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ETEC DARCY PEREIRA DE MORAES

GERAÇÃO DE ENERGIA HÍDRICA - PRINCÍPIOS FÍSICOS

REBECA SANTOS MENEZES

CAROLINY MARINHO SILVA

LAURA PRESTES AGUIAR

LAVÍNIA DIAS CLAUDIO

ITAPETININGA
2023
ÍNDICE

1. CONTEXTO HISTÓRICO........................................................................................ 3
2. ESTRUTURA E PRINCÍPIOS FÍSICOS.................................................................. 5
2.1 Captação e Adução de água........................................................................................5
2.2 Controle do fluxo.......................................................................................................... 5
2.3 Casa de força............................................................................................................... 5
2.4 Distribuição...................................................................................................................6
3. CONDIÇÕES AMBIENTAIS E FÍSICAS..............................................................................7
3.1 Licença Prévia..............................................................................................................7
3.2 Licença de Instalação...................................................................................................7
3.3 Licença de Operação................................................................................................... 7
4. DISPONIBILIDADE DO RECURSO HÍDRICO.................................................................... 8
4.1 No mundo.....................................................................................................................8
4.1.1 Regiões com Alta Disponibilidade Hídrica.......................................................... 8
4.1.2 Regiões com Disponibilidade Hídrica Moderada................................................ 8
4.1.3 Regiões com Baixa Disponibilidade Hídrica........................................................8
4.2 No Brasil.......................................................................................................................9
4.2.1 Bacia Amazônica.................................................................................................9
4.2.2 Região Sudeste...................................................................................................9
4.2.3 Região Sul........................................................................................................... 9
4.2.4 Região Nordeste............................................................................................... 10
4.2.5 Região Centro-Oeste........................................................................................ 10
4.2.6 Gestão dos Recursos Hídricos..........................................................................10
5. USINAS HIDRELÉTRICAS................................................................................................11
5.1 Usina Hidrelétrica das Três Gargantas (China)..........................................................11
5.2 Usina Hidrelétrica de Itaipu (Brasil/Paraguai).............................................................11
5.3 Usina Hidrelétrica de Belo Monte (Brasil)...................................................................11
5.4 Usina Hidrelétrica de Guri (Venezuela)...................................................................... 11
5.5 Usina Hidrelétrica de Tucuruí (Brasil).........................................................................11
6. Utilização da energia hídrica...........................................................................................13
6.1 Vantagens.................................................................................................................. 13
6.2 Desvantagens............................................................................................................ 13
CONCLUSÃO........................................................................................................................ 14
1. CONTEXTO HISTÓRICO

A água tem sido usada como fonte de energia pelo homem ao longo de muitos
séculos, além de ser essencial para a vida. A energia mecânica é gerada quando
um jato de água cai sobre uma roda d'água, uma técnica conhecida pelos romanos
desde o século I a.C. Na Grécia antiga, rodas d'água rudimentares eram usadas
para tarefas como irrigação e moagem de cereais há mais de dois mil anos. A
energia hidráulica desempenhou um papel crucial na Revolução Industrial, surgindo
muitos séculos após suas origens. No século XVIII, uma turbina hidráulica
revolucionária permitiu o armazenamento de grandes quantidades de energia,
contribuindo para a geração de energia elétrica e melhorando a qualidade de vida
das pessoas.

Pedro I se tornou o primeiro imperador do Brasil em 1822, após declarar a


independência do país. Seu filho, Pedro II, era um entusiasta das inovações
tecnológicas. Em 1879, ele inaugurou a primeira instalação de fornecimento de
energia elétrica permanente no Brasil: a Central do Brasil Railway. Quatro anos
depois, em 1883, a primeira usina hidrelétrica começou a operar na cidade de
Diamantina, Minas Gerais. Essa usina, localizada no ribeirão do Inferno, foi
projetada para usar a energia da água em uma queda de 5 metros e alimentou
bombas d'água usadas nas minas de diamantes. Posteriormente, a usina passou a
fornecer energia para a cidade. A usina tinha uma linha de transmissão de 2 km de
comprimento. Em 1887, outra usina de 500 HP foi construída no rio Macacos, em
Nova Lima, Minas Gerais, para atender às necessidades da mineração de ouro e
fornecer iluminação.

