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10º ano- História B

1- ORGANIZAR IDEIAS- Uma


Europa a dois ritmos- a fachada
atlântica- Lisboa, Sevilha e Antuérpia
Portugal- o primeiro império
transoceânico
● Portugal começou em 1415 a
construção do Império Português.
Beneficiando de paz, de boa localização
geográfica, extensa faixa costeira, bons
portos naturais, navegadores experientes e de
técnicas e instrumentos de orientação, partiu à
conquista do mundo.
● Os negócios da costa ocidental africana cedo se
revelaram lucrativos, e atraíam a Portugal
comerciantes portugueses, assim como
concorrências nestas rotas descobertas por
Portugal.
● A Coroa portuguesa recebia um quinto do lucro
obtido neste comércio feito nas feitorias e
entrepostos. Era a Coroa que tinha o exclusivo da
concessão de licenças de exploração e comércio
sob a forma de arrendamentos temporários.
● Com D. João II, (1481-1495) a Coroa passa ater
maior intervenção no comércio da Guiné e da
Mina. Definiu uma política de monopólio régio no
comércio e navegação ultramarinos.
● No reinado de D. Manuel, Portugal chegou à Índia
e ao Brasil. Todas as economias do mundo e os
diferentes povos estavam em contato direto.
● A ROTA DO CABO , ligava Lisboa a Calecute (
Índia) substituiu a rota das especiarias, controlada
por muçulmanos e venezianos.
● A Casa da Índia, em Lisboa, tinha um importante
papel na organização do comércio, pois por ali
tinham que passar todas as especiarias.
● A partir de 1505, todo o comércio com o Oriente
passou a ser monopólio régio.
● As rotas comerciais centravam-se na África
Ocidental- aí comercializava-se marfim, peles,
plantas tintureiras, malagueta, ouro e escravos.
Nascia assim a Rota da Guiné e da Mina.
● Os portugueses estabeleceram entrepostos
comerciais, postos móveis e nos locais onde o
comércio tinha mais valor foram construídas
feitorias- fortalezas. Feitoria de Arguim e Feitoria
da Mina.
● A partir de 1498, com a Rota do Cabo, o comércio
estendeu-se ao Índico e ao Pacífico, à África
Oriental, ao Indostão, à Indonésia, ao Extremo
Oriente.
● O interesse pela Índia era muito grande, pois era o
maior produtor de especiarias, que chegavam
antes da rota do Cabo através do Mar Vermelho e
Golfo Pérsico, até ao Mediterrâneo. O valor das
especiarias era muito grande nos mercados
europeus, pois eram raras e de grande utilidade.
● Os portugueses tiveram que vencer a resistência
dos hindus e dos muçulmanos para passar a
organizar este comércio que das feitorias, era
canalizado para a cidade de Goa.
● A partir de 1500, nova rota comercial- a rota com o
Brasil, que assentava no pau-brasil e no século
XVI no açúcar e no tráfico negreiro africano. Este
comércio deu origem ao comércio triangular.
● No século XVIII, com o movimento dos
bandeirantes, aumentou a procura do ouro e
diamantes.
Portugal- o papel dos mercadores
● As ordens privilegiadas reforçam a posição
socioeconómica. A Coroa portuguesa repartiu com a
nobreza grande parte dos lucros obtidos no comércio
colonial. Muitos nobres dedicavam-se à navegação e
ao comércio, aburguesando-se.
● A burguesia mercantil aumentou o seu poder
económico, pois controlava o comércio externo,
mas tinha que concorrer com potências
estrangeiras e pela carga fiscal.
● A sociedade portuguesa era marcada pelos
fidalgos-mercadores e burgueses enobrecidos

Atração dos meios mercantis portugueses


● Os mares e terras descobertas pelos portugueses
exerceram uma grande atração entre os
Espanhóis, primeiro, Holandeses, Ingleses e
Franceses.
● Foram estabelecidos Tratados entre Portugal e
Espanha com vista a resolver os longos conflitos
entre os dois países- Tratado de Alcáçovas,
Tratado de Tordesilhas…
● O Tratado de Tordesilhas garantiu a Portugal e a
Espanha o exclusivo da navegação dos mares do
Mundo até finais do século XVI.
● A partir dos meados do século XVI a exclusividade
dos países ibéricos foi posta em causa pela
Holanda, Inglaterra e França.
● Estes povos acabaram por destruir o monopólio
marítimo dos países ibéricos. Os metais preciosos
ibéricos eram de grande atração por povos
europeus, que queriam controlar as fontes de
riqueza.
● O mare clausum defendido por portugueses e
espanhóis acabou por dar lugar ao mare liberum,
imposto por franceses, holandeses e ingleses.

Condição periférica da Península Ibérica


● A localização no extremo ocidental da
Europa acabou por condicionar o atraso
económico português. A partir do século XV,
Portugal voltou-se para o mar e a economia
teve uma expansão apoiada no comércio
colonial- ouro, malagueta, marfim, e
escravos africanos. Na 1ª metade do século
XVI, chegaram as especiarias do Oriente.
● Lisboa era a ligação das rotas comerciais
ultramarinas com África, Índia, Mediterrâneo
e Norte da Europa.
● Antuérpia era uma das cidades mais
importantes do norte da Europa e era o
principal mercado de redistribuição dos
produtos africanos e asiáticos para o Centro
e Norte da Europa.
● Em Antuérpia Portugal fundou uma
importante feitoria, que deu origem à
primeira Bolsa de Valores. Em contrapartida,
de Antuérpia chegavam comerciantes a
Lisboa onde abriam agências de negócios.
● Os países ibéricos foram responsáveis pela
mundialização da economia .
● No século XVII, Amesterdão e Londres
substituíram os países ibéricos, muito por
conta da situação periférica, sobretudo de
Portugal.

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