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TRABALHO 1
Cachoeira do Sul, RS
2022
SUMÁRIO
1. INTRODUÇÃO ......................................................................................................... 4
2
3.2 PROJETO DE PEQUENA CENTRAL HIDRELÉTRICA (PCH) .......................... 29
3.3 REQUISITOS PARA SER CONSIDERADO UM PROCESSO DE
“COGERAÇÃO” NO BRASIL ................................................................................... 34
4. CONCLUSÃO......................................................................................................... 38
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1. INTRODUÇÃO
As hidrelétricas são fontes de energia indispensáveis para suprir a demanda
energética global, que cada vez mais esta dependente da energia elétrica. Desta forma,
o estudo referente ao tema é de suma importância para profissionais da área,
compreendendo seu funcionamento, suas curiosidades e adquirindo certa noção
elétrica e mecânica dessa estrutura hidrelétrica.
De acordo com informações do estudo sobre energia hidrelétrica da Agência
Internacional de Energia (IEA, na sigla em inglês), em 2020 a energia hidrelétrica se
tornou a maior fonte energética de baixo carbono, fornecendo um sexto da geração
global de eletricidade.
A produção desse tipo de energia cresceu 70% nos últimos 20 anos, mas em
contrapartida a sua participação no fornecimento global de eletricidade foi estável,
devido ao aumento de energias como a eólica e a solar fotovoltaica.
O relatório da IEA diz que praticamente 50% do potencial economicamente viável
da energia hidrelétrica em todo o planeta ainda não foi explorado, demonstrando a
importância de conhecer e investir ainda mais no desenvolvimento desse tipo de
geração nos países.
O estudo também aponta a perspectiva de que a China continue sendo o maior
mercado de energia hidrelétrica até 2030, representando 40% da expansão global. A
Índia vem logo em seguida.
E ainda sobre o panorama para o futuro do setor, a IEA menciona que entre
agora e 2030, aproximadamente um quarto do investimento global em energia
hidrelétrica vai ser aplicado na modernização de usinas antigas. Na figura 1 é possível
visualizar a distribuição das maiores usinas hidrelétricas ao longo do mundo.
Figura 1 - Localização das maiores Hidrelétricas no mundo.
4
Desta forma, analisar os principais projetos mundiais, pesquisando as maiores
hidrelétricas, turbinas hidráulicas e as maiores barragens, além de compreender a
legislação vigente é fundamental para a elaboração de novos projetos, desta forma, o
seguinte trabalho irá apresentar os principais tópicos citados, expondo um panorama
mundial.
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2. PRINCIPAIS EXEMPLOS MUNDIAIS REFERENTE A APROVEIMENTO
HIDRELÉTRICO
Neste tópico serão abordadas as 12 maiores barragens mundiais, verificando se
são hidrelétricas ou apenas barragens para controle de rios, descrevendo o local e o
tipo de barragem construída, se apresenta eclusa, dentre outros elementos diversos.
Além disso, serão abordadas as 12 maiores hidroelétricas mundiais, verificando
qual o tipo de barragem, as máquinas utilizadas, a sua localização e outros elementos
que sejam peculiares para estas instalações.
Por fim, serão expostas as 20 maiores turbinas hidráulicas mundiais, verificando-
se qual o tipo de turbina, suas dimensões, a sua localização e outros elementos que
sejam peculiares para estes equipamentos.
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2.1.2 Segundo Lugar - Barragem de Aswan
Localizada em Aswan no Egito, tem um volume de 132 Km³, com 111 m de altura
e 3.830 de comprimento. A barragem de Aswan está localizada no Egito, perto da
fronteira com o Sudão. A represa alta de Aswan fica do outro lado do rio Nilo e seu
reservatório se chama lago Nasser, que é um dos maiores lagos artificiais do mundo.
Figura 3 – Barragem de Aswan
7
A barragem de Atatürk faz parte do projeto Sudeste da Anatólia, que é uma rede
de barragens, estações hidrelétricas e canais de irrigação construídos nas bacias do
Eufrates, Tigre e Mesopotâmia Alta.
2.1.4 Quarto Lugar - Barragem das Três Gargantas
Localizada em Yiling Distric em Hubei na China, tem um volume de 39,3 Km³,
com 181 metros de altura e 2.335 metros de comprimento. A barragem das três
gargantas na China é considerada a maior barragem do mundo. A barragem das três
garantas é a maior usina hidrelétrica do mundo e tem uma capacidade de produzir
22.500 megawatts.
Figura 5 – Barragem das Três Gargantas
8
O reservatório formado pela barragem de Garrison é chamado Lago Sakakawea,
que possui um volume de 29 quilômetros cúbicos.
O lago Sakawea é o terceiro maior reservatório dos Estados Unidos. Embora a
represa seja uma importante fonte de energia e irrigação para as áreas ao redor, sua
construção deslocou os nativos americanos e inundou suas terras agrícolas.
2.1.6 Sexto Lugar - Barragem de Oahe
Localizada na Dakota do Sul, tem um volume de 28.539 Km³, com 75 m de altura
e 1.100 metros de comprimento, foi construída pelo Corpo de Engenheiros do Exército
dos EUA entre o final da década de 1940 e o final da década de 1950. A barragem forma
o lago Oahe, que é considerado o quarto maior reservatório dos Estados Unidos.
Figura 7 – Barragem de Oahe
9
Figura 8 – Barragem de Fort Peck
10
2.1.9 Nono Lugar - Barragem de Nurek
Localizada no Tajiquistão, a barragem possui um reservatório de 10,5 Km³, além
dos 300 metros de altura da estrutura. Seu comprimento é de 700 metros sendo também
uma barragem de terra. Mesmo não sendo uma barragem tão grande quanto outras
barragens, é considerada a barragem mais alta do mundo, com 300 metros de altura.
Figura 10 – Barragem de Nurek
11
A barragem recebeu o nome de James G. Gardiner, o ex- primeiro ministro da
cidade e o lago recebeu o nome do ex- primeiro ministro do país John G. Diefenbaker,
que iniciou os planos para a construção da barragem.
2.1.11 Décimo Primeiro Lugar - Estação de geração de Churchill Falls
A área de drenagem do rio Churchill inclui grande parte do oeste e centro de
Labrador. O reservatório Ossokmanuan, originalmente desenvolvido como parte do
sistema de energia da usina de Twin Falls, agora drena para Upper Churchill, e a área
de drenagem natural do rio Churchill cobre mais de 60.000 km2. A barragem dos lagos
Orma e Sail aumentou a área total de drenagem para 72.000 km2. Estudos têm mostrado
que esta área de drenagem coletou 410 mm de precipitação ao longo de 391 cm de
neve caindo a cada ano, o equivalente a 52 km3 de água por ano e mais do que
suficiente para atender às necessidades do projeto.
Figura 12 – Estação de geração de Churchill Falls
12
A capacidade instalada da usina atingiu 5.428 MW, para uma produção média
de energia elétrica de 35 TWh / ano.
