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Resumo ( 10 linhas )

O islamismo é uma das principais religiões do mundo, sendo muito popular na África, Ásia
e está em franco crescimento na América do Norte e na Europa. É atualmente a segunda
maior religião do planeta, com quase dois bilhões de fiéis espalhados nos cinco
continentes. Seu surgimento remonta ao século VII por meio da ação do profeta
uhammad.

Trata-se de uma religião monoteísta, portanto, os fiéis dessa religião acreditam na


existência de apenas um deus, chamado por eles de Allah. A palavra “islã” vem do termo
árabe islam, que significa submissão, e esse termo deriva de “salam”, que significa paz,
conceito que no árabe denota uma condição de espírito.

O adepto do islamismo é conhecido como muçulmano ou muçulmana, termo que vem de


“muslim”, palavra árabe que significa submisso. Sendo assim, na lógica da fé islâmica, o
muçulmano é aquele que é submisso a Allah. Os muçulmanos professam em sua religião
cinco pilares básicos.

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Dados da religião

Um estudo demográfico global de 2009 feito em 232 países e territórios relatou que 23%
da população mundial, ou 1,57 bilhão de pessoas, é composta por muçulmanos. Destes,
estima-se mais de 75-90% são sunitas e 10-20% são xiitas, com uma pequena minoria
que pertence a outras seitas islâmicas. Cerca de 57 países são de maioria muçulmana e
os árabes são responsáveis por cerca de 20% de todos os muçulmanos do mundo. O
número de muçulmanos em todo o mundo aumentou de 200 milhões em 1900 para 551
milhões em 1970 e triplicou para 1,5 milhões *em 2009.

A maioria dos muçulmanos vivem na Ásia e na África. Cerca de 62% dos muçulmanos do
mundo vivem no continente asiático, com mais de 683 milhões adeptos em países como
Indonésia, Paquistão, Índia e Bangladesh. No Oriente Médio, países não árabes, como a
Turquia e o Irã, são os maiores países de maioria muçulmana; na África, Egito e Nigéria
têm as comunidades muçulmanas mais populosas do continente.

A maioria das estimativas indicam que a República Popular da China tem de 20 a 30


milhões de muçulmanos (1,5% a 2% da população). No entanto, os dados fornecidos pelo
Internacional de Universidade Estadual de San Diego sugerem que a China tem 65,3
milhões de muçulmanos. O Islão é a segunda maior religião depois do cristianismo em
muitos países europeus, e está lentamente a aproximar-se a essa situação na América.

O Islã no Brasil
segundo dados do censo demográfico de 2010 do Instituto Brasileiro de Geografia e
Estatística (IBGE), contava com 35167 seguidores.
O fenômeno pode ser explicitado pelo aumento no número de mesquitas no país (de 70
para 115), de sheikhs que falam português (que triplicou) e de brasileiros no topo da
hierarquia de entidades muçulmanas.
Historia do Islamismo

O islamismo surgiu no século VII, na Península Arábica, por meio das pregações do
profeta Maomé (Muhammad). É atualmente a segunda maior religião do planeta.

O surgimento do islamismo aconteceu no começo do século VII por meio das ações de
Muhammad (conhecido em português como Maomé), o grande profeta do islã.
Muhammad tornou-se profeta do islã após a revelação de Allah por meio do anjo Gabriel,
quando o profeta era apenas um comerciante.
Muhammad nasceu em Meca, em 570, e perdeu seus pais ainda na infância. Foi criado
pelo tio chamado Abu Talib. Na vida adulta, tornou-se comerciante, casou-se com uma
viúva rica, que se chamava Khadija, e passou a ser o representante dos negócios de sua
esposa. Depois que sua primeira esposa faleceu, Muhammad casou-se com outras
mulheres.
A tradição islâmica conta que o profeta tinha a prática de retirar-se para orar e meditar em
montes e desertos aos arredores de Meca. Em um desses retiros, o anjo Gabriel
apareceu para Muhammad e pediu que ele recitasse um texto. Conta-se que o anjo
referiu-se ao profeta como “rasul Allah”, traduzido como “enviado de Deus”.
Muhammad imediatamente recitou o texto pedido pelo anjo (embora não soubesse qual
texto era). A recitação de Muhammad é localizada atualmente na 96ª surata do Alcorão, o
livro sagrado do islamismo. Uma observação importante é que as traduções dessa
recitação podem variar bastante. De toda forma, a recitação foi:

Em nome de Deus, Muito bom e Misericordioso:

Recita em nome do teu Senhor que criou

Que criou o homem de um grumo de sangue coagulado

Recita, teu senhor é o Muito Generoso,

Que ensinou graças ao junco para escrever,

Que ensinou ao homem o que este não sabia.

