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HISTÓRIA DO ASSARÉ
ASSARÉ-CEARÁ ( 2019 )
FICHA TÉCNICA
DEDICATÓRIA
Crispim ( autor )
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AGRADECIMENTOS
Agradeço a todos que me ajudaram com informações, incentivos e, em
especial, aos meus antepassados que deixaram seus lugares de origem para
virem parar aqui, para que eu pudesse ter nascido, criado, educado, vivido, e
acima de tudo, amado esta terra.
Um agradecimento todo especial à Secretaria de Cultura, Turismo, Lazer e
Esporte de Assaré, extensivo a todas as pessoas que fazem esta casa.
Crispim (autor)
INTRODUÇÃO
Tudo conspirava para dar errado, mas deu certo. E como deu certo...
Tudo começou com a passagem de Alexandre por essas terras ermas, quando
o mesmo vinha do lugar denominado Fazenda – propriedade de seu pai na
Serra do Quincuncá indo para São João do Príncipe ( Tauá ) para visitar sua
fazenda situada naquela vila. Era o ano de 1775.
Alexandre da Silva Pereira adquire as terras da Sesmaria chamada
de Geremoabo, pertencente ao Capitão - Mor de São João do príncipe ( Tauá ),
José do Vale Feitosa. A Barganha (troca) se deu na permuta pela fazenda que
Alexandre herdara de seu pai, o Português Manoel da Silva Pereira, em São
João dos Príncipe. Pela troca Alexandre voltou ao Capitão - Mor a importância
de 400$000,00 (quatrocentos mil reis).
No dia 12 de outubro de 1775 foi lavrada a escritura (particular) da
permuta feita por Alexandre de sua fazenda em São João do Príncipe (Tauá)
com o Capitão – Mor José do Vale Feitosa de sua Sesmaria do Geremoabo
(Assaré), no lugar Boa Viagem ( antigo Cavalo Morto), escrita pela mão do frei
Antônio do Monte Alverne, irmão do frei Francisco do Monte Alverne.
CAPÍTULO I
SESMARIA DE GEREMOABO
CAPÍTULO II
TRANSFERÊNCIA DO POVOADO
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Formiga e Serra dos Porcos, pertencia ao convento das freiras de Olinda, por
acordo feito entre os governos das Capitanias de Pernambuco e do Ceará
quando da separação destas capitanias ocorrida a 17 de Janeiro de 1799 por
decreto da Rainha de Portugal D, Maria I – “a louca”.
Com a desistência do convento em continuar com esta fazenda, a
mesma passou por herança para seu administrador, Manoel Fernandes de
Oliveira, e deste para seus filhos, João Fernandes de Oliveira e Joaquim
Fernandes de Oliveira.
João Fernandes de Oliveira casou-se e teve filhos (não tendo
registros de sua esposa e de seus filhos), foi dono da casa-velha do São
Miguel, com data de sua construção registrada em algumas telhas de 1813.
Foram embora para o Maranhão e seus familiares daqui perderam o contato
com estes parentes.
Joaquim Fernandes de Oliveira casou-se com Maria Rosa da
Conceição e tiveram os filhos:
1. Major Antonio Fernandes de Oliveira que se casou
com Ana (Naninha) Fernandes de Oliveira; pais de Manoel
Fernandes de Oliveira (prefeito de Assaré em 1932, candidato único
e primeiro Prefeito eleito); Francisco Fernandes de Oliveira (Chico
Fernandes) e Sampaio (Antônio Sampaio de Oliveira);
2. Capitão João Fernandes de Oliveira (* 26/02/1894, †
03/01/01936) casou-se duas vezes. A primeira com Joaquina
Fernandes de Oliveira e tiveram: Antonio Fernandes Sobrinho,
Manoel Fernandes de Oliveira, João Fernandes de Oliveira, Pedro
João (Pedro Janjão), Enoque, Francisco Fernandes de Oliveira
(Neco), Chico Foster, Maria dos Anjos e Dona (mãe de Mário Claro);
e a segunda com Joana Fernandes Barbosa com quem teve Gualter
Fernandes de Oliveira e Gualberto Fernandes de Oliveira, morador
de São Miguel.
