• Islã "submissão“. • Religião monoteísta. • Fundada por Maomé no que hoje é a Arábia Saudita. • Centro de adoração: Meca. • Com cerca de 1,6 bilhão de seguidores, o islamismo, é a segunda maior religião do mundo em número de fiéis. • Sharia - conjunto de leis islâmicas que são baseadas no Alcorão, e responsáveis por ditar as regras de comportamento dos muçulmanos. LOCALIZAÇÃO • A Península Arábica está localizada no Oriente Médio, limitada entre o Mar Vermelho, a oeste, o Oceano Índico, ao sul, e o Golfo Pérsico, a leste. • Ela é ligada ao continente pelo deserto, que cobre sua maior parte. • Não existem rios permanentes. • O clima é extremamente seco, apresentando oscilações térmicas de áreas e variações de temperatura. ARÁBIA PRÉ-ISLÂMICA
• As populações da península arábica eram de
origem semita. • Caracterizava-se pela divisão em: Arábia do Deserto e Arábia do Litoral. • Governo descentralizado: prevalecia a organização tribal. Arábia do Deserto População beduínos. Grupos nômades que criavam camelos, carneiros e cabras. Realizavam o comércio de caravanas. Havia ainda os agricultores que dependiam dos oásis, praticavam uma escassa agricultura (tâmaras e trigo). OÁSIS Um oásis é uma área isolada de vegetação em um deserto, tipicamente vizinho a uma nascente de água doce. Beduínos • São os povos nômades habitantes das áreas desertas do Oriente médio e norte da África. • Seu sistema político está baseado numa extensa unidade familiar de ordem patriarcal. • O grupo é comandado por um líder político e/ou espiritual chamado de xeque. Arábia do litoral: • os árabes do litoral eram sedentários, viviam do comércio, artesanato e exportação (café, incenso, tâmaras, perfumes). • Principais cidades: Meca e Yatreb. • A religião dos árabes pré-islâmicos era politeísta e idólatra, Hubal era considerado como o deus dos deuses e um dos mais notáveis, mas adoravam também uma infinidade de deuses inferiores. • Em Meca encontrava-se a Caaba, santuário religioso onde estava a Pedra Negra e todos os ídolos tribais. • Assim, Meca se tornou a cidade mais importante da Arábia pré-islâmica, pois com a peregrinação religiosa a cidade transformou-se em um importante centro comercial. MAOMÉ • Nasceu em Meca (+ ou – 570 d. C), pertencente à família dos haxemitas, ramo pobre da tribo dos coraixitas que controlavam o comércio e consequentemente a cidade. • Órfão desde cedo, ele se tornou um condutor de caravanas, o que lhe possibilitou o contato com noções básicas da religião cristã. • As viagens de Maomé como guia de caravanas, colocaram-no em contato com o sincretismo religioso dominante no Oriente Próximo (monoteísmo religioso dos judeus e cristãos). • Aos 25 anos, Maomé casou-se com uma viúva rica. O casamento deu-lhe profunda estabilidade material. • Acredita-se que foi a partir daí que começou a formular os princípios de uma nova doutrina religiosa, iniciando um período de meditações e jejuns. • Constantemente isolava-se no deserto. Foi durante suas andanças pelo deserto, em uma caverna do monte Hira, ao norte de Meca, que Maomé afirmou ter tido a visão do anjo Gabriel, que o incumbira de ser o profeta de Alá. • Admirador do monoteísmo, ele criticava uma das maiores fontes de renda de Meca: a peregrinação dos idólatras, que adoravam as várias divindades dos templos locais. • Maomé começou a falar para os coraixitas em frente à Caaba, pregando a destruição dos ídolos e afirmando a existência de um só deus, Alá. • Teve oposição dos coraixitas, fugindo em direção a Yatreb no ano de 622. • Essa migração forçada, conhecida como Hégira, marca o início do calendário muçulmano. • Aos poucos, o profeta atraiu cada vez mais seguidores até ter força para derrotar os rivais que o expulsaram de Meca. • Nesse momento, Maomé implantou um governo teocrático, transformando a cidade em sua base e mudando seu nome para Medina, a cidade do profeta. • Em 630, Maomé voltou a Meca, e com apoio dos seus seguidores, destruiu os ídolos tribais (preservou a Caaba e a Pedra Negra). • O Estado Árabe estava praticamente formado, unido em torno da bandeira do islamismo e de seu único chefe, Maomé, que assumia não apenas o poder político como também o religioso, iniciando-se, assim, um governo teocrático. OS PRECEITOS DO ISLAMISMO: • Os preceitos ditados pelo Alcorão (Corão) são considerados como verdades absolutas, incapazes de conter qualquer falha. Este livro é organizado em 114 suras ou capítulos, dispostos por tamanho, o maior contendo 286 versos. • O Alcorão contém as revelações transmitidas a Maomé durante os quase 22 anos de sua vida profética (610-632) • Porém, há uma outra fonte de orientação para os muçulmanos, princípios que partem dos ditos e feitos do Profeta, ou seja, dos ahadith, contidos na Suna. AS OBRIGAÇÕES PRINCIPAIS DO ISLAMISMO
• Profissão da fé ou testemunho: "Não há nada
superior a Deus e Maomé é seu enviado“. • Caridade - doar dinheiro aos necessitados – é proporcional aos bens que possui (zacat). • Fazer peregrinação a Meca pelo menos uma vez na vida, caso tenha recursos financeiros para isso. • Jejuar no mês de Ramada - A ação não se limita somente à abstinência de comer ou beber, mas também de todas as coisas más, maus pensamentos ou maus atos. • Orar cinco vezes ao dia em direção a Meca. No Islamismo, são proibidos, em carácter permanente, o consumo de carne suína e de bebidas alcoólicas, o uso de substâncias tóxicas e os jogos de azar. EXPANSÃO DO ISLÃ • A Jihad. Na verdade Jihad seria um “esforço em favor a Alá” e não “guerra santa” contra os infiéis. • O desejo de expandir a fé e converter o mundo à religião islâmica continuou. Além da fé, outros motivos explicam a rápida expansão islâmica: A busca de melhores terras em função da explosão demográfica. A atração pela pilhagem (BUTIM). A fraqueza dos Impérios Persa e Bizantino e da fragmentação dos reinos bárbaros que haviam conquistado o Império Romano. em pouco mais de cem anos, os árabes conquistaram um vasto Império que se estendeu da Síria, Palestina, Pérsia e Egito.
