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Energia
Não existe uma definição exata para energia, sendo uma entidade física que se manifesta de várias formas.
Em geral energia está relacionada com a capacidade de produção de ação, movimento em um corpo ou a transformação
físicas relacionadas a temperatura etc.
Conforme o princípio da conservação de energia, nenhuma energia é criada e sim transformada de um tipo de energia
para outro, exemplo:
- Uma roda d'agua transforma energia potencial gravitacional armazenada na queda d'água em trabalho;
- Um motor a combustão transforma energia química, armazenado nos combustíveis, em energia cinética ao mover
o carro
- Um reator nuclear, transforma energia armazenada nos núcleos atômicos em energia térmica
Além disto, este princípio estabelece que a energia total de um sistema sempre irá permanecer constante.
A "Geração" de energia elétrica, trata-se tão somente da conversão de um tipo de energia em energia
elétrica (assim o termo geração, não está fisicamente correto).
Existem inúmeras formas de se gerar energia elétrica, a mais comum e mais utilizada é a conversão de
energia mecânica em energia elétrica com uso de geradores, este geradores são compostos de um
sistema de acionamento mecânico de alta potência capaz de criar um movimento circular para o
acionamento de um gerador que irá criar um tensão contínua, caso dos geradores de corrente contínua,
ou gerador de corrente alternada, caso se utilize um gerador síncrono.
As máquinas síncronas são sistemas que recebem energia cinética em seu eixo e convertem em energia
elétrica alternada com frequência que estará em sincronismo com a velocidade do rotor assim, é
possível se controlar a frequência de geração para se manter um padrão em um sistema interligado, por
exemplo, o SIN (sistema integrado nacional) utiliza frequência de 60Hz.
Como na física o movimento é relativo, podemos ter tanto os condutores, bobinas dos enrolamentos,
em movimento, quanto o próprio campo magnético em movimento, fato este que ocorre nos motores
síncronos, onde o campo magnético é gerado no rotor que irá girar a uma velocidade síncrona a
frequência a qual se deseja gerar energia elétrica, que será captada nos enrolamentos do estator, que
fica parado.
As fontes de energia podem ser classificadas como primárias ou secundárias, dependendo da origem. As fontes
primárias são aquelas que têm origem direta nos recursos naturais, tais como o sol, a água, o vento, o petróleo, o gás
natural, o urânio, o carvão etc. As fontes secundárias, por sua vez, provêm de um processo de transformação,
tais como a energia elétrica advinda das quedas d’água, e a gasolina e o óleo diesel, provenientes do refino do
petróleo.
Energia também pode ser classificada como renovável ou não renovável, dependendo da sua capacidade de se
restaurar, isto é, que possa ser utilizada ao longo do tempo sem que haja esgotamento. Exemplos de fontes
renováveis são o sol, o vento, a água, a biomassa (carvão vegetal, soja, cana-de-açúcar etc.), as ondas, as marés, a
geotérmica etc., enquanto de fontes não renováveis podemos citar o petróleo, o gás natural, o carvão mineral e os
combustíveis nucleares.
No que se refere à matriz energética brasileira, sabe-se que esta é predominantemente dependente do petróleo e de
seus derivados. A Tabela abaixo apresenta as fontes de energia e suas respectivas participações na oferta total de
energia no ano de 2015.
Políticas públicas, no entanto, têm o intuito de aumentar a participação de outras fontes na matriz elétrica brasileira
para os próximos anos, sendo elas provenientes (CCEE, 2017):
a) Renováveis: da energia hidráulica, da biomassa (cana, lenha, carvão vegetal e lixívia), da energia eólica, da
energia solar, da energia geotérmica, da energia maremotriz, do biogás e do biodiesel;
b) Não renováveis: do petróleo e seus derivados, do gás natural, do carvão mineral e seus derivados e da energia
nuclear (urânio).
Usinas Hidrelétricas
Na energia hidráulica o fluxo das águas nas pás de turbinas corresponde ao combustível dessa forma de
geração, responsável por 64% da matriz elétrica nacional, o que corresponde a 394,2 TWh gerados no
ano de 2015.
Sobre as obras de construção de uma usina hidrelétrica, incluem o desvio do curso do rio e, dependendo
do tipo de turbina hídrica a ser utilizada, a criação de um reservatório.
Vantagens:
Uso de um recurso renovável de energia
Não emite gases de efeito estufa
Desvantagens
Impactos ambientais desse tipo de empreendimento, já que são irreversíveis:
As centrais hidrelétricas são constituídas, basicamente, dos seguintes componentes: barragens, extravasores,
comportas, tomada da água, condutos, chaminés de equilíbrio (ou câmara de descarga) e casa de força.
a) Barragens: são responsáveis por represar a água para captação e desvio; para regularização de vazões e
amortecimento de ondas de enchentes; e para elevar o nível d'água para aproveitamento elétrico e navegação. A
escolha do melhor tipo de barragem é um problema tanto de viabilidade técnica quanto de custo. A solução
técnica depende do relevo, da geologia e do clima. Já os custos, estes dependem principalmente da disponibilidade
de materiais de construção próximos ao local da obra e da acessibilidade de transporte. Há diferentes tipos de
barragens (de gravidade, em arco e de gravidade em arco) cuja avaliação e escolha são efetuadas
principalmente pela equipe de engenharia civil.
c) Comportas: são responsáveis por isolar o sistema final de produção da energia elétrica do fluxo contínuo de água.
Isso torna possível, por exemplo, trabalhos de manutenção.
d) Tomada da água: são responsáveis por permitir a retirada de água do reservatório e proteger a entrada do
conduto de danos e obstruções provenientes de congelamento, tranqueira, ondas e correntes.
e) Condutos: são responsáveis por permitir o escoamento da água. Estes podem ser classificados em condutos livres
ou em condutos forçados. Os livres podem ser em canais (a céu aberto) ou aquedutos. Os forçados, por sua vez, são
aqueles em que o escoamento se faz com a água a plena seção. Um problema associado aos condutos é a perda de
carga (redução da vazão), resultado de fenômenos do escoamento da água, tais como atrito, características do
encanamento etc. A determinação dessa perda é uma parte importante do projeto e depende fortemente do
material utilizado na tubulação (aço, concreto, ferro fundido, cimento amianto etc.).
g) Casas de força: são responsáveis por alojar uma série de elementos como as turbinas, os geradores,
os reguladores, painéis etc., de modo que o projeto adequado de uma casa de força é um
dos aspectos mais importantes no dimensionamento de usinas.
