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O IMPÉRIO COLONIAL
PORTUGUÊS
HISTÓRIA CAPÍTULO 13 O império colonial português
1o ano – 4o bimestre
O Estado do Brasil
• A expedição comandada por Pedro Álvares Cabral aportou no sul do atual
Estado da Bahia, em abril de 1500.
• As primeiras tentativas de exploração seguiram o modelo de sistema de
feitorias adotado no litoral africano.
• E m 1503, o rei D. Manuel arrendou as terras portuguesas na América a um
grupo de comerciantes liderados por Fernando de Noronha, que exploravam
as riquezas do território.
• E xploração do pau-brasil em regime de escambo com os indígenas.
• Presença de mercadores e marinheiros franceses na costa do território e
a descoberta de ouro e prata nas colônias espanholas da América levaram
o rei D. João III a adotar medidas para garantir a posse do território da
América Portuguesa.
HISTÓRIA CAPÍTULO 13 O império colonial português
1o ano – 4o bimestre
Capitanias hereditárias
• Para manter o controle do território, o rei Capitanias hereditárias
criou o sistema de capitanias hereditárias
ou donatarias na década de 1530. MARANHÃO Cabo de Todos-os-Santos
ncisco
Olinda
Conceição
R
10° S
Rio J
SEGURO OCEANO
capital suficiente para investir na terra ESPÍRITO SANTO
ATLÂNTICO
á
e capacidade administrativa.
an
Espírito Santo
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Pa
SÃO TOMÉ
o
Cabo de São Tomé
Ri
• A maioria dos donatários praticamente nada
Santo André
SÃO VICENTE
SANTO AMARO Cabo Frio
Cananeia
Governo-geral
• D iversos fatores, como fracasso da maioria das capitanias, crescimento das
incursões estrangeiras e guerras contra os indígenas, levaram a Coroa a
centralizar a administração da América portuguesa.
• G overno-geral: criado em 1548. Os capitães donatários passaram a integrar
um aparato político, administrativo e judicial muito mais complexo.
• T omé de Souza, o primeiro governador-geral, chegou ao Brasil em 1549 e
com ele vieram os primeiros missionários jesuítas. Nessa época, começaram
a chegar na colônia africanos escravizados.
• Governador-geral e capitães donatários expulsaram os franceses que haviam
fundado a França Antártica (1555), na Baía de Guanabara (atual cidade do
Rio de Janeiro), e a França Equinocial (1612), no Maranhão.
• No século XVI, os recursos propiciados pelos Estados portugueses da
Índia eram muito maiores que os do Brasil. Os agentes administrativos
dos empreendimentos coloniais no Oceano Índico tinham maior autonomia
em relação aos seus pares no Oceano Atlântico.
HISTÓRIA CAPÍTULO 13 O império colonial português
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Brasil açucareiro
• Latifúndio: propriedade rural de grande extensão, traço do modelo
agroexportador estabelecido pela Coroa portuguesa.
• O sistema de capitanias hereditárias e de concessão de sesmarias tinha o
objetivo de estimular a vinda de colonos.
• O capitão donatário tinha o dever de distribuir sesmarias, e o sesmeiro, em
troca, tinha a obrigação de cultivar a terra e demarcá-la. A dificuldade de
regularização e fiscalização fez aparecer a figura do posseiro: fazendeiro que
adquiria terras de maneira ilegal, muitos tornaram-se grandes proprietários.
• No século XVI, as principais regiões canavieiras do Brasil eram Pernambuco
e Bahia; no século XVII, houve a ascensão do Rio de Janeiro e do Maranhão.
• E ngenho colonial: unidade de produção açucareira. A palavra engenho pode
designar o local onde a cana é moída ou toda a propriedade açucareira.
• Além do trabalho escravo, havia no engenho trabalhadores assalariados,
livres e semilivres, que exerciam funções como carpinteiros, feitores,
médicos, lavradores etc.
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Colégios Aldeamentos
• Os primeiros foram fundados nas • Também chamados de missões, eram locais onde
capitanias de São Vicente (1554), os jesuítas desenvolviam sua ação evangelizadora.
