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Dicionário dos

Estilos
Arquitetônicos
Wilfried Koch

Martins Fontes
A finalidade desta publicação é dar ao
leitor conceitos bastante sólidos para
que.com o tempo, possa relacionar
uma obra artística à sua correta época
estilística, oferecendo-lhe uma visão de
conjunto e condições de distinguir os DICIONÁRIO dos ESTILO
seus elementos. Dessa forma, é possível
detectar as partes dos muitos edifícios ARQUITETÔNICOS
estilisticamente "impuros", Iniciados, por
exemplo, na época gótica e concluídos
no Renascimento.
Os pequenos guias que hoje estão
à disposição dos visitantes em todo
monumento de uma certa importância
contêm sempre expressões que
resultam muito abstratas para o leigo.
Vocês poderão encontrá-las sem
dificuldade no glossário ilustrado e.
consultando os respectivos desenhos,
reconhecerão os edifícios aos quais
correspondem. Levem este livro em
qualquer viagem, reservem-lhe um
lugar permanente no carro e,
sobretudo, fblhelem-no sempre.
As belas coisas do nosso mundo
tornar-se-ào mais compreensíveis e
enriquecê-los-ão espiritualmente.
AlxWfc yi H.KU\DL DEK BAUKU.VSl
. ...hm «ixmai:
Copyright %> 1985 by Mowik Varia# Münclteti.
Copyright © Livraria Martins Fontes Editora l.ulu..
São Paulo. 1994. nura u pnrsenrr edição.

2* ediçãv
maio de 1996
2* tiragem SUMÁRIO
maio de 1998

Tradução
NEIDE U 7JA DE REOi^Dt

Revi«ki da iraduçào
Eduank) Hrandãn A estilística não é uma ciência oculta ....................
Revisiiv gráfica
Vcidto Va/cntinoritch Nikitin Edifícios religiosos ..................................................... 9
Marise Stmães Leal
Grécia Antiga........ .............................................. 9
Produção gráfico
Geraldo Alves Helenismo............................................................. 13
Capa Roma..................................................................... 13
Alexandre Martins Fontes Época Paleocristà e Bizantina.......................... 15
Arquitetura Carolíngia c Otònica.................... 17
Românico ............................................................. 23
D-xl* IntrnxKlonab 4c < rtttogaçioira iCIPi
(Câmara RnuSont &> l.»»ra SP. Rnuill
Gótico ................................................................... 31
KÕÃ. Witfned Renascimento ....................................................... 41
DidiMáno doc wiik». an)uiictàniaK / Wilfréd K*vh: Barroco ................................................................. 49
ItniiiaçSo Nade Lu/ia de Rezende], 2'«1 São Pauto : Do neoclassicismo à arquitetura moderna ... 59
Man™ Poatei. 19%.
1 — Neoclassicismo ......................................... 59
Título «ríglniL Klcioc Sulknadc der Bnukanst. 2 — Historicismo ............................................. 62
ISBN 85-J36-0W-9
3 — Estilo Liberty............................................. 63
I. Ar^uítelur» - Dic xxiário* I. Título. 4 — Arquitetura Moderna............................... 63
Q&-1277 031)7203
índices psira catálogo sistemáticos
Palácios - Fortalezas - Castelos ............................... 65
I. Esok» anjuitttôeucoj : Dicionúm» 7203 Palácios citadinos e públicos.................................... 79
Glossário ilustrado .................................................... 91
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hrmria Martins Fontes Editora Uda.
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http "'^nv^martinyfantrs t om
A ESTILÍSTICA NÀO É UMA CIÊNCIA OCULTA
Instruções para o uso deste livro

