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Anotações e
Capítulo 8 - O mundo árabe-muçulmano e os reinos africa… destaques Detalhes
Capítulo 8
O mundo árabe-muçulmano e
os reinos africanos
O islamismo é uma religião que surgiu no século VII e suas tradições remontam a
diversas práticas monoteístas que se formaram desde a Antiguidade. Desde o início, o
islamismo disseminou-se com rapidez por diferentes territórios e culturas devido, entre
outras razões, à atividade expansionista de seus seguidores – a exemplo dos cristãos –,
convertendo outros povos por meio de ações pacíficas ou militares.
Para entender esse processo, é fundamental estudar a história dos povos que viviam
na Península Arábica, local onde o islamismo foi criado, bem como a maneira como a
nova religião modificou o modo de vida dos povos locais. Essa crença também chegou ao
continente africano, região onde surgiram diversos reinos entre o final da Antiguidade e
o início da Idade Média. Essas sociedades tiveram um papel muito importante na
organização social da África e de outros povos vizinhos. Neste capítulo, você estudará as
origens do islamismo e conhecerá algumas civilizações africanas e os contatos que elas
tiveram com cristãos e muçulmanos.
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Por volta de 1200 a.C., o modo de vida típico dessas comunidades já tinha se
consolidado. Uma parte dos grupos humanos que vivia na península se sedentarizou,
criando povoamentos próximos aos oásis. As pessoas que ali viviam utilizavam as fontes
de água para a agricultura e organizavam feiras, abastecendo as rotas comerciais que
cruzavam a Península Arábica rumo à Ásia, África e às regiões do Mediterrâneo.
Meca e o comércio
Apesar das diferenças entre o modo de vida dos beduínos e o dos povos sedentários,
existiam elementos culturais que os aproximavam, como os dialetos árabes falados por
todos e as crenças religiosas semelhantes, baseadas no respeito às forças da natureza e
na fé no poder de objetos inanimados.
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Ilustração persa do início do século XIV retratando o momento da revelação divina feita pelo
arcanjo Gabriel a Maomé.
TOME NOTA
A fuga para Medina ficou conhecida como Hégira (emigração) e marcou o início
do calendário da religião islâmica. Aos poucos, o número de seguidores da nova
religião foi crescendo, os quais passaram a se chamar de muçulmanos ou
islâmicos, termos que têm origem no mesmo radical que a palavra islã
(“submissão”).
Em 630, Maomé atacou e invadiu Meca, rendendo os chefes da cidade. Sua primeira
decisão após a invasão foi ordenar a destruição de todos os símbolos das divindades
cultuadas na Caaba e a transformação desse santuário em um local de culto. A partir de
então, a cidade se tornava o centro de peregrinações dos muçulmanos e o local mais
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sagrado da nova religião.
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A conquista de Meca foi apenas o primeiro passo da expansão islâmica. Até 632,
quando Maomé morreu, os seguidores do islamismo conquistaram grandes regiões da
Península Arábica, promovendo a unificação desse território e a criação de uma
identidade comum entre os árabes, a religião islâmica. Foi assim que começou a ganhar
forma o primeiro Estado unificado da Península Arábica.
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O trecho a seguir é um relato escrito pelo árabe Muhammad ibn Ishaq (704-768),
um dos primeiros historiadores a preparar uma biografia sobre Maomé e a
analisar a origem da religião islâmica. No fragmento, ele registra uma tradição
oral sobre a experiência dos povos árabes antes do advento do islamismo e
sobre o contato deles com comerciantes judeus que se estabeleceram na
Península Arábica no período. Após a leitura, responda ao que se pede.
Nós éramos politeístas adorando ídolos, enquanto eles [os judeus] vinham do
povo do Livro, detentor de um conhecimento que não tínhamos. Havia constante
inimizade entre nós, e quando levávamos a melhor sobre eles e incitávamos seu
ódio, diziam: “O tempo chegou em que será enviado um profeta. Com a ajuda
dele, nós os mataremos, assim como pereceram as tribos de Ad e Iram ”.
Sempre os ouvíamos dizer isso.
IBN ISHAQ, Muhammad apud ARMSTRONG, Karen. Maomé: uma biografia. São Paulo: Companhia das
Letras, 2002.
