Você está na página 1de 8

Sumário

1. INTRODUÇÃO ..................................................................................................................... 2
2. Teoria Clássica da Administração ....................................................................................... 3
3. Considerações sobre a Teoria Clássica................................................................................ 5
4. Funções Gerenciais e Princípios Científicos ....................................................................... 5
5. Críticas ............................................................................................................................... 6
6. Conclusão ........................................................................................................................... 7
7. Referências Bibliográficas................................................................................................... 8

1
1. INTRODUÇÃO

A Teoria Clássica da Administração representa, hoje, a conquista de uma longa história,


no campo do conhecimento humano que despontou no início do século XX, no quadro da 2ª
Revolução Industrial. Com a 2ª Revolução Industrial, principalmente com o surgimento da energia
elétrica e o uso dos combustíveis de petróleo, há um novo surto de progresso, acompanhado da
expansão do capitalismo financeiro, que viria permitir a criação e o funcionamento de grandes
organizações empresariais.
No campo específico da administração das empresas, coube a um engenheiro o
lançamento do fundamento de uma Teoria Geral da Administração, dando origem à chamada
Escola Clássica da Administração.
Grego de nascimento, porém educado na França - foi o também conhecido engenheiro
Henri Fayol (1841/1925), com seu trabalho “Administracion Industrielle et Generale”, publicado em
1916, e que, como o livro de Taylor, ganhou um prestígio extraordinário. Assim, a abordagem
clássica da Administração cobre duas áreas distintas: a operacional, de Taylor, com ênfase nas
tarefas; e a administrativa, de Fayol, com ênfase na estrutura organizacional.

2
2. Teoria Clássica da Administração

Surgiu na França o pilar da Escola Clássica, comandado por Henry Fayol engenheiro,
nascido na Grécia e educado no França, onde trabalhou e desenvolveu seus estudos. Na Teoria
Clássica de Fayol e seus seguidores a ênfase é posta na estrutura da organização. O objetivo é
buscar a maior produtividade do trabalho, maior eficiência do trabalhador e da empresa.

A Teoria Clássica da Administração partiu de uma abordagem sintética, global e universal


da empresa, com uma visão anatômica e estrutural, enquanto na Administração Científica a
abordagem era, fundamentalmente operacional (homem/máquina).
A experiência administrativa de Fayol começa como gerente de minas, aos 25 anos e prossegue
na Compagnie Comantry Fourchambault et Decazeville, aos 47 anos, uma empresa em difícil
situação, que ele administra com grande eficiência e, em 1918, entrega ao seu sucessor em
situação de notável estabilidade. Fayol sempre afirmou que seu êxito se devia não só às suas
qualidades pessoais, mas aos métodos que empregara. Exatamente como Taylor, Fayol procurou
demonstrar que, com previsão científica e métodos adequados de gerência, os resultados
desejados podem ser alcançados.

A Teoria clássica da gestão foi idealizada por Henri Fayol. Caracteriza-se pela ênfase na
estrutura organizacional, pela visão do homem económico e pela busca da máxima eficiência.

Paralelamente aos estudos de Frederick Winslow Taylor, Henri Fayol defendia princípios
semelhantes na Europa, baseando-se em sua experiência na alta administração. Enquanto os
métodos de Taylor eram estudados por executivos Europeus, os seguidores da gestão científica só
deixaram de ignorar a obra de Fayol quando a mesma foi publicada nos Estados Unidos. O atraso
na difusão generalizada das ideias de Fayol fez com que grandes contribuintes do pensamento
administrativo desconhecessem seus princípios.

Sua teoria da Administração está exposta em seu famoso livro “Administração Industrial e Geral”,
publicado em 1916 e, basicamente, está contida na proposição de que toda empresa pode ser
dividida em seis grupos de funções, a saber:

 Funções técnicas, relacionadas com a produção de bens e serviços da empresa.


 Funções comerciais, relacionadas com a compra e venda.
 Funções financeiras, relacionadas com a procura e gerência de capitais.
 Funções de segurança, relacionadas com a proteção e preservação dos bens e das
pessoas.

3
 Funções contábeis, relacionadas com os inventários, registros, balanços e estatísticas.
 Funções administrativas, relacionadas com a integração de cúpula das outras cinco
funções. As funções administrativas coordenam e sincronizam as demais funções da
empresa, pairando sempre acima delas. 6ª função, a função administrativa que constitui,
propriamente, a Administração.

Nenhuma das cinco funções essenciais tem o encargo de formular o programa geral da
empresa. Essa atribuição compete à 6ª função, a função administrativa que constitui,
propriamente, a Administração. Para deixar claro essa função coordenadora, Fayol assim define
o ato de administrar:

 Prever: visualizar o futuro e traçar o programa de ação.


