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O Islamismo tem cinco pilares fundamentais: a crença em um único Deus e na profecia de Maomé, a
oração cinco vezes ao dia, a caridade, o jejum durante o mês do Ramadã e a peregrinação a Meca
pelo menos uma vez na vida, se a pessoa tiver condições financeiras e físicas para fazê-lo.
História do islamismo
O Islão surgiu na Península Arábica no século VII d.C. e foi fundado pelo profeta Maomé, que nasceu
em Meca em 570 d.C. Segundo a tradição islâmica, Maomé recebeu as primeiras revelações divinas
do anjo Gabriel em 610 d.C., quando tinha 40 anos. Ele começou a pregar a mensagem divina e a
converter as pessoas ao Islão, enfrentando uma forte oposição por parte dos líderes tribais em
Meca.
Em 622 d.C., Maomé e seus seguidores emigraram para Medina, um evento conhecido como a
Hégira. A partir desse momento, Maomé tornou-se o líder político e religioso da comunidade
muçulmana em Medina, onde estabeleceu uma sociedade baseada nos ensinamentos islâmicos.
O Islão tornou-se uma das maiores religiões do mundo e teve um impacto significativo na cultura,
história e desenvolvimento da civilização árabe, incluindo a literatura, a filosofia, a ciência e as artes.
Hoje em dia, o Islão é praticado por mais de um bilhão de pessoas em todo o mundo e continua a
desempenhar um papel importante na vida de muitas comunidades e culturas.
Durante a juventude, Maomé trabalhou como comerciante e, aos 25 anos, casou-se com Khadija,
uma mulher rica e mais velha do que ele. O casamento foi feliz e durou até a morte de Khadija em
619 d.C. Maomé também teve outras esposas.
Em 610 d.C., aos 40 anos, Maomé começou a receber revelações divinas do anjo Gabriel enquanto
meditava numa caverna nas colinas perto de Meca. As revelações continuaram ao longo dos
próximos 23 anos e tornaram-se o Alcorão, o livro sagrado do Islão.
A biografia de Maomé é considerada uma das mais importantes da história do Islão e é amplamente
estudada pelos muçulmanos em todo o mundo. Ele é reverenciado como o último e mais importante
dos profetas enviados por Deus para guiar a humanidade, e suas palavras e ações são consideradas
fontes de orientação religiosa e moral.
A crença em Alá é um dos princípios fundamentais do Islão e é descrita em um dos pilares do Islão, a
Shahada, que declara: "Não há divindade além de Alá e Maomé é o mensageiro de Alá". Os
muçulmanos acreditam que Alá é o criador de tudo o que existe e que é responsável pelo destino de
cada indivíduo.
Alá é descrito no Alcorão como tendo muitos atributos, como ser onisciente, onipotente, justo,
amoroso e misericordioso. Os muçulmanos acreditam que devem obedecer e adorar somente a Alá
e seguir as leis e ensinamentos do Islão, que foram revelados por meio do profeta Maomé.
Os Imames são responsáveis por liderar orações em mesquitas, dar sermões nas sextas-feiras,
oferecer aconselhamento religioso e liderar as comunidades muçulmanas locais. Eles também são
responsáveis por ensinar e interpretar a lei islâmica, conhecida como a Sharia, e por oferecer
orientação em questões de ética e moralidade.
Além disso, existem outras figuras importantes dentro do Islão, como os Califas, que eram os
sucessores de Maomé e governavam o Império Islâmico nos primeiros séculos do Islã. Hoje em dia, o
título de Califa não é usado, mas ainda há líderes religiosos e políticos que reivindicam a autoridade
em nome dos muçulmanos.
No entanto, é importante notar que a autoridade final no Islão é vista como pertencente a Alá e aos
seus ensinamentos no Alcorão e na tradição de Maomé. Portanto, a autoridade dos líderes religiosos
é limitada e eles são vistos como orientadores e líderes espirituais, em vez de intermediários diretos
entre os muçulmanos e Deus.
O Alcorão é considerado pelos muçulmanos como a palavra de Deus sem erros ou contradições, e a
sua recitação é altamente valorizada e considerada uma forma de adoração e devoção. O Alcorão é
lido em árabe clássico, em todo o mundo muçulmano e foi traduzido para muitas outras línguas para
que possa ser lido e compreendido por pessoas de diferentes origens.
