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Universidade Estadual do Oeste do Paraná

Centro de Engenharias e Ciências Exatas

Materiais de Construção Mecânica

RELATÓRIO TÉCNICO 2

Ensaio de Macrografia

Alunos
Danielly Furlaneto Azeredo 252311
Lucas Emilio Lima 117393

Professor
Marciel Viapiana

Foz do Iguaçu, 12 de dezembro de 2022.


Resumo

O presente relatório, possui como objetivo mostrar a realização de um ensaio de


macrografia. Adicionalmente, apresentar os métodos para analisar a macroestrutura
dos materiais, revisar sobre as diferentes fabricações do corpo de prova, informar
sobre a maneira de preparo do mesmo, além de expor as etapas que constroem todo o
ensaio. Por fim, através da observação dos resultados encontrados e referências da
literatura indicada, levantar resultados mais precisos sobre o corpo de prova.

Palavras-chave: Macrografia; Limagem; Ataque quimico.


SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO 4
1.1 CARACTERÍSTICAS ................................................................................................. 4
1.2 APLICAÇÃO .......................................................................................................... 4
1.3 MACROESTRUTURAS ............................................................................................. 4
1.4 ETAPAS DO ENSAIO ................................................................................................ 5
1.5 ESCOLHA DAS SEÇÃO ............................................................................................ 5
1.6 PREPARAÇÃO DA SUPERFICIE ............................................................................. 5
1.7 LAVAGEM E SECAGEM .......................................................................................... 6
1.8 ATAQUE QUIMICO .................................................................................................. 6
1.9 REAGENTES QUIMICOS ......................................................................................... 7
1.10 OJETIVOS GERAIS ............................................................................................. 8
1.11 OBJETIVOS ESPECÍFICOS ...................................................................................... 8

2 METODOLOGIA 8
2.1 MATERIAIS UTILIZADOS ................................................................................. 8
2.2 PROCEDIMENTOS .................................................................................................... 9

3 RESULTADOS E DISCUSSÕES 22
3.1 RESULTADOS OBTIDOS ................................................................................. 22
3.2 ANÁLISE DOS RESULTADOS .............................................................................. 24

4 CONCLUSÃO 26

5 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 27
1 INTRODUÇÃO

1.1 CARACTERÍSTICAS

O ensaio de macrografia consiste na verificação a olho nu ou com uma ampliação de no


máximo 10 vezes, de uma superfície plana, preparada adequadamente através de lixamento; a
superfície é normalmente atacada por uma substância que reage com a superfície lixada e
revela detalhes macrográficos da estrutura do material ou da junta soldada ensaiada.
O termo macrografia, além de definir o tipo do ensaio realizado, engloba também os
documentos gerados a partir dele, tais como fotografia, impressões.

1.2 APLICAÇÃO

Em conjunto com outros processos, essa análise verifica o processo de fabricação metalúrgica
do produto, como forjamento, laminação ou fundição. Também confirma se o metal é homogêneo
e todas as descontinuidades presentes no material - como a segregação - são contabilizadas.
Examinar o material revela a colocação, tamanho e outras características das soldas. Isso inclui a
presença de chanfros, goivagens e passagens pela solda. Nos metais, as heterogeneidades podem
ser mecânicas, químicas ou cristalinas - as heterogeneidades mecânicas incluem características
cristalizadas, como dureza, zonas de descarbonetação e profundidade da zona afetada pelo calor
(HAZ), enquanto as características químicas incluem inclusões de sulfeto e zonas carburadas. As
propriedades cristalinas incluem grão grosso e profundidade de têmpera.
.