Essa revelação é conhecida no islamismo como Noite do Destino e iniciou as revelações


de Allah para o profeta. Após um período de confusão, Muhammad passou a receber
novas revelações a partir de 612, e essas revelações foram depois compiladas no que é
conhecido como Alcorão. Esse livro sagrado foi escrito pelos seguidores de Muhammad à
medida que Allah lhe revelava sua mensagem.

Os primeiros convertidos à fé islâmica foram seu primo, chamado Abu Talib; Khadija, a
esposa de Muhammad; e Abu Bakr (amigo que, posteriormente, tornou-se sogro do
profeta). Em 612, foi também o ano em que Muhammad iniciou suas pregações, e isso
aconteceu em Meca, a cidade em que o profeta nasceu e onde ele morava. O período de
ação do profeta é conhecido como “nubuwwa”, algo como “época da profecia”.

As pregações da mensagem de uma religião monoteísta acabaram por incomodar as


autoridades de Meca porque se voltavam contra os valores tradicionais da cidade e
poderiam prejudicar a peregrinação em homenagem aos deuses pagãos, a qual trazia
riqueza para Meca. A Arábia pré-islâmica era, portanto, politeísta, e esse período é
conhecido na tradição islâmica de “jahiliah”, ou “época da ignorância”.

Essa perseguição começou a colocar em risco não só Muhammad, como também os


convertidos ao islamismo. O profeta então incentivou que os novos convertidos
buscassem abrigo na Etiópia, enquanto ele se refugiou na cidade de Medina.

As autoridades de Medina mostraram receptividade às pregações de Muhammad, por


isso o profeta mudou-se para essa cidade em 622. Esse acontecimento é conhecido
como Hégira e foi um marco para os muçulmanos, pois é considerado o momento que
deu início à contagem do calendário islâmico.

Nessa ocasião, o islamismo ainda era uma religião pequena e sem muita força, mas, em
Medina, a situação alterou-se drasticamente. Lá, Muhammad tornou-se chefe da cidade e
organizou forças para guerrear contra Meca. Inúmeras caravanas de Meca começaram a
ser atacadas por Medina, e um momento marcante nesse conflito foi a Batalha de Badr,
em 624.

Formou-se em Medina um Estado muçulmano, que passou a defender a conversão total


daquela sociedade. Os judeus que moravam em Medina começaram a ser pressionados
para que se convertessem e, por isso, acabaram aliando-se a Meca, mas as sucessivas
derrotas de Meca fizeram com que a comunidade judaica se enfraquecesse.

Uma trégua foi assinada com Meca em 628 e estendeu-se até 630, quando Medina
acusou Meca de rompê-la e deu início a um ataque, que levou à conquista de Meca. Na
cidade onde nasceu Muhammad, foi iniciado o processo de conversão da população local
ao islamismo.

A Caaba, construção sagrada que existe em Meca, foi transformada em um centro de


adoração islâmica, e o culto pagão que lá existia foi extinto. Em seguida, os muçulmanos
trataram de expandir sua fé por toda a Península Arábica, o que resultou na conversão de
toda essa região. Muhammad faleceu em 632, e seus seguidores deram continuidade à
expansão da religião.

Como vimos, Maomé foi o responsável maior pela consolidação do islamismo no interior
do mundo árabe. Ao longo de sua vida, conheceu diferentes lugares e culturas que
acabaram exercendo forte influência na construção dos pressupostos fundamentais dessa
nova crença. Segundo a fé muçulmana, no ano de 610, o profeta Maomé começou a
receber mensagens de um anjo que lhe ensinou os fundamentos da nova religião.

O primeiro valor divulgado por Maomé foi a crença em Alá, o único e verdadeiro Deus, e a
condenação expressa do culto às imagens. Além disso, estabelecia a existência dos céus
e dos infernos, que serviam de morada para todos os indivíduos. Aquele que fosse
exemplar na aceitação dos preceitos islâmicos seria fartamente recompensado com um
confortável além-vida. De fato, podemos ver que a crença muçulmana possui vários
pontos em comum com as religiões judaica e cristã.
Até o período em que Maomé orientou o desenvolvimento da religião muçulmana, todos
os preceitos eram rigorosamente transmitidos pela oralidade. Contudo, quando o primeiro
e mais importante líder espiritual islâmico faleceu, se fez necessária a concepção de um
livro sagrado. A partir desta demanda surgiram duas obras: o Alcorão, que registra os
ensinamentos que Maomé divulgou ao longo da vida; e a Suna, livro que se ocupa da
biografia e ações políticas desse mesmo profeta.

