Você está na página 1de 6

1.

0 - INTRODUÇÃO

A energia hidrelétrica é a obtenção de energia elétrica através do aproveitamento do potencial


hidráulico de um rio. Para que esse processo seja realizado é necessária a construção de usinas em
rios que possuam elevado volume de água e que apresentem desníveis em seu curso.

A força da água em movimento é conhecida como potencial, essa água passa por tubulações da
usina com muita força e velocidade, realizando a movimentação das turbinas. Nesse processo, ocorre
a transformação de energia potencial (energia da água) em energia mecânica (movimento das
turbinas). As turbinas em movimento estão conectadas a um gerador, que é responsável pela
transformação da energia mecânica em energia elétrica.

Normalmente as usinas hidrelétricas são construídas em locais distantes dos centros consumidores,
esse fato eleva os valores do transporte de energia, que é transmitida por fios até as cidades.

A eficiência energética das hidrelétricas é muito alta, em torno de 95%. O investimento inicial e os
custos de manutenção são elevados, porém, o custo do combustível (água) é nulo.

Atualmente, as usinas hidrelétricas são responsáveis por aproximadamente 18% da produção de


energia elétrica no mundo. Esses dados só não são maiores pelo fato de poucos países apresentam
as condições naturais para a instalação de usinas hidrelétricas. As nações que possuem grande
potencial hidráulico são os Estados Unidos, Canadá, Brasil, Rússia e China. No Brasil, mais de 95%
da energia elétrica produzida é proveniente de usinas hidrelétricas.

Apesar de ser uma fonte de energia renovável e não emitir poluentes, a energia hidrelétrica não está
isenta de impactos ambientais e sociais. A inundação de áreas para construção de barragens gera
problemas de relocação das populações ribeirinhas, comunidades indígenas e pequenos agricultores.
Os principais impactos ambientais ocasionados pelo represamento da água para a formação de
imensos lagos artificiais são: destruição de extensas áreas de vegetação natural, matas ciliares, o
desmoronamento das margens, o assoreamento do leito dos rios, prejuízos à fauna e a flora locais,
alterações no regime hidráulico dos rios, possibilidades da transmissão de doenças, como
esquistossomose e malária, extinção de algumas espécies de peixes. Abaixo a usina de Itaipú, a
maior hidrelétrica do mundo.

1
2.0 – Como esta fonte de energia é encontrada no
ambiente?

3.0 – Potencial Instalado no Brasil

O valor do potencial hidrelétrico brasileiro é composto pela soma da parcela estimada (remanescente
+ individualizada) com a inventariada.

O potencial estimado é resultante da somatória dos estudos:

• De potencial remanescente - resultado de estimativa realizada em escritório, a partir de dados


existentes, sem qualquer levantamento complementar, considerando-se um trecho do curso d'água,
via de regra situado na cabeceira, sem determinar o local de implantação do aproveitamento; e

• Individualizados - resultado de estimativa realizada em escritório para um determinado local, a


partir de dados existentes ou levantamentos expeditos, sem qualquer levantamento detalhado.

A parcela inventariada inclui usinas em diferentes níveis de estudos - inventário, viabilidade e projeto
básico - além de aproveitamentos em construção e operação (ELETROBRÁS, 2004). O potencial
inventariado é resultante da somatória dos aproveitamentos:

• Apenas em inventário - resultado de estudo da bacia hidrográfica, realizado para a determinação


do seu potencial hidrelétrico, mediante a escolha da melhor alternativa de divisão de queda,
caracterizada pelo conjunto de aproveitamentos compatíveis entre si e com projetos desenvolvidos,
de forma a se obter uma avaliação da energia disponível, dos impactos ambientais e dos custos de
implantação dos empreendimentos;

• Com estudo de viabilidade - resultado da concepção global do aproveitamento, considerando sua


otimização técnico-econômica que permita a elaboração dos documentos para licitação. Esse estudo
compreende o dimensionamento das estruturas principais e das obras de infra-estrutura local e a
definição da respectiva área de influência, do uso múltiplo da água e dos efeitos sobre o meio
ambiente;

• Com projeto básico - aproveitamento detalhado e em profundidade, com orçamento definido,


que permita a elaboração dos documentos de licitação das obras civis e do fornecimento dos
equipamentos eletromecânicos;

2
• Em construção - aproveitamento que teve suas obras iniciadas, sem nenhuma unidade geradora
em operação; e

• Em operação - os empreendimentos em operação constituem a capacidade instalada.