Cada estilo possui um determinado número de elementos arquitetô­


nicos bem definidos. Assim, como um subsídio útil para a classifica*
çào dos estilos, poderiamos falar de uma atividade arquitetônica típica,
por exemplo, o Românico. o Gótico ou o Renascimento. Os arquite­
tos de cada época isolaram os elementos, combinando-os cm obras
de arte sempre novas. 0 caráter c a origem geográfica e cultural dos
arquitetos e. evidentemente. as leis da estática concorreram para ora
eliminar alguns desses elementos, ora salientá-los. transformá-los ou
inventar outros. Só assim é possível entender as diferentes impres­
sões que obras artísticas de uma mesma época nos provocam.
Com a mudança do espirito dos tempos, o número dos elementos
transformados ou introduzidos pela primeira vez torna-se, graças ao
progresso da técnica e à variação do gosto, tão elevado que chega
a transformar inclusive a impressão geral produzida pelas obras de
arte. Para simplificar a compreensão, fala-se de fases sucessivas no
âmbito de um mesmo estilo (por exemplo Gótico primitivo. Alto gó­
tico ou Gótico tardio) ou de estilos inteiramente novos (Românico,
Gótico. Renascimento, etc.).
Na passagem do estilo Carolíngio ao Românico c possível acompa­
nhar mais claramente essa evolução orgânica dos elementos c do con­
junto de uma obra artística. Por outro lado, a passagem do estilo
Gótico ao Renascentista deu-sc de forma muito mais repentina, pois
foi a expressão do repúdio ao pensamento da época gótica: intencio-
nalmentc, o sistema arquitetônico até então válido foi recusado na
sua essência e substituído por modelos oriundos da Antiguidade ou
introduzidos pela primeira vez. Em geral, a arquitetura renascentista
aparece marcada por uma nova interpretação da linguagem formal
antiga. Portanto, interrogar-se sobre as possíveis causas da mudança
dos estilos implica também confrontar-sc com a história do espírito
humano. De fato, apenas as variações dos estilos não são suficientes
para dar um panorama completo das misteriosas conexões humanas
e históricas, escondidas profundamente atrás da evolução da arte:
"Um novo estilo surge quando é exigido pela mudança de conteúdo
da consciência humana” (Dchio).

7
Neste livro, procurou-se em primeiro lugar dar uma idéia geral dos
estilos das várias épocas, através das imagens e comparações. Ao la­
do do nome de algumas construções, são elencados, numa espccic de
lista, seus elementos de maior importância, que se repetem constan-
temente nas obras do mesmo estilo. Esses conceitos, que nos quadros
sinóliCOS podem ser apresentados apenas de maneira geral, se encon­
tram descritos e ilustrados, inclusive cm suas variações mais frequen­
tes, no glossário. Essas variantes têm muitas vezes um nome novo
c. portanto, aparecem com um verbete próprio. Naturalmcntc, não
c possível encontrá-las sem que se conheça a sua denominação, por
isso procurei agrupá-las sob um termo genérico, remetendo os verbe­
tes às páginas onde é possível reconhecê-las através dos desenhos. Por
exemplo, cada forma decorativa, do Arabescoao Ziguezague. c apre­
sentada sob o verbete genérico dc "Ornato". Tudo o que se refere
às formas dos telhados, desde o telhado dc uma água até o telhado
dc pavilhão, encontra-se sob o verbete “Telhado, formas do”.
As ilustrações sâo indicadas com’, as referências ao glossário com
v. A indicação v.* remete ã ilustração do verbete ao qual sc faz refe­
rencia.
A finalidade desta publicação é dar ao leitor conceitos bastante sóli­
dos para que. com o tempo, possa relacionar uma obra artística à
sua correta época estilística, oferecendo-lhe uma visão de conjunto
c condições de distinguir os seus elementos. Dessa forma, c possível
detectar as partes dos muitos edifícios cstilisticamcnte "impuros”,
iniciados, por exemplo, na época gótica e concluídos no Renascimento.
Os pequenos guias que hoje estão à disposição dos visitantes em todo
monumento dc uma certa importância contcin sempre expressões que Cap‘to> jôíoCo Arena» Acfdpol». rnloo do i4cuk> V • C.
resultam muito abstratas para o leigo. Vocês poderão encontrá-las
sem dificuldade no glossário ilustrado e. consultando os respectivos
desenhos, reconhecerão os edifícios aos quais correspondem. Levem
este livro em qualquer viagem, reservem-lhe uin lugar permanente no EDIFÍCIOS RELIGIOSOS
carro e. sobretudo, folheiem-no sempre. As belas coisas do nosso mun­
do se tornarão mais compreensíveis e enriquccc-los-ào espiritualmentc.
GRÉCIA ANTIGA