Na visão dos muçulmanos, os fundamentos pregados no Alcorão representam a


conclusão de um processo de aprimoramento dos valores anteriormente ensinados pelo
judaísmo e pelo cristianismo. Dessa forma, Jesus Cristo e os vários profetas hebreus são
valorizados como intermediadores de uma experiência religiosa que atinge o seu ápice
com o surgimento do islamismo.

Enquanto o Alcorão é colocado como livro comum a todo o verdadeiro seguidor do Islã, a
Suna foi a grande responsável pela primeira divisão entre os islâmicos. De acordo com
esta obra, qualquer muçulmano poderia se colocar como líder religioso do islamismo. Em
contrapartida, o Alcorão aponta que somente os descendentes diretos de Maomé
poderiam exercer esse mesmo papel de chefia. Por meio dessa discordância, surgiram as
principais seitas do islamismo: os sunitas e xiitas, respectivamente.

Além do reconhecimento de Alá como o único deus verdadeiro, os muçulmanos ainda


devem obedecer a outros importantes pontos que sustentam o islamismo. Todo o
muçulmano deve orar cinco vezes ao dia com seu corpo em direção à Meca; peregrinar
até a cidade Meca, pelo menos, uma vez na vida; não manter relações sexuais e ficar em
jejum (entre o amanhecer e o anoitecer) ao longo do mês do Ramadã; e praticar a
caridade cedendo uma parcela de sua renda anual.
Quais são as principais crenças do islamismo?

Novamente, é importante reforçar o fato de que o islamismo é uma religião monoteísta, e


a crença em Allah é um ponto basilar da fé islâmica. Os muçulmanos creem que não
existem outro deus que não seja Allah, e o reconhecimento disso é um dos cinco pilares
básicos do islamismo, conforme veremos neste texto. A profissão de fé em Allah por meio
da recitação de um credo é conhecida como shahadah.

Para os muçulmanos, Allah é um deus todo-poderoso, eterno, criador do Universo, bom e


misericordioso com seus seguidores, mas severo contra os infiéis. Dentro do islamismo,
existe a crença de que os seguidores da religião serão julgados e salvos conforme suas
ações e aqueles que não acreditarem em Allah serão condenados ao fogo eterno.

O livro sagrado dos muçulmanos é conhecido como Alcorão.

Os muçulmanos também acreditam na existência de seres sobrenaturais. Afirmam que os


djinn são os seres maléficos que podem influenciar uma pessoa, mas acreditam também nos
anjos. Acreditam que cada ser humano possui dois anjos que o protegem e consideram que o
anjo Gabriel foi o responsável por trazer a revelação de Allah ao profeta.

Acreditam na existência de livros sagrados, como a Torá, os Salmos e o Evangelho, além,


claro, do Alcorão, o livro escrito como resultado da revelação de Allah. Além disso, acreditam
na existência dos profetas, pessoas usadas por Allah para revelar sua verdade. Alguns dos
profetas que os muçulmanos acreditam são Noé, Moisés, Abraão, Davi, Jesus, além do
próprio Muhammad.

Para os muçulmanos, existem três cidades sagradas, que são Meca, Medina e Jerusalém. Meca
possui a Caaba, uma construção sagrada e local da peregrinação de muçulmanos de todo o
planeta. Medina é a cidade onde está localizado o templo do profeta, e Jerusalém foi o local
no qual Muhammad foi transportado por um ser mítico em uma noite.

Qual é a base da religião?

Baseia-se no princípio de ter Alá como Deus único e Muhammad como seu profeta.

O islamismo é entendido como uma corrente política ideológica que usa como base a
religião muçulmana, ou seja, o islamismo defende que as práticas políticas devem ser
pautadas pela lógica religiosa e vice-versa.

O muçulmano tem em sua religião cinco pilares básicos que ele deve respeitar ao longo
de toda a sua vida. Os cinco pilares são:

1.recitação da shahadah: “não existe nenhum deus além de Allah e Muhammad é


seu profeta”;

2.realizar as cinco orações diárias voltando-se para a direção de Meca;

3.realizar o jejum obrigatório durante o período do Ramadã;

4.realizar a zakat, a doação de 2,5% de seus lucros para as pessoas mais pobres;

5.visitar Meca ao menos uma vez na vida (ação que só deve ser realizada se a
pessoa tiver condição financeira para tal).

Um dos locais mais importantes da


religião islâmica é o túmulo de
Muhammad, que está localizado em
Medina, na Arábia Saudita.
Sunitas e xiitas
Uma das questões mais citadas quando o assunto é islamismo diz respeito à existência
de dois grupos que dividem essa religião: sunitas e xiitas. Esses grupos representam
duas correntes majoritárias dentro do Islã, e a divergência entre eles remonta à sucessão
de Muhammad, que faleceu em 632 d.C.

