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Geração e Distribuição de Energia

Plano de aula de Geração e Distribuição de energia.


32hs ( 07/12 a 18/12) ( 06/01 a 08/01)

Usina hidrelétrica
Usina nuclear
Usina solar
Usina Térmicas // Eólica
Distribuição de energia elétrica
Trabalho
Prova
Usina Hidrelétrica
Etapas para construção de uma Hidrelétrica:
As etapas necessárias para construção de uma usina hidrelétrica ( seja
PCH ou uma CGH) ou ate mesmo um UHE?

PCH e CGH são siglas para usinas hidrelétricas de tamanho e potência


relativamente reduzidos. Para se enquadrarem nessa categoria, as
Pequenas Centrais Hidrelétricas (PCHs) precisam ter entre 5 MW e 30
MW de potência, enquanto as Centrais Geradoras Hidrelétricas (CGHs)
até 5 MW, e as UHE - Usinas Hidrelétricas - de 5.000 até 50.000 kW.

Conferindo no Sistema de Informações de Geração (SIGA), que um


sistema da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), que reúne
dados constantemente atualizados sobre a capacidade instalada de
geração de energia elétrica do Brasil.
• Contamos com 546 PCHs e 744 CGHs espalhadas pelo país, que
juntas somam mais de 6209 MW de potência fiscalizada e
representam, aproximadamente, 4% da matriz elétrica brasileira. 
 
• 219 usinas hidrelétricas, que são responsáveis por 109,3 gigawatts
(GW) de capacidade instalada em operação. Três das usinas no país
estão entre as dez maiores do planeta – Itaipu Binacional (14.000
MW, divididos entre Brasil e Paraguai), Belo Monte (11.233 MW) e
Tucuruí (8.370 MW). Em 2020, a energia gerada no Brasil a partir de
fonte hidráulica foi de 415.483 gigawatts-hora (GWh). 
• O que é PCH 
• Pequenas Centrais Hidrelétricas (PCHs) são usinas hidrelétricas de
tamanho e potência relativamente reduzidos. A classificação dessas
usinas foi feita pela Aneel, em 1997 e deve seguir as
características abaixo: 
• Potência instalada entre 5 MW e 30 MW; 
• Área de reservatório de até 13 km², excluindo a calha do leito regular
do rio. 
• Em razão de seu reduzido espaço físico, as PCHs possuem custo de
construção menor e podem ser implantadas em locais próximos a
centros consumidores, representando uma boa opção para
complementar a matriz energética brasileira. 
Tipos de PCH
Segundo as diretrizes da ELETROBRAS para projetos de PCH, as
usinas são classificadas quanto a capacidade de regularização, quanto
ao sistema de adução, e quanto a potência instalada de projeto.
Os tipos de PCH, quanto à capacidade de regularização do reservatório,
são:
-Fio d’Água;
-Acumulação, com Regularização Diária do Reservatório;
-Acumulação, com Regularização Mensal do Reservatório.

