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A FORMAÇÃO DO ISLÃ

Professora: Bianca Vanini


• Islã "submissão“.
• Religião monoteísta.
• Fundada por Maomé no que hoje é a Arábia Saudita.
• Centro de adoração: Meca.
• Com cerca de 1,6 bilhão de seguidores, o islamismo, é
a segunda maior religião do mundo em número de
fiéis.
• Sharia - conjunto de leis islâmicas que são
baseadas no Alcorão, e responsáveis por ditar as
regras de comportamento dos muçulmanos.
LOCALIZAÇÃO
• A Península Arábica está localizada no Oriente Médio,
limitada entre o Mar Vermelho, a oeste, o Oceano
Índico, ao sul, e o Golfo Pérsico, a leste.
• Ela é ligada ao continente pelo deserto, que cobre sua
maior parte.
• Não existem rios permanentes.
• O clima é extremamente seco, apresentando
oscilações térmicas de áreas e variações de
temperatura.
ARÁBIA PRÉ-ISLÂMICA

• As populações da península arábica eram de


origem semita.
• Caracterizava-se pela divisão em: Arábia do
Deserto e Arábia do Litoral.
• Governo descentralizado: prevalecia a
organização tribal.
Arábia do
Deserto
População beduínos.
Grupos nômades que
criavam camelos,
carneiros e cabras.
Realizavam o comércio
de caravanas.
Havia ainda os
agricultores que
dependiam dos oásis,
praticavam uma escassa
agricultura (tâmaras e
trigo).
OÁSIS
Um oásis é uma
área isolada
de vegetação em
um deserto,
tipicamente
vizinho a
uma nascente de
água doce.
Beduínos • São os povos nômades
habitantes das áreas
desertas do Oriente
médio e norte da África.
• Seu sistema político está
baseado numa extensa
unidade familiar de ordem
patriarcal.
• O grupo é comandado por
um líder político e/ou
espiritual chamado de
xeque.
Arábia do litoral:
• os árabes do litoral
eram sedentários,
viviam do comércio,
artesanato e
exportação (café,
incenso, tâmaras,
perfumes).
• Principais cidades:
Meca e Yatreb.
• A religião dos árabes pré-islâmicos era politeísta e
idólatra, Hubal era considerado como o deus dos deuses
e um dos mais notáveis, mas adoravam também uma
infinidade de deuses inferiores.
• Em Meca encontrava-se a Caaba, santuário religioso
onde estava a Pedra Negra e todos os ídolos tribais.
• Assim, Meca se tornou a cidade mais importante da
Arábia pré-islâmica, pois com a peregrinação religiosa a
cidade transformou-se em um importante centro
comercial.
MAOMÉ
• Nasceu em Meca (+ ou – 570 d. C), pertencente à
família dos haxemitas, ramo pobre da tribo dos
coraixitas que controlavam o comércio e
consequentemente a cidade.
• Órfão desde cedo, ele se tornou um condutor de
caravanas, o que lhe possibilitou o contato com
noções básicas da religião cristã.
• As viagens de Maomé como guia de caravanas,
colocaram-no em contato com o sincretismo
religioso dominante no Oriente Próximo
(monoteísmo religioso dos judeus e cristãos).
• Aos 25 anos, Maomé casou-se com uma viúva rica. O casamento
deu-lhe profunda estabilidade material.
• Acredita-se que foi a partir daí que começou a formular os
princípios de uma nova doutrina religiosa, iniciando um período
de meditações e jejuns.
• Constantemente isolava-se no deserto. Foi durante suas
andanças pelo deserto, em uma caverna do monte Hira, ao norte
de Meca, que Maomé afirmou ter tido a visão do anjo Gabriel,
que o incumbira de ser o profeta de Alá.
• Admirador do monoteísmo, ele criticava uma das maiores fontes
de renda de Meca: a peregrinação dos idólatras, que adoravam
as várias divindades dos templos locais.
• Maomé começou a falar para os coraixitas em frente à Caaba,
pregando a destruição dos ídolos e afirmando a existência
de um só deus, Alá.
• Teve oposição dos coraixitas, fugindo em direção a Yatreb no
ano de 622.
• Essa migração forçada, conhecida como Hégira, marca o
início do calendário muçulmano.
• Aos poucos, o profeta atraiu cada vez mais seguidores até ter
força para derrotar os rivais que o expulsaram de Meca.
• Nesse momento, Maomé implantou um governo teocrático,
transformando a cidade em sua base e mudando seu nome
para Medina, a cidade do profeta.
• Em 630, Maomé voltou a Meca, e com apoio dos
seus seguidores, destruiu os ídolos tribais
(preservou a Caaba e a Pedra Negra).
• O Estado Árabe estava praticamente formado,
unido em torno da bandeira do islamismo e de
seu único chefe, Maomé, que assumia não
apenas o poder político como também o
religioso, iniciando-se, assim, um governo
teocrático.
OS PRECEITOS DO ISLAMISMO:
• Os preceitos ditados pelo Alcorão (Corão) são considerados
como verdades absolutas, incapazes de conter qualquer
falha. Este livro é organizado em 114 suras ou capítulos,
dispostos por tamanho, o maior contendo 286 versos.
• O Alcorão contém as revelações transmitidas a Maomé
durante os quase 22 anos de sua vida profética (610-632)
• Porém, há uma outra fonte de orientação para os muçulmanos,
princípios que partem dos ditos e feitos do Profeta, ou seja,
dos ahadith, contidos na Suna.
AS OBRIGAÇÕES PRINCIPAIS DO ISLAMISMO

