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UNIVERSIDADE FEDERAL DE

SÃO JOÃO DEL-REI

ENERGIAS RENOVÁVEIS – TE

PEQUENAS CENTRAIS HIDRELÉTRICAS

Professor: Eduardo Moreira Vicente


Sumário
Sumário
1. Estudo do recurso hidráulico

2. Tipos de Mini Usinas

3. Obra Civil

4. Bibliografia

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Estudo do Recurso Hidráulico
- Vazão ecológica

Os aproveitamentos hidrelétricos coletam a água em um


ponto determinado do rio e a restituem ao curso natural em
outro, situado a jusante e a uma distância, que pode ser
considerável, do anterior. Isto ocorre sobretudo nos
aproveitamentos hidrelétricos do tipo fluentes com canal de
derivação (Figura 1).

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Estudo do Recurso Hidráulico

Figura 1 – Usina de tipo corrente com canal de derivação. 4


Estudo do Recurso Hidráulico
- Tratamento estatístico dos dados da medição

A partir dos dados iniciais, realiza-se uma análise da


descarga (Hm3) das estações de medição mais próximas da
implantação da central (devem ter mais de 30 anos de dados de
vazões médias diárias).

Em todo estudo teórico ou com dados reais, é preciso


obter uma série anual ou grande o suficiente que inclua anos
secos (65-100%), úmidos (0-35%) e normais (35-65%).

Com esta série, realiza-se uma distribuição estatística


que tipifica os anos em função da descarga registrada (Figura 2).

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Estudo do Recurso Hidráulico

Figura 2 – Curva de classificação dos anos hidrológicos.


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Estudo do Recurso Hidráulico
- A Vazão sólida

Todos os rios carregam, de uma forma ou de outra,


materiais sólidos como pedregulhos, areia, lodo, árvores,
galhos, folhas, etc. Saber qual é o transporte sólido do rio é
fundamental em um aproveitamento, já que seus efeitos podem
resultar em:

 O aterro dos depósitos criados pelos reservatórios e pelas


câmaras de carga, que a longo prazo pode ensejar a anulação
das instalações.

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Estudo do Recurso Hidráulico

 A entrada de materiais sólidos na descarga de água traz


consigo uma redução da vazão e da altura disponível. A
acumulação de detritos flutuantes pode romper elementos
como as grades. As pás das turbinas podem ser danificadas
pelo envelhecimento e destruídas pela erosão ou atritos.

Infelizmente, o fenômeno da vazão sólida não é fácil de


avaliar, devido ao grande número de parâmetros que nele
interferem, de modo que o estudo deverá focar-se em averiguar
o comportamento dos materiais sólidos, em tentar eliminá-los
utilizando as medidas adequadas como grades, desarenadores,
etc.

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Estudo do Recurso Hidráulico
- Determinação da queda líquida

A queda é outra magnitude fundamental no projeto de


uma pequena usina hidrelétrica. Normalmente é medida em
metros.

Deverá possuir a máxima altura permitida pela


topografia do terreno, considerando os limites marcados pelas
condições ambientais e viabilidade econômica do investimento.

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Estudo do Recurso Hidráulico
Podemos falar dos seguintes conceitos:

 Queda bruta (Hb). Altura existente entre o ponto de


descarga de água no açude e o ponto de descarga da vazão
turbinada ao rio.

 Queda útil (Hu). Desnível entre a superfície da água na


câmara de carga e o nível de descarga na turbina.

 Queda líquida (Hn). É a diferença entre Hu e as perdas de


carga produzidas por todas as condições.

 Perdas de carga (Hp). São perdas por fricção da água contra


as paredes do canal, conduto forçado, válvulas, grades, etc.

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Estudo do Recurso Hidráulico

Figura 3 – Conceito de queda bruta, útil e líquida.