Bahia (1556) e Rio de Janeiro (1568). • O s indígenas eram deslocados de suas aldeias
• Os sacerdotes recebiam formação para esses locais onde eram catequizados
para a obra evangelizadora. por meio do estudo da doutrina católica e
• Por meio do ensino, os mestres do batismo.
tinham incumbência de converter os • Diante da dificuldade em fazer os indígenas
não católicos, catequizar indígenas abandonarem suas culturas, o padre Manuel da
e enquadrá-los no modo de vida Nóbrega passou a defender o uso da força para
dos europeus. mantê-los reduzidos nas missões.
HISTÓRIA CAPÍTULO 13 O império colonial português
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União Ibérica
• Com a morte do rei português D. Sebastião (1578), o cardeal D. Henrique,
seu tio, assumiu o trono (1578-1580).
• Formou-se um grupo de apoio ao cardeal e outro a favor da unificação das
duas coroas sob comando de Filipe II da Espanha, sobrinho de D. Henrique.
• E m 1580, Filipe II invadiu Portugal. Todos os domínios portugueses foram
incorporados ao Império Espanhol, dando início à União Ibérica.
O império de Filipe II
CÍRCULO POLAR ÁRTICO
PAÍSES
AMÉRICA BAIXOS ÁSIA
DO NORTE EUROPA
Milão Veneza
PORTUGAL Nápoles
Ilhas Açores ESPANHA JAPÃO
Ilha da Madeira Baçorá OCEANO
Ilhas Canárias
Ormuz PACÍFICO
TRÓPICO DE CÂNCER Alcácer-Quibir Diu Macau
México Santo Domingo Mascate
Guadalajara Bombaim
ÁFRICA Áden
AMÉRICA Cartagena
Ilhas de
Cabo Verde Goa FILIPINAS
CENTRAL Cabo Verde Ilha de Cochim
Panamá São Jorge da Mina Socotorá Málaca
Santa Fé CEILÃO
0°
EQUADOR
Quito de Bogotá Ilha de São Tomé
Zanzibar
NOVA GUINÉ
Fonte: VIDAL-NAQUET,
AMÉRICA Luanda Molucas
Pierre; BERTIN, Jacques.
MERIDIANO DE GREENWICH
Brasil holandês
• Após lutar por sua independência em relação à Espanha, os holandeses
buscaram conquistar as possessões ultramarinas de Portugal e Espanha.
Em 1624, a Companhia das Índias Ocidentais realizou uma tentativa
malograda de ocupação da Bahia. Expulsa, voltou-se para o Caribe.
• A companhia investiu em Pernambuco, maior região produtora de açúcar
do mundo. Após breve resistência portuguesa, firmou seu domínio sobre a
região que ia do atual Rio Grande do Norte até o norte de Alagoas.
Domínio holandês no Brasil
• Para governar, os holandeses negociavam com a elite local, pois dependiam dos colonos para a
produção do açúcar e administração dos engenhos.
• M aurício de Nassau em sua administração fundou a Cidade Maurícia, buscou conquistar praças
africanas fornecedoras de trabalhadores escravizados e tentou controlar o complexo açucareiro-
escravista montado pelos portugueses.
• A contratação de artistas holandeses encarregados de representar em pinturas e mapas a
paisagem geográfica, econômica, social e cultural brasileira foi uma das formas de conhecer e
explorar melhor essa paisagem.
• J udeus, cristãos-novos (judeus cristianizados) e católicos viviam em um ambiente de relativa
liberdade, o que auxiliava o domínio holandês e sua obtenção de lucros na América.
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DA ÁFRICA PARA
O BRASIL
HISTÓRIA CAPÍTULO 14 Da África para o Brasil
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Igreja e escravidão
• Além das motivações econômicas, Portugal justificava sua presença na
África, a partir do século XV, pela crença de que devia cristianizar a África e
a Ásia.
