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Sumário

APRESENTAÇÃO.................................................................................................................2
INTRODUÇÃO.....................................................................................................................3
1. DESENVOLVIMENTO...................................................................................................4
1.1 O MUNDO ÁRABE ANTES DO ISLAMISMO...............................................................4
1.2 MECA E O COMÉRCIO..............................................................................................4
1.3 MAOMÉ E O SURGIMENTO DO ISLAMISMO............................................................5
1.4 A EXPANSÃO DO ISLAMISMO...................................................................................6
1.5 A CULTURA ISLÂMICA..............................................................................................7
2. REINOS DA ÁFRICA SUBSAARIANA.............................................................................9
2.1 O REINO DO MALI....................................................................................................9
2.2 A CIVILIZAÇÃO IORUBÁ..........................................................................................10
2.3 A CULTURA BANTO.................................................................................................11
3. TÓPICOS SOBRE O ISLAMISMO................................................................................12
3.1 O PROFETA MUHAMMAD (MAOMÉ).....................................................................12
3.2 O CALENDÁRIO ISLÂMICO E AS FESTIVIDADES DO ISLAMISMO............................13
3.3 EXISTEM DIFERENTES DOUTRINAS DENTRO DO ISLAMISMO...............................14
CONSIDERAÇÕES FINAIS..................................................................................................15

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APRESENTAÇÃO

Neste trabalho serão abordados temas relacionados aos primórdios da


história e da cultura islâmica entre o fim da Antiguidade e o início da Idade Média.
Neste meio também serão apresentados três tópicos de múltipla escolha ainda
acoplados ao assunto.
A todos os que derem preferência a esse estudo, professores, estudiosos,
historiadores, os meus profundos agradecimentos.

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INTRODUÇÃO

Com 1,6 bilhões de seguidores, o islamismo é a segunda maior religião do


mundo em número de fiéis, perdendo apenas para as religiões cristãs, que contam
com mais de 2,2 bilhões de adeptos. Porém, há estimativas de que ,até a década de
2070 ,o número de praticantes do cristianismo será superado pelo de praticantes do
islamismo ,o que transformará essa religião na maior do mundo.
O islamismo é uma religião que surgiu no século VII e suas tradições
remontam a diversas práticas monoteístas que se formaram desde a antiguidade.
Desde o início, o islamismo se disseminou com rapidez por diferentes territórios e
culturas devido, entre outras razões, à atividade expansionista de seus seguidores –
a exemplo dos cristãos -, convertendo outros povos por meio de ações pacíficas ou
militares.
Para entender esse processo, é fundamental estudar a história dos povos
que viviam na península arábica, local onde o islamismo foi criado, bem como a
maneira como a nova religião modificou o modo de vida dos povos locais. Essa
crença também chegou ao continente africano, região onde surgiram vários reinos
entre o final da antiguidade e o início da idade média.

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1. DESENVOLVIMENTO

1.1 O MUNDO ÁRABE ANTES DO ISLAMISMO

Os tamudeus foram um povo da antiga Arábia - uma tribo ou um grupo de


tribos - que criou um grande reino, que floresceu de 3 000 a.C. a 200 d.C..
Recentes investigações arqueológicas indicaram diversas inscrições e
figuras deste povo feitas em rocha, não apenas no Iêmen mas por toda a Arábia
central. Antes de Maomé Inicialmente, o povo árabe (também conhecido como
sarraceno) estava dividido em cerca de 300 tribos rurais e urbanas, chefiadas pelos
xeiques.
As que habitavam o deserto – denominadas beduínas – eram nômades e se
dedicavam sobretudo à criação de camelos e ao cultivo de produtos como tâmara e
de trigo. Antes do Islã surgir em toda a Península Arábica, a Caaba era um local
sagrado para as várias tribos beduínas da região. Uma vez a cada ano lunar, as
tribos beduínas faziam uma peregrinação a Meca.
Antes do Islã na Península Arábica em 622, o centro físico do islã, a Caaba
de Meca, estava coberto de símbolos que representam os demônios inumeráveis,
Djinn, semideuses e outras criaturas sortidas que representava o ambiente
profundamente politeísta pré-islâmico da antiga Arábia.

