solano Lopez
(1862-1870), que continuou os investimentos militares.
Incorporado pelo Brasil em 1816 por D. João VI, com o nome de Cisplatina, o Uruguai
conquistou a sua independência em 1828.

Uma vez independente, uma feroz luta pelo poder dividiu os uruguaios em dois partidos:

BLANCOS  Representavam os interesses dos grandes pecuaristas (estacieiros).


COLORADOS  Representavam os interesses da população urbana.

Os blancos eram hostis ao Império do Brasil. Durante a presidência do blanco Bernardo


Berro (1860-1864), brasileiros residentes prejuízos e foram vítimas de agressões.

O governo imperial exigiu uma indenização as vítimas e a punição dos culpados ao governo
uruguaio, e procurou o governo argentino para expor as razões.

Considerando legítima a postura brasileira, o governo de Mitre se aproximou do Brasil,


apesar de manter a neutralidade.

O entendimento foi facilitado porque os dois países eram favoráveis aos colorados, cujo
líder era Venâncio Flores.
Venâncio Flores apoiou Mitre em sua luta contra os Federalistas e no Brasil era considerado
justo e amistoso com os brasileiros residentes no Uruguai.

Diante dessa situação, os blancos buscaram estabelecer uma aliança com o Paraguai de
Solano Lopez, que contava também com a simpatia dos federalistas argentinos.
O ESTOPIM
Guerra contra Aguirre (1864-1865)

No início de 1864, quando expirou o mandato de Bernardo Berro, não havia clima para a realização de
eleições, devido a forte disputa entre blancos e colorado.
A presidência do Uruguai foi assumida pelo blanco Anastasio de la Cruz Aguirre, presidente do Senado.
Em abril de 1864, o Brasil apresentou um ultimato a Aguirre em que exigia a proteção à vida e às
propriedades dos brasileiros e indenização por eventuais prejuízos que viesse m a sofrer.
O não-cumprimento dessas exigências levou o Brasil a invadir o Uruguai em outubro de 1864 por terra,
sob o comando do General Mena Barreto, e por mar, sob o comando do Almirante Tamandaré.
Em janeiro do ano seguinte, a presidência do país foi entregue a Venâncio Flores.

Isso era tudo que o Paraguai não desejava. A queda dos blancos rompeu o equilíbrio das forças
regionais.
Temendo que a intervenção brasileira fosse o prelúdio de um ataque ao Paraguai, Solano Lopez abriu
hostilidades contra o Brasil, apreendendo o navio brasileiro Marquês de Olinda, em Assunção, no dia 11 de
novembro de 1864.
Dois dias depois, declarou guerra ao Brasil e iniciou os preparativos da invasão de Mato Grosso em
dezembro de 1864.
PARAGUAI: 77 mil combatentes (população 400 mil habitantes).

BRASIL: 18 mil combatentes (população + 9,1 milhões habitantes).

ARGENTINA: 06 mil combatentes (população 1,7 milhão habitantes).

URUGUAI: 03 mil combatentes (população 250 mil habitantes).


PERSONAGENS
PRESIDENTE DO URUGUAI.
Membro do Partido Colorado.
Assumiu o poder em fevereiro de 1865, após a deposição de Aguirre (membro do Partido Blanco)
pelas tropas brasileiras lideradas pelo Gal. Mena Barreto e pelo Alm. Tamandaré.

PRESIDENTE DA ARGENTINA.
Comandante em Chefe das tropas da Tríplice Aliança em solo paraguaio.
Em fevereiro de 1868, Gal. Luís Alves de Lima e Silva (futuro Duque de Caxias) assume o comando
das tropas da Tríplice Aliança.

PRESIDENTE DO PARAGUAI.
Chefe das tropas paraguaias e declarou guerra ao Brasil em 13 de novembro de 1864.
General Manuel Luís Osório comandou as tropas brasileiras na Guerra do Paraguai até
setembro de 1866.
Participou da Guerra da Cisplatina (1825-1828), Guerra dos Farrapos (1835-1845) e na
Intervenção contra Oribe e Rosas (1851-1852).
Ganhou o título de “O Legendário” e Marquês de Herval.

Luís Alves de Lima e Silva, Marquês de Caxias, comandou as tropas brasileiras até janeiro de
1869.
Combateu a revolta da Balaiada em 1841. Participou da Guerra dos Farrapos (a partir de 1842)
e liderou as tropas brasileiras na Intervenção contra Oribe e Rosas.
Ganhou o título de “O Pacificador” pelas batalhas na Balaiada e na Farroupilha, e de “Duque de
Ferro” pela Guerra do Paraguai.
Duque de Caxias é o patrono do Exército Brasileiro.

Luís Felipe Maria Fernando Gastão, o Conde d´Eu, nobre francês e marido da princesa Isabel,
herdeira do trono do Império do Brasil.
Assumiu o comando das tropas até a morte de Solano Lopez em 01 de março de 1870.
Joaquim Marquês Lisboa, Marquês de Tamandaré comandou a Armada Imperial Brasileira até
setembro de 1866.
Almirante Tamandaré participou da Guerra da Cisplatina (1825-1828), da Intervenção contra
Oribe e Rosa (1851-1852) e na Guerra contra Aguirre (1864-1865).
Almirante Tamandaré é o patrono da Marinha Brasileira.

Francisco Manoel Barroso da Silva, o Barão do Amazonas, comandou as tropas brasileiras a


partir de setembro de 1866.
Almirante Barroso participou da maior batalha naval da América, a Batalha do Riachuelo.
CRONOLOGIA
12/10/1864 – O Brasil invade o Uruguai.

11/11/1864 – Em represália à invasão brasileira ao Uruguai, Paraguai apreende o navio brasileiro Marquês de Olinda.

O recém nomeado presidente da província de Mato Grosso, o coronel Frederico Carneiro Campos, e
toda a tripulação foram feitos prisioneiros e levados para a prisão, todos sem exceção, sucumbiram à fome e aos
maus tratos.

13/12/1864 – Paraguai declara guerra ao Brasil.

27-28/12/1864 – O Exército paraguaio ataca o Forte de Coimbra, atual MS.


Janeiro/1865 – O Exército paraguaio invade Corumbá, Miranda e Dourados.

07/01/1865 – Decreto n. 3.371 do Império do Brasil, cria os Voluntários da Pátria.


Muitos voluntários foram forçados a se alistar e as vezes mediante a violência.
CRONOLOGIA
21/01/1865 – Decreto n. 3.383 do Império do Brasil, convoca a Guarda Nacional para se juntar ao Exército.
A Guarda Nacional era composta por cerca de 400 mil homens, menos de 40 mil participaram da guerra.

13/04/1865 – Exército paraguaio invade Corrientes, na região de Entre-Rios na Argentina.

01/05/1865 – Assinatura do Tratado da Tríplice Aliança por Brasil, Argentina e Uruguai.

Junho/1865 – Exército paraguaio invade o Rio Grande do Sul (São Borja, Itaqui e Uruguaiana).
11/06/1865 – Batalha do Riachuelo

A Marinha paraguaia é derrotada pelas forças aliadas lideradas pelo Almirante


Barroso.
18/09/1865 – Rendição de Uruguaiana. Liderada pelo Gal. Osório, o Marquês de Herval.

16/04/1866 – Os Aliados cruza o rio Paraná e invade o Paraguai.


Início da marcha rumo a Fortaleza de Humaitá.
24/05/1866 – Batalha do Tuiuti.
Considerada a batalha mais sangrenta. Apesar das inúmeras mortes, os Aliados
venceram os paraguaios.

12/07/1866 – Solano Lopez pede um encontro com Bartolomeu Mitre.


Os dois se reúnem, mas não há acordo para o fim da guerra.

22/09/1866 – Batalha do Curupaiti


Depois de 02 horas lançando projeteis que estavam longe das posições paraguaias,
Tamandaré deu por cumprida a missão. A infantaria avançou e foi um verdadeiro massacre.
Derrota dos Aliados

URUGUAI SAI DA GUERRA.


CRONOLOGIA
Outubro/1866 - Caxias assume o Exército e manda de volta para o Brasil o Almirante Tamandaré.

Missão: Unificar as forças brasileiras divididas por discórdia e intrigas.


Medidas: Treinou soldados, implantou uma rígida disciplina e cuidou das condições de higienes
e alimentação dos soldados e dos acampamentos.

06/11/1866 – Decreto n. 3.725-A do Império do Brasil, liberta escravos que servissem no Exército.

Novembro/1866 – Caxias começa a reformulação do Exército Brasileiro.

Abril/Maio – 1867 – Retirada da Laguna.


As tropas aliadas invadem o Paraguai pela a fazenda da Laguna, mas são obrigados a recuar.

24/06/1867 – Primeira operação militar aérea brasileira (com balão).

15/08/1867 – Ultrapassa a fortaleza de Curupaiti.


Nos próximos seis meses, o Exército brasileiro se prepara a tomar o Forte de Humaitá.
CRONOLOGIA

Fevereiro/1868 – Revolta Federalista –


Bartolomeu Mitre abandona a guerra.
Venâncio Flores é assassinado.

25/07/1868 – Tomada do Forte de Humaitá.

Dezembro/1868 – “DEZEMBRADA”
Conquista de Itororó (06), Avaí (11),
Lomas Valentinas (27) e Agostura (30).

01/01/1869 – Tomada de Assunção.


Solano Lopez foge.
Conde d´Eu assume o comando do Exército.
CRONOLOGIA

28/04/1869 – Massacre de Concepcion.

16/08/1869 – Batalha de Acosta-Nu.


As tropas aliadas enfrentam e vencem as tropas paraguaias formadas por idosos e crianças.

01/03/1870 – Solano Lopez é morto em Cerro-Corá.


O líder paraguaio foi ferido com um golpe de lança do cabo José Francisco Lacerda (Chico Diabo).

FIM DA GUERRA – Vitória do Brasil.


CONSEQUÊNCIAS

URUGUAI
Continuou a rivalidade entre o Partido Blanco e o Partido Colorado.

ARGENTINA
O governo de Mitre venceu a guerra contra os federalistas e saiu economicamente fortalecido, pois a guerra foi boa
para os pecuaristas que forneciam couro e charque para as tropas Aliadas.

PARAGUAI
Perdeu território para o Brasil e a Argentina.
Devastou a economia e perdeu mais de 60% da sua população (principalmente do sexo masculino).
Mesmo com a entrada de capital estrageiro e mao de obra imigrante jamais se recuperou.

BRASIL
Gastos excessivos com a guerra causou uma enorme crise econômica devido aos empréstimos concedidos para
custear a guerra.
Fortaleceu a identidade nacional.
O Exército superou a Guarda Nacional.
A escravidão foi questionada.
O Exército brasileiro tomou consciência do seu poder, não aceitando lideranças civis que ocupassem pastas
militares.
O Exército apoio a causa abolicionista.
SALDO
PARAGUAI: + 200 mil mortos.

BRASIL: + 50 mil mortos


(metade morreram em combate e a outra metade por fome, doenças e esgotamento físico).