Como vimos anteriormente, a geração de energia elétrica com uso de usinas hidrelétricas, depende de
mecanismos de conversão de uma energia mecânica, no caso a energia potencial gravitacional e cinética
armazenada na água (que é o combustível desta usina) em energia elétrica, para isto são utilizadas
turbinas que irão captar a energia da água para acoplar ao gerador criando o movimento circular do
campo magnético.
Existem três principais tipos de turbinas para usinas hidrelétricas, possuindo cada uma suas vantagens e
desvantagens e seus usos.
Turbina Pelton
A turbina Pelton é uma turbina de ação, também chamada de turbina de jato livre, porque o torque
rotacional é gerado pela ação de um jato que atinge efetivamente as pás do rotor. A principal
característica desse tipo de turbina é a alta velocidade do jato na saída do bocal, que, dependendo da
queda, atinge valores de 150 a 180 m/s.
Turbina Francis
A turbina Francis é uma turbina de reação que opera da seguinte forma: a água entra no rotor pela
periferia e, por diferença de pressão entre os lados do rotor, o movimento de rotação das pás ocorre. As
pás do rotor são projetadas de uma maneira complexa (perfiladas) em uma caixa espiral que distribui a
água ao redor do rotor.
As turbinas Francis são comumente encontradas em grandes empreendimentos (inclusive no Brasil), de
modo que, nesses casos, valores tão elevados quanto potências nominais unitárias de 750 MW
podem ser obtidas. Tudo isso só é possível graças ao rendimento que chega a atingir patamares
superiores a 92% (para grandes máquinas), tendo sua aplicação bastante flexível no que se refere à
altura de queda d’água, adaptando-se tanto para locais de baixa queda quanto
de elevada queda (ANEEL, 2017).
Referente a aspectos construtivos dessa turbina, existem turbinas Francis tanto com eixo horizontal
quanto com eixo vertical. Vale ressaltar que as turbinas com eixo horizontal são tipicamente utilizadas
em pequeno porte por questões construtivas da necessidade, ou não, de mancais de deslizamentos
radiais e mancais guias.
É possível observar que a água provém da entrada da água, circula pela caixa espiral, transfere parte de
sua energia para o rotor, e deixa a turbina pelo tubo de sucção. As turbinas Francis modernas sempre
possuem a função de ajuste das pás diretrizes, também chamadas de pás distribuidoras, e o seu ajuste,
comandado pelo conjunto regulador, permite o controle da vazão de água que passa dentro da turbina.
A turbina Francis é uma das mais difundidas e utilizadas no Brasil, tanto para grandes quanto para
pequenas, mini e microcentrais hidrelétricas. Um dos únicos inconvenientes dessa turbina é que a
curva de rendimento varia bastante com a vazão.
Francis Turbine
Turbina Kaplan
São adequadas para operar entre quedas de 10 m até 70 m (ANEEL, 2017). A única diferença entre as
turbinas Kaplan e Francis é o rotor.
Na Kaplan, o rotor se assemelha à hélice propulsora de um navio, contendo, tipicamente, de duas a seis
pás móveis. Para controle de vazão, a variação do ângulo de inclinação das pás é realizada por
um sistema de êmbolo e manivelas construído no interior do rotor.
O acionamento das pás é acoplado ao das palhetas do distribuidor, de modo que, para uma
determinada abertura do distribuidor, um determinado valor de inclinação das pás do rotor é obtido. As
turbinas Kaplan também apresentam uma curva de rendimento "plana" garantindo bom rendimento em
uma ampla faixa de operação.
Conforme foi visto na aula anterior, o princípio de geração elétrica passa pela conversão de energia mecânica em
elétrica.
Nas Usinas Hidroelétricas o combustível, a água, é diretamente utilizado para gerar a força mecânica que irá girar o rotor
do gerador que contém o campo magnético.
Outra forma de se criar força mecânica para girar um gerador é com o uso dos princípios térmicos. Neste caso, o
combustível utilizado para as transformações necessárias não irá participar diretamente do processo de geração. Sendo
assim neste caso utilizamos combustíveis secundários para geração.
Os combustíveis utilizados nas usinas termelétricas podem ser de origem renováveis ou não renováveis:
- Não renováveis - Carvão mineral, Gás natural, Urânio, Derivados do Petróleo, etc
- Renováveis - Biomassa, Biodiesel, Sol, etc.
- Combustão externa - ocorre principalmente em turbinas a vapor de modo que o combustível não
entre em contato com o fluido de trabalho. Nesta, o combustível aquece o fluido de trabalho (em
geral a água) em uma caldeira para produzir vapor. Essa transformação de líquido para vapor
causa uma expansão do fluido no interior de uma turbina para produzir torque mecânico.
Outra classificação que podemos dar as centrais térmicas é em relação ao ciclo do fluido de trabalhos,
fluido que irá efetivamente gerar energia elétrica.
- Quando o fluido de trabalho não passa por um ciclo termodinâmico, embora passe por um
mecânico temos a operação em ciclo aberto
- Quando o fluido de trabalho sofre uma série de processos, mas retorna ao estado inicial, tem-se
uma operação em ciclo fechado
Uma questão importante a ser levantada quando se utiliza usinas termelétricas na geração de energia
elétrica é a emissão de gases do efeito estufa.
Em termos emissão as usinas que se utilizam carvão mineral e derivados de petróleo são as campeãs de
emissão destes gases. Porém outros impactos ambientais devem ser levados em consideração, nos
efluentes líquidos, e na emissão de partículas sólidas.
No quesito das etapas de transformação dos fluidos (entre estado líquido e gasoso, ou vapor), princípios
de transformações isotérmicas, isobáricas e adiabáticas devem ser (re)visitados.
São caracterizadas por operarem tanto em ciclo aberto quanto em ciclo fechado. Para a operação em
ciclo aberto, somente o vapor é utilizado no processo. Em ciclos fechados, utiliza-se um ou mais fluidos
em ciclos superpostos.
O ciclo teórico de funcionamento das termelétricas a vapor baseia-se no ciclo de Carnot
Na prática, todavia, o princípio de funcionamento baseia-se no ciclo de Rankine. Vale ressaltar que,
fazendo uma analogia do ciclo de Carnot, será apresentado a seguir o esquema de funcionamento de
termelétricas a vapor sem e com superaquecimento do vapor.
É possível observar que a modificação básica em relação ao ciclo ideal de Carnot do tópico anterior é o
deslocamento do final da condensação (ponto 1) para a linha de equilíbrio água/vapor. Nessa hipótese a
bomba trabalha apenas com líquido (o que é positivo em termos operacionais), embora a turbina continue
operando com água e vapor (não desejável).
