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​Larissa Nataly

Nájiri Santana
Rebeca Lorena
Stephanie Regina

FONTES ENERGÉTICAS: HIDRELÉTRICA

Salvador, Bahia, Brasil

2020
Larissa Nataly
Nájiri Santana
Rebeca Lorena
Stephanie Regina

FONTES ENERGÉTICAS: HIDRELÉTRICA

Trabalho apresentado à disciplina de Geografia


do Ensino Médio, do Instituto Federal da Bahia
IFBA, como pré requisito parcial para avaliação
bimestral.
Professora da matéria: Ana Paula Anunciação.

Salvador, Bahia, Brasil


2020
SUMÁRIO

1. O que é energia hidráulica (hidrelétrica)?


2. Como funcionam as usinas hidrelétricas
3. Potência firme da usina
4. Energia hidrelétrica é limpa?
5. Capacidade nominal x quantidade real produzida
6. Energia hidrelétrica no Brasil
7. Aplicabilidade
8. Referências Bibliográficas
1. O que é energia hidráulica (hidrelétrica)?

A energia hidráulica é produzida através da força da movimentação das águas dos


rios. Essa energia é influenciada pela irradiação solar e pela energia potencial
gravitacional, que provocam efeitos com a evaporação, condensação e precipitação
das águas, sendo estes os fatores responsáveis pela geração da energia hidráulica.
O aproveitamento dessa energia para a geração de energia elétrica geralmente é
feito por meio das usinas hidrelétricas.

1.1 ​O que é uma usina hidrelétrica (ou central hidrelétrica)?

Uma Usina Hidrelétrica ou Usina Hidroelétrica ou ainda Central Hidroelétrica, é uma


obra projetada por diversas engenharias (civil, elétrica, mecânica, hidráulica, etc)
que usa a força das águas para gerar energia.

2.​ Como funcionam as usinas hidrelétricas:

O princípio básico é usar a força de uma queda d’água para gerar energia elétrica
através de mecanismos especiais.

* O sistema de uma usina hidrelétrica é composto por:

1. Reservatório:
A princípio é um lago artificial formado a partir da construção das barragens da
usina.
- Pontos que são levados em consideração para escolha do local mais adequado:
1. Maior desnível para a queda d’água;
2. Os menores comprimentos de barramento;
3. O mínimo de áreas alagadas para que o retorno do investimento seja maximizado
e os impactos ambientais minimizados.

- Enquanto aos tipos de reservatório, existem dois:


1. Acumulação: Geralmente é localizado na cabeceira dos rios, em locais de altas
quedas d’água. Estes reservatórios tem como principais características, como
próprio nome já diz, acumular água e regular o rio. Durante as cheias o nível da
água aumenta, e consequentemente, a água do reservatório, sendo o mesmo
responsável por regularizar o escoamento hídrico tanto no período de seca como de
cheias, o que resulta em uma produção de energia constante.

2. Fio d’água: Este reservatório tem sua dimensão reduzida e produção


inconstante, pois depende da variação da vazão do rio. Nos períodos de seca
a produção é bastante bastante reduzida, já nos períodos de cheias a usina
produz bastante energia, isso acontece porque não há acúmulo de água
devido à falta de capacidade.
3. Barragem:
A barragem é a estrutura geralmente feita de concreto, enrocamento ou terra e tem
como finalidade interromper o ciclo natural para criar um reservatório de água e criar
um desnível de água de 120m (queda brusca nominal) que permite a operação das
turbinas. Ela é composta por: vertedouros, circuito hidráulico, casa de força elétrica,
unidadade de controle, barramento (estrutura ou parede principal), crista (parte
superior destinada ao tráfego), borda livre (distância vertical entre a crista e o nível
de água no reservatório), taludes de montanha e jusante (parede que fica em
contato direto com a água do reservatório), ombreiras (ponto de contato da
barragem, lembrando um terreno natural), fundação (base de apoio para o
barramento devido a impulsão de água) e drenagem interna (vazões planejadas
pelo barramento para previnir erosões da água no paredão externo).

4. Vertedouro:
Estrutura utilizada para controlar a vazão de água do reservatório que não será
utilizada pela casa de força e derramar o volume das cheias que possam exceder a
capacidade total do reservatório. Sua estrutura é formada por: canal de entrada,
estrutura de controle, calha de descarga, dissipador de energia e canal de
restituição do escoamento. Ressaltando que eles são incorporados a barragem ou
as ombreiras laterais.