1.2 MECA E O COMÉRCIO

Até o século VI, os árabes viviam em tribos, sem que houvesse um Estado
centralizado. No interior da península havia tribos nômades de beduínos, que viviam
basicamente do pastoreio e do comercio. Às vezes entravam em luta pela posse de
um oásis ou pela liderança de uma rota comercial.
Também era comum o ataque a caravanas que levavam artigos do Oriente
para serem comercializados no Mar mediterrâneo ou no Mar Vermelho.
Apesar de dispersos num grande território os árabes edificaram algumas cidades,
entre as quais as mais importantes localizavam-se a oeste, na parte montanhosa da
Península Arábica. Eram elas: latribe, Taife e Meca, todas na confluência das rotas

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das caravanas que atingiram o Mar Vermelho. A cidade de Meca era, sem dúvida, a
mais destacada, pois, como centro religioso de todos os árabes, ali se reuniam
milhares de crentes, o que tornava seu comércio ainda mais intenso.

1.3 MAOMÉ E O SURGIMENTO DO ISLAMISMO

Maomé, que iria causar enormes transformações em seu povo e no mundo,


nasceu por volta de 570, na poderosa tribo dos coraixitas.
Tendo sido por muito tempo guia de caravanas, Maomé percorreu o Egito, a
Palestina e a Pérsia, conhecendo novas religiões, como o judaísmo e o cristianismo.
A grande transformação de sua vida teve lugar quando, já bem estabelecido
economicamente, divulgou que tivera uma visão do anjo Gabriel - entidade da
religião cristã - em que este lhe revelara a existência de um deus único.
A palavra deus, em árabe, se diz Alá.
Começou então a pregar o islamismo, ou seja, a submissão total a Alá, com
a consequente eliminação de todos os outros ídolos.
Os crentes na nova religião eram chamados muçulmanos ou maometanos.
A revelação feita a Maomé e todas as suas pregações estão reunidas no Corão, o
livro sagrado dos muçulmanos e primeiro texto escrito em árabe. Além da submissão
total a Alá, o Corão registra as seguintes regras fundamentais para os muçulmanos:
orar cinco vezes por dia com o rosto voltado para Meca; jejuar regularmente; dar
esmolas; peregrinar ao menos uma vez na vida para Meca.
Com os ensinamentos de Maomé se instalaram também outras regras de
comportamento individual e social, como a proibição de consumir carne de porco, de
praticar jogos de azar e de reproduzir a figura humana, além da defesa da
autoridade do pai na família e da permissão da poligamia masculina.
Os habitantes de Meca, temerosos de perder o comércio as caravanas de
fiéis que se dirigiam à Caaba, passaram a perseguir Maomé, e a maioria da
população árabe da cidade não aderiu ao seu monoteísmo. Maomé foi obrigado,
então, a fugir para latribe, que passou a chamar-se Medina, nome que significa a
"cidade do profeta".

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Essa fuga, que ocorreu em 622, é chamada de héregia e indica o início do
calendário muçulmano, tendo, para esse povo, o mesmo significado que o
nascimento de Cristo tem para os cristãos.
Gradualmente, o número de crentes em Alá foi aumentando e, apoiado
nessa força, Maomé começou a pregar a Guerra Santa, ou seja, a expansão do
islamismo, através da força, a todos os povos "infiéis".
O grande estímulo era dado pela crença de que os guerreiros de Alá seriam
recompensados com o paraíso, caso perecessem em luta, ou com a partilha do
saque das cidades conquistadas, caso sobrevivessem. A Guerra Santa serviu para
unificar as tribos árabes e tornou-se um dos principais fatores e permitir a expansão
posterior do islamismo.