A usina Marmelos Zero, inaugurada em 1889 no rio Piabanha, Minas Gerais,


pela Companhia Mineira de Eletricidade, marcou mais um avanço. Esta usina
contava com dois grupos de geradores da empresa americana Max Nothmann &
Co, com potência de 126 kW cada, destinados a fornecer energia para Juiz de Fora.
Em 1891, um terceiro gerador com capacidade de 125 kW foi instalado para fins
industriais.

Atualmente, o Brasil depende fortemente da energia hidrelétrica. De acordo


com a Empresa de Pesquisa Energética, 76% da eletricidade gerada no país vem
de hidrelétricas. Maurício Tolmasquim, presidente da empresa, acredita que o Brasil
ainda possui um grande potencial a ser explorado nessa área. Muitos argumentam
que o país deveria continuar investindo em usinas hidrelétricas, pois essa fonte de
energia é a mais vantajosa em termos ambientais e de custos, e essa vantagem
deverá persistir no futuro.

Segundo a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), o Brasil atualmente


possui 158 hidrelétricas e 281 pequenas centrais hidrelétricas com capacidade de
produção inferior. No entanto, ainda resta um enorme potencial não explorado que o
país deve aproveitar.
2. ESTRUTURA E PRINCÍPIOS FÍSICOS

O princípio básico para o funcionamento das hidrelétricas consiste na


conversão da energia cinética, produzida pelo movimento de massas de água, em
energia elétrica, isto é, usar a força de uma queda d’água e aproveitar sua energia
potencial, gerada pela interação entre corpos. Tal processo ocorre devido aos
processos estruturados interligados de captação e adução da água, controle do
fluxo, casa de força e distribuição.

2.1 Captação e Adução de água


A etapa de captação é vinculada diretamente às barragens, na qual
sua função é interromper o curso normal da fonte, como rios e lagos,
criando um reservatório para o armazenamento e represamento da água,
este que estoca a água e permite a formação de grandes quedas.
Enquanto a adução se dá mediante túneis, canais ou condutos metálicos
que conduzem a água até a casa de força.

2.2 Controle do fluxo


Uma vez captada, a água é liberada de forma controlada a partir do
reservatório. Isso é feito através de comportas da própria barragem,
fundamental para regular a quantidade de água que entra na usina e,
assim, a quantidade de energia elétrica que será gerada. Dessa forma, o
reservatório permite tanto o controle da captação quanto da vazão do
recurso, garantindo que, tanto em períodos de chuva quanto de estiagem,
o volume de água e a pressão obtida sejam adequados para a geração
de energia.

2.3 Casa de força


Na casa de força estão localizadas as turbinas - grandes hélices
que são acionadas pela pressão e pelo fluxo da água - conectadas ao
gerador. A água liberada do reservatório flui através de tubulações em
alta velocidade e as atinge e, dessa forma, a energia cinética é
transferida para as turbinas, fazendo com que elas girem.
À medida que as turbinas giram, elas acionam os geradores, estes
que são os equipamentos responsáveis por converter a energia mecânica
em energia elétrica por meio da indução eletromagnética. Tal ação ocorre
quando um campo magnético é produzido em bobinas de fio que giram
dentro dos geradores, criando uma corrente elétrica alternada.
A eletricidade produzida pelos geradores é então transformada em
uma tensão de alta voltagem através de transformadores, sendo usada
para minimizar as perdas de energia durante a transmissão a longas
distâncias.
Após passar pelas turbinas, a água é devolvida ao seu leito natural
através de canais de fuga, os vertedouros, cuja função é propiciar a saída
de água. Também chamados de diques, paredes ou aberturas, serve
como um regulador do nível de água do reservatório, visto que quando há
excesso de chuva que causa a elevação do mesmo, o vertedouro é
aberto para evitar enchentes.

