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DE ENGENHARIA
DE PRODUCAO
Alessandra
Martins Cunha
OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM
INTRODUÇÃO
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Em resumo, é uma área da engenharia cujo foco está na otimização e no
aumento da produtividade, racionalizando o uso de mão de obra e material
através do aperfeiçoamento de técnicas e processos produtivos.
De acordo com Romildo dos Santos Silva (2009),a segunda metade do século
XX foi palco de intensos debates entre teóricos que discutiam o papel da
ciência e da técnica na conformação das relações de produção, do processo
de trabalho e do tipo de educação para o trabalho. A controvérsia sobre a
introdução das novas tecnologias aos processos industriais não é nova. É
nesse período que se desenvolve e ganha aplicabilidade um tipo específico
de tecnologia que revolucionou, pois trouxe um modelo de indústria que se
tornou uma das grandes forças motrizes da economia no século XX: estamos
falando da indústria metalomecânica, da tecnologia de base microeletrônica e
da robótica. Essa indústria e essa tecnologia são muito importantes para você
compreender os contornos do “velho” debate sobre a aplicação da ciência, o
avanço das forças produtivas e também o taylorismo-fordismo.
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Com o desenvolvimento de novos formatos de gestão entre os séculos XVIII
e XX, surgiram os seguintes conceitos: taylorismo, fordismo e toyotismo. Tais
conceitos são, até hoje, modelos de gestão de produção. Confira na Figura 1 a
evolução da produtividade ao longo do tempo.
TOYOTISMO
Japão
FORDISMO
NOTA
Revolução EUA
Produtividade
Industrial
Inglaterra
Idade
Média
Europa Produção
flexível
Artesanato e Sistema Produção
Putting-Out de em série e
Just-in-time
System Fábrica em massa
Tempo
1750 1900 1970 1990
Taylorismo
Definido como teoria da racionalização do trabalho e desenvolvido por
Frederick Winslow Taylor, no início do século XIX, o taylorismo tinha o intuito
de controlar a linha de produção, partindo da observação científica do trabalho
dos funcionários e das máquinas nos processos fabris. É uma técnica de
gestão baseada no melhor aproveitamento da mão de obra, buscando
otimizar a eficiência operacional das tarefas realizadas.
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O taylorismo preconiza cinco fundamentos:
- utilização de metodologias científicas testadas;
- seleção e treinamento da mão de obra de acordo com suas competências;
- supervisão contínua do trabalho;
- execução disciplinada das tarefas;
- criação da linha de montagem (fracionamento do trabalho).
SAIBA
MAIS
Fordismo
O fordismo teve seu conceito desenvolvido a partir da necessidade da
produção em massa de automóveis com baixo custo. Henry Ford, proprietário
de uma indústria automobilística, foi o precursor a instalar a primeira linha
de produção semiautomatizada em 1914, sendo utilizada como modelo de
gestão por outras empresas, na chamada Segunda Revolução Industrial até
meados de 1980.
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Toyotismo
SAIBA
MAIS
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partir da década de 1970, notou-se que os conceitos e métodos próprios da
engenharia de produção ganharam notável desenvolvimento e tornaram-
se independentes de qualquer área tecnológica, sendo aplicados a todas as
áreas clássicas das engenharias.
FIQUE
ATENTO
ÁREA DESCRIÇÃO
Projetos, operações e melhorias dos
Engenharia de operações e sistemas que criam e entregam os
processos da produção produtos (bens ou serviços) primários da
empresa.
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ÁREA DESCRIÇÃO
Técnicas para o tratamento das principais
questões envolvendo transporte,
movimentação, estoque e armazenamento
Logística de insumos e produtos, visando à redução
de custos, à garantia da disponibilidade do
produto e ao atendimento dos níveis de
exigência dos clientes.
Resolução de problemas reais envolvendo
situações de tomada de decisão, através
de modelos matemáticos habitualmente
processados por computador. Aplica
conceitos e métodos de outras disciplinas
científicas na concepção, no planejamento
Pesquisa operacional ou na operação de sistemas para atingir
seus objetivos. Procura, assim, introduzir
elementos de objetividade e racionalidade
nos processos de tomada de decisão,
sem descuidar dos elementos subjetivos
e de enquadramento organizacional que
caracterizam os problemas.
Planejamento, projeto e controle de
sistemas de gestão da qualidade que
considerem o gerenciamento por
Engenharia da qualidade
processos, a abordagem factual para
a tomada de decisão e a utilização de
ferramentas da qualidade.
