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DISTRIBUIÇÃO DE ENERGIA
ELÉTRICA
AULA 1
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1. Usina a fio d’água: são aquelas que não possuem reservatório de água
ou o têm em dimensões menores do que poderiam. Algumas dessas
usinas possuem um pequeno reservatório para represar água durante as
horas que não são de pico, utilizando a porção reservada no horário de
pico do mesmo dia. Neste modelo, o curso natural do rio é preservado.
2. Usina com reservatório de acumulação: estas usinas possuem
reservatórios com tamanho suficiente para acumular água na época das
cheias para uso na época de estiagem. Normalmente, estão localizadas
a montante das demais hidrelétricas, regulando, dessa forma, a vazão da
água que irá fluir para elas.
3. Usina reversível (bombeamento): são usinas que podem gerar energia
elétrica por meio da água de um reservatório localizado a montante para
outro a jusante ou armazenar água em um nível mais elevado, por meio
do bombeamento da água de um reservatório a jusante para outro a
montante.
4. Usinas localizadas no mar: estas usinas também utilizam a água como
fonte primária, porém em vez de estarem localizadas no leito de rios,
localizam-se em ambientes marítimos. São mais conhecidas como usinas
maremotrizes e undielétricas.
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1. Centrais Geradoras Hidrelétricas (CGH): usinas com até 3 MW de
potência instalada;
2. Pequenas Centrais Hidrelétricas (PCH): usinas com potência instalada
entre 3 e 30 MW de potência instalada;
3. Usina Hidrelétrica de Energia (UHE): usinas com potência instalada acima
de 30 MW.
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Por exemplo, se a energia produzida em um dia por uma turbina de 500
MW for de 9,6 GWh, sendo que sua capacidade nominal de produção é de 12
GWh, então o fator de capacidade dessa turbina é de 0,8 (9,6/12).
Barragem;
Conduto forçado;
Comportas;
Vertedouro;
Casa de força;
Tomada d’água;
Chaminé de equilíbrio;
Turbina;
Gerador.
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Na Figura 1, apresenta-se um diagrama esquemático de uma usina,
mostrando de forma ilustrativa cada um dos componentes citados (exceto
comportas, chaminé de equilíbrio e vertedouro, que serão apresentados
posteriormente).
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3. Turbina: dispositivo com pás que recebe a água do conduto forçado com
uma pressão suficiente para que a sua inércia seja vencida. Esse
dispositivo é acoplado ao gerador.
4. Gerador: dispositivo acoplado à turbina e que possui a função de
converter a energia cinética transmitida pela turbina em energia elétrica
para ser transmitida aos consumidores.
Crédito: aSuruwataRi/Shutterstock.
2.1 Barragem
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criando um desnível que auxilia na queda da água que é conduzida por meio do
conduto forçado.
As barragens podem ser constituídas por concreto, terra, rochas ou
podem ser mistas (mistura de concreto com os outros materiais). Cada um
destes tipos de barragem é descrito com mais detalhes a seguir (Eletrobrás,
2003; Schreiber, 1978):
Créditos: M–ken/Shutterstock.
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Barragens de concreto: as barragens constituídas por concreto podem ser
construídas de diferentes formas, que são descritas a seguir:
Barragem de gravidade: é aquela que possui a estabilidade garantida
pelo seu próprio peso. O perfil transversal dessa barragem possui
característica triangular, enquanto o topo da barragem é retangular. Na
Figura 4, é apresentada uma barragem de gravidade.
Créditos: Eder/Shutterstock.
O conduto forçado nada mais é do que o canal utilizado para levar a água
desde o reservatório até as turbinas. Quando o conduto é forçado, toda a sua
face interna está em contato com o fluido em movimento. Nenhuma superfície
está livre desse contato. Dessa forma, a pressão interna do conduto é diferente
da pressão atmosférica. Na Figura 7, pode-se visualizar um grupo de condutos
forçados em uma usina hidrelétrica.
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Figura 7 – Condutos forçados
Créditos: LittileGallery/Shutterstock.
Enterrado;
A céu aberto.
Para a instalação dos tubos enterrados, deve–se abrir uma vala na qual o
tubo possa ser inserido. Após essa inserção, o tubo deve ser enterrado com o
material da escavação adequadamente compactado. Este tipo de instalação dos
condutos forçados protege a tubulação contra as intempéries do clima e contra
as variações bruscas de temperatura. Também não é necessário nenhum tipo
de ancoragem, pois a tubulação já está apoiada no solo utilizado no aterramento.
Uma desvantagem é a manutenção, que se torna mais difícil devido ao acesso
limitado ao tubo. Deve-se utilizar tintas especiais para proteger a tubulação
contra a umidade e acidez do solo. Este tipo de instalação é realizado apenas
em usinas hidrelétricas que usam tubulações de pequeno diâmetro. A tubulação
também pode ser embutida no concreto da barragem (Schreiber, 1978).
Nas tubulações instaladas ao ar livre, deve-se utilizar ancoragens, pois
quando a água que flui dentro do conduto sofre mudanças de direção, as
tubulações sofrem grandes esforços. Esses esforços devem ser transmitidos
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para um bloco de concreto e posteriormente para o subsolo. Pode-se utilizar
tubulações contínuas ou subdivididas em trechos (Schreiber, 1978).
Na Figura 8, é possível visualizar em detalhe os condutos forçados
instalados ao ar livre em uma usina hidrelétrica.
Créditos: AppleZoomZoom/Shutterstock.
Créditos: Makoto_Honda/Shutterstock.
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TEMA 3 – COMPORTAS
Crédito: jtclendenen/Shutterstock.
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TEMA 4 – VERTEDOURO
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Figura 13 – Vertedouro com as comportas abertas
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Figura 14 – Casa de força de uma usina hidrelétrica
Fonte: Pi–Lens/Shutterstock.
FINALIZANDO
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No quarto tema, o vertedouro foi abordado. Foi possível conhecer a sua
função dentro do sistema da usina hidrelétrica bem como as formas como ele
pode ser concebido (com ou sem comportas). Algumas especificações
construtivas normalmente utilizadas também foram vistas. Além disso, foi
possível observar imagens do vertedouro da Usina Hidrelétrica de Itaipu, com as
comportas abertas e fechadas.
O quinto tema tratou a respeito da casa de força, que está presente na
usina hidrelétrica e exerce um papel extremamente importante no funcionamento
e na operação normal da usina. É na casa de força que se concentram os
equipamentos necessários para que a energia elétrica seja efetivamente gerada
e adequada para ser transmitida posteriormente ao consumidor final.
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REFERÊNCIAS
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WORLD ENERGY COUNCIL. World Energy Resources: 2013 Survey. London:
World Energy Council, 2013.
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