CAPÍTULO III
IGREJA MATRIZ
Com a transferência do povoado do Geremoabo para o Assaré
propriamente dito, o seu crescimento foi espontâneo e rápido.
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lugar para onde se encontra até hoje à rua Dr. Paiva, perto da Usina. Esta
remoção do cemitério se deu para uma nova ampliação da Igreja neste ano de
1912 quando era vigário o Pe. Francisco Silvano de Araújo. Nesta ampliação a
Igreja sofreu várias modificações, tais como: seu enlarguecimento, sendo
retirada a parede lateral esquerda e construída outra mais próxima da casa de
Maria Izabel, construindo-se assim, aquelas colunas de sustentação, os arcos
e acrescentando-se o vão da sacristia na parte de traz da Igreja. A ampliação
da igreja ficou a cargo do mestre Joaquim Pereira da Silva (mestre Joaquim
Salvador) que mudou-se de Santana do Cariri para o Assaré em 1912 para
realizar estes trabalhos.
O mestre Joaquim Salvador, como era conhecido, era natural de
Juazeiro do Norte e trabalhou na construção da Igreja Matriz de Juazeiro, se
especializando neste tipo de construção, mudando-se com a família para
Santana do Cariri com a incumbência de construir a Igreja Matriz desta cidade.
Foi nomeado a 17 de agosto de 1924 o Pe. José Correia Lima. Logo
que chegou encomendou um novo sino para a matriz de Assaré, o que se
encontra na torre até hoje, que custou, incluindo o frete, a importância de
1052$300 (um conto, cinquenta e dois mil e trezentos reis) e foi instalado a 25
de dezembro de 1925 e batizado com o nome de “EMILIO” em homenagem ao
Pe. Emilio Leite Alvares Cabral, já falecido. A 03 de julho de 1926, sob a
direção do Pe. José Correia, foi lançada a pedra fundamental para o
acabamento e remodelação da Igreja de Assaré, com a presença das pessoas
importantes da cidade e do município, entre estas o Intendente Tertuliano
Claraval Catonho. O Pe. José Correia saiu daqui logo em seguida, a 02 de
fevereiro de 1927 e com sua saída o projeto ficou arquivado até a chegada do
Padre Joaquim Sabino Dantas que chegou a 12 de março 1933 e em princípios
de 1934 deu inicio às obras, no que tange o revestimento interno, o
revestimento das colunas e dos arcos que une as colunas. O Pe. Sabino como
era conhecido, permaneceu a frente da freguesia até 30 de janeiro 1938.
O Pe. Agamenon de Matos Coelho foi nomeado vigário de Assaré a
14 de maio de 1938 e tomou posse da freguesia a 15 de maio do mesmo ano e
logo que chegou, nomeou José Ferreira do Nascimento (Zé de George) seu
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CAPÍTULO IV
O AÇUDE BANGUÊ
Beco do Pecado ( parte da Rua Padre Emilio Cabral), Rua dos Pereiros
(continuação da Rua Padre Emilio Cabral), Rua da Usina (Rua Euclides
Onofre), Rua dos Paletó – alusiva a família Paletó que iniciaram e moravam
nesta rua ( Avenida São Francisco), Beco dos Morcegos ou Beco do Pecado
(Rua Vicente Liberalino), Rabo da Gata (Rua Tertuliano Catonho), Quadro da
Igreja ( Praça .....) e quadro do mercado (praças: Mário Gomes de Matos,....) e
Beco dos Coros – foi aberto na administração do Prefeito Raimundo Claraval
Catonho ( Bel Catonho) em 1943 para facilitar o acesso ao açude Banguê. Este
beco desapareceu para dar lugar ao Terminal Rodoviário Assaré do Patativa e
o Fórum Dr. José Peixoto de Alencar Cortez.
Hoje tem o Alto do Banguê, Alto de Zé Dodô, Alto de Joana de Gois
e Alto do Cemitério novo.
A alcunha de Banguê provém de um utensílio chamado de padiola
para transportar materiais para todo tipo de construção, com a aparência de um
andor para se carregar os santos nas procissões religiosas. Consiste na
fixação de um caixote de madeira em dois paus de cerca de 1,60 metros de
comprimento, dispostos paralelamente e distantes 50 centímetros um do outro.
