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PREPARATÓRIO

PARA
QOA-AA-AFN
2021
6ª 4ª Aula:
Aula: Capítulo
Capítulo II - Idade
II - Idade Média
Média

Professor: Vagner Souza


Capítulo II – Item 11: A Retomada do Comércio

Na Baixa Idade Média, devido às atividades mercantis realizadas na Itália,


pelas Cidades Marítimas Italianas, como Gênova e Veneza, principalmente
após o término das Cruzadas no século XIII, o comércio de especiarias foi se
tornando cada vez mais promissor para a burguesia comercial ou financeira da
Europa.
Esses grupos burgueses, tornando-se cada vez mais especializados,
começaram a se agrupar em associações de comércio, popularmente chamadas de
Comunas. Como veremos mais a frente, estas associações regulavam o comércio,
as finanças, a política e até mesmo os interesses “espirituais” da Igreja de Roma.
Capítulo II – Item 11: A Retomada do Comércio

Paralelamente à formação das Comunas no Sul da Europa, desde o século


XII, organizavam-se no Norte da Europa as Hansas (nome em teutônico ou
alemão) que eram associações de mercadores. Na Inglaterra destacava-se a
Merchant of the Staple, associação que controlava a venda de lã (seu mais forte
produto) e a importação de produtos oriundos da região flamenga (Flandres, futura
Holanda).
Logo aconteceria a reunião de diversas hansas no norte da atual Alemanha,
dando origem à forte Liga Hanseática, cujas poderosas cidades (Hamburgo,
Bremen, Lübeck, Rostock) passaram a controlar todo o comércio dos mares do
Norte e Báltico.
Capítulo II – Item 11: A Retomada do Comércio

Consolidavam-se dois
polos comerciais na
Baixa Idade Média:
um italiano e outro
germânico. A ligação
entre eles se fazia por
rotas terrestres que
convergiam no centro
da França, na região
de Champanhe.
Capítulo II – Item 11: A Retomada do Comércio

A rota terrestre das feiras apresentava graves inconvenientes como a


insegurança. De fato, durante quase todo o século XIV, diversos problemas
relacionados com a Tríade da Crise da Idade Média (a Guerra dos Cem Anos
entre França e Inglaterra, a Peste e a Fome) praticamente impossibilitou a
utilização desses caminhos, levando ao declínio das feiras. A partir daí surgiram
rotas alternativas.
A primeira delas, marítima, contornava a península Ibérica, dinamizando a
atividade mercantil em Portugal e Espanha. A segunda era fluvial e incluía a difícil
travessia dos Alpes, seguida da navegação pelo rio Reno até Flandres, no norte da
Europa.
Capítulo II – Item 11: A Retomada do Comércio
Capítulo II – Item 11: A Retomada do Comércio

O crescente comércio e as transações financeiras tornaram necessário o


retorno da utilização em larga escala de moedas, o que gerou a introdução de letras
de câmbio e o desenvolvimento de atividades bancárias em geral. A terra deixou
de ser a única fonte de riqueza e, nesse contexto, surgiu um novo grupo social, o
dos mercadores, que trabalhavam diretamente no comércio e a dos burgueses,
detentores de capital.
O dinheiro, e a acumulação dele, passam a reger as economias, fazendo
surgir um novo contexto econômico em contrapartida do escambo, o Capitalismo.
Capítulo II – Item 12: As Repúblicas Marítimas Italianas

12.1) Pisa
A posição natural muito
propícia, na foz do rio
Arno, então navegável até
sob os muros da cidade, fez
de Pisa importante centro
comercial desde o primeiro
século da Idade Média. O
estuário do Arno oferecia
então bom abrigo e espaço
suficiente, ao passo que a
correnteza forte do rio se
opunha ao assoreamento da
saída para o mar.
Capítulo II – Item 12: As Repúblicas Marítimas Italianas