Não fazem parte do escopo deste projeto as centrais hidrelétricas de


acumulação com regularização superior à mensal.
Reservatório da Pequena Central Hidrelétrica Bela Vista, instalada pela Copel
no rio Chopim, entre os municípios de Verê e São João, no sudoeste do
Paraná. Estão sendo investidos R$ 224 milhões no empreendimento, que terá
29,8 MW de capacidade instalada e vai produzir energia elétrica para 100 mil
pessoas.
Pequena Central Hidrelétrica A PCH do TIGRE está aproveitando o
potencial hidrelétrico do rio Marrecas, localizada a 21 quilômetros da
foz do rio Iguaçu, no Município de Mangueirinha, Estado do Paraná.
• Como funciona uma PCH? 
• É preciso construir uma barragem para represar a água de um rio,
formando um reservatório. Quando abrimos as comportas dessa barragem,
a água do reservatório desce pela tubulação até atingir as turbinas. Essas
turbinas são formadas por várias pás e conforme a água passa por elas,
aciona o gerador da usina, transformando energia mecânica em energia
elétrica.  
• Essa energia elétrica tem a sua tensão elevada por um transformador,
passa pela rede de transmissão e em seguida é distribuída pela cidade
pelos fios.  
• Toda a água utilizada ao longo desse processo é devolvida ao rio, sem
qualquer tipo de perda e pode ser aproveitada normalmente. 
• As PCHs são uma possibilidade de geração de energia limpa e com baixo
impacto ambiental. Além disso, sua construção proporciona benefícios à
região ao redor, como novos empregos para a pessoas, oportunidades
de negócio e melhorias na infraestrutura. 
O que é CGH 
• Centrais Geradoras Hidrelétricas (CGH) são usinas hidrelétricas
ainda menores do que as PCHs. A potência é igual ou inferior a 5
MW.  
• Com funcionamento semelhante ao das PCHs, as CGHs possuem
obras de execução bastante simplificadas. Em razão de seu porte
pequeno, possuem incentivos legais e descontos em tarifas
setoriais. 
Central Geradora Hidrelétrica (CGH) Nicolau Klüppel, possibilidade de
gerar cerca de 21.600 Kwh/mês, o que equivale à metade da energia
consumida em todo o Parque Barigui mensalmente.
A construção da CGH Viganó situa-se no Rio Chopim, na margem esquerda,
em Cruzeiro do Iguaçu. Está em estágio bem avançado e dentro do
cronograma, apesar da pandemia do coronavírus, possui queda de 4,70 m,
com vazão turbinada de aproximadamente 129,00 m³/s, e potência instalada
de 5,00 MW. Terá 2,0 unidades geradora em sua operação.
• Fio d’Água
Usinas hidrelétricas a fio d’água são
aquelas que dispõem de
reservatório de água, porém sem
volume útil.
A opção à fio d’água foi adotada
para a construção da Usina de Belo
Monte e parece ser uma tendência
a ser adotada em projetos futuros,
em especial aqueles localizados na
Amazônia, onde se concentra
grande potencial hidrelétrico
nacional ainda disponível em Usinas
como Santo Antônio e Jirau, no rio
Madeira
Acumulação com Regularização:
Esse tipo de PCH é empregado quando as vazões de estiagem do
rio são inferiores à necessária para fornecer a potência para suprir a
demanda do mercado consumidor e ocorrem com risco superior ao
adotado no projeto, nesse caso, o reservatório fornecerá o adicional
necessário de vazão regularizada.

A barragem interrompe o curso d’água e forma o reservatório, regulando a


vazão. Hidrelétricas com reservatórios próprios são capazes de viabilizar a
regularização das vazões.
Diferenças na entre PCH e CGH:
Enquanto a PCH demanda um estudo de inventário (que analisa o
potencial hidráulico da fonte escolhida) e um projeto com detalhamento
técnico para análise e aprovação da Aneel, a CGH, em razão de seu
pequeno porte, está dispensada do cumprimento das duas etapas acima.  

Para iniciar suas obras, é necessário apenas comunicar à Aneel sobre a


intenção de implantação e obter os licenciamentos ambientais. 
Como o processo de criação de uma CGH é simplificado, seu prazo de
implantação dura até dois anos, enquanto o das PCHs pode chegar
a cinco anos.
Outra vantagem do investimento em CGHs é o custo, que é mais baixo por
conta de sua estrutura reduzida e da menor complexidade de processos.    
Identificação de um potencial:
• Sabemos que não é possível construir uma hidrelétrica sem um
rio.  Então antes de qualquer coisa é necessário identificar um
local que ofereça condições para produção de energia hidrelétrica.

• Com relação terras onde o rio se encontra não precisa ser


proprietário, mas precisa ter autorização para uso fruto do recurso
hídrico presente nela.
• Essa autorização estende toda a área de alagamento de ambos
os lados do rio e da Área de Preservação Permanente (APP) –
(30, 50 ou 100 metros do rio, dependendo do estado).
Estudos e Projetos:
Tendo posse de uma área de terra com um rio, o primeiro passo é
realizar o estudo de inventário, estudo de viabilidade e o projeto básico.
Nem todos os tipos de usina precisam dos três itens, em CGHs, por
exemplo, parte-se direto para o projeto básico.

No estudo de inventário é feita a avaliação do rio como potencial de


geração de energia, o estudo da bacia hidrográfica para obter
informações precisas sobre quanto de energia poderá ser gerada
naquele local, procedimentos para minimizar os impactos ambientais e
avaliar quanto será preciso investir na estrutura e em obras civis.
O projeto de viabilidade, como o nome sugere, mostra se o projeto é
viável ou não de dois pontos de vista: (1) ambiental e (2) custo frente ao
retorno.

Ambiental: Analisa-se os impactos ambientais que aquele


empreendimento pode gerar e, se existirem, se podem ser revertidos de
alguma forma.