ARGENTINA: +18 mil mortos.

URUGUAI: + 03 mil mortos.


01) Entre os anos de 1864 e 1870, desenrolou-se na América do Sul, um conflito
intitulado Guerra do Paraguai, ou Guerra da Tríplice Aliança. Podemos afirmar que o
episódio conhecido como o estopim para o início deste conflito foi o (a):

a) aprisionamento do navio brasileiro Marquês de Olinda pelos paraguaios.


b) ataque paraguaio às tropas da Tríplice Aliança na Batalha de Tuiuiti.
c) dueto naval ente as marinhas paraguaia e brasileira na batalha do Riachuelo.
d) Invasão de áreas dos estados do Paraná e São Paulo.
e) tentativa de tomada de Buenos Aires e La Paz pelo ditador Solano López.
01) “Os interesses na região platina levaram o Brasil a participar de três guerras: contra Oribe e Rosas
(presidentes do Uruguai e da Argentina, respectivamente), contra Aguirre (do Uruguai) e a Guerra do
Paraguai.” (COTRIM, 2009)

Sobre esse tema, leia as afirmações abaixo:

I – garantir o direito de navegação pelo rio da Prata, formado pela junção dos rios Paraná e Uruguai;
II – garantir a permanência de Solano Lopes na presidência do Paraguai;
III – manter o Uruguai como província;
IV – impedir que a Argentina anexasse o Uruguai;
V – conquistar uma saída para o Oceano Pacífico.

Assinale a única alternativa que apresenta todas as afirmações corretas sobre os objetivos brasileiros nesses
conflitos:

[A] I e IV. [B] II, III e V. [C] II e III. [D] I, IV e V. [E] I e III.
SEGUNDO REINADO
(1840 – 1889)

DECLÍNIO DO IMPÉRIO
(1870 – 1889)
Efeitos internos pós guerra.
 Crise econômica derivado aos custos e empréstimos gerados para custear a guerra do Paraguai.
 O Exército passou a assumir posições contrárias à escravidão no Brasil.
 O Exército passou a demonstrar simpatia pela causa republicana.
MOVIMENTO REPUBLICANO (1870).
Formado por dissidentes radicais do Partido Liberal,
que fazia crítica ao Império por ser um regime hereditário.

O movimento republicano ganhou força após a


Guerra do Paraguai.

Foi lançado o MANIFESTO REPUBLICANO (Somos da


América e queremos ser americanos) fazendo duras críticas a
monarquia.

Em 1873, foi realizado a Convenção de Itu, onde


nasceu o Partido Republicano Paulista (PRP).

O partido foi apoiado por importantes fazendeiros de


café de São Paulo, e contava com alguns seguidores no Rio de
Janeiro, Minas Gerais e Rio Grande do Sul.

A Maçonaria apoiou o movimento republicano.


QUESTÃO ABOLICIONISTA
Após a guerra do Paraguai cresceu no país a CAMPANHA ABOLICIONISTA.

Essa campanha conquistou o apoio de vários setores da sociedade (imprensa, militares artistas e
intelectuais).
1871 – Lei do Ventre Livre (Lei de Rio Branco).
 Declarava livre todos os nascidos de mãe escrava a partir da de promulgação.

1881 – Lei de 1881.


 Declarava a extinção do tráfico negreiro interprovincial.

1884 – Ceará foi a primeira a província a extinguir a escravidão.

1885 – Lei do Sexagenário (Saraiva-Cotegipe).


 Declarava livre os escravos com mais de 60 anos.

1888 – Lei Áurea


 Declarava extinta a escravidão no Brasil.
QUESTÃO RELIGIOSA.
O Papa Pio IX mandou excomungar qualquer
membro da Igreja que fizesse parte dos quadros da
maçonaria.

D. Pedro II, solicitou a todos os bispos do Brasil para


não acatar a ordem papal.

Os bispos de Olinda, D. Vidal e de Belém, D. Macedo


recusaram o pedido do imperador e, resolveram seguir as
ordens do Papa, punindo os religiosos que eram
simpatizantes da maçonaria.

Pela desobediência dos bispos, D. Pedro II condenou


a quatro anos de prisão.

Somente em 1875 que os bispos receberam o


perdão imperial, mas o episódio abalou as relações entre a
Igreja e o imperador.
QUESTÃO MILITAR

O governo imperial desprezava o exército brasileiro, pois até


então utilizava-se a Guarda Nacional.

O poder dos civis nas altas pastas militares incomodava os oficiais


do exército.

O Exército percebeu a sua importância para segurança nacional,


passaram a acreditar no patriotismo como a “salvação nacional”.

Principalmente após a difusão da ideologia Positivista ensinada


para os jovens oficiais na Escola Militar.

Cujo lema era: “O amor por princípio e a ORDEM por base, o


PROGRESSO por fim”.

Em 1884 os oficiais publicaram na imprensa as punições,


corrupção e descaso dos tradicionais políticos civis para com o
exército.
PROCLAMAÇÃO DA REPÚBLICA
(15 de Novembro de 1889)
A difícil situação que se encontrava o governo imperial apresentou à Câmara dos Deputados um
programa de reformas políticas que incluía:

 A liberdade religiosa
 Autonomia para as províncias.
 Mandato temporário para os senadores.
Antes que as reformas fossem aprovadas, em 15 de novembro de 1889, o marechal Deodoro da
Fonseca assumiu o comando das tropas contra o governo monárquico.

O ministro da Justiça e o chefe do gabinete imperial foram presos e naquela mesma noite, constituiu-
se o Governo Provisório da República dos Estados Unidos do Brasil.

D. Pedro II foi deposto no dia seguinte e exilado para Paris.


 No campo institucional a proclamação da República ocorreu pelo Partido Republicano Paulista e o
Exército.

 No campo ideológico foi o POSITIVISMO que encontravam-se entre os oficiais do Exército e os membros
do Partido Republicano.

 No campo social foi arquitetado pela soma de interesses dos cafeicultores paulistas e dos chefes
militares que ambicionavam o poder e se aproveitaram da fraqueza política do Império após a Guerra do
Paraguai.

No dia 19 de novembro de 1889 foi lançado uma nova bandeira nacional, de caráter provisório, mas é
celebrado oficialmente como o dia da bandeira.
“O povo assistiu aquilo BESTIALIZADOS, atônito, surpreso, sem conhecer o que significava. Muitos acreditaram
seriamente estar vendo uma parada militar”.
Aristides Lobo, 16 de novembro de 1889. Cartas do Rio, Diário Popular.
01) O fim do Império Brasileiro foi marcado por contestações ao regime como, por exemplo, a campanha
abolicionista e a campanha republicana. Paralelamente, ocorreram duas outras causas da queda da
monarquia: a relação Padroado-Maçonaria e as ideias criadas pelo francês Auguste Comte, corrente filosófica
chamada de Positivismo.

Esses dois conjuntos geraram, respectivamente, a:

[A] Crise de sucessão do terceiro imperador e a censura dos livros de filosofia.


[B] Perseguição às sociedades secretas e o Problema Servil.
[C] Corrente Nacionalista e a rejeição do Conde D´Eu como novo monarca.
[D] Questão Religiosa e a Questão Militar.
[E] Crise do Beneplácito e a queda do Gabinete Liberal.
02) Sobre a Proclamação da República, a tradição historiográfica relaciona três questões responsáveis pela queda
da monarquia: a questão servil (escravidão), a religiosa e a militar.

Leia atentamente os itens abaixo.

I – Segundo o regime de padroado, cabia ao imperador a escolha dos clérigos para os Cargos importantes da
igreja.
II – A igreja afastou-se do governo imperial, após D. Pedro II ter ordenado aos padres afastarem-se da maçonaria.
III – A Lei Saraiva-Cotegipe estabelecia liberdade aos escravos com mais de 60 anos de idade, tendo um alcance
extremamente positivo na luta contra a escravidão no Brasil, pois na prática colocava em liberdade imediata um
grande contingente de escravos que já tinham atingido a idade.
IV - Em 13 de maio de 1888, a princesa Isabel promulgou a Lei do Ventre Livre, declarando extinta a escravidão no
Brasil.
V - O Exército Brasileiro tomou consciência de sua importância após a guerra do Paraguai.

Assinale a única alternativa em que todos os itens listam características corretas.

[A] I, II e V. [B] II e IV. [C] III, IV e V.


[D] II, III e IV. [E] I e V.
03) Análise as afirmativas abaixo, referentes ao Segundo Reinado.

I – Valendo-se da prerrogativa do padroado, o imperador rejeitou a bula papal que proibia a permanência de
membros da maçonaria dentro dos quadros da Igreja Católica.
II – Uma das principais consequências da guerra do Paraguai para o Brasil foi o fortalecimento do Exército
Brasileiro.
III – Como desfecho da Questão Christie, o imperador D. Pedro II decidiu romper relações diplomáticas com os
Estados Unidos.
IV – A Lei de Terras, aprovada em 1850, determinava que as terras públicas só poderiam torna-se propriedade
privada por meio da compra.

Assinale a opção correta.

(A) Apenas as afirmativas II e IV são verdadeiras.


(B) Apenas as afirmativas I e IV são verdadeiras.
(C) Apenas as afirmativas II e III são verdadeiras.
(D) Apenas as afirmativas I, II e III são verdadeiras.
(E) Apenas as afirmativas I, III e IV são verdadeiras.
REPÚBLICA VELHA
(1889 – 1930)

PARTE 01
GOVERNO PROVISÓRIO (1889 – 1891)

POLÍTICA

Objetivo: Manter a ordem pública já existente e substituir os símbolos da monarquia.

O governo provisório, assim formado, na mesma noite de 15 de novembro de 1889, tinha como chefe
o Marechal Deodoro da Fonseca, que decretou o regime republicano e federalista.
As províncias foram transformadas em estados-membros da federação (autonomia administrativa em
relação ao governo central).
O poder central recebeu o nome de Distrito Federal (capital da República, Rio de Janeiro).
Foi extinto o Padroado e foi instituído o Estado Laico (separação entre a Igreja e o Estado).
Foram criados registro civil de nascimento e o casamento civil.
Em caráter de urgência foi promulgada a lei da “Grande Naturalização”, que ofereceu cidadania os
estrangeiros residentes.
Criação de novos símbolos nacionais, tais como: Criação de uma nova bandeira nacional e a criação
de um herói e libertador.
O Estado brasileiro passou a ser chamado ESTADOS UNIDOS DO BRASIL.
IMPÉRIO PROVISÓRIO

19
DE
NOVEMBRO BANDEIRA NACIONAL
GOVERNO PROVISÓRIO (1889 – 1891)

ECONOMIA

Reforma Financeira – ENCILHAMENTO.


Ministro da Fazenda: RUI BARBOSA.

Objetivo: Estimular o crescimento econômico, principalmente o desenvolvimento industrial.


Medidas: Autorizar os bancos do país (estados da Bahia, São Paulo, Rio de Janeiro e Rio Grande do Sul)
emitissem grande quantidade de moeda que serviria para implantar novas industrias e pagar os salários dos
operários.
Consequência: Inflação, criação de “empresas-fantasmas” e especulação financeira.