Em suma:
Uma forma possível de aumentar a eficiência do processo é aumentar T3, deslocando também o T4 mais à
direita, reduzindo assim o teor de água no processo. Para tal, instalar um dispositivo de superaquecimento
na saída da caldeira é a alternativa. Assim, as termelétricas a vapor com superaquecimento
Reatores a água leve (LWR – Light Water Reactor): são aplicados a mais de 75% de todas as usinas
nucleares em operação no mundo, por se tratarem de uma tecnologia bem econômica. Sendo assim, as
PWR (Pressurized Water Reactor) surgiram como um aperfeiçoamento das LWR, pois fazem uso de
técnicas que possibilitam produzir mais potência elétrica por unidade de reator (uma PWR produz 1400
Mwe por unidade de reator, enquanto uma LWR apenas 900 MWe).
Reatores a água pesada (HWR – Heavy Water Reactor): são aplicados a aproximadamente 8% das
usinas ao redor do mundo. Trata-se também de um reator econômico e possui uma base regulatória e
de infraestrutura muito bem estabelecida em países como Canadá, Argentina e Índia. Reatores a tubos
Reatores super-regenerados rápidos (Fast Breeder Reactors) ou reatores refrigerados a metal líquido:
é uma tecnologia que não se destaca tanto, principalmente por causa da crescente disponibilidade de
urânio a custos competitivos. Todavia, essa tecnologia merece destaque dentre as nucleares porque ela
possui um rendimento bastante acima das demais formas que fazem uso de urânio para
produção de energia elétrica.
Centrais a gás
Esse tipo de central trabalha tanto em circuito aberto como em circuito fechado. Nesse cenário, há dois tipos de turbina a gás,
sendo eles:
Turbinas aeroderivativas (circuito aberto) - são compactas e de peso reduzido, sendo indicadas para operação de pico ou regime
de emergência (são baseadas em turbinas de aviões);
Turbinas industriais (circuito fechado) - são muito resistentes e robustas, sendo indicadas para operação na base.
As turbinas a gás, de modo geral, ainda possuem uma série de desafios tecnológicos, tais como: altas temperaturas são necessárias
para um rendimento razoável; há uma limitação de potência devido
a um excessivo número de estágios do turbocompressor; só mais recentemente se melhorou o rendimento dos turbo
compressores (até 85%). Nos casos das turbinas a circuito fechado, essas operam a temperaturas altíssimas (por volta de 1260 °C),
superior às turbinas a vapor (cerca de 540 °C). Essas últimas, como foco do nosso estudo, têm seu princípio de funcionamento
baseado no ciclo de Brayton.
Ciclo de Brayton:
Centrais a diesel
Essas centrais são tipicamente utilizadas para fornecer energia para sistemas isolados, que operem
isoladamente por determinado período de tempo. Seu uso, portanto, é comum em regiões afastadas de
grandes centros de consumo, onde há acesso à geração convencional (ex.: Amazônia, Rondônia etc.), ou
em hotéis, hospitais, shoppings, e outros empreendimentos usualmente de grande porte, que fazem uso
desses geradores em horas de pico e em caso de emergência (falta de energia por parte da
concessionária). Os valores de potência das centrais a diesel não ultrapassam 40 MW, logo, são
limitadas com relação à potência fornecida. Além disso, ruído, vibração, dificuldade de aquisição de
peças de reposição e os altos custos do combustível são fatores desvantajosos à sua aplicação. Suas
vantagens, por outro lado, referem-se à simplicidade de operação, a facilidade de manutenção e a
capacidade de atuar rapidamente em uma eventual entrada de carga.
O Sol é e sempre foi a principal energia para a manutenção da vida na superfície do planeta Terra
Inicialmente fornecendo subsidio biológico para o crescimento de plantas e vegetais marinhos, estes seres vivos
serviram de fonte energética para outros animais, tais como o próprio ser humano, que se desenvolveram ao longo do
curso de vida do nosso planeta.
Esta estrela que nos fornece luz e calor e sustenta a vida em nosso planeta também se mostra capaz de nos fornecer
elementos para a manutenção do nosso estilo de vida que utiliza em muito a energia elétrica.
O sol é uma estrela composta por primariamente de hidrogênio (74% de sua massa, ou 92% de seu
volume) e hélio (24% da massa solar, 7% do volume solar), com traços de outros elementos, incluindo
ferro, níquel, oxigênio, silício, enxofre, magnésio, néon, cálcio e crômio.
A energia do sol (energia solar) é produzida pelas fusões nucleares de átomos de hidrogênio no núcleo
da estrela e se propaga pelo espaço em ondas eletromagnética
A energia solar viaja o espaço pela propagação de ondas eletromagnéticas dentre as quais chegam a
superfície da Terra a luz visível, o ultra violeta, o infravermelho.
O senso comum tende a focar a cabeça das pessoas na produção de energia elétrica fotovoltaica como a
única forma de se gerar energia elétrico com uso do Sol porém isto não é verdadeiro. Podemos
aproveitar a energia do espectro infravermelho para produzir energia. Assim podemos dividir a geração
com uso de energia solar em dois grupos:
- Energia Fotovoltaica
- Energia Heliotérmica
Iremos agora analisar cada uma delas.
A primeira grande utilização da energia fotovoltaica se deu na época das primeiras viagens espaciais, a partir
de 1958. A partir de 1973 iniciou-se o uso desta energia na superfície terrestre se desenvolvendo até as
décadas atuais onde se torna cada vez mais economicamente viável.
Efeito fotoelétrico
A geração de energia elétrica com uso da luz solar parte do princípio do efeito fotoelétrico que ocorre em
semicondutores.
Quando semicondutores puros são expostos a luz, estes experimentos movimentação de seus elétrons e
lacunas utilizando o efeito dos fótons contidos na luz solar. Porém apenas este efeito não tona possível a
geração de uma corrente elétrica utilizável.
A parti da dopagem destes semicondutores e da união de laminas dopadas do tipo P e lâminas dopadas do
tipo N formado uma junção PN é que torna possível a criação de tensões e correntes utilizáveis. Existem
dispositivos com dopagens especiais que causam uma espécie de efeito avalanche capaz de utilizar poucos
fótons para gerar grande quantidade de energia elétrica.
A geração de energia fotovoltaica se inicia quando o a luz solar atinge os semicondutores que em geral são
organizados em células que são posicionados em placas que unem diversas células e as interligam para a
criação de um sistema padronizado de tensão e potência.