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2. Com base na leitura do fragmento, é possível afirmar que as ideias
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A expansão do islamismo
Entre os séculos VII e XI, ocorreu uma intensa expansão dos territórios controlados
por líderes muçulmanos. Esse processo foi controlado pelos califas (chefes de Estado
islâmicos), que se tornaram a principal liderança religiosa e militar do mundo islâmico
após a morte de Maomé. A escolha do primeiro califa, Abu Bakr, sogro de Maomé, gerou
disputas entre diferentes grupos de seguidores de Maomé. Posteriormente, durante o
quarto califado, essas diferenças resultaram na formação de dois grupos com visões
religiosas e políticas distintas: os sunitas e os xiitas.
Durante o governo de Abu Bakr, que durou até sua morte, em 634, os muçulmanos
conquistaram toda a Península Arábica. A partir de então, a religião começou a se
disseminar por territórios do Império Bizantino, Egito, Síria, Palestina, Mesopotâmia, por
regiões do Cáucaso, Pérsia, África, e partes da Ásia e da Europa, como a Península Ibérica
e a Sicília.
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Até meados do século VIII, todo o território dominado pelos seguidores do islamismo
formava um grande califado unificado e centralizado. Em 756, contudo, os territórios
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muçulmanos da Península Ibérica se separaram, formando um califado independente.
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Essa divisão, porém, não significou o fim da expansão da religião muçulmana pelo
mundo, já que novas regiões da Ásia e da África foram convertidas ao islamismo. A
diferença é que não existia mais um grande califado que unificava os povos muçulmanos
de diferentes continentes em torno de um grande império centralizado. Vale destacar
que, no final da Idade Média e início da Idade Moderna, três dos mais poderosos
impérios mundiais eram muçulmanos: o império Otomano, que tinha como centro o
antigo território de Bizâncio; o império Safávida, que tinha como centro o território da
Pérsia; e o império dos Grão-Mughals, na Índia.
A cultura islâmica
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2. Formule uma hipótese para explicar a razão pela qual o documento foi
traduzido do árabe para o latim na Espanha.
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Na África Setentrional está localizado o Deserto do Saara, uma grande faixa de terra
desértica de difícil deslocamento, que vai do extremo leste ao extremo oeste do
continente africano. Esse deserto funciona como uma fronteira natural separando a
África Setentrional da região conhecida como África Subsaariana. Esta ocupa a maior
parte do continente africano e foi o local de desenvolvimento de sociedades com
características muito distintas, como povos nômades, pequenas aldeias e cidades, reinos
independentes e mesmo grandes impérios. O comércio transaariano foi muito
importante para promover a difusão das práticas culturais e religiosas dos povos da
África Setentrional entre os povos da África Subsaariana e vice-versa.
Foi na África Subsaariana que se formaram os reinos de Gana e Mali, bem como os
povos de cultura iorubá e banto, estudadas a seguir. Essas sociedades tinham
características sociais distintas, o que ajuda a entender a diversidade cultural e social do
continente africano.
KI-ZERBO, Joseph, 2002; COSTA E SILVA, Alberto da, 2002; ATLAS da História do Mundo, 1999.
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O Reino de Gana
O Reino de Gana não formava, portanto, um domínio fechado, mas uma rede de
alianças que assegurava o pagamento de tributos diversos e que garantia a formação de
um importante exército na região. Diferentemente de um império tradicional, no qual o
poder do governante se associava à dominação de um grande território, o poder dos reis
de Gana se relacionava ao número de homens que se subordinavam aos vínculos
espirituais com o rei.
A base da economia de Gana era a exploração das minas de ouro da região, que eram
abundantes e que possibilitaram o surgimento de um intenso comércio entre os povos
que viviam sob a autoridade do rei de Gana e outras regiões da África, Ásia e Europa. A
grande quantidade desse metal precioso atraiu muitos mercadores para as aldeias e
cidades de Gana. Muitos comerciantes árabes, por exemplo, se estabeleceram nesse
território com o objetivo de aproveitar a produção local de ouro e enriquecer com o
comércio.