Os sunitas ajudaram a escolher Abu Bakr como sucessor de Muhammad. Abu Bakr, que
era amigo do profeta do islamismo, tornou-se um califa e deu continuidade à expansão
dessa religião. Os xiitas, por sua vez, defendiam que o sucessor deveria ser um parente
direto de Muhammad, que, no caso, era Ali Bin-Abu Talib, primo do profeta.

Além disso, os sunitas possuem interpretações mais flexíveis do Alcorão, da Suna, um


importante livro muçulmano (sagrado só para os Sunitas), e da Sharia (lei islâmica). Os
xiitas são mais tradicionais e possuem uma visão mais fechada, impondo uma
observação rígida dos preceitos do Alcorão e da Sharia. Os sunitas são a maioria dentro
do mundo islâmico, correspondendo a cerca de 90% dos muçulmanos.

Os principais países representantes de cada um desses grupos são Arábia Saudita, no


caso dos sunitas, e Irã, no caso dos xiitas. Essa divergência religiosa, por vezes, alcança
o campo político por moldar a política externa e as relações dos países citados.

Islamismo no Brasil

O islamismo é uma religião pouco difundida no Brasil e ainda possui poucos fiéis, em
comparação ao catolicismo e protestantismo, por exemplo. O censo de 2010, realizado
pelo IBGE, apontou a existência de apenas 35.167 muçulmanos no Brasil, mas existem
dados que apontam cerca de 1,5 milhão de pessoas muçulmanas no país.

Escravizados africanos
Ver também: Revolta dos Malês e Escravidão no Brasil

O Islã na África subsariana repercutiu de forma indireta na história do Brasil colonial, uma vez que
muitos escravos trazidos ao país praticavam a religião muçulmana. A maioria desses escravos exercia
atividades agrárias, mas os escravos das áreas urbanas ultrapassaram o limite da relação com seus
senhores, entrando em contato com diferentes grupos sociais, fazendo com que o Islã se propagasse
mais rapidamente. No contexto urbano, os escravos muçulmanos se diferenciavam dos demais por
não aceitarem a imposição religiosa de seus senhores. Os escravos muçulmanos eram convertidos
ao catolicismo pelos senhores e passavam a ser chamados de mouriscos,[2] mas essa conversão
forçada apenas contribuiu para que eles ficassem ainda mais unidos em sua prática religiosa.
Em 1835, os escravos muçulmanos organizaram a Revolta dos Malês, na Bahia, contra a escravidão.
Alguns historiadores assinalam a notável organização do movimento, de modo que pode ser
constatado o Jihad Fi Sabilillah ("esforço pela causa de Alá") durante a revolta. A revolta foi importante
para o enfraquecimento do sistema escravocrata, mas seus principais líderes, quando capturados em
batalha, foram devolvidos ao continente africano, pois os militares temiam que caso fossem mortos a
fé dos combatentes aumentaria.

Antes de chegar ao Brasil, Heitor Furtado de Mendonça, padre português e primeiro inquisidor oficial
em terras brasileiras, visitou colônias portuguesas na África, onde identificou os procedimentos
religiosos dos nativos daquele continente, tendo adentrado pelo Reino do Benim, que, mediante
aliança político-comercial com Portugal, serviu de porto para o comércio de escravos. Já no Brasil,
Furtado assinalou os costumes dos "maometanos" (seguidores de Maomé), tais como a oração
de Salatul Juma, o não-consumo de carne ou gordura de porco e de bebidas alcoólicas, a escrita
de caracteres árabes e a leitura de livros como o Corão.

Era contemporânea

Desde 2001, o número de convertidos ao islã no país aumentou significativamente.


Segundo Paulo Hilu da Rocha Pinto, autor de Islã: Religião e Civilização – Uma
Abordagem Antropológica, este fluxo foi marcado pela exibição, entre outubro de 2001 e
junho de 2002, da telenovela O Clone. Segundo ele, foi a obra que “introduziu no
imaginário cultural brasileiro imagens bastante positivas dos muçulmanos como pessoas
alegres e devotadas à família”. Outra explicação dada para o aumento do número de
muçulmanos no Brasil foram os atentados de 11 de setembro de 2001 nos Estados
Unidos, que trouxe mais exposição midiática, mesmo que distorcida, à fé islâmica.

O grande número de brasileiros revertidos ao islã fez com que centros islâmicos
tradicionalmente presididos por muçulmanos de origem árabe passassem a ser presididos
por brasileiros. A maior frequência do uso do português foi um dos principais fatores que
impulsionaram o crescimento da religião; antigamente o idioma era pouco utilizado porque
os sheikhs oriundos de países árabes vinham para o Brasil com o desejo de retornar à
terra natal, o que os desencorajava a aprender o idioma.