2.4 Distribuição
Ao finalizar a produção nas hidrelétricas, a energia gerada é enviada
por meio de linhas de transmissão interligadas às redes de distribuição
para a destinação de tal para os consumidores finais. O responsável por
receber e direcionar essa energia para as companhias distribuidoras é o
Sistema Interligado Nacional.
3. CONDIÇÕES AMBIENTAIS E FÍSICAS

As condições para construir uma usina hidroelétrica necessita, em primeiro


lugar, de um encontro de rios e um relevo que possibilite a queda d'água para a
produção de energia elétrica. Para isso, existe a necessidade de construção de uma
represa ou barragem para conter a água.
Para a construção de barragens de hidrelétricas, devem ser feitos estudos
prévios de impactos socioambientais e da eficiência energética do projeto
implementado, assim para construção e operação de usinas hidrelétricas é
necessário realizar o Licenciamento Ambiental, no qual se divide em três etapas:
Licença Prévia (LP), Licença de Instalação (LI) e Licença de Operação (LO).

3.1 Licença Prévia


Concedida na fase preliminar do planejamento do empreendimento
ou atividade aprovando sua localização e concepção, atestando a
viabilidade ambiental e estabelecendo os requisitos básicos e
condicionantes a serem atendidos nas próximas fases de sua
implementação.

3.2 Licença de Instalação


Autoriza a instalação do empreendimento ou atividade de acordo
com as especificações constantes dos planos, programas e projetos
aprovados, incluindo as medidas de controle ambiental e demais
condicionantes, da qual constituem motivo determinante.

3.3 Licença de Operação


Autoriza a operação da atividade ou empreendimento, após a
verificação do efetivo cumprimento do que consta das licenças anteriores,
com as medidas de controle ambiental e condicionantes determinados
para a operação) Que tem como objetivo regulamentar as atividades e
empreendimentos que utilizam os recursos naturais.

De forma geral, uma usina hidrelétrica leva em torno de 12 a 14 anos para ser
concluída e começar a gerar energia.
4. DISPONIBILIDADE DO RECURSO HÍDRICO

4.1 No mundo
A disponibilidade do recurso hídrico no mundo varia
significativamente de região para região devido a fatores geográficos,
climáticos e de gestão. Em geral, podemos dividir o mundo em três
categorias principais em termos de disponibilidade de água: alta,
moderada e baixa disponibilidade hídrica.

4.1.1 Regiões com Alta Disponibilidade Hídrica


Algumas regiões, como os países nórdicos (Suécia, Noruega,
Finlândia) - a Noruega, por exemplo, possui muitas quedas d'água e
rios que são usados para a geração de energia hidrelétrica -,
Canadá, Rússia e partes da América do Sul, têm uma alta
disponibilidade de água. Essas áreas têm abundantes recursos
hídricos devido a chuvas regulares, rios e lagos. Sendo que a
América do Sul representa aproximadamente um terço dos recursos
hídricos renováveis, de acordo com a Global Water Partnership
(GPW).

4.1.2 Regiões com Disponibilidade Hídrica Moderada


Muitas partes do mundo, incluindo a maioria dos países
europeus, partes dos Estados Unidos e partes da Ásia, têm uma
disponibilidade hídrica moderada. Essas áreas podem enfrentar
escassez temporária de água em períodos de seca ou devido ao
aumento da demanda.

4.1.3 Regiões com Baixa Disponibilidade Hídrica


Algumas regiões, como partes do Oriente Médio, norte da
África, partes da Índia, Austrália e regiões áridas ou semiáridas em
todo o mundo, enfrentam desafios significativos de escassez de
água. A falta de recursos hídricos é muitas vezes exacerbada pelo
crescimento populacional, pela agricultura intensiva e pelo uso
inadequado dos recursos hídricos.
A escassez de água em muitas partes do mundo é uma preocupação crescente
devido ao crescimento da população global, às mudanças climáticas e à
degradação dos recursos hídricos. A gestão sustentável da água é fundamental
para garantir o acesso à água potável, a produção agrícola e a geração de energia
em todas as regiões.

4.2 No Brasil
A disponibilidade dos recursos hídricos no Brasil é caracterizada por
uma distribuição geográfica desigual, com variações significativas em
termos de quantidade e qualidade da água em diferentes regiões do país.
O Brasil é conhecido por ser um país com abundantes recursos hídricos,
mas essa disponibilidade não é uniforme devido a fatores climáticos,
geográficos e de gestão.