No fim do século XI, as duas cidades lançaram repetidos ataques contra as


principais cidadelas do poderio árabe. Os árabes foram assim expulsos de várias
localidades italianas.
Pisa, como as outras cidades marítimas italianas, moldou-se como uma
talassocracia.
A expansão marítima e comercial da República Pisana era então guiada pelo
governo, que intervinha mesmo no domínio das atividades particulares,
procurando, de uma parte, afastar os obstáculos e entraves que se opunham ao
livre trânsito das mercadorias, e de outra, levar gradualmente a conquista ao
Oriente, principal fonte de lucros.
Capítulo II – Item 12: As Repúblicas Marítimas Italianas

Do século XI ao século XIII, os núcleos urbanos da península Italiana, e em


particular as cidades marítimas, entraram em rivalidade para a conquista da
primazia política e comercial sob a influência de dois fatores preponderantes: as
cruzadas e a criação do Império Latino do Oriente.
Pisa, como as outras grandes repúblicas marítimas italianas, não só
participou diretamente da guerra contra os muçulmanos estabelecidos na Palestina,
como também soube cobrar bom preço pelo transporte dos exércitos cristãos do
Oriente. Ao mesmo tempo, a comuna procurou estabelecer nos países recém-
conquistados pelos cruzados proeminência comercial, obtendo concessões
especiais para os mercadores pisanos.
Capítulo II – Item 12: As Repúblicas Marítimas Italianas

• A Primeira Cruzada valeu a Pisa privilégios e feitorias ao longo da costa Síria e


da Palestina.
• A Segunda Cruzada favoreceu-lhe o comércio ao longo das costas italianas e
sicilianas.
• Na Terceira Cruzada, os navios pisanos transportaram um exército toscano,
sendo aproveitado o ensejo para a venda, por preço caro, de vitualhas e roupas
aos companheiros de armas.
• Em 1194, Messina foi tomada, e os pisanos destruíram o empório genovês da
cidade. A vitória, porém, foi paga a preço caro.
Capítulo II – Item 12: As Repúblicas Marítimas Italianas

Na longa série de lutas que se seguiu, Pisa se viu atacada por terra e por
mar, ressentindo-se de sua pequena base territorial e da falta de uma fronteira
facilmente defensável.
Por fim, Gênova conseguiu destruir o porto e o comércio de Pisa, em 1284,
e a paz foi selada em 1299 com graves perdas territoriais e comerciais para Pisa.
Capítulo II – Item 12: As Repúblicas Marítimas Italianas

12.2) Gênova
As características geográficas.
A formação espacial.
A junção de interesses com
Pisa.
A participação de Gênova na
Primeira Cruzada.
As mudanças após a Quarta
Cruzada.
Capítulo II – Item 12: As Repúblicas Marítimas Italianas

No princípio do século XIII (1206) uma nova instituição, o Consolato del


Mare, foi criada. Ocupava-se exclusivamente da parte financeira dos
empreendimentos marítimos, permanecendo dependente do poder central.
A fim de promover sua expansão marítimo-comercial, os cidadãos de
Gênova criaram, na primeira metade do século XIII, uma associação de caráter
militar que tomou o nome de Maona. Era ela constituída por um núcleo de
cidadãos que, com seus navios, procediam às despesas de qualquer expedição
naval empreendida no interesse e sob a direção da Comuna.
Esse desenvolvimento da cidade e o fracasso das Cruzadas acarretaram as
disputas entre os grandes centros itálicos.
Capítulo II – Item 12: As Repúblicas Marítimas Italianas

Ao começar o século XIV, Gênova estava no apogeu de sua atividade


marítimo-comercial.
Na segunda metade do século XIV, as grandes operações de comércio
ficaram circunscritas a Veneza e a Gênova, pois Pisa não mais se ergueu depois da
derrota de Melória e da perda da Sardenha.
Gênova tinha comércio desde as ilhas britânicas até o mar Negro, até a
derrota para Veneza na Guerra de Chioggia (1378-81).
Capítulo II – Item 12: As Repúblicas Marítimas Italianas

