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• Território
i caeté e invasão portuguesa
• Saque
s do Recife (1595)
• Invasão holandesa (1630-1654)
Alternar a subsecção Invasão holandesa (1630-1654)
• Insurreição Pernambucana (1645-1654)
• Segunda metade do século XVII ao século XIX
Alternar a subsecção Segunda metade do século XVII ao século XIX
• Conjuração de "Nosso Pai" (1666)
• Guerra dos Mascates (1710-1711)
• Revolução Pernambucana (1817)
• Convenção de Beberibe (1821)
• Confederação do Equador (1824)
• Revolução Praieira (1848-1850)
• Início do século XX até os dias atuais
• Ver também
• Referências
• Ligações externas
História do Recife
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• Discussão
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• Editar
• Ver histórico
A atual área metropolitana do Recife foi palco de muitos dos primeiros fatos históricos do
Novo Mundo: no Cabo de Santo Agostinho ocorreu o descobrimento pré-cabralino do
Brasil pelo navegador espanhol Vicente Yáñez Pinzón, no dia 26 de janeiro de 1500; e
na Ilha de Itamaracá estabeleceu-se, em 1516, o primeiro "Governador das Partes do
Brasil", Pero Capico, que ali construiu o primeiro engenho de açúcar de que se tem
notícia na América portuguesa.[1][2][3] O atual município do Recife tem sua origem
intimamente ligada ao município de Olinda. No foral (carta de direitos feudais) de Olinda,
concedido por Duarte Coelho em 1537, há uma referência ao "Arrecife dos navios", um
lugarejo habitado por mareantes e pescadores. [4] O Recife permaneceu português até a
independência do Brasil, com a exceção de um período de ocupação holandesa.[5]
Habitava a região que hoje corresponde ao município de Recife a nação Caeté, cujo
território se estendia da Paraíba ao Rio São Francisco [6]. A baía entulhada do rio
Capibaribe, que forma a planície onde hoje se encontra a cidade, servia de lar para
algumas aldeias presentes ao longo da várzea desse rio, onde algumas dessas aldeias
sobreviveriam até meados da ocupação holandesa no século XVII.
Alguns dos bairros da cidade atual mantém uma denominação tupi que remete às
características de seu entorno, dada a influência desses habitantes originais na atual
configuração urbana do Recife. São alguns dos bairros que carregam em seu nome tal
característica a Caxangá, a Iputinga, o Paissandu, Beberibe, o Ibura e Tejipió. Apesar de
apelidada por "Veneza Brasileira", o Recife atual não utiliza seu potencial aquático como
se relata ter sido a vida dos moradores caetés:
"Para passarem estes [os caetés] aquele rio [o São Francisco], que é um
dos maiores do Brasil e irem ao outro lado fazer suas entradas pelo
território tupinambá, usavam embarcações que faziam de certas palhas
compridas, como se fossem tábuas, e que chamam de piripiri. Fazem
delas os moradores daquele lugar [o território caeté] esteiras e enxergões
para suas camas. Essas tábuas, depois de bem secas ao sol, juntavam
em molhos onde dentro encaixavam um varapau do tamanho que fosse
necessário. Prendiam bem os molhos com aneis feitos de cipó, que
chamam de timbó, curtos e fortes, e depois juntando um molho com outro
formavam uma esteira ainda maior, unidas entre si por paus, como
chamam de jangadas. E com aquelas embarcações atravessam o rio e
iam assaltar os tupinambás do outro lado." [7]
Olinda foi o local mais rico do Brasil Colônia da sua criação até a Invasão Holandesa, quando foi devastada. O
Recife sobrepôs então a vila que o originou.[5] Na foto, Olinda e Recife.
A vila de Olinda e o porto do Recife no fim do século XVI. Do códice da Biblioteca da Ajuda: Roteiro de todos os
sinais, conhecimentos, fundos, baixos, alturas que há na costa do Brasil.
No início do século XVI, os caetés resistiram às invasões portuguesas, isolando os
invasores na feitoria de Itamaracá, fundada pela armada de Cristóvão Jacques em
1516[8]. Rivais da coroa portuguesa, os franceses aliaram-se aos caetés e tomaram a
feitoria de Pero Capico, seu administrador-fundador e fizeram refém seus ocupantes.
Assim que tomou posse em 1521, D. João III de Portugal, despachou uma esquadra que
tomou de volta a estrutura à força, esgotadas as tentativas de diplomacia com a coroa
francesa[9]. Dado o cenário no Atlântico, fez-se necessário a Portugal ocupar a região,
quando então em 1530 partiu Duarte Coelho para ocupar as terras cedidas a ele pela
coroa portuguesa.