4.2.1 Bacia Amazônica


A Bacia Amazônica, localizada na região norte do Brasil, é a
maior bacia hidrográfica do mundo e possui uma quantidade imensa
de água doce. Essa região é caracterizada por rios caudalosos,
lagos e chuvas frequentes.

4.2.2 Região Sudeste


A região Sudeste, que inclui estados como São Paulo, Rio de
Janeiro e Minas Gerais, é a área mais densamente povoada do
Brasil e possui uma mistura de recursos hídricos abundantes e
problemas de poluição da água. Os rios da região, como o Rio
Paraná e o Rio Tietê, desempenham um papel crucial na geração de
energia hidrelétrica e no abastecimento de água.

4.2.3 Região Sul


A região Sul do Brasil também possui uma disponibilidade
hídrica significativa, com rios como o Rio Iguaçu e o Rio Uruguai. O
clima mais úmido contribui para uma maior disponibilidade de água.
4.2.4 Região Nordeste
O nordeste do Brasil é conhecido por suas áreas semiáridas e
enfrenta desafios significativos de escassez de água em algumas
áreas. A gestão da água é crítica nessa região, e projetos de
infraestrutura, como a transposição do Rio São Francisco, têm sido
implementados para enfrentar a escassez.

4.2.5 Região Centro-Oeste


A região Centro-Oeste abriga parte da Bacia do Rio Paraná e
também possui rios importantes, como o Rio Paraguai. A
disponibilidade hídrica varia de acordo com a época do ano e as
condições climáticas.

4.2.6 Gestão dos Recursos Hídricos


O Brasil tem um sistema de gestão de recursos hídricos que
envolve a Agência Nacional de Águas (ANA) e órgãos estaduais
responsáveis pela regulação e controle dos recursos hídricos. A
gestão sustentável da água é fundamental para garantir o acesso à
água potável, a produção agrícola, a geração de energia hidrelétrica
e outras atividades.
5. USINAS HIDRELÉTRICAS

As maiores usinas hidrelétricas do mundo são caracterizadas pelo seu


tamanho e capacidade de geração de energia. Elas aproveitam a energia cinética
da água em rios e lagos para gerar eletricidade em grande escala.

5.1 Usina Hidrelétrica das Três Gargantas (China)


Localizada no rio Yangtze, na China, a Usina Hidrelétrica das Três
Gargantas é a maior usina hidrelétrica do mundo em termos de
capacidade instalada, com aproximadamente 22.500 megawatts (MW). É
uma das maiores construções humanas já feitas e desempenha um papel
crucial na geração de energia na China.

5.2 Usina Hidrelétrica de Itaipu (Brasil/Paraguai)


Localizada na fronteira entre o Brasil e o Paraguai, a Usina
Hidrelétrica de Itaipu tem uma capacidade instalada de cerca de 14.000
MW. É uma das maiores usinas hidrelétricas em operação e é alimentada
pelo rio Paraná.

5.3 Usina Hidrelétrica de Belo Monte (Brasil)


A Usina Hidrelétrica de Belo Monte, localizada no rio Xingu, no
Brasil, possui uma capacidade instalada de aproximadamente 11.233
MW. É uma das maiores usinas hidrelétricas em operação na América do
Sul.

5.4 Usina Hidrelétrica de Guri (Venezuela)


A Usina Hidrelétrica de Guri, também conhecida como Represa de
Guri, está localizada no rio Caroní, na Venezuela, e tem uma capacidade
instalada de aproximadamente 10.235 MW. É uma das maiores usinas
hidrelétricas da América Latina.

5.5 Usina Hidrelétrica de Tucuruí (Brasil)


Localizada no rio Tocantins, no Brasil, a Usina Hidrelétrica de
Tucuruí possui uma capacidade instalada de cerca de 8.370 MW. Foi
uma das primeiras usinas hidrelétricas a ser construída na Amazônia
brasileira.