Estas placas solares podem utilizar células monocristalinas ou policristalinas, sendo estas as mais utilizadas
mas existem outros tipos:
Eles são feitos a partir de um único cristal de silício ultrapuro, (lingotes de silício de forma cilíndrica), este é
fatiado como um "salame" fazendo assim, lâminas de silício individuais, que são então tratadas e
transformadas em células fotovoltaicas. Cada célula fotovoltaica circular tem seus “4 lados” cortados fora
para otimizar o espaço disponível no painel solar monocristalino e aproveitar melhor a área do painel. O
painel solar é composto por uma matriz de células fotovoltaicas em formações de série e paralelo:
Eficiência média do painel solar monocristalino: 15 – 22% Técnica: Czochralski Forma: Arredondada Tamanho
padrão das células fotovoltaicas: 10x10cm; 12,5x12,5cm; 15x15. Cor: azul escuro ou quase preto (com
antirreflexo), cinza ou azul acinzentado (sem antirreflexo)
- Atualmente os painéis solares monocristalinos possuem a eficiência mais alta dentre as tecnologias
comercialmente viáveis.
- A eficiência dos painéis solares monocristalinos está hoje entre 15% e 22%;
- Painéis solares de silício monocristalino ocupam menos espaço.
- Uma vez que estes painéis solares possuem uma eficiência maior eles necessitam de menos espaço
para gerar a mesma quantidade de energia elétrica;
- A vida útil dos painéis monocristalinos é maior que 30 anos e eles vem com garantia de 25 anos;
- Tendem a funcionar melhor do que painéis solares policristalinos em condições de pouca luz.
Uma vez fundido, eles são serrados em blocos quadrados e, em seguida, fatiados em células assim como no
monocristalino, mas é um pouco mais fácil de produzir. Eles são semelhantes aos de um único cristal
(monocristalino) tanto no desempenho como na degradação, exceto que as células são ligeiramente menos
eficientes.
Eficiência média do painel solar policristalino: 14 – 20% Técnica: Fundição de polisilício, Aquecimento em
forma. Forma: Quadrada Tamanho padrão das células fotovoltaicas: 10x10cm; 12,5x12,5cm; 15x15. Cor: azul
(com antirreflexo), cinza prateado (sem antirreflexo).
- A quantidade de silício residual gerado durante o processo de corte das células fotovoltaicas é menor
em comparação com monocristalino;
- Painéis policristalinos tendem a ser um pouco mais baratos que os painéis solares monocristalinos;
- A vida útil dos painéis policristalinos é maior que 30 anos e eles vem com garantia de 25 anos.
A geração e utilização de energia elétrica fotovoltaica se destaca principalmente como uma forma de
geração distribuída, ou seja, residências, estabelecimentos comerciais e industrias geram energia
elétrica para o uso no dia a dia ou para injetar esta energia na rede elétrica existente para aquisição de
créditos de compensação, o que diminui o valor final da conta de energia elétrica.
Algumas empresas de geração de energia elétrica estão também investindo em grandes áreas,
principalmente em locais desérticos, nas chamadas fazendas solares, para a geração de grandes
quantidade de energia elétrica com uso de sistemas fotovoltaicos para a posterior transmissão,
distribuição e consumo nos sistemas elétricos convencionais.
Em locais remotos, onde não há acesso ao sistema de distribuição de energia elétrica, pode-se montar
sistemas que sejam capazes de, além de fornecer a energia elétrica do uso do dia, mas também
armazenar em bancos de baterias para seu uso nos períodos noturnos, chamados sistemas Off-Grid.
Este sistema esbarra em uma barreira ainda em estudo pelos grandes centros de pesquisa que é o
tamanho, valor e eficiencia das baterias utilizadas para armazenar energia elétrica.
Energia Heliotérmica
A geração de energia fotovoltaica se dá pela utilização da luz visível para produção dos efeitos
fotoeletricos nos semicondutores e então a criação da energia elétrica. Porém como vimos
anteriormente, o sol irradia para nosso planeta além da luz, o calor por meio da irradiação do
infravermelho.
Assim sendo, existe a possibilidade de utilizar esta energia como forma de criar meios para geração de
energia mecânica e posterior geração de energia elétrica do mesmo modo que as termelétricas. A esta
forma de geração chamamos de geração heliotérmica.
Neste sistema de geração de energia o calor do sol é direcionado para aquecer substancias que irão
conduzir o calor para que seja possível a o aquecimento de um tanque de água para a criação de vapor
em alta pressão, este vapor irá ser direcionado a turbinas que irão girar um gerador, Ciclo de Rankine.
As usinas concentradas, utilizam espelhos eletricamente controlados para direcionar a energia solar ao
topo de uma torre onde há uma janela que dá acesso a substancia a ser aquecida.
As usinas heliotermicas distribuidas, utilizam uma sequencia de espelhos que direcionam a energia solar
a um ponto focal proximos a eles, em geral são espelhos concavos. No centro focal destes espelhos há
uma tubulação que conduz o liquido a ser aquecido.
Energia Eólica
Histórico
Energia eólica é a transformação da energia do vento em energia útil, tal como na utilização de aerogeradores para
produzir eletricidade, moinhos de vento para produzir energia mecânica ou velas para impulsionar veleiros.
A energia eólica tem sido aproveitada desde a antiguidade para mover os barcos impulsionados por velas ou para fazer
funcionar a engrenagem de moinhos, ao mover as suas pás. Nos moinhos de vento a energia eólica era transformada em
energia mecânica, utilizada na moagem de grãos ou para bombear água. Os moinhos foram usados para fabricação de
farinhas e ainda para drenagem de canais, sobretudo nos Países Baixos.
Ao longo de milhares de anos, a força do vento tem sido aproveitada de inúmeras formas, desde o impulso de veleiros e
barcos à vela, até à ventilação natural de edifícios. A utilização do vento para produzir energia mecânica surgiu
relativamente tarde na Antiguidade. A roda de vento do engenheiro grego Herão de Alexandria, concebida durante o
século I d.C., é o mais antigo registro do uso de uma ferramenta destinada a captar a força do vento para alimentar uma
máquina.
Os primeiros moinhos de vento apareceram na Pérsia desde, pelo menos, o século IX, provavelmente desde o século VII.
O uso de moinhos tornou-se comum no Médio Oriente e na Ásia Central, chegando mais tarde à para a China e Índia.