O Reino do Mali
Essa vitória fez com que Keita recebesse o título de mansa, um tipo de soberano
tradicionalmente reconhecido pelos povos da região. A partir de então, Keita liderou um
movimento de conquista que conseguiu dominar praticamente toda a região
pertencente ao antigo Reino de Gana, a qual, em pouco tempo, foi unificada em torno do
Reino do Mali. Os filhos de Keita deram continuidade ao processo de conquista,
garantindo o domínio de um imenso território que chegava ao Atlântico (nos atuais
territórios do Senegal e da Gâmbia) e ia até o Rio Níger, no interior da África.
Isso criou uma situação inédita na África, já que uma mesma autoridade política
passou a controlar as minas de ouro do interior do continente, os portos comerciais do
litoral e as rotas comerciais que ligavam esses dois centros econômicos. Isso fortaleceu
os governantes do Mali e possibilitou a criação de grandes centros culturais e urbanos no
interior desse reino.
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Figura equestre elaborada no delta do Rio Níger, no Mali, entre os séculos XIII e XV, representando
um guerreiro da cavalaria do mansa, provavelmente de Sundiata Keita.
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mantidos, mas todos deviam pagar tributos para sustentar um exército capaz de
proteger esse grande território.
Outra importante cidade do Mali foi Djenné, que, entre os séculos XIII e XVI, foi um
dos mais importantes centros nas rotas comerciais vindas do Mediterrâneo e do Oriente
Médio e um dos pontos de difusão do islã para toda a África.
ONTEM E HOJE
Ainda assim, uma parte significativa dos manuscritos foi retirada do local e
protegida. Uma ONG ficou responsável pela preservação e pela digitalização
desses documentos, e, atualmente, cerca de 20% já foi digitalizado.
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PARA REFLETIR
Imagem aérea da Grande Mesquita de Djenné, no Mali, monumento que está na lista da Unesco de
patrimônio mundial em perigo. Construída no começo do século XIII, a Grande Mesquita foi um
dos centros de aprendizagem islâmica no Reino do Mali.
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A civilização iorubá
A civilização iorubá teve origem no sudoeste do atual território da Nigéria. Essa região
foi ocupada desde a Pré-História por grupos humanos que formaram ali inúmeras
comunidades, processo que levou ao surgimento de uma cultura própria e característica,
que daria origem à civilização iorubá.
Segundo a tradição iorubá, essa cidade foi fundada por Oduduwa, um enviado dos
céus pela divindade suprema do povo iorubá, Olorum. Para os iorubás, Ilê Ifé teria sido
responsável pela criação de todas as demais comunidades e sociedades desse povo,
sendo vista como uma espécie de cidade-pai dessa civilização. Apesar das explicações
míticas de sua origem, ela realmente existiu e desempenhou um papel político
importante na organização dos iorubás. Sua origem remonta ao século VI e suas
autoridades tinham grande influência nas sociedades vizinhas.
Um dos principais reinos iorubás foi Oyo, localizado no sudoeste da Nigéria e sudeste
do atual Benim. Essa sociedade criou um forte exército, capaz de intervir e conquistar
povos vizinhos. Seu surgimento ocorreu no século XV e se manteve como uma força
política importante na região até o século XIX.
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Vaso de marfim, datado entre os séculos XVII-XVIII, contendo inscrições que sugerem os poderes
de um governante do reino iorubá de Oyo.
Porém, muitas comunidades iorubás não tiveram o mesmo destino. No século XV, os
europeus começaram a avançar pelo continente africano e exploraram diversos
territórios ocupados pelos iorubás, os quais foram atacados, especialmente a partir de
meados do século XVIII, pelos comerciantes de escravizados, que visavam capturar
pessoas que seriam comercializadas como escravizados na América. Com isso, muitas
cidades e reinos iorubás foram destruídos, e muitos de seus moradores foram levados
para as colônias europeias na América, inclusive a portuguesa.
Por essa razão, muitos elementos da cultura iorubá, trazidos pelos iorubás
escravizados, estão presentes na sociedade brasileira, como hábitos alimentares,
palavras, crenças religiosas e outras tradições.
A cultura banto
O termo banto foi escolhido no século XIX por pesquisadores que estudavam as
línguas faladas por alguns povos africanos para designá-los. Essa palavra está presente
em quase todas as línguas de origem banto e significa “povo”, plural do termo “o
homem”. Por isso, ele foi escolhido para denominar essas línguas de origem comum que
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são faladas por um grande número de povos e sociedades na África.