Toda vez que se verificou um desejo de renovação na arquitetura eu­


ropéia dos séculos passados, o Ocidente cristão recorreu a elementos
formais que, já antes do nascimento do Cristianismo, conferiam aos
templos gregos uma beleza perfeita. A planta retangular, as colunas
e os frontóes, imitados das residências (v. Mcgaron*). originaram,
através das várias combinações das ordens e da posição das colunas,
a casa do deus, cuja imagem era adorada no "sancta sanctorum" (ou
cela). Nos templos de formas mais simples, por exemplo, o templo
dc antas (fig. I), as paredes laterais avançam formando com duas co­
lunas um vestíbulo (o pronau); um pouco mais tarde, acrescenta-se
um vestíbulo posterior (o opistódomo. fig. 2). desprovido no entan­
to dc uma entrada própria para a cela. Antepondo fileiras dc colunas

9
OÔRICO
(fig. 3) também do lado de trás (fig. 4), ampliou-se o prostilo inicial.
Alguns raros templos circulares, pequenos c completamcnte rodea­
dos de colunas (figs. 7 e 8 e, mais à frente, o Filipéion de Olímpia)
são autenticas maravilhas, pela graça e harmonia. Mas foram princi­
palmente os grandes templos rodeados de colunas, o períptero e o
díptero, que mais influenciaram a imagem que possuímos da arqui­
tetura grega. Amplo, como que deitado sobre as possantes colunas,
o templo dórico; delgado c elegante, o templo jônico; com os capi­
téis c o tímpano ricamente ornados, o templo coríntio. Complexos
sistemas de medida e de cálculo transformados em pedras encostadas
umas às outras, com imenso esforço, em proporções prccstabclcci-
das c harmônicas (v. Proporções, teoria das*; Intercolúnio). O peso ébaco------------------------
do entablamento (v.) e do telhado recai cm suportes sem a mediação eqv-no_ ____________
»ruk>-------------------------
dos arcos, que pertencem às épocas seguintes, helenística e romana. tvpoti*qu*co..
scomrtus-------------------
Apenas os sacerdotes podiam ter acesso ao templo: o povo depunha canetura» (de 16 e 20)
suas oferendas a céu aberto. É esse o motivo pelo qual a igreja cristà bate Stica »em phnto Angulo do tempto ddriCO. Atone». Acrópo-
primitiva (paleocristã) rechaçou o modelo do templo grego, pois a 19. Partenon. iniciado em 449 a.C

doutrina cristã queria um lugar de reunião comum a todos, humildes


e poderosos, e o encontrou no mercado coberto da época romana,
a basílica. JÔNICO '^n<co 4tico)
Para um confronto entre os esquemas arquitetônicos grego e roma­
no. v. Templo*. cornca (po«*on>

*nio IzcMoro)

arqmtrave
cem tré» ta-xa»

capitel
com voluta»

Ânguto de templo idruco. Atone», Acrópo-


le. Erectéton, final do aécuto V a.C.

CORlNTIO

MODELOS DE TEMPLOS: 1 templo


de ente»; 2 templp de ente» dupla»;
3 prostJo, 4 anfiproitiio; 5 per/ptero;
6 díptero, 7 toto. templo circular ro­
deado por coluna»; 8 monóptero, Cepitei coríntio com folha» de acanto 0<-
tempto circular sem cela, a) nau. ce­
dima, tempto do Jovem Apoio. 313 e-C..
la; bl pronau (vostlbuto); c) opistódo-
mo (ítrio po»ter>or). heton.au