Por volta do ano 1000, os moinhos eram usados para bombear água do mar até às salinas na China e na Sicília, e a partir
do século XI são já usados intensivamente na Europa ocidental na moagem de farinha, e na drenagem de terras alagadas
para cultivo ou construção. Os primeiros europeus que vieram à América trouxeram a tecnologia consigo do Velho
Continente. Em 1881, William Thomson propôs o uso da energia eólica na ausência. de carvão.
Em julho de 1887, James Blyth, um engenheiro escocês, construiu uma turbina com pás de tecido no
jardim e aproveitou a eletricidade produzida para carregar acumuladores que usava para iluminar a sua
casa. A sua experiência daria origem em 1891 a uma patente. No inverno de 1888, o inventor norte -
americano Charles Francis Brush produziu eletricidade através de um gerador alimentado a energia
eólica, que fornecia eletricidade à sua residência e laboratório. Na década de 1890, o inventor
dinamarquês Poul la Cour construiu geradores eólicos para produzir eletricidade, que usava para
produzir hidrogénio e oxigénio através de eletrólise, guardando uma mistura dos dois gases para usar
como combustível. La Cour foi o primeiro a descobrir que turbinas que girassem a uma velocidade maior
e com menos pás eram as mais eficientes para produzir eletricidade. Em 1904 fundou a Sociedade dos
Eletricistas Eólicos.
Em meados da década de 1920, algumas empresas começaram a fabricar aerogeradores elétricos de 1-3
quilowatts, os quais tiveram uma ampla aceitação nas regiões rurais da América do Norte. No entanto, a
instalação de redes elétricas públicas durante a década de 1940 e a necessidade de mais energia tornou
estes pequenos geradores obsoletos. Em 1931 o engenheiro francês Georges Darrieus obteve uma
patente para uma turbina eólica que usava aerofólios ao longo de um eixo vertical para criar a rotação.
Desenhou ainda uma turbina de 100 kW, precursora dos geradores horizontais modernos. Em 1956,
Johannes Juul, antigo estudante de la Cour, projeta uma turbina com três pás em Gedser, com 200 kW, e
que viria a influenciar o desenho das turbinas posteriores.
Potencial
O vento é o movimento de ar ao longo da superfície da Terra, sendo afetado por áreas de altas e baixas
pressões atmosféricas. O sol não aquece a superfície de forma regular, dependendo de fatores como o
ângulo de incidência dos raios solares, que difere consoante a latitude e a hora, e se o solo é coberto ou
não por vegetação. As grandes massas de água, como os oceanos, aquecem e arrefecem mais
lentamente do que em terra. A energia em forma de calor absorvida pela superfície da Terra é
transferida para a atmosfera e, uma vez que o ar aquecido é menos denso que o ar frio, sobe acima do
ar arrefecido para formar áreas de elevada pressão atmosférica criando diferenciais de pressão. A
rotação da Terra arrasta a atmosfera envolvente, o que provoca turbulência. É a conjugação de todos
estes fenómenos que provoca a alteração constante do padrão de ventos.
A quantidade total de potência que é em termos económicos é viável explorar a partir do vento é
consideravelmente maior que o atual consumo humano de energia a partir de todas as fontes. O
Instituto Max Planck apresentou uma estimativa da quantidade total de energia eólica que existe,
concluindo que possam ser extraídos entre 18 e 68 TW. Uma outra estimativa, desta vez baseada em
medições reais da velocidade do vento, concluiu que possa haver 1 700 TW de energia eólica a uma
altitude de 100 m acima do mar e da terra. Destes, 72 a 170 TW poderiam ser extraídos de forma prática
e economicamente competitiva. Os mesmos autores mais tarde estimaram ser de 80 TW. No entanto, a
investigação na Universidade de Harvard estima uma média de 1 Watt/m² e uma capacidade de 2–10
MW/km² para parques eólicos de grande dimensão, sugerindo que estas estimativas de recursos eólicos
totais a nível global estejam sobrestimadas por um fator de 4.
A energia eólica pode ser considerada uma das mais promissoras fontes naturais de energia,
principalmente porque é renovável, ou seja, não se esgota, limpa, amplamente distribuída globalmente
A tecnologia de instalação da geração eólica pode ser onshore (em terra) ou offshore (marítima), na
tecnologia offshore o custo de instalação é mais elevado comparado com onshore, contudo na offshore
o potencial de geração é maior. Por este motivo a tecnologia offshore é utilizada em países com
pequena extensão territorial ou com pouco espaço disponível para as instalações em terra.
O sistema de geração de energia elétrica pode ser ongrid (interligado à rede) ou offgrid (isolado da
rede). No sistema ongrid a geração de energia é interligada à rede elétrica do Sistema Interligado
Nacional (SIN) o qual é mais utilizado comercialmente. Já no sistema off-grid a geração é isolada da rede
convencional trabalhando de forma autônoma, aplicado em regiões rurais ou marítimas afastadas em
que não é viável traspor linhas de transmissão.
A produção de energia elétrica através de energia eólica tem várias vantagens das quais podemos
ressaltar as principais. É uma fonte renovável, não emite gases de efeito estufa, gases poluentes e nem
gera resíduos na sua operação, o que a torna uma fonte de energia de baixíssimo impacto ambiental. Os
parques eólicos (ou fazendas eólicas) são compatíveis com os outros usos do terreno como a agricultura
ou pecuária, já que os atuais aerogeradores têm dezenas de metros de altura. O grande potencial eólico
no mundo aliado com a possibilidade de gerar energia em larga escala torna esta fonte a grande
alternativa para diversificar a matriz energética do planeta e reduzir a dependência ao petróleo. Em
2011 na União européia ela já representa 6,3% da matriz energética, e no mundo mais de 3,0% de toda
a energia elétrica. Finalmente, com a tendência de redução nos custo de produção de energia eólica, e
com o aumento da escala de produção, deve se tornar uma das fontes de energia mais barata.
No entanto, apesar de todos os pontos positivos se não forem feitos estudos de mapeamento, medição
e previsão dos ventos, ela não é uma fonte de energia confiável. Não há muitos dados sobre o regime de
ventos no Brasil, e eles costumam serem aproveitáveis somente durante parte do ano. Além disso, os
parques eólicos produzem poluição sonora e visual.
https://www.youtube.com/watch?v=PTI2WLK5Hhc
Por país
Em 2012 a capacidade mundial de geração de energia elétrica através da energia eólica foi de
aproximadamente 282 gigawatts (GW), o suficiente para abastecer as necessidades básicas de dois
países como o Brasil(o Brasil gastou em média 70 gigawatts em janeiro de 2010). Para se ter uma ideia
da magnitude da expansão desse tipo de energia no mundo, em 2008 a capacidade mundial foi de cerca
de 120 GW e, em 2007, 59 GW.