Mesquita Omar Ibn Al-Khattab, em Foz do Iguaçu, Paraná, a cidade abriga a maior
comunidade muçulmana do Brasil.

A maior parte dos muçulmanos brasileiros vive nos estados de São Paulo e Paraná, mas
também existem comunidades significativas nos estados do Rio Grande do Sul, do Rio de
Janeiro, de Minas Gerais e do Mato Grosso do Sul. Grande parte desses muçulmanos
são descendentes de imigrantes sírios e libaneses, que fixaram residência no país
durante a Primeira Guerra Mundial na iminência da dissolução do Império Otomano.
Entretanto, boa parte dos muçulmanos também é de origem palestina, marroquina,
egípcia e africana.
O Brasil também recebeu uma quantidade significativa de refugiados dos conflitos entre
israelenses e palestinos, da Guerra do Líbano de 1982 e dos recentes conflitos no Iraque.
A convergência de imigrantes árabes para a fronteira do estado do Paraná com o
Paraguai fez com que a região, especialmente a cidade de Foz do Iguaçu, se tornasse um
dos locais de maior concentração de muçulmanos na América Latina. Proporcionalmente,
a cidade possui a maior comunidade islâmica do Brasil.
Na cidade de São Paulo existem cerca de dez mesquitas, dentre as quais a Mesquita
Brasil, na Avenida do Estado (centro da cidade), cujas obras de construção começaram
em 1929 e que foi a primeira mesquita edificada na América Latina. Há ainda templos,
salas de oração, sociedades beneficentes e cemitérios em todos os estados brasileiros e
no Distrito Federal.
A mesquita mais recente a ser erguida foi construída pela comunidade islâmica de
Manaus, enquanto a comunidade de Salvador está levantando fundos para construir o
primeiro templo da Bahia. Existem atualmente 94 instituições islâmicas no país, contra
apenas 33 em 1983.
Segundo dados do IBGE, 83,2% dos muçulmanos são autodeclarados brancos, 12,2%
são pardos, 3,8% são negros, 0,8% são orientais e 0,04% são indígenas. Quase a
totalidade dos muçulmanos brasileiros (99,2%) vivem em centros urbanos. Apesar de 60%
dos muçulmanos brasileiros serem homens, sete em cada dez novos revertidos
(convertidos) ao islã são mulheres. O hábito de usar as vestimentas típicas da religião
vem crescendo no país. Em 2008, 60% das muçulmanas usavam o hijab; atualmente
mais de 90% usam. A metade das novas fiéis são mulheres divorciadas, separadas ou
que têm filhos.

Centro Islâmico de Campinas, São Paulo

Refutação bíblica

Islamismo é uma religião legalista, contraria ao cristianismo e cujos adeptos são os filhos
espirituais de Ismael.
“Estas, porém, são as gerações de Ismael, filho de Abraão, que a serva de Sara, Agar,
egípcia deu a Abraão”

(Gênesis 25:12)

AS DOUTRINAS DO ISLAMISMO

As seis crenças do Islão:

A crença em um Deus Único;

A crença nos Anjos;

A crença nos Livros Sagrados;

A crença nos Mensageiros;

A crença no Dia do Juízo Final;

A crença no Destino.

Crença básica do Islamismo — há um só Deus ("Alá é o único Deus").

Os islâmicos entendem que Deus é uma só Pessoa e, por isso, negam a divindade de
Jesus, que consideram como apenas um dos mensageiros de Alá ao longo da história.

Crença nos Anjos Para os islâmicos, os anjos são seres honrados, submissos a Deus,
mas que, por autorização divina, podem revelar a Palavra de Deus ao homem e até
interceder por eles.

A Bíblia mostra não ser possível que um anjo traga uma nova revelação divina, diferente
das Escrituras (Gl.1:8), até porque aos anjos não foi dado pregar o evangelho, tarefa
destinada aos homens (At.10:22).

Crença nos Livros Sagrados Os islâmicos reconhecem como sagrados a Torá, os Salmos
e o Evangelho. No entanto, entendem que a mais importante e completa revelação de
Deus é o Corão, que teria sido revelado a Maomé pelo anjo Gabriel, entre os anos de 610
a 632. O Corão ou Alcorão, em vários pontos, é contraditório com os escritos bíblicos
aceitos pelos muçulmanos. Poderia Deus ser contraditório? O Evangelho aceito pelos
muçulmanos não são os Evangelhos do Novo Testamento, mas um livro que teria sido
revelado a Jesus Exemplos de discrepâncias entre a Bíblia e o Alcorão: Sacrifício de
Isaque por Abraão
– Os islâmicos dizem que o filho era Ismael e não Isaque; Nascimento de Jesus