10 II
HELENISMO

Refere-se a arte grega, desde Alexandre, o Grande, até Augusto (de


323 a.C. a 14 d.C.). Após a morte de Alexandre, o seu império se desa­
grega nos numerosos reinos dos diádocos. As suas cortes, helenísticas.
se transformam cm evoluídos centros culturais, nos quais a tradição
artística da Grécia clássica acolhe conscientemente as influências pro­
venientes do Oriente, com a intenção de criar uma cultura "mundial”.
Quando Roma, no século II a.C.. conquista os pequenos listados c
as colônias (Itália meridional. Sicília) gregos, absorve também a sua
cultura. Aos seus elementos arqui­
tetônicos se acrescenta o arco ogi-
val(dc origem etrusca). A "hclcni-
zaçào' ’ de Roma se conclui na épo­
ca dc Augusto.
DÔH1C0: Olímpí». Tempo dc Zeu». *4c<jfo V a C.. p«(ipt«ro Na cela, entre ae du»» colu­ Elementos essenciais da linguagem
na» de dois andara», sobre um pedestef a estltu» de Zeus, com 14 metros. Obra de Fi
<Xaa 11 cela com a imagem <to deu». 2l estildbata. 31 crcpídoma
formal helcnística são: a tendência
à monumentalidade (templos gi­
gantescos). a engenhosa disposição
em grupo dos edifícios c a metódi­
ca planificação, o relevo das facha­
das. a decoração rica dc formas, as
fileiras de colunas, o frontào (v.*)
interrompido c o comovido natu­
ralismo da escultura. Esses elemen­
tos são retomados pelo Barroco eu­
ropeu no século XVIII. tXdim». templo do Jovem Apoio. <tuci«fo
em 313 a C Tcmpio ^•pe:ial. ímo ê. Oo dlp
toro doscoborto. No cek». em 'orma dc pA
tio. »o encontrava o pcqveoo templo ded.
cado oo culto <0 "naí»ko»")
JÔNICO A esquerda: Atenas. Acrópoie. Erectéion. trfn do »ec</o V a C Na parte ante
r-or. pd<t>co das Kores À d>reit»; Olímpia. FAípéion. templo circular (tolol. c. 340 a.C. ROMA

A arquitetura romana funde as tradições dos povos hclenísticos sub­


metidos às criações dos etruscos e dos romanos: o arco, o arco sobre
pilares, a abóbada, a cúpula. É imposta como arte do Estado cm to­
das as províncias romanas e, mais tarde, rcintrodu/ida nos estilos Ro-
mãnico c Renascentista ocidentais. A sua função é sobretudo utilitá­
ria (circos, fortificações c pontes: v. Aqucduto*. Tcrmas*. Basílica*.
Teatro*). O templo, que é o desenvolvimento do templo grego, se
apóia num pódio, ao qual sc sobe por uma escada ladeada dc muros.
Em lugar da colunata que circunda a cela, locali/am-se. sobretudo
em épocas mais antigas, as scmicolunas (pseudoperiptero). enquanto
o lado frontal é ocupado por um pórtico. (Para sc comparar com o
esquema arquitetônico grego v. Templo*.) No seu conjunto, a arqui­
tetura sacra entra no âmbito da engenharia civil e somente predomi­
CORÍNTIO. A esquerda: Epxiauro. Asclep<A>on, s4c. III a.C . tolo A d re.ta Atenas. Ohm nará enquanto arquitetura particular no século IV. com as igrejas pa-
piéxín. séc II d C.. belenista. O capite! coríntio aparece primeiro no interior dos templos;
nas parte* externa», apenas na idade helemsta leocristãs.

12 13
OÔR1CO-ROMANO (toaconol ÉPOCA PALEOCRISTÃ E BIZANTINA
cirnais» com cane>ura-Jr-
Conaantino (306-37) transfere a capital do Império Romano para Bi-
múuilos (ou dentlcukxi:
zàncio (chamada, a partir de então, Constantinopla ou Segunda Ro­
víg*«o_____________
meia m«opo «e (jnto ma). O seu Edito de Tolerância dc Milào (313) garante a liberdade
nii-.cp» _.. .
a todos os cultos religiosos. A preferência dada ao cristianismo de­
arquitravo Vsa_______
termina um desenvolvimento multiforme na arquitetura religiosa cris­
tã. Em 395, o império do Ocidente e o do Oriente (Bizâncio/Cons-
tantinopla) se separam definitivamente. Em ambos os reinos, a basí­
Hant» bangitudíT*!: MmH, Maiton Carróe. lica (v. *) se torna o modelo predominante de edifício dc planta longi­
<<m do 3ócuk> I B.C., pscudoperiptero tudinal. O seu esquema arquitetônico c composto csscncialmcntc pe­
COrintkHOfflMa COM vüSttoulo; escadaria
lodeada por muros. P pórtico; M mei»- la seqüência de espaços: átrio — nártex — dc três a cinco naves de
coLna, C cola; Po pódio. teto plano com nave central elevada c exposta à luz — presbitério (co­
ro. abside).
O esquema romano ocidental (fig. 1) acrescenta um transeplo contí­
nuo (“romano”) entre o corpo central e a abside (planta em forma
de T). Segundo a liturgia bizantina, os pastofórios são colocados dos
dois lados do coro e na extremidade leste das naves menores; os es­
paços reservados às mulheres (tribunas) cstào situados acima das na­
ves laterais, predominando os mosaicos no châo e nas paredes.
Construções de planta centrada cruciforme encimadas por uma cú­
pula (igreja dc cúpula) surgem principalmentc em lugares que sofrem
a influência bizantina. O acréscimo de cúpulas nos braços da cruz
(fig. 3) ou sobre as suas iniersecçòes (fig. 2) conduz à igreja com planta
cruciforme c cúpula. A basílica com cúpulas sintetiza a disposição
em cúpulas e o esquema de basílica (Hagia Sofia, v. Arte bizantina*).

