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Outros – Henry Pires Vieira Colella – História Medieval

 O Islamismo é uma religião monoteísta fundada no século VII na cidade


de Meca, na Arábia Saudita, pelo profeta Maomé. Algumas das
características gerais do Islamismo incluem:
 Crença em um único Deus: O Islamismo é uma religião monoteísta, ou
seja, seus seguidores acreditam na existência de um único Deus, que é
conhecido como Allah.
 O Alcorão: O Alcorão é o livro sagrado do Islamismo, considerado a
palavra de Deus revelada a Maomé através do anjo Gabriel. É
considerado a principal fonte de orientação para os muçulmanos.
 Os cinco pilares: O Islamismo tem cinco pilares fundamentais que são a
declaração de fé (shahada), a oração (salat), o zakat (caridade), o jejum
(sawm) e a peregrinação a Meca (hajj). Esses pilares são considerados
obrigatórios para todos os muçulmanos.
 Importância da comunidade: O Islamismo enfatiza a importância da
comunidade, ou umma, como uma unidade importante na religião. Os
muçulmanos são incentivados a apoiar uns aos outros e a cuidar dos
menos afortunados.
 Respeito pelos profetas: Os muçulmanos acreditam em muitos dos
mesmos profetas que os judeus e os cristãos, incluindo Adão, Abraão,
Moisés e Jesus. No entanto, eles acreditam que Maomé é o último e
mais importante profeta.
 O conceito de jihad: Jihad é frequentemente associado ao Islã como
uma guerra santa. Na verdade, o conceito de jihad é mais amplo e
significa esforço ou luta na causa de Allah. Pode ser uma luta interna
para melhorar a si mesmo ou uma luta externa para defender a religião.
 Crença na vida após a morte: Os muçulmanos acreditam na vida após a
morte e no Dia do Julgamento, quando as ações de cada pessoa serão
avaliadas e recompensadas ou punidas de acordo com sua vida na
Terra.

A) O Alcorão, a Sunnah e a Shariah são três fontes importantes de


orientação para os muçulmanos em relação à sua fé, prática religiosa
e vida social. Cada um desses conceitos tem uma função específica
no Islamismo e são fundamentais para a organização social dos
muçulmanos. O Alcorão é a palavra sagrada de Deus revelada ao
profeta Maomé e é considerado o livro mais importante do Islamismo.
É uma fonte de orientação para os muçulmanos em relação à sua fé
e prática religiosa. O Alcorão contém ensinamentos sobre Deus, a
vida após a morte, moralidade, justiça social, caridade, entre outros
temas. Os muçulmanos acreditam que o Alcorão é a palavra de Deus
e, portanto, deve ser seguido e respeitado.
A Sunnah refere-se aos exemplos e ensinamentos do profeta Maomé. É
considerada uma fonte importante de orientação em relação à prática religiosa
e ao comportamento social. A Sunnah é composta de hadiths, que são relatos
de palavras e ações do profeta Maomé, registrados por seus companheiros e
transmitidos oralmente de geração em geração. A Sunnah é considerada uma
fonte de orientação para os muçulmanos em relação à prática religiosa e ao
comportamento social. A Shariah é a lei islâmica, que se baseia no Alcorão e
na Sunnah. É uma fonte importante de orientação para os muçulmanos em
relação à organização social. A Shariah abrange uma ampla variedade de
áreas, incluindo direito penal, direito civil, direito da família, finanças e ética
empresarial. A Shariah é aplicada de maneira diferente em diferentes países e
regiões, e há uma grande variedade de interpretações em relação a sua
aplicação. A importância dessas três fontes de orientação é que elas fornecem
aos muçulmanos um conjunto de princípios e diretrizes para a organização
social e para a vida pessoal. O Alcorão, a Sunnah e a Shariah são usados
como base para decisões e ações em relação a questões sociais, culturais,
políticas e econômicas. Eles ajudam a orientar a conduta social e individual dos
muçulmanos e são fundamentais para a formação da identidade religiosa e
cultural do Islamismo.

B)
Shahada: a declaração de fé, em que se afirma que "não há outra divindade
além de Alá e que Maomé é o seu profeta". Essa declaração é considerada a
pedra angular da fé islâmica e é o primeiro passo para se tornar um
muçulmano.
Salat: a oração ritual que deve ser realizada cinco vezes ao dia, em horários
determinados, e em direção à Meca. A oração é um ato de submissão a Alá e
serve para manter a conexão entre o indivíduo e seu Criador.
Zakat: a obrigação de dar esmolas e caridade aos pobres e necessitados. O
zakat é uma forma de ajudar aqueles que estão em necessidade e é
considerado um ato de purificação pessoal.
Sawm: o jejum durante o mês sagrado do Ramadã, que é o nono mês do
calendário islâmico. Durante esse período, os muçulmanos abstêm-se de
comer, beber e ter relações sexuais durante o dia, e se dedicam à reflexão e
oração.
Hajj: a peregrinação a Meca, que é o dever religioso mais importante para os
muçulmanos que têm meios financeiros e físicos para realizá-lo. O hajj é um
ato de adoração em que os muçulmanos se reúnem em Meca para realizar
uma série de rituais e orações, em uma demonstração de unidade e submissão
a Alá.
2.
O Islamismo nunca se tornou a religião predominante em Portugal, mas sua
presença no país remonta ao século VIII, quando o país fazia parte do Al-
Andalus, território dominado pelos muçulmanos na Península Ibérica. Durante
a Idade Média, houve uma influência significativa do Islã na cultura, arquitetura
e literatura portuguesas. Por exemplo, a cidade de Lisboa foi ocupada pelos
muçulmanos em 714 e foi governada por eles durante dois séculos, antes de
ser reconquistada pelos cristãos em 1147. Embora o Islamismo não tenha se
estabelecido como a religião predominante em Portugal, a presença
muçulmana no país aumentou significativamente nas últimas décadas, devido à
imigração de pessoas oriundas de países muçulmanos, principalmente do norte
da África e do Oriente Médio. Hoje em dia, existem comunidades muçulmanas
em várias cidades de Portugal, e a religião é reconhecida pelo Estado
português como uma das religiões oficialmente registradas. As comunidades
muçulmanas em Portugal têm se organizado em associações e mesquitas, e
têm trabalhado para se integrar à sociedade portuguesa. Em geral, a
adaptação do Islamismo à realidade histórica de Portugal tem sido marcada
pela coexistência pacífica com outras religiões e culturas, embora, como em
outros países europeus, haja desafios e questões relacionadas à integração de
imigrantes muçulmanos e ao diálogo inter-religioso.

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