1.3 MACROESTRUTURAS

Cada material reage de maneira diferente quando testado com a macroestrutura. Isso
leva a muitas maneiras de demonstrar a composição da estrutura. É possível obter uma
textura grossa aplicando verrugas menores e rápidas. Também é possível obter uma
textura fibrosa refinando a verruga com ciclos mais longos e lentos. Quando lixamento
adicional ou corrosão ocorre rapidamente após uma primeira passagem, aparecem
texturas mais facilmente identificáveis. Estes incluem padrões fibrosos dendríticos
causados por grumos grudados, ligação por soldagem, poros e separação por segregação.
O mesmo não pode ser dito para texturas de endurecimento, temperaturas de fusão

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ásperas, cementação profunda, grão grosso, profundidade de têmpera e regiões ricas em
carbono ou fósforo. No que diz respeito ao novo lixamento, não podemos dizer que as
zonas afetadas pelo calor desaparecem totalmente durante um novo processo abrasivo;
em vez disso, a textura é parcial ou totalmente perdida com o tempo.
A reflexão da luz causa imagens diferentes no olho do observador: nas zonas
brilhantes (a) as imagens são claras; nas zonas corroídas (b) e nas zonas de
descontinuidades (d) as imagens são escuras; nas regiões recobertas por produtos das
reações (c) as imagens são foscas.

1.4 ETAPAS DO ENSAIO

De um modo geral, as principais etapas para a realização do ensaio macrográfico sáo a


escolha e localização da seção a ser estudada; a preparação de uma superfície plana e
lixada no local escolhido; lavagem e secagem e porfim, ataque com reativo químico
adequado.
1.5 ESCOLHA DA SECÇÃO

É importante observar a principal razão pela qual um teste macrográfico está sendo realizado
antes de cortar uma amostra para exame. Isso ocorre porque dimensionar o corpo de prova para
determinar descontinuidades e qualquer solda ajuda a definir a estrutura que está sendo testada e
suas lacunas esperadas. Após a inspeção visual, a peça pode ser cortada para encontrar vestígios de
solda, amassados, azulamento por aquecimento ou outras descontinuidades. Antes de cortar a arte,
um artista visual deve primeiro examinar e documentar a arte. Depois de analisar a peça, o artista
deve esboçá-la ou fotografá-la para observar sua localização atual. É importante escolher a direção
da fatia, bem como onde ela será colocada ao longo do eixo da peça.
Quando é necessário determinar se a seção transversal é completamente uniforme, a seção
transversal é selecionada para verificar os detalhes transversais da solda, como número de passes,
linha de fusão, zona afetada pelo calor, descontinuidade; qual forma e força de segregação,
profundidade de tratamento térmico de superfície e natureza do material o que é. Quando quiser
examinar o processo de fabricação, escolha o corte longitudinal, é fundido, forjado, laminado; o
grau de descontinuidade e tratamento da superfície, e se for parafuso, qual é o processo de
fabricação da rosca, se é usinado ou forjado.

1.6 PREPARAÇÃO DA SUPERFICIE

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Antes de polir uma superfície, ela deve ser preparada em duas etapas. A primeira
envolve cortar ou desbastar a superfície e a segunda lixar. Um cortador de disco abrasivo
ou serra é necessário para cortar a amostra para aplicar este método. Como alternativa,
uma plaina ou retificadora pode ser usada para desbastar a superfície do material. Depois
disso, uma lima fina ou lixadeira mecânica pode ser usada para finalizar o trabalho e
obter o aspecto desejado. É importante ressaltar que o aquecimento acima de 100°C pode
afetar negativamente o resultado desse exame; além disso, o endurecimento local deve ser
evitado para evitar a distorção dos resultados do teste. É importante limpar a superfície
antes de lixá-la. Certifique-se de lavar a superfície com água corrente e secá-la antes de
lixar. Isso evita que qualquer lixa abrasiva chegue ao palco. Além disso, óleo ou graxa
devem ser removidos da superfície preparada - caso contrário, a lixa pode atingir esse
estágio.
É preferível lixar um pedaço de madeira com lixa; se não for possível, use uma régua
para passar a lixa sobre a superfície da madeira. O processo de lixamento deve ser
completado com aplicações sucessivas de lixas cada vez mais finas. Ao alternar entre
diferentes tamanhos de grão, certifique-se de eliminar quaisquer arranhões deixados pela
lixa anterior. Certifique-se também de que a direção do lixamento seja perpendicular aos
riscos feitos pela lixa anterior. Geralmente, um alto polimento não é necessário para a
macrografia; isso torna o teste viável.
1.7 LAVAGEM E SECAGEM