Já o banguê tem o mesmo formato, sendo os paus um pouco mais compridos e
no lugar do caixote de madeira, colocava-se um couro de boi e como na
padiola, o banguê também era carregado por duas pessoas – uma na frente e
a outra atrás.
No final do dia de trabalho os banguês eram empilhados nas
extremidades da parede do açude pelo os seus trabalhadores.
Ao comentarem sobre seus trabalhos, indicavam que estavam
trabalhando no “Açude dos Banguês”, daí surgiu o apelido e com o passar dos
tempos ficou somente Açude Banguê.
O Banguê foi, portanto, o primeiro manancial construído para o
abastecimento público. Como foi construído no período de estiagem – do mês
de junho a dezembro – de 1842, vindo a receber suas primeiras águas no
período chuvoso – de janeiro a maio – de 1843. A partir de então, forneceu
água, peixes e muito capim nas vazantes feitas em suas represas. O Banguê
serviu ao Assaré de 1843 a 1998, ano em que foi inaugurado o abastecimento
de água proveniente do Açude Canoas. Portanto, foram 155 anos de utilidades
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múltiplas, inclusive para todo tipo de animais matarem sua sede, bebendo de
suas águas. Houve um pequeno intervalo de tempo que foi interrompido este
abastecimento por conta de seu arrombamento devido ao “colossal” inverno de
1917, sendo reconstruído, em 1934 (17 anos de interrupção). O padre Sabino,
então Vigário desta Paróquia, fez campanha junto aos seus paroquianos afim
de adquirir doações para custearem as obras de reconstrução. Os donativos
foram em: arroz, milho, feijão, farinha, ( tudo medido em quartas – uma quarta
de feijão, por exemplo, era 80 litros). As doações em rapaduras eram por carga
ou mala de rapaduras – uma carga era um cento de rapaduras e uma mala, a
metade de uma carga. As doações em algodão eram em arrobas – uma arroba
são 15 quilogramas. Houve doações em gado, cavalo, burro, jumento, ovelha,
bode e porco. A doação destes animais eram contados por cabeças.
Inicialmente, as obras ficaram sob a tutela do senhor Agnelo Onofre
e depois passou para o senhor Abel Mota que as concluiu. Foram gastos
13$500000 ( treze contos e quinhentos mil reis) sendo 5$000 (cinco contos de
reis) de ajuda do Governo do Estado do Ceará e 8$500000 (oito contos e
quinhentos mil reis) e das doações dos paroquianos.
Os trabalhos de reconstrução ficaram sobe a orientação e direção do
Mestre Zezinho Salvador ( José Pereira da Silva).
O advento do “PROGRESSO” transformou o Banguê num depósito
de esgotos pois, a rede de saneamento básico (parte encanamento
subterrâneos e parte a céu aberto) foram todos despejados dentro de sua
bacia, tornando- o em um lago de poluição.
Em 2003 o Prefeito Benjamim Oliveira mandou arrombar a parede
de pedra e cal por baixo desta, para a instalação de manilhas para que as
águas escoassem descendo pelo riacho e desaguando no rio São Miguel na
localidade denominada Extrema. com a construção de um bueiro na passagem
do riacho Laranjeiras ( afluente do Banguê) na passagem deste pelo Alto de
Juana de Gois, obra esta da prefeitura, por ordem do Prefeito Benjamim
Oliveira. O Bueiro consta de quatro fileiras de maninhas emparelhadas, com
um metro de diâmetro cada, sendo niveladas as barreiras do riacho com um
aterro por cima das manilhas, perfazendo uma altura total de 2,20 metros de
altura - manilhas mais aterro.
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CAPÍTULO V
AÇUDE CANOAS
CAPÍTULO VI
CEMITÉRIOS
O primeiro cemitério foi o São João Batista, sem data de sua
criação, mas remonta do inicio da povoação e foi localizado na Várzea, ficando
bem perto do povoado de Geremoabo (Pedra de Fogo). O cemitério ficava
onde hoje tem alguns pés de carnaúbas entre o Terminal Rodoviário e a Pedra
de Fogo, tendo parte de sua área onde passa a estrada asfaltada. Ficando
entre os riachos da Cachoeira e o riacho da Serrinha dos Dias e um pouco a
cima da foz destes com o riacho da Lagoa da Pedra.
