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Expansão Islâmica

Civilização:
 Limitados ao norte pelos bizantinos e ao leste pelos persas.
 Homens e mulheres nômades de origem semita (compreende os hebreus, os
assírios, os aramaicos, os fenícios e os árabes) conhecidos como árabes,
jamais haviam constituído uma nação unificada.
 Na época, a sociedade árabe estava dividida em grandes tribos, que por sua
vez tinham subdivisões - os clãs.

Economia:
 Viviam do pastoreio e da agricultura nos poucos lugares onde a seca lhes
dava folga.
 Caravanas através do deserto para comercializar com o Egito, a
Mesopotâmia e o Golfo Pérsico e de lá até vale do rio Indo.

Religião:
Antes de Maomé: Meca era um centro comercial para onde convergiam
caravanas vindas da Pérsia e da Síria. Para lá também afluíam peregrinos de toda a
região para visitar o templo da Caaba, um local sagrado já naquela época – os árabes
tinham vários deuses e objetos de adoração, mas nenhum tão importante como a Pedra
Negra de Meca.
Depois de Maomé – o surgimento do Islamismo: Maomé era um comerciante,
nascido da tribo dos coraixitas, os mais fortes e influentes da cidade de Meca, onde ele
nasceu. Durante um passeio pelo deserto, Maomé teria ouvido chamar seu nome. A voz
se apresentou como Jibril, o mesmo que na tradição judaico-cristã é o anjo Gabriel. Ao
voltar para casa, Maomé tremia. Teria se jogado nos braços de sua esposa, Khadija,e
pedido para que ela o cobrisse, pois sentia frio. Ao contar a ela o ocorrido, Maomé teria
dito que achava estar delirando. Khadija levou o marido para conversar com um primo
que era cristão e que concluiu que Maomé havia falado com Alá (Deus, em árabe) e
recebido dele os primeiros versos do Alcorão, o livro que se tornaria sagrado para seus
seguidores.
Convencido de que ele era o mensageiro de uma nova fé, Maomé iniciou sua
pregação. Ele dizia haver um único deus, Alá, ao qual todos deveriam se submeter (Islã,
em árabe significa submissão). Como os profetas bíblicos, ele foi um reformador que, a
partir da crença em um único deus e em nome desse deus, promoveu uma série de
transformações sociais. Ele proibiu o infanticídio, estabeleceu regras para o comércio e
um código de ética para a guerra.

Outra visão: as Cruzadas tinham início no Oriente, de modo que ocorreram


vários contatos entre as culturas do leste e o oeste, entre os peregrinadores da Igreja
Católica e os comerciantes árabes. Assim, a partir do contato com o Cristianismo,
Maomé – um comerciante – “cria” o Islamismo.

 OBS. 1: Por isso, encontram-se semelhanças arquitetônicas entre os três


blocos de poder: Império Bizantino, Império Islâmico e Estados Europeus
sucessores de Roma.
 OBS. 2: as Cruzadas foram movimentos militares cristãos em sentido à
Terra Santa, com a finalidade de ocupá-la e mantê-la sob domínio cristão.  A
cidade de Jerusalém é o principal local sagrado para essas duas religiões
monoteístas (Cristianismo e Islamismo) e também para o judaísmo.

Em um mundo onde a morte era considerada o fim de tudo, ele prometia que os
fiéis – pobres ou ricos, independentemente de tribos ou clãs – teriam uma vida eterna e
gloriosa. Dizia, ainda, que os ricos deveriam distribuir parte de sua riqueza com os
pobres e que aqueles que não se importassem com o bem-estar dos outros seriam
julgados após a morte. Maomé reconheceu os judeus e cristãos – chamados de “os
povos do livro”, mas se lançou contra a adoração de ídolos pagãos.

As pregações de Maomé incomodaram os membros da classe dominante, em


Meca. Em 616, o líder dos coraixitas (antiga tribo de Maomé) proibiu que qualquer
membro da tribo fizesse negócios com Maomé. Como eles dominavam quase toda a
atividade econômica da cidade, isso era o mesmo que condená-lo à miséria. Além disso,
seus amigos e fiéis, chamados muslimuus – ou muçulmanos (“aqueles que se
submetem”, em árabe), passaram a ser perseguidos.

Maomé foi perseguido, sendo obrigado a fugir para a cidade de Yathrib (ou
Iatreb), ao norte, em 622. Esse episódio ficou conhecido Hégira (fuga, em árabe), marco
inicial do calendário muçulmano. Em Yathrib, Maomé conseguiu converter a população
e unir as tribos locais, tornando-se líder religioso e político da cidade. Yathrib passou a
se chamar Medina (cidade do profeta, em árabe) e Maomé formou um exército de 10
mil homens que se dirigiram a Meca, conquistando-a em 630.

Em Meca, Maomé e seus seguidores destruíram todos os ídolos que eram


adorados, menos a “pedra negra”, objeto sagrado símbolo da união de todos os
muçulmanos, e a Caaba, o local que abriga a pedra, se tornou o centro do principal
templo da religião, dedicado unicamente a Alá. Com a conquista da cidade, tinha início,
também, a constituição e a rápida expansão do Império Islâmico.