O célebre corsário inglês James Lancaster arrebatou no Recife, com o auxílio de holandeses, o mais rico butim da
história da navegação de corso da Inglaterra elisabetana, durante a Guerra Anglo-Espanhola.[10]
Na Rua do Bom Jesus está situada a Kahal Zur Israel, primeira sinagoga da América.[16] O Recife foi a mais
cosmopolita cidade do continente durante o governo de Nassau.[17]
As Batalhas dos Guararapes, episódios decisivos na Insurreição Pernambucana, são consideradas a origem
do Exército Brasileiro.
O Palácio de Friburgo (1642), local de residência e de despachos de Maurício de Nassau, foi demolido no século
XVIII devido aos danos causados durante a Insurreição Pernambucana.[19]
Tomada a colônia holandesa, os judeus receberam um prazo de três meses para partir ou
se converter ao catolicismo. Com medo da fogueira da Inquisição, quase todos venderam
o que tinham e deixaram o Recife em 16 navios. Parte da comunidade judaica expulsa de
Pernambuco fugiu para Amsterdã, e outra parte se estabeleceu em Nova Iorque. Através
deste último grupo a ilha de Manhattan, atual centro financeiro dos Estados Unidos,
conheceu grande desenvolvimento econômico; e descendentes de judeus egressos do
Recife tiveram participação ativa na história estadunidense: Gershom Mendes Seixas,
aliado de George Washington na Guerra de Independência dos Estados Unidos; seu filho
Benjamin Mendes Seixas, fundador da Bolsa de Valores de Nova Iorque; Benjamin
Cardozo, juiz da Suprema Corte dos Estados Unidos ligado a Franklin Delano Roosevelt;
entre outros. A economia açucareira local passou então a enfrentar a competição
das Antilhas Holandesas, para onde os holandeses levaram a tecnologia da produção de
açúcar.[28][29][30]
Ver artigos
Revolução Pernambucana, único movimento
libertário do período de dominação principais: Conjuração de
portuguesa que ultrapassou a fase
conspiratória.[33] "Nosso Pai", Guerra dos
Mascates, Revolução Pernambucana, Convenção de Beberibe, Confederação do
Equador e Revolução Praieira
• Fortificações do Recife
•
Forte do Buraco, hoje em ruínas. Foi dinamitado pela Marinha do Brasil para a construção de uma base naval,
porém a obra não foi realizada
Forte do Brum
•
Forte Orange
4:02
Recife, 1954. Arquivo Nacional.
No início do século XX, o Recife era ainda uma cidade muito influente: só perdia em
importância político-econômica para o Rio de Janeiro. [46] Nos anos 1910, a cidade
pretendia tornar-se moderna, tal como Paris, através da reforma do porto e construção de
largas avenidas, sem preocupação com a preservação dos edifícios históricos, muitos dos
quais completamente demolidos. Como em todo o Brasil, o modernismo não afetou as
graves diferenças sociais. Iniciou-se então um período de agitação cultural, e a Belle
Époque mostrou a busca de novas linguagens para traduzir as velozes mudanças trazidas
pelas novas técnicas. Os recifenses tinham até os meados do século uma forte influência
cultural francesa.[47]
Na década de 1970 o Recife era ainda a terceira maior metrópole do Brasil.[48] Na foto, pontes centenárias no trecho
de confluência dos rios Capibaribe e Beberibe.
No dia 26 de julho de 1930, o advogado e político João Pessoa, que tinha sido naquele
ano candidato a vice-presidente na chapa encabeçada por Getúlio Vargas — e derrotada
por Júlio Prestes —, foi assassinado por João Duarte Dantas na Confeitaria Glória,
na Rua Nova, Centro do Recife. O crime foi um dos estopins da Revolução de 1930.[49]
Na década de 1950, o Recife ganhou seu contorno urbano atual, com o crescimento
populacional ocasionado pela migração de pessoas do interior nordestino e a extinção
dos mocambos, obrigando a população pobre a viver nos morros. A cidade já buscava
mostrar uma perspectiva positiva de si, escondendo as mazelas sociais. [52]
Em 2009, o Cindacta III, sediado no Recife, coordenou a busca pelos destroços do voo Air
France 447, considerado o pior acidente aéreo da história da aviação brasileira. [56]
Panorama do bairro de Santo Antônio em dezembro de 2014.