12.3) Veneza
• As características geográficas
• As vantagens econômicas
• A participação de Veneza nas
Cruzadas
• A Quarta Cruzada
• A transição de uma cidade
subordinada aos interesses
bizantinos a uma cidade
normatizadora.
Capítulo II – Item 12: As Repúblicas Marítimas Italianas

Tal como em Pisa e Gênova, a ação do governo fazia-se sentir fortemente


em todos os setores ligados ao comércio marítimo da cidade.
A primeira metade do século XV viu o apogeu do poderio marítimo-
comercial veneziano. No ano de 1423, o Doge Tomaz Mocenigo, em relatório
apresentado aos conselheiros, estimava serem 3.300 os mercadores navegantes.
Por essa época, nem só no Mediterrâneo e no Oriente aplicava-se a atividade
veneziana. Na França, na Alemanha, no Flandres e na longínqua Inglaterra,
durante o último século da Idade Média, penetraram também os comerciantes e os
navegantes da Sereníssima.
• A Queda de Roma Oriental
Capítulo II – Item 13: As Grandes Navegações

O fim da Idade Média é


marcado por importantes invenções.
Na arte da navegação, deu-se
um acontecimento de grande
importância no século XIII, que foi a
introdução da bússola na Europa; esse
instrumento já era conhecido pelos
chineses, parecendo mesmo que os
mongóis já se orientavam por ela em
suas incursões pela Europa. Coube aos
árabes servirem de ligação entre o
Oriente e a Europa, apesar de suas
contínuas lutas com os cristãos
Capítulo II – Item 13: As Grandes Navegações

• Os navios de madeira: construindo embarcações e navios.


- O primeiro método de construção de embarcações, utilizado
desde a canoa de tábuas, é chamado de “costado rígido”.
Construía-se primeiro o costado da embarcação, juntando as
tábuas pelas bordas e, depois, acrescentavam-se, os reforços
estruturais internos e externos.
- As galés eram embarcações movidas principalmente por remos,
algumas com muitos remadores, embora pudessem também ter
velas. Foram muito utilizadas por povos navegadores do
passado, como os cretenses, os gregos, os romanos, os
bizantinos e os nórdicos.
Capítulo II – Item 13: As Grandes Navegações
Capítulo II – Item 13: As Grandes Navegações

- Embora o método de esqueleto rígido tivesse se desenvolvido no


litoral do Mar Mediterrâneo (fora de Portugal), ele foi empregado
pelos portugueses para construir os navios que iniciaram, no
século XV, a aventura das Grandes Navegações, que não somente
levou ao Descobrimento do Brasil, mas também transformou o
mundo. Os oceanos, que antes eram obstáculos entre os povos da
Terra, tornaram-se vias de comunicação entre eles.
Capítulo II – Item 13: As Grandes Navegações
Capítulo II – Item 13: As Grandes Navegações

• O Desenvolvimento dos Navios Portugueses :


- As caravelas
- A Nau
- O Galeão.
Capítulo II – Item 13: As Grandes Navegações

• O Desenvolvimento da Navegação Oceânica: os Instrumentos e


as Cartas de Marear:
- Quando começaram as Grandes Navegações, já era conhecida a
bússola, inventada pelos chineses, também chamada de agulha
de marear ou agulha magnética, e, dentre os instrumentos de
observação, o astrolábio.
Capítulo II – Item 13: As Grandes Navegações
Capítulo II – Item 13: As Grandes Navegações

Nos fins do século


XIII, no entanto, o uso da
Bússola já estava
generalizado na Europa, para
a navegação. Juntamente com
outros instrumentos da época,
o Astrolábio e a Balhestilha
davam ao navegador um
seguro conhecimento de sua
latitude.
Capítulo II – Item 13: As Grandes Navegações

Quanto à longitude, porém, o único meio de conhecimento era pelo caminho


percorrido, o que se obtinha, com grande margem de erro, navegando-se até o
paralelo desejado e daí rumando para leste ou oeste até o ponto desejado.
Capítulo II – Item 13: As Grandes Navegações
Capítulo II – Item 13: As Grandes Navegações

Os navios portugueses e a construção naval


Capítulo II – Item 13: As Grandes Navegações

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