2.1.12 Décimo Segundo Lugar - Estação Hidrelétrica de Zhiguli (Zhiguli Hydroelectric
Station)
A Estação Hidrelétrica de Zhiguli ou Estação Hidrelétrica de Zhigulyovskaya,
anteriormente conhecida como Estação Hidrelétrica de Kuybyshev (Kuybyshev GES) é
uma grande barragem e estação hidrelétrica no rio Volga, localizada perto de
Zhigulyovsk e Tolyatti em Samara Oblast da Rússia.
É a sexta etapa da Cascata Volga-Kama de barragens, e a segunda delas por
potência instalada.
Figura 13 – Estação Hidrelétrica de Zhiguli (Zhiguli Hydroelectric Station)
13
2.2.1 Primeiro Lugar - Hidrelétrica das Três Gargantas
A Barragem das Três Gargantas é uma barragem hidrelétrica de gravidade que
atravessa o rio Yangtze pela cidade de Sandouping, província de Hubei, China. Três
Gargantas é a maior usina do mundo em termos de capacidade instalada (22.500 MW)
desde 2012. Em 2014, a barragem gerou 98,8 terawatt-hora (TWh) e alcançou o recorde
mundial, mas foi superada pela Hidrelétrica de Itaipu, na fronteira Brasil–Paraguai, que
estabeleceu o novo recorde mundial em 2016, produzindo 103,1 TWh.
Figura 14 – Hidrelétrica das Três Gargantas
14
Figura 15 – Usina Hidrelétrica de Baihetan
15
de 800 milhões de MWh desde o início de sua operação, com uma potência instalada
60% maior do que a de Itaipu (22,5 mil MW contra 14 mil MW).
Em termos de recorde anual de produção de energia, a usina de Itaipu ocupa o
primeiro lugar ao superar seu próprio recorde que era de 98,6 milhões de MWh. Em
2016, a usina de Itaipu Binacional realizou um feito histórico ao produzir, em um único
ano calendário, mais de 100 milhões de MWh de energia limpa e renovável. No total,
em 2016, foram produzidos 103 098 366 MWh de energia.
O seu lago possui uma área de 1 350 km2, indo de Foz do Iguaçu, no Brasil e
Ciudad del Este, no Paraguai, até Guaíra e Salto del Guairá, 150 km ao norte. Possuindo
20 unidades geradoras de 700 MW cada e projeto hidráulico de 118 m, Itaipu tem uma
potência de geração (capacidade) de 14 mil MW. É um empreendimento binacional
administrado por Brasil e Paraguai no rio Paraná na seção de fronteira entre os dois
países, a 15 km ao norte da Ponte da Amizade.
2.2.4 Quarto Lugar - Usina Hidrelétrica de Xiluodu
A Usina Hidrelétrica de Xiloudu é uma usina de arco no Rio Jinsha, ou seja, no
curso superior do Rio Yangtze na República Popular da China. Ele está localizado perto
da cidade de Xiluodu no Condado de Yongshan da Província de Yunnan, mas a
barragem também atravessa o Condado de Leibo na Província de Sichuan no lado
oposto do rio.
Figura 17 – Usina Hidrelétrica de Xiluodu
16
2.2.5 Quinto Lugar - Usina Hidrelétrica de Belo Monte
A Usina Hidrelétrica de Belo Monte é uma usina hidrelétrica brasileira da bacia
do Rio Xingu, próximo ao município de Altamira, no norte do estado Pará.
Sua potência instalada é de 11 233 MW, mas por operar com reservatório muito
reduzido, produz efetivamente cerca de 4 500 MW, (39,5 TWh) em média, por ano, o
que representava, em 2009, aproximadamente 10,0% do consumo nacional de 388
TWh.
Sua construção durou pouco mais de 8 anos e gerou diretamente mais de 30 mil
empregos. Sua hidrologia acompanha a da bacia do Sul-Sudeste, não sendo
complementar a esta. Desta forma, em crises como a de 2021 a usina gera menos em
momentos de seca.
Em potência instalada, a usina de Belo Monte é a quinta maior hidrelétrica do
mundo, atrás apenas das chinesas Três Gargantas (20 300 MW) e Xiluodu (13 800 MW),
Baihetan (16 000 MW) e da brasileira/ paraguaia Itaipu (14 000 MW), sendo a maior
usina hidrelétrica inteiramente brasileira.
O reservatório da usina tem uma área de 478 km² (1/10 000 da área da Amazônia
Legal). Seu custo foi estimado pela concessionária em 26 bilhões de reais, ou seja 5,7
milhões de reais por MW efetivo. O leilão para construção e operação da usina foi
realizado em abril de 2010 e vencido pelo Consórcio Norte Energia com lance de R$
77,00 por MWh.
O contrato de concessão foi assinado em 26 de agosto do mesmo ano e o de
obras civis em 18/02/2011. O início de operação da usina estava previsto para 2015,
mas a primeira turbina da usina entrou em operação somente em abril de 2016.
Figura 18 – Usina Hidrelétrica de Belo Monte
17
Desde seu início, o projeto de Belo Monte encontrou forte oposição de
ambientalistas brasileiros e internacionais, de algumas comunidades indígenas locais e
de membros da Igreja Católica.
Essa oposição levou a sucessivas reduções do escopo do projeto, que
originalmente previa outras barragens rio acima e uma área alagada total muito maior.
Em 2008, o CNPE decidiu que Belo Monte seria a única usina hidrelétrica do Rio Xingu.
Em 27 novembro de 2019, foi acionada a última turbina da usina, dando início à
plena operação do empreendimento, tendo como capacidade total de geração 11.233
megawatts (MW) e 4.571 MW de energia assegurada, quantidade que pode ser
comercializada pela empresa, que poderá atender 60 milhões de consumidores de 17
estados. Belo Monte havia exigido cerca de R$ 40 bilhões de reais em investimentos
públicos e privados para ser concluída.
2.2.6 Sexto Lugar - Hidrelétrica Simón Bolívar Guri
A Hidrelétrica Simón Bolívar Guri é a sexta maior barragem do mundo. Está
localizada na Venezuela, no estado de Bolívar, no rio Caroní, cerca de 100 km a
montante da confluência com o Orinoco.
Sua construção foi iniciada em 1963. Uma primeira etapa, concluída em 1978,
permitiu atingir a capacidade instalada de 2.065 MW (em dez unidades de produção,
nível da barragem a 215 m acima do nível do mar), em seguida, uma segunda etapa,
concluída em 1986, viu a adição de dez turbinas de 630 MW e a altitude da barragem
subir para 272 m acima do nível do mar.
Em março de 2019, um apagão levou à paralisia geral do país. O apagão foi
causado pela barragem de Guri, que fornece 80% da energia elétrica consumida na
Venezuela.