Com a construção do Banguê em 1842, em consequência de ficar
localizado muito próximo as suas represas, Alexandre o transferiu para um
local onde hoje é a Rua Claraval Catonho, parte da lateral esquerda e sacristia
da Igreja Matriz.
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cemitério São João Batista não tinha mais espaços para sepultamentos em
covas por estar lotado de túmulos e os sepultamentos continuaram somente
nestes túmulos apesar do cemitério São Sebastião ocupar uma área grande, já
foi necessário se fazer uma ampliação estendendo – o para o terreno ao lado
adquirido pela prefeitura já na primeira década do século XXI.
O cemitério da Varíola (popularmente chamada de bexiga) foi
construído no Besouro à margem esquerda do Riacho do Banguê na epidemia
de 1915 que, assim como O Cólera, matou muita gente, devastando grande
parte da população, levando-se em conta o fato de que as duas epidemias
ocorreram muito próximas uma da outra, isto porque em 1899 ainda foram
registrados óbitos vitimados pelo O Cólera e a Varíola chegou logo em seguida,
apenas 16 anos separando-as. No local deste cemitério tem hoje alguns
frondosos cajueiros e algumas catacumbas existentes no local foram demolidas
na década de 50 (século XX), pelos proprietários das terras a fim de
reaproveitá-las para o plantio de produtos agrários.
CAPÍTULO VII
ALENCAR
Icó e casado com uma irmã do coronel Joaquim Pinto Madeira – inimigo atroz
dos Alencar do Cariri.
8 – Rita da Exaltação Alencar casada com o comerciante de Granito – PE,
Nicomedes Teiva da Barra – são os pais de Francisca e João Silvério –
Nicomedes foi assassinado por José Antônio que não queria o casamento da
irmã.
9 – Ana Maria Pereira de Alencar casada com o Português Ciríaco da Costa,
cujo casamento se deu no dia do nascimento de dona Bárbara de Alencar.
Alexandre Pereira de Alencar Rego era mais novo que Leonel, porém casou-se
bem antes com Maria Alves da Fonseca quando ainda trabalhavam para os
Garcias D’ávila no São Francisco. Não encontrei nomes de seus filhos, mas
encontrei descendentes com sobrenome Fonseca.
Marta Pereira de Alencar Rego casada com o Português Valério
Coelho Rodrigues – parte da família de Marta e Valério se radicaram no Piauí,
sendo seu neto Manoel de Souza Martins – Visconde de Parnaíba – foi
Presidente da Província do Piauí e desses descendentes do Piauí, alguns
vieram para São João do Príncipe (Tauá), que são os Rego dos Inhamuns,
também descendem do casal, os Coelhos de Pernambuco, Ceará e Piauí. Os
Rodrigues da Região do Assaré, Potengi e Araripe também são descendentes
do casal e vieram do Piauí.
João Francisco Pereira de Alencar casado com Cipriana Soares em
Brejo Seco (Araripe) tiveram uma filha de nome desconhecido e também não
encontrei com quem se casou. Seu filho era João Inocêncio Rodrigues da
Fonseca.
João Inocêncio teve papel preponderante no desenvolvimento do
Assaré.
Era neto de João Francisco de Alencar Rego, não trouxe o
sobrenome Alencar, porém é um Alencar e pelo os seus sobrenomes,
descende também de Marta (o Rodrigues de Valério Coelho Rodrigues – o
primeiro Rodrigues da região do Pernambuco, Piauí e Ceará) e de Alexandre (o
Fonseca de Maria Alves da Fonseca). De seus onze filhos, quatro casaram-se
com os parentes, filhos de Alexandre da Silva Pereira e deixaram uma
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CAPÍTULO VIII
LEONEL FILHO
Leonel Pereira de Alencar (Filho) foi para “As Gerais” à procura das
minerações, fixando-se em Vila Rica (hoje Ouro Preto) onde casou-se pela
primeira vez com moça desconhecida e tiveram uma filha de nome Gertrudes
da Conceição César de Menezes, provavelmente a mãe de Gertrudes morreu
do seu parto, porque todos os registros sobre Gertrudes dão conta de que foi
criada, desde criança, pelo pai e não há nenhuma menção sobre sua mãe.
