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Índice

Introducão ..................................................................................................................... 2
Origem do islamismo .................................................................................................... 3
Historia e desenvolvimento .......................................................................................... 4
Meca: a cidade sagrada dos muçulmanos ..................................................................... 5
Alcorão (livro sagrado do islamismo)........................................................................... 6
Mesquita........................................................................................................................ 6
Crescimento do islamismo ............................................................................................ 7
Grupos do islamismo .................................................................................................... 7
Conclusão...................................................................................................................... 8
Referências Bibliograficas ............................................................................................ 9

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Introducão
Islã (em árabe: ‫ ;إسالم‬romaniz.:Islām), tabém chamado de islamismo, é uma
religião abraâmica monoteísta centrada no Alcorão e nos ensinamentos de Maomé. Os
adeptos do Islã, chamados de muçulmanos, totalizam aproximadamente 1,9 bilhão de
pessoas em todo o mundo e são a segunda maior população religiosa do mundo depois
dos cristãos.

Os muçulmanos acreditam que o Islã é a versão completa e universal de uma fé


primordial que foi revelada muitas vezes através de profetas anteriores, como Adão (que
se acredita ser o primeiro homem), Abraão, Moisés e Jesus, entre outros; essas
revelações anteriores são atribuídas ao judaísmo e ao cristianismo, que são considerados
no Islã como religiões predecessoras espirituais.

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Origem do islamismo
O islamismo surgiu no começo do século VIII por meio da obra de Muhammad,
o grande profeta dessa religião. Muhammad nasceu em 570 d.C., em Meca, e perdeu
seus pais ainda na infância, tendo sido criado pelo seu tio, Abu Taleb. Tornou-se
comerciante, realizou inúmeras viagens ao longo de sua vida e, aos 25 anos, casou-se
com uma viúva rica chamada Khadija.

O pouco que sabemos sobre Muhammad conta que ele era um homem que se
isolava com certa frequência para orar e meditar. Em 610 d.C., durante um desses
retiros, Muhammad foi para uma caverna, localizada no monte Hira, quando o anjo
Gabriel revelou-se chamando-o de rasul Allah (enviado de Deus).

Durante esse acontecimento, o anjo pediu para que o profeta recitasse um texto,
e então Muhammad recitou:

“Em nome de Deus, o Clemente, o Misericordioso.

Lê, em nome do teu Senhor que criou;

Criou o homem de algo que se agarra.

Lê, que o teu Senhor é Generosíssimo,

Que ensinou através do cálamo,

Ensinou ao homem o que este não sabia.”

Esse acontecimento ficou conhecido como Noite do Destino e deu início às


revelações de Allah para Muhammad. O profeta ficou os dois anos seguintes sem
receber novas revelações, até que elas retornaram por volta de 612 d.C. Essas foram,
depois, sendo transcritas pelos convertidos ao islamismo no que se chamou Alcorão ou
Corão, o livro sagrado do islã.

A partir disso, Muhammad começou a pregar a mensagem de Allah por Meca, e


os primeiros convertidos foram sua mulher, seu primo, chamado Ali Talib, e Abu Bakr.
No entanto, as pregações de Muhammad sobre uma religião monoteísta nas ruas de
Meca começaram a incomodar as autoridades da cidade, porque atacavam os altos
lucros que a cidade obtinha pela peregrinação de fiéis.

Essa peregrinação está relacionada com a antiga religião praticada na Península


Arábica na época: o paganismo politeísta. Com isso, Muhammad e seus seguidores
começaram a ser perseguidos pelas autoridades locais, e isso fez com que alguns fiéis
do islã fugissem para a região da Etiópia. O próprio Muhammad obteve refúgio em
Medina, cidade que mostrou certa receptividade à mensagem de Allah.

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Em 622 d.C., Muhammad então se mudou para Medina, e esse acontecimento
ficou conhecido como Hégira, evento que inaugurou o calendário islâmico. O estudioso
especialista em islã Jacques Jomier fala que na época da Hégira existiam cerca de 200
adeptos ao islamismo na cidade de Meca.

Em Medina, o islamismo cresceu, tornou-se uma religião influente e estabeleceu


nela um Estado. Muhammad tornou-se chefe de Medina, e os novos convertidos
naquela cidade começaram a organizar-se e atacar caravanas de Meca. Um dos grandes
feitos dos muçulmanos de Medina foi a vitória na Batalha de Badr, em 624 d.C.