Até 2005 a Alemanha liderava o ranking dos países em produção de energia através de fonte eólica, mas
em 2008 foi ultrapassada pelos EUA.
Desde 2010 a China é o maior produtor de energia eólica. Em 2020 o total da capacidade instalada nesse
país ultrapassava os 288 GW, um aumento de 21% comparado aos 230GW instalados até 2019.
Em alguns países, a energia elétrica gerada a partir do vento representa significativa parcela da
demanda. Em 2020, 48% da eletricidade consumida na Dinamarca foi gerada por turbinas eólicas, 25%
em Portugal, 22% na Espanha, 38% na Irlanda e 27% na Alemanha. Globalmente, a energia eólica é
responsável por cerca de 6% da eletricidade gerada. Desde 2011, 83 países usam energia eólica em
escala comercial.
O custo da geração de energia eólica tem caído rapidamente nos últimos anos. Em 2005 o custo da
energia eólica era cerca de um quinto do que custava no final dos anos 1990, e essa queda de custos
deve continuar com a ascensão da tecnologia de produção de grandes aerogeradores. No ano de 2003 a
energia eólica foi a forma de energia que mais cresceu nos Estados Unidos.
A maioria das formas de geração de eletricidade requerem altíssimos investimentos de capital e baixos
custos de manutenção. Isto é particularmente verdade para o caso da energia eólica, onde os custos
com a construção de cada aerogerador podem alcançar milhões de reais, os custos com manutenção
são baixos e o custo com combustível é zero. Na composição do cálculo de investimento e custo nesta
forma de energia levam-se em conta diversos fatores, como a produção anual estimada, as taxas de
juros, os custos de construção, de manutenção, de localização e os riscos de queda dos geradores.
Sendo assim, os cálculos sobre o real custo de produção da energia eólica diferem muito, de acordo com
a localização de cada usina.
Apesar da grandiosidade dos modernos moinhos de vento, a tecnologia utilizada continua a mesma de
há 1000 anos, tudo indicando que brevemente será suplantada por outras tecnologias de maior
eficiência, como é o caso da turbovela, uma voluta vertical apropriada para capturar vento a baixa
pressão ao passar nos rotores axiais protegidos internamente. Esse tipo oferece certos riscos de colisões
das pás com objetos voadores (animais silvestres) mas não interfere na áudiovisão. Essa tecnologia já é
uma realidade que tanto pode ser introduzida no meio ambiente marinho uma vez que os animais
aquáticos não correm riscos de colisão como no ambiente terrestre.
A maior fonte de eletricidade do Brasil são as usinas hidrelétricas. Um estudo indica que o país poderia
substituir a energia térmica pela energia eólica. Isso porque as usinas termoelétricas só são acionadas
durante os períodos de seca, quando os rios ficam mais baixos e as hidrelétricas são insuficientes para
produzir toda a energia consumida. Porém, é justamente nesse período que o regime de ventos no
Nordeste é mais intenso.
O maior centro de geração de energia eólica do país é o complexo eólico Alto Sertão I, situado na Bahia,
com capacidade de gerar até 300 MW, seguido do Parque eólico de Osório, localizado no Rio Grande do
Sul, com a capacidade de gerar até 150 MW e ainda tem o Parque Eólico Cerro Chato com capacidade de
gerar 91 MW localizado em Santana do Livramento - RS.
A previsão é que a participação da fonte de energia eólica na matriz energética brasileira continua
crescendo, como vem acontecendo no resto do mundo, apresentando taxas de crescimento médias de
potência instalada superiores a 20%.
O calor da Terra existe numa parte por baixo da superfície do planeta, mas em algumas partes está mais
perto da superfície do que outras, o que torna mais fácil a sua utilização.
A energia geotérmica tem muitas aplicações práticas, pode servir para aquecer habitações, estufas,
piscinas, estufas de agricultura e Centrais geotérmicas para a produção de energia elétrica.
Devido à necessidade de se obter energia elétrica de uma maneira mais limpa e em quantidades cada
vez maiores, existe um interesse renovado neste tipo de energia pouco poluente.
Para que possamos entender como é aproveitada a energia do calor da Terra devemos primeiramente
entender como nosso planeta é constituído. A Terra é formada por grandes placas, que nos mantém
isolados do seu interior, no qual encontramos o magma, que consiste basicamente em rochas
derretidas. Com o aumento da profundidade a temperatura dessas rochas aumenta cada vez mais, no
entanto, há zonas de intrusões magmáticas, onde a temperatura é muito maior. Essas são as zonas onde
há elevado potencial geotérmico.
História
Produção histórica de eletricidade por fontes geotérmicas entre os 5 maiores produtores.
A primeira usina geotérmica para a geração eletricidade foi criada em 1904 em Larderello na região da Toscana, na Itália por Piero Ginori Conti, produzindo energia com
sucesso ligando várias lâmpadas. Já em 1913, uma estação de 250 kW foi construída em Larderello com sucesso e se tornou a pri meira usina geotérmica produzindo
energia comercialmente e por volta da Primeira Guerra Mundial 100 MW estavam sendo produzidos.
Por volta de 1970, um campo de gêiseres na Califórnia estava produzindo 500 MW de eletricidade. A exploração desse campo foi dramática, pois em 1960 somente 12 MW
eram produzidos e em 1963 somente 25 MW. México, Japão, Filipinas, Quénia e Islândia também têm expandido a produção de eletr icidade por meio geotérmico.
Na Nova Zelândia o campo de gases de Wairakei, na Ilha do Norte, foi desenvolvido por volta de 1950. Em 1964, 192 MW estavam sendo produzidos, mas hoje em dia este
campo está acabando.
Portugal conta com três centrais geotérmicas em funcionamento nos Açores. Duas na Ilha de São Miguel, e uma na ilha Terceira, Açores. As centrais de São Miguel foram
construídas pela multinacional israelita Ormat e a da Terceira or um consórcio Italiano e Português (Exergy -CME).
Esta é a melhor maneira de obter energia naturalmente. É necessário perfurar um poço que já contenha
Vapor seco
Em casos raríssimos pode ser encontrado o que os cientistas chamam de fonte de "vapor seco", em que
a pressão é alta o suficiente para movimentar as turbinas da usina com excepcional força, sendo assim
uma fonte eficiente na geração de eletricidade. São encontradas fontes de vapor seco em Larderello, na
Itália e em Cerro Prieto, no México.