Leonel adquiriu recursos nas minerações, pois estava sendo vigiado por parte
da fiscalização da coroa Portuguesa porque não estava pagando o quinto
(20%) de suas produções para a coroa, cominando na abertura de devassa dos
seus bens, e principalmente nas suas lavras, por este ter feito uma grande
festa para comemorar o aniversário de onze anos de sua filha Gertrudes sem
ter declarado e pago o quinto correspondente aos gastos com a festa, de
impostos cobrados pela fiscalização da coroa. Como hoje, naquela época,
também existiam alguns amigos (com favores prestados) trabalhando lá dentro
e avisaram-no do perigo que ele e sua filha estavam correndo. Se fossem
pegos sonegando impostos, os castigos seriam terríveis. Ele seria preso,
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CAPÍTULO IX
MANOEL DA SILVA PEREIRA
Só que o coronel não contava, que por ironia do destino, o cabra escolhido
chamava-se Antonio da Silva Cavaco e este, com a convivência se tornara
amigo íntimo de Manoel que não exitou em contá-lo do macabro plano e
ambos combinaram para seguirem as instruções do Coronel e assim o fizeram
sem que ninguém desconfiasse de nada, combinaram a tal viagem – como o
coronel ordenara para a execução de Manoel. Ao saírem para viagem,
mudaram de caminho e os dois amigos fugiram juntos, pois Antônio da Silva
Cavaco sabia que se voltasse para a Fazenda sem ter executado as ordens do
patrão, ele também seria morto por outro cabra que não pensaria duas vezes
para matá-lo.
Esta fuga se deu a cavalo e ao anoitecer, indo ambos para bem
distante, na Serra do Quincuncá (hoje pertence a Farias Brito). Chegando à
Serra do Quincuncá encontram terras boas tanto para agricultura como para
criar. Manoel da Silva Pereira comprou terras para ele e para o amigo. Nas
suas terras Manoel montou uma fazenda que a batizou de “Fazenda” e nas
terras do seu amigo ele também montou uma fazenda que a batizou de
“Cavaco”, do seu nome.
Manoel da Silva Pereira já está morando na Serra do Quincuncá,
quando chega naquelas paragens o mineiro (trabalhador nas minerações)
pernambucano de nome Leonel Pereira de Alencar (o filho) acompanhado de
sua filha de onze anos de idade Gertrudes da Conceição Cézar de Menezes
fugidos de Vila Rica (Ouro Preto) nas gerais, que também adquirem terras
naquele lugar e montaram fazenda passando a serem vizinhos de Manoel.
Com a convivência de vizinhança, se tornam amigos e com o passar do tempo,
Gertrudes se torna moça e se casa com Manoel e juntos têm os filhos:
1 – Alexandre da Silva Pereira que nasceu na Serra do Quincuncá em 1748 e
faleceu no Boqueirão-Assaré em 1843 e foi sepultado em São Mateus (Jucás),
casado com Ana Maria da Conceição – depois Ana da Silva Pereira.
2 – Sargento – Mor (major) Carlos da Silva Pereira casado com Maria José
irmã de Dona Ana da Silva Pereira.
3 – Pedro da Silva Pereira – Professor – casado com Maria Tereza de Jesus.
4 – Manoel da Silva Pereira – solteiro
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CAPÍTULO X
CAPÍTULO XI
INTENDENTES E PREFEITOS
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-Raul Onofre de Paiva – foi eleito nas eleições de 1947 e assumiu em 1948 até
1950.
- Doutor Dogivaldo Ribeiro ( irmão de Clodoaldo ) – foi eleito nas eleições de
1950 e assumiu em 1951 até 1954.
-Raul Onofre de Paiva – de 1955 a 1958.
- Doutor Dogivaldo Ribeiro de 1959 a 1962; neste pleito foi eleito para vice-
prefeito Vicente Gonçalves de Alencar, o primeiro vice- prefeito de Assaré,
sendo que, o vice- prefeito era votado numa chapa separada da chapa de
prefeito. Acontecendo do prefeito ser de um partido e o vice de outro.
