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HISTÓRIA

Formação de Olinda e Recife


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FORMAÇÃO DE OLINDA E RECIFE


Nesta aula será tratado sobre a formação de Recife e Olinda, não será desenvolvido a
situação atual dessas cidades apenas a sua criação.

“Antes da chegada do português colonizador, a região do atual Estado de Pernambuco


era habitada por uma população indígena que tinha o domínio do território, no qual exis-
tiam as primitivas aldeias dos Tabajaras e dos Caetés. Sua antiga denominação mostrava
esta particularidade. Chamava-se Marim, palavra supostamente de origem indígena,
corruptela de “Mirim”, que segundo o sociólogo pernambucano Gilberto Freyre,67 pode
estar ligada à ideia de pequeno ou pequena, ou derivada de “Barim”, que significa coxo,
numa referência a Duarte Coelho, donatário da Capitania de Pernambuco, que em luta
com os indígenas teria sido ferido numa perna e mancava. “Marim seria a vila do coxo”.68
Há ainda uma outra versão para o nome Marim, ligada a Mayr, que seria a expressão
usada pelos indígenas para denominar os franceses. Vejamos o que indica Vanildo Caval-
canti,69 apoiado em Adolfo de Varnhagem, em seu estudo sobre Olinda: “[...] o nome
Marim ou Mar-y, que primitivamente tinha a aldeia que depois cedeu a Olinda o posto,
queria com o dizer ‘Água ou Rio dos Franceses’; e denuncia-nos que foram os mesmos
franceses os primeiros que aí se estabeleceram.

ELIANE MARIA VASCONCELOS DO NASCIMENTO”


Entende-se que os franceses estiveram na região de Olinda antes mesmo da chegada
dos portugueses, e ali em Marim dos Caetés também ficou bastante conhecida e em
seguida foi batizada por Duarte Coelho como “Olinda”, conta-se a história que quando
chegou aquela região depois de ter ido do Iguaraçu até aquela região mais ao Sul, Olinda
é observada e admirada, onde acaba recebendo o atual nome. Sua fundação aconteceu
em 1535 por Duarte Coelho, Donatário de Pernambuco, que foi reconhecido como vila,
em 12 de março de 1535, anteriormente era um povoado.
12 de março – Aniversário da cidade
é a data magna da cidade
“Fundada em 1535 por Duarte Coelho Pereira, donatário da Capitania de Pernam-
buco, Olinda foi oficialmente reconhecida como vila em 12 de março de 1537. Nesta
data, a cidade festeja toda sua riqueza histórica e cultural desde seu surgimento. A festa
é uma expressão das tradições culturais, religiosas, dos artistas e artesãos, no cenário
dos casarios e igrejas, datados dos séculos 18 e 19. Olinda é considerada uma das cidades
coloniais mais bem preservadas do país. Foi a segunda cidade brasileira a ser declarada
como Patrimônio Histórico e Cultural da Humanidade pela ONU, em 1982.”

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• Em 1534, a Coroa Portuguesa instituiu o regime de Capitanias Hereditárias.


• Duarte Coelho, que tomou posse de sua capitania desembarcando, em 9 de março de
1535, na feitoria fundada em 1516, entre Pernambuco e Itamaracá.

A formação Portuguesa, aventureira, expansionista, quando chega ao Brasil e à Região


de Pernambuco, a sua finalidade é realizar a colonização.
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Porém, havia ataques estrangeiros acerca dessas terras, a estratégia utilizada para
instalar uma cidade do alto de colinas é importante pois dessa forma é possível avistar
o seu inimigo.

• Encontrou ao sul um local estrategicamente ideal, no alto de colinas, onde existia


uma pequena aldeia chamada Marim, pelos índios, instalando aí o povoado que deu
origem a Olinda.

“Um sítio protegido pela altura descortinando o mar, com um porto natural formado
pelos arrecifes, água em abundância e terras férteis, e fácil de defender, segundo os
padrões militares da época. O local era tão aprazível, que, conta-se, o nome Olinda foi
dado a partir de uma frase dita por Duarte Coelho: “Ó linda situação para se construir
uma vila”. Não se sabe o dia da fundação de Olinda; sabe-se que o povoado prosperou

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tanto, que em 1537, já estava elevado à categoria de vila. Em 12 de março de 1537,


Duarte Coelho enviou ao rei de Portugal, D.João III, o Foral, carta de doação que descre-
via todos os lugares e benfeitorias existentes na Vila de Olinda. Nas praias, a vila foi for-
tificada para a defesa e do alto das colinas se expandiu em direção ao mar, ao porto e ao
interior onde ficavam os engenhos
https://cidades.ibge.gov.br/brasil/pe/olinda/historico”
A informação do texto acima é de extrema importância para formação de Olinda,
conta-se que o nome da cidade veio a partir de uma frase dita por Duarte Coelho “Olinda,
situação para construir uma vila”, por isso virou uma tradição falar essa frase.
A escolha da formação de Olinda tem a ver com a escolha de um lugar calmo, com
fácil proteção, lugar com alto índice de prosperidade.
“Diz-se que foi assim: eu “hum Gallego criado de Duarte Coelho [...] andando com
outros por entre o matto buscando o sítio em que se edificasse [a vila], achando este
que he em hum monte alto, disse com exclamação de alegria:
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Olinda!” Foi esta a tradição que frei Vicente do Salvador recolheu nas notas de His-
tória do Brasil que acabou de escrever em 1627 [...] o beneditino Dom Domingos de
Loreto Couto e, depois dele, o inglês Southey, afirmam, em seus escritos, que foi o pró-
prio Duarte Coelho, primeiro donatário de Pernambuco, que exclamou diante do monte:
“Olinda situação para se fundar huma villa” Oh linda teria se aquietado em Olinda.
FREYRE, 1968. p. 3.”