Conjunto de ferramentas e processos
de projeto, planejamento, organização,
decisão e execução envolvidas nas
atividades estratégicas e operacionais
Engenharia de produto de desenvolvimento de novos produtos,
compreendendo desde a concepção até o
lançamento do produto e sua retirada do
mercado com a participação das diversas
áreas funcionais da empresa.
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ÁREA DESCRIÇÃO
Conjunto de conhecimentos relacionados à
gestão das organizações, englobando em
seus tópicos o planejamento estratégico
e operacional, as estratégias de produção,
Engenharia organizacional
a gestão empreendedora, a propriedade
intelectual, a avaliação de desempenho
organizacional, os sistemas de informação
e sua gestão e os arranjos produtivos.
Formulação, estimação e avaliação de
resultados econômicos para avaliar
alternativas para a tomada de decisão,
Engenharia econômica
consistindo em um conjunto de
técnicas matemáticas que simplificam a
comparação econômica.
Projeto, aperfeiçoamento, implantação
e avaliação de tarefas, sistemas de
trabalho, produtos, ambientes e sistemas
para fazê-los compatíveis com as
necessidades, habilidades e capacidades
das pessoas visando à melhor qualidade
Engenharia do trabalho e produtividade, preservando a saúde e
integridade física. Seus conhecimentos são
usados na compreensão das interações
entre os humanos e outros elementos de
um sistema. Pode-se também afirmar que
esta área trata da tecnologia da interface
máquina-ambiente-homem-organização.
Planejamento da utilização eficiente dos
recursos naturais nos sistemas produtivos
Engenharia da diversos, da destinação e tratamento dos
sustentabilidade resíduos e efluentes destes sistemas e
da implantação de sistema de gestão
ambiental e responsabilidade social.
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ÁREA DESCRIÇÃO
Universo de inserção da educação superior
em engenharia (graduação, pós-graduação,
pesquisa e extensão) e suas áreas afins,
a partir de uma abordagem sistêmica
englobando a gestão dos sistemas
Educação em engenharia de educacionais em todos os seus aspectos:
produção formação de pessoas (corpo docente
e técnico/administrativo), organização
didático-pedagógica – especialmente
o projeto pedagógico de curso – e
metodologias e os meios de ensino/
aprendizagem.
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SAIBA
MAIS
Logística
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- logística empresarial;
- transporte e distribuição física;
- logística reversa;
- logística de defesa.
SAIBA
MAIS
ENGENHARIA DA QUALIDADE
De acordo com a Abepro, a engenharia da qualidade consiste no planejamento,
projeto e controle de sistemas de gestão da qualidade que considerem o
gerenciamento por processos, a abordagem efetiva para a tomada de decisão
e a utilização de ferramentas da qualidade.
Bernardo Lins afirma que
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A engenharia da qualidade divide-se em cinco subáreas:
- gestão de sistemas da qualidade;
- planejamento e controle da qualidade;
- normalização, auditoria e certificação para a qualidade;
- organização metrológica da qualidade;
- confiabilidade de processos e produtos.
Engenharia de produto
A engenharia de produto é a parte da engenharia que cuida do desenvolvimento
de novos produtos, desde estudos e pesquisas até criação, adaptação,
melhorias e aprimoramentos dos produtos produzidos por uma empresa.21
Está dividida em três subáreas, a saber:
- gestão do desenvolvimento de produto;
- processo de desenvolvimento do produto;
- planejamento e projeto do produto.
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EXERCICIOS
1. Slack afirma que, quando são bem gerenciados, podem contribuir para o
impacto estratégico do negócio de quatro formas: custo, receita, investimento
e capacidade. Responsável por grande parte dos custos de uma empresa, sua
primeira determinação é manter os custos sob controle. Além disso, pela
forma como fornece serviço e qualidade, deveria também voltar-se para o
aumento da capacidade do negócio em gerar receita. Da mesma forma,
deveria tentar obter o melhor retorno possível desse investimento, visto que
são a fonte de maior investimento. Deveria preparar as competências que
formarão a longo prazo as bases para a competitividade futura.
Que definição é esta?
a) Gerenciamento de operações e processos.
b) Gerenciamento da qualidade.
c) Gerenciamento da produção.
d) Gerenciamento de suprimentos.
e) Gerenciamento de custos.