-Leovigildo Claraval Catonho – de 1963 a 1966 ( filho de Tertuliano Catonho),
vice Raimundo Mendes Rates, tendo obtido mais voto do que o prefeito eleito.
-Raul Onofre de Paiva – de 1967 a 1970 – vice prefeito - doutor Gentil Braga,
ambos eleito na mesma chapa.
- Vicente de Paula Rodrigues Paiva de 1971 a 1972 – vice- prefeito - Pedro
Pereira Leonel.
- Raul Onofre de Paiva – de 1973 a 1976 – vice- prefeito - Raimundo Moacir
de Alencar Mota.
- Vicente de Paula Rodrigues Paiva – de 1977 a 1982 – vice- prefeito – Oscar
Alves e Filho (Oscar de Rufino) que foi vereador em quatro mandatos
anteriores.
- Pedro Gonçalves de Oliveira – de 1983 a 1988 – vice- prefeito – Vicente
Gonçalves Liberalino ( Vicentão ).
- Antônio Benjamim de Oliveira Filho – de 1989 a 1992 – vive- prefeito –
Plácido Paiva ( Placinho ).
- Pedro Gonçalves de Oliveira – de 1993 a 1996 – vice- prefeito – Cornélio
Laurentino de Barros.
- Antônio Benjamim de Oliveira Filho – de 1997 a 2000 – vice- prefeito – Doutor
Laércio.
-- Antônio Benjamim de Oliveira Filho – de 2001 a 2004 – vice -prefeito –
Doutor Laércio.
-Francisco Evanderto Almeida – de 2005 a 2008 – vice- prefeito – Doutor
Geraldo Leite de Melo
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CAPÍTULO XII
FAMÍLIAS QUE CONTRIBUÍRAM PARA O CRESCIMENTO DO ASSARÉ
Seu Pedro e Seu Aroldo vieram para o Assaré e construíram a primeira igreja
evangélica de Assaré – A Igreja Batista na Rua São Francisco.
Os Carlos da família de Dona Maria Gordim, eu desconheço a origem.
Moravam na rua dos Pereiros (hoje continuação da rua Padre Emilio Cabral).
19 – Os Coelho - descendem de Marta Pereira de Alencar Rego (quatro
irmãos Alencar) casada com Valério Coelho Rodrigues, Português da Ilha da
Madeira, radicados na Fazenda Carnaúba (organizada pelo Coronel Leonel
Pereira de Alencar Rego em homenagem à Fazenda Carnaúba em Geremoabo
Bahia de seu sogro), quase na confluência do Rio Açú com o são Francisco,
PE. Seus descendentes migraram para o Piauí, Ceará e Paraíba. São também
família dos Rodrigues (a mesma descendência de Valério Coelho Rodrigues) e
os Rego de Tauá, Inhamuns e Paraíba.
Sendo o Padre Agamenon de Matos Coelho uma pessoa de muito relevo para
os assareenses, tendo visto que esse Sacerdote foi Vigário de Assaré de
14/05/1938 – nomeação e posse a 15/05/1938 até o seu falecimento ocorrido
em 01/07/1980 (42 anos, 09 meses e 13 dias).
20 - Os Cotoco (apelido) – descendem de José Evangelista de Sousa – herói
da Guerra do Paraguai – hoje “Tríplice Aliança”. José Evangelista de Sousa era
escravo do alferes Marcos Arrais do Mulungu e Casa Nova. José Evangelista
negociou a sua ida para a guerra no lugar de um dos filhos de seu senhor, em
troca de sua alforria. No seu retorno, como herói e na condição de “liberto”,
veio morar no Assaré.
Nas lutas travadas corpo-a-corpo nos campos de batalha no Paraguai,
usavam-se facões como arma em vez de espadas (espadas eram somente
para oficiais), teve um braço decepado a golpes de facão, logo acima do
cotovelo, e ao chegar em Assaré com um pedaço de braço foi logo apelidado
de “Zé Cotoco”.