Figura 19 – Usina Hidrelétrica de Belo Monte
18
A central, gerida pela empresa Electrificación del Caroní (EDELCA), tem uma
potência de cerca de 10.200 megawatts e produz anualmente cerca de 40 TWh, o que
representa 38% da produção nacional de eletricidade, até 70% segundo outros veículos
de imprensa. Parte da produção é exportada para Colômbia e Brasil.
2.2.7 Sétimo Lugar - Usina Hidrelétrica de Wudongde
A Usina Hidrelétrica de Wudongde é uma grande usina hidrelétrica atualmente
no Rio Jinsha, um tributário do Rio Yangtze, nas províncias de Sichuan e Yunnan, no
sudoeste da República Popular da China. Com 240 m, é um dos projetos mais altos do
mundo, gerando energia com 12 turbinas, cada qual com capacidade de 850 MW,
totalizando 10.200 MW de capacidade total instalada.
Figura 20 – Usina Hidrelétrica de Wudongde
19
Figura 21 – Usina Hidrelétrica de Tucuruí
20
Figura 22 – Represa Grand Coulee
21
das Três Gargantas e Xiluodu. Seu primeiro gerador foi colocado em serviço em outubro
de 2012. O último gerador foi colocado em serviço em julho de 2014.
A produção da usina, estimada em 30,7 TWh/ano, é evacuada por uma linha de
alta tensão de corrente contínua de ±800 kV, a linha Xiangjiaba-Shanghai, que
transporta grande parte da energia produzida pela usina para Xangai.
2.2.11 Décimo Primeiro Lugar - Usina Hidrelétrica de Longtan Dam
Longtan Dam é uma barragem de gravidade no Rio Hongshui em Tian'e County,
região de Guangxi Zhuang, China. A barragem tem 216,2 m de altura e 849 m de
comprimento, é a mais alto de seu tipo no mundo.
Figura 24 – Usina Hidrelétrica de Longtan Dam
Fonte: PR (2022)
A barragem destina-se a produção de energia hidrelétrica, controle de enchentes
e de navegação. A barragem contém sete vertedouros de superfície, duas descargas
de fundo e uma estação de energia subterrânea, com capacidade instalada de 6.426
MW.
2.2.12 Décimo Segundo Lugar - Usina Hidrelétrica Sayano-Shushenskaya
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Figura 25 – Usina Hidrelétrica Sayano-Shushenskaya
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Tabela 1 – Maiores Turbinas Hidráulicas Mundiais
Posição Usina País Modelo Potência Turbina [MW] N° de Turbinas Potência Total Queda
1 Baihetan China Francis 1000 16 16000 MW 277 m
2 Wudongde China Francis 850 12 850 MW 240 m
3 Xiangjiaba China Francis 800 8 6448 MW 161 m
4 Xiluodu China Francis 770 18 13800 MW 285,5 m
5 Três Gargantas China Francis 700 32 22500 MW 181 m
6 Itaipu Brasil Francis 700 20 14000 MW 118,4 m
7 Longtan Dam China Francis 700 7 4900 MW 216 m
8 Laxiwa China Francis 700 6 4200 MW 250 m
9 Nuozhadu China Francis 650 9 5850 MW 261,5 m
10 Sayano-Shushenskaya Rússia Francis 640 10 6400 MW 194 m
11 Gurí Venezuela Francis 630 16 10200 MW 215 m
12 Belo Monte Brasil Francis 611,11 11 11000 MW 87 m
13 Krasnoyarsk Rússia Francis 600 10 6000 MW 124 m
14 Jinping Dam II China Francis 600 8 4800 MW 37 m
15 Bratsk Rússia Francis 600 7 4500 MW 125 m
16 Churchill Falls Canadá Francis 493,5 11 5428,5 MW 473 m
17 Tarbela Paquistão Francis 480 10 4888 MW 143 m
18 Tucuruí Brasil Francis 365 23 8400 MW 70 m
19 Robert-Bourassa Canadá Francis 351 16 5616 MW 163,7 m
20 Grand Coulee Estados Unidos Francis 205 33 6809 MW 168 m
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3. LEGISLAÇÃO PARA PROJETOS DE APROVEITAMENTOS HIDRELÉTRICOS
Atualmente, a eficiência energética é importante para uma realidade cada vez
mais dependente da energia elétrica, por isso aproveitar todas as fontes energéticas e
utiliza-las de maneira a aproveitar todo seu potencial é requisito primordial de
profissionais que atuam no segmento energético, entretanto, para isso, é necessário um
conhecimento prévio sobre a legislação pertinente a projetos que buscam o aproveito
dessas fontes, desta forma, a seguinte seção abordará alguns dos requisitos para se
elaborar projetos para aproveitamentos hidrelétricos.
Primeiramente a seção contextualizará sobre o relatório de impactos ambientais
(RIMA), após, serão expostos alguns documentos necessários para projetos de
pequenas centrais hidrelétricas (PCH´s) e, por fim, alguns requisitos para ser
considerado um processo de “cogeração” no Brasil.
25
VII – O programa de acompanhamento e monitoramento dos impactos;
VIII – Recomendação quanto à alternativa mais favorável (conclusões e
comentários de ordem geral).
Esse estudo deve utilizar todos os artifícios conhecidos para ilustrar de forma
acessível a mensagem a ser transmitida pelos estudos científicos e técnicos resultantes
do Estudo de Impacto Ambiental (EIA), na maioria das vezes utilizando mapas, cartas,
gráficos, visando também expor as vantagens e desvantagens do projeto, como por
exemplo na construção de usinas hidrelétricas, bem como suas consequências
ambientais resultantes da sua implementação, neste caso é possível visualizar a fase
atual do projeto, ou seja, na elaboração do RIMA através da figura 26.
Figura 26 – Fase Atual do Projeto - Elaboração do RIMA
26
Assim, é fundamental cumprir as regras, conseguir as autorizações necessárias
e ter uma boa reputação ambiental no mercado, elaborando um levantamento adequado
de todas as operações que podem degradar o ambiente devido às atividades em
questão do empreendimento, e utilizar o EIA/RIMA assertivo para mitigá-las de maneira
eficiente.
O RIMA é exigido às empresas que oferecem um potencial para impactar o meio
ambiente de maneira nociva, ou seja, quando as atividade causam alguma alteração
nas propriedades físicas, químicas e biológicas do meio, afetando, como por exemplo:
a saúde, a segurança e o bem-estar da população; as atividades sociais e econômicas;
a biota (conjunto de seres vivos, flora e fauna, que habitam ou habitavam um
determinado ambiente geológico); as condições estéticas e sanitárias do meio
ambiente; e a qualidade dos recursos ambientais.