Planta ccntrah Roma, rompia circular a mar­ Fig. 1: esquema arquitetônico d® ume be
gem do T<bro, fundocócuto II d C . tolo com sflica romana: teto plano. sem abóbada;
20 colunas corlMlo-romanjs. transeptocontênuo ("romano"! (A); planto
«m T. abade órcutar tem coto (Bi; átrio (C)
Fig. 2: esquama arquilotónic-0 de pkrnta
centrada beant.na (batílca crucitcrmo coro
Cúpula!
Fig 3; esquenia arquitetônico de um» be-
rfiica CttantiM cruatoime com cúpula cen­
CORÍMTIO-ROMANO ORDEM COMPÔSITA trai o cúpulas laterais sobre oa braços da
croí Planta em cruz com os braços iguais
l"9'oge"). Cúpula» laterais (Ol; cúpula pnr>-
doai (central) (D.

14 15
Em Ravena <il. abaixo) constroem-se basílicas romanas sem tran-
■scpto c postcriornicntc dotadas dc pastofórios bizantinos, semelhan­
tes aos edifícios bizantinos de planta centrada.

cr<pta c-rcutór sob o banco sacer­


dotal do pretbilóro <P>

pastofdrioc. formados por prótocec iPr) o


dlacfinlco (01).

IGREJAS PAlEOCRisrAs À esquerda: Rsvsna, sento AoolIMrto m Classe, 535-49. Com


tré» r>Bv*8 BesfiC» sobro coluno® com arpurvoHo». sem tramopto (redução do esquema
remsno. cfr. p. 1S*). cripta circular 0« pstsofório® aSo de 4poc* posterior. A déelte: Ra­
vena, S3o Vitaf. 522-47. Conx>3e-se ce sete exedras entre o espaço central e o deamtxr
lotírio, o de orcodos no» do>s ondoros A cúpul# e»té opeodo cm ônforo». Modelo pare
a Capela do Palác-o Imperial de Aachen Cepitóis bitantinos em forma de cesta com sai mel
Rotundi caroifrigis Fulda. Sl Michae’. c. 822. plano superior, sôc. XI.

ARQUITETURA CAROLÍNG1A E OTÔNICA

Com o intuito de criar um grande império c unificar política e cultu­


ralmente o Ocidente sob o domínio germânico, Carlos Magno
(768-814) incorpora o patrimônio polílico, espiritual e artístico da An­
tiguidade tardia às culturas pakocristàs c alernàs.
As esferas cortesâs, eclesiásticas e monásticas de estirpe germânica
se apoderam progressivamente da linguagem formal do fim da Anti­
guidade (o chamado “Renascimento carolíngio"): adotam-se para os
edifícios de pedra paredes compactas e de forma cübica, de planta
centrada (v. Edifício centralizado) românico-bizantina. além de nu­
merosos elementos formais de várias proveniôndas (as colunas da Ca­
pela Palatina de Aachen foram, por exemplo, trazidas de Ravcna).
Além disso, desenvolve-se posteriormente a basílica (v.) palcocristã
sobre colunas. A fachada voltada para oeste (il. pág. 20) é, por outro
lado, uma criação própria dos francos, expressão monumental da
união da Igreja c do Estado. Dos palácios, permanecem apenas mo-