1.4 A EXPANSÃO DO ISLAMISMO

Após a morte, Maomé foi substituído pelos califas - os "sucessores do


profeta" - que eram chefes religiosos e políticos. Com os califas iniciou-se a
expansão da civilização muçulmana, motivada principalmente pela necessidade de
terra férteis que o aumento populacional da Península Arábica após a unificação das
tribos exigia.
Os guerreiros islâmicos, impulsionados pela crença no paraíso após a morte
e pelas recompensas terrenas, avançaram rapidamente, aproveitando-se da
fraqueza de seus vizinhos persas e bizantinos. Caracterizando-se, em geral, pelo
respeito aos costumes dos povos vencidos, os muçulmanos dominaram toda a
Península Arábica. Expandindo-se para leste, alcançaram a Índia e, estendendo-se
em direção ao Mar Mediterrâneo, conquistaram o norte da África e parte da
Península Ibérica.
Apesar do avanço muçulmano na Europa ter sido freado na Batalha de
Poitiers, em 732, pelo franco Carlos Martel, os árabes ainda conseguiram conquistar
as ilhas Baleares, a Sicília, a Córsega e a Sardenha.
A extensão dos domínios muçulmanos pelo Mediterrâneo prejudicou o
comércio da Europa Ocidental com o Oriente. Este foi um dos fatores que
contribuíram para o isolamento dos reinos bárbaros cristãos que voltaram mais

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ainda para uma economia agrícola e rural, o que contribuiu para a formação do
feudalismo.
A tolerância dos muçulmanos para com os povos conquistados permitiu-lhes
atingir grande progresso econômico e cultural, pois, utilizando elementos próprios e
de outras culturas, desenvolveram conhecimentos e técnicas valiosas até hoje. Foi o
caso do uso da bússola e da fabricação do papel e da pólvora, aprendidos com os
chineses e introduzidos no Ocidente.
Em virtude da enorme extensão de seu império, os árabes difundiram o
cultivo de produtos agrícolas, como a cana-de-açúcar, o algodão, o arroz, a laranja e
o limão. No campo das ciências desenvolveram a Matemática, com muitas
contribuições à Álgebra, Geometria, Trigonometria e Astronomia.
Os algarismos que usamos atualmente são uma herança indiana
transformada e transmitida aos ocidentais pelos árabes, daí serem chamados
arábicos. Até mesmo a palavra algarismo deriva da língua árabe. A Medicina que
desenvolveram baseou-se nos conhecimentos dos gregos.
Séculos mais tarde, os turcos, originários da Ásia Central e seguidores do
islamismo, conquistaram grande parte dos domínios muçulmanos. Eles formaram no
século XIV o Império Turco, que englobou esses domínios e acabou, depois de
várias tentativas, conquistando o Império Bizantino, com a tomada de
Constantinopla em 1453.

1.5 A CULTURA ISLÂMICA

Originalmente, a cultura muçulmana teve lugar entre os pastores semitas


das diferentes tribos que foram reunidas pelo profeta Maomé. Após sua morte, em
632, a Arábia foi unificada e teve início a expansão do Império Árabe.
Ele esteve totalmente embasado nos preceitos do islamismo sendo liderado
por um califa. O sistema sociopolítico indicado pelo profeta e escrito nos livros
sagrados da religião muçulmana se espalhou pelos mares Mediterrâneo, Vermelho e
pelo Oceano Índico. Ali, estabeleceram grandes rotas comerciais.
Além disso, a cultura maometana em formação encontrou-se com as
culturas bizantina, persa, chinesa e indiana, assimilando-lhes os aspectos culturais
ao mesmo tempo em que preservava os costumes e crenças dos povos
conquistados.