Observação: os cafeicultores não queriam medidas políticas ou econômicas que dessem importância a
indústria que ao café.

Em 1891, Rui Barbosa se demitiu.


CONSTITUIÇÃO DE 1891
(Promulgada em 24 de fevereiro)
Governo Republicano com sistema presidencialista e federalista.

Separação dos três poderes:


EXECUTIVO (pelo presidente e ministros).
LEGISLATIVO (Congresso Nacional composto por Senado Federal e Câmara dos Deputados).
JUDICIÁRIO (Supremo Tribunal Federal)

Voto direto e não secreto para maiores de 21 anos do sexo masculino, EXCETO, analfabetos,
mendigos, soldados e religiosos (baixo clero).
Mandato presidencial de 04 anos, com um vice-presidente, que assumiria a presidência no
afastamento do titular, sem nova eleição, no caso de afastamento depois de dois anos de exercício.

A primeira eleição seria realizada de forma indireta.

DEODORO DA FONSECA PRUDENTE DE MORAES

EDUARDO WANDENKOLK
(vice)
X FLORIANO PEIXOTO
(vice)
REPÚBLICA DA ESPADA (1891 – 1894)

GOVERNO DO MARECHAL DEODORO DA FONSECA


(25/02/1891 – 23/11/1891)

Sem apoio político da elite econômica brasileira que


dispunha de vários representantes no Congresso Nacional, Deodoro
não conseguiu governar.

Em 03 de novembro, a luta chegou ao auge. Sem levar em


conta a proibição da Constituição, Deodoro fechou o Congresso e
decretou o estado de sítio.

Os membros da Marinha, liderada pelo Almirante Custódio


de Melo, a ameaçou a bombardear o Rio de Janeiro com navios de
guerra que estavam ancorados no porto.
Diante da situação de uma eminente guerra civil, Deodoro
da Fonseca renunciou a presidência.
REPÚBLICA DA ESPADA (1891 – 1894)

GOVERNO DO MARECHAL FLORIANO PEIXOTO


(1891 – 1894)
Tinha apoio das forças políticas de São Paulo e dos militares.

Medidas: Reabriu o Congresso, proibiu os bancos de emitirem moedas


para controlar a especulação financeira, baixou o preço da carne, dos
alugueis das residências e aprovou uma lei que previa a construção de
casas populares, além de estimular a industrialização facilitando a
importação de equipamentos.
Tais medidas, imediatamente, provocaram violentas reações contra
Floriano, principalmente dos cafeicultores.

Consequência: A oposição política dos cafeicultores exigiam novas


eleições para presidente.

Floriano não convocou nova eleição e permaneceu firme no


propósito de concluir o mandato do presidente renunciante.
REVOLTA DA ARMADA
(1893 – 1894)
O MANIFESTO DOS 13 OFICIAIS

Em abril de 1893, 13 oficiais (generais e almirantes), enviaram ao presidente uma carta-manifesto


exigindo novas eleições. A reação de Floriano foi simples: AFASTOU OS OFICIAIS DA ATIVA, REFORMANDO-OS.
Essa atitude de Floriano frustrou os sonhos do Almirante Custódio de Melo, que ambicionava a
presidência.
Em setembro de 1893, Custódio de Melo ancorou 15 navios de guerra na baía de Guanabara e
ameaçou a bombardear a cidade, caso Floriano não realizasse novas eleições. Essa rebelião foi apoiada pelo
Almirante Saldanha Gama, diretor da Escola Naval, conhecido pela sua posição monarquista.
Floriano não cedeu a pressão e reprimiu os rebeldes da Armada. O presidente tinha o apoio do
Exército Brasileiro e do Partido Republicano Paulista.
A rebelião foi contida em março de 1894.

Devido a sua maneira enérgica de enfrentar os adversários políticos, Floriano Peixoto ficou conhecido
como MARECHAL DE FERRO.
Retomando o controle da situação , Floriano aplainou o caminho para a ascensão dos civis, e ficou
conhecido como o CONSOLIDADOR DA REPÚBLICA.
REVOLUÇÃO FEDERALISTA
RIO GRANDE DO SUL
(1892 – 1895)

PARTIDO REPUBLICANO RIO GRANDENSE PARTIDO FEDERALISTA


(PICA-PAUS) (MARAGATOS)

Defendia o governo
presidencialista e positivista.
republicano,
X Defendia o governo republicano,
parlamentarista, revogação da Constituição
gaúcha.
Tinha o apoio de Floriano Peixoto e do Tinha o apoio dos estancieiros
presidente do Rio Grande do Sul, Júlio gaúchos e aderiram aos rebeldes da Revolta
Castilhos. da Armada.

Foi encerrado em 1895, com mais de 10 mil mortos, no governo do primeiro presidente civil PRUDENTE DE MORAES.
01) Durante o governo de Marechal Deodoro da Fonseca, seu ministro da fazenda, Rui
Barbosa, adotou uma série de medidas econômicas que ficou conhecida como
“encilhamento”.

Essa política econômica estatal estava baseada em duas ações:

A) a abolição da escravatura e a abertura dos portos.


B) a emissão de papel moeda e a expansão do crédito.
C) o incentivo à imigração e o financiamento de casas próprias.
D) a especulação financeira e a criação de empresas fantasmas.
E) um programa de privatizações e a criação de um imposto único.
02) Durante o Governo Provisório de Deodoro da Fonseca, o então ministro da Fazenda, Rui
Barbosa, colocou em prática uma reforma financeira.

Esta reforma

[A] tinha por objetivo controlar a onda inflacionária e reduzir o processo especulativo na
Bolsa de Valores.
[B] resultou na amortização da dívida externa, bem como na suspensão do pagamento de
seus juros por três anos.
[C] consistiu na elevação dos juros e da taxa cambial, levando ao crescimento da receita
pública e diminuição do custo de vida.
[D] tinha por finalidade favorecer a expansão industrial, por meio da ampliação de créditos
ao setor.
[E] visava fiscalizar a venda de ações, com a finalidade de impedir a propagação de
empresas fantasmas.
REPÚBLICA VELHA
(1889 – 1930)

PARTE 02
CORONELISMO: É uma forma de VOTO DE CABRESTO: Os POLÍTICA DOS
mandonismo da elite latifundiária coronéis exigiam que os GOVERNADORES:
brasileira que controla os meios de eleitores votassem nos Os governadores do estado
produção e detém o poder político, candidatos indicados por davam seu apoio ao governo
econômico e social da região. eles. (Curral Eleitoral) federal, ajudando a eleger
deputados federais e senadores
favoráveis ao presidente.
O presidente, em retribuição,
REPÚBLICA
apoiava os governadores
OLIGÁRQUICA
concedendo mais verbas e
(1894 – 1930)
favores para os seus aliados
políticos (governadores).

CLIENTELISMO: Grupo de pessoas COMISSÃO DE VERIFICAÇÃO:


que demonstravam fidelidade a Órgão do Congresso Nacional
política dos coronéis em troca de responsável por julgar os POLÍTICA DO “CAFÉ-COM-LEITE”:
favores públicos. resultados das eleições. Os políticos de Minas Gerais e de
O poder do coronel ultrapassava A comissão trabalhava a serviço São Paulo lideravam a vida
os limites da fazenda, chegando do presidente, aprovando quem política do país.
também nas cidades. apoiasse o presidente e
eliminando os nomes adversários.
(Degola).
ECONOMIA
CAFÉ – Líder das exportações
O café representou + 50% dos lucros das exportações durante a República Velha

Características: Mão de obra assalariada, incentivo a imigração, aumento das plantações e superprodução.

CONVÊNIO DE TAUBATÉ (1906) – Política de valorização do café.

Os cafeicultores propuseram que o governo federal comprasse a produção de café que ultrapassasse
a procura (demanda) do mercado.
Para comprar o café excedente (sobra), o governo pegaria empréstimos no exterior (funding-loan).
O prejuízo da superprodução não seria dos cafeicultores, mas sim do governo federal (Estado).

FUNDING-LOAN: Renegociação da dívida externa.


BORRACHA – O Esplendor Amazônico.

A partir de 1840, o látex servia de matéria-prima para a fabricação de pneus, incialmente de


bicicletas e depois de automóveis.
Na Amazônia encontrava-se a maior reserva de seringueiras do mundo. Entre 1891 a 1918, a região
Amazônica conheceu o seu esplendor.
Devido a técnicas rudimentares e principalmente problemas de logística, a produção era insuficiente
para atender a demanda do mercado.
A Inglaterra e a Holanda, levaram a muda da seringueira e cultivaram nas suas colônias na Malásia,
Cingapura e Indonésia.
Em 1920, a borracha brasileira não tinha mais espaço no mercado internacional.

TRATADO DE PETRÓPOLIS (1903)


O Brasil comprou o Acre da Bolívia no valor de dois milhões de libras esterlinas.
República Velha – Mudanças
(Imigração e Industrialização)
 O Brasil foi o 3º país que mais recebeu imigrantes no início do século XX.

Italianos (35%) – Portugueses (30%) – Espanhóis (15%) – Alemães (08%) – Japoneses (04%) – Sírio-libaneses (04%) –
Russos (02%) – Suíços (01%)

 Entre os estados brasileiros, São Paulo recebeu maior número de imigrantes.

SP (60%) – RJ (20%) – RS (15%) e SC/PR (05%)

 Os cafeicultores que não aderiram a superprodução, investiram os seus lucros nas indústrias.

Em 1889 haviam 600 fábricas no Brasil (54 mil operários).


Em 1930 haviam 13 mil fábricas no Brasil (273 mil operários).

35% da industrialização do Brasil estava concentrado em São Paulo.


15% (RS) – 10% (RJ) – 10% (MG)

A Primeira Guerra Mundial ajudou na expansão da industrialização, principalmente na fabricação de tecidos de algodão,
calçados de couro, materiais de construção, alimentos e móveis.
01) Em 1906, os governadores de São Paulo, Minas Gerais e Rio de Janeiro se reuniram e
estabeleceram o Convênio de Taubaté, que

A) pode ser considerado o marco inicial da “política dos governadores”.


B) defendeu medidas para incrementar a imigração europeia.
C) resultou na política de ampliação da produção cafeeira.
D) estabeleceu a primeira política de valorização do café.
E) caracteriza a fundação da “política do café com leite”.
REPÚBLICA VELHA
(1889 – 1930)

PARTE 03
REVOLTAS MESSIÂNICAS
REVOLTA DE CANUDOS (1893-1897) – Bahia
(escapar da fome e da violência)

Foi um movimento social no qual milhares de


sertanejos de áreas rurais pobres fundaram uma
comunidade organizada por um líder religioso.

CAUSAS: O declínio da produção açucareira, as constantes


secas, as prepotências dos coronéis-fazendeiros, opressão
política e desesperança social.

Líder: Antônio Conselheiro


Era contra o casamento civil e a república.