• Por meio de uma bula papal de 1455, a Igreja Católica concedeu aos
portugueses o monopólio do comércio com a costa atlântica da África.
• Os portugueses procuraram cristianizar o Reino do Congo. No final do
século XV, o centro desse reino se situava no norte da atual Angola, e
sua cidade principal era M’Banza Congo (depois chamada de São Salvador
pelos portugueses).
• Congoleses e ambundus eram os povos que habitavam o Reino do Congo.
Eles trabalhavam com metais, têxteis e esculturas; cultivavam banana, dendê,
sorgo, milhete, inhame e cola; caçavam, pescavam e domesticavam animais.
• Os portugueses enviaram para o Reino do Congo missionários, frades,
diversos artífices e mulheres para “educar” as congolesas e as ambundus de
acordo com os hábitos domésticos europeus.
HISTÓRIA CAPÍTULO 14 Da África para o Brasil
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Tráfico negreiro
• D iáspora africana: entre os séculos XVI e XIX, milhões de africanos
deixaram a África à força devido ao comércio de pessoas que eram levadas,
principalmente, para a América.
• Tráfico negreiro: comércio transatlântico de escravizados de diferentes
regiões do continente africano. Constituiu um dos maiores trânsitos
populacionais de que se tem registro.
• Os africanos escravizados eram utilizados como mão de obra nas plantações,
nas minas, nas residências e nas atividades urbanas da América e da Europa.
• A partir da década de 1570, o ingresso de africanos escravizados cresceu até
consolidar a escravidão como regime de trabalho preponderante no Brasil.
Marco importante foi a fundação de São Paulo de Luanda (atual Luanda),
que se tornou o maior entreposto fornecedor de escravizados da África.
• Tumbeiros: nome dado aos navios que realizavam o tráfico negreiro.
As centenas de escravizados transportados em seus porões sofriam com
as péssimas condições de alimentação e higiene, levando à propagação de
doenças. Muitos morriam durante a travessia.
HISTÓRIA CAPÍTULO 14 Da África para o Brasil
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Sudaneses e bantos
• Apesar da diversidade de povos, costuma-se O tráfico de escravos
identificar na África subsaariana dois grandes para o Brasil
grupos étnicos com base em semelhanças
Guiné e Costa da Mina (séc. XVI), Congo e Tráfico de escravos para o Brasil
• Os principais portos brasileiros de chegada Fonte: CAMPOS, Flavio de; DOLHNIKOFF. Miriam. Atlas:
história do Brasil. São Paulo: Scipione, 1993. p. 9.
dos africanos eram Salvador e Recife, e
a partir do século XVIII, o do Rio de Janeiro.
HISTÓRIA CAPÍTULO 14 Da África para o Brasil
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• D o século XVI até 1888 (ano da abolição da escravidão), estima-se que mais
de 4 milhões de africanos tenham sido trazidos para o Brasil, sem contar os
milhares de afrodescendentes que nasceram aqui na condição de cativos.
• A partir do século XVII, o Brasil se transformou no principal destino mundial
de africanos escravizados.
• O tráfico transatlântico contava com ventos e marés favoráveis à navegação
entre os litorais do Brasil e da África Ocidental.
• Os contatos dos principais portos negreiros do Brasil com a África subsaariana
eram mais fáceis que os contatos dessas regiões com Portugal e o restante
da Europa.
HISTÓRIA CAPÍTULO 14 Da África para o Brasil
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Sociedade escravista
• No Brasil, os africanos escravizados trabalhavam nos engenhos e nos canaviais,
nas minas, nas fazendas de gado e em outras propriedades. Eles também
realizavam tarefas domésticas e diversos outros ofícios.
• Os escravos de aluguel eram alugados por seus donos para outras pessoas.
Já os escravos de ganho podiam exercer outros ofícios desde que
entregassem ao final do dia certa quantia de seus ganhos a seus senhores.
• A escravidão foi uma das bases da organização social e econômica do
país até o fim do século XIX. O Brasil formou-se como uma sociedade
escravista.