A lavagem é feita submetendo a superfície a água corrente e a fricção com algodão;


em seguida, executa-se a secagem através da aplicação de álcool na superfície preparada,
seguido de um jato de ar, de preferência quente; tomar cuidado para não encostar os
dedos na superfície preparada e seca. Nessa fase deve-se evitar a retenção de água nas
descontinuidades para não mascarar a superfície examinada.
1.8 ATAQUE QUIMICO

Submergir o objeto em uma solução química permite mais testes químicos. Alternativamente,
pode-se aplicar o produto químico ao objeto por meio de um aplicador. Após a lavagem e secagem,
a superfície danificada por produtos químicos está pronta para receber um tratamento de imersão
ou uma aplicação tópica. A quebra de possíveis bolsões de ar ajuda a garantir uma distribuição
uniforme. Além disso, é crucial agitar vigorosamente ou de outra forma desestabilizar o recipiente
para reduzir a probabilidade de reações químicas ou bolhas. A composição química do material de
suporte deve ser levada em consideração na aplicação do reagente. Se a corrosão for ácida e o
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reagente for implementado com uma almofada de algodão ou pincel, existe o risco de depósito de
materiais estranhos na superfície preparada por eletrólise.
Os ataques podem ser breves, durando segundos a minutos ou mais de uma hora.
Alternativamente, eles podem durar minutos, horas ou até dias. Alternativamente, pode ser frio ou
em temperatura ambiente quando realizado. Quando a penetração mais profunda é preferida, a
temperatura pode chegar a 100 graus Celsius. O tempo que leva para analisar uma amostra afeta
sua textura e aparência. As lentes de contato, por exemplo, têm um tempo de ataque curto, mas a
textura resultante é embaçada e distorcida. Materiais com altas porcentagens de reagentes ou
sólidos não digeridos têm um tempo de ataque mais longo. É importante minimizar a retenção de
ácidos nas rachaduras e fendas do corpo de prova. Isso garante um alto grau de visibilidade para a
superfície exposta. Por isso, é recomendável que o ataque seja executado próximo ao capô. Isso
reduz os riscos associados à inalação de vapor durante a reação.

1.9 REAGENTES QUIMICOS

Muitas fórmulas químicas requerem o uso de um solvente como água ou álcool. Por
exemplo, iodo, pensulfato de amônio, nital e ácido clorídrico podem ser facilmente
misturados em uma fórmula. Os aditivos em outras fórmulas químicas precisam ser
ácidos ou alcalinos. Uma divulgação sobre soluções ácidas menciona a composição para
ácido muriático e ácido clorídrico. A divulgação menciona que 50ml de ácido HCL são
misturados com 50ml de água. Ele afirma que a mistura dessas duas soluções cria uma
solução quase fervente para corrosão. Quanto às descontinuidades, rachaduras,
porosidades e inclusões são mencionadas na divulgação. Além disso, zonas endurecidas
pelo trabalho, HAZ e depósitos de solda também estão listados na divulgação como
problemas comuns ao usar esta solução ácida.
Para aplicar o reagente de iodo, é necessário esfregar a área a ser examinada com um
cotonete embebido na solução. Um reagente de iodo normalmente inclui 10 gramas de
iodo sublimado, 20 gramas de iodeto de potássio (Kl) e 100 gramas de água. Deve ser
aplicado em temperatura ambiente, e o movimento de fricção ajuda a revelar defeitos
como profundidade de endurecimento, inclusões, trincas e endurecimentos. Além disso, o
iodo revela descontinuidades como porosidades, névoas e segregação.
O persulfato de amônio contém 10 gramas de NH4)2S208, ou 10 mililitros de água e
persulfato de amônio misturados. Quando misturados, ocorrem os efeitos de textura
descritos na divulgação: texturas fibrosas, cristalinas e soldadas. A divulgação também
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menciona texturas segregadas. Trabalhar com esta composição requer temperatura
ambiente; trabalhar com um cotonete é recomendado para remoção.
O reagente Nital contém 5ml de ácido nítrico concentrado, também conhecido como
HN03, e 95ml de álcool. Pode ser aplicado em temperatura ambiente. Este
desenvolvimento identifica soldas, trincas, profundidade de temperatura e outros
desenvolvimentos em estruturas metálicas.