Os aproveitamentos somente são considerados para fins estatísticos nos estágios "inventário",
"viabilidade" ou "projeto básico", se os respectivos estudos tiverem sido aprovados pelo poder
concedente.

O potencial hidrelétrico brasileiro consiste em cerca de 260 GW. Contudo apenas 68% desse
potencial foi inventariado (Tabela 4.1). Entre as bacias com maior potencial destacam-se as do Rio
Amazonas e do Rio Paraná.

Na Bacia do Amazonas, destaca-se a sub-bacia 18 (Rio Xingu), com 12,7% do potencial inventariado
no País (Tabela 4.2). Outras sub-bacias do Amazonas, cujos potenciais estimados são consideráveis,
são a do Rio Tapajós (17), a do Rio Madeira (15) e a do Rio Negro (14). Na Bacia do Tocantins,
destaca-se a sub-bacia 29 (Rio Itacaiunas e outros), com 6,1% do potencial brasileiro inventariado.
Na Bacia do São Francisco, o destaque vai para a sub-bacia 49, que representa 9,9% do potencial
inventariado. Na Bacia do Paraná, existem várias sub-bacias com grandes potenciais, entre elas a 64
(Paraná, Paranapanema e outros), com 8,1% do potencial hidrelétrico inventariado no País.

4.0 – Aplicações

5.0 – Vantagens e Desvantagens

VANTAGENS DA ENERGIA HIDRELÉTRICA

Não é necessário qualquer combustível: Uma das principais vantagens das centrais hidrelétricas
é que não necessitam de nenhum combustível para produzir energia. As centrais hidrelétricas
utilizam a energia renovável de água para gerar eletricidade.

O preço da eletricidade é constante: Como não é necessário qualquer combustível para as


centrais hidrelétricas, o preço da eletricidade produzida por estas é mais ou menos constante. Não
depende do preço de combustíveis como carvão, petróleo e gás natural no mercado internacional. O
país nem sequer tem de importar o combustível para dirigir a central hidrelétrica poupando, assim,
imensa moeda local.

Não é criada poluição do ar: Como as centrais hidrelétricas não queimam nenhum combustível,
não criam qualquer poluição. Não emitem gases perigosos e matéria de partículas, e assim mantêm a
atmosfera circundante limpa e sã para a vida.

Vida longa: a vida das centrais hidrelétricas é mais longa do que a vida de centrais termais. Há
algumas centrais hidrelétricas que foram construídas há mais de 50-100 anos e ainda estão em
funcionamento.

3
Preço da produção de eletricidade: são necessárias muito poucas pessoas para o funcionamento
de uma central hidrelétrica, visto que a maior parte das operações são automatizadas, os custos
operacionais das centrais hidrelétricas são baixos. Além disso, conforme as centrais ficam mais
velhas, o preço da eletricidade que gera fica mais barato, visto que o preço de capital inicial investido
na fábrica é recuperado durante o longo período de operações.

Funciona facilmente durante o pico de cargas diárias: a exigência diária de energia não é
constante em todas as alturas do dia. O pico máximo ocorre à noite. É muito difícil começar e parar
diariamente as centrais termais e nucleares. As centrais hidrelétricas podem ser facilmente iniciadas
e paradas sem consumir muito tempo. A água pode ser reunida na barragem em todas as alturas do
dia e isto pode ser usado para gerar eletricidade durante os períodos de pico.

Irrigação de quintas: a água das barragens também pode ser usada para a irrigação de terrenos
de quintas, produzindo assim a produtividade agrícola durante todo o ano, até em áreas onde os
aguaceiros são escassos ou nulos.

Desportos aquáticos e jardins: nas imediações das barragens, a água do reservatório pode ser
utilizada para desenvolver instalações recreativas públicas como parques de desportos aquáticos e
jardins.

Previne inundações: as barragens também ajudam a prevenir inundações nas áreas próximas dos
grandes rios.

- Devido à disponibilidade ciclo da água é inesgotável.

- É uma energia totalmente limpa, não emite gases, não emite tóxico e não causa a
chuva ácida.

- É uma energia barata, os custos operacionais são muito baixos, não são constantes
melhorias tecnológicas que ajudem a explorar os recursos com mais eficiência.