Alguns exemplos clássicos que necessitam da elaboração do RIMA para serem
aprovados são:
• estradas;
• ferrovias;
• portos e terminais de minério, petróleo e produtos químicos;
• aeroportos, conforme definidos pelo inciso 1, artigo 48, do Decreto-Lei nº 32, de
18 de setembro de 1966;
• oleodutos, gasodutos, minerodutos, troncos coletores e emissários de esgotos
sanitários;
• linhas de transmissão de energia elétrica, acima de 230KV;
• obras hidráulicas para exploração de recursos hídricos, tais como: barragem
para fins hidrelétricos, acima de 10MW, de saneamento ou de irrigação, abertura
de canais para navegação, drenagem e irrigação, retificação de cursos d’água,
abertura de barras e embocaduras, transposição de bacias, diques; extração de
combustível fóssil (petróleo, xisto, carvão);
• extração de minério, inclusive os da classe II, definidas no Código de Mineração;
aterros sanitários, processamento e destino final de resíduos tóxicos ou
perigosos; usinas de geração de eletricidade, qualquer que seja a fonte de
energia primária, acima de 10MW;
• complexo e unidades industriais e agroindústrias (petroquímicos, siderúrgicos,
cloroquímicos, destilarias de álcool, hulha, extração e cultivo de recursos
hídricos; distritos industriais e zonas estritamente industriais - ZEI;
• exploração econômica de madeira ou de lenha, em áreas acima de 100 hectares
ou menores, quando atingir áreas significativas em termos percentuais ou de
27
importância do ponto de vista ambiental; projetos urbanísticos, acima de 100 ha
ou em áreas consideradas de relevante interesse ambiental a critério da SEMA
e dos órgãos municipais e estaduais competentes estaduais ou municipais1;
• qualquer atividade que utilizar carvão vegetal, em quantidade superior a dez
toneladas por dia; qualquer atividade que utilizar carvão vegetal, derivados ou
produtos similares, em quantidade superior a dez toneladas por dia;
• projetos Agropecuários que contemplem áreas acima de 1.000 ha ou menores,
neste caso, quando se tratar de áreas significativas em termos percentuais ou
de importância do ponto de vista ambiental, inclusive nas áreas de proteção
ambiental. (inciso acrescentado pela Resolução n° 11/86);
• empreendimento potencialmente lesivos ao patrimônio espeleológico nacional.
Para se elaborar um RIMA é necessária uma equipe multidisciplinar, que possa
abranger todos os impactos possíveis, além disso, essa equipe deve ser independente
do cliente, devido a imparcialidade na avaliação.
Para se elaborar um EIA/RIMA, devem ser elaboradas 7 etapas principais a
serem executadas, conforme a figura 27.
Figura 27 – Diretrizes para a Elaboração do EIA/RIMA
28
A quarta etapa busca realizar um diagnóstico ambiental no geral, trazendo
consigo fatores positivos e negativos, de acordo com a atuação do empreendimento.
Entretanto, a quinta etapa busca analisar os impactos nocivos relacionados ao meio
ambiente, que acaba resultando na sexta etapa, que expõe medidas mitigadoras a fim
de se diminuir os impactos ambientais causados pela empresa.
Por fim, a sétima etapa busca realizar um programa de monitoramento, a fim de
se realizar uma análise cíclica referente aos impactos do empreendimento, visando
pontos de melhoria, e ajustes nas medidas mitigadoras.
Desta forma, após a elaboração do RIMA, este documento é submetido à
apreciação pública, quando o mesmo fica disponível a qualquer público junto ao órgão
ambiental responsável.
De acordo com o artigo 225, 1º, IV, da Constituição Federal:
• Todos têm direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado, bem de uso
comum do povo e essencial à sadia qualidade de vida, impondo-se ao poder
público e à coletividade o dever de defendê-lo e preservá-lo para as presentes e
futuras gerações.
1.º Para assegurar a efetividade desse direito, incumbe ao poder público:
• IV. exigir, na forma da lei, para instalação de obra ou atividade potencialmente
causadora de significativa degradação do meio ambiente, estudo prévio de
impacto ambiental, a que se dará publicidade
Além disso, de acordo com as Resoluções CONAMA nº 01/86 e 09/87, é possível
realizar manifestações verbais de ambas as partes, onde serão registradas no processo
administrativo de licenciamento.
Posteriormente é necessário aguardar o prazo específico para a avaliação dos
resultados e parecer do órgão para dar início à execução do projeto.
Assim, o RIMA é a conclusão do EIA, apresentando resultados de um estudo
ambiental referente aos seus impactos, de maneira clara e simples.
Desta forma, na próxima seção serão abordados alguns tópicos referentes a
requisitos para se elaborar um projeto de pequenas centrais hidrelétricas (PCH´s).
29
As primeiras diretrizes para se elaborar PCH´s no Brasil foram apresentadas no
Manual de Pequenas Centrais, elaborado em 1982 pelo consórcio formado entre o
Ministério de Minas e Energia – MME, o Departamento Nacional de Águas e Energia
Elétrica – DNAEE e a Eletrobrás. O manual foi criado por ocasião do primeiro Programa
Nacional de PCH – PNPCH.
As PCHs foram definidas por meio da portaria do DNAEE nº. 109, de 24 de
novembro de 1982, pelas seguintes características:
• Operação em regime de fio d’água ou de regularização diária;
• Provisão de barragens e vertedouros com altura máxima de 10 m;
• Sistema adutor formado apenas por canais a céu aberto e/ou tubulações, não
utilizando túneis;
• Estruturas hidráulicas de geração com previsão de uma vazão turbinável máxima
de 20m3/s;
• Dotação de unidades geradoras com potência individual de até 5MW;
• Potência total instalada de até 10MW.
Em 1984, o DNAEE por meio da Portaria nº 125 tratou de atenuar este
enquadramento e em 1987, pela Portaria DNAEE nº 136, de 06 de outubro, as PCHs
passaram a ter apenas duas condicionantes: a potência deveria ser inferior a 10 MW,
com unidades geradoras de, no máximo, 5 MW. Com a criação da Agência Nacional de
Energia Elétrica – ANEEL, em 1996, a regulamentação do setor passou a ser uma
atribuição da ANEEL.
Que por meio da Resolução nº 394, de 04 de dezembro de 1998, revogou as
Portarias nº 125 e nº 136 do DNAEE e estabeleceu novos critérios para o
enquadramento de empreendimentos hidrelétricos na condição de Pequenas Centrais
Hidrelétricas. Desse modo, passaram a ser consideradas PCHs os aproveitamentos
hidrelétricos com as seguintes características:
• Potência igual ou superior a 1,0 MW e igual ou inferior a 30,0 MW;
• Área total de reservatório igual ou inferior a 3,0 km2 com a cota d’água associada
à vazão de cheia com tempo de recorrência de 100 anos.
Em 2003, a ANEEL através da Resolução nº 652 adicionou outras condições
para a área do reservatório, caso o limite de 3,0 km seja excedido, o aproveitamento
ainda será considerado com características de PCH se forem atendidas pelo menos
uma das duas condições seguintes.
Condição 1: A área não poderá exceder 13,0 km2, área máxima da maior parte
dos reservatórios das PCH, sendo definida em nível d’água máximo normal à montante
30
do barramento. A queda bruta é dada pela diferença entre os níveis d’água máximo
normal de montante e normal de jusante.