Canudos criou um sistema comunitário em que


as colheitas, os rebanhos e o fruto dos trabalhos eram
repartidos e o que sobrava era vendido ou trocado com
povoados vizinhos.
Não havia propriedade privada, não havia
impostos e proibia bebidas alcóolicas e prostituição.
REVOLTA DE CANUDOS (1893-1897) – Bahia

REAÇÃO: Os fazendeiros e políticos locais temiam o crescimento


de Canudos que chegou atingir 30 mil habitantes e se recusava a
pagar impostos a república.

Somente na quarta investida do governo em 05 de


outubro de 1897, Canudos foi destruída pelas autoridades
governamentais e pelos fazendeiros locais.
GUERRA DO CONTESTADO (1912-1916) – Paraná e Santa Catarina
(escapar da fome)

CAUSAS: Um grande números de sem terras e famintos que


trabalhavam em duras condições para os fazendeiros e nas
duas empresas norte-americanas Southein Brazil Lamber
(Madeira) e a Brazil Railway (Ferrovia) – depois de pronto
demitiu 08 mil funcionários.

Líder: Monge João Maria


Comunidade Monarquia Celeste

REAÇÃO: Tropas locais com apoio das multinacionais invadiram


o povoado da Monarquia Celeste.
Vários outros povoados foram criados, mas em 1916 o último
núcleo de povoamento foi destruído.

ATENÇÃO: Usaram canhões, metralhadoras e aviões de


bombardeio pela primeira vez no Brasil contra os rebeldes do
Contestado.
REVOLTA DA VACINA (1904) – Rio de Janeiro
(problemas sociais)

CAUSAS: Pobreza, desemprego, lixo amontoado, falta de


saneamento básico, transmissão de doenças por ratos e mosquitos
(febre amarela, peste bubônica e varíola).

MOTIVOS:
 Reforma de Pereira Passos – urbanização da cidade do Rio de
Janeiro (capital)
 Cortiços a casebres foram demolidos e a população foi expulsa
para os morros e para o subúrbio.
 O combate à epidemia se deu através da obrigatoriedade da
vacinação contra a varíola.

REAÇÃO: Devido à falta de informação e o não esclarecimento do


governo com a população, o povo reagiu.
Alguns políticos e militares da oposição aproveitaram a revolta para
tentar derrubar o governo de Rodrigues Alves. (1902-1906).

Os punidos foram enviados para o Acre, que foi criado em 1903 no


Tratado de Petrópolis.
REVOLTA DA CHIBATA (1910) – Rio de Janeiro
(combate as chibatas que os marinheiros recebiam)

Dois mil membros da Marinha do Brasil liderado por


João Cândido revoltaram-se contra 25 chibatadas de um
marinheiro.
Os encouraçados Minas Gerais, São Paulo, Bahia e
Deodoro foram capturados e os canhões apontados para o Rio de
Janeiro.

REFORMAS
 Mudança no código de disciplina militar
 Melhoria na alimentação
 Melhoria nos salários.

REAÇÃO: O governo de Mal. Hermes da Fonseca (1910-1914)


atenderia e aprovaria as leis caso os marinheiros entregassem os
navios.

Os marinheiros fizeram conforme o combinado, mas o


governo não cumpriu as promessas e vários marinheiros foram
expulsos e para prisão em 22 de novembro de 1910.
REVOLTA DA CHIBATA (1910) – Rio de Janeiro
(combate as chibatas que os marinheiros recebiam)

Em 09 de dezembro de 1910, os marujos organizaram


uma nova rebelião, mas o governo reagiu violentamente.
Centenas foram enviados para a Amazônia e o Acre.
Mais de 1000 marinheiros foram expulsos.

O líder João Cândido foi preso numa masmorra na ilha


de Cobra no Rio de Janeiro, sendo julgado e absorvido em 1912.

O Almirante Negro conseguiu decretar o fim da chibata


na Marinha do Brasil.
01) Foram revoltas ocorridas no Brasil durante a República Velha que tiveram suas
origens em movimentos sociais de cunho religiosos:

A) Revolta de Canudos e Guerra do Contestado.


B) Revolta de Canudos e Revolução Federalista.
C) Guerra do Contestado e Revolta da Chibata.
D) Revolução Federalista e Revolta da Vacina.
E) Revolta da Chibata e Revolta de Canudos.
02) Na República Velha, ocorreram vários movimentos contestatórios.
Identifique aquele que está localizado geograficamente de forma correta:

A) Revolta da Vacina – Rio de Janeiro.


B) Revolução Federalista – Paraná.
C) Canudos – Minas Gerais.
D) Contestado – Bahia.
E) Revolta da Armada – Rio Grande do Sul.
ERA VARGAS
(1930 – 1945)

PARTE 01
Em 24 de Outubro de 1930, o movimento
armado liderado pelos estados de Minas Gerais, Rio
Grande do Sul e Paraíba, depuseram o presidente
Washington Luís e impediram a posse do presidente
eleito Júlio Prestes.
Em 03 de novembro de 1930, Getúlio
Vargas assumiu o comando do “Governo Provisório”
e pôs fim à República Velha.
Em 11 de novembro, através do decreto n.
19.398, dissolveu a Junta Governativa, o Congresso
Nacional e as Casas Legislativas estaduais e
municipais.

GOVERNO PROVISÓRIO (1930-1934)

Vargas nomeou interventores militares em diversos estados .


Os paulistas exigiam um interventor civil e paulista. Vargas atendeu as reivindicações.
São Paulo exigia novas eleições. Vargas publicou o novo código eleitoral e o anteprojeto da
Constituição para maio de 1933.
26/11/1930 – Criação do Ministério do Trabalho.
1930 – Criação do Ministério da Educação e Saúde.

1931 – Criou o Conselho Nacional do Café (CNC) para


colocar em prática uma política de valorização do café,
através da compra e da queima do excedente.
1931 – Criou o Departamento dos Correios e Telégrafos.
1931 – Lei de Sindicalização  Estabeleceu apenas
agremiações reconhecidas pelo governo poderiam ser
beneficiadas pela legislação social.

Março/1932 – Instituiu a Carteira de Trabalho.

1933 – Instituiu o Código Eleitoral , estabelecendo o voto


secreto, o voto feminino e a justiça eleitoral.
FORÇAS POLÍTICAS Junho/1933 – Criou o Instituto do Açúcar e do Álcool.

TENENTISTAS  Reivindicavam um poder ditatorial e a 1934 – Criou o Código Florestal.


nacionalização dos bancos estrangeiros. 1934 – Criou uma nova Constituição e garantiu os direitos
OLIGARQUIA TRADICIONAL  Exigiam novas eleições. trabalhistas.
MILITARES LEGALISTAS  Manutenção da ordem pública.
REVOLUÇÃO CONSTITUCIONALISTA DE 1932

Em 04 de maio de 1932, quatro estudantes morreram em


confronto com a polícia em uma manifestação pública contra o governo
federal.
MARTINS, MARAGAIA, DRAUSIO e CAMARGO foram o símbolo
do movimento de São Paulo (M.M.D.C)

Em 09 de julho de 1932 eclodiu a revolução. Os paulistas


organizaram um exército de aproximadamente 100 mil homens. Mas o
estado permaneceu praticamente isolado, excetuando um pequeno
contingente militar de Mato Grosso.
Para conseguir apoio da Alta Cúpula Militar, Getúlio Vargas
rompeu com os tenentistas – que não eram bem vistos pelos legalistas
– para conseguir forças para combater São Paulo.
Em 03 de outubro de 1932, Vargas conseguiu esmagar a
revolta paulista.

Como planejado em 03 de maio de 1933, com base no novo


Código Eleitoral, realizaram-se as eleições para Assembleia Constituinte.
Em 16 de julho de 1934 foi promulgada a 3ª Constituição do
Brasil e a 2ª da República.
CONSTITUIÇÃO DE 1934

 Preservação do federalismo, o presidencialismo e a separação dos três poderes.


 A primeira eleição seria através do voto indireto da própria Assembleia (Vargas
foi o mais votado).
 Extinguiu-se a vice-presidência.
 Voto secreto, direto e feminino, EXCETO, analfabetos, mendigos e militares até o
posto de sargento.
 Mandato presidencial de 04 anos, sem reeleição.
 Limitação da imigração (2% sobre as nacionalidades já residente no Brasil).
 Nacionalização das empresas de seguros e de outras empresas estrangeiras
quando fosse de interesse nacional.
 Surge a Justiça do Trabalho.
 Legislação trabalhistas.
 Jornada de trabalho não superior a oito horas diárias.
 Descanso semanal, férias remuneradas, indenização do trabalhador em
caso de demissão sem justa causa.
 Proibição de diferenças salarias com base em sexo, raça e idade.
 Salário mínimo e regulamentação do trabalho das mulheres e dos menores
(a partir dos 14 anos).
 Atrelamento dos sindicatos ao Ministério do Trabalho. (Pelego).
 Ensino fundamental obrigatório.
GOVERNO CONSTITUCIONALISTA (1934-1937)

AÇÃO INTEGRALISTA BRASILEIRA (AIB) ALIANÇA NACIONAL LIBERTADORA (ANL)

Os fundamentos do partido encontravam-se no Tendência: COMUNISTA.


MANIFESTO À NAÇÃO (1932) do líder Plínio Salgado. Lema: PÃO, TERRA e LIBERDADE.
Apoio: Partido Comunista.
Tendência: FASCISTA – preconizava o ultranacionalismo, Líder: Luís Carlos Prestes.
unipartidarismo e a obediência a um único chefe.
Lema: PÁTRIA, DEUS e FAMÍLIA.
Apoio: Alta Hierarquia Militar, Alto Clero e a Oligarquia
Tradicional.

Vargas decretou o ensino religioso nas escolas


(católico).
Em 04 de abril de 1935 foi promulgada a Lei de Segurança Nacional e
definia crimes contra a ordem política e social. Tinha como a finalidade a
transferência dos crimes enquadrados como ameaça a segurança do Estado,
possibilitando um cerco mais rigoroso aos opositores.
Em junho de 1935, com apoio dos grupos conservadores, considerou a ANL
ilegal e ordenou a prisão de seus líderes, alegando que tinham a intenção de
promover um golpe de Estado para derrubar o governo.

A INTENTONA COMUNISTA (1935)

Em 23 de maio de 1935, em Natal (RN), o batalhão se reuniu a populares


organizando o Comitê Popular Revolucionário. A repressão foi imediata. Dois dias depois
a revolução foi esmagada.
Em 25 de maio de 1935, em Recife (PE), as guarnições militares sob o domínio
comunista se rebelaram, mas foram facilmente reprimidas.
Em 27 de novembro de 1935, no Rio de Janeiro (capital) ocorreu outro levante
comunista, mas foi facilmente reprimida.
Ainda em novembro de 1935, Getúlio Vargas pediu o
estado de sítio, e o Congresso Nacional concedeu e prorrogou
para o ano seguinte.
Foram presos sindicalistas, operários, militares e
intelectuais acusados de atividades contra o governo.

PLANO COHEN (1937) – O GOLPE DE ESTADO.