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Por outro lado, vale destacar que os muçulmanos são divididos entre Sunitas
e Xiitas. Os Sunitas seguem os ensinamentos do Alcorão (ou Corão) e da Suna.
Eles foram liderados por All-Abbas, tio do profeta Maomé após a sua morte.
Já os Xiitas, são seguidores de Ali, genro de Maomé, e utilizam única e
exclusivamente o Corão como forma de orientação sociopolítica.
Em seguida, podemos apontar a “Sharia”, o conjunto de leis baseadas nas escrituras
sagradas como o “livro do direito muçulmano” e o guia de comportamento. Neste
sistema, os documentos legais são menos importantes que a palavra dita, a qual é
tão importante quanto à posição social.
Originalmente, os muçulmanos se destacaram na agricultura, com suas
técnicas de irrigação para produzirem algodão, cereais e laranja. Além dela,
destacam-se as manufaturas para a produção de tecidos de algodão, artefatos de
vidro e fabricação de aço.
Outro destaque vai para a arquitetura muçulmana, responsável pela criação
de magníficos de palácios, mesquitas e escolas. Destacam-se a influência bizantina
e persa, com suas cúpulas, minaretes e colunas torcidas, decoradas por arabescos.
Do ponto de vista científico e cultural, os muçulmanos foram os responsáveis pela
preservação e difusão da cultura helênica.
Permitiram, assim, que o legado grego beneficiasse a cultura ocidental
europeia. Igualmente, os matemáticos muçulmanos criaram o sistema de numeração
indo-arábico. Contribuíram para a evolução da trigonometria e álgebra, assim como
seus físicos fizeram importantes contribuições nos estudos de refração da luz e da
óptica.
Seus químicos descobriam os ácidos nítrico e sulfúrico, o nitrato de prata, o
carbonato de sódio e os processos de destilação, filtração e sublimação que lhes
permitiram produzir o álcool. Seus médicos realizaram importantes estudos para
desvendar as causas da tuberculose.
Na filosofia, tiveram muita influência os filósofos Aristóteles e Platão. Na
literatura, as obras mais conhecidas no mundo ocidental são “As mil e uma noites”,
“As Minas do Rei Salomão” e “Ali Babá e os quarenta ladrões”.
Outro aspecto muito importante acerca da cultura muçulmana é o “Ramadã”
(ou Ramadão). Essa lei determina o incitamento espiritual em determinado mês do
ano (nono mês do calendário islâmico) e o jejum que proíbe o consumo de comida
ou água antes do pôr-do-sol.

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2. REINOS DA ÁFRICA SUBSAARIANA

2.1 O REINO DO MALI

O Império Mali se desenvolveu na região noroeste do continente africano


entre os séculos XIII e XVII. Ficou também conhecido como “Reino Mandiga”, pois a
língua deste povo se chamava mandiga.
O Império do Mali foi fundado em 1235 pelo imperador Soundiata Keïta, que
governou de 1235 a 1255.

O império era dividido em estados e províncias. Em nível local, havia as vilas


e cidades. As províncias conquistadas pagavam impostos para o poder central do
império.
O regime de governo era monárquico, exercido pelos mansas (espécie de
imperador). Eles eram assessorados por um conselho de anciãos, que era composto
por militares, chefes religiosos e civis). Esse conselho era consultado pelo imperador
nas decisões importantes. Houve duas capitais no Império Mali. A primeira foi Niani e
a segunda foi Cangaba.
O principal imperador do Império Mali foi Mansa Musa (dinastia Keita), que
governou entre 1312 e 1337. Foi durante esse período que o Império do Mali atingiu
seu maior momento de desenvolvimento. Conhecido como o “rei dos reis”, esse
mansa fez também a reorganização das províncias do império. As conquistas
territoriais ocorreram com a atuação de um exército forte e bem-preparado.
Não havia uma religião oficial do império. Seguiam religiões tradicionais
africanas baseadas, principalmente, no culto dos mortos. Porém, receberam
influência do Islamismo, que teve grande disseminação no império.
O islamismo passou a ser a religião seguida por muitos imperadores. A
maior parte da população era animista, ou seja, acreditava que os elementos da
natureza possuíam alma ou uma espécie de poder espiritual. Eram tolerantes com
relação às crenças e religiões dos povos conquistados.
Durante o reinado de Mansa Musa foi ampla islamização da região imperial.
Não possuíam moedas. Utilizam o ouro em pó nas relações comerciais, além do sal,
cobre e dos búzios. Praticavam o comércio com outros povos africanos.