5. Sistema de captação (adução) de água:


Compostos por túneis, canais e condutos metálicos que levam a água até a casa de
força.

6. Casa de força:
Local onde estão instaladas as turbinas e os geradores que produzem eletricidade.
A turbina é formada por uma série de pás ligadas a um eixo, que é ligado ao
gerador.
A pressão da água produz um movimento giratório no eixo da turbina, que produz
um campo eletromagnético dentro do gerador, produzindo a eletricidade. Ou seja, a
potência hidráulica se transforma em potência mecânica quando a água passa pela
turbina, fazendo com esta se mexa. O gerador, que está acoplado mecanicamente
na turbina, também gira e transforma a potência mecânica em potência elétrica.
Existem vários tipos de turbina, sendo pelton, kaplan, francis e bulbo os principais. A
turbina mais apropriada para cada usina hidrelétrica depende da altura de queda e
vazão. Um exemplo: a bulbo é usada em usinas a fio d’água por não exigir a
existência de reservatórios e ser indicada para baixas quedas e altas vazões. A
energia sai da usina direto para uma subestação de transmissão, onde ela passa
por um transformador que tem a finalidade de mudar (ou transformar) a tensão
elétrica para mais ou para menos.
7. Canal de fuga:
São dutos de saída da água que retoma ao rio após passar pela casa de força. Eles
encontram-se abaixo das turbinas.
(Representado na imagem acima)