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Fiação solta 35 2%
Fonte queimada 14 1%
Gabinete oxidada 25 2%
Manchas na pintura 231 15%
Parafusos trocados 8 1%
Placa solta 14 1%
Rolamento invertido 17 1%
Rolamento travado 53 4%
Solenoide Inoperante 29 2%
Vedação mal
26 2%
encaixada
Total 1.500 100%
Total de peças
1.201
defeituosas
Porcentagem de
80%
defeitos
500
400
300
200
100
0
Defletor empenado
Falta de acabamento
Falta de isolamento
Fiação cortada
Fiação solta
Fonte queimada
Gabinete oxidada
Manchas na pintura
Parafusos trocados
Placa solta
Rolamento invertido
Rolamento travado
Solenoide Inoperante
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Com base na situação relatada, qual ferramenta da qualidade deve ser
utilizada para identificar a causa dos problemas?
a) FMEA.
b) 5W2H.
c) 6 Sigma.
d) PDCA.
e) Ishikawa.
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d) A produção é realizada em lotes, por exemplo: quando o produto A é
produzido dentro da quantidade estabelecida pela gerência de produção,
há um setup para que seja efetuada a troca de produto, assim passa-se a
produzir o produto B no mesmo equipamento. Quando o lote de B já estiver
pronto, faz-se um novo setup para que seja retomada a produção de A, e
assim sucessivamente.
e) Sistema de gerenciamento da produção cujo objetivo é o incremento do
lucro através da diminuição dos custos. Esse objetivo só pode ser atingido por
meio da identificação e eliminação das perdas, ou seja, de atividades que não
agregam valor ao produto.
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5. Sabe-se que o MRP (material requirement planning), também chamado
de planejamento das necessidades de materiais, é um pacote do sistema
informatizado ERP (Enterprise Resources Planning), que auxilia na tomada
de decisão gerencial. O MRP converte sua lógica de cálculo em previsão de
demanda e a programação da necessidade de seus componentes, ou seja, seu
objetivo é definir o quantitativo de matéria-prima e momentos em que cada
item deve ser produzido ou comprado, de modo a atender o planejamento
da produção, ressaltando, para isso, as estruturas de produto que devem
estar rigorosamente estabelecidas, assim como os tempos de obtenção ou
fabricação, além das informações sobre inventários que deve ser as mais
meticulosas possíveis. Com base nesta definição, quais os parâmetros
básicos para um perfeito funcionamento do MRP?
a) Permite o planejamento de compras, contratações ou demissões de
pessoal, necessidades de capital de giro, de equipamentos e demais insumos
produtivos. Simulação e situações de diferentes cenários de demanda podem
ser simuladas e ter seus efeitos analisados. É um excelente instrumento para
a tomada de decisões gerenciais.
b) São softwares que integram diversos departamentos de uma empresa,
facilitando a automação e o armazenamento de todas as informações
de negócios. A maioria dos ERP existentes têm módulos excelentes de
contabilidade, orçamentos e controladoria, mas não atendem a dinâmica do
ambiente produtivo e as necessidades do chão de fábrica. Em função disso,
nasceu a necessidade do desenvolvimento de sistemas que complementem
o ERP e garantam a completa integração do setor industrial com os demais
departamentos de uma organização.
c) Os parâmetros básicos para um perfeito funcionamento do MRP são:
estrutura do produto (especificação da quantidade de cada item que compõem
um produto), tempo de reposição (tempo gasto entre a colocação do pedido
até o recebimento do material), tempo de fabricação (tempo gasto do início
até o término da produção), tamanho do lote de fabricação (quantidade de
fabricação de determinado item de forma que otimize o processo), tamanho
do lote de reposição (quantidade de determinado item que se adquire de cada
vez, visando também à otimização de custos), estoque mínimo (quantidade
mínima que deve ser mantida em estoque, seja de matéria-prima ou produto
acabado) e estoque máximo (nível máximo que os estoques devem chegar).
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d) Estão presentes em empresas de todos os segmentos, desde
estabelecimentos comerciais até as grandes indústrias. Sua principal função
é armazenar de forma organizada peças, insumos e produtos acabados.
e) Conjunto de procedimentos e meios para recolher e dar encaminhamento
pós-venda ou pós-consumo ao setor empresarial, para reaproveitamento ou
destinação correta de resíduos. Após a elaboração da Lei nº 12.305/2010,
através da Política Nacional de Resíduos Sólidos, que estabelece um acordo
setorial, incluindo fabricantes, importadores, distribuidores e comerciantes,
quanto à implantação de uma responsabilidade compartilhada pelo ciclo de
vida do produto, os órgãos públicos e empresas privadas devem promover
ações de redução no volume de resíduos sólidos e rejeitos, diminuindo
também os impactos à saúde humana e ao meio ambiente.
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REFERENCIAS
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LEITURAS RECOMENDADAS
SLACK, N.; CHAMBERS, S.; JOHNSTON, R.; BETTS, A. Gerenciamento de
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Porto Alegre: Bookman, 2013.
SOUZA, T. de J. F. et al. Proposta de melhoria do processo de uma fábrica
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