Vantagens e desvantagens
Aproximadamente todos os fluxos de água geotérmicos contém gases dissolvidos, sendo que estes gases
são enviados a usina de geração de energia junto com o vapor de água. De um jeito ou de outro estes
gases acabam indo para a atmosfera. A descarga de vapor de água e CO2 não são de séria significância
na escala apropriada das usinas geotérmicas.
Por outro lado, o odor desagradável, a natureza corrosiva, e as propriedades nocivas do ácido sulfídrico
(H2S) são causas que preocupam. Nos casos onde a concentração de ácido sulfídrico (H2S) é
relativamente baixa, o cheiro do gás causa náuseas. Em concentrações mais altas pode causar sérios
problemas de saúde e até a morte por asfixia.
É igualmente importante que haja tratamento adequado à água vinda do interior da Terra, que
invariavelmente contém minérios prejudiciais a saúde. Não deve ocorrer simplesmente seu despejo em
rios locais, para que isso não prejudique a fauna local.
Quando uma grande quantidade de fluido aquoso é retirado da Terra, sempre há a chance de ocorrer
subsidência na superfície. O mais drástico exemplo de um problema desse tipo numa usina geotérmica
está em Wairakei, Nova Zelândia[6] O nível da superfície afundou 14 metros entre 1950 e 1997 e está
deformando a uma taxa de 0,22 metro por ano, após alcançar uma taxa de 0,48 metros por ano em
meados dos anos 70. Acredita-se que o problema pode ser atenuado com reinjeção de água no local.
Há ainda o inconveniente da poluição sonora que afligiria toda a população vizinha ao local de instalação
da usina, pois, para a perfuração do poço, é necessário o uso de maquinário semelhante ao usado na
perfuração de poços de petróleo.
Cogeração é definida como um processo de produção e utilização combinada de calor e eletricidade, proporcionando o
aproveitamento de mais de 60% da energia térmica proveniente dos combustíveis utilizados nesse processo. Embora
utilize processos de aproveitamento de calor que tipicamente provém dos gases de escape de um Ciclo Brayton à
semelhança de sistemas a Ciclo Combinado, estes processos são essencialmente distintos na prática e aplicação:
Ciclo Combinado possui dois ciclos termodinâmicos, normalmente Brayton-Rankine e produz um produto final
(eletricidade).
Na Cogeração, o sistema parte de um recurso, com um ciclo termodinâmico, obtendo-se dois produtos finais
eletricidade e calor.
O processo de produção de energia dito Ciclo combinado refere-se ao emprego de mais de um ciclo termodinâmico,
tipicamente Brayton-Rankine, num certo processo de produção de energia eléctrica com o objetivo de aumentar a
eficiência desse processo. Sendo uma tecnologia que permite racionalizar eficazmente o consumo dos combustíveis
necessários à produção de energia útil, a cogeração pode assegurar um aproveitamento elevado da energia primária e,
por essa razão, responde favoravelmente aos objetivos das políticas energéticas comunitárias e nacionais.
A cogeração responde também de forma eficaz a preocupações de natureza ambiental, uma vez que ao fornecer a
mesma energia final com um menor consumo de energia primária, reduz significativamente as emissões para o
ambiente. A cogeração assume assim, um papel muito importante na redução das emissões de CO2 para a atmosfera, e
consequente cumprimento das metas assumidas no protocolo de Kyoto. A cogeração é, com efeito, o sistema mais
eficiente de produção de eletricidade a partir de qualquer combustível.
Atualmente a tecnologia mais empregada nesse tipo de aplicação são as usinas de ciclo combinado a gás
natural. As vantagens envolvem desde a eficiência do sistema até a contribuição ao meio ambiente,
além da redução dos custos em comparação a outras alternativas energéticas.
A demanda do combustível para o segmento de geração com os grandes volumes que necessita
contribui positivamente para a estruturação do mercado do gás natural e o desenvolvimento estratégico
da cadeia energética nacional.
A cogeração, por sua vez, é uma forma de gerar calor e eletricidade, que pode ser feita por meio da
queima de gás natural. Para entender o que é esse sistema, é preciso saber que todo gerador elétrico
acionado por um motor que usa um combustível é chamado de gerador termoelétrico. Por maior que
seja a eficiência desse gerador, cerca de 70% da energia contida no combustível é transformada em
calor e perdida para o meio-ambiente. Trata-se de uma limitação física que independe do tipo de
combustível (diesel, gás natural, carvão mineral, etc) ou do tipo de motor (a explosão, turbina a gás ou a
vapor).
Quando se dispõe de gás natural, uma boa solução para a cogeração é a utilização de uma turbina a gás.
Nesta solução, a relação vapor-eletricidade pode se adaptar com maior flexibilidade às necessidades
normais das indústrias. O balanço da eficiência energética de uma turbina a gás para 100% de energia
primária é de 30% de energia elétrica, 50% de energia térmica e 20% de perdas.
Vantagens
O ganho com eficiência neste sistema proporciona a produção de uma energia elétrica confiável, com
baixo custo, ficando a unidade industrial ou comercial independente da qualidade de fornecimento do
distribuidor de energia. Fato da maior importância para usuários que necessitam de um abastecimento
contínuo e ininterrupto, como hospitais, hotéis, shopping centers e grandes empreendimentos ou
mesmo indústrias.
A cogeração com gás natural também reduz bastante a emissão de resíduos contaminantes, se
comparada, por exemplo, à cogeração com outros combustíveis. Então, além de economizar energia,
este processo contribui para diminuir os níveis de poluição.
Nos países desenvolvidos, a cogeração vem sendo empregada em diversos segmentos. Já no Brasil, esse
sistema vem aumentando a cada dia, e já conta com uma linha de financiamento oferecida pelo BNDES
para a sua implantação.
Além das vantagens ambientais, a cogeração utilizando bagaço da cana apresenta vantagens em termos
de eficiência em relação à geração termoelétrica, por meio da destinação final da energia produzida.
Enquanto na geração termoelétrica há uma perda de parte do calor gerado, na cogeração esse calor tem
a possibilidade de ser utilizado nos processos produtivos aumentando a eficiência global do processo.
Já no caso do cloreto de metila, essa substância ao atingir a estratosfera reage com as moléculas de
ozônio levando a quebra dessas moléculas. Com isso, as moléculas de ozônio ao serem quebradas ficam
incapacitadas de absorver os raios ultravioletas, o que leva a radiação UV a ser mais intensa na Terra,
contribuindo dessa forma para o agravamento do aquecimento global.