Custo frente ao retorno: verifica se a renda que a usina irá gerar é


suficiente para pagar os custos de execução do projeto e para gerar
lucro ao investidor.
O projeto básico serve para planejar a construção da usina por
completo.
É preciso barragem?
Se sim, qual o melhor local, qual a altura?
Quais estruturas usar para resistir às forças que agirão sobre ela
(pressão da água por exemplo)?
Qual a melhor disposição do conduto forçado?
Enfim, TODAS as questões sobre o projeto são levantadas aqui.

engenharia mecânica busca as informações para definir quais


equipamentos serão mais adequados para aquela determinada
situação e quais características específicas cada equipamento dessa
usina deve ter
Licenciamento Ambiental:
O processo de licenciamento ambiental pode ser executado em
paralelo a etapa anterior (estudos e projeto) e também se divide em
três etapas:
Licença Prévia (LP);
Licença de Instalação (LI);
Licença de Operação (LO).

Licença Prévia: concedida na fase preliminar do planejamento do


empreendimento ou atividade aprovando sua localização e
concepção, atestando a viabilidade ambiental e estabelecendo os
requisitos básicos e condicionantes a serem atendidos nas próximas
fases de sua implementação (CONAMA, 1997);
Licença de Instalação: autoriza a instalação do empreendimento
ou atividade de acordo com as especificações constantes dos
planos, programas e projetos aprovados, incluindo as medidas de
controle ambiental e demais condicionantes, da qual constituem
motivo determinante (CONAMA, 1997);

Licença de Operação: autoriza a operação da atividade ou


empreendimento, após a verificação do efetivo cumprimento do que
consta das licenças anteriores, com as medidas de controle
ambiental e condicionantes determinados para a operação
(CONAMA, 1997);
Obras Civis:
 Inicia então a etapa de obras civis. Nela é construída barragem,
reservatório, canal de adução e condutos forçados.
Barragem: tem a função de reter a água formando um desnível.
O objetivo da barragem pode ser aumentar a queda, fazer um desvio
no curso do rio ou apenas manter o nível de água constante para
melhor operação da usina.

Reservatório: é o lago formado por consequência da barragem e


pode ser a fio d’água ou de acumulação.
Canal de Adução e Conduto
Forçado: 
São as estruturas responsáveis por
levar a água até a casa de máquinas.
A água é capturada no nível da
barragem e a pressão gerada pela
queda que existe até o nível da casa
de máquinas é que faz o movimento
das turbinas.
Grupo Gerador e Acessórios:
O grupo gerador é composto por três itens principais: (1) turbina, (2)
gerador e (3) regulador de velocidade.
Turbina: de uma forma bem simples pode-se dizer que a turbina
hidráulica é uma espécie de roda com pás – que podem ser móveis ou
fixas, dependendo do tipo.
O objetivo da turbina é que a água levada até ela pelo conduto forçado
seja inserida com pressão nas pás da turbina, fazendo com que ela gire.

Nesse processo diz-se que a energia potencial – a pressão da água tem


um potencial de gerar movimento – foi transformada em energia
mecânica – o próprio movimento. A turbina é ligada por um eixo,
transferindo esse movimento ao gerador.
• Tipos de turbinas hidrelétricas: Francis,
Pelton e Kaplan