Seus descendentes carregam o apelido de Cotoco e vivem na Serra da Ema
aqui na sede, Baixio Grande, Ribeira dos Bastiões, no município de Tarrafas e
em muitos outros lugares. A família é muito grande e se espalharam por toda
parte.
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CAPÍTULO XIII
AS CADEIAS
CAPÍTULO XIV
FEIRAS - LIVRES
as águas das biqueiras passaram a ser colhidas por calhas e escoarem por
canos embutidos nas paredes. Nesta reforma as portas de vários tipos foram
substituídas por portas de “Cedro” padronizadas.
Na década de 70 do século XX a Arapuca (como era chamada) foi
demolida e construída uma coberta com telhas de amianto e suas colunas
eram de concreto armado. No seu interior foram construídos boxes para o
açougue e para as vendas de refeições, cafés, lanches e bebidas. Esta reforma
foi na gestão do Prefeito Raul Onofre.
Com esta reforma a feira livre que era na parte interna entre o
açougue e as bodegas passou a funcionar nas praças em volta do mercado.
As feiras-livres do Assaré sempre foram tradicionalmente nas
segundas- feiras, porém, de uns anos para cá, passou a haver feiras, quase
que diariamente no entorno do mercado, sendo que estas feiras se encerram
por volta do meio dia.
A parte interna passou por uma nova reforma mudando-se
novamente o teto, sendo substituído por um telhado moderno e mais
confortável (bem menos quente que o de amianto), novos boxes sendo
retirados, os açougues para frigoríficos fora do mercado, ficando os boxes para
pequenos restaurantes e lojinhas diversas. Esta reforma ocorreu na gestão do
prefeito Evanderto Almeida (2008 a 2012), que construiu as praças em volta do
mercado e calçadões, sendo a praça do lado sul demolida novamente e junto
com ela o obelisco, talvez por falta de conhecimento de seus assessores de
que um obelisco é para perdurar por todo sempre.
Na primeira construção chamou-se Praça Bel Catonho. Na
segunda, Praça Euclides Onofre e na terceira, Praça Mário Gomes de Matos
(farmacêutico e morador em frente a esta praça).
CAPÍTULO XV
PRÉDIOS ANTIGOS
O AUTOR
Antônio Crispim de Melo nasceu no dia 09 de maio de 1950, no sítio Mororós,
no município de Assaré (CE). Filho de Odílio Esmeraldo de Melo e de Tereza
Crispim de Melo. Tico Melo, Maria do Socorro e Tanta são os irmãos do
professor Crispim.
Casou-se com Maria Marlúcia Freire de Melo e desse matrimônio tiveram uma
filha, Adelaide Maria Freire de Melo.
No Mororós, fez alfabetização com dona Neli Prudêncio, irmã de dona Deusa.
E não tendo como estudar no sítio, Crispim veio à cidade de Assaré para
cursar o primário nas escolas reunidas, sendo suas professoras: Lígia
Firmeza, Altamira, Nedina, Irene Liberalino e dona Maria Ester.
ANEXOS
FOLHAS DAS ATAS
REFERÊNCIAS
1.Manuscrito do Livro - O Centenário do Assaré – do professor Pereirinha.
2.Manuscrito sobre os Alencar, Pereira e Alves de seu Antônio Alves.
3.Cópias do Livro Cariri-Itaitera.
4.História do Ceará – Dos Índios à Geração Cambeba – de Airton de Farias.
5.História do Ceará – volumes 1º ao 5º - de Raimundo Batista Aragão.
6.O Ceará é Assim – de Filgueira Sampaio.
7. Dona Bárbara do Crato – de Juarez Aires de Alencar.
8.Roteiro Histórico e Genealógico de Assaré, Ceará - de Adauto Alencar.
9.Memorial do Centenário: José Rodrigues Tavares Paiva (1896-1996) – de
Melquides Pinto Paiva.
10.Revista de História da Biblioteca Nacional.
11.Genealogia da Família Arrais – Desde as origens Medievais
Até Izabel Arrais Bandeira – de Izabel Arrais Bandeira.
12.Conselhos de Intendências do Ceará - de Valdir Uchoa Ribeiro.
13.Informações colhidas da oralidade popular em diálogos com pessoas que
me passaram muitas informações, principalmente Djacir Augusto.
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