Ainda em vida, Maomé viu seu império conquistar toda a Península Arábica.
Com sua morte em 632, os poderes políticos, religiosos e militares foram confiados aos
califas, os substitutos de Maomé. Os quatro primeiros califas eram parentes de Maomé e
governaram o império até o ano de 661, quando conseguiram expandir as fronteiras
islâmicas para o Egito, a Palestina, a Síria e a Pérsia. Era a primeira fase de expansão
do Império Islâmico.
A segunda fase teve como detentores do poder a família dos Omíadas, que
transformam Damasco na capital do Império, governando até 750. Nesse período, os
árabes se transformaram numa potência naval, chegando à Índia, no Oriente, dominando
o norte da África e iniciando a conquista da Península Ibérica, na Europa.
A terceira fase do Império se iniciou com a dinastia dos Abássidas, que
transferiu a capital para Bagdá, na Mesopotâmia. Com a grande extensão do Império,
ele foi dividido em Emirados, que eram estados independentes. Conquistaram ainda a
Sicília, na Península Itálica, além das ilhas de Córsega e Sardenha. Porém, o Império foi
entrando em declínio com a perda de territórios no Oriente, para os turcos seljúcidas e
para os mongóis. Os domínios na Península Ibérica ainda seriam mantidos até 1492,
quando os espanhóis os expulsaram da região durante as Guerras de Reconquista.

Arquitetura Árabe

Construções típicas:

1. Mesquita – construção típica: espaço destinado à congregação dos fiéis


para a oração.

Elementos da Mesquita:
 Grande pátio com chafariz central: para lavagem de pés e mãos.
 Minarete: torre alta e com o topo pontiagudo, com três ou quatro andares e
balcões salientes, de onde o almuadem (ou muezim) conclama os muçulmanos
às orações;
o Almuadem: o encarregado de anunciar em voz alta, do alto dos
minaretes, o momento das cinco preces diárias.
 Domo (ou cúpula): parte superior interna e externa de algumas construções de
formato esférico.
 Salão de oração: orientado para a Meca. Domo menor, em formato
longitudinal, com várias colunas, ornado de versos e tapetes.
 Mihrab: nicho côncavo; em forma de abside. Tem como função indicar a
direção da cidade de Meca, para qual os muçulmanos se orientam quando
realizam as cinco orações diárias
o Abside: nicho ou recinto semicircular ou poligonal, de teto abobadado,
situado nos fundos ou na extremidade de uma construção ou de parte
dela.

2. Caravançarai: estabelecimento hoteleiro que se destinava a mercadores


viajantes. Geralmente, esses estabelecimentos também tinham funções
de armazém ou entreposto comercial e situavam-se à beira de estradas.
3. Mausoléu: onde eram sepultados os governantes, como símbolo de seu
poder terreno.

Características arquitetônicas:
 Estuque: argamassa feita de pó de mármore, cal fina, gesso e areia, e com a qual
se cobrem paredes, tetos e/ou se fazem ornamentos.
 Cimento penteado.
 Muxarabi: complexo trançado de ripado de madeira, que permite a penetração
controlada do raio solar e da ventilação, mas garante a privacidade do interior.
o Época em que não havia vidro.

 Arcos em forma de ferradura e revestimento de ladrilhos cerâmicos sobre as


janelas.
 Arcos internos maiores que 180º (diferente dos romanos).
 Arco polilobado: arco formado por vários segmentos circulares.

 Arabesco: ornamento que se caracteriza pelo entrecruzamento de linhas,


ramagens e flores.
o Substituem a representação de formas humanas – proibida por motivos
religiosos.
 Fontes e espelhos d’água: tinham função de umidificar o ar do clima desértico
e fornecer água para consumo.
 Azulejos: arabescos e figuras geométricas.
Principais construções:

Cúpula da Rocha (Jerusalém): o nome advém do afloramento de uma rocha no


interior da cúpula onde, segundo o islamismo, Abraão iria sacrificar seu filho. Por isso,
é necessário recitar o alcorão para ter acesso à cúpula.
 Base octogonal;
 Paredes com 19,00m de altura;
 Cúpula de madeira revestida com ouro;
 Repleta de janelas e azulejos.

Taj Mahal (Índia): túmulo.


 Arcos em forma de ferradura nas aberturas
 Elementos típicos da arquitetura árabe: cúpulas, Minaretes, Muxarabis;
 Revestido com mármore branco.
 Fundações de madeira: com a baixa do rio e do lençol freático, que está atrás da
construção, parte das estacas deixaram de estar submersas e a madeira começou
a apodrecer, gerando trincas nas construção.

Mesquita de Córdoba (Espanha):


 Salão de oração picotado por pilares, sem grandes vãos.

Mesquita de Hassan II (Casa Blanca) - Marrocos:


 Construída sobre enrocamento sobre o mar.
o Enrocamento: conjunto de blocos de pedra lançados uns sobre os outros
dentro da água para servir como lastro para fundação.

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