Os muçulmanos também tiveram pequenos conflitos com a comunidade judaica


presente em Medina, a qual perdeu forças depois que os muçulmanos desse lugar
conseguiram derrotar seguidos ataques realizados por Meca (parte desses judeus tinha
criado aliança com essa cidade). Em 628 d.C., Medina e Meca assinaram uma trégua, no
entanto, em 630 d.C., Meca foi conquistada pelos muçulmanos depois de um desacordo
que levou ao fim da paz entre as duas cidades.

Depois que Meca foi conquistada, o culto aos ídolos do paganismo foi proibido e
o islamismo espalhou-se por toda a Península Arábica. Sua difusão por essa região foi
realizada com sucesso até 632 d.C., ano em que Muhammad faleceu. Os seguidores do
islamismo, posteriormente, foram responsáveis por levar sua religião para outras partes
da Ásia, além de expandirem-na pela África e Europa.

Historia e desenvolvimento
Era pré-moderna (1258-século XVIII)

Por meio das redes comerciais muçulmanas e da atividade das ordens sufistas, o
Islã se espalhou para novas áreas e os muçulmanos foram assimilados a novas culturas.
Sob o Império Otomano, o Islã se espalhou para o sudeste da Europa. A conversão ao
Islã muitas vezes envolvia um grau de sincretismo, como ilustrado pela aparição de
Maomé no folclore hindu. Os povos turcos muçulmanos incorporaram elementos das
crenças do xamanismo turco ao Islã. Muçulmanos na China da Dinastia Ming que eram
descendentes de imigrantes anteriores foram assimilados, às vezes por meio de leis que
determinavam a assimilação,[174] adotando nomes e cultura chineses,sendo que a cidade
de Nanquim se tornou um importante centro de estudo islâmico.

Era moderna (séculos XVIII a XX)

O mundo muçulmano estava geralmente em declínio político a partir de 1800,


especialmente em relação às potências europeias não muçulmanas. Anteriormente, no
século XV, a Reconquista conseguiu acabar com a presença muçulmana na Península
Ibérica.. O modernismo islâmico, inicialmente rotulado pelos estudiosos ocidentais
como salafista, abraçou valores e instituições modernas, como a democracia, enquanto
era orientado pelas escrituras

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O contato com as nações industrializadas trouxe populações muçulmanas para
novas áreas através da migração econômica. Muitos muçulmanos migraram como
servos contratados (principalmente da Índia e da Indonésia) para o Caribe, formando a
maior população muçulmana em porcentagem nas Américas. A migração da Síria e do
Líbano foi o maior contribuinte para a população muçulmana na América Latina. A
urbanização resultante e o aumento do comércio na África subsaariana levaram os
muçulmanos a se estabelecerem em novas áreas e espalharem sua fé, provavelmente
dobrando sua população muçulmana entre 1869 e 1914.

Era contemporânea (século XX-presente)

Precursores do modernismo islâmico influenciaram movimentos políticos


islâmicos como a Irmandade Muçulmana e partidos relacionados no mundo
árabe,[217][218] que tiveram um bom desempenho nas eleições após a Primavera
Árabe,[219] como o Jamaat-e-Islami no sul da Ásia e Partido AK, que está
democraticamente no poder na Turquia há décadas. No Irã, a revolução substituiu uma
monarquia secular por um Estado islâmico. Enquanto alguns eram quietistas, outros
acreditavam na violência contra aqueles que se opunham a eles, até mesmo outros
muçulmanos, como o Estado Islâmico do Iraque e do Levante, que até tentaram recriar o
moderno dinar de ouro como seu sistema monetário.

Meca: a cidade sagrada dos muçulmanos


Meca é a cidade mais sagrada dos muçulmanos. É onde nasceu o profeta Maomé
e em que se encontra a Caaba, cubo que guarda a pedra negra que Deus teria enviado a
Adão para a remissão dos pecados. Meca fica na Arábia Saudita, no Oriente Médio, e
distante cerca de 80 km do litoral do Mar Vermelho. O termo meca é também utilizado
como referência de lugar importante para determinado grupo que não religioso. Por
exemplo: "Paris é a meca da Moda".