– O Alcorão diz que Jesus nasceu junto a uma tamareira no deserto; Desenvolvimento de
Jesus

– O Alcorão diz que Jesus fez Sua primeira pregação ainda recém-nascido, nos braços de
Sua mãe, pois nasceu já sabendo falar e pregar; Morte e ressurreição de Jesus – o
Alcorão diz que Jesus não foi crucificado e, por isso, também não ressuscitou; Divindade
de Jesus

– O Alcorão diz que Deus não pode ter Filho e que Jesus foi apenas um mensageiro de
Alá; Vida eterna do cristão

– O Alcorão diz que os cristãos terão o mesmo destino dos idólatras, ou seja, o inferno.
Corão ou Alcorão – revelação do anjo Gabriel a Maomé, ditada entre nos anos 610 e 632,
anotada por companheiros e Maomé, mas reunida em um único volume, no reinado de
Otmã. Escrito em árabe, não admite tradução. Versões são apenas "explicações do
significado do Alcorão".

O Alcorão é composto de 114 suras ou suratas, cada um dividido em versículos. Tem


6.432 versículos, 77.930 palavras e 323.670 letras.

Crença nos Mensageiros Segundo os islâmicos, Deus enviou, ao longo da história da


humanidade, homens a Sua mensagem, a Sua vontade.

Maomé teria sido "o último e maior profeta" (33:40).

Maomé não pode ser o "último e maior profeta" porque: O último profeta foi João Batista –
Mt.11:13, Lc.16:16

Moisés foi superior a Maomé – Dt.34:10-12 Não é possível revelação maior que a do
próprio Deus na pessoa de Jesus Cristo – Hb.1:1

Quem é o profeta indicado por Moisés em Dt.18:15-18? Jesus ou Maomé? Jesus, por
que: Jesus é israelita; Maomé, árabe Jesus pregou primeiro aos israelitas; Maomé, aos
árabes. Jesus tinha as mesmas características de Moisés, a saber Erudito, conhecedor
das Escrituras; Maomé era analfabeto; Manso, como Moisés se tornou;

Maomé, de manso se tornou violento; Sempre intercedeu por Israel; Maomé se tornou
inimigo dos judeus; Indicou, como Moisés, com clareza, Seus sucessores; Maomé deixou
os islâmicos em dúvida, dúvida que persiste até hoje; Tendo direitos de mando, jamais
cedeu à tentação do poder, assim como Moisés:
Maomé, porém, sem ter tais direitos, lutou para ter poder. Crença no Dia do Juízo Final
Os muçulmanos crêem que haverá um dia, o Dia do Julgamento Final (Yaum al-
Qiyamah), dia em que Deus ressuscitará todos os homens e os julgará conforme as suas
obras.

O Islamismo defende a possibilidade de o homem se salvar por si só, o que é cabalmente


desmentido pelas Escrituras - Rm.3:23.

O Islamismo defende uma expiação após a morte:

A idéia islâmica do Paraíso é materialista, pois é lugar onde: há jardins, ao lado dos quais
correm rios, onde morarão eternamente; se repousará sobre coxins (almofadas grandes e
confortáveis); se terão enfeites e pulseiras de outro e pérola e vestimentas de seda;
haverá leitos e onde néctar, néctar mesclado com cânfora de uma fonte, carnes das aves
favoritas e frutas deliciosas serão servidos por mulheres castas (virgens) especialmente
criadas por Deus para isto com bandejas e copos de ouro. Crença no Destino: Deus sabe
todas as coisas que irão acontecer previamente;

Deus escreveu tudo o que já predeterminou a acontecer; Somente acontece aquilo que
Deus quer que aconteça, pois nada acontece sem que seja da Sua vontade; Tudo que
existe foi criado por Deus e que não existe outro Criador além de Deus.

Embora não neguem o livre-arbítrio do homem, os muçulmanos, com esta sua


predestinação, trazem a Deus um caráter injusto, contraditório com o que ensinam os
islâmicos. OS PILARES DO ISLAMISMO Todo muçulmano tem, também, cinco ou seis
deveres a cumprir, deveres estes de que depende a sua salvação:

Dar testemunho de que não há outra divindade além de Deus, e que Mohammad é seu
Mensageiro – Shahada ou Chahada;

Prática de orações – Salat ou Salah;

Pagamento do tributo social – Zakat ou Zakah; Peregrinação a Casa de Deus em Meca –


Hajj;

Jejum ritual no mês de Ramada – Sau;