17
destos vestígios; tampouco'restaram verdadeiras esculturas; porém,
abundam os relevos em marfim e objetos de metais preciosos, e, nas
igrejas c nos conventos, miniaturas c afrescos de pessoas cm estado
de êxtase religioso.
Nascem, assim, na época carolíngia os pressupostos da arte ociden­
tal européia, arte que só irá obter uma cena autonomia no inicio do
novo milênio, após a divisão do imenso império dos francos pelos
sucessores de Carlos Magno cm um reino franco-ocidcntal e outro
oriental (este, em seguida, se tomará o Império Germânico). De três
poderosos imperadores germânicos deriva o nome do período. ,'Otõ-
nico”, que na Alemanha precede o Românico.
A igreja de St. Michael de Hildcshcim representa a construção mais A ütauürda pumta lonQdudrud : (andas ínfanarnc (Al; prwbc cuperoroc (81. À duaiu: planta
centrada: abóbada em cúpUa com oito oiesus <C>; trfcuna com ueno imperial tO); Coam-
importante desse periodo, pois transformou completamente muito do biZatõrio (£1.
que havia sido emprestado da Antiguidade. Nela estão visíveis todas
as características essenciais do Românico: maciças torres centrais que
cobrem o cruzeiro do transepto, claramente delimitado, torres com
escadas cm caracol nos lados do transepto; o cruzeiro do transepto
á tomado como modelo para a planta de toda a construção, e ao co­
ro oriental é acrescentado um outro, do lado ocidental A cripta (v.),
colocada sob o coro (v.). obriga a elevação do chão. Neste e nos ou­
tros espaços adjacentes preflgura-se o teto arqueado, que em seguida
dará às igrejas românicas uma perfeita harmonia entre a carga e os
seus suportes. emprestando-lhes uma maravilhosa solenidade.
Nas suas múltiplas variações, o arco (romano) aparece tanto como
elemento de sustentação como ornamental. Na planta longitudinal,
ele liga colunas e pilares, que, alternados, têm a função de sustentar
A esquerda: Steínbach, Ocenwaid, Basílica de £inharo. 821 Besflica ce pitares com ires
as paredes divisórias (v. Alternância dos suportes); sob forma de ar­ <WVM. Cripta eubtorrSoeo (tracejado) I A). A zona oeste tem estruturo celular; pestofórioa
co de triunfo (v.), divide a nave central do coro, enquanto dá ritmo (BI . A direita. Aach«n. Capela «mperial. odificadJ cx>» volta de 800 baseada no modeto efe
e harmonia às tribunas; finalmente, os frisos em arcos de volta intei­ São Vital em Ravena.

ra entre as inetas-colunas (v.) dão ordem e beleza às paredes extemas.


Na Francônia ocidental, hoje Franca, se desenvolvem duas formas
tato com forro do madaaa
novas de coro: o coro escalonado e o deambulatório com capela ra­ dorestór.o
dial (il. pág. 21). Todavia, nada toma tão estreito, fácil c feliz o pa­
rentesco com os elementos arquitetônicos da Antiguidade como a in­ ateo triunfai

venção do caoitel cúbico, que cm todo o Românico representará a parede dMtóri* com

base para numerosas c imaginativas variações.


inw__________
orcoasn «e valia
inttita_________

entrada da sala
da c/ioto_______

coXjm
em fotma de

Rcchenou Otwze’1, St. Georg, 896-913. basíica de época carofngia tanja de colunas,
com doi coros, coro tacto olovado o recuado. entrada da cripta <v.*> pola n«w control
importantes afrescos murais dos sdeutos X e XI.

18 19
FACHADA OESTE

CAPITÉIS À esquerdo :c«p<tel em forme de


cogumelo (Quedlmburp. 10201; â direda:
capitel com plantas (Grenoitle)

fachada c<«« cr-psa


subwrrlnw

A esquerda: capitei de pearas angulares


{Quodlinburg, inicio do sdcUo IX); ft direi­
ta: captttfcúboco (HUdesbaim. Iniciado sé­
culo XI).