Ver também
• História de Pernambuco
Referências
1. ↑ Antonio de Herrera y Tordesillas. «Historia general de los hechos de los Castellanos en las islas y tierra firme de el
Mar Oceano, Volume 2». p. 348. Consultado em 18 de junho de 2019
2. ↑ «Pinzón ou Cabral: quem chegou primeiro ao Brasil?». G1. Consultado em 1 de maio de 2017
3. ↑ «Biografia de Cristóvão Jacques». Ebiografia.com. Consultado em 1 de maio de 2017
4. ↑ Prefeitura de Olinda. «Foral de Olinda». Consultado em 2 de março de 2015. Arquivado do original em 1 de março de
2015
5. ↑ Ir para:a b c d Luiz Geraldo Silva. «A Faina, a Festa e o Rito. Uma etnografia histórica sobre as gentes do mar (sécs
XVII ao XIX)». Google Books. p. 122. Consultado em 1 de julho de 2016
6. ↑ Fundação Nacional Pro-Memória.; Fundação Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. (1981). Mapa etno-
histórico de Curt Nimuendajú. Rio de Janeiro: IBGE. OCLC 9056823
7. ↑ Jaboatão, Antonio de Santa Maria (1858). «Novo orbe serafico brasilico, ou, chronica dos frades menores da provincia
do Brasil». www2.senado.leg.br. Consultado em 17 de novembro de 2020
9. ↑ Jaboatão, Antonio de Santa Maria (1858). «Novo orbe serafico brasilico, ou, chronica dos frades menores da provincia
do Brasil». www2.senado.leg.br. Consultado em 4 de outubro de 2020
10.↑ Ir para:a b c d e f Jean Marcel Carvalho França, Sheila Hue. «Piratas no Brasil: As incríveis histórias dos ladrões dos
mares que pilharam nosso litoral». Issuu. p. 92. Consultado em 1 de julho de 2016. Arquivado do original em 16 de
agosto de 2016
11.↑ Universidade Federal de Campina Grande. «Mathias de Albuquerque». Consultado em 23 de junho de 2012.
Arquivado do original em 3 de novembro de 2012
16.↑ Ir para:a b «Recife também tem Muro das Lamentações». Estadão. Consultado em 2 de março de 2015
17.↑ Ir para:a b «Maurício de Nassau, o brasileiro». Guia do Estudante. Consultado em 5 de abril de 2015. Arquivado
do original em 23 de dezembro de 2014
18.↑ «Prelúdio para uma história: ciência e tecnologia no Brasil». Google Books. Consultado em 15 de novembro de 2016
19.↑ Ir para:a b «Palácio de Friburgo, Recife, PE». Fundaj. Consultado em 8 de junho de 2015
20.↑ Sociedade Astronômica do Recife. «Padre Polman:Os 60 importantes momentos». Consultado em 2 de março de
2015
26.↑ Ir para:a b c José Gerardo Barbosa Pereira. Instituto Camões, ed. «A Insurreição pernambucana de 1645» (PDF).
Consultado em 1 de março de 2015
27.↑ «Batalha dos Guararapes». História Brasileira. Consultado em 28 de julho de 2015. Arquivado do original em 10 de
setembro de 2016
41.↑ «Os personagens que fizeram a Revolução de 1817». Jornal do Commercio. Consultado em 27 de abril de 2017
42.↑ «Revolução Pernambucana - Considerada o berço da democracia brasileira, revolta completa 200 anos». UOL.
Consultado em 3 de julho de 2019
43.↑ «A Convenção de Beberibe; o primeiro episódio da independência do Brasil». Google Livros. Consultado em 1 de
maio de 2017
48.↑ Fausto Brito. «O deslocamento da população brasileira para as metrópoles». SciELO Brasil. Consultado em 13 de
julho de 2014
49.↑ «Getúlio (1882-1930): Dos anos de formação à conquista do poder». Google Books. Consultado em 12 de janeiro de
2017
50.↑ «Jardins e praças projetados por Burle Marx em Recife são tombados». Portal Brasil. Consultado em 29 de março de
2015
53.↑ Brasil 247. «Comissão resgata verdade sobre atentado a bomba». Consultado em 2 de março de 2015
54.↑ «Forças Armadas vão investigar casos de tortura durante o regime militar». G1. Consultado em 19 de julho de 2014
55.↑ «Votação da emenda da Diretas Já completa 30 anos». G1. Consultado em 27 de julho de 2014
56.↑ «Os piores acidentes aéreos na história da aviação brasileira». iG. Consultado em 12 de maio de 2015
Ligações externas
• Recife, a Mauritstad
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O Wikcionário tem o verbete Mauritsstad.
• História da cidade do ficheiros sobre História do Recife
Recife
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Categoria:
• História do Recife
• Esta página foi editada pela última vez às 01h04min de 4 de março de 2021.
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