3. Potência firme da usina:


A potência firme da usina é a máxima produção contínua de energia que poderia ser
obtida, ao considerar como base a sequência mais seca registrada no histórico de
vazões do rio no qual está instalada. Essa questão tende a se tornar cada vez mais
central frente aos períodos de estiagem cada vez mais frequentes e severos.
Impactos da hidrelétrica no ambiente, sociedade e economia.
3.1. No ambiente: Por muito tempo as hidrelétricas foram divulgadas como fontes
de energia limpa, mas uma quantidade de estudos recentes vêm dando uma outra
visão do cenário. A formação das bacias de reservatório, especialmente as de
grandes dimensões, muitas vezes exige um grande desmatamento, por si um fator
de emissão de gases estufa produtores do aquecimento global, além de produzir
severos impactos ambientais e sociais paralelos: bloqueia os ciclos de cheia e
vazante dos rios; impede os ciclos reprodutivos de peixes migrantes; modifica em
larga escala ecossistemas e a distribuição geográfica de espécies; pode prejudicar a
oferta de alimentos para muitas espécies aquáticas; afetar negativamente povos
ribeirinhos que dependem da pesca e as comunidades indígenas; pode dificultar o
acesso à água; pode exigir remoção forçada de populações destruindo
comunidades inteiras, e muitas vezes gera importantes conflitos sociais, culturais,
políticos, jurídicos e fundiários difíceis de resolver. A retenção de materiais sólidos e
sedimentos aluviais pela barragem afeta a estrutura do próprio rio a jusante,
privando-o de materiais para formação de habitats para as espécies e de
substâncias químicas essenciais para a fertilização de campos e florestas
ribeirinhos abaixo da represa. Em paralelo a isso, os reservatórios coletam grandes
quantidades de material orgânico que se deposita e oxida, podendo criar águas
ácidas e mal oxigenadas que depois são liberadas rio abaixo. O represamento
também eleva a temperatura da água, um fator importante porque os seres
aquáticos como peixes e invertebrados mantém seu metabolismo em estrita
dependência da temperatura do meio. De modo geral rios não represados têm uma
água de melhor qualidade e com mais biodiversidade. É significativo que desde a
década de 1970, quando iniciou uma fase de grande proliferação de usinas em todo
o mundo, a biodiversidade dos rios caiu em 80%, e embora a construção de usinas
não seja o único causador desse declínio acentuado, é um fator muito relevante.
Elas são especialmente perigosas para as espécies endêmicas ou já ameaçadas.
As bacias são altas emissoras de gases estufa, especialmente se localizadas em
zonas tropicais e se a área inundada é vasta, devido à decomposição de matéria
orgânica residual (troncos, folhas e material no solo) após a inundação. Bacias que
não são limpas adequadamente antes da inundação emitem mais gases por longos
períodos do que plantas produtoras de energia equivalente baseadas em
combustíveis fósseis.
3.2. Na sociedade: ​Para as populações removidas ou afetadas negativamente de
outras formas, a construção de uma grande barragem frequentemente significa
desemprego, problemas de saúde, pobreza, marginalização, insegurança e perda
de raízes e patrimônios culturais, além de desencadear impactos negativos na
economia regional tradicional. Raramente essas populações recebem a devida
compensação pelos seus prejuízos. Os programas de reassentamento geralmente
são morosos e complicados e seus resultados são insatisfatórios para os afetados.
Povos indígenas e comunidades tradicionais são os mais prejudicados. Em todo o
mundo, por causa da criação de reservatórios, de 40 a 80 milhões de pessoas já
foram removidas de seus locais de habitação contra sua vontade nos últimos 60
anos, e a maioria delas jamais recuperou seu antigo nível de vida. A remoção
forçada não é o único aspecto a considerar. Junto com as barragens vêm estradas,
canais, linhas de transmissão da energia, projetos de irrigação e outros, que têm
impactado negativamente milhões de outras pessoas, prejudicando seu acesso à
água, a fontes de alimento e a outros recursos naturais. De 400 a 800 milhões de
pessoas em todo o mundo já foram prejudicadas de alguma forma pelas múltiplas
interferências nos sistemas hidrológicos causadas pelas barragens.
Frequentemente a construção de usinas envolve violações de direitos humanos e
aumento nas desigualdades sociais, e poucos são os casos de programas de
construção realizados com transparência, sendo quase uma regra haver alguma
ilegalidade envolvida. São frequentes as denúncias de propinas e corrupção,
interferências indevidas nas agências fiscalizadoras, pressão política contra
recomendações científicas e mudanças arbitrárias na legislação, para facilitar a
execução dos projetos.
As barragens também causam efeitos negativos muito distantes do seu local,
especialmente pelas alterações no regime de vazão dos rios e pelas alterações na
qualidade e temperatura da água a jusante, ameaçando a conservação de matas
ciliares ao longo dos rios, modificando os ecossistemas aquáticos e interferindo em
sistemas de irrigação e abastecimento de água. Bloqueando as inundações
periódicas naturais, fica impedida a fertilização natural das terras contíguas aos
leitos fluviais, e, por consequência, afeta a agricultura e a oferta alimentos de
grandes regiões. Os danos ambientais do represamento muitas vezes podem ser
vastos e imprevisíveis. Segundo um grande estudo elaborado sob os auspícios da
Comissão Mundial de Represas em parceria com a União Internacional para a
Conservação da Natureza e o Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente,
a construção de usinas tem um lado legítimo no aspecto humano, pela geração de
energia e concomitante regularização dos fluxos fluviais, mas os impactos
ambientais e sociais, especialmente no caso das grandes usinas, são geralmente
altos e poucas vezes são levados em consideração adequada pelos promotores dos
projetos. Ao mesmo tempo, impactos ambientais geram impactos adicionais para a
sociedade, da mesma forma poucas vezes bem avaliados ou compensados.
3.3. Na economia: ​Também por muito tempo as hidrelétricas foram divulgadas
pelos governos e companhias como fontes de energia barata, mas isso não
corresponde bem aos fatos. Um relatório da Agência Internacional de Energia
Renovável (AIER) em parte corrobora essa afirmação, dizendo que os custos da
energia hidrelétrica de um modo geral tendem a ser mais baixos do que outras
fontes de energia, mas advertiu que cada planta tem características únicas e há
expressivas diferenças de caso para caso. As grandes usinas, em particular, têm
um custo real que em regra ultrapassa em muito as estimativas oficiais, geralmente
levam muito mais tempo para construir do que o previsto, e segundo a Comissão
Mundial de Represas, no melhor dos casos, as grandes represas são apenas
marginalmente viáveis em termos econômicos.
4. Energia hidrelétrica é limpa?
Apesar de ser considerada por muitos como uma fonte de energia “limpa” por não
estar associada à queima de combustíveis fósseis, a geração de energia hidrelétrica
contribui para a emissão de dióxido de carbono e metano, dois gases
potencialmente causadores do aquecimento global.