EM POUCO MAIS DE CEM ANOS, OS ÁRABES
CONQUISTARAM UM VASTO IMPÉRIO QUE SE ESTENDEU DA SÍRIA, PALESTINA, PÉRSIA E EGITO. • 632 - Morte repentina de Maomé CRISE SUCESSÓRIA. • Os quatro primeiros califas eram parentes de Maomé. Em 661, o quarto califa, de nome Ali e genro de Maomé, foi assassinado. • Os muçulmanos se dividiram quanto a sucessão: uns defendiam que somente um membro da família de Maomé podia sucedê-lo; para outros isso não era necessário. Essa divisão acabou formando o grupo dos Xiitas. • Os Xiitas - defendem que a única liderança legítima para o Islã deveria vir da linhagem direta de Maomé. • Os Sunitas - termo que deriva da palavra Sunna – documento sagrado que narra as experiências de Maomé em vida –, acreditam que a liderança da comunidade islâmica não deveria ficar restrita à família de Maomé. • Hoje, cerca de 90% dos muçulmanos, ou 900 milhões deles, são sunitas. • Já os xiitas são compostos por uma média de 120 e 170 milhões. OMÍADAS (661-750)
• A sucessão tornou-se hereditária.
• A capital foi transferida para Damasco.
• O expansionismo nesta fase foi orientado em direção ao norte da
África.
• Após a conquista da África e da Península Ibérica, o
expansionismo islâmico foi contido por Carlos Martel, na batalha de Poitiers (732). ABÁSSIDAS (750-1258)
• Transferiram a capital para Bagdá.
• Expandiram para o Extremo Oriente.
• Politicamente, após a substituição da dinastia Omíada
pela Abássida, ocorreu à fragmentação do Império
Islâmico. CONSEQUÊNCIAS DA EXPANSÃO MUÇULMANA
• Além da conquista de um vasto território,
controlaram as principais rotas comerciais do Mediterrâneo. • O quase completo desaparecimento do comércio europeu acelerou o processo de ruralização que já se iniciava na Europa, contribuindo para a formação do feudalismo europeu. A CULTURA ISLÂMICA A cultura islâmica assimilou elementos de diversas culturas, reelaborando-os e enriquecendo-os com contribuições originais. Assim, dentre as principais realizações culturais dos árabes, podemos destacar: • Ciências: campo em que os muçulmanos mais se desenvolveram; na matemática aprimoraram a Álgebra e a Geometria; dedicaram-se também à Astronomia e à Química (alquimia); • Medicina: grande foi a importância de Avicena que, entre várias descobertas, diagnosticou a varíola e o sarampo e descobriu a natureza contagiosa da tuberculose; • Artes Plásticas: a pintura e a escultura não contaram com grande desenvolvimento pela proibição de se representar formas vivas; a arquitetura sofreu influência bizantina e persa, utilizando em profusão cúpulas, minaretes e arcos ogivais; • Matemática: deixaram de legado cultural para o ocidente, o sistema numérico. (0,1, 2, 3, 4, 5, 6, 7, 8, 9). • Literatura: contamos com vasta produção, com destaque para a coletânea As mil e uma noites e o poema Rubaiyat, de Omar Khayam. O EXTREMISMO • Os extremistas islâmicos podem ser considerados grupos que se opõem à paz. • A partir da revolução iraniana, quando o fundamentalismo foi instituído no país, houve uma grande difusão entre os povos do Oriente Médio. • Nos anos 80 emergiram movimentos armados que buscavam incessantemente a destruição de Israel e a fundação de um Estado Islâmico Palestino. O MUNDO ÁRABE E O DIREITO DAS MULHERES
• O mundo árabe é marcado por uma visão
sociopolítica extremamente patriarcal, o que vem deflagrando sucessivos problemas quanto aos direitos das mulheres. DEZ COISAS QUE UMA MULHER NÃO PODE FAZER NA ARÁBIA SAUDITA.
1. Buscar justiça (de verdade) contra agressões...
2. Viagens sem um guardião... 3. Dirigir... 4. Vestir a roupa que quiser... 5. Interagir com homens... 6. Entrar em cemitérios... 7. Disputar competições esportivas em seus territórios... 8. Usar piscinas e academias sem restrições... 9. Se consultar com um médico sem a presença de seu guardião... 10. Comprar uma Barbie...