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Estudo do Recurso Hidráulico
- Potencia teórica de uma queda d’água

A potência teórica de uma queda d’água em watts pode


ser estimada através da seguinte expressão:

Sendo:
ρ = densidade da água (1000 kg/m3)
g = gravidade (9,81m/s2)
Q = vazão de água (m3/s)
Hb = queda bruta (m)

O produto de p.g é o peso específico da água γ (N/m3).


Seu valor depende da temperatura da água. Na Tabela 1
apresenta-se sua variação para diferentes temperaturas.
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Estudo do Recurso Hidráulico
Tabela 1 – Variação do valor de γ em fundação de T (ºC).

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Estudo do Recurso Hidráulico
- Potência instalada e produção

A potência disponível varia em função do valor da vazão


a ser turbinada e da queda existente a cada instante.

O fator de eficiência global da central, e, é um produto


de rendimentos dos diferentes equipamentos que intervém na
produção da energia, mais o consumo próprio:

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Estudo do Recurso Hidráulico
Onde:

ηt = rendimento da turbina hidráulica (0,90 a 0,94)


ηg = rendimento do gerador elétrico (0,96 a 0,98)
ηm = rendimento da caixa multiplicadora (se existente) (0,96 a 0,98)
ηT = rendimento do transformador de potência de saída (0,97 a 0,98)
ηL = rendimento da linha aérea ou subterrânea (0,95 a 0,96)
ηauto = rendimento do consumo próprio ( 0,96 a 0,97).

Um valor aproximado de e de uma pequena usina


hidráulica moderna oscila entre 0,80 e 0,85. No caso de uma
micro usina hidráulica (Figura 4) este rendimento pode estar
entre 0,50 e 0,60.

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Estudo do Recurso Hidráulico

Figura 4 – Perdas nos distintos elementos de uma central micro hidráulica.

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Tipos de Mini Usinas

As características geográficas, geológicas e ambientais


determinam a localização do aproveitamento hidráulico e os
componentes da obra civil mais convenientes para maximizar a
transformação da energia hidráulica em energia elétrica.

Devido à grande variedade de soluções possíveis para


conseguir aproveitar a maior parte de quedas hidráulicas, as mini
usinas hidrelétricas podem ser classificadas tanto em função do
tipo de queda, quanto por sua localização com relação à queda
a ser explorada.

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Tipos de Mini Usinas
Em função do tipo de queda hidráulica a explorar, as mini
usinas hidrelétricas classificam-se em:

A) Mini usinas de alta pressão: estão associada a quedas


elevadas, com mais de 200 m, e vazões pequenas.

B) Mini usinas de média pressão: instaladas em quedas


compreendidas entre 20 e 200m e vazões médias.

C) Minicentrais de baixa pressão: associadas a quedas


hidráulicas com menos de 20m e elevadas vazões.

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Tipos de Mini Usinas
Em função da localização da mini usina hidrelétrica e do
tipo de captação de agua a turbinar, as mini usinas podem ser
classificadas em:

A) Mini centrais de água corrente

São instalações preparadas para turbinar diretamente


parte da vazão de um curso natural. Segundo esta característica,
os elementos construtivos ou de obra civil associados a este tipo
de instalações dependerão das características hidráulicas das
quedas, ensejando dois grandes grupos, as mini usinas
hidrelétricas de agua corrente de alta pressão e as mini usinas de
média e baixa pressão.

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Tipos de Mini Usinas

Figura 4 – Esquema de uma mini usina hidrelétrica de água corrente de alta pressão.

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Tipos de Mini Usinas
Os principais elementos da infraestrutura da obra civil
necessários para este tipo de instalações são:

 Açude ou pequena represa com escada de peixes;


 Tomada de água com grade;
 Canal de derivação;
 Desarenador;
 Câmara de carga (inclui um vertedouro lateral que permite a
descarga de água no caso de grandes vazões);
 Conduto forçado;
 Edifício da usina, no qual se encontra a turbina e os grupos
eletromecânicos usados para a transformação da energia
mecânica em energia elétrica;
 Canal de descarga.
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Tipos de Mini Usinas

Figura 5 – Mini usina localizada em um curso médio de um rio com canal de derivação.