Em setembro de 1937 foi elaborado um falso plano


comunista, chamado de PLANO COHEN, que visava assassinar
personagens políticos e tomar o poder.
O falso plano foi elaborado pelo Gal. José Olympio
Mourão com apoio Chefe do Estado Maior do Exército, Gal. Góis
Monteiro e do Ministro da Guerra Gal. Eurico Gaspar Dutra.
O Plano foi divulgado para imprensa.
O governo pediu o estado de guerra e o Congresso
concedeu. Getúlio Vargas tinha o apoio do estado de Minas
Gerais e dos demais estados nordestinos.
Em 10 de novembro Vargas ordenou o cerco militar ao
Congresso Nacional e fechou o Legislativo.
Em 02 de dezembro de 1937, anunciou uma nova
Constituição e foi instaurado o estado de emergência.
01) (CN) O desfecho do conflito foi muito interessante no que se refere a quem saiu
vitoriado ou não, pois o que se percebeu foi que Getúlio Vargas, embora tenha saído
vencedor militarmente, de certa forma, no final, também perdeu, enquanto os paulistas,
embora derrotados militarmente, de certa forma, no final, também venceram.

Tal situação descrita acima refere-se à

(A)Revolução de 1930.
(B)Revolução Constitucionalista de 1932.
(C)Revolução Paulista de 1924.
(D)Intentona Comunista de 1935.
(E)Intentona Integralista de 1938.
02) (EsSA) Ocorreu um movimento armado, liderado por Luís Carlos Prestes, com o intuito
de implantar no país uma ditadura do proletariado, durante a Era Vargas (1930-1945).

Esse episódio da história é conhecido como a:

A) Revolução Constitucionalista
B) Intentona Integralista
C) Revolta da Armada
D) Revolução Democrática de 64.
E) Intentona Comunista
03) (EsPCEx) - Durante o governo Vargas (1930-1945), surgiram no Brasil duas agremiações políticas, a Aliança Nacional
Libertadora (ANL) e a Ação Integralista Brasileira (AIB).

Leia as afirmações abaixo.

I - A ANL era de tendência fascista e a AIB tinha tendência socialista.


II - Ambas defendiam a moratória (não pagamento da dívida externa), a nacionalização das empresas estrangeiras e o
combate aos latifúndios.
III - O líder da AIB era Plínio Salgado.
IV - Argumentando a existência de um “Plano Cohen”, o governo Vargas ordenou a dissolução do Congresso Nacional.
V - Em novembro de 1935, a ANL fracassou na tentativa de tomar o poder através de um golpe (Intentona Comunista).

Assinale a alternativa que apresenta apenas afirmações corretas.

[A] I e III
[B] II e IV
[C] III e V
[D] II e V
[E] I e IV
ESTADO NOVO
(1937 – 1945)
CONSTITUIÇÃO DE 1937
 Fim do federalismo – Os Estados perderam a sua autonomia.
 Os governos estaduais foram entregues a comando de interventores de
confiança de Vargas.
 Unipartidarismo – Os partidos políticos foram extintos.*
 As eleições foram suspensas e manifestações e greves foram proibidas.
 Montou uma política secreta para prender e perseguir cidadãos contrário
ao governo.
 Decretou a pena de morte.
 Controle dos meios de comunicação – Censura.

*
1938 – Intentona Integralista.
Tentativa armada dos integralista em acabar com o Estado Novo.
DIP – DEPARTAMENTO DE IMPRENSA E PROPAGANDA (1939)

Órgão responsável por coordenar a propaganda oficial e


censurar os meios de comunicação (rádios, cinemas, teatros e
jornais).
O órgão tinha a finalidade de exaltar a figura do
presidente.

O Ministério da Educação ficou responsável por difundir


a ideologia varguista dentro das escolas.
A obrigatoriedade do ensino moral e cívica, canto coral
com repertório nacionalista, desfiles e paradas estudantis em
comemoração de datas cívicas e a adoção de livros didáticos que
promoviam o culto de Vargas e o seu governo.

Foi criado DASP (Departamento Administrativo do Serviço


Público) para controlar e coordenar os órgãos públicos.
ECONOMIA
Estabilizar a cafeicultura, diversificação da produção agrícola e
estimular o desenvolvimento industrial.
Dificuldade para a criação de indústria de base, Vargas interveio na
economia, criando empresas estatais para atuar nos campos siderúrgicos e da
mineração.
Apesar do incentivo a industrialização, não superou a agricultura de
exportação.
Em 1939, o café voltou alcançar bons preços no mercado
internacional.
O café e o algodão eram os produtos mais exportados.

1938 – Criação do Conselho Nacional de Petróleo.


1939 – Criação da Fábrica Nacional de Motores.
1939 – Criação do Conselho de Águas e Energia.
1941 – Criação da Companhia Siderúrgica Nacional.
1942 – Criação da Companhia do Vale do Rio Doce.
1943 – Criação da Consolidação das Leis Trabalhistas.
Em 1943, as leis trabalhistas foram reunidas na
CLT (Consolidação das Leis Trabalhistas).
Para os empresários, Getúlio Vargas representou
uma garantia a ordem pública e a estabilidade social.

Por isso ele foi considerado o “PAI DOS POBRES” e


a “MÃE DOS RICOS”. Um verdadeiro populista.

Populismo é quando um líder de estado


conquista a simpatia dos trabalhadores para exercer o
domínio sobre eles e garantir a ordem pública e os
interesses da elite nacional.

MANIFESTO DOS MINEIROS (1943)


Em 24 de outubro de 1943, em comemoração a Revolução de 1930, foi
publicado uma carta aberta por importantes intelectuais mineiros em
defesa da redemocratização do país e o fim do Estado Novo.
PARTICIPAÇÃO BRASILEIRA NA
SEGUNDA GUERRA MUNDIAL
(1942-1945)
Quando eclodiu a guerra em 1939, Getúlio Vargas manteve a
neutralidade até 1941.
Entre 1939 e 1941, Vargas utilizou a Política da Barganha,
negociando com os Estados Unidos e Alemanha.
Em 1940, Vargas consegue um empréstimo com os norte-
americanos para cria a CSN (Companhia Siderúrgica Nacional) em Volta
Redonda, Rio de Janeiro.
Em troca, permitiu aos norte-americanos instalassem uma base
militar no nordeste brasileiro.
Em 1941, o Brasil começou fornecer borracha e minério de ferro
para os Aliados na chamada Política da Boa Vizinhança.
Em 20 de janeiro de 1941, as aviações da Marinha e do Exército
são reunidas em um comando único, nascendo a Força Aérea Brasileira
(FAB).
Em represália, a Alemanha reagiu a ação de Vargas torpedeando
navios mercantes brasileiros em 1942, matando mais de 600 brasileiros.
Em 21 de agosto de 1942, o ministro das Relações Exteriores,
Osvaldo Aranha, declarou guerra ao Eixo (Alemanha, Itália e Japão).
O presidente Getúlio Vargas decreta o confisco de bens de
imigrantes alemães e italianos no país.
São descobertas no Rio de Janeiro as centrais de rádio e
espionagem nazista.
Em 15 de março de 1943, Getúlio Vargas aprova a
criação da Força Expedicionária Brasileira.
Em 1944, partiram para a Itália aproximadamente 25
mil da Força Expedicionária Brasileira sob o comando do Gal.
Mascarenhas de Moraes para se juntar ao 5ª Batalhão norte-
americano do Gal. Clark.
Em 21 de fevereiro de 1945 a FEB conquista o Monte
Castelo.
Em 05 de março conquista Castelnuovo.
Em 14 de abril conquista Montese.
Em 28 de abril conquista Collecchio.
Em 01 de maio a FEB ocupa Turim.
Em 11 de julho o Gal. Mascarenhas desembarca no Rio
de Janeiro.
Em 16 de julho o Gal. Clark desembarca no Rio de
Janeiro.
Em 18 de julho a FEB desembarca na capital do Brasil,
Rio de Janeiro.
Em 1946, a FEB é extinta.
01) Durante o governo de Getúlio Vargas (1930-1945), o Estado encarregou-se de criar
uma infra estrutura necessárias para a industrialização do país.
Foram criação de Vargas durante este período:

[A] Fábrica Nacional de Motores, Cia do Vale do Rio Doce e Cia Siderúrgica Nacional.
[B] Cia do Vale do Rio Doce, Petrobrás e Eletrobrás.
[C] Fábrica Nacional de Motores, Cia Vale do Rio Doce e Petrobrás.
[D] Eletrobrás, Cia do Vale do Rio Doce e Cia Siderúrgica Nacional.
[E] Petrobrás, Eletrobrás e Fábrica Nacional de Motores.
02) Em 21 de agosto de 1942, o Brasil declarou oficialmente guerra contra a Itália e a
Alemanha após:

[A] a imposição dos Estados Unidos depois do ataque japonês na base naval em Pear
Habor.
[B] Repetidos ataques aos navios brasileiros por parte da força submarina alemã.
[C] O ministro das Relações Exteriores, Osvaldo Aranha, de origem judaica, descobriu a
realização dos campos de concentração.
[D] A vitória da FEB nas batalhas de Monte Castelo e Montese.
[E] A Luftwaffe bombardearam a base naval no nordeste brasileiro
FIM DO
ESTADO NOVO
(1945)
FIM DO ESTADO NOVO (1945)
Getúlio Vargas concedeu anistia a todos os presos políticos e
libertou os comunistas e fixou prazo para as eleições.
(02 de dezembro de 1945).

Grupos Políticos:

UDN – União Democrática Nacional


 Brigadeiro Eduardo Gomes. (Tinha o apoio do PSP).
PSP – Partido Social Progressiva.

PSD – Partido Social Democrático


 General Eurico Gaspar Dutra. (Tinha o apoio do PTB).
PTB – Partido Trabalhista Brasileiro – Partido criado por Getúlio Vargas.

PCB – Partido Comunista Brasileiro


 Líder: Luís Carlos Prestes. Apoiava o QUEREMISMO.
QUEREMISMO: Vargas estimulou um movimento popular
(permanência de Vargas no poder).

Em julho de 1945, Vargas decretou a Lei AntiTruste, limitando a entrada de capital estrangeiro no
Brasil.
Causou revolta dos representantes das empresas estrangeiras – principalmente dos Estados Unidos – e
udenistas e militares que eram pró-americanos.
Em 25 de Outubro de 1945, Vargas nomeia o seu irmão como chefe da polícia.

Em 29 de Outubro de 1945, Gal Góis Monteiro e Eurico Gaspar Dutra cercam a sede do governo
(Palácio do Catete) e depuseram Vargas.

O ministro José Linhares assumiu o comando do país.

Getúlio Vargas apoia à candidatura de Dutra que venceu as eleições em dezembro de 1945,
tomando posse em 31 de janeiro de 1946.

Vargas foi eleito Senador por Rio Grande do Sul e São Paulo de 1946 a 1950.

Nas eleições de 1950, candidata-se a presidência e volta ao poder em 1951.