A emissão de gás carbônico (CO2) se dá devido à decomposição das árvores que


permanecem acima do nível d’água dos reservatórios, e a liberação de metano
(CH4) ocorre pela decomposição da matéria orgânica presente no fundo do
reservatório. A medida em que a coluna d’água aumenta, a concentração de metano
(CH4) também aumenta. Quando a água atinge as turbinas da usina, a diferença na
pressão causa a liberação do metano para a atmosfera. O metano também é
liberado no percurso da água pelo vertedouro da usina, quando, além da mudança
de pressão e temperatura, a água é pulverizada em gotas. O CO2 é liberado pela
decomposição de árvores mortas acima d'água. Diferente do metano, apenas parte
do CO2 emitido é considerado impactante, pois grande parte do CO2 é cancelada
por meio de absorção que ocorrem no reservatório. Como o metano não é
incorporado aos processos de fotossíntese (apesar de poder ser lentamente
transformado em gás carbônico) é considerado mais impactante sobre o efeito
estufa, neste caso.
O Projeto Balcar (Emissões de Gases de Efeito Estufa em Reservatórios de
Centrais Hidrelétricas) foi criado para investigar a contribuição dos reservatórios
artificiais para a intensificação do efeito estufa por meio da emissão de dióxido de
carbono e metano. Os primeiros estudos do projeto foram executados ainda na
década de 90, em reservatórios da região amazônica: Balbina, Tucuruí e Samuel. A
região amazônica foi focada no estudo por ser caracterizada por massiva cobertura
vegetal, e portanto, maior potencial de emissão de gases por decomposição da
matéria orgânica. Posteriormente, no final dos anos 90, o projeto também incluiu
Miranda, Três Marias, Segredo, Xingo e Barra Bonita. Segundo o artigo que Dr.
Philip M. Fearnside, do Instituto de Pesquisas da Amazônia, publicou sobre as
emissões de gases na Usina de Tucuruí, no ano de 1990, as emissões de gases do
efeito estufa (CO2 e CH4) da usina variaram entre 7 milhões e 10 milhões de
toneladas naquele ano. O autor faz uma comparação com a cidade de São Paulo,
que emitiu 53 milhões de toneladas de CO2 provenientes de combustíveis fósseis
no mesmo ano. Ou seja, somente Tucuruí seria responsável pela emissão do
equivalente de 13% a 18% da emissão de gases do efeito estufa da cidade de São
Paulo, valor significativo para uma fonte de energia considerada por muito tempo
como “livre de emissões”. Acreditava-se que, com o passar do tempo, a matéria
orgânica sofreria total decomposição e, como consequência, deixaria de emitir
esses gases. No entanto, os estudos do grupo Balcar mostraram que ocorre a
alimentação do processo de produção de gases, através da chegada de novos
materiais orgânicos trazidos pelos rios e pelas chuvas.
5. Capacidade nominal x quantidade real produzida:

Outra questão a ser levantada é que existe uma diferença entre a capacidade
nominal instalada e a quantidade real de energia elétrica produzida pela usina. A
quantidade de energia produzida depende da vazão do rio, dessa forma, de nada
adianta instalar um sistema com potencial de produzir mais energia do que a vazão
do rio pode proporcionar, como ocorreu no caso da hidrelétrica de Balbina, instalada
no rio Uatumã.

A potência firme da usina é a máxima produção contínua de energia que poderia ser
obtida, ao considerar como base a sequência mais seca registrada no histórico de
vazões do rio no qual está instalada. Essa questão tende a se tornar cada vez mais
central frente aos períodos de estiagem cada vez mais frequentes e severos.

6 . Energia hidrelétrica no Brasil:

O Brasil é o país que detém o maior potencial hidrelétrico do mundo, sendo que
70% dele está concentrado nas bacias do Amazonas e do Tocantins/Araguaia. A
primeira hidrelétrica brasileira de grande porte a ser construída foi a Paulo Afonso I,
em 1949, na Bahia, com potência equivalente a 180 MW. Atualmente, a Paulo
Afonso I compõe o complexo hidrelétrico Paulo Afonso, composto pelo total de
quatro usinas.

