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SISTEMAS DE POTÊNCIA
JANDIRA - SP
2020
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por direitos autorais e não pode ser reproduzido ou repassado para terceiros. 23/07/2022 11:04:39
SUMÁRIO
RESUMO ....................................................................................... I
1 INTRODUCAO ...................................................................... 1
1.1 PRINCÍPIO DE FUNCIONAMENTO DE UMA USINA
HIDRELÉTRICA ............................................................................. 2
1.1.1 Uma breve história da eletricidade ................................ 2
1.1.2 Água, principal recurso de uma usina hidrelétrica........ 2
1.1.3 A hidrelétrica .................................................................. 4
1.2 FUNCIONAMENTO DA ITAIPU ................................................ 6
1.3 SISTEMA DE GERAÇÃO DA ITAIPU ......................................... 6
1.4 SISTEMA DE TRANSMISSÃO DA ITAIPU .................................. 7
2 A ENERGIA EM JANDIRA ................................................ 9
3 CONCLUSÕES .................................................................... 10
4 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS............................... 11
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RESUMO
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1 INTRODUCAO
Iluminar o mundo por 40 dias, esta é a incrível marca que foi atingida por Itaipu em no-
vembro de 2016, isso se a energia gerada pela gigante “pedra que canta” (em tupi-guarani)
pudesse ser acumulada, ainda assim um enorme feito para as áreas de engenharia. Apresenta-
remos aqui um estudo sobre essa gigante que, mesmo sendo uma empresa binacional traz orgu-
lho para nós brasileiros. Como empresa jurídica de direito privado binacional se deve às ordens
jurídicas de Brasil e Paraguai, países às quais está submetida. Dessa forma 50% dela é admi-
nistrada pela Eletrobrás representando o Brasil e 50% comandados pela Administração Nacio-
nal de Eletricidade (Administración Nacional de Eletricidad, ANDE) representando nosso vi-
zinho Paraguai. Com 14000MW instalados e 20 unidades geradoras, Itaipu é a segunda maior
usina hidrelétrica em funcionamento, ficando atrás somente da usina chinesa de Três Gargantas
que possui 22400MW instalados. Orgulho nacional e principalmente daqueles que são das áreas
de engenharia pois sua obra é um conjunto de grandes feitos de todas elas. Um monumento da
engenharia civil que consumiu 12,7 milhões de m³ de concreto, volume este que daria para
construir 210 estádios de futebol como o nosso outro orgulho, o Maracanã. Com eixos e rotores
que giram a velocidades próximas a 700 rpm e possuem diâmetros de até 20m, a engenharia
mecânica aplicada na construção, não só de Itaipu, mas de usinas hidrelétricas em geral é de
uma magnitude incrível. E por fim mas não menos importante, a parte elétrica da usina faz com
que ela seja vista não só por nós mas pelo mundo todo como um grande feito nas áreas de
engenharias e objeto de estudo e investimentos.
Traremos nesta pesquisa uma breve história da eletricidade mostrando alguns nomes de
extrema importância para nós ainda hoje, depois traremos a introdução do funcionamento de
uma usina hidrelétrica, com os principais pontos de seu funcionamento, porém sem nos apro-
fundar em termos mais técnicos pois nossa pesquisa será focado na gigante binacional. Em
seguida analisaremos o funcionamento da Itaipu, procurando incluir pontos da literatura que
existe dela com outra visão. Continuando este raciocínio analisaremos também o sistema de
geração da Itaipu, passando também pelo sistema de transmissão da Itaipu. No final da parte de
desenvolvimento mostrarei aqui com é o sistema de distribuição da minha cidade. Na conclusão
trarei observações do que foi desenvolvido e aprendido.
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O bem mais precioso da humanidade e fundamental para a vida no planeta, a agua é utili-
zada para irrigação, transporte, lazer, saneamento, indústria e produção de energia. Pela difícil
convivência do homem com a natureza, pelo paradigma do desenvolvimento, a agua é um item
que vem sofrendo pelas ações do homem. Uma utilização dimensionada de maneira individual
e desintegrada traz a degradação dos usos e do sentido do relacionamento humano com a agua.
Segundo alguns estudiosos pode ser motivo de guerras no futuro, assim como já ocorreu no
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passado. Por se tratar de algo tão delicado e vital para nossa sobrevivência, cada vez mais estu-
dos são realizadas antes da utilização deste recurso em grande escala, como na construção de
usina hidrelétrica.
Considerada uma fonte de energia renovável, a geração de energia através de usina hidre-
létrica ainda é ponto de fortes discussões pelas comunidades e ong’s de preservação ambiental.
