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Século XVIII: exploração de ouro em Minas Gerais envolvendo mão de obra

escravizada e exploração do trabalho de pobres (brancos e negros).

1. Ouro transforma a América Portuguesa

- DESCOBERTA DO OURO BRASIL: coincidiu com a CRISE AÇUCAREIRA do


século XVII, mas não se tornou a principal fonte de renda imediatamente.

- POVOAMENTO: a possibilidade de ENRIQUECIMENTO RÁPIDO da


mineração trouxe um grande número de pessoas para o interior,
DESPOVOANDO REGIÕES METROPOLITANAS.
Foram fundadas vilas e cidades para os imigrantes, e como o eixo econômico-
populacional passou a ficar no Sudeste, Rio de Janeiro vira a capital em 1763.

- DESENVOLVIMENTO DO MERCADO INTERNO: enquanto Minas Gerais se


destacava pelo seu ouro, outras regiões da colônia se ESPECIALIZARAM na
produção de alimentos e artigos que era trocados pelo ouro. Isso GEROU UM
MERCADO INTERNO na colônia.
Também houve uma grande IMPORTAÇÃO DE PRODUTOS, como picaretas,
calçados, vinho, azeite, etc...

2. Transformações culturais

Os centros urbanos eram compostos por: uma elite enriquecida - população


escravizada – camada intermediária de trabalhadores (funcionário público, artesão,
etc...) - População marginalizada (extrema pobreza, negros alforriados, etc...).
Esse dinamismo e riqueza da região colaboravam para o
DESENVOLVIMENTO DE ATIVIDADES CULTURAIS nas vilas e cidades, como filhos
de colonos que estudavam fora e poetas que surgiram no período.

- IRMANDADES: com medo de CONTRABANDEAREM OURO, a Coroa


portuguesa proibiu as ordens religiosas em Minas Gerais.
Assim surgiram as irmandades, grupos religiosos e profissionais FORMADOS POR
LEIGOS. Contribuíram com uma mão de obra ESPECIALIZADA e FINANCIAMENTO
de obras, esculturas e pinturas.
3. Exploração e administração mineradora

- INTENDÊNCIA DE MINAS: órgão criado pelo governo português em 1702 para


administrar e organizar a mineração. Distribuía LOTES para explorar (datas),
e COBRAVA IMPOSTOS dos mineradores.

DATAS: eram os lotes distribuídos aos mineradores pela Intendência de Minas, e seu
tamanho variava de acordo com a quantidades de escravizados que o minerador
tinha. Quem não tinha escravo podia trabalhar nos lotes.
QUINTO: imposto cobrado dos mineradores. Equivalia à quinta parte (1/5) do ouro
encontrado. Causou aumento do contrabando de ouro.

- CASAS DE FUNDIÇÃO: órgão criado pelo governo português em 1720 para


evitar a SONEGAÇÃO DE IMPOSTO. Todo o ouro encontrado deveria ser
levado para esse lugar para ser TRANSFORMADO EM BARRAS DE OURO.

DERRAMA: o governo português estabeleceu em 1750 que a colônia deveria pagar


100 arrobas (1500 quilos) de ouro anualmente à Coroa, e se essa quantia não fosse
alcançada, ERA COBRADA A DERRAMA, com soldados portugueses invadindo as
casas e tomando coisas de valor para completar a quantia.

A pressão pelas 100 arrobas e violência cometida pelo governo português causou
muita INSATISFAÇÃO na população colonial mineradora, resultando em revoltas
coloniais que culminaram na CONJURAÇÃO MINEIRA, ou Inconfidência Mineira, em
1789.

- DESTINO DO OURO: no século XVII, Portugal já possuía uma relação de


COMÉRCIO sólida com a Inglaterra, importando produtos manufaturados.
Em 1703, foi assinado o TRATADO DE METHUEN, assegurando a livre entrada de
vinhos portugueses no mercado inglês, enquanto a Inglaterra tinha esses benefícios
com seus produtos manufaturados no mercado português.
Portugal então desenvolveu suas vinícolas, mas PREJUDICOU outros setores, e para
conseguir pagar as importações, começou a REPASSAR GRANDE PARTE DO
OURO E DIAMANTE para a Inglaterra.
Logo, o ouro ia para a economia da colônia, Coroa portuguesa e Inglaterra,
contribuindo para o DESENVOLVIMENTO DO CAPITALISMO EUROPEU.

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