REPÚBLICA
POPULISTA

(1946-1964)
GOVERNO DUTRA (1946 – 1951)

CONSTITUIÇÃO DE 1946

 Reafirmou o federalismo

 Separação dos três poderes

 Voto direto, secreto e obrigatório para


maiores de 18 anos de ambos os sexos,
exceto, analfabetos e soldados.

 Mandato de 05 anos para presidente

 Volta da vice presidência eleito indiretamente


GOVERNO DUTRA (1946 – 1951)

CARACTERÍSTICAS

 Aproximou-se dos Estados Unidos. (1946)


 Adotou o liberalismo econômico (1946)
 Intervencionismo estatal (1947)
 Fechou o Partido Comunista do Brasil. (1947)
 Fechou os sindicatos. (1947)
 Perseguição de pessoas que eram contrárias ao governo.
 Rompeu relações diplomáticas e comerciais com a URSS. (1948)
 Proibição de jogo de azar em todo território nacional.
 Repressão aos movimentos sindicais

 TIAR – Tratado Interamericano de Assistência Recíproca


Apoio norte-americano contra a ameaça externa (comunismo)
GOVERNO DUTRA (1946 1951)

Plano SALTE (Saúde, Alimentação, Transporte e Energia) - 1948

Poucas realizações

 CHESF – Companhia Hidrelétrica de São Francisco


 Rodovia Rio – São Paulo (Via Dutra)
GOVERNO DUTRA (1946-1951)

ECONOMIA

 Convocou empresas americanas se instalarem no Brasil.


 Facilidade de importações.
 Entrada de produtos supérfluos.
 Concedeu terrenos para as para as empresas estrangeiras.
 Impostos baixos e isenção de impostos para algumas.
 Liberdade para enviar todas as remessas de lucro das empresas estrangeiras para o exterior.
 Mão de obra barata (sem aumento no salário mínimo)
GOVERNO DUTRA (1946 – 1951)

CONSEQUÊNCIAS

 Esgotamento das reservas financeiras (80% gastos)


 Retração da indústria nacional
 Desemprego e arrocho salarial
 Inflação
 Endividamento do Estado
 Descontentamento dos trabalhadores
GOVERNO VARGAS (1951 – 1954)

FORÇAS POLÍTICAS

LIBERALISTAS  Classe média alta, latifundiários e alta hierarquia militar.


Defendiam a abertura mercado nacional ao capital estrangeiro.

NACIONALISTAS  Classe média baixa, operários, camponeses e representantes da esquerda


Defendiam um projeto desenvolvimentista contando com o apoio do Estado na economia
(rejeição ao capital estrangeiro)
GOVERNO VARGAS (1951 – 1954)

Plano LAFER
Com ajuda norte-americana para
criação de indústria de base, tais como:
energia elétrica, ampliação da indústria de
base e tecnologias na agricultura.

 Priorização da empresa pública (Estado) para investimento industriais e estímulo ao capital nacional.
 Investimento na relação entre o Estado e empresários
 Fundação do BNDE para assegurar o financiamento para o projeto desenvolvimentista.
 Iniciou a campanha o PETRÓLEO É NOSSO
 Criação da Petrobrás (1953)
 Projeto desenvolvimentista integrando a agricultura com a indústria pesada e adoção de política das massas.

 Aumento de 100% do salário mínimo.


GOVERNO DUTRA (1951 – 1954)

Grupos Americanistas (Conservadores)


Representante: UDN
Líder: Carlos Lacerda

Os privilégios concedidos aos trabalhadores deixou muita


gente descontente como os grupos de empresários e alguns chefes
militares e a classe média que formava a bancada americanista no
Congresso Nacional.
Em fevereiro de 1954, um grupo de 88 oficiais do Exército
lançou o Manifesto dos Coronéis.

No documento, endereçado a Vargas, os militares diziam-se


temerosos pelo avanço do comunismo, inclusive entre assessores
diretos do presidente.
O manifesto deu início a um movimento, liderado pela UDN,
que exigia a renúncia de Vargas.

Para conseguir apoio popular, os opositores iniciaram uma


série de denúncias sobre os desvios de verbas públicas.

A rede de jornais, rádio e televisão Diários Associados, de Assis


Chateaubriand e os jornais O Globo, de Roberto Marinho, Tribuna da
Imprensa, de Carlos Lacerda, e ainda o Estado de São Paulo (O Estadão),
da família Mesquita, tornaram-se os principais veículos de combate à
administração varguista, acusando o governo de estar envolvido em
um “mar de lama”.
Em 05 de agosto de 1954, Carlos Lacerda sofreu um
atentado na rua Toneleros, no Rio de Janeiro.

Ele foi ferido de raspão (apesar do gesso), e o major da


Aeronáutica Rubens Vaz, que o acompanhava, morreu.

O crime tinha sido planejado por Gregório Fortunato,


guarda-costas de Vargas.

A imprensa difundia todo tipo de boato e especulação


sobre as ligações do presidente com o atentado.

Setores militares pressionaram Vargas a renunciar.


Vargas se recusava a renunciar.
Getúlio não aceitou a pressão para a renúncia e na
manhã de 24 de agosto de 1954, suicidou-se.

Deixou uma carta-testamento, na qual denunciava a


interferência na política nacional de “grupos internacionais”
aliados aos setores nacionais “revoltados contra o regime de
garantia do trabalho”, ou seja, a elite e a imprensa brasileira.

O suicídio teve grande repercussão.

Em todo o país milhares de pessoas saíram às ruas em


manifestações de protesto contra a UDN, as empresas
multinacionais e os grupos conservadores.

As manifestações impediram a UDN e os militares de


tomar o poder por meio de um golpe de Estado.

Dessa forma, ao suprimir a própria vida, Getúlio Vargas


impedia a vitória final de seus inimigos
01) Para controlar gastos e investimentos, priorizando saúde, alimentação, transportes e
energia, foi criado o Plano Salte, que tem esse nome por ser a sigla composta pelas letras
iniciais das prioridades.

É correto afirmar que o Plano Salte foi lançado no governo de:

A) Juscelino Kubitschek.
B) Getúlio Vargas, durante o Estado Novo.
C) Dutra.
D) João Goulart.
E) Jânio Quadros.
02) O governo de General Eurico Gaspar Dutra inscreveu-se num cenário mundial de
profundas transformações geopolíticas. O final da Segunda Guerra Mundial e as
transformações subsequentes abalaram profundamente o equilíbrio de poderes até então
existente, abrindo caminho para uma nova ordem político-econômica e militar, com
evidentes implicações no Terceiro Mundo.

Neste contexto, a política externa do Governo Dutra expressava.

(A)Uma aproximação do bloco comunista.


(B)Um alinhamento à política norte-americana.
(C)Uma postura de relativa neutralidade.
(D)Uma visão terceiro-mundista de resistência ao imperialismo.
(E)Uma posição de vanguarda relativa à autodeterminação do país.
REPÚBLICA
POPULISTA

(1946-1964)
25/08/1954 – 03/11/1955 – O vice Café Filho assumiu a presidência, mas
em novembro de 1955 precisou ser hospitalizado.

04/11/1955 – 11/11/1955 – Foi substituído pelo presidente da Câmara,


Carlos Luz.
Descontente com a vitória de Juscelino Kubitschek (PSD) e do seu
vice João Goulart (PTB) a UDN e setores da Marinha e Aeronáutica:
TENTARAM TOMAR O PODER.

11/11/1955 – 31/01/1956 – O Ministro da Guerra, Gal. Henrique Lott,


antecipou-se aos golpistas, depôs Carlos Luz e entregou o governo ao
presidente do Senado, Nereu Ramos.

Garantindo assim a posse do presidente eleito Juscelino


Kubitschek

Essa ação (manobra) do Gal. Lott também é chamada de GOLPE BRANCO.


JUSCELINO KUBISTCHEK (1956 – 1961)

O Brasil se enquadrou as novas exigências do capitalismo


internacional

O lema “50 anos de progresso em 05 anos de governo”, ou seja,


“50 ANOS EM 05” defendido na campanha presidencial de
JK, caracterizou-se pelo domínio do nosso mercado interno por
parte das grandes empresas multinacionais.

PLANO DE METAS
ENERGIA (Furnas), TRANSPORTE (Belém – Brasília), Alimentação, INDÚSTRIA DE BASE (Petróleo e
Automóveis) e Educação e a construção de uma nova capital: BRASÍLIA

Objetivo da construção de Brasília  Interiorizar o desenvolvimento econômico.


CARACTERÍSTICAS

 Industrialização atrelada a entrada de capital estrangeiro no mercado nacional.


 Chegada da Indústria Automobilística internacionais (Volkswagem, Ford, General Motors)

 Entrada de produtos de bens duráveis

 Estilo de vida americano (jeans, jaqueta de couro, lambreta e tv)


 Aumento do consumo da classe média urbana
 Anos de otimismo e euforia – “Anos Dourados”

 Criação da Bossa Nova


 Brasil ganha a Copa do Mundo de 1958

 Prosperidade econômica = tranquilidade política


 Manteve o PCB na ilegalidade
CONSEQUÊNCIAS

 Endividamento do Estado
 Aumento da dívida externa
 Inflação
 Corrupção

 Aumento do êxodo rural do nordeste para o sudeste.


 Criação da SUDENE (1959) – Superitendência do Desenvolvimento do Nordeste
Objetivo: Geração de empregos na região nordestina

 Aumento da desigualdade social

 Ruptura com FMI (1959)


Posição de JK festejada pela esquerda nacionalista

 Criação de Brasília (1960)


JÂNIO QUADROS (1961)
(31/01 a 25/08)

 Slogan da campanha: VARRE, VARRE VASSOURINHA.

 Populista ao extremo (roupas surradas, pão de mortadela, caspa, etc)

 POLÍTICA INTERNA POLÊMICA


Proibiu brigas de galo,
Proibiu uso de biquínis nas praias
Proibiu de lança-perfume nos carnavais

 POLÍTICA EXTERNA
Aproximação com a URSS
Condecoração de Che Guevara (Líder da Revolução Cubana)

 Pressões de grupos americanistas no Congresso


 Alta hierarquia militar dividida
 Problemas sociais continuavam
 Jânio se isola do poder
RENUNCIA

Jânio Quadros como estratégica para tentar reverter as pressões contrárias renuncia o cargo em 25 de agosto
de 1961.

CRISE DA RENUNCIA
 O vice João Goulart foi proibido de retornar da China (comunista) para o Brasil
 Inicia-se a CAMPANHA DA LEGALIDADE liderada pelo gaúcho Leonel Brizola.

 Parte do exército se opõe ao golpe e apoia a legalidade democrática

 João Goulart é autorizado a voltar para o Brasil desde que fosse adotado o REGIME PARLAMENTARISTA.
 João Goulart assumiu a presidência em 07 de setembro de 1961.

26/08/1961 a 07/09/1961 – O presidente da Câmara, Ranieri Mazzieli assumiu a presidência.