Clrrestóra

tribuno

CORO DcsenvotvKJo r-a Rança: coro esca


lonado (Cluny II. 08!). OeambUatòrio com arcaoas
capelas radiais (Tournus. 950).

Gernrode. igreja do Most»ro. 961-83 Ba


slics com tiibuna, dois coros e ires naves,
attemincia do suportes ronena. criptas
oriental o oddersai. Ortglnalmente, transes»
to oriental continuo.

Cotvev. «jreia do mosteiro. fachadaoeste (873 86), salio térrea coberto pcv uma abóba­
da sob e cepele com triruna e trono imperial. Empontiéwdo. visto paro os altares. Embai­ ALTERNÂNCIA OE SUPORTES. Nodto:re-
xo sacio transversal • vista interna ■ noroeste do andar superior onda to encontra o tro­ nana (pilar-colune, pilar); embaixo: da Bav
no do imperado' fK> «o Soaónio Ipllw-cokxsa coluna pilar)

20 21
to-re lateral fcom escada »’• gsikoO

estratos «rerroOM
ler tu cto auxuiro ocidontal
WanscpTO odrfenwl
tnpt» c«m oet—tnHjlPl.o
_ nave central pintado

t«to pUno <oóc xail___


CiereatdóO---------------------
trancapto «ronua
ttxre rfo crvreirp çrirntfll
<-0/0 n/.xntal

trôuni da cota crur.ial


4t>s<Je

ol oniroinj soperado oc dental; bl c/urrsro aeps/edo oriental; el coro ocidental cim» dtnOe.
ü> cu«o <x>»ntat ia»n abtpde

tJibcr» na <Mtro<n><fc>ao do trantopta

Hicesnerr. St. Micnael. 1010-33. t>a$raca o* dos corot com atterninci» de colunas e
picvac da Baixa Saxônu» 1 laomatna. e’ata ditpo&çào dau par toe maciça* do edifício. 2
interior voltado para o toste. 3 a n»ve centrai o f<xmad.j por ves cruzem da mesma a-
tnontio doa cruxavos aaptwadoe 4, 6 Cripta 6 Corte longitudinal do cripta

22
Galeria de stcídas rooiânica Scrroüone. SU da França abatí*. <*c. XI.

ROMÂNICO

O homem da época romãnica apresenta-se a nós como um homem


simples, hábil no uso das armas, pouco dado às emoções. Em sua
concepção do mundo, o imperador é a personificação da onipotên­
cia divina. As igrejas monumentais, verdadeiras fortalezas dc Deus,
que tanto se parecem com os imponentes e seculares castelos, as ima­
gens dc Cristo crucificado com a coroa dc rei (em lugar da coroa de
espinhos, que será comum somente mais tarde), têm para esse ho­
mem, ainda não influenciado pelas lutas intestinas entre papas e im­
peradores, o mero valor de símbolos. Os camponeses, os artesãos sim­
ples que acompanham o seu senhor nas expedições militares c nas cru­
zadas. formam o esmaecido pano dc fundo sobre o qual o príncipe,
em todo o seu esplendor e potência, resplandece ainda mais. Eles não
têm nenhum acesso à política nem à criação de um patrimônio cultu­
ral duradouro, assuntos estes apenas dc nobres e monges.

23
Nos castelos, os Minnesanger cantam suas canções e propagam as sa­ EVOLUÇÃO DO ROMÂNICO
gas de Siegfricd c Gudrun. Nas igrejas dos mosteiros ecoam os can­ tnso com arcos
_ de volta todonda
tos gregorianos dos monges. Entre eles, há sábios mestres c conse­ Ql|----- lorrm laterac teto plano
lheiros dc reis c imperadores. Conhecem à perfeição tanto os segre­ __ Ir»«o <to criuerro
dos da guerra quanto os da produção artística, sabem pacientemente fltienas anh» meiaotAna
_ «noe-ooiimo
dispor uma palavra após outra cm pergaminhos c ornamentá-las com _kX»"U
preciosas iluminuras. Sâo os mestres-de-obras das catedrais de har­ _ oosio
eresd» co0«
moniosas proporções e de igrejas fortificadas, e é deles o mérito do _ Janela caciZ*'
tr<x>r>«