Condição 2: Reservatório cujo dimensionamento, comprovadamente, foi
baseado em outros objetivos que não o de geração de energia elétrica deverá ter essa
condição comprovada junto à Agência Nacional de Águas – ANA, aos Comitês de
Bacias Hidrográficas, aos órgãos de gestão de recursos hídricos e ambientais junto aos
Estados; de acordo com suas respectivas competências.
No dia 20 de janeiro de 2015, foi sancionada a Lei nº 13.097, que modificou a
legislação do Setor Elétrico das Pequenas Centrais Hidrelétricas (Seção I do Cap. VII),
alterando os limites de potência para PCH, a capacidade mínima instalada para esse
aproveitamento passou de 1 MW para 3 MW, sendo assim, os empreendimentos com
potência instalada menor que 3 MW estão dispensados de concessão, permissão ou
autorização, devendo apenas ser comunicados ao poder concedente.
Para produção independente ou autoprodução também foi modificado o limite
máximo da capacidade instalada, passando de 30 MW para 50 MW, independentemente
de ter ou não característica de pequena central hidrelétrica.
O manual de Pequenas Centrais Hidrelétricas classifica as PCHs conforme a
próxima tabela 2.
Tabela 2 – Classificação de PCH´s
Quanto à potência Quanto à altura
Categoria Produção Independente e Autoprodução Concessão de queda
Entre 5
Entre 25 e 130
PCH Entre 5 MW e 50 MW MW e 30
metros
MW
Entre 20 e 100
Minicentral Entre 1 MW e 5 MW
metros
Entre 15 e 50
Microcentral Até 1 MW
metros
Adaptado de: As PCHs – ABRAGEL (2022)
Desta forma, após a classificação desse tipo de empreendimento se faz
necessário realizar o levantamento de toda documentação a ser agrupada a fim de se
iniciar as obras, snedo necessárias inicialmente três licenças ambientais.
De acordo com Art. 8º da resolução CONAMA nº 237/1997 (BRASIL, 1997), são
necessárias três licenças Ambientais expedidas pelo poder público que autoriza a
construção e operação desse tipo de empreendimento, e são elas, a LP (Licença
Prévia), a LI (Licença de Instalação) e a LO (licença de Operação).
I - Licença Prévia (LP) - concedida na fase preliminar do planejamento do
empreendimento ou atividade aprovando sua localização e concepção, atestando a
viabilidade ambiental e estabelecendo os requisitos básicos e condicionantes a serem
31
atendidos nas próximas fases de sua implementação. Esta Licença terá o prazo máximo
de vigência de cinco anos, devendo ser renovada anualmente.
II - Licença de Instalação (LI) - autoriza a instalação do empreendimento ou
atividade de acordo com as especificações constantes dos planos, programas e projetos
aprovados, incluindo as medidas de controle ambiental e demais condicionantes, da
qual constituem motivo determinante. Esta Licença terá o prazo máximo de vigência de
seis anos, devendo ser renovada a cada dois anos.
III - Licença de Operação (LO) – autoriza a operação da atividade ou
empreendimento, após a verificação do efetivo cumprimento do que consta das licenças
anteriores, com as medidas de controle ambiental e condicionantes determinados para
a operação. A mesma terá prazo de validade mínimo de 01 ano e máximo de três anos,
Parágrafo único - As licenças ambientais poderão ser expedidas isolada ou
sucessivamente, de acordo com a natureza, características e fase do empreendimento
ou atividade.
A licença prévia emitida pelo órgão ambiental estadual para situações de
exploração de rios situados dentro dos limites de cada estado é condição inicial para
obter outro documento importante, mas pouco discutido. Trata-se da Declaração de
Utilidade Pública (DUP), esse documento é obtido, no caso da exploração de cursos
d´água para a produção de energia, junto a Agência Nacional de Energia Elétrica
(ANEEL, 2022).
Nas tabelas 3, 4 e 5 a seguir apresentam a sequência de documentos
necessários da instalação dos canteiros até a operação da PCH.
Tabela 3 – Documentação necessária para emissão de licença prévia (LP) para a
exploração do recurso hídrico
Documentos Mínimos Necessários para a LP
1º Comprovação de propriedade, posse ou cessão de uso da área do
empreendimento
2º Requerimento da LP
3º Cópia da publicação do
pedido da LP
32
6º Cópia do pedido de outorga de direito de uso dos recursos hídricos
33
Os programas diversos para todo o tipo de impacto ficam apenas no papel. Com
a conclusão da obra é solicitada a licença de operação, inclusive para a formação do
reservatório.
Na tabela 5 estão apresentados documentos relacionados à licença.
Tabela 5 – Documentação necessária para emissão de licença de operação (LO) para
fins de operação de uma PCH
Documentos Mínimos Necessários para a LO
1º Requerimento da LO
2º Cópia da publicação do pedido da LO
3º Cópia da publicação da concessão da LI
4º Programa de Monitoramento Ambiental - PMA
Adaptado de: SILVA (2022)
Apesar das licenças citadas serem compostas por vários requisitos obrigatórios
para o planejamento, instalação e operação de empreendimentos que proporcionam
transformações ao meio ambiente, é possível identificar falhas quanto a sua veracidade,
fiscalização e aplicabilidade. Na última subseção do tópico de legislação serão expostos
os requisitos para se considerado i processo de cogeração no Brasil, se baseando nos
requisitos de termelétricas, regidos pela ANEEL.
34
A normativa ainda traz consigo dois conceitos importantes para a
contextualização dos requisitos da cogeração. O seu conceito em geral e o que é a
cogeração qualificada, sendo expostos a seguir.
• Cogeração: processo operado numa instalação específica para fins da
produção combinada das utilidades calor e energia mecânica, esta geralmente
convertida total ou parcialmente em energia elétrica, a partir da energia
disponibilizada por uma fonte primária, observando que:
➢ a instalação específica denomina-se central termelétrica cogeradora,
cujo ambiente não se confunde com o processo ao qual está conectada,
sendo que, excepcionalmente a pedido do interessado, a cogeração
poderá alcançar a fonte e as utilidades no processo, além das utilidades
produzidas pela central termelétrica cogeradora a que está conectado,
condicionando aquelas à exequibilidade de sua completa identificação,
medição e fiscalização, a critério exclusivo da ANEEL;
➢ a obtenção da utilidade eletromecânica ocorre entre a fonte e a
transformação para obtenção da utilidade calor.
• Cogeração qualificada: atributo concedido a cogeradores que atendem os
requisitos definidos nesta Resolução, segundo aspectos de racionalidade
energética, para fins de participação nas políticas de incentivo à cogeração;
As cogerações qualificadas possuem alguns requisitos específicos, sendo eles:
I - estar regularizada perante a ANEEL, conforme o disposto na legislação
específica e nesta Resolução;
II - preencher os requisitos mínimos de racionalidade energética, mediante o
cumprimento das inequações a seguir:
Et
a) Ef ≥ 15%
(Et⁄Ef) Et
b) X
+ Ef ≥ Fc%
§ 1º Os valores de “X” e “Fc” das fórmulas de que trata o inciso II deverão ser aplicados
em função da potência elétrica instalada na central de cogeração e da respectiva fonte,
obedecendo a tabela 6.