*Exemplos:

- Balbina:

A usina hidrelétrica de Balbina foi construída no rio Uatumã, no Amazonas com o


intuito de abastecer a demanda de energia de Manaus. A previsão era a instalação
de 250 MW de capacidade, por meio de cinco geradores, com potências de 50 MW
cada. No entanto, a vazão do rio Uatumã proporciona uma produção média de
energia anual muito mais baixa, em torno de 112,2 MW, dos quais pode-se
considerar como potência firme apenas 64 MW. Considerando-se que há uma perda
aproximada de 2,5% durante a transmissão da eletricidade da usina até o centro
consumidor, apenas 109,4 MW (62,4 MW em potência firme). Valor muito inferior à
capacidade nominal de 250 MW.

- Itaipu:
A usina hidrelétrica de Itaipu é considerada a segunda maior usina do mundo, com
14 mil MW de potência instalada, perdendo apenas para Três Gargantas, na China
com 18,2 mil MW. Construída no rio Paraná e localizada na divisa entre Brasil e
Paraguai, é uma usina binacional, pois pertence aos dois países. A energia gerada
por Itaipu que abastece o Brasil corresponde a metade de sua potência total (7 mil
MW) o que equivale a 16,8% da energia consumida no Brasil, e a outra metade da
potência é usada pelo Paraguai e corresponde a 75% do consumo de energia
paraguaio.

- Tucuruí:

A usina de Tucuruí foi construída no rio Tocantins, no Pará e tem capacidade


instalada equivalente a 8.370 MW.

- Belo Monte:

A usina hidrelétrica de Belo Monte, localizada no município de Altamira, sudoeste do


Pará, foi construída no rio Xingu. A usina é a maior hidrelétrica 100% nacional e a
terceira maior do mundo. Com capacidade instalada de 11.233,1 MW, isso significa
carga suficiente para atender 60 milhões de pessoas em 17 Estados, o que
representa cerca de 40% do consumo residencial de todo o País. A capacidade de
produção instalada equivalente é de 11 mil MW, ou seja, a maior usina em potência
instalada do país, tomando o lugar da usina de Tucuruí como a maior usina 100%
nacional. Belo Monte também é a terceira maior hidrelétrica do mundo, atrás de
Três Gargantas e Itaipu, respectivamente. Apesar da potência instalada de 11 mil
MW, segundo o Ministério do Meio Ambiente, a potência firme da usina corresponde
a 4,5 mil MW, ou seja, apenas 40% da potência total. Por ser construída em uma
região amazônica, a Belo Monte tem o potencial de emitir grandes concentrações de
metano e gás carbônico, sem contar o grande impacto na vida de populações
tradicionais e grande impacto na fauna e na flora. Outro fator é que sua construção
beneficia majoritariamente empresas, e não a população, aproximadamente 80% da
eletricidade é destinada à empresas do Centro-Sul do país.

7. Aplicabilidade:
Apesar dos impactos socioambientais negativos apontados, a energia hidrelétrica
possui vantagens em comparação com fontes de energia não renováveis, como os
combustíveis fósseis. Apesar de contribuir para a emissão de metano e dióxido de
enxofre, as hidrelétricas não emitem ou liberam outros tipos de gases tóxicos, como
os que são exalados por termelétricas que são extremamente nocivos ao ambiente
e saúde humana. Outra vantagem são as barragens, que têm uma vida útil em torno
de 30 anos, o que coloca em questão sua viabilidade à longo prazo. No entanto, as
desvantagens das hidrelétricas em comparação a outras fontes de energia
renovável como a solar e a eólica, que apresentam impactos ambientais reduzidos,
comparados aos impactos causados pelas hidrelétricas, ficam mais evidentes. O
estudo "Energia hidrelétrica sustentável no século 21", realizado pela Universidade
Estadual de Michigan, chama atenção para o fato de que as grandes represas
hidrelétricas poderão se tornar uma fonte de energia ainda menos sustentável
diante das mudanças climáticas.

Uma alternativa para reduzir os impactos relacionados à produção de energia


hidrelétrica é a construção de pequenas centrais hidrelétricas, que dispensam a
construção de grandes reservatórios, mas é preciso considerar os verdadeiros
custos da energia hidrelétrica, não somente os econômicos e de infra-estrutura, mas
também os custos sociais, ambientais e culturais.

8. ​REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:
https://pt.wikipedia.org/wiki/Usina_hidrel%C3%A9trica#Impactos
https://www.ecycle.com.br/2906-energia-hidreletrica
http://www2.aneel.gov.br/arquivos/PDF/atlas_par2_cap3.pdf

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