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A energia nuclear está na força que mantém os componentes dos átomos unidos (prótons,


elétrons e nêutrons). Quando estes componentes são separados, há uma grande quantidade
de energia liberada, que pode ser calculada pela equação de Einstein: E = mc² , onde E é a
energia liberada, m a massa total dos átomos participantes da reação, e c a velocidade da
luz. Logo nota-se que a energia resultante é muito grande.

Uma das maneiras de retirar essa energia é através da fissão nuclear.

Fissão Nuclear

A Fissão Nuclear acontece quando um átomo (geralmente de urânio U-235) é bombardeado


com nêutrons. Então, este átomo ficará com uma massa maior, tornando-se muito instável.
Por causa da instabilidade, ele se dividirá em dois novos átomos (no caso do urânio, se
dividirá em criptônio (Kr) e bário (Ba)) e mais alguns nêutrons que não ficarão em nenhum
átomo. Esses neutrôns livres vão se chocar em outros átomos, gerando uma reação em
cadeia. É este o processo utilizado nas usinas Nucleares.

A Usina Nuclear

As usinas nucleares utilizam o princípio da fissão nuclear para gerar calor. Dentro do Reator
Nuclear, centenas de varetas contendo material radioativo são fissionadas, liberando muito
calor. Este calor irá aquecer a água (totalmente pura) que fica dentro do reator. Ela pode
chegar á incríveis 1500°C a uma pressão de 157atm. Essa água quente irá seguir por tubos,
até o vaporizador, depois volta ao reator, completando o circuito primário.

No vaporizador, uma outra quantidade de água será fervida, pelo calor de tubos onde
passam a água extremamente quente do reator. O vapor gerado sairá por canos, até onde
ficam localizadas as turbinas e o gerador elétrico. O vapor d’água pode girar as pás das
turbinas a uma velocidade de 1800rpm. Depois que o vapor executar sua função, ele segue
para o condensador, onde vai virar água novamente e retornar ao vaporizador. Este é o
chamado circuito secundário.

Para que o condensador transforme o vapor do circuito secundário em água, é necessário


que ele seja abastecido de água fria. Essa água fria pode vir de rios e lagos próximos. Ao
passar pelo condensador, esta água fica quente, necessitando ser resfriada nas torres de
resfriamento (a maior parte de uma usina nuclear). Este é o circuito terciário (ou sistema
de água de refrigeração).

Questões de Segurança

Uma usina nuclear é munida de vários sistemas de segurança, que entram em ação
automaticamente em casos de emergência. O principal deles é o sistema que neutraliza a
fissão nuclear dentro do reator. São centenas de barras, feitas de materiais não fissionáveis
(isto é, mesmo absorvendo nêutrons livres, não se dividem), como boro ecádmio, que são
injetadas no meio reacionário.

O reator fica envolvido por uma cápsula de 3cm de espessura, feita de aço. O edifício é
protegido com paredes de 70cm, feitas de concreto e estrutura de ferro e aço, e podem
aguentar ataques terroristas (mísseis, aviões).
Existem também órgãos internacionais, que vistoriam periódicamente as usinas nucleares,
em busca de irregularidades, falhas, etc.

Vantagens

As principais vantagens da energia nuclear são: o combustível é barato e pouco (em


comparação com outras fontes de energia), é independente de condições
ambientais/climáticas (não depende do sol, como usinas solares, ou da vazão de um rio, no
caso das hidroelétricas), a poluição gerada (diretamente) é quase inexistente. Não ocupa
grandes áreas. A quantidade de lixo produzido é bem reduzido. O custo da energia gerada
fica em torno de 40 dólares por MW, mais caro que a energia das hidroelétricas, mas mais
barato que a energia das termoelétricas, usinas solares, eólica, etc.

Desvantagens

Alto custo de construção, em razão da tecnologia e segurança empregadas; Mesmo com


todos os sistemas de segurança, há sempre o risco do reator vazar ou explodir, liberando
radioatividade na atmosfera e nas terras próximas, num raio de quilômetros. Não existem
soluções eficientes para tratamento do lixo radioativo, que atualmente é depositado em
desertos, fundo de oceanos ou dentro de montanhas (existem projetos para enviar o lixo
para o Sol, o que poderia ser a solução definitiva, mas muito cara e também perigosa,
imagine o que aconteceria se uma das cápsulas que armazenam o lixo explodisse na
atmosfera da Terra?).

A fissão nuclear resulta na produção de outros elementos químicos, como plutônio. Este é


usado na produção de bombas atômicas. Por isso, órgãos controladores internacionais (e
americanos), tentam impedir que certos países (atualmente, o Iraque e Coréia do Norte),
dominem a tecnologia nuclear.

Lixo Radioativo

Os principais componentes que compôem o lixo radioativo produzido nas usinas nucleares,
são os produtos da fissão nuclear que ocorre no reator. Após anos de uso de uma certa
quantidade de Urânio, o combustível inicial vai se transformando em outros produtos
químicos, como criptônio, bário, césio, etc, que não tem utilidade na usina. Ferramentas,
roupas, sapatilhas, luvas e tudo o que esteve em contato direto com esses produtos, é
classificado como lixo radioativo.

Nos Estados Unidos, os restos são colocados em tambores lacrados, e enterrados bem fundo
em desertos. O custo para armazenar os tambores são tão grandes quanto a manutenção da
usina. Existem projetos para levar o lixo radioativo em cápsulas em direção ao sol, o que
poderia ser uma solução definitiva para o problema, já que por 100.000 anos a radiação
estará sendo emitida por esses materiais.

Os reatores desativados também são incluidos nessa classificação. Nenhum reator nuclear
usado foi aberto no mundo todo. Geralmente são cobertos de concreto e levados para outro
lugar.

Para os ambientalistas, o destino do lixo radioativo é o principal motivo deles serem contra a
energia nuclear, já que ainda não se tem uma solução definitiva, e pouco se sabe das
consequências da radiação para o meio ambiente. Alguns anos após a explosão
de Chernobyl, na Ucrânia, milhares de pessoas desenvolveram doenças estranhas, que são
atribuídas à radioatividade na região

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