 Organizar: constituir o duplo organismo da empresa, material e social.
 Comandar: dirigir e orientar o pessoal
 Coordenar: ligar, unir, harmonizar todos os atos e todos os esforços coletivos.
 Controlar: verificar que tudo ocorra de acordo com as regras estabelecidas e as ordens
dadas.
Segundo Fayol, a Administração não se refere apenas ao topo da organização: existe uma
proporcionalidade da função administrativa, que não é privativa da alta cúpula, mas, ao contrário,
se distribui por todos os níveis hierárquicos. Segundo ele, tudo em Administração é questão de
medida, de ponderação e de bom senso.
Os princípios que regulam a empresa devem ser flexíveis e maleáveis, e não rígidos.
São princípios fundamentais de Fayol:
 Divisão de trabalho;
 Autoridade e responsabilidade;
 Disciplina;
 Unidade de comando;
 Unidade de direção;
 Subordinação dos interesses individuais ao interesse geral;
 Remuneração justa ao pessoal;
 Centralização;
 Linha de autoridade;
 Ordem;
 Equidade;
 Estabilidade do pessoal;

4
 Iniciativa e;
 Espírito de equipe.
A Teoria Clássica de Fayol concebe a organização em termos de estrutura, forma e disposição
das partes que a constituem. Assim, a estrutura e a forma de organização marca a essência da
Teoria Clássica, como concebida por Fayol.

3. Considerações sobre a Teoria Clássica

 Obsessão pelo comando - Tendo como ótica a visão da empresa a partir da gerência
administrativa, Fayol focou seus estudos na unidade do comando, autoridade e na
responsabilidade. Em função disso, é visto como obcecado pelo comando.
 A empresa como sistema fechado - A partir do momento em que o planejamento é
definido como sendo a pedra angular da gestão empresarial, é difícil imaginar que a
organização seja vista como uma parte isolada do ambiente.
 Manipulação dos trabalhadores - Bem como a gestão científica, fora apelidada de
tendenciosa, desenvolvendo princípios que buscavam explorar os trabalhadores.

4. Funções Gerenciais & Princípios Científicos

A Teoria da gestão científica estudava a empresa privilegiando as tarefas de produção enquanto


a Teoria Clássica da gestão a estudava privilegiando a estrutura da organização.

Ambas as teorias procuravam alcançar o mesmo objectivo: maior produtividade do


trabalho e a busca da eficiência nas organizações. Se a gestão científica se caracterizava pela
ênfase na tarefa realizada pelo operário, a Teoria Clássica caracterizava-se pela ênfase na
estrutura que a organização deveria possuir para ser eficiente.

A consequência destas Teorias foi uma redução no custo dos bens manufaturados. Aquilo
que fora um luxo acessível apenas aos ricos, como automóveis ou aparelhos domésticos, tornou-
se disponível para as massas. Mais importante foi o facto de que tornaram possível o aumento
dos salários, ao mesmo tempo em que reduziram o custo total dos produtos.

5
5. Críticas

Sofreu críticas como a manipulação dos trabalhadores através dos incentivos materiais e
salariais e a excessiva unidade de comando e responsabilidade.

A maior crítica relativa à influência negativa que os conceitos Taylor e Fayol tiveram na
gestão de empresas - mais especificamente nas indústrias – pode ser claramente observado no
filme de Carlitos: "Tempo Modernos". Dessa forma, tanto as teorias desenvolvidas por Taylor,
como as de Fayol, sofreram críticas por serem eminentemente mecanicistas e, até mesmo,
motivadas no sentido da exploração do trabalhador, como se fora uma máquina.
Principalmente a partir da contribuição de psicólogos e sociólogos, iniciada com Elton
Mayo e Mary Parker Follet, surgem outras escolas de Administração, a começar pela Escola de
Relações Humanas. A partir daí, as teorias de Taylor são vistas como distorcidas, do ponto de
vista do trabalhador, considerado uma simples peça no processo de produção e submetido a uma
supervisão policialesca.
Por outro lado, não corresponde à verdade o conceito genérico de que o trabalhador não
tem outros interesses e motivações senão os representados pela recompensa financeira. Da
mesma forma se estendem as críticas às teorias de Fayol, às quais se nega a comprovação da
validade dos princípios estabelecidos, pela ausência de trabalhos experimentais.

6
Conclusão

Depois da pesquisa elaborada dando sinopse do que foi verbalizado, tendo em conta os
pressupostos, teórico ambas as teorias procuravam alcançar o mesmo objetivo, que é de maior
produtividade do trabalho e a busca da eficiência nas organizações. Se a gestão científica se
caracterizava pela ênfase na tarefa realizada pelo operário, a Teoria Clássica caracterizava-se
pela ênfase na estrutura que a organização deveria possuir para ser eficiente.

7
Referências Bibliográficas

TEORIA_clássica_da_gestão&oldid=13925

Teoria.classica.ADMINISTRACAO.googlepages.com/

CARAVANTES, Claudia; CARAVANTES, Geraldo Ronchetti ; KLOECKNER, Monica


Caravantes. Administração: teorias e processo. 5a. ed. São Paulo: Pearson Education do Brasil,
2010. v. 1.572p.

CHIAVENATO, Idalberto. Introdução à Teoria Geral da Administração. 8. ed. São Paulo: Makron,
2011.

MAXIMIANO, Antonio Cesar A. Teoria Geral da Administração: da revolução urbana à revolução


digital. 3. ed. São Paulo: Atlas S.A., 2000.

Sinclayr, Luiz, Organização e Técnica Comercial. Introdução à Administração, O&M na Empresa,


13a edição, 1991, Editora Saraiva, ISBN 85-02-00068-3

Você também pode gostar