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Tipos de Mini Usinas

Figura 6 – Esquema de uma mini usina hidrelétrica de água corrente de média/baixa pressão.

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Tipos de Mini Usinas
A mini usina de baixa pressão instalada no próprio curso
do rio consiste em uma represa dotada com um vertedouro pelo
qual a água transborda. Na lateral da represa se situa o edifício
em que se encontram as turbinas (Figura 6). Não possuem
conduto forçado e a entrada da água às turbinas ocorre através
de uma câmara aberta. Seus principais elementos são:

 Represa com vertedouros de comporta;


 Desarenador;
 Escada de peixes;
 Edifício da central.

Este tipo de mini usina não introduz modificações na


vazão em nenhum trecho do rio. O tempo médio de funciona-
mento destas mini usinas oscila entre 3000-4000 horas/ano.
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Tipos de Mini Usinas
B) Mini usinas ao pé da represa

As mini usinas ao pé da represa dispõem de uma vazão


procedente de um reservatório construído no curso de um rio
através de uma represa, na qual se dispõe de uma tomada de
água.

Denominam-se ao pé da represa porque a sala de


máquinas está localizada na base da represa. Este tipo de mini
usinas pode ser usado como mini central de uso compartilhado,
já que o reservatório também pode ter funções de
abastecimento de água potável às populações, ou para regular
o curso dos rios e evitar as enchentes. Outra vantagem é que se
garante a produção continua de energia elétrica durante todo o
ano, inclusive nos meses secos.
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Tipos de Mini Usinas

Figura 7 – Central ao pé da represa.

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Tipos de Mini Usinas
Dentre os tipos de usinas situadas ao pé da represa estão as
de tipo caverna (Figura 8), na qual o edifício da usina se encontra
instalado no interior de uma montanha, a uma quota que pode estar
abaixo do nível da descarga para evitar o fenômeno de cavitação.

Figura 8 – Mini usina hidrelétrica ao pé da represa em caverna. 27


Tipos de Mini Usinas
C) Usinas de uso compartilhado

São mini usinas incluídas nas redes de água destinadas a


outros usos, como a irrigação, abastecimento de água potável à
população e transferências de águas entre rios (Figura 9). A
energia que pode ser extraída destes canais está associada à
vazão excedente para seu uso principal. A vazão desviada à
turbina logo é devolvida ao canal.
É importante construir um canal auxiliar que garanta o
retorno da água quando a turbina não estiver operando (essas
usinas operam cerca de 2000 horas/ano).
Estas instalações têm a vantagem de exercer um impacto
ambiental menor, devido a que aproveitam parte dos elementos
do sistema em que se integram, com a consequente redução do
custo da instalação.
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Tipos de Mini Usinas

Figura 9 – Mini usina localizado no canal de irrigação.


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Obra Civil
Conforme visto anteriormente, existem três tipos
fundamentais de mini usinas hidráulicas:

 de água corrente;
 ao pé da represa;
 no canal de irrigação.

A construção de uma mini usina inclui todas as


infraestruturas necessárias para:

 derivar ou conduzir a água à usina, inclusive os desvios na fase


de construção;
 devolução da água ao curso;
 alojar os componentes eletromecânicos;
 facilitar os acessos de veículos de construção e manutenção.
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Obra Civil
Em comparação com as grandes centrais hidrelétricas, as
obras nas mini usinas são, geralmente, muito menores.

Dependendo da localização da mini usina, as instalações


mais frequentes de engenharia civil são:

 Açude/represa com escada de peixes;


 Tomada de água;
 Canal de derivação;
 Câmara de carga com desarenador;
 Conduto forçado;
 Edifício da usina;
 Canal de descarga.