JOÃO GOULAR (1961 – 1964)
Adoção do regime parlamentarista no Brasil
 Tancredo Neves torna-se o 1º ministro

Em 06 de janeiro de 1963 foi realizado um plebiscito na qual 74% dos eleitores pediram o fim do Parlamentarismo

Criação do 13º Salário (1963)

Jango defende as REFORMAS DE BASE no Brasil

AGRÁRIA EDUCACIONAL FISCAL ELEITORAL URBANA

Democratização Casas
Voto aos analfabetos e
da terra Combater o Limitar as remessas de habitacionais
Militares de baixa patente
(Estatuto do analfabetismo Lucros das multinacionais Para evitar o
Tirar da ilegalidade o PCB
Trabalhador Rural) crescimento
Desordenado
Oposição dos setores conservadores
 Carlos Lacerda (UDN/RJ) + Adhemar de Barros (UDN/SP) + Magalhães Bastos (UDN/MG)

Apoio dos EUA (Operação Brother Sam)


 Envio de tropas para o apoio em caso de resistência do governo ao golpe

13/03/1964 - COMÍCIO DA CENTRAL DO BRASIL (Rio de Janeiro)

19/03/1964 - MARCHA DA FAMÍLIA COM DEUS PELA LIBERDADE (São Paulo)

Em 31 de março de 1964, o Congresso Nacional autorizou as Forças Armadas a


deposição de João Goulart.

Em 01 de abril, Jango fugiu para o Rio Grande do Sul. Lá já estava preparada a


resistência contra a Junta Militar liderada por Leonel Brizola.

Para evitar um derramamento de sangue (guerra civil), João Goulart se exilou no


Uruguai.
13/03/1964 - COMÍCIO DA CENTRAL DO BRASIL (Rio de Janeiro) 19/03/1964 - MARCHA DA FAMÍLIA COM DEUS PELA LIBERDADE (São Paulo)
O presidente do Senado, Auro de Moura Andrade, declarou vaga a Presidência e deu a posse ao presidente da
Câmara, Ranieri Mazzieli.

Porém, o poder de fato, passou a ser exercido pela Junta Militar, autodenominada Comando Supremo da
Revolução.

A Junta Militar era composta pelos ministros general Artur da Costa e Silva (Guerra), almirante Augusto
Rademaker (Marinha) e brigadeiro Francisco Correia de Melo (Aeronáutica).

A Junta Militar deveria realizar novas eleições para presidência conforme proposto pelo Congresso.

Em 09 de abril de 1964, foi decretado o Ato Institucional n.01, que marcava eleições presidenciais para outubro
de 1965 e concedia a junta poderes excepcionais, como cassar mandatos parlamentares.

Dois dias depois, o Congresso elegeu o presidente Marechal Humberto de Alencar CASTELO BRANCO, chefe do
Estado-Maior do Exército.

Era o início do Regime Militar


01) O período que decorreu entre 1946 e 1964 é conhecido, na História do Brasil, como “República” ou “Era
Populista”.

A respeito desse período, é correto afirmar que a política:

a) interna do governo João Goulart foi marcado pela união de toda a classe política em prol da estabilização
do país.
b) industrial do governo Juscelino Kubistchek terminou por afetar a economia, levando o país a romper com
o Fundo Monetário Internacional.
c) monetária do governo Jânio Quadros pautou-se pela desvalorização da moeda, o que levou a declarar a
moratória.
d) externa do governo Eurico Dutra caracterizou-se por sua independência em relação aos grandes blocos
ideológicos vigentes.
e) mineral do governo Getúlio Vargas buscou a nacionalização de todas as jazidas, ficando o monopólio de
exploração para a Companhia vale do Rio Doce.
REGIME
MILITAR
(1964-1985)

PARTE 01
CASTELO BRANCO (1964-1967)

Em 9 de abril de 1964, foi promulgado o Ato Institucional n° 1 do governo militar


que possibilitava ao poder Executivo cassar mandatos eleitos, suspender direitos políticos, e
declarar o estado de sítio.

No dia seguinte, o Congresso elegeu o general Humberto Castelo Branco


presidente da República.

Castelo Branco era um militar da vertente moderada das forças armadas, próximo
à política estadunidense.

Em 27 de outubro de 1965, o Ato Institucional n° 2 que dissolveu os partidos


políticos existentes.

Desse modo, passou a vigorar no país o bipartidarismo:

o partido governista era a Aliança Renovadora Nacional (Arena),


e a oposição era representada pelo Movimento Democrático Brasileiro (MDB).
CASTELO BRANCO (1964-1967)

Em 05 fevereiro de 1966, foi instaurado o Ato Institucional n° 3


que estabeleceu eleições indiretas para os cargos de governadores
estaduais e presidente da República.

Sob as manifestações do MDB no Congresso, em outubro de


1966, o governo do general Castelo Branco foi substituído pelo governo
do general Artur da Costa.

Costa e Silva alinhava-se à ala da “linha dura” das forças


armadas, assim tornando o regime ainda mais fechado a oposição.

O governo de Castelo Branco terminou em março de 1967,


quando assumiu o presidente Artur da Costa e Silva eleito indiretamente
por uma junta de militares, designada “Comando Supremo da
Revolução”.
CASTELO BRANCO (1964-1967)

 Criou a PAEG (Plano de Aceleração Econômica do Governo)


 Criação do Banco Central.
 Criação da Embratel.
 Criação da Sudam – Superintendência do Desenvolvimento da Amazônia.
 Criação do SFH - Sistema Financeiro Habitacional.
 Criação do BNH - Banco Nacional de Habitação.
 Criação do INPS e FGTS.
 Criação da FEBEM – Fundação Estadual para o Bem Estar do Menor.
 Cortou relações com Cuba.
 Revogou as Leis de Remessa de Lucros para o Exterior

Criação do PAEG – Programa de Ação Econômica do Governo (1964-1985):


Reduzir o processo inflacionário brasileiro propiciando o crescimento econômico.
COSTA E SILVA (1967-1969)

Costa e Silva em 15 de março de 1967, e elegeu


majoritariamente militares para os ministérios.
Dentre esses militares esteve o general Garrastazu Médici, chefiando o
Serviço Nacional de Informações (SNI), sucessor de Costa e Silva na presidência.

O governo do general Costa e Silva foi marcado pela tortura dos


opositores políticos ao regime, pelo cerceamento da livre expressão e de direitos
políticos, institucionalizando a repressão.

O Ato Institucional n° 4 convocou uma Assembleia Constituinte para


formular uma nova carta e substituir a Constituição de 1946

No mesmo dia da posse de Costa e Silva foi instituída a Constituição de 1967.


A Constituição de 1967 outorgou o regime militar e
incluiu os Atos Institucionais e Complementares propostos
até aquele momento.
Desse modo, a Constituição e os Atos Institucionais
não conflitavam mais, como ocorria com a carta
constitucional de 1946.
Também, em 15 de março de 1967, foi estabelecida
a Lei de Segurança Nacional pelo Decreto-Lei 314.

Como resistência ao regime militar surgiam diversos


grupos de militantes de esquerda que atuavam
clandestinamente.
Esses grupos promoviam atividades de guerrilha no
interior do país e mesmo nas cidades.

Assim, Costa e Silva convocou o Conselho de


Segurança Nacional, em dezembro de 1968, e promulgou o
Ato Institucional n° 5 que previa o fechamento do
Parlamento e a cassação de mandatos políticos.
PASSEATA DOS CEM MIL (1968)
COSTA E SILVA (1967-1969)

Brevemente, pode-se expor do que tratavam os demais Atos Institucionais promulgados durante o
governo de Costa e Silva:

AI-6 – reduziu o número de ministros do Supremo Tribunal Federal e estabeleceu que os crimes contra a
segurança seriam julgados por um tribunal militar;
AI-7 - suspendeu as eleições até 1970;
AI-8 –tornaram-se legais reformas administrativas por decreto nos principais municípios do país;
AI- 9 – promoveu cassações de direitos políticos, demissões compulsórias e uma reforma agrária de cunho
conservador;
AI-10 – mais cassações e suspensões de direitos políticos foram promovidas.
AI-11 – que estabeleceu o novo calendário eleitoral para os cargos de prefeitos e vereadores, com exceção dos
municípios em que se instalaram intervenções militares.

Em agosto de 1969, o general Costa e Silva morreu em decorrência de um derrame cerebral.

Uma junta militar assumiu o poder, e vetou o vice-presidente Pedro Aleixo de assumir a presidência.

Em 30 de outubro de 1969, assumiu a presidência o general Emílio Garrastazu Médici.


COSTA E SILVA (1967-1969)

 Criação da Ponte Rio-Niterói.


 Zona Franca de Manaus.
REGIME
MILITAR
(1964-1985)

PARTE 02
MÉDICI (1969-1974)
Em 30 de outubro de 1969, Médici foi indicado indiretamente pelo
Alto Comando do Exército para o cargo de presidente da República.

O recrudescimento do regime militar foi iniciado no governo do


general Costa e Silva, e chegou ao auge no governo do general Emílio Médici,
no chamado “Anos de Chumbo”.

A opção pela luta armada cresceu nesse período, e dois focos


guerrilheiros no meio rural foram dissolvidos, um em Ribeira no Estado de
São Paulo, e outro no Araguaia no Pará.

As guerrilhas urbanas também foram formas de resistência que se


ampliaram, destacaram-se dois importantes militantes políticos que
pensaram essa tática de combate ao regime militar:

Carlos Marighella da Ação Libertadora Nacional (ALN) e Carlos Lamarca da


Vanguarda Popular Revolucionária (VPR), ambos foram assassinados pelo
regime no período do governo Médici, respectivamente nos anos 1969 e
1971.
Foram criados o Comando de Operações de Defesa Interna (CODI)
que coordenava os Departamentos de Operações e Informações (DOIs).

Além desses órgãos, o regime militar também contava com os


órgãos de informação do exército, marinha e aeronáutica (respectivamente:
Ciex, Cenimar e Cisa).

Economicamente, o regime militar caracterizou-se como um


período de retomada de investimentos de capitais estrangeiros no Brasil.

Desde 1967, Delfim Netto era ministro da Fazenda e investia em


empresas estatais de base (como dos setores petroquímico, energia,
siderurgia) para retomar o crescimento econômico do país, o que teve efeito
posteriormente com o crescimento econômico do país que ficou designado
de “Milagre econômico” no governo Médici.

Ao passo que a classe média teve sua renda ampliada, as parcelas


proletarizadas tonaram-se mais pauperizadas.

Assim, esse pretenso “Milagre econômico” gerou mais disparidades


econômicas e sociais.
MÉDICI (1969-1974)

 Inauguração da Ponte Rio-Niterói


 Construção do Porto de Itaqui – Maranhão – mais profundo do Brasil.
 Criação da Infraero.
 Criação da Telebrás.
 Criação do PIS e PASEP.
 Criação do Mobral.
 Metrôs nas cidades do Rio de Janeiro, São Paulo, Belo Horizonte, Recife e Fortaleza.
 Criação da Transamazônica e asfaltamento da rodovia Belém-Brasília.
 Ampliação da Rio-Santos.
 Criação da EMBRAPA – Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária.
 Ferrovia de soja – rede ferroviária ampliada de 3 mil para 11 mil Km
 Economia do Brasil passou de 41º para 8º maior do mundo.
 Crescimento do PIB para 14%.
 Programa de merenda escolar.
 Criação de várias universidades no Brasil.
 Expansão territorial do mar brasileiro em 200 milhas.
 EBTU – Empresa Brasileira de Transportes Urbanos.
REGIME
MILITAR
(1964-1985)

PARTE 03
GEISEL (1974-1979)

Ernesto Geisel pertencia à linha moderada das forças


armadas, pois concebia o regime militar como transitório para
assegurar o liberalismo no país.