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O rio Níger foi uma importante rota comercial nesse período.
O Império Mali possuía muitas minas de ouro. A exploração dessas minas favoreceu
a riqueza econômica do império.
As cidades malis mais prósperas foram: Oualata,Tombouctou, Djenne e
Niani. A cidade de Tumbucto foi um importante centro cultural do Império Mali. Além
do estudo e expansão do Islamismo, essa cidade foi também um próspero centro
comercial
As famílias eram grandes e a base da sociedade malinesa. A sociedade era
dividida em camadas sociais: nobres (imperador e sua família), homens livres
(comerciantes, artesãos e pequenos agricultores) e prisioneiros de guerra.

2.2 A CIVILIZAÇÃO IORUBÁ

A civilização iorubá teve origem no sudoeste do atual território da Nigéria.


Essa região foi ocupada desde a Pré-História por grupos humanos que formaram ali
inúmeras comunidades, processo que levou ao surgimento de uma cultura própria e
característica, que daria origem à civilização iorubá.
Os povos iorubás deram origem a diversas sociedades. Algumas fizeram
alianças e formaram reinos unificados; outras formaram comunidades
independentes e autônomas. Porém, todas tinham traços culturais e linguísticos
semelhantes e compartilhavam a crença de que sua origem remontava à cidade de
Ilê Ifé. Segundo a
tradição iorubá, essa cidade foi fundada por Oduduwa, um enviado dos céus pela
entidade suprema do povo iorubá, Olorum.
Para os iorubás, Ilê Ifé teria sido responsável pela criação de todas as
demais comunidades e sociedades desse povo, sendo vista como uma espécie de
cidade-pai dessa civilização.
Apesar das explicações míticas de sua origem, ela realmente existiu e
desempenhou papel político importante na organização dos iorubás. Sua origem
remonta o século VI e suas autoridades tinham grande influência nas sociedades
vizinhas.

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Em seu apogeu, os principais reinos iorubás foram atacados pelos europeus;
os comerciantes de escravizados capturam grande parte dos membros que restaram
da civilização com o objetivo de comercializá-los na América.
Com isso, muitas cidades e reinos iorubás foram destruídos, e muitos de
seus moradores foram levados para as colônias europeias na América, inclusive a
portuguesa. Por essa razão, muitos elementos da cultura iorubá, trazidos pelos
iorubás escravizados, estão presentes na sociedade brasileira, como hábitos
alimentares, palavras, crenças religiosas e outras tradições.

2.3 A CULTURA BANTO

O termo banto foi escolhido no século XIX por pesquisadores que


estudavam as línguas faladas por alguns povos africanos para designá-los. Essa
palavra está presente em quase todas as línguas de origem banto e significa ´´povo
´´, plural do termo ´´o homem´´. Por isso, ele foi escolhido para denominar essas
línguas de origem comum que são faladas por um grande número de povos e
sociedades na África.
Essa língua se originou provavelmente em uma região localizada entre os
atuais territórios de Nigéria e Camarões. Os povos que viviam nessa região
dependiam da pesca, da coleta e da caça, além de praticarem a agricultura. Assim,
eles viviam durante algum tempo em um determinado lugar, mas se mudavam
quando as terras perdiam fertilidade, o que possibilitou um lento deslocamento
desses povos para novas regiões.
Ao longo de um extenso período, esse deslocamento provocou a
disseminação da língua e da cultura dos bantos para uma grande parte da África.
Por volta do século XIII, eles já viviam em uma região que correspondia a dois terços
da África Subsaariana.
Durante essa expansão, os bantos criaram sociedades muito distintas.
Algumas delas viviam de forma nômade, enquanto outras passaram a viver de forma
sedentária.
Além disso, aos poucos, foram surgindo os primeiros reinos e estados
centralizados, como os reinos do Grande Zimbábue e do Manicongo.

