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Assaí/Pr.
2020
Aluna: Julia Ikeda Yamazaki RA:108620
2. Teoria Clássica: Do outro lado, existia a corrente dos anatomistas e fisiologistas, que
tinham como principal expoente Henri Fayol. Essa abordagem se desenvolveu na França,
com os trabalhos de autores famosos, tais como James Mooney, Lyndall Urwick e Fayol.
Mais conhecida como corrente da teoria clássica da administração, tinha como preocupação
básica aumentar a eficiência e eficácia por meio da disposição dos departamentos
organizacionais, e de suas inter-relações estruturais (mutualidades).
A partir disso, a corrente da teoria clássica, trouxe uma abordagem anatômica (estrutura) e
fisiologista (funcionamento), atuando de maneira inversa à administração científica. Pode-se
dizer que a teoria clássica traz um conceito de cima para baixo (da direção para a execução)
e de todo (organização) para suas partes (departamentos). Nela predominava o foco na
estrutura organizacional, nos princípios da administração e na departamentalização. Dessa
forma, era possível uma visão globalizada, porém centralizada em um chefe principal
Henri fayol
O famoso engenheiro francês Jules Henri Fayol, foi um dos principais personagens da teoria
clássica da administração. Aos 19 anos, Fayol entrou para uma companhia metalúrgica e
carbonífera que se encontrava a beira da falência, após assumir um cargo de direção,
conseguiu recuperar as finanças da empresa e levá-la a um novo patamar. Em 1918,
entregou seu cargo, aposentando-se aos 77 anos de idade. Nos últimos anos de sua vida,
dedicou-se a divulgar os princípios da administração, fundou o Centro de Estudos
Administrativos e lançou o livro Administração Geral e Industrial, no qual expunha que
administração era uma função distinta das demais funções, como finanças e produção, por
exemplo.
O conhecimento administrativo ainda era bastante precário na época, existindo uma grande
necessidade de informação em relação às questões corporativas. Para responder essa
necessidade, Henri Fayol criou e divulgou sua própria teoria, que dividia a empresa em seis
atividades, levando a análise dos processos para toda a organização. Essas atividades
eram as funções técnicas, comerciais, financeiras, administrativas, contábeis e de
segurança. Para Henri Fayol, a função administrativa era a mais importante de todas (pois
coordenava as demais), e tinha como componentes:
Fayol sempre afirmou que seu êxito era resultado dos métodos que empregava e nada além
disso. Assim como Taylor, ele utilizou os últimos anos de sua vida para demonstrar que,
com planejamento e métodos adequados de gerência, os bons resultados seriam
alcançáveis. Henri Fayol ressaltou ainda, que nenhuma das cinco funções essenciais de
uma organização (finanças, produção, técnicas, contábeis e comerciais) possuem o encargo
de formular o plano geral da empresa, de constituir seu corpo social, ou de coordenar os
esforços e harmonizar o trabalho, essas atribuições pertencem unicamente à função
administrativa.
Por diversas vezes Fayol defendeu e enfatizou a qualidade dos bons administradores sobre
as questões técnicas do trabalho. Falando sobre jovens engenheiros, Fayol ressaltou que o
sucesso de uma empresa depende mais da habilidade administrativa de seus colaboradores
do que de suas habilidades técnicas. Para ele, um líder medíocre tecnicamente, mas que
em geral seja um bom administrador, é de certa forma mais útil para a organização do que
um líder brilhante apenas na forma técnica. Henri Fayol discorreu sobre várias teorias da
administração, sempre destacando a importância de alinhar o conceito com a prática.
Para Henri Fayol a administração era a forma de governar ou gerenciar um negócio público
ou privado, fazendo o melhor uso possível dos recursos disponíveis para atingir os objetivos
da empresa. De certa forma ele tinha a ciência administrativa como parte fundamental de
todos os componentes de uma organização. Fayol ainda instituiu que o departamento
administrativo era o responsável por garantir a unidade da ação, da disciplina e da ordem,
garantindo assim o bom relacionamento interno e externo da companhia. O renomado autor
ainda afirmou que, apesar de ser distinta, a administração se entrelaçava com outros
departamentos, agindo como um sistema nervoso dentro na empresa.
Max weber
A partir da década de 1940, as críticas feitas à escola clássica (pelo seu mecanicismo) e à
Teoria das Relações Humanas (por seu romantismo), revelaram a falta de uma teoria mais
sóbria, sólida e abrangente, e que orientasse o administrador através de outro ângulo.