Além dos cinco deveres admitidos por todos os muçulmanos, alguns grupos ainda
acrescentam um sexto dever: Combate ao pecado no homem interior ou em luta contra os
infiéis – Jihad (muçulmanos kharijitas da Idade Média e seguidores das teorias
fundamentalistas islâmicas surgidas a partir do século XIX);
OU Fidelidade ao Imam (guia espiritual) (alguns grupos de muçulmanos xiitas ismailitas)
Shahada ou Chahada - Cumpre-se este dever aceitando e recitando a profissão de fé do
Islamismo. Assim se converte ao Islamismo. O que a Bíblia ensina? Que a conversão
começa no homem interior e não no aspecto externo. – Rm.10:9,10. Que negar a
divindade de Jesus é gesto que leva à perdição – At.4:11,12 Salat ou Salah– Cumpre-se
este dever fazendo cinco orações diárias, em árabe, com a sua face voltada para Meca,
onde se encontra a Caaba.

O Islamismo exige apenas uma "reza", algo sem valor diante de Deus – Mt.6:5-
Zakat ou Zakah - pagamento de um valor correspondente a 2,5% da riqueza de um
muçulmano, que deve ser pago uma vez ao ano, para ajudar os necessitados da
comunidade muçulmana. É um ato que purifica o fiel.

O que a Bíblia ensina?

Que o valor devido pela soberania divina é o dízimo, ou seja, 10% e não 2,5%; Que o
dízimo e as ofertas não representam coisa alguma em termos de purificação, pois só
quem purifica o pecador é o sangue de Jesus; Que se deve ajudar não apenas os
domésticos da fé, mas o próximo, que é qualquer ser humano.
Saum - Todo muçulmano, após atingir a puberdade, obrigatoriamente deve jejuar no mês
de Ramada (2:183-185).
O jejum ritual ocorre entre o alvorecer e o pôr-do-sol e não se trata apenas de
abstinência de alimentação, mas também de manutenção de relações sexuais e de fumo.
O jejum ritual não agrada a Deus, que exige um jejum com propósito, fruto da contrição do
coração e que expresse real e sincero arrependimento - Is.58:5,6; Zc.7; Mt.6:16-18.
Hajj - Todo muçulmano adulto, saudável e que tenha condições econômicas deve ir a
Meca pelo menos uma vez na vida, entre o oitavo e o décimo dia do mês de Dhu-al-Hijja,
o último mês do calendário islâmico.
O que a Bíblia ensina? Que não há salvação pelas obras – Rm.3:28; Ef.2:8,9. Que os
adoradores verdadeiros adoram em espírito e em verdade – Jo.4:21-24
Jihad - O muçulmano tem o dever de lutar e exercer seu máximo esforço em favor da fé
muçulmana, da difusão da mensagem de Maomé. Este esforço dá-se: Pelo lado interno
(jihad maior) - mediante um combate no homem interior, para impedir a vitória do mal e do
pecado na vida de cada um. Pelo lado externo (a jihad menor) - mediante o conflito militar,
quando se permite atacar um inimigo que não seja muçulmano, via de regra, em defesa
da fé, pois o jihad ofensivo seria atribuição única do califa.
Também se considera jihad o próprio sacrifício em prol do bem alheio e, caminhando
neste sentido, surgiu a teoria de que o martírio em nome da fé, o suicídio com o intuito de
destruição dos infiéis se constitui numa demonstração de jihad.
O que a Bíblia ensina? Que o combate contra o mal no homem interior depende da ajuda
do Espírito Santo – Rm.7 e 8;
Que a conversão não se dá pela força nem pela violência, mas pelo Espírito Santo–
Zc.4:6;
Que os filhos de Deus são pacificadores e não guerreiros– Mt.5:9;
Fidelidade ao Imam - todo muçulmano deve ser fiel ao "imam", ou seja, ao guia espiritual
da comunidade que, embora inferior ao profeta, é superior aos demais mortais.
A constituição de mediadores entre Deus e os homens é condenada pela Bíblia Sagrada
– I Tm.2:5.

REFUTAÇÃO DO ISLAMISMO E A QUESTÃO DA EVANGELIZAÇÃO DOS


MUÇULMANOS

Doutrinas islâmicas e sua refutação bíblica:


Unicidade da Pessoa de Deus – Mt.4:16,17; Fp.2:9; Hb.1:1; I Jo.2:23 Anjos - At.10:4-6,22;
Gl.1:8; Hb.1:14
Livros Sagrados - Sl.138:2; Mt.24:35; Jo.5:39; Hb.1:1; I Pe.1:25; Ap.22:18,19.
Mensageiros - Dt.34:10-12; Mt.11:11,13; Lc.16:16; Hb.1:1
Juízo Final - Ez.18;Lc.16:26; Rm.3:10,23;Ef.2:8,9 Ap.20:11-15
Destino - Gn.4:7;Jo.3:16; ITm.2:4; Tt.3:11.
Pilares de Islam e sua refutação bíblica:
Shahada ou Chahada - Mt.9:13; Lc.18:14; Jo.3:16; Rm.10:8,9
Salat ou Salah – Mt.6:5-8
Zakat ou Zakah - Mt.5:41; 23:23; Lc.10:25-37.
Saum - Is.58:3-14; Zc.7; Mt.6:16-18
Hajj - Jo.4:21-24; Ef.2:8.
Jihad - Zc.4:6; Jo.16:8-11
Fidelidade ao Imam - Mc.11:22; Rm.5:1

Como explicar o crescimento do Islamismo na atualidade?


Falta de liberdade religiosa nos países islâmicos mantém os adeptos naqueles países;
Liberdade religiosa nos países não islâmicos permite propagação da fé;
Imigração de islâmicos para os países não islâmicos e alta taxa de natalidade;
Apostasia crescente e falta de fervor missionário entre os cristãos;
Fervor missionário aliado a recursos vindos da produção e exportação de petróleo por
parte dos países muçulmanos, em especial, Arábia Saudita;
Despreparo dos cristãos para evangelização dos islâmicos.

Evangelização dos muçulmanos

Evangelização dos muçulmanos exige conhecimento do Corão e do papel de Jesus na


doutrina islâmica:
Sugestão: maior exploração da escatologia islâmica: os muçulmanos crêem que Jesus os
libertará do falso profeta (Dijjal), que se levantará pouco antes do juízo final.
A evangelização dos muçulmanos não permite que os cristãos aceitem a tese do
"confronto de civilizações" nem tampouco a generalização e o preconceito contra os
muçulmanos – atitudes que fomentam ódio e guerra e que, portanto, não são inspiradas
por Deus.
Verificação O que é necessário para se tornar um filho de Abraão?
R: Ter fé em Jesus, isto é, aceitá-lo como Salvador.
Deus dá, ainda hoje, a oportunidade para qualquer pessoa tornar-se descendente de
Abraão mediante a invocação do nome do Senhor Jesus. Como foi a expansão do
islamismo?
R: O islamismo expandiu-se por todo o Oriente Médio, sul da Ásia, norte da África e
Península Ibérica.
O islamismo expandiu-se pela bravura dos seus guerreiros e pela força de suas espadas.
O que disse Abdollah Sarh sobre o Alcorão?
R: Abdollah Sarh dava sugestões sobre o que deveria ser cortado ou acrescentado no
Alcorão.
Afirmou, certa vez, que se o Alcorão fosse a revelação de Deus, não poderia ser alterado
por sugestão de um escriba.
Qual o problema do Alcorão sobre o conceito da Trindade Bíblica?
R: O islamismo considera a crença na doutrina da Trindade um pecado imperdoável e
confunde essa doutrina como crença em três deuses: Alá, Jesus e Maria.
Quais são os cinco pilares do islamismo?
R. 1) Fé em Deus - crer em Alá como único Deus e Maomé como seu mensageiro;
2) Oração - realizadas cinco vezes ao dia;
3) Esmolas - dar esmolas aos necessitados ou fazer atos de caridade;
4) Jejum - jejuar 30 dias no mês de Ramadã;
5) Peregrinação - peregrinação à Meca pelo menos uma vez na vida.

CONCLUSÃO
O islamismo é inimigo da cruz de Cristo. Em muitos países islâmicos é crime um
muçulmano se converter à fé cristã. Seus líderes fazem propaganda falsa contra o
cristianismo e escondem as fraquezas de sua religião. Nenhum deles fala ao povo que a
Trindade bíblica não é a mesma descrita no Alcorão e nem explica o conceito de "Filho de
Deus" em o Novo Testamento.
É o maior desafio da igreja nos dias atuais.

conclusão

O Islã, significativo em seu teor religioso, é também uma doutrina moral e política. Como
algumas religiões cristãs, ele também prega a crença no Juízo Final, com sua divisão
entre os justos, que irão para o Paraíso, por toda a eternidade, e os maus, que arderão no
fogo do inferno para sempre. Mas, ao mesmo tempo, o homem parece não ter escolha
entre o bem e o mau, pois as pessoas parecem ter seu destino já traçado por Alá – uma
de suas máximas afirma ‘estava escrito’.

Referência
https://www.historiadomundo.com.br/religioes/islamismo.htm
https://www.ucs.br/site/midia/arquivos/o-isla.pdf
https://mundoeducacao.uol.com.br/historiageral/islamismo.htm
https://pt.wikipedia.org/wiki/Islã_no_Brasil
https://gracamaior.com.br/estudos/islamismo

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