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Obra Civil
- Açude

Essencialmente trata-se de um muro transversal ao rio,


de pequena altura (máximo 15m), destinado a conseguir um
regime fluvial com escoamento a montante para facilitar o
desvio da água por uma lateral através de um canal de
derivação. No próprio açude, ou na entrada do canal, a jusante,
existirá um vertedouro de coroação que fará com que a vazão
restante retorne ao rio antes de passar à usina.

Os tipos de açudes e represas, por sua forma, são


variados: de gravidade, de terra ou enrocamento. Por suas
características construtivas, podem ser: de concreto, de terra
construída e de enrocamento com tela de impermeabilização
(Figura 10).
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Obra Civil

Figura 10 – Tipos de barragens.


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Obra Civil
- Escada de peixes

Facilita a subida dos peixes em suas


migrações a montante do rio, interceptado
pela represa da usina. Existem vários tipos de
escadas que se adaptam às características
especificas de cada caso, sempre utilizando
uma vazão não turbinável mínima para que
os peixes possam saltar contra a correnteza.
Sobre as formas de construção, em alguns
casos se trata de pequenas poças desniveladas
por pequenas cascatas de 30cm de queda
cada uma. Em outros casos, constrói-se um Figura 11 – Escada de peixes.
canal muito inclinado com divisórias
alternadas entre as quais a água corre em zig-
zag (Figura 11) antes de cada queda.
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Obra Civil
- Tomada de água

Trata-se de uma estrutura encarregada de desviar a água


do açude ou represa até o canal. Nas usinas ao pé da represa é
uma embocadura na parede da qual parte o conduto forçado até
a turbina. Nas usinas de água corrente, a água é canalizada. A
tomada também pode estar submersa e igualmente
desembocar no canal.

Costumam resultar em uma série de elementos


adicionais: sistemas de desbaste (barras com pentes de limpeza
automáticos ou barreiras de limpeza), sistemas para evitar a
entrada de peixes, uma pequena lagoa de decantação de areia
e lodo, e uma comporta com vertedouro para regular a entrada
de água.
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Obra Civil
- Canal de derivação

O canal parte da tomada e conduz a água até a câmara


de carga, de onde é conduzida pelo conduto forçado à usina.

Os canais costumam ser abertos à atmosfera, ainda que


constantemente estejam cobertos em alguns trechos para evitar
contaminações, avalanches de materiais de ladeiras adjacentes,
quedas de animais ou pessoas; ou para que uma elevação do
terreno possa atravessá-lo através de um túnel.

Por sua forma, em uma seção transversal ao fluxo, os


canais podem ser trapezoidais, retangulares, semicirculares ou
de seção irregular (escolhido de forma que as perdas de energia
sejam mínimas).
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Obra Civil

Figura 12 – Formas dos canais.


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Obra Civil
- Desarenador e câmara de carga

Qualquer tipo de captação sempre deixa passar uma


quantidade de materiais sólidos que avançam pelo sistema de
condução (canal ou conduto), produzindo grandes prejuízos e
deterioração em toda a estrutura da usina. A fim de evitar este
tipo de inconvenientes, constrói-se um desarenador.

Existem vários tipos de desarenadores aplicáveis ao


desenho de pequenas usinas hidrelétricas. O objetivo principal é
aumentar a longitude do curso de água a fim de conseguir a
sedimentação.

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Obra Civil
O desenho mais simples e econômico consiste em um
tanque dotado de um degrau ou grade (Figura 13), para
diminuir a velocidade da agua trazida pelo canal, de modo que
seja possível assentar dentro do tanque as partículas
consideradas prejudiciais para a operação da usina.

Figura 13 – Detalhe de um desarenador na entrada da câmara de carga.

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Obra Civil
Não possuir um desarenador pode provocar:

 Redução da seção do canal por sedimentação;

 Redução da capacidade da câmara ou tanque de carga


(diminuição do volume);

 Quando as partículas adquirem velocidade, aumenta o


desgaste do conduto, injetores e turbinas, aumentando os
custos de manutenção e reduzindo a vida útil da usina.