35
Tabela 6 – Fonte/potência elétrica instalada – Fator “X” e “Fc%”
36
VIII - demonstração do atendimento aos requisitos de racionalidade a que se
refere o inciso II do art. 15. Parágrafo único. A documentação técnica, em todas as suas
partes, deverá estar assinada pelo engenheiro responsável pelas informações, incluindo
a comprovação de sua carteira-inscrição e certificado de regularidade perante o
Conselho Regional de Engenharia, Arquitetura e Agronomia – CREA.
Art. 18. A ANEEL poderá solicitar outros dados e informações adicionais ou a
complementação daqueles já apresentados, para melhor instrução e análise da
qualificação requerida.
Desta forma, a partir da contextualização do RIMA, dos requisitos para
elaboração de um projeto de PCH e da legislação referente a cogeração aplicado a uma
termelétrica, é possível se elaborar um correto projeto de dimensionamento para
aproveitamentos hidrelétricos, objetivo este da referida disciplina.
Além disso, a partir do seguinte estudo é possível realizar um projeto nos
conformes normativos, pois foi possível conhecer os principais projetos mundiais no
primeiro tópico e a legislação pertinente sobre o tema no segundo tópico.
37
4. CONCLUSÃO
O presente trabalho se desenvolveu analisando as 12 maiores estruturas no
segmento da geração hidrelétrica. Na primeira sessão foi possível visualizar as 12
maiores barragens no mundo. Uma barragem é qualquer estrutura em um curso
permanente ou temporário de água para fins de contenção ou acumulação de
substâncias líquidas ou de misturas de líquidos e sólidos, compreendendo o barramento
e as estruturas associadas, podendo ou não gerar energia elétrica.
Já a segunda sessão foi possível expor as 12 maiores hidrelétricas de acordo
com a potência instalada. A potência instalada é o nível de motorização da usina e,
portanto, estabelece o limite superior para a quantidade de energia que pode ser gerada,
demonstrando a capacidade de geração da usina para o sistema.
Por fim foram elencadas as 20 maiores turbinas hidráulicas instaladas no mundo,
desta forma, foi possível se ter um panorama geral sobre as principais estruturas no
planeta. Sendo plausível também analisar o destaque brasileiro em relação a geração
limpa, pois a base hídrica é a principal fonte do país para suprir a sua demanda
energética, assim, o trabalho alcançou seu objetivo.
38
5. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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<https://www.vgresiduos.com.br/blog/relatorio-de-impacto-ambiental-saiba-
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Relatório de Impacto Ambiental no licenciamento de empreendimentos.
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estudo-de.html>. Acesso em: 6 dez. 2022.
• Conheça o Relatório e Estudo de Impacto Ambiental do Terminal | Cargill Brasil.
Disponível em: <https://www.cargill.com.br/pt_BR/abaetetuba-estudos>. Acesso
em: 6 dez. 2022.
• RIMA | Tudo sobre o Relatório de Impacto Ambiental. Disponível em:
<https://iusnatura.com.br/relatorio-impacto-ambiental-rima/>.
• Estudo de impactos Ambientais do Trevo de Triagem Norte - Brasil Escola.
Disponível em: <https://monografias.brasilescola.uol.com.br/engenharia/estudo-
de-impactos-ambientais-do-trevo-de-triagem-norte.htm>. Acesso em: 6 dez.
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• As PCHs – ABRAGEL. Disponível em: <https://www.abragel.org.br/as-pchs/>.
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Disponível em http://www2.aneel.gov.br. Acesso em: 6 dez. 2022.
• ANEEL. Agência Nacional de Energia Elétrica. Banco de Informações de
Geração. Disponível em: Acesso em: 6 dez. 2022.
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Banco de Informações Gerenciais. Disponível em: Acesso em: 6 dez. 2022.
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AMBIENTAL E CONSTRUÇÃO DE PEQUENAS CENTRAIS HIDRELÉTRICAS
EM GOIÁS, BRASIL.
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em: <https://celere-ce.com.br/grandes-obras/hidreletrica-das-tres-gargantas/>.
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• Como visitar a Usina Hidreletrica Tucuruí - Avaliações de viajantes - Usina
Hidrelétrica de Tucuruí. Disponível em:
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dólares. Disponível em: <https://dialogochino.net/pt-br/mudanca-climatica-e-
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de-Viagem/aswan-e-suas-atracoes/wiki/barragem-de-aswan>. Acesso em: 12
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• Barragem de ataturk no rio eufrates, turquia | Foto Premium. Disponível em:
<https://br.freepik.com/fotos-premium/barragem-de-ataturk-no-rio-eufrates-
turquia_19570225.htm>. Acesso em: 12 dez. 2022.
• ITAMBÉ, C. Três Gargantas supera definitivamente usina Itaipu | Cimento
Itambé. Disponível em: <https://www.cimentoitambe.com.br/massa-
cinzenta/tres-gargantas-supera-itaipu/>. Acesso em: 12 dez. 2022.
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• Barragem Garrison, Guarnição, Estados Unidos Informações Turísticas.
Disponível em: <https://www.touristlink.com.br/Estados-Unidos/barragem-
garrison/overview.html>. Acesso em: 12 dez. 2022.
• COLMANN, B. Importância da energia hidrelétrica no Brasil e no mundo.
Disponível em: <https://blog.nexenergy.com.br/perspectivas-sobre-a-energia-
hidreletrica/>. Acesso em: 12 dez. 2022.
• SILVA FILHO, Donato da; CARNEIRO, Adriano AFM. Dimensionamento
evolutivo de usinas hidroelétricas. Sba: Controle & Automação Sociedade
Brasileira de Automatica, v. 15, p. 437-448, 2004.
43
6. APÊNDICE - PRINCIPAIS EXEMPLOS BRASILEIROS REFERENTE A
APROVEIMENTO HIDRELÉTRICO
Uma barragem, é uma barreira artificial, feita em cursos de água para a retenção
de grandes quantidades de água, resultando-se assim em um reservatório de água,
podendo ser utilizado para diversos fins, como retenção de água para abastecimento de
água para uma localidade, para controlar o fluxo de água e até mesmo para a produção
de energia elétrica através das usinas hidrelétricas, inclusive, uma barragem pode ser
construída de modo a atender mais de um fim. No Brasil, um país com um curso de
água abundante, existem centenas de barragens construídas, sendo as maiores,
conforme ilustrado a seguir, com o objetivo de reter água para a produção de energia
elétrica.
A lista abaixo traz as 12 maiores barragens do Brasil analisando-se a área do
reservatório.