1.10 OJETIVOS GERAIS

Em geral, este trabalho tem o objetivo de identificar o produto siderúrgico, determinar


os tipos de processo de fabricação e as fraturas do material.

1.11 OBJETIVOS ESPECÍFICOS

(a) Analise da peça;

(b) Identificar a macroestrutura do corpo de prova;

(c) Identificar os processos pelo qual o corpo de prova foi submetido;

(d) Determinar as causas das diferenças no processo de limagem de outras duas peças.

2 METODOLOGIA

2.1 MATERIAIS UTILIZADOS

• Água;

• Álcool elílico;

• Corpo de Prova (CP);

• Paquímetro;

• Lixadeira mecânica;

• Lixas 220, 320, 480 e 600;

• Reativo químico Iodo 2%;

• Secador elétrico;

• Luvas anti corte;

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• Lima mursa;

• Escova para as limas;

• Morsa.

2.2 PROCEDIMENTOS

Primeiramente, a prática teve início com uma conversa entre os professores e os acadêmicos,
na qual a parte teórica da prática foi esclarecida, relembrando os conceitos relacionados à
metalografia e aos ensaios de macrografia. Tendo em vista que, esses foram essenciais para o
desenvolvimento desta prática. Sequencialmente, as outras etapas do ensaio foram apresentadas para
os alunos, esses também foram orientados durante todas as etapas da prática.
Logo após, foi fornecido ao aluno um corpo de prova, que havia passado pelos processos de
corte e soldagem. Para poder fazer a análise do ensaio de macrografia no CP, houve a necessidade de
submetê-lo a alguns procedimentos inicialmente. Inicialmente foi analisado o estado em que se
encontrava o CP como mostrado na Figura 1.

Figura 1: Foto do corpo de prova.

Fonte: Proprio autor (2022).

Logo em seguida, o corpo de prova passou pelo processo de lixamento em uma


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lixadeira mecânica, com lixas de quatro gramaturas diferentes, sendo elas de 220, 320, 400 e
600, como mostra nas Figuras 2 e 3.

Figura 2: Lixas 220, 320, 400 3 600.

Fonte: Proprio autor (2022).

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Figura 3: Foto do corpo sendo lixado.

Fonte: Proprio autor (2022).

Cada lixa dá um acabamento diferente para a peça, o CP deve passar primeiro pela lixa de
gramatura 200 pois a mesa possui grãos maiores resultando em uma remoção mais rápida de material
e um acabamento bem grosseiro. Como mostra na Figura 4.

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Figura 4: Foto do corpo de prova após passar pela lixa 220.

Fonte: Proprio autor (2022).

Após o CP ser lixado na gramatura 220, é necessário girá-lo em 90 graus para passar para a
próxima lixa de gramatura 320, essa segunda lixa ela tem um funcionamento relativamente parecido
com a anterior, porém seu acabamento é um pouco mais suave e a mesma é responsável por tirar
aquele acabamento grosseiro que ficou no CP no primeiro lixamento. Como mostra a Figura 5.

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Figura 5: Foto do corpo de prova após passar pela lixa 320.

