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     A procura da tecnologia nuclear no Brasil começou na década de 50, com o


pioneiro nesta área, Almirante Álvaro Alberto, que entre outros feitos criou o
Conselho Nacional de Pesquisa, em 1951, e que importou duas ultra-
centrifugadoras da Alemanha para o enriquecimento do urânio, em 1953.

     Era de se imaginar que o desenvolvimento


transcorreria numa velocidade maior, porém ainda são obscuras as reais
causas que impediram este deslanche, e o país não passou da instalação de
alguns centros de pesquisas na área nuclear.

     A decisão da
implementação de uma usina termonuclear no Brasil aconteceu de fato em
1969, quando foi delegado a Furnas Centrais Elétricas SA a incumbência de
construir nossa primeira usina nuclear. É muito fácil concluir que em nenhum
momento se pensou numa fonte para substituir a energia hidráulica, da mesma
maneira que também após alguns anos, ficou bem claro que os objetivos não
eram simplesmente o domínio de uma nova tecnologia. Estávamos vivendo
dentro de um regime de governo militar e o acesso ao conhecimento
tecnológico no campo nuclear permitiria desenvolver não só submarinos
nucleares mas armas atômicas. O Programa Nuclear Paralelo, somente
divulgado alguns anos mais tarde, deixou bem claro as intenções do país em
dominar o ciclo do combustível nuclear, tecnologia esta somente do
conhecimento de poucos países no mundo.      Em junho
de 1974, as obras civis da Usina Nuclear de Angra 1 estavam em pleno
andamento quando o Governo Federal decidiu ampliar o projeto, autorizando

Furnas a construir a segunda usina.     


Mais tarde, no dia 27 de junho de 1975, com a justificativa de que o Brasil já
apontava escassez de energia elétrica para meados dos anos 90 e início do
século 21, uma vez que o potencial hidroelétrico já se apresentava quase que
totalmente instalado, foi assinado na cidade alemã de Bonn o Acordo de
Cooperação Nuclear, pelo qual o Brasil compraria oito usinas nucleares e
obteria toda a tecnologia necessária ao seu desenvolvimento nesse setor.

     Desta maneira o Brasil dava um passo definitivo para o ingresso no clube de
potências atômicas e estava assim decidido o futuro energético do Brasil,
dando início à "Era Nuclear Brasileira".

Angra 1 encontra-se em
operação desde 1982 e fornece ao sistema elétrico brasileiro uma potência de
657 MW. Angra 2, após longos períodos de paralização nas obras, inicia sua
geração entregando ao sistema elétrico mais 1300 MW, o dobro de Angra 1.
     A Central Nuclear de Angra, agora com duas
unidades, está pronta para receber sua terceira unidade. Em função do acordo
firmado com a Alemanha, boa parte dos equipamentos desta usina já estão
compradose estocados no canteiro da Central, com as unidades 1 e 2
existentes, praticamente toda a infraestrutura necessária para montar Angra 3
já existe, tais como pessoal treinado e qualificado para as áreas de engenharia,
construção e operação, bem como toda a infraestrutura de canteiro e sistemas
auxiliares externos. Desta maneira, a construção de Angra 3 é somente uma
questão de tempo.

TIPOS DE ENERGIA ELÉTRICA CONSUMIDA

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