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Obra Civil
- Conduto forçado

O conduto forçado parte da câmara de carga e leva a


água ao edifício da usina e à turbina nele instalada. É
construído com aço com reforçadores e apoios desenhados para
os esforços de resistência em cada caso, incluindo os possíveis
golpes do martelo de água. No caso de micro usinas, são
fabricados com outros materiais menos resistentes como
fundição, fibrocimento e plásticos reforçados.

O conduto forçado é desenhado através de cálculo


mecânico (resistência à solicitações constantes, a sobrepressões
do martelo de água e a forças por mudanças de direção, de
seção, etc.), bem como de cálculo hidráulico de velocidade,
vazão e perdas de carga.
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Obra Civil
O diâmetro do conduto é determinado para que as
perdas de energia sejam mínimas. Estas perdas se devem a:

 Atrito de água ao deslocar-se sob grande pressão e


velocidade em seu interior.
 Mudanças de direção do conduto (cotovelos verticais e
horizontais), estreitamento e passagem pela válvula na
entrada da turbina
 Temperatura da água. A viscosidade da água depende de sua
temperatura. Costuma-se considerar (22ºC).
 Estado superficial do conduto. Liso para um conduto novo e
rugoso para um conduto antigo. Dependerá também do tipo
de material com o qual esteja construído
 Comprimento do conduto
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Obra Civil
De modo semelhante a outras partes do projeto, devem-
se reduzir as perdas de carga no conduto forçado, ainda que por
vezes estas sejam inevitáveis quando, como se verifica na Figura
14, seja necessário manter uma floresta para minimizar o
impacto ambiental. Resolveu-se o caso através de um cotovelo e
um suporte de concreto, já que as forças às quais o conduto
deverá resistir são consideráveis.

Figura 14 – Mudança de direção no conduto forçado. 43


Obra Civil
- Edifício da usina

Neste se situa o equipamento que converte a energia


hidráulica em mecânica e elétrica, e todos os elementos
auxiliares: turbinas, geradores, quadros elétricos de controle,
sistema de regulação, válvula de guarda e de desvio e o sistema
de descarga ao rio.

Figura 15 – Edifício da usina. 44


Obra Civil
A localização do edifício responde a uma seleção
meticulosa baseada no projeto da central. Basicamente procura-
se:

 facilidade para a entrada do conduto forçado;

 capacidade para alojar todos os componentes;

 facilidade para a aspiração e descarga;

 cumprimento das normas relativas a este tipo de instalações,


incluída a legislação ambiental;

 minimizar o custo de implantação como medida para garantir


a viabilidade da exploração.

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Obra Civil
- Sistema de descarga

A usina devolve a água ao rio no próprio edifício ou em


suas proximidades. O sistema de descarga ao rio está formado
pela saída em lâmina livre e pela descarga da válvula de desvio
ou de guarda (Figura 16).

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Figura 16 – Sistemas de descarga ao rio.
Bibliografia
1. Arcesio Palacios, Jairo. Optimización del diseño de pequeñas centrales
hidroeléctricas de agua fluyente mediante sistemas expertos. Tesis
Doctoral, ETSII- Madrid 1998. Universidad del Valle en Santiago de
Cali.Colombia.
2. De Juana, José Mª. Energías Renovables para el desarrollo. Editorial
THOMSON. Paraninfo.2003
3. Creus Solé, Antonio. Energías renovables. Editorial CEYSA. 2004
4. Carta González, José Antonio y otros. Centrales de energías renovables.
Editorial UNED- Pearson Prentice Hall. 2009.
5. IDAE .Manuales de energías renovables. Minicentrales
hidroeléctricas.1996
6. ESHA, European Small Hydropower Association. Guide on How to
Develop a Small Hydropower Plant. 2004

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SÃO JOÃO DEL-REI

ENERGIAS RENOVÁVEIS – TE

PEQUENAS CENTRAIS HIDRELÉTRICAS

Professor: Eduardo Moreira Vicente

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