Fonte: Proprio autor (2022).

Novamente é necessário girar a peça em 90 graus, e iniciar a lixagem na gramatura 400, que
serve para dar acabamento ao resultado da lixa anterior. Como mostra na Figura 6.

Figura 6: Foto do corpo de prova após passar pela lixa 400.

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Fonte: Proprio autor (2022).

Para finalizar o processo de lixamento, o corpo de prova deve ser girado uma última vez em
90 graus, e deve ser lixado na última lixa de gramatura 600, que serve basicamente para finalizar e
tirar todas as ranhuras deixadas pela lixa anterior, é bem importante realçar que a função dessa lixa
não é deixar a peça polida, mas sim com aspecto liso. Assim como mostra na figura 7.

Figura 7: Foto do corpo de prova após passar pela lixa 600.

Fonte: Proprio autor (2022).

Finalmente o corpo de prova pode ser submetido ao ataque químico com Iodo, O processo se
resume em fazer uma imersão no corpo de prova em um recipiente com Iodo, em um período de
tempo de 10 segundos. Como mostra a Figura 8.

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Figura 8: Foto do corpo de prova sefrendo ataque quimico no iodo.

Fonte: Proprio autor (2022).

Rapidamente o corpo de prova deve ser retirado do Iodo e lavado em água correte de
modo que a reação para de acontecer. Assim como é representado na Figura 9.

Figura 9: Foto do corpo de prova sendo lavado com água.

Fonte: Proprio autor (2022).

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Logo em seguida é necessário fazer a lavagem do corpo de prova com álcool etílico,
como mostrado na Figura 10.

Figura 10: Foto do corpo de prova sendo lavado com alcool.

Fonte: Proprio autor (2022).

Por fim, para que a peça seja secada rapidamente, nessa etapa utiliza-se um secador elétrico,
para se obter uma secagem mais rápida, o álcool que foi aplicado logo antes auxilia bastante nesse
processo de secagem, uma vez que o mesmo evapora mais rápido em relação a água. Como mostra
na figura 11.

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Figura 11: Foto do corpo de prova sendo secado com secador eletrico.

Fonte: Proprio autor (2022).

Durante a realização da prática também foram passados alguns conceitos sobre imagem e
suas aplicabilidades, a figura 12 mostra a coifa de três limas.

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Figura 12: Foto das limas utilizadas.

Fonte: Proprio autor (2022).

A Figura 13, mostra alguns modelos de limas, embora não utilizados na prática eles foram
importantes para a obtenção de conhecimentos.

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Figura 13: Foto dos tipos de limas.

Fonte: Proprio autor (2022).


Logo em seguida, foram explicados os motivos pelos quais as limas devem ser
higienizadas durante o processo de limagem, que no caso a cada duas ou três passadas da
lima na peça ficam bastantes resquícios de material, as escovas e as garrinhas servem
justamente para fazer a higienização da mesma. Como mostra a Figura 14.

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Figura 14: Foto dos instrumentos usados para limpesa das limas .

Fonte: Proprio autor (2022).

Por fim, dois corpos de prova foram distribuídos aos estudantes para que os mesmos
aplicassem os conhecimentos aprendidos anteriormente. Basicamente cada CP deveria ser
limado, e a lima utilizada deveria ser higienizada de maneira correta. Segue as imagens dos
Corpos de prova 1 e 2, como mostra nas Figuras 15 e 16.

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Figura 15: Foto do corpo de prova.

Fonte: Proprio autor (2022).


Figura 16: Foto do corpo de prova.

Fonte: Proprio autor (2022).


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3 RESULTADOS E DISCUSSÕES
3.1 RESULTADOS OBTIDOS
O resultado do ataque químico depende muito de quantas vezes o procedimento foi realizado,
o indicado é realizar esse procedimento três vezes, pois com apenas uma repetição dos passos o
resultado não é tão preciso, como mostra na Figura 17.