• Profissão da fé ou testemunho: "Não há nada


superior a Deus e Maomé é seu enviado“.
• Caridade - doar dinheiro aos necessitados – é
proporcional aos bens que possui (zacat).
• Fazer peregrinação a Meca pelo menos uma vez
na vida, caso tenha recursos financeiros para
isso.
• Jejuar no mês de Ramada - A ação não se limita
somente à abstinência de comer ou beber, mas
também de todas as coisas más, maus pensamentos
ou maus atos.
• Orar cinco vezes ao dia em direção a Meca.
No Islamismo, são proibidos, em carácter permanente,
o consumo de carne suína e de bebidas alcoólicas, o
uso de substâncias tóxicas e os jogos de azar.
EXPANSÃO DO ISLÃ
• A Jihad. Na verdade Jihad seria um “esforço em favor a Alá” e
não “guerra santa” contra os infiéis.
• O desejo de expandir a fé e converter o mundo à religião islâmica
continuou. Além da fé, outros motivos explicam a rápida
expansão islâmica:
A busca de melhores terras em função da explosão demográfica.
A atração pela pilhagem (BUTIM).
A fraqueza dos Impérios Persa e Bizantino e da fragmentação dos
reinos bárbaros que haviam conquistado o Império Romano.
em pouco mais de cem anos, os árabes
conquistaram um vasto Império que se estendeu da
Síria, Palestina, Pérsia e Egito.

EM POUCO MAIS DE CEM ANOS, OS ÁRABES


CONQUISTARAM UM VASTO IMPÉRIO QUE SE ESTENDEU DA
SÍRIA, PALESTINA, PÉRSIA E EGITO.
• 632 - Morte repentina de Maomé CRISE
SUCESSÓRIA.
• Os quatro primeiros califas eram parentes de Maomé. Em
661, o quarto califa, de nome Ali e genro de Maomé, foi
assassinado.
• Os muçulmanos se dividiram quanto a sucessão: uns
defendiam que somente um membro da família de
Maomé podia sucedê-lo; para outros isso não era
necessário. Essa divisão acabou formando o grupo
dos Xiitas.
• Os Xiitas - defendem que a única liderança legítima para o Islã
deveria vir da linhagem direta de Maomé.
• Os Sunitas - termo que deriva da palavra Sunna – documento
sagrado que narra as experiências de Maomé em vida –,
acreditam que a liderança da comunidade islâmica não deveria
ficar restrita à família de Maomé.
• Hoje, cerca de 90% dos muçulmanos, ou 900 milhões deles,
são sunitas.
• Já os xiitas são compostos por uma média de 120 e 170
milhões.
OMÍADAS (661-750)

• A sucessão tornou-se hereditária.

• A capital foi transferida para Damasco.

• O expansionismo nesta fase foi orientado em direção ao norte da


África.

• Após a conquista da África e da Península Ibérica, o


expansionismo islâmico foi contido por Carlos Martel, na
batalha de Poitiers (732).
ABÁSSIDAS (750-1258)

• Transferiram a capital para Bagdá.

• Expandiram para o Extremo Oriente.

• Politicamente, após a substituição da dinastia Omíada

pela Abássida, ocorreu à fragmentação do Império

Islâmico.
CONSEQUÊNCIAS DA EXPANSÃO MUÇULMANA

• Além da conquista de um vasto território,


controlaram as principais rotas comerciais do
Mediterrâneo.
• O quase completo desaparecimento do comércio
europeu acelerou o processo de ruralização que
já se iniciava na Europa, contribuindo para a
formação do feudalismo europeu.
A CULTURA ISLÂMICA
A cultura islâmica assimilou elementos de diversas
culturas, reelaborando-os e enriquecendo-os com contribuições
originais. Assim, dentre as principais realizações culturais dos
árabes, podemos destacar:
• Ciências: campo em que os muçulmanos mais se
desenvolveram; na matemática aprimoraram a Álgebra e a
Geometria; dedicaram-se também à Astronomia e à Química
(alquimia);
• Medicina: grande foi a importância de Avicena que, entre
várias descobertas, diagnosticou a varíola e o sarampo e
descobriu a natureza contagiosa da tuberculose;
• Artes Plásticas: a pintura e a escultura não contaram
com grande desenvolvimento pela proibição de se
representar formas vivas; a arquitetura sofreu
influência bizantina e persa, utilizando em profusão
cúpulas, minaretes e arcos ogivais;
• Matemática: deixaram de legado cultural para o
ocidente, o sistema numérico. (0,1, 2, 3, 4, 5, 6, 7, 8,
9).
• Literatura: contamos com vasta produção, com
destaque para a coletânea As mil e uma noites e o
poema Rubaiyat, de Omar Khayam.
O EXTREMISMO
• Os extremistas islâmicos podem ser considerados
grupos que se opõem à paz.
• A partir da revolução iraniana, quando o
fundamentalismo foi instituído no país, houve uma
grande difusão entre os povos do Oriente Médio.
• Nos anos 80 emergiram movimentos armados que
buscavam incessantemente a destruição de Israel e a
fundação de um Estado Islâmico Palestino.
O MUNDO ÁRABE E O DIREITO DAS MULHERES

• O mundo árabe é marcado por uma visão


sociopolítica extremamente patriarcal, o
que vem deflagrando sucessivos
problemas quanto aos direitos das
mulheres.
DEZ COISAS QUE UMA MULHER NÃO PODE
FAZER NA ARÁBIA SAUDITA.

1. Buscar justiça (de verdade) contra agressões...


2. Viagens sem um guardião...
3. Dirigir...
4. Vestir a roupa que quiser...
5. Interagir com homens...
6. Entrar em cemitérios...
7. Disputar competições esportivas em seus
territórios...
8. Usar piscinas e academias sem restrições...
9. Se consultar com um médico sem a presença
de seu guardião...
10. Comprar uma Barbie...

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