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Assim como os iorubás, os povos bantos foram trazidos em grande número para a
América como pessoas escravizadas. Por essa razão, há forte presença da cultura
banto no Brasil.

3. TÓPICOS SOBRE O ISLAMISMO

3.1 O PROFETA MUHAMMAD (MAOMÉ)

Maomé (570-632) foi um líder religioso, político e o fundador da religião


islâmica. Seus seguidores são conhecidos como “maometanos” ou “muçulmanos”.
Sua atuação foi fundamental para unir a sociedade árabe por meio da religião, visto
que eles viviam em tribos e clãs distintos.
Sua biografia - Nascido em Meca, em 06 de abril de 570, Maomé
(Muhammad, em árabe) ficou órfão muito cedo, sendo criado pelo seu tio Abu
Talibe.
Com ele, trabalhará como mercador acompanhando as caravanas que faziam
as rotas pelo deserto da Arábia. Tenta se casar com sua prima, mas é rejeitado pela
sua condição de órfão. Neste momento, ele era o responsável pelos negócios de
Khadija, uma rica viúva da cidade.

Na volta de uma viagem, onde ele tinha sido bem-sucedido, ela lhe propõe
casamento e Maomé aceita. Eles permaneceriam casados durante vinte e cinco
anos e teriam quatro filhas e dois filhos, que não chegaram à idade adulta.

Quando tinha quarenta anos, sente-se angustiado com as desigualdades


sociais e problemas do seu tempo. Busca refúgio na oração e meditação. A tradição
islâmica afirma que num desses momentos, ele recebeu a visita do Anjo Gabriel, que
lhe enviou mensagens de Deus, e designando-o como o último profeta enviado.
Essas revelações seriam reunidas num livro considerado sagrado para os
muçulmanos: o Corão.

Dessa forma, Maomé começa a disseminar as revelações e alertar para a


existência de um único e verdadeiro Deus, numa sociedade politeísta, ou seja, que
cultuava vários deuses. Outro ponto de inflexão durante sua vida foi a jornada

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noturna, em 621, quando Maomé teria sido transportado até a cidade de Jerusalém.
Ali, se encontraria com vários profetas do Antigo Testamento e com Jesus.

Também ascenderia o céu onde estaria com o próprio Deus. Este fato é aceito
como real para muçulmanos ortodoxos e como uma viagem espiritual para outras
vertentes. De todas as formas, o profeta não teria mais dúvidas de sua missão e
continuaria a submeter os povos da Península Árabe aos seus ensinamentos.

Ainda que sua principal meta era pregar a palavra de Deus, Maomé apontou
injustiças como a escravidão e os juros extorsivos que eram cobrados em Meca para
a realização de negócios. Por conta disso, Maomé começa a fazer inimigos
poderosos em Meca que planejaram matá-lo.

A religião muçulmana considera Jesus como um grande profeta, pois nasceu


milagrosamente de uma virgem.

No entanto, não aceita que ele tenha morrido numa cruz, nem que teria sido
um deus. Tanto Jesus quanto a Virgem Maria são citados várias vezes no Corão.

Jesus e Maomé pregaram uma doutrina de paz, irmandade e igualdade entre


os homens e acreditavam na existência de um único Deus (religião monoteísta).

É importante deixar claro que Maomé é somente um profeta de Deus. Na sua


vida não aconteceu nada de extraordinário: não curou doentes, não fez milagres,
não andou sobre as águas.

Não há lugares onde marquem seu nascimento e as imagens dele não são
permitidas em nenhum lugar. Afinal, para o Islã, quem deve ser cultuado é Deus e
não o profeta. O único feito digno de nota foi ter sido o escolhido por Deus para suas
revelações.