Figura 17: Foto do corpo de prova após o primeiro ataque quimico.

Fonte: Proprio autor (2022).

Com um segundo ataque químico no corpo de prova já fica mais perceptível os traços de
macrografia na peça, como mostra na Figura 18.

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Figura 18: Foto do corpo de prova após o segundo ataque quimico.

Fonte: Proprio autor (2022).


Finalmente realizou-se o último ataque químico no corpo de prova, porém neste o tempo
de imersão no Iodo foi o dobro dos anteriores, ou seja, 20 segundos, ao concluir essa etapa fica
bem perceptível a macrografia do corpo de prova. Assim como pode ser observado na figura 19.

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Figura 19: Foto do corpo de prova após o terceiro ataque quimico.

Fonte: Proprio autor (2022).

3.2 ANÁLISE DOS RESULTADOS OBTIDOS

Primeiramente, vale ressaltar que antes da realização de toda a prática, do processo de


lixamento e dos ataques, já foi possível analisar que o corte da peça se tratava de um corte
transversal, pois era possível observar, ainda que não nitidamente, a região onde a peça foi
soldada ou caldeada.

Ainda, durante o processo de lixamento da peça, foi analisado uma dificuldade em


relação a superfície do corpo de prova. Devido ao formato dele juntamente com o formato das
lixas, não foi atingido completamente o trabalho nas laterais da peça (como visto nas Figuras
17, 18 e 19). Entretanto, tal imprevisto não resultou em mudanças significativas para a análise
da prática.

Assim, depois de todo o primeiro processo com as lixas, foram realizados os ataques
com o reagente. No primeiro ataque (Figura 17), foi possível notar melhor o local onde a foi
feito a solda, porém o desenho dela predominou oculto. Após isso, o segundo ataque (Figura 18)
mostrou nitidamente como a solda foi feita, com diferença de tonalidade entre os lados soldados
e a solda. Por fim, no terceiro ataque (Figura 19), algumas zonas mais escuras na peça
sobressaíram, sinalizando que houve um processo de tratamento térmico (têmpera).

O processo de limagem, realizado paralelo ao de micrografia, foi feito de maneira mais


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fácil no primeiro corpo de prova do que no segundo. Visto que os materiais possuem a mesma
composição, a dificuldade em remover material do segundo indica maior dureza. Tal fato pode
ser explicado pelos processos de fabricação os quais as peças foram submetidas. Um
forjamento, por exemplo, formará uma peça com dureza menor que uma têmpera ou um
encruamento. (JR; RETHWISCH, 2020)

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4 CONCLUSÃO

Conclui-se que, não a necessidade em utilizar de tecnologias de ampliação para identificar


em uma peça seus aspectos, apenas se faz necessário polimentos e tratamentos químicos adequados
para que sejam devidamente descobertos os processos que a peça sofreu.
Além disso, previamente já era possível a inspeção sobre as falhas e marcações de ensaios da
peça, entretanto, o preparo devido do corpo de prova e os processos corretamente aplicados são
vitais para uma boa análise, finalizando com todas as informações presentes no corpo de prova
claramente reveladas.
Por fim, apesar de duas peças possuírem a mesma composição, processos de fabricação e
processos térmicos diferentes podem fazer com que as durezas delas sejam diferentes, analise essa
feita a partir das noções obtidas a partir do ensaio macrográfico.

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5 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

Metalografia dos Produtos Siderúrgicos Comuns, Hulbertus Colpaert, 4ª edição


revista e atualizada por André Luiz V. da Costa e Silva, Editora Blucher, São Paulo,
2008, ISBN 978-85-212-0449-7. [2] – Welding Handbook v. 1, 7 th edition, American
Welding Society (AWS), Miami, 1981, ISBN 0-87171-126-5.

JR, W. D. C.; RETHWISCH, D. G. Fundamentals of materials science and


engineering: an integrated approach. [S.l.]: John Wiley & Sons, 2020.

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