No Brasil, a definição de geração distribuída é feita pelo Artigo 14 do Decreto-Lei n.º 5.163 de 2004:
Mais pra frente, em 2012, foi criada a Resolução Normativa n.º 482, que estabelece as condições
As regras básicas definidas pela REN 482/2012, aperfeiçoada pela REN 687/2015, válidas desde 1º de
março de 2016:
• Definição das potências instaladas para micro (75 kW) e minigeração (5 MW);
• Direito à utilização dos créditos por excedente de energia injetada na rede em até 60 meses;
• Possibilidade de utilização da geração e distribuição em cotas de crédito para condomínios;
• Foram estabelecidos prazos para processos, padronização de formulários para solicitação de
conexão e definição de responsabilidades atribuídas aos clientes, à empresa responsável pela
implantação do sistema e à distribuidora;
• Foi possibilitada a forma de autoconsumo remoto, na qual existe a geração em uma unidade e o
consumo em outra unidade de mesmo titular;
• Foi possibilitada a geração compartilhada, na qual um grupo de unidades consumidoras é
responsável por uma única unidade de geração.
No entanto, os “prosumidores” não podem comercializar o montante excedente da energia gerada por
GD entre eles. A rede elétrica disponível é utilizada como backup quando a energia gerada localmente
não é suficiente para satisfazer as necessidades de demanda do “prosumidor” – o que geralmente é o
caso para fontes intermitentes de energia, como a solar.
Isso significa que a fonte de energia solar fotovoltaica representa 99,8% das instalações de GD no país,
totalizando mais de 171 mil sistemas fotovoltaicos on grid (conectados à rede), com mais de R$ 10
bilhões investidos desde 2012, nas cinco regiões do território nacional.
O Governo Federal, por meio da Lei n.º 13.169, isentou o PIS e COFINS da energia injetada na rede;
O Governo Federal criou o Programa de Desenvolvimento da Geração Distribuída de Energia Elétrica
(ProGD) com intuito de fomentar a geração distribuída no Brasil;
Alguns municípios que adotam o programa de IPTU verde incluem as instalações de energia solar entre
as práticas sustentáveis elegíveis para a concessão de desconto no imposto de seus contribuintes.
Dedução de Imposto de Renda (IR) por amortização de equipamentos;
Foi aprovado na Comissão de Serviços de Infraestrutura do Senado o Projeto de Lei 371, de 2015, para o
resgate do FGTS para aquisição de sistemas de microgeração;
Estão disponíveis no mercado linhas de financiamento para a geração distribuída: Mais Alimentos
(Pronaf), Economia Verde (Desenvolve SP), Finem (BNDES), PE Solar (Agefepe), Crédito Produtivo
Energia Solar (Goiás Fomento), FNE Sol (BNB), Construcard (Caixa Econômica Federal), CDC Eficiência
Energética (Santander), Proger (Banco do Brasil), Consórcio Sustentável (Sicredi), além das empresas
que estão oferecendo soluções financiadas por meio de contratos de performance (ESCO) e aluguéis.
Metas ProGD
1. Reduzir as emissões de CO2 em relação aos níveis de 2005, em 37% até 2015 e em 43% até 2030;
2. Alcançar 23% de energias renováveis (além da energia hídrica) no fornecimento de energia
elétrica;
3. Alcançar 10% de eficiência no sistema elétrico até 2030.
Ações ProGD
• Incentiva a atuação de agentes vendedores de energia de empreendimentos de geração
distribuída;
• Estabelece os valores de referência específicos (VREs) e os índices de atualização;
• Prevê estudo para permitir a venda de energia no mercado livre de energia (ACL);
• Institui grupo de trabalho com o MME, Aneel, EPE, Centro de Pesquisas de Energia Elétrica (Cepel)
e a Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE) para acompanhar as ações e propor
aprimoramentos legais, regulatórios e tributários para o estímulo à geração distribuída;
• Criação e expansão de linhas de crédito para geração distribuída;
• Incentivo ao industrial como foco no desenvolvimento tecnológico, produtivo e inovação;
• Fomento à capacitação e à formação de recursos humanos para atuar na geração distribuída;
• Implantação de sistemas de geração distribuída em escolas federais, universidades e hospitais.
Por serem menores, essas centrais de energia são mais baratas de construir e causam um dano
ambiental menor, pois não alagam grandes áreas, preservando o habitat natural das espécies que vivem
próximas a elas, além disso, podem ser construídas em rios com menor vazão, onde esses,
proporcionam para a descentralização da geração de eletricidade no país.
Sobre os aspectos técnicos, além da potência instalada, existem ainda outras características que
diferenciam essas geradoras de energia, como por exemplo, o processo de licenciamento. Mas vamos
diferencia-las melhor. Uma PCH depende basicamente, da realização de um Estudo de Inventário, o qual
irá analisar o potencial hidráulico do rio onde ela será instalada e de um projeto básico, onde esse, nada
mais é que um detalhamento técnico, sendo o principal estudo de uma PCH, cujo a análise e aprovação
fica a cargo da ANEEL. Já em uma CGH, o processo de licenciamento é muito mais simples, uma vez que
a elaboração do inventário e do projeto básico não são necessários e deve-se apenas comunicar o órgão
regulador e fiscalizador sobre a intenção de implantação.
Outra diferenciação entre as CGHs e as PCHs é seu prazo total de implantação. Enquanto o prazo total
para implantação de uma PCH é, em média, de cinco anos, para uma CGH é de dois anos e meio.
Sobre a capacidade instalada no Brasil, segundo informações da ANEEL, existem atualmente 463
pequenas centrais hidrelétricas em todo o Brasil, somando uma potência instalada de 4.658.669 kW e
pelo menos 30 em construção. Há ainda 446 CGHs no país, com uma potência no total de 272.886 kW.
A figura a seguir mostra a potência existente no Brasil, divida por região, segundo a Eletrobrás (2011).
A grande parte da atratividade no setor de PCHs e CGHs é explicada pelas altas margens operacionais
alcançadas com o baixo custo de geração/manutenção e por ser uma fonte que apresenta um grande
histórico de medição de descargas, o que diminui os riscos de uma geração efetiva inferior à planejada.
São vários os fatores que viabilizam a construção de PCHs e CHGs, tanto fatores econômicos, quanto
fatores socioambientais, sem contar a capacidade de manter a região próxima suprida energeticamente,
gerando crescimento e desenvolvimento local.