1° - Barragem de Sobradinho: Localizada no estado da Bahia, represando o rio São
Francisco, a barragem possui área de reservatório de 315995,30 Hectares, tendo como
finalidade abastecer a usina hidrelétrica de Sobradinho, possuindo capacidade de
geração de 1.050MW. Compreendem o represamento de Sobradinho as seguintes
estruturas: Barragem de terra zoneada com 12.000.000 de metros cúbicos de maciço,
altura máxima de 41 m e comprimento total de 12,5 km. Vertedouro de superfície e
descarregador de fundo dimensionados para extravasar a cheia de teste de segurança
da obra. Incorporada a barragem está uma eclusa, cuja câmara tem 120 m de
comprimento por 17 m de largura, permitindo às embarcações vencerem o desnível de
32,5 metros criados pela barragem, garantido assim a continuidade da tradicional
navegação entre o trecho do Rio São Francisco compreendido entre as cidades de
Pirapora (MG) e Juazeiro (BA) - Petrolina (PE).
44
desnível da água varia com a estação entre 58 e 72 m. O reservatório tem 200 km de
comprimento e 2.850 km² de área quando cheio. Uma eclusa e um canal de 5,5 km
possibilitam a navegação fluvial entre Belém e Santa Isabel.
4° - Barragem Porto Primavera: Localizada nos estados de São Paulo e Mato Grosso
do Sul, represando o rio Paraná, a barragem possui área de reservatório de 209384,03
Hectares, tendo como finalidade abastecer a usina hidrelétrica Engenheiro Sérgio Motta,
possuindo capacidade de geração de 1.540 MW. A represa de Porto Primavera, que
capta água de uma área de 574.000 Km², inundou uma área de 2.250 km², ou 225 mil
hectares, aumentando em nove vezes o leito do rio Paraná para produzir, em sua
potência máxima instalada, 1.540 megawatts, por meio de 14 turbinas tipo Kaplan, a
45
partir de um desnível de 18,95 m, com média de 900 megawatts. Sendo uma barragem
de aterro, possui uma altura de 257 metros.
46
440 km², quando em nível máximo de operação, ao sul de Minas Gerais. O lago estende-
se por dois braços principais, o primeiro a leste da barragem, seguindo o curso do rio
Grande, por 240 quilômetros e outro, ao sul, seguindo o curso do rio Sapucaí,
estendendo-se por 170 quilômetros. Possui muitas ramificações, sendo que seu
perímetro é de cerca de 3 500 quilômetros. A barragem de Furnas, com a finalidade de
reter a água do reservatório, é formada pelo enrocamento com núcleo de argila, cuja
altura alcança 127 metros. O coroamento, ou seja, a parte superior da barragem, possui
554 metros de comprimento por quinze metros de largura. O volume total desta estrutura
é de 9,45 milhões de metros cúbicos de material. O vertedouro, responsável por liberar
a vazão excedente que não será utilizada na geração de energia, é formado por sete
comportas, cada uma com 11,5 metros de largura e 14,5 metros de comprimento,
possibilitando uma vazão máxima de 13.000 m³ por segundo.
7° - Barragem de Ilha Solteira: Localizada nos estados de São Paulo e Mato Grosso do
Sul, represando o rio Paraná, a barragem possui área de reservatório de 116481,79
Hectares, tendo como finalidade abastecer a Usina Hidrelétrica de Ilha Solteira,
possuindo capacidade de geração de 3.444 MW. Sua barragem tem 5.605 m de
comprimento e seu reservatório tem 1.195 km² de extensão. Que represa águas uma
área de captação de 375.460 km². Seu nível máximo operacional é de 328 m acima do
nível do mar e seu nível mínimo operacional é de 323 m acima do nível do mar. O Canal
Pereira Barreto, com 9.600 m de comprimento, interliga os reservatórios da Usina
Hidrelétrica de Ilha Solteira e da Usina Hidrelétrica Três Irmãos, propiciando a operação
energética integrada dos dois aproveitamentos hidrelétricos. Segundo o Operador
Nacional do Sistema Elétrico (ONS) o lago da Usina Hidrelétrica de Ilha Solteira,
combinado com o lago Usina Hidrelétrica de Três Irmãos, é capaz de armazenar 3,07%
do volume represável pelos reservatórios do Sistema Sudeste/Centro Oeste. O
vertedouro da usina de Ilha Solteira contém 19 vãos e uma descarga total de 38.300.00
m³/s. As águas do rio Tietê, afluente do rio Paraná, desembocam a montante de Jupiá
e a jusante da usina de Ilha Solteira, respectivamente.
47
8° - Barragem de Serra da Mesa: Localizada no estado de Goiás, represando o Rio
Tocantins, a barragem possui área de reservatório de 103452,55 Hectares, tendo como
finalidade abastecer a Usina Hidrelétrica Serra da Mesa, possuindo capacidade de
geração de 1.275 MW. A barragem de Serra da Mesa tem 1.500 m de comprimento e
154 m de largura. A barragem é formada de aterro de preenchimento de terra de altura
com um núcleo de argila e no total contém 12.057.558 m³ de material. O reservatório
criado pela barragem tem capacidade de 54.400.000.000 m³ e área de superfície de
1.784 km². A barragem suporta um vertedouro com cinco comportas de 15 m de largura
e 20.4 m de altura cada. No total, o vertedouro tem 15.000 m³/s de capacidade de
descarga.
48
Nordeste, ficaria sem água no período seco e de nada adiantaria sua extrema eficiência
ao aproveitar um canyon natural do rio com seus 80 metros de desnível.
49
Elétrico (ONS) o lago da Usina Hidrelétrica de Itumbiara é capaz de armazenar 7,89%
do volume represável pelos reservatórios do Sistema Sudeste/Centro Oeste, o que
representa 20,8% do armazenamento de água do sub-sistema do Rio Paranaíba. Sua
barragem é formada por aterro e possui 6 vertedouros, com 15 m de altura e 9 m de
largura cada, gerando uma capacidade de descarga de 16.000 m³/s.
QUESTÃO 1 - B
50
Busca-se então, a partir de agora, listar-se as 12 maiores usinas hidrelétricas do Brasil
em capacidade instalada:
2° - Usina Hidrelétrica de Belo Monte: Sendo construída junto ao Rio Xingú, no estado
do Pará, possui capacidade instalada de 11.233 MW, sendo a maior usina 100%
brasileira em capacidade instalada. O vertedouro principal fica na barragem do Sítio
Pimental, com vinte comportas de 20 m × 22,3 m, com vazão máxima total de 62.000
m³/s. A usina vai tem duas casas de força. A casa de força principal foi construída no
Sítio Belo Monte, pouco a montante da vila de mesmo nome. Ela tem dezoito turbinas
hidráulicas tipo Francis com potência instalada total de 11.000 MW e vazão total de 13
950 m³/s. Embora a barragem principal tenha apenas 35 m de altura, o declive natural
do rio no trecho de vazão reduzida faz com que a queda líquida (o desnível total da água
entre os reservatórios e a saída das turbinas) seja de 87 m. A casa de força
complementar foi construída junto à barragem principal, no Sítio Pimental, e tem seis
turbinas de tipo bulbo com potência total instalada de 233,1 MW, queda líquida de 11,4
m e vazão total turbinada de 2.268 m³/s.