Meca em árabe é Makka al-Mukarrama e signi¦ca Meca, a Honrada. As outras


cidades sagradas do islamismo são Medina, também na Arábia Saudita, e Jerusalém.
É na direção de Meca que os islâmicos devem se posicionar em suas cinco preces
diárias. E todas as mesquitas, os templos muçulmanos, estão virados para Meca.
A direção para onde se deve orar é chamada de Qibla, que aponta para onde fica a
Caaba em Meca. Para os muçulmanos, Meca e a Caaba formam um ponto focal para
onde são direcionadas as orações, e não objetos ou lugares a serem adorados.

A Caaba, a casa sagrada de Deus, fica no centro da Mesquita Sagrada de al-


Mashid. É um cubo de 15 metros de altura, coberto por um tecido preto bordado em
dourado chamado de kiswah. Cravada em uma de suas paredes está a pedra negra,
chamada em árabe de Hajar-el-Aswad. A pedra teria sido de Adão e Eva, enviada do
céu por Deus como uma forma do casal redimir seus pecados. Ela era originalmente
branca, mas escureceu devido aos pecados dos filhos de Adão, de acordo com o
Alcorão.

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Alcorão (livro sagrado do islamismo)
Alcorão é o livro sagrado dos muçulmanos, onde estão especificados os
códigos morais, religiosos e políticos deste povo. Etimologicamente, alcorão surgiu do
termo árabe Al-qur’ān, que significa “a recitação”, na tradução literal para a língua
portuguesa.

Todos os seguidores da religião islâmica têm no alcorão um “manual” que é


seguido com plenitude, principalmente entre algumas seitas desta doutrina, como os
xiitas e os sunitas. O livro do alcorão consiste em várias supostas revelações que Alá
(Deus, para os cristãos) teria feito ao profeta Maomé, durante as primeiras décadas do
século VII.

De acordo com a história, o profeta passou 23 anos recebendo revelações de Alá,


tendo que decorar cada palavra dita pelo Altíssimo, pois não sabia escrever. Após
receber as revelações, Maomé se reunia com seus companheiros e ditava exatamente o
que Alá teria dito, pedindo para que as pessoas escrevessem tudo em pedaços de ossos,
peles de animais e outros materiais rústicos.

O alcorão está dividido em 114 capítulos, chamados de suras. Os capítulos são


subdivididos em versículos (conhecidos por ayat). Ao longo dos últimos 14 séculos,
nenhuma sura do alcorão teria sido mudada, fazendo com que o texto lido hoje em dia
seja exatamente igual ao ditado pelo profeta Maomé. Ao longo dos séculos, o alcorão
serviu de inspiração e motivação para que o povo islâmico realizasse grandes
conquistas.

No entanto, infelizmente, grupos religiosos fanáticos também utilizam das


“revelações” do alcorão como justificativa para espalhar discursos de ódio, como os
chamados terroristas. Um dos grupos terroristas mais conservadores, no que rege a
interpretação dos textos do alcorão, é o autointitulado Estado Islâmico.

Mesquita
Uma mesquita é um local de culto dos seguidores da fé islamica.
Os muçulmanos geralmente referem-se às mesquitas pelo seu
nome árabe, masjid . Estas construções são originárias da Península Arábica, mas na
atualidade podem encontrar-se nos cinco continentes.

O objetivo principal da mesquita é de ser o lugar onde os muçulmanos possam


reunir-se para orar. Contudo, atualmente, são conhecidas em todo o mundo só pela sua
importância para a comunidade muçulmana, mas também como mostras da arquitetura
islâmica. Desde o ponto de vista arquitetónico, as mesquitas evoluíram
significativamente desde os espaços ao ar livre, como foram numa altura as de Quba e
a Mesquita do Profeta no século VII. Nos dias de hoje a maioria das mesquitas
têm cúpulas elaboradas, minaretes e salas para orar. Culturalmente, as mesquitas não
são só lugares para orar, mas também lugares para aprender sobre o Islão e conhecer
outros fiéis.