A turbina Francis foi desenvolvido em 1848 do


engenheiro anglo-americano James B. Francis e
representa o tipo mais utilizado de turbina
hidráulica. É uma turbina de fluxo centrípeto: a
água atinge o impulsor por meio de um duto em
espiral, e as hélices ajustáveis na parte fixa
direcionam o fluxo para as hélices do impulsor. É
utilizada em casos em que haja diferenças de
altura média (de 10 a 300/400 metros) e fluxos
de água de 2 a 100 metros cúbicos por segundo.
A turbina Pelton foi criada em 1879 pelo
carpinteiro e inventor americano Lester Allan
Pelton. Seu princípio de operação reflete o da
roda clássica dos antigos moinhos, modificada
para aumentar sua eficiência: a água é
transportada para a tubulação, que possui um
bico no final, um tipo de gargalo que aumenta a
velocidade da água direcionada. O jato de água
que sai pelo bico atinge as pás do impulsor, que
têm formato de côncavo. A turbina Pelton é
usada para grandes diferenças de altura (entre
300 e 1400 metros) e cursos inferiores a 50
metros cúbicos por segundo, para se obter
velocidades mais elevadas.
 Turbina Kaplan, projetada em 1913 pelo
professor austríaco Viktor Kaplan, segue o
princípio de operação das hélices de um navio. A
turbina Kaplan é uma turbina do tipo axial: o
fluxo de água com que faz as hélices girem em
direção axial em relação ao eixo de rotação do
impulsor. Graças à possibilidade de ajustar o
ângulo de incidência das hélices, existe a
vantagem de proporcionar um excelente
desempenho na presença de pequenas diferenças
de altura, mas também com grandes variações
de vazão (superiores a 200 metros cúbicos por
segundo).
Gerador: O gerador possui duas
partes: uma fixa e uma móvel. A fixa é
chamada de estator e a móvel, que é
disposta ao centro do estator, é
chamada de rotor. O rotor está
conectado a turbina e, quando ela se
movimenta, o rotor gira em conjunto.
O giro do rotor no centro do estator
cria um campo eletromagnético e é
dessa forma que transforma-se a
energia mecânica – giro da turbina –
em energia elétrica.
Nas usinas de geração de energia elétrica, a energia mecânica produz a
variação do fluxo magnético. A partir dessa variação, surge no gerador
uma corrente induzidas.

Eletromagnetismo é o nome da teoria que explica a relação entre a


eletricidade e o magnetismo.
Esta teoria baseia-se no conceito de campo eletromagnético, o qual é
resultado do movimento de cargas ou seja, é resultado de corrente
elétrica.
O campo magnético pode resultar em uma força eletromagnética quando
associado a ímãs.
• A Lei de Faraday é também conhecida como a Lei da Indução
Eletromagnética.
• A base aqui está na interação do campo magnético com circuitos
elétricos, gerando uma força conhecida como eletromotriz.

O fluxo magnético (Φ) é uma


grandeza escalar que mede a
quantidade de linhas de campo
magnético (B) que atravessam uma
área fechada (A). Além disso, o fluxo
magnético depende do ângulo que é
formado entre o campo magnético e
a reta normal (N) na área A.
Lei de Faraday, como é utilizada atualmente, foi concebida pelo físico
Alemão Franz Ernst Neumann, é indicada como:

Sendo,
ε: força eletromotriz induzida (fem) (V)
ΔΦ: variação do fluxo magnético (Wb)
Δt: intervalo de tempo (s)
O sinal negativo da fórmula indica que o sentido da fem induzida é
em oposição a variação do fluxo magnético.
A lei de Lenz considerou que o sentido da corrente elétrica induzida nos
condutores fosse tal que o campo magnético gerado por essa
corrente deveria opor-se à variação do fluxo magnético.
A Lei de Faraday-Neumann-Lenz diz que a corrente elétrica induzida num
circuito elétrico fechado é proporcional a variação do fluxo magnético
induzido no circuito.
• O princípio de funcionamento de um gerador de corrente alternada é
basicamente converter algum tipo de movimento ou energia
mecânica em energia elétrica.
Os geradores podem ser divididos numa enorme quantidade de tipos,
de acordo com o aspecto que se leve em conta. Além dos dois grupos
mais gerais - geradores de corrente contínua e de corrente alternada.
• A corrente para a excitação do campo magnético pode ser fornecida
pelo próprio gerador. Nesse caso, diz-se que o gerador é auto-
excitado. Quando a corrente para a excitação é fornecida por uma
fonte exterior, o gerador é de excitação independente. De acordo
com a forma de ligação entre as bobinas do indutor e do induzido
nos geradores auto-excitados, diz-se que estes têm excitação dos
tipos:
• série: quando as bobinas excitadoras são constituídas por poucas espiras de
fio e ligadas em série com o induzido;
• shunt ou paralelo: quando o indutor e o induzido são ligados em derivação;
• compound: quando existem bobinas excitadoras ligadas em série e em
paralelo com o induzido. Este é o tipo de excitação mais comumente usado
nos dínamos.
Componentes e Funcionamento interno do gerador de corrente
alternada.
• O estator, a parte fixa. Esta parte é estática num gerador de corrente
alternada;
• O rotor é a parte móvel que efetua o movimento rotativo.
Com capacidade instalada de 11.233,1 MW e quantidade média
de geração de energia de 4.571 MW, Belo Monte se firma como a
maior hidrelétrica 100% brasileira.
Usina Belo monte anexo.

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