3.2 O CALENDÁRIO ISLÂMICO E AS FESTIVIDADES DO ISLAMISMO

O calendário islâmico começa com a Hégira, ou seja, a emigração de


Maomé de Meca para Medina, o que equivale ao ano de 622 do calendário
gregoriano. As duas principais festividades para os muçulmanos são: Eid al-Fitr
(«banquete de caridade») e Eid al-Adha («celebração do sacrifício»).

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O Eid al-Fitr representa o fim do Ramadão, que é o nono mês do calendário
muçulmano, durante o qual se pratica o jejum diário desde a alvorada até ao pôr-do-
sol.
A festividade de Eid al Adha é representada pelos muçulmanos de todo o
mundo com a oferenda de um sacrifício animal (normalmente uma vaca ou um
cordeiro) em agradecimento a Alá por salvar a vida do filho do profeta Ibrahim
(Abraão).

3.3 EXISTEM DIFERENTES DOUTRINAS DENTRO DO ISLAMISMO

O Islamismo não é uma religião homogénea. Existem diferentes ramos ou


doutrinas: os sunitas e os xiitas. Ambas as ramificações partilham crenças
semelhantes, mas têm diferenças teológicas e legais importantes.
Os sunitas representam cerca de 90% dos muçulmanos e os xiitas apenas
10%. Apenas em três países os xiitas são maioria em relação aos sunitas: Irão,
Iraque e Líbano.
A formação destas duas ramificações tem origem na morte do profeta
Maomé no ano de 632. Depois da morte do profeta, os muçulmanos deviam decidir
quem seria o seu sucessor. Uma minoria defendia que o próprio Maomé havia
designado Ali, seu primo e genro, como seu sucessor.
Esta minoria viria a ser designada de xiitas. A grande maioria dos
muçulmanos, os sunitas, decidiu que o sucessor do profeta seria Abu-Bakr, sogro de
Maomé, comerciante em Meca e membro da tribo de Quraish. Nessa altura Abu-
Bakr transformou-se no primeiro Califa.
Ambas as ramificações continuam em divergência, e esta separação é a
principal causa para os conflitos bélicos contemporâneos entre muçulmanos. Mas
para além da morte, também o nascimento de Maomé é um ponto de discórdia entre
estas ramificações do Islamismo.
De uma forma geral pensa-se que Maomé terá nascido no ano de 570 em
Meca (na atual Arábia Saudita, de domínio sunita), mas alguns xiitas acreditam que
terá nascido na Pérsia (atual Irã, de domínio Xiita).

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CONSIDERAÇÕES FINAIS

Em virtude dos fatos aqui apresentados, nota se a importância do ato de


desvendar os mais profundos acontecimentos escondidos no meio histórico para
possibilitar o maior entendimento de como o islamismo se tornou a segunda maior
religião monoteísta do mundo. Com a mesma capacidade persuasiva que a cultura
islâmica teve para influenciar centenas de pessoas no período inicial da idade
Média, assim também, atualmente essa religião tem feito vários fiéis em todos os
cantos do mundo. Em consequência, entende-se que é necessário ter o
conhecimento desse tipo de assunto que tem se mostrado imprescindível para que
além de obter uma boa nota em algum vestibular, também seja possível evitar
eventuais constrangimentos rotineiros causados por intolerância religiosa mesmo
que não intencional ou involuntária da parte de alguma personalidade desinformada,
por exemplo. Atitudes como a de Maomé, o pioneiro islã, são necessárias para que
exista a possibilidade - ainda que mínima de tornar o mundo um lugar habitável para
todo o tipo de pessoas. Afinal, o islamismo representou um avanço moral para
grande parte da humanidade, ao enfatizar a solidariedade entre as pessoas O
espírito islâmico é o do respeito e consideração para com o próximo
É consolável para toda a sociedade cuja fé está firmada na que crença de
um único Deus verdadeiro (monoteísmo) que a segunda maior influência religiosa do
mundo seja um ideal que além de estimular o melo sociocultural também prega
principalmente o amor ao próximo e o temor a Deus entre os homens.

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