• Com o extrativismo do pau-brasil e o desenvolvimento da cultura da cana-de-açú-


car, Olinda tornou-se um dos mais importantes centros comerciais da colônia,
enriquecendo a tal ponto que disputava com a Corte portuguesa em luxo e osten-
tação. O traçado urbano da vila configurou-se, ainda no século XVI, com a definição
dos caminhos e com a ocupação dos principais promontórios pelos religiosos. Com
a chegada das primeiras ordens religiosas – carmelitas, em 1580, jesuítas, em 1583,
franciscanos, em 1585, e beneditinos, em 1586, foi feita também a catequização
dos índios, de fundamental importância para a conquista definitiva das terras.
• Em 16 de fevereiro de 1630, a Holanda invadiu Olinda e conquistou Pernambuco.
Tomada a cidade, os holandeses se estabeleceram no povoado e ilhas junto ao porto
e abandonaram Olinda. Em 24 de novembro de 1631, os holandeses incendiaram
Olinda, após retirar os materiais nobres das edificações para construir suas casas
no Recife, que começaram a prosperar sob a administração holandesa. Em 27 de
janeiro de 1654, os holandeses foram expulsos e iniciou-se a lenta reconstrução da
Vila de Olinda.

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Olinda continua com a tradição do cultivo da cana de açúcar e Recife nessa época
próspera em uma perspectiva mais comercial.
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HISTÓRIA - Recife (PE)


Uma das mais antigas cidades do Brasil, Recife surgiu por volta de 1537 como Ribeira
de Mar dos Arrecifes, uma praia de pescadores e ancoradouro, onde se encontram as
águas do mar e as dos rios Capibaribe e Beberibe. A povoação do Recife surgiu em 1561.
Tornou-se a principal cidade da Capitania de Pernambuco, conhecida em todo o mundo
comercial da época, graças à cultura extensiva da cana-de-açúcar. Isso despertou o inte-
resse dos holandeses que, atraídos pela riqueza da capitania e por sua posição estraté-
gica, invadiram e ocuparam a cidade durante 24 anos, entre 1630 e 1654.

• A origem do Recife remonta à terceira década do Século XVI, quando era uma estreita
faixa de areia protegida por uma linha de arrecifes que formam um ancoradouro.
Devido às suas características físicas favoráveis, o local passou a abrigar um porto.
E no entorno dele, que servia a Vila de Olinda, formou-se um povoado com cerca de
200 habitantes, em sua maioria, marinheiros, carregadores e pescadores. O assen-
tamento ocupava a península correspondente ao que é hoje o Bairro do Recife.

As embarcações eram o meio utilizado para se chegar na região, o porto natural con-
tribuiu para o deslocamento. O início da economia açucareira deu-se pelo mel, trabalho
escravo e as exportações.

Observação
Não foi Duarte Coelho que fundou Recife, sua morte antecede a criação da Cidade
tornando assim Recife posterior a Olinda.
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• Por se tratar de região portuária, a atividade comercial desenvolveu-se rapidamente


impulsionando o crescimento do povoado. E em 1537, a constituição da Vila do
Recife é registrada. No século XVII, com o desenvolvimento econômico da colônia, o
porto prosperou favorecendo a expansão da vila que toma forma de cidade. A ativi-
dade açucareira também cresceu e as margens dos cursos d’água passaram a serem
ocupadas por engenhos e casebres, enquanto os rios tornaram-se caminhos nave-
gáveis para transporte dos produtos.

Pela localidade de Recife, acontecia um encontro entre as águas do mar e dos rios, ou
seja, uma forma de acesso às outras regiões até dentro da própria capitania. No incêndio
de Olinda pelos holandeses houve a necessidade de que outra região recebesse os holan-
deses, por isso em 1630 eles se instalaram nas terras baixas de Recife.

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• Em 1630, Olinda, então centro da capitania, é invadida e incendiada por holandeses.


Contudo, os invasores se estabeleceram nas terras baixas do Recife, seja porque o
sítio de Olinda não favorecia aos seus interesses militares e comerciais, seja pela
semelhança do Recife com a Holanda. Desse modo, colonos, soldados, habitantes de
Olinda e imigrantes judeus iniciaram a ocupação da Vila do Recife.
• A partir do Século XVIII, o desenvolvimento da cidade se apoia no comércio externo
e a urbanização portuguesa incide predominantemente sobre o antigo território
holandês, de forma espontânea, caracterizada por ruas estreitas, que se abrem em
pátios onde se destaca a construção religiosa.
• No Século XIX, a cidade já apresentava um tecido densamente urbanizado que corres-
ponde ao atual centro histórico surgido dos aterros das áreas alagadas e mangues, a
partir da ocupação holandesa.
- Em divisão territorial datada de 1-VI-1995, o município é constituído do dis-
trito sede.
- Em divisão territorial datada de 15-VII-1999, o município é constituído do dis-
trito sede.
- Assim permanecendo em divisão territorial datada de 2005.

O examinador pode colocar em prova que Recife apareceu para Pernambuco com os
holandeses, porém a sua existência foi bem antes, por meio de povoado como região, mas
o status e reconhecimento veio somente com a chegada dos holandeses.
No início do Século XVIII, Olinda invade Recife e causa uma destruição no pelourinho na
guerra, esse assunto será tratado em uma próxima aula com mais detalhes.
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��Este material foi elaborado pela equipe pedagógica do Gran Concursos, de acordo com a aula
preparada e ministrada pelo professor Admilson Costa Santos.
A presente degravação tem como objetivo auxiliar no acompanhamento e na revisão do con-
teúdo ministrado na videoaula. Não recomendamos a substituição do estudo em vídeo pela
leitura exclusiva deste material.

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