51
3° - Usina Hidrelétrica de Tucuruí: Sendo construída junto ao Rio Tocantins, no estado
do Pará, possui capacidade instalada de 8.370 MW. A barragem de Tucuruí, de terra,
tem 11 km de comprimento e 78 m de altura. O desnível da água varia com a estação
entre 58 e 72 m. O reservatório tem 200 km de comprimento e 2.850 km² de área quando
cheio. A vazão média do rio ao longo do ano nesse ponto é aproximadamente 11.000
m³/s. Seu vertedouro, com capacidade para 110.000 m³/s, é o segundo maior do mundo.
Tucuruí possui duas casas de força, sendo a primeira com 12 unidades geradoras de
350 MW, duas auxiliares de 22,5 MW e potência instalada de 4.245 MW. A segunda
casa de força conta com 11 unidades de 375 MW e potência instada total de 4.125 MW.
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unitária. A barragem principal, do tipo enrocamento com núcleo asfáltico, está disposta
segundo um eixo retilíneo ligando a extremidade sul da Ilha do Padre à parede direita
da Casa de Força da Margem Esquerda.
5° - Usina Hidrelétrica Santo Antônio: Sendo construída junto ao Rio Madeira, no estado
de Rondônia, possui capacidade instalada de 3.568 MW. Possui 50 turbinas do tipo
Bulbo para geração de energia elétrica com potência de cerca de 71,6 megawatts (MW)
cada uma. As suas turbinas são movidas pelas características únicas da vazão do rio
Madeira, que apresenta uma variação entre 4.000 m³ por segundo no período de seca
e mais de 40.000 m³ por segundo no período de cheia. O uso de turbinas bulbo dispensa
a formação de grandes reservatórios – como é o caso da Hidrelétrica Santo Antônio,
que possui um reservatório de 422 km/2, área praticamente igual a ocupada pelo rio
Madeira durante os períodos de cheia. Hoje, a hidrelétrica apresenta um dos melhores
coeficientes de geração do país, que é de 9 Megawatts para cada quilômetro quadrado
de reservatório. A energia elétrica a produzida anualmente pela hidrelétrica equivale a
4,3% do total gerado no Brasil em 2007. A quantidade de aço usado na construção da
usina (138 mil toneladas) daria para construir 18 torres Eiffel.
6° - Usina Hidrelétrica de Ilha Solteira: Sendo construída junto ao Rio Paraná, nos
estados de São Paulo e Mato Grosso do Sul, possui capacidade instalada de 3.444 MW.
Faz parte do Complexo de Urubupungá, o sexto maior complexo hidrelétrico do mundo,
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tendo 20 unidades geradoras com turbinas tipo Francis, que geram a partir de um
desnível máximo de 41,5 m. Sua barragem tem 5.605 m de comprimento e seu
reservatório tem 1.195 km² de extensão. Que represa águas uma área de captação de
375.460 km². Seu nível máximo operacional é de 328 m acima do nível do mar e seu
nível mínimo operacional é de 323 m acima do nível do mar. O vertedouro da usina de
Ilha Solteira contém 19 vãos e uma descarga total de 38.300.00 m³/s.
7° - Usina Hidrelétrica de Xingó: Sendo construída junto ao Rio São Francisco, nos
estados de Alagoas e Sergipe, possui capacidade instalada de 3.162 MW. A usina está
diretamente a sudoeste da barragem e tem uma casa de força de 240,75 metros de
comprimento, 59 m de altura e 27 metros de largura. Ela contém turbinas Francis para
cada um dos 6 geradores de 527 MW. A planta também foi projetada para acomodar
outros quatro geradores idênticos que, se instalados, trariam sua capacidade instalada
total aumentada para 5.270 MW. Xingó é uma barragem de enrocamento de face de
concreto com 830 metros de comprimento e 140 metros de altura. Diretamente a
nordeste da barragem está seu vertedouro com 12 comportas com uma capacidade
máxima de escoamento de 33.000 m³/s. A barragem suporta um reservatório com
capacidade de 3,8 km³ de volume de água.
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8° - Usina Hidrelétrica Paulo Afonso IV: Sendo construída junto ao Rio São Francisco,
no estado da Bahia, possui capacidade instalada de 2.462 MW. O represamento de
Paulo Afonso IV é constituído de barragens e diques de seção mista terra-enrocamento
num comprimento total de 7.430 m e altura máxima de 35,00 m; estruturas de concreto
em um cumprimento total de 1.053,50 m compreendendo vertedouro com 8 comportas
tipo de crista/controlado, com capacidade de descarga de 10.000 m³/s, tomada d'água,
casa de máquinas do tipo subterrânea com 6 unidades geradoras cada uma do tipo
Francis, com capacidade nominal de 410 MW, totalizando 2.462.400 kW.
10° - Usina Hidrelétrica Teles Pires: Sendo construída junto ao Rio Teles Pires, nos
estados de Mato Grosso e Pará, possui capacidade instalada de 1.820 MW. Sua
barragem possui 80 metros de altura, se estendendo por 1.650 m, o que dá uma área
de reservatório de 150 km². Sua casa de força abrigada é composta por 5 unidades
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geradoras, sendo elas do tipo Francis de eixo vertical, com potência nominal por unidade
de 364 MW.
11° - Usina Hidrelétrica de São Simão: Sendo construída junto ao Rio Paranaíba, nos
estados de Minas Gerais e Goiás, possui capacidade instalada de 1.710 MW. A usina
opera com 6 turbinas do tipo Francis. A área máxima inundada pelo reservatório é de
722,25 km² de área, a barragem da usina tem 127 metros de altura (máximo operativo
com 401 m do nível do mar, com queda efetiva útil para geração de energia elétrica de
70,9 m - mínimo operativo 390,5 m do nível do mar, com queda efetiva útil para geração
de energia elétrica de 60,4 m) e comprimento de 3,5 km. O volume de água em seu lago
pode chegar a 12, 5 bilhões de m³.
12° - Usina Hidrelétrica de Foz do Areia: Sendo construída junto ao Rio Iguaçu, no
estado do Paraná, possui capacidade instalada de 1.676 MW. O projeto inclui uma
barragem de enrocamento compactado, impermeabilizada por face de concreto. Esta
solução foi imposta pela falta no local de argila que pudesse ser usada como núcleo. O
vertedouro está localizado na margem esquerda e a Casa de Força e suas obras de
adução e saída estão localizadas na margem direita. O vertedouro possui 4 comportas
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com capacidade de descarga de 11.000 m³/s. A casa de força possui 4 unidades
geradoras do tipo Francis com potência nominal unitária de 418,5 MW.
QUESTÃO 1 - C
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