Essas usinas hidrelétricas desempenham um papel fundamental na geração


de energia elétrica em seus respectivos países e contribuem significativamente para
o suprimento de eletricidade em grande escala.
6. Utilização da energia hídrica

6.1 Vantagens
● Renovável e sustentável: A energia hídrica utiliza o ciclo natural da
água, tornando-a uma fonte de energia renovável e sustentável a
longo prazo.
● Baixas emissões de carbono: As hidrelétricas produzem poucas
emissões de gases de efeito estufa em comparação com usinas de
combustíveis fósseis.
● Controle de inundações: Represas podem fornecer controle de
inundações e armazenamento de água para uso humano.
● Geração de empregos: A construção e operação de usinas
hidrelétricas criam empregos locais.
● Custo operacional reduzido: As despesas operacionais de hidrelétricas
tendem a ser mais baixas do que as de usinas de combustíveis
fósseis.

6.2 Desvantagens
● Impacto ambiental: A construção de represas pode inundar grandes
áreas, levando à destruição de habitats naturais e afetando a vida
aquática.
● Mudanças nos ecossistemas fluviais: Represas podem alterar os
fluxos naturais de rios, impactando a biodiversidade e a qualidade da
água.
● Impacto social: O deslocamento de comunidades locais devido à
inundação de áreas pode causar deslocamento forçado e problemas
sociais.
● Investimento inicial alto: A construção de hidrelétricas requer
investimentos substanciais em infraestrutura.
● Vulnerabilidade climática: A dependência de fontes de água torna as
hidrelétricas vulneráveis a secas, que podem afetar a geração de
energia.
● Perda de terras agrícolas: Grandes reservatórios podem inundar terras
agrícolas produtivas.
CONCLUSÃO

A busca por fontes de energia limpa e renovável tornou-se uma das principais
prioridades da sociedade moderna, dada a crescente preocupação com as
mudanças climáticas e a necessidade de reduzir a dependência dos combustíveis
fósseis. Nesse contexto, a energia hídrica, gerada por meio de usinas hidrelétricas,
emerge como uma das alternativas mais significativas e bem estabelecidas para
atender à crescente demanda por eletricidade. A energia hídrica é amplamente
utilizada na atualidade e desempenha um papel crucial na busca por uma matriz
energética mais sustentável.
Em primeiro plano, é importante destacar que a energia hídrica é uma fonte de
energia renovável e limpa. A sua produção não envolve a queima de combustíveis
fósseis, o que resulta em baixas emissões de gases de efeito estufa, contribuindo
significativamente para a redução do impacto ambiental. Além disso, a água
utilizada para a geração de energia hídrica é parte de um ciclo natural, o que torna
essa fonte de energia praticamente inesgotável a longo prazo.
Entretanto, é essencial reconhecer que a construção e operação de usinas
hidrelétricas frequentemente têm um impacto socioambiental significativo. Uma das
principais preocupações é a alteração dos cursos de água e a inundação de
grandes áreas de terra para criar reservatórios. Isso pode levar à perda de habitats
naturais, à degradação de ecossistemas fluviais e à extinção de espécies aquáticas.
Além disso, a construção de barragens pode bloquear a migração de peixes e afetar
negativamente a biodiversidade aquática, bem como o deslocamento de
comunidades locais, visto que a construção de grandes represas frequentemente
exige o reassentamento de pessoas que vivem nas áreas afetadas. Isso pode
resultar na perda de terras produtivas, culturas, patrimônio cultural e
desestabilização das comunidades locais.
É fundamental, portanto, que esses impactos sejam cuidadosamente avaliados
e mitigados por meio de medidas como a restauração ecológica, o monitoramento
ambiental constante e o envolvimento da comunidade local no processo de tomada
de decisões. Além disso, a disponibilidade de água para a geração de energia
hídrica está sujeita às condições climáticas, tornando as hidrelétricas vulneráveis a
secas prolongadas. Isso ressalta a importância de diversificar a matriz energética,
explorando outras fontes de energia renovável, como solar e eólica, e investindo em
tecnologias de armazenamento de energia.
BIBLIOGRAFIA

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Energia hidrelétrica: a retórica da energia limpa. 2023.

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