Isso acontece pois para a construção de uma usina hidrelétrica uma grande área é alagada para
a construção da barragem. Assim, animais são retirados ou “expulsos” de seus habitats, vege-
tação nativa é perdida e a população deslocada em alguns casos para regiões completamente
diferente de seu local de origem, tendo que aprender outras profissões alguns e até mesmo per-
dem grande parte do que construíram. Mas quando um projeto de grande porte, como a cons-
trução de Itaipu, é elaborado leva-se em conta a legislação existente, o chamado Código das
Aguas (1934) que estabelece a harmonia dos aproveitamentos hidráulicos para a geração de
energia com os outros recursos. O artigo 143 prevê que:
“Em todos os aproveitamentos de energia hidráulica serão satisfeitas as exigências acau-
teladoras dos interesses gerais:
a) Da alimentação e das necessidades das populações ribeirinhas.
b) Da salubridade pública.
c) Da navegação.
d) Da irrigação.
e) Da proteção contra inundações.
f) Da conservação e livre circulação do peixe.
g) Do escoamento e rejeição das aguas.”
Vemos no mesmo texto um limite para a retirada de agua destinada a outros usos ao longo
da bacia hidrográfica aproveitada para a produção de energia elétrica. Em 1988 a constituição
federal estabeleceu alguns princípios quanto a administração das águas, agregando valor eco-
nômico a água. Mas foi em 1977 que foi sancionada a Lei Das Águas, um dos principais marcos
da gestão dos recursos hídricos do Brasil.
É fundamental que todos os profissionais que atuam em áreas envolvidas no uso de nossos
recursos hídricos tenham consciência que este recurso vai além de sua profissão, se importando
sempre com os efeitos causados aos demais usuários de nossa água doce.
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1.1.3 A hidrelétrica
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uma turbina do tipo Pelton, Francis ou Kaplan. Cada uma tem uma relação direta entre altura
da usina ou queda d’água. A rotação específica da turbina é dada por:
Onde N é a rotação da turbina dada em rps (rotação por segundo), Q a vazão em m³/s, H é a
altura em metros e g a aceleração da gravidade. A figura 1-2 nos mostra os tipos de turbina e a
sua faixa de operação.
As centrais hidrelétricas são classificadas pela sua vazão natural, por sua potência, pela
forma de captação de agua e sua função no sistema. Quanto a classificação das usina hidrelétri-
cas (UHEs), elas podem ser grandes UHEs, médias UHEs ou pequenas centrais hidrelétricas
(PCHs).
Como visto, as principais variáveis de uma hidrelétrica atuante sobre a potência são altura
da queda d’água e a vazão desta água passando pela turbina. A potência elétrica está diretamente
relacionada com a energia potencial e pode ser obtida por:
Em que TOT é o rendimento total do conjunto.
Até aqui vimos o quão complexo é a implementação de uma usina hidrelétrica, vimos que
esta é um conjunto de grandes feitos de várias áreas da engenharia. Vamos nos aprofundar agora
em uma gigante adimirada no mundo todo.
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Base de muitos estudos e pesquisas, as centrais geradoras de Itaipu impressionam por seu
tamanho e ritmo de funcionamento. Com 20 unidades geradoras de 18kV, com turbinas do tipo
Francis (ultima instalada em 2007), possui uma potência total de 14GW e cada unidade gera-
dora é capaz de gerar uma potência nominal de 700MW. Como ela é binacional e nosso vizinho
Paraguai utiliza em seu sistema uma frequência de 50Hz e a nossa frequência é de 60Hz, metade
desses geradores geram frequências de 50Hz com velocidades de 90,9rpm, enquanto os gera-
dores que geram nosso 60Hz giram a uma velocidade de 92,3rpm. Outros dados importantes
para engenheiros conhecerem a respeito do sistema de geração de Itaipu é o número de polos
dos geradores, que vemos aqui os geradores de 50Hz possuem 66 polos, enquanto os de 60Hz
possuem 78 polos, e os fatores de potência, é claro, também diferem para cada frequência. Para
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50Hz temos um fator de potência de 0,85 e para 60Hz um fator de potência de 0,95. As potên-
cias nominais também mudam frente a frequência, pois os geradores de 50Hz possuem potência
nominal de 823,6MVA e os geradores de 60Hz potência de 737,0MVA. Uma curiosidade que
vemos no site da Itaipu binacional a respeito dos geradores é que a peça mais pesada é o rotor
com 1760 toneladas e cada unidade pesa 3343 toneladas os geradores de 50Hz e 3342 toneladas
os geradores de 60Hz. Na figura 1-3 vemos o modelo do gerador de Itaipu.
Salientamos o fato de metade dos geradores produzirem energia elétrica a uma frequên-
cia de 50Hz para o vizinho Paraguai, o que não impede de utilizarmos essa energia mesmo
gerada a 50Hz. Nas subestações da usina existe alguns retificadores que convertem a energia
gerada de forma alternada em continua, em extra alta tensão (700kV), para ser transformada
para corrente alternada já a uma frequência de 60Hz.
As tensões geradas por Itaipu são de 18kV (CA) e transformadas para tensões de
500kV(CA). Essa transformação ocorre para que essa energia percorra grandes distancias. Para
cada unidade geradora existem três transformadores, um para cada fase. As SE’s transforma-
doras de encontram ainda dentro da usina e, como visto anteriormente, possuem duas SE’s com