Devido à sua importância na época, as organizações atraíram a atenção de diversos
estudiosos e pesquisadores que se interessavam pelos seus inúmeros processos e
métodos, havendo dentre eles, um economista alemão, chamado Max Weber (1864-1920).
Weber foi um importante sociólogo, jurista, historiador e economista alemão, sendo também
considerado um dos fundadores do estudo sociológico moderno.
Seu trabalho foi tão importante, que diversos outros autores retomaram suas pesquisas e
estudos ao longo dos anos. De acordo com Weber, as pessoas orientam as suas ações
para uma ordem semelhante, uma vez que seus desempenhos individuais são guiados por
normas coletivas e legitimadas. Para ele, uma ordem não é apenas uma forma de
codificação de normas convencionais, elas constituem (em termos amplos), um conjunto de
normas sociais dominantes. Ainda segundo Weber, as organizações formais se baseiam em
leis que as pessoas acreditam serem racionais e adequadas aos objetivos comuns, ou seja,
que agem de acordo com os seus interesses e não os desejos arbitrários de alguém.
Devido à fragilidade e a imparcialidade da teoria clássica da administração e da teoria das
relações humanas, muitos autores consideram a teoria das organizações a mais ampla e
completa. Na época existia a necessidade de um modelo que fosse capaz de caracterizar
todas as variáveis envolvidas, bem como o comportamento dos seus membros, e que não
fosse aplicável somente a fábrica, mas a todas as formas de organização. Juntando essa
necessidade com o crescimento das organizações, ficava claro que as teorias existentes
não eram suficientes para responder à situação, por isso, a partir das descobertas do
trabalho de Weber as empresas começaram a aplicar o sistema burocrático e seu novo
modelo proposto.
De acordo com Weber, qualquer sociedade, organização ou grupo que se baseie em leis
racionais é burocracia. Uma de suas frases mais conhecidas é a de que "a organização é
uma estrutura sistêmica, um grupo organizado e estável de meios adequados a
fins". Entretanto, ainda segundo ele, nem todos os grupos sociais são organizações, uma
vez que esses grupos se dividem em duas grandes categorias: os primários e secundários.
> Grupos Sociais Primários: São também chamados de informais, no qual predominam as
relações pessoais. Fazem parte desse grupo as famílias, amigos e certos grupos de
interesse social ou profissional. Podem ser caracterizados por contatos diretos e indiretos,
pois geralmente perduram por um longo tempo. É importante salientar, que neste tipo de
grupo as pessoas entram e saem voluntariamente.
> Grupos Sociais Secundários: Essa categoria abrange os grupos formais, já que neles as
pessoas possuem uma relação social regida por regulamentos explícitos e categóricos. Tais
regulamentos baseiam-se em normas de direito e obrigações para seus integrantes (regras
e normas). É o caso de todos os tipos de organizações. Vale ressaltar que neste tipo de
grupo existe a definição de objetivos, do uso de recursos e da divisão do trabalho.
Para Max Weber, a burocracia é a organização eficiente por excelência, e para conseguir
esta eficiência, a burocracia precisava detalhar antecipadamente e nos mínimos detalhes
como as coisas deveriam acontecer. Segundo o autor, as organizações formais apresentam
três características principais, que as distinguem dos grupos informais ou primários, são
elas: a formalidade, a impessoalidade e o profissionalismo.
> Impessoalidade: Essa característica são as relações entre as pessoas que integram as
organizações burocráticas. Geralmente são governadas de acordo com os cargos que
ocupam, e pelos direitos e deveres desses cargos. É importante ressaltarmos, que a
distribuição das atividades da organização também é feita de modo impessoal, ou seja, é
realizada de acordo com os termos dos cargos e funções, e não das pessoas envolvidas.
> Profissionalismo: Os cargos de uma burocracia oferecem aos seus ocupantes uma
carreira, formação e meios de vida. Sua escolha fica dependente das qualificações do
participante. Uma organização burocrática estabelece os cargos segundo os princípios de
hierarquia que a regem. Ela também fixa regras e normas para o desempenho do cargo e
escolhe seus integrantes de acordo com a competência técnica que possuem.
As organizações são definidas de acordo com seu tipo de poder, que consequentemente
caracteriza também o tipo de obediência (ou contrato psicológico) que exercem. De acordo
com Etzioni, famoso cientista social e estudioso das ideias de Max Weber, o tipo ideal do
autor aplicava-se somente às empresas e governos, não abrangendo todas as
organizações. Weber considerava as organizações como unidades sociais com objetivos
específicos e singulares. Por outro lado, para Etzioni, existem três tipos de organizações: