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INTRODUÇÃO
No contexto do desenvolvimento nacional, o café durante o período de 1821 a
1900 se tornou o principal produto de exportação do Brasil. Segundo Fausto (2012,
p.163):
50.000
1871
1872
1873
1874
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1876
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1890
1891
1892
1893
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1895
População - imigrantes - Pessoa
1896
1897
1898
1899
1900
1901
1902
1903
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1908
1909
1910
1911
1912
1913
TRABALHO ASSALARIADO
Colonato de assalariamento
Salário base + Parte variável em função da produção + Cultura de subsistência
Pierre Dennis, apud Sérgio Silva. Expansão cafeeira e origens da indústria no Brasil – Cap.III
MECANIZAÇÃO
Operações de beneficiamento
Fundamental para o estabelecimento de plantações muito distantes do porto.
"A aparelhagem da usina de café atingiu um grau de perfeição muito notável em São Paulo. É
hoje a indústria melhor organizada do Brasil. As grandes fazendas de São Paulo são instalações
modelo, que surpreendem o viajante estrangeiro e são dignas de figurar ao lado das indústrias
mais bem aparelhadas da Europa.“
Delgado de Carvalho, apud Sérgio Silva. Expansão cafeeira e origens da indústria no Brasil – Cap.III
0,00
5.000,00
10.000,00
15.000,00
20.000,00
25.000,00
1840
1841
1842
1843
1844
1845
1846
1847
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1849
1850
1851
1852
1853
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1855
1856
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1860
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1883
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1889
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45000
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35000
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1000
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Produção - café - qde. - Sacas de 60 kg (mil) Preço médio - café - Sacas de 60 kg - Reis
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1875
1877
1879
1881
1883
1885
1887
1889
1891
1893
1895
1897
1899
1901
1903
1905
1907
1909
1911
1913
1915
1917
1919
1921
1923
1925
1927
1929
1931
1933
1935
1937
1939
Produção mundial Produção brasileira Produção colombiana
MARTINS, M & JOHNSTON, E. 150 anos de café. São Paulo: Salamandra Consultoria Editorial, 1992, pp. 365-367
52.440.210
22.098.861
10.374.350
3.534.256
590.066
1886
1836
16000000
14000000
12000000
10000000
8000000
6000000
4000000
2000000
0
1836 1854 1886 1920 1935
Norte Central Mogiana Paulista Araraquarense Noroeste Alta Sorocabana
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ESTRADAS DE FERRO
Deficiência dos meios de transporte e das vias de comunicação (traçados; importação de
máquinas)
“Até então [ anos de 1860 ], eram excepcionais na Província de São Paulo as estradas
carroçáveis. As que existiam, em geral, possibilitavam apenas a passagem de tropas de burro.
Algumas não mereciam sequer o nome de estradas: eram veredas por onde mal passavam as
tropas, em alguns pontos tão estreitas que tinham apenas largura necessária para uma mula
carregada. Nesses lugares, ao cruzarem-se duas tropas, era necessário que uma delas recuasse,
o que dava margem a brigas e ocasionava transtornos desagradáveis.”
Emília Viotti da Costa. Da senzala à colônia 3.ed. São Paulo: Brasiliense, 1989, p. 182
ESTRADAS DE FERRO
Problemas: fretes e mão de obra
•Stanley Stein (sobre Vassouras, RJ): 20% da força de trabalho, “entre os melhores escravos”,
eram tirados da lavoura “e desviados para as funções de tropeiro”
•Abertura e melhoria de estradas demandava mão de obra (aluguel de escravos; africanos
livres etc.)
•1863, de Campinas a Santos, custo de transporte do café = 1/3 do preço
•Anos de 1870:
Década na qual os preços dos escravos em São Paulo atingem seus níveis mais elevados.
Expansão cafeeira traduz-se em interiorização, tornando mais agudos os problemas com o escoamento do café
para exportação (onda verde em direção ao Oeste paulista)
ESTRADAS DE FERRO
Até a década de 50 do século XIX restrições financeiras dificultaram o investimento no
empreendimento ferroviário no Brasil.
“Uma verdadeira revolução se operava na economia cafeeira: capitais liberados, braços até
então desviados da lavoura porque aplicados ao transporte e que podiam agora voltar-se
para culturas: maior rapidez de comunicações; maior capacidade de transporte; mais baixos
fretes; melhor conservação do produto que apresentava superior qualidade e obtinha mais
altos preços no mercado internacional: portanto possibilidades de maiores lucros para os
proprietários: novas perspectivas para o trabalho livre.”
(COSTA, 1998, p. 219)
ESTRADAS DE FERRO
Economia cafeeira não teria sido possível sem as estradas de ferro.
P. Monbeig. apud Sérgio Silva. Expansão cafeeira e origens da indústria no Brasil – Cap.III
CAFÉ E FERROVIAS: O NEGÓCIO
Café e ferrovias não podem ser vistos como um único negócio
Financiamento da expansão: combinação de recursos vindos da cafeicultura com capital
ligado às atividades urbanas
Forte vínculo entre as duas atividades
O café dependia da ferrovia para chegar até o mercado externo
A ferrovia dependia do café pois esse era a principal fonte de renda das companhias
CAPITAL CAFEEIRO
Processo de transformação das plantações de café é também o processo de formação
da burguesia brasileira.
200
150
100
50
0
1874
1883
1870
1871
1872
1873
1875
1876
1877
1878
1879
1880
1881
1882
1884
1885
1886
1887
1888
Fonte: Série Base monetária - papel moeda emitido - fim período disponível em www.ipeadata.gov.br
900,0
800,0
700,0
600,0
500,0
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300,0
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100,0
0,0
1885 1886 1887 1888 1889 1890 1891 1892 1893 1894 1895 1896 1897 1898 1899 1900
900,0 30,000
800,0 26,438
25,250 25,000
700,0
22,438 22,563
600,0 20,000
18,688
18,594
500,0
14,906 15,000
400,0
12,031
11,594 9,938 9,500
300,0 10,000
10,094 9,063
7,719
7,438
200,0
7,188
5,000
100,0
0,0 0,000
1885 1886 1887 1888 1889 1890 1891 1892 1893 1894 1895 1896 1897 1898 1899 1900
M0 - base monetária - papel moeda emitido - fim período - Conto de réis (mil) - Outras fontes, inclusive compilação de vários
autores - HIST_PME
Taxa de câmbio - libra esterlina / mil réis - RJ - Pence - Outras fontes, inclusive compilação de vários autores - HIST_ERVL
ECONOMIA CAFEEIRA NO INÍCIO DO SÉCULO XX
“O problema da superprodução de café apareceu desde o final do século XIX. Em 1882, a
produção mundial havia ultrapassado o consumo mundial. Com a crise de 1893 nos Estados
Unidos, principal consumidor do café brasileiro, os preços desse produto no mercado mundial
caem rapidamente. A cotação média anual do saco de 60 kg passa de 4,09 libras, em 1893,
a 2,91 libras em 1896, e a 1,48 libras em 1899.”