Durante o governo Geisel iniciou a transição para a


democracia liberal que ele mesmo designou que deveria ocorrer de
forma “lenta, gradual e segura”.

Algumas prerrogativas dos Atos Institucionais expiraram, como


o caso da cassação aos direitos políticos de algumas personalidades
pelo AI-1, e outras foram suplantadas, como a proibição à propaganda
política pelo AI-5.

Além disso, a propaganda eleitoral foi cerceada pela Lei Falcão


(1976) que proibiu a veiculação ao vivo nas mídias de massas de
candidatos políticos.
Outra medida do regime para assegurar a efetivação das propostas da Arena foi a elaboração do
“pacote de abril”.
Esse conjunto de leis previa a eleição indireta de governadores e de um terço dos senadores (dando
origens aos chamados “senadores biônicos”), e a ampliação do mandato presidencial do sucessor de Geisel para
seis anos, dentre outras medidas.

O Brasil foi o primeiro país a reconhecer o governo que assumiu Portugal após a queda do regime
salazarista, em 25 de abril de 1974.

Economicamente, o país estava com alta taxa de inflação e dívida externa.


Para contornar a crise internacional do petróleo de 1973, investiu-se no setor energético e indústria
de base por meio do II Plano Nacional de Desenvolvimento, além de lançar projetos de prospecção de
petróleo pela Petrobrás.

O governo Geisel também foi marcado pelas greves dos operários do ABC paulista e pelo destaque
do sindicalista Luiz Inácio Lula da Silva, no ano de 1979.

Ao final do governo, em 1978, Geisel anulou o AI-5, preparando a abertura do regime militar.

Em 15 de março de 1979, o general Geisel deixou a presidência e foi sucedido pelo general João Figueiredo.
GEISEL (1974-1979)

 Criação do Pró álcool.


 Construção da Hidrelétrica de Itaipu.
 Investimentos na prospecção de petróleo no fundo do mar na descoberta da
bacia de Campos no Rio de Janeiro.
FIGUEIREDO (1979-1985)

O governo do general João Figueiredo na presidência da


República foi o último do regime militar.
O general João Figueiredo deu continuidade ao projeto iniciado no
governo anterior de abertura do regime, como designado pelos militares de
maneira “lenta, gradual e segura”.

Desse modo, em agosto de 1979, assinou a Lei de Anistia Política


que anulou as punições aos brasileiros feitas desde 1964.

Além da Lei da Anistia, foi aprovada a Lei Orgânica dos Partidos


que possibilitou a criação de outros partidos e, consequentemente, a
extinção do bipartidarismo e dos partidos existentes durante o regime.

Dentre alguns dos partidos criados nesse período estiveram o


Partido dos Trabalhadores (PT), o Partido Trabalhista Brasileiro (PTB), o
Partido Democrático Trabalhista (PDT), o partido que agregava arenista –
Partido Democrático Social (PDS), e o Partido Movimento Democrático
Brasileiro (PMDB) – que reunia antigos emedebistas.
FIGUEIREDO (1979-1985)

Somente no ano de 1982 foram realizadas as eleições diretas para compor os quadros executivos dos
estados e da Câmara Federal, sendo a oposição majoritariamente vitoriosa nesses pleitos

Economicamente, o governo do general Figueiredo foi marcado por inflação e estagnação econômica,
evidenciando o colapso da política econômica do regime militar.

Isso se somou à crise internacional do petróleo de 1979; para contornar essa crise a importação de
petróleo foi reduzida e aumentaram-se as prospecções de busca por esse insumo.

A crise econômica persistiu, e a dívida externa chegou ao índice alarmante de 61 bilhões de dólares.

Em consequência da crise econômica ocorreram as demissões em massa nas fábricas do ABC paulista,
acarretando nas greves de diversas categorias, destacadamente dos metalúrgicos, entre os anos de 1978 e 1979.

Os líderes sindicais que atuaram nessas greves foram indiciados pela Lei de Segurança Nacional.

A abertura política não contentava todas as parcelas das forças armadas e da extrema direita, e havia
grupos que promoviam ataques terroristas para coibir a ação de grupos de esquerda.
O desgaste da ditadura militar levou à criação de uma frente
da oposição ao regime pela realização de eleições diretas, esse
movimento ficou conhecido como “Diretas já”.

Assim, uma Emenda Constitucional acerca das eleições


diretas foi elaborada pelo deputado Dante de Oliveira, no entanto,
não foi aprovada pelo Congresso.

Em janeiro de 1985 realizaram-se eleições indiretas para


presidente da República, os candidatos governistas Paulo Maluf e
Flávio Marcílio foram derrotados pela oposição.

Sucedeu o governo do general Figueiredo, o civil José Sarney.

Tancredo Neves que havia sido eleito para o cargo de


presidente da República não chegou a assumir o posto por não ter
sobrevivido a diversas cirurgias.

Assim, o vice-presidente José Sarney tornou-se presidente, e o


regime militar foi encerrado.
FIGUEIREDO (1979-1985)

 Petrobrás produzia 75 mil barris por dia passa a produzir 750 mil barris.
 100 milhões de estudantes nas escolas.
 Obrigatoriedade de 08 anos na escola.
 Mais de 95% dos carros brasileiros eram movidos a álcool.
Outras realizações do Regime Militar (1964-1985)

 Polos petroquímicos em São Paulo (Cubatão) e na Bahia (Camaçari).


 Corredores de exportações – Vitória, Santos, Paranaguá e Rio Grande.
 Brasil foi o segundo maior construtor de navios do mundo.
 Mais de 60 mil km de estradas.
 Construção de 04 portos e recuperação de outros 20.
 Construção de estágios, ginásios e complexos desportivos em cidades e universidades.
 Reformulação e ampliação da Polícia Federal. Crédito Educativo – CNPq, FINEP e CADES.
01) De 1964 a 1985, o Brasil foi governado por militares. Dentre os avanços que o período
trouxe para a sociedade brasileira, podemos afirmar que as grandes conquistas
modernizadoras situaram-se, principalmente, nos setores de infra-estrutura, em particular
nas áreas de:

A) serviços, educação e energia.


B) energia, educação e saúde.
C) saúde, comunicações e transporte.
D) comunicações, energia e transportes.
E) educação, transportes e serviços.
NOVA
REPÚBLICA
(1985 – dias atuais)
JOSÉ SARNEY (1985-1990)

Plano Cruzado (1986)


 Criação de uma nova moeda
 A substituição do Cruzeiro para o CRUZADO.

 Congelamento dos preços


 Gatilho salarial
 os salários sofreriam reajustes quando a inflação atingisse 20%
 “Fiscais do Sarney”

Criação do seguro-desemprego

Plano Bresser (1987)


 Tentativa de estabilizar a moeda zerando as casas decimais
Decretou a moratória (não pagamento da dívida externa)
Reativou as relações com Cuba.

Criação da Constituição de 1988.

Plano Verão (1989)


 Nova moeda: CRUZADO NOVO

CARACTERÍSTICAS

 Aumento da desigualdade social


 Extrema miséria da população
 Aumento da violência
 Crescimento desordenado dos centros urbanos
 Desvalorização da moeda
 Aumento dos preços dos produtos
 Falta de mercadorias
 Arrocho salarial
 Hiperinflação (três casas decimais)
CONSTITUIÇÃO DE 1988

 Voto direto e secreto para todos os brasileiros de ambos os sexos e maiores de 18 anos.
 Voto facultativos para jovens de 16 e 17 anos, e idosos acima de 70 anos.
 Fim da censura os meios de comunicação, obras de arte, filmes, músicas, teatro e etc.
 Sistema pluripartidarismo
 Republica federativa e presidencialista
 Fortalecimento do federalismo (maior autonomia dos Estados em relação ao poder federal)
 Crime de racismo
FERNANDO COLLOR (1990-1992)

Plano Collor (1990)


 Confisco dos saldos das conta correntes e das poupanças
 Congelamento de preços e salários
 A volta do Cruzeiro

Início da política neoliberal


Início das privatizações

Acusado de corrupção (CPI)


Pressão popular (“Caras pintadas”)
Processo de impeachmet.
ITAMAR FRANCO (1992-1994)

Plesbicito (Presidencialismo, parlamentarismo ou monarquia)


Ministro da Fazenda  Fernando Henrique Cardoso

PLANO REAL (1994)

 Corte de gastos públicos


 Aumento de impostos
 Criação da URV (Unidade Real de Valor)
 Aumento das taxas de juros
 Controle cambial (dólar = real)
CONTROLE DA INFLAÇÃO

SUCESSO DO PLANO REAL

Consequências:

 Fechamento de empresas nacionais


 Aumento do desemprego

MINISTRO DA FAZENDA FERNANDO HENRIQUE CARDOSO


FERNANDO HENRIQUE CARDOSO (1995-2002)

Consolidação do Neoliberalismo

Abertura do mercado nacional as multinacionais em substituição


das industrias nacionais

Geração de empregos

Moeda forte e investimento externo

Modernização (internet, robótica, etc)

PRIVATIZAÇÕES de Energia, comunicações, mineração, siderúrgica e


serviços.

REELEIÇÃO
Corrupção
Crise neoliberal
Desemprego
Diminuição de investimentos

Criação de genéricos e política antitabagismo


Ministro da Saúde  José Serra

A esquerda (PT) faz aliança com o Centro (PMDB) e vence as eleições de 2002 com o candidato ex sindicalista,
Luís Inácio LULA da Silva.
01) O Plano Collor e Plano Real, apesar das diferenças de épocas, possuem em comum o
fato de

A) estabelecerem metas de construção de usinas hidrelétricas, postos de extração de


petróleo, rodovias e outras grandes obras públicas.
B) trazerem excelentes resultados econômicos e sociais, comprovando a boa capacidade
brasileira no planejamento público.
C) serem políticas estatais de intervenção na regulação da moeda nacional.
D) terem estabelecido controle de preços como o Plano Cruzado.
E) terem proposto reformas no Ministério de Educação aplicando a nova Lei de Diretrizes e
Bases da Educação.
02) Em 1993, no Brasil, anunciou-se um novo plano de estabilização econômica, o Plano
Real, que entrou em vigor efetivamente em julho de 1994.

O Plano Real foi planejado e implantado no governo do presidente

[A] José Sarney.


[B] Fernando Collor de Mello.
[C] Itamar Franco.
[D] Fernando Henrique Cardoso.
[E] Luís Inácio Lula da Silva.

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