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Crescimento do islamismo
Em 2020, cerca de 24% da população global, ou cerca de 1,9 bilhão de pessoas,
era muçulmana. Em 1900, essa estimativa era de 12,3%, em 1990 era de 19,9% e as
projeções sugerem que a proporção será de 29,7% em 2050. Aproximadamente 49
países são de maioria muçulmana, com 62% dos muçulmanos do mundo vivendo na
Ásia e 683 milhões de adeptos na Indonésia, Paquistão, Índia e apenas Bangladesh. Os
árabes muçulmanos formam o maior grupo étnico entre os muçulmanos no mundo,
seguidos pelos bengalis e pelos punjabis. A maioria das estimativas indica que a China
tem aproximadamente 20 milhões a 30 milhões de muçulmanos (1,5% a 2% da
população).

O Islã na Europa é a segunda maior religião depois do cristianismo em muitos


países, com taxas de crescimento devidas principalmente à imigração e taxas de
natalidade mais altas de muçulmanos em 2005, representando 4,9% de toda a população
da Europa em 2016.

Atualmente, os sunitas correspondem por cerca de 90% dos muçulmanos e são


conhecidos por possuir uma interpretação mais flexível do Alcorão e de outros textos
sagrados. Os xiitas, por sua vez, correspondem a cerca de 10% dos muçulmanos e
defendem uma interpretação literal dos textos sagrados e uma aplicação mais rígida da
Sharia (lei islâmica).

Tanto em termos percentuais como totais, o Islã é o principal grupo religioso


que mais cresce no mundo e prevê-se que se torne o maior do mundo até ao final do
século XXI, ultrapassando o cristianismo. Estima-se que, até o ano 2050, o número de
muçulmanos será quase igual ao número de cristãos em todo o mundo, “devido ao
número de jovens e à elevada taxa de fertilidade dos muçulmanos em relação a outros
grupos religiosos”.

Grupos do islamismo
O islamismo, como muitas religiões, possui diferentes vertentes, as quais
interpretam os textos sagrados e os preceitos da religião de formas diferentes. Entre os
diferentes grupos, os mais conhecidos são os sunitas e os xiitas, que correspondem
quase à totalidade dos muçulmanos atualmente. A origem desses grupos remonta ao
período de surgimento do islamismo, o século VII.

A divisão veio a acontecer após o falecimento de Muhammad, em 632 d.C. Os


sunitas ajudaram a eleger Abu Bakr, amigo do profeta e um dos primeiros seguidores do
islamismo. Abu Bakr tornou-se um califa e ajudou a expandir essa religião para fora da
Península Arábica. Os xiitas foram contrários à eleição de Abu Bakr, preferindo que o
sucessor fosse Ali Bin-Abu Talib, primo do profeta.

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Conclusão
Em suma O islão reconhece elementos de verdade no judaísmo e no
cristianismo. Todos os profetas do judaísmo são reconhecidos também como profetas
no islão, assim como Jesus, que de acordo com a perspectiva muçulmana teria
anunciado a vinda de Maomé. o Islã é o principal grupo religioso que mais cresce no
mundo e prevê-se que se torne o maior do mundo até ao final do século XXI.

No entanto, embora que o islão é uma das grandes religiões monotéista há


criticas desde o seus estágios formativos. Desde descrições sensuais do paraíso feitas
pelo Islã até ao amplo repúdio ao prazer corporal tanto na vida terrena quanto na vida
após a morte. Além disso, após a recente tendência multiculturalista, a influência do Islã
na capacidade de assimilação dos imigrantes muçulmanos no Ocidente tem sido
criticada.

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Referências Bibliograficas
Arnold, Thomas (1896). The Preaching of Islam: A History of the Propagation of the
Muslim Faith. Westminster: Archibald Constable & CO.

Betts, Robert Brenton (2013). The Sunni-Shi'a Divide: Islam's Internal Divisions and
Their Global Consequences. Sterling: Potomac Books. ISBN 978-1-61234-522-2.
Consultado em 7 de janeiro de 2015. Cópia arquivada em 28 de dezembro de 2023

Campo, Juan E. (2009). Encyclopedia of Islam. Nova Iorque: Infobase Publishing.


ISBN 978-0-8160-5454-1

Enciclopédia Significados. Meca: a cidade sagrada dos muçulmanos

https://brasilescola.uol.com.br/religiao/islamismo.htm

Enciclopédia Significados. O que é o Alcorão (livro sagrado do islamismo)

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