Eid al-Fitr: é a celebração que marca o fim do Ramadão, o mês de jejum sagrado dos
muçulmanos. É um feriado de três dias, comemorado com orações em mesquitas, troca de
presentes, refeições em família e doações para caridade.
Eid al-Adha: é a celebração do sacrifício em que os muçulmanos relembram a disposição do
profeta Abraão para sacrificar seu filho Ismael em obediência a Deus. A festa é marcada pelo
sacrifício de um animal, geralmente uma ovelha, e a carne é distribuída entre amigos,
familiares e os necessitados.
Mawlid al-Nabi: é a comemoração do nascimento do profeta Maomé. A data é celebrada
com discursos, cânticos e orações em mesquitas e em casa.
Ashura: é uma data comemorada principalmente pelos xiitas e marca o martírio do neto de
Maomé, o imã Hussein, em Karbala. A celebração inclui procissões, orações e autoflagelação
como forma de luto.
Além dessas celebrações, existem outras datas importantes no calendário islâmico, como o início do
Ramadão, a noite do destino (Laylat al-Qadr) e o aniversário do profeta Maomé. As celebrações
podem variar de acordo com a cultura local, mas todas são marcadas por orações, reuniões
familiares e caridade.
Seguidores do Islão
Os seguidores do Islão são chamados de muçulmanos. Estima-se que haja cerca de 1,9 bilhão de
muçulmanos em todo o mundo, tornando o Islão a segunda maior religião do mundo, depois do
cristianismo. Os muçulmanos podem ser encontrados em muitas partes do mundo, incluindo o
Oriente Médio, Ásia, África, Europa e América do Norte e do Sul.
Embora a maioria dos muçulmanos siga a tradição sunita, há também uma grande comunidade xiita
e outras correntes menores dentro do Islão, cada uma com suas próprias tradições, práticas e
crenças.
Os muçulmanos são uma comunidade diversa e pluralista, com muitas tradições culturais e
linguísticas diferentes. No entanto, eles compartilham uma forte identidade religiosa comum, unidos
pela sua fé e práticas religiosas.
Além disso, existem diferenças em relação à interpretação e prática da lei islâmica (sharia), bem
como em relação a algumas práticas religiosas, como as cerimônias de luto pelos mártires da família
do profeta Maomé. Os xiitas também têm líderes religiosos específicos, chamados de imames, que
são considerados como fontes de orientação religiosa e espiritual, enquanto os sunitas não
reconhecem essa figura de liderança religiosa.
É importante destacar que existem muitas outras diferenças culturais e históricas entre as
comunidades sunita e xiita, e que nem todos os muçulmanos se identificam com uma dessas duas
comunidades. De facto, existem muitas outras escolas de pensamento e tradições dentro do Islão.
O termo "sunita" vem da palavra árabe "sunnah", que significa "tradição" ou "caminho". Os sunitas
acreditam que a sucessão após a morte do profeta Maomé deveria ter sido determinada pelos
líderes da comunidade muçulmana, a partir da escolha do califa.
Os sunitas são uma comunidade diversa e heterogênea, com diferentes culturas, etnias e práticas
em todo o mundo. Eles têm uma forte presença no mundo árabe, no Sudeste Asiático e em muitas
outras partes do mundo. O Islão (sunita) é praticado em muitos países muçulmanos, incluindo a
Arábia Saudita, Egito, Indonésia, Paquistão, Turquia e muitos outros.
Conclusão
Em conclusão, o Islão é uma religião monoteísta que se baseia na crença em um único Deus, Alá, e
na aceitação de Maomé como o último profeta de Deus. O Islão é uma das maiores religiões do
mundo, com uma base global de seguidores, e é conhecido pelas suas práticas devocionais, como as
cinco orações diárias, o jejum durante o Ramadã e a peregrinação a Meca.
O Islão também tem uma história e cultura muito rica, com muitas contribuições para a arte, ciência,
filosofia e literatura. A religião tem enfrentado desafios e controvérsias ao longo dos anos, incluindo
conflitos sectários e representações negativas nas redes sociais. No entanto, os muçulmanos
continuam a viver a sua fé por todo o mundo, encontrando força e significado na sua adoração e na
sua comunidade.
É importante reconhecer que, como em qualquer religião, existem diferenças e variações dentro do
Islão, e é importante evitar generalizações e estereótipos. Ao aprender sobre o Islamismo, é
importante ser respeitoso e aberto a aprender sobre a diversidade de práticas, crenças e culturas
dentro da religião.