- Ele armazena facilmente sistemas de abastecimento de água para recreação ou de


irrigação.

- Você pode regular o fluxo de controle e se há risco de alagamento.

Desvantagens:

Desvantagens

- A construção dos pratos requerem um grande investimento, além disso, os sítios


onde se pode construir o poder em condições econômicas são muito limitadas.

- Os obstáculos tornam-se presa de espécies como o salmão

4
- Em segundo lugar, as barragens afetam os leitos dos rios, causando erosão e afetar
o ecossistema.

- Barragens tendem a estar longe de grandes populações, então você precisa para
transportar a electricidade produzida através de redes caro.

6.0 – IMPACTO NA SUSTENTABILIDADE

O convite é da Associação Internacional de Hidroeletrecidade (IHA), e a decisão de participar ou não

do desafio é das próprias construtoras de usinas: demonstrar o quão sustentáveis são os projetos

que levantam enormes barragens em rios para gerar uma energia renovável tida como limpa e

responsável por 16% de toda a eletricidade produzida no mundo.

O chamado Protocolo de Avaliação de Sustentabilidade de Hidrelétricas avalia novos projetos em

quatro áreas vitais: social, econômica, ambiental e técnica. Em parceria com organizações como

Transparência Internacional, WWF, Oxfam e Nature Conservancy, a IHA espera despertar mais

engajamento no setor privado, para que ele se comprometa em projetos que tenham o menor

impacto possível.

O histórico de Belo Monte resume em si as questões que acompanham a construção de uma usina

hidrelétrica. A fonte de energia, tão importante para o abastecimento brasileiro, traz degradação

ambiental, afeta populações tradicionais e provoca o deslocamento de povos indígenas.

Avaliação inédita

“O protocolo é uma ferramenta que ajuda a olhar para um projeto de usina e determinar, a partir

dos 20 pontos em análise, o que está indo bem e que não está. É uma ferramenta muito importante

para o debate entre investidores, sociedade civil e empreiteiras, para que fique claras as deficiências

e qualidades dos projetos de hidrelétricas”, disse à Deustche Welle Donal O’Leary, da Transparência

Internacional.

Até o lançamento do protocolo, apenas instituições financeiras, como o Banco Mundial, exigiam que

alguns padrões fossem observados em projetos de hidrelétricas, com a mera finalidade de liberar ou

não um financiamento. Comissões específicas também faziam vistorias de projetos. O ineditismo do

protocolo está no fato de ele passar a lupa no setor de produção de energia – e de este ter a chance

de provar que quer associar sua imagem à sustentabilidade.

A avaliação gera uma nota que vai de 1 a 5, sendo esta a melhor pontuação. Até o momento, o

protocolo foi aplicado na hidrelétrica de Shardara, no Cazaquistão, usina com capacidade de gerar

100 MW e que tem um reservatório que cobre uma área de 900 quilômetros quadrados.

A hidrelétrica recebeu a pior nota no critério “biodiversidade e espécies invasivas”, e a máxima para

“gerenciamento do reservatório”, “saúde pública” e “patrimônio cultural”. Em aspectos como “erosão

5
e sedimentação”, “segurança de infraestrutura” e “gerenciamento ambiental e social”, entre os

demais contidos na avaliação, a nota obtida foi 2.

No Brasil

A Itaipu Binacional e a Odebrecht são as primeiras a manifestar interesse em adotar o protocolo no

Brasil. “Nós fomos visitar o projeto Santo Antônio, que a Odebrecht conduz, e vimos o que eles estão

fazendo em termos de construção, de gerenciamento ambiental. E, pelo que vimos lá, os impactos

ambientais do projeto parecem ser razoáveis, maleáveis”, disse O’Leary.

A Odebrecht faz parte do consórcio de construção da usina hidrelétrica Santo Antônio, no rio

Madeira, em Rondônia, com capacidade de 3.150 MW. A companhia tem participação na edificação

de 70 centrais hidrelétricas, de 17 usinas termelétricas e de Angra 1 e Angra 2.

Entre as empresas que formam o consórcio Norte Energia, responsável pela obra da usina de Belo

Monte, nenhuma manifestou, até o momento, interesse em aderir ao Protocolo de Avaliação de

Sustentabilidade de Hidrelétricas, informou à Deutsche Welle a assessoria da IHA.

7.0 – CONCLUSÃO

8.0 – BIBLIOGRAFIA

Você também pode gostar