• No Brasil, a mão de obra escravizada era utilizada por padres, produtores
de açúcar ou de café, pessoas de baixa condição financeira e outros
escravizados. O preço pago por um escravizado compensava sua aquisição
após um período de 13 a 16 meses de exploração de seu trabalho.
• As condições de vida das pessoas escravizadas eram terríveis. Eles
dificilmente viviam mais do que 30 anos por conta de fatores como sua
captura na África, a travessia no Atlântico em tumbeiros e as jornadas de
trabalho extenuantes.
HISTÓRIA CAPÍTULO 14 Da África para o Brasil
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Resistência à escravidão
• Os escravizados desenvolveram muitas formas de resistência à opressão dos
senhores e à sua condição de cativos.
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A MINERAÇÃO NA
AMÉRICA PORTUGUESA
HISTÓRIA CAPÍTULO 15 A mineração na América portuguesa
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Expansão territorial
• Aspectos da expansão territorial portuguesa na América e da definição dos
limites entre os domínios portugueses e espanhóis.
Tratado de Tordesilhas Expansão da Tratado de Madri
(1494) ocupação territorial (1750)
Estabelecia os com as bandeiras, Estabelecia novos limites
limites territoriais da atividade pecuária e territoriais entre as Américas
América ibérica. ação jesuítica. portuguesa e espanhola.
Descoberta de ouro
• Fatores da crise financeira atravessada por Portugal desde o século XVII:
n Perda para Holanda do controle das principais rotas de comércio do Oceano
Índico e de grande parte das possessões coloniais asiáticas.
n Declínio das rendas obtidas com o Brasil devido às guerras de restauração
de Pernambuco e da queda do preço do açúcar no mercado internacional.
n Constante balança comercial desfavorável.
• A situação começou a mudar no final do século XVII, quando foram
encontradas grandes jazidas de ouro no Brasil.
• Entre 1693 e 1695, descobriu-se ouro próximo à atual cidade mineira de Sabará.
Outras minas foram encontradas, transformando as chamadas Minas Gerais em
uma região populosa, dinâmica e rica.
• P osteriormente, os colonos encontraram ouro na região dos atuais estados
do Mato Grosso (1718) e Goiás (1722).
• Com a descoberta de ouro, começou de fato a ocupação do interior da
América portuguesa e a extensão da política administrativa imperial para
essas regiões.
HISTÓRIA CAPÍTULO 15 A mineração na América portuguesa
1o ano – 4o bimestre
Urbanização
• As populações que se dirigiam à região das minas estabeleciam pequenos
povoados próximos aos locais de mineração, plantando gêneros de
subsistência que lhes permitiam permanecer no local.
• O povoado que prosperava podia receber da Coroa portuguesa o foral:
documento oficial que o elevava à condição de vila.
• As primeiras vilas de Minas Gerais foram oficializadas em 1711: a Vila Real de
Nossa Senhora do Carmo (atual Mariana), a Vila Real de Nossa Senhora da
Conceição (atual Sabará) e Vila Rica (atual Ouro Preto).
• Sob controle da Coroa, em todas as vilas deveria haver um aparato
administrativo básico: Câmara Municipal, cadeia, pelourinho, funcionários e
igrejas. Por vezes, a vila poderia ser elevada à condição de cidade.
• A atividade mineradora provocou importantes mudanças no padrão de
urbanização até então existente nas terras portuguesas da América:
n Vilas e cidades mais suntuosas.
n Ocupação populacional rápida e intensa.
n Crescimento desordenado e sem preocupação urbanística.
• E nquanto Vila Rica é um exemplo do crescimento sem planejamento urbano,
Mariana, elevada a cidade em 1745, foi construída de maneira planejada.
HISTÓRIA CAPÍTULO 15 A mineração na América portuguesa
1o ano – 4o bimestre
Escritores Obras
José Basílio da Gama O Uraguay (1769)
Santa Rita Durão Caramuru (1781)
Tomás Antônio Gonzaga Marília de Dirceu (1792) e, provavelmente, Cartas chilenas