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Assim como os iorubás, os povos bantos foram trazidos em grande número para a
América como pessoas escravizadas. Por essa razão, há forte presença da cultura banto
no Brasil.
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ENQUANTO ISSO...
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O primeiro registro do uso de penas para escrita foi feito pelo erudito medieval
Santo Isidoro de Sevilha (560-636). Ele escreveu um grande tratado de caráter
enciclopédico chamado Etimologias. Nessa obra, ele cita o uso das penas, as
quais eram retiradas dos animais e submetidas a um processo de limpeza, como
principal instrumento de escrita nas sociedades medievais. Como elas tinham
uma espécie de tubo em seu interior, era fácil preenchê-las de tinta e utilizá-las
para a escrita em papel.
Após a limpeza, bastava fazer um pequeno furo na ponta da pena para que a
tinta escorresse. Com o tempo, a ponta se gastava, mas era possível afiá-la
novamente com instrumentos inventados para esse fim. A praticidade desse
material fez com que ele se transformasse no principal instrumento de escrita
até o século XIX, perdendo esse posto apenas quando o avanço tecnológico
possibilitou a criação das primeiras canetas-tinteiro.
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LEIA
A África explicada aos meus filhos, de Alberto da Costa e Silva (Editora Agir). O
livro é um diálogo com um dos maiores especialistas na história do continente
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africano. Assim, de forma muito clara e direta, o historiador apresenta aspectos
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O surgimento do islamismo.
A cultura iorubá.
A cultura banto.
Questão 01
O desenvolvimento das religiões monoteístas ( judaísmo, cristianismo e islamismo) teve
grandes consequências políticas. Com base nas informações estudadas neste capítulo e
nos anteriores, compare brevemente os principais desdobramentos políticos das três
religiões entre os hebreus, os romanos
Avaliar e os árabes.2
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Questão 02
De acordo com o autor do texto, a recuperação de obras filosóficas da Antiguidade teve
consequências religiosas. Quais foram elas?
Questão 03
Qual era a oposição entre a xaria e a escola progressista de interpretação dos princípios
religiosos do islamismo?
Candomblé é a religião que cultua os orixás, divindades do povo iorubá, que chegou ao
Brasil como escravo, vindo principalmente da região onde hoje se situa a Nigéria. A
religião dos orixás logo se misturou com o culto aos vodus, do povo fon do Daomé,
também escravizado, dando origem ao Candomblé chamado ketu-jeje ou jeje-nagô. Mas
também a religião dos inkices, de origem banto, recebe o nome de Candomblé, é o
Candomblé de Angola. As origens do Candomblé estão na colonização do Brasil. Mas, ao
contrário da crença comum, o Candomblé não é uma religião africana, mas sim um
conjunto de cultos e religiões nascidos no Brasil a partir de estruturas religiosas
africanas. Mesmo os cultos mais puristas do Candomblé, ou seja, os que ainda mantêm a
língua iorubá original, como é o caso de vários terreiros baianos, nasceram mesmo na
América.
SILVA, Kalina Vanderlei; SILVA, Maciel Henrique. Dicionário de conceitos históricos. São Paulo: Contexto, 2009. p.
39.
Questão 04
A cultura iorubá teve grande influência na formação da cultura brasileira, inclusive na
Avaliar 2
formação de novas religiões no Brasil. É possível afirmar que o candomblé é uma
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reprodução, sem alterações, das práticas religiosas dos povos iorubás no Brasil?
Justifique sua resposta.
Questão 05
No Brasil, religiões de matriz africana ou afro-brasileira são frequentemente vítimas de
preconceito e perseguição. Você conhece ou já presenciou alguma situação como essa?
O que pode ser feito para impedir esse desrespeito à liberdade religiosa?
ATIVIDADES PROPOSTAS
Questão 01
(UFRGS) Considere as seguintes afirmações acerca das relações entre o Oriente e o
Ocidente no mundo medieval.
II. A cultura árabe legou para as sociedades europeias estudos sobre autores como
Platão e Aristóteles, estabelecendo um elo entre o mundo antigo pagão e o mundo
moderno cristão.
III. A Península Ibérica foi profundamente marcada pela presença muçulmana, que se
estendeu entre os séculos VIII e XV, produzindo reflexos na cultura lusitana e
hispânica.
a) Apenas I.
b) Apenas II.
c) Apenas I e III.
d) Apenas II e III.
e) I, II e III.
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Questão 02
(PUC-SP)
“[Na Europa, criaram-se] condições favoráveis para o estudo da Medicina [...]. Um fator
decisivo [...] foi a retomada da herança
Avaliar antiga. [...] Em
2 boa parte, o Ocidente tomou
contato com a herança científica clássica graças às culturas bizantina e muçulmana. A
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ç g ç ç
partir do século XII foram feitas inúmeras traduções do grego e do árabe para o latim, um
pouco em Veneza (por seus contatos com Bizâncio), um pouco na Sicília (anteriormente
ocupada por bizantinos e islamitas) e sobretudo na Espanha.”
FRANCO JR, Hilário. A Idade Média: nascimento do Ocidente. São Paulo: Brasiliense, 2001. p. 158.
AVICENA apud ESPINOSA, Fernanda. Antologia de textos históricos medievais. Lisboa: Livraria Sá da Costa
Editora, 1972. p. 119-120.
A partir dos textos, é possível afirmar que o estudo da Medicina durante a Idade Média
Central (séculos XI-XIII)
Questão 03
(MACKENZIE) Leia os textos a seguir.
“De Tarkala à cidade de Gana, gastam-se três meses de marcha num deserto árido. No
país de Gana, o ouro nasce como plantas na areia, do mesmo modo que as cenouras. É
colhido ao nascer do sol”.
IBN AL-FAQIH apud COSTA E SILVA, Alberto da. Imagens da África: da Antiguidade ao século XIX. São Paulo:
Companhia das Letras, 2012. p. 32.
“[Gana] é a terra do ouro. [...] Toda a gente do Magreb sabe, e ninguém disto discrepa,
que o rei de Gana possui em seu palácio um bloco de ouro pesando 30 arratéis (cerca de
14 kg). Esse bloco de ouro foi criado por Deus, sem ter sido fundido ao fogo ou
trabalhado por instrumento. Foi, porém, furado de um lado ao outro, a fim de que nele
pudesse ser amarrado o cavalo do rei. É algo curioso que não se encontra em nenhum
outro lugar do mundo e que ninguém possui a não ser o rei, que disso se vangloria
diante de todos os soberanos do Sudão.
Avaliar 2
AL-IDRISI apud COSTA E SILVA, Alberto da. Imagens da África: da Antiguidade ao século XIX. São Paulo:
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Companhia das Letras, 2012. p. 37.
Os textos foram escritos por viajantes árabes ao observarem aspectos sobre o Reino de
Gana, na África, durante a Idade Média europeia. Pela análise dos excertos, é correto
afirmar que tal reino
d) se desenvolveu sustentado pela riqueza do ouro e pela crença monoteísta, fator que o
desqualificava perante os viajantes que ali passavam.
e) impressionava seus visitantes, tanto pela opulência trazida pelo ouro como pela sua
complexa organização política e social.
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Questão 04
(IFSUL) “Maomé retirou-se às montanhas para rezar e meditar, vivendo como eremita.
Em seguida, começou a pregar a existência de um deus único, Alá, e a prática do Islã,
submissão total a deus.”
ORDOÑEZ, Marlene; QUEVEDO, Júlio. História. São Paulo: IBEP, [s.d.]. p. 58.
Questão 05
(IFSP) Segundo o historiador Demant, “em princípio, Maomé conseguiu converter à nova
fé a esposa e alguns amigos. Seu primeiro núcleo de ouvintes foi mínimo, mas suficiente
para irritar a elite comercial de Meca, cuja renda do turismo religioso foi ameaçada pela
insistência de Maomé em destruir as imagens dos deuses politeístas. A repressão contra
essa pequena e primeira comunidade muçulmana o levou a fugir com seus seguidores,
no ano de 622 d.C., para outra cidade, mais aberta às suas demandas: Iatreb [ou Yatreb],
desde então nomeada de al-Medina (a Cidade), situada a 300 quilômetros ao norte de
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Meca”.
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a) Sua fuga é conhecida como a jihad (luta em favor de Deus) e marca o início do
calendário muçulmano.
b) Sua fuga é conhecida como a salat (reza que se faz cinco vezes ao dia) e marca o início
do calendário muçulmano.
c) Sua fuga é conhecida como a hijra (hégira ou migração) e marca o início do calendário
muçulmano.
d) Sua fuga é conhecida como o ramadan (ramadã, mês de jejum, entendido como
purificação e ascese para Deus) e marca o início do calendário muçulmano.
Questão 06
(FGV) Em muitos reinos sudaneses, sobretudo entre os reis e as elites, o islamismo foi
bem recebido e conseguiu vários adeptos, tendo chegado à região da savana africana,
provavelmente, antes do século XI, trazido pela família árabe-berbere dos Kunta.
MATTOS, Regiane Augusto de. História e cultura afro-brasileira. São Paulo: Contexto, 2011.
c) o desprezo das sociedades africanas pela tradição árabe gerou transações comerciais
marcadas pela desconfiança recíproca, desprezo mudado, posteriormente, com o
abandono das religiões primitivas da África e com a hegemonia do islamismo.
d) o comércio transaariano foi uma das portas de entrada do islamismo na África, e essa
religião, em algumas regiões do continente, ou incorporou-se às religiões tradicionais
ou facilitou uma convivência relativamente harmônica.
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Questão 07
(PUC-PR) O islamismo, religião monoteísta fundada por Maomé (c. 570-632), mudou o
cenário religioso e político do Oriente Médio e de toda a bacia do Mediterrâneo. Os
padrões islâmicos de moralidade e as normas que regulam a vida cotidiana são fixados
pelo Alcorão, que os muçulmanos acreditam conter a palavra de Alá, tal qual revelada a
Maomé. Para os muçulmanos, sua religião é a conclusão e o aperfeiçoamento do
judaísmo e do cristianismo. Maomé conseguiu unificar as tribos árabes, envolvidas em
constantes disputas, numa força poderosa dedicada a Alá e à difusão da fé islâmica.
Após a morte de Maomé, no entanto, seus sucessores não conseguiram manter a
unidade, por disputas sucessórias. Essas disputas dividiram o islã em dois grupos
principais, que permanecem até hoje.
a) monofisistas e nestorianos.
b) monofisistas e maronitas.
c) sunitas e xiitas.
d) otomanos e assírios.
e) xiitas e politeístas.
Página 15
Questão 08
(UPE) Maomé pertenceu a um ramo menor do clã dos Quraysh (coraixitas), um dos mais
poderosos de Meca. Foi criado como mercador e casou-se aos 25 anos com uma rica
viúva bem mais velha que ele, chamada Khadija. Supõe-se que, nas suas viagens de
negócios, Maomé teria entrado em contato com árabes judaicos e cristãos e sido
influenciado por eles.
DEMANT, Peter. O mundo muçulmano. 3. ed. São Paulo: Contexto, 2011. p. 25. (adaptado)
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d) O comércio, atividade desenvolvida por Maomé, não era comum entre os povos
árabes do século VII.
e) Os árabes, no século VII, não tinham contato com cristãos, só com judeus.
Questão 09
(ENEM) O Cafundó é um bairro rural situado no município de Salto de Pirapora, a 150 km
de São Paulo. Sua população, predominantemente negra, divide-se em duas parentelas:
a dos Almeida Caetano e a dos Pires Pedroso. Cerca de oitenta pessoas vivem no bairro.
Dessas, apenas nove detêm o título de proprietários legais dos 7,75 alqueires de terra
que constituem a extensão do Cafundó, que foram doados a dois escravos, ancestrais de
seus habitantes atuais, pelo antigo senhor e fazendeiro, pouco antes da Abolição, em
1888. Nessas terras, seus moradores plantam milho, feijão e mandioca e criam galinhas e
porcos. Tudo em pequena escala. Sua língua materna é o português, em uma variação
regional que, sob muitos aspectos, poderia ser identificada como dialeto caipira. Usam
um léxico de origem banto, quimbundo principalmente, cujo papel social é, sobretudo,
de representá-los como africanos no Brasil.
e) possui moradores que são africanos do Brasil e perderam o laço com sua origem.
Questão 10
(FGV) Leia o texto.
b) descobriu tribos que não passaram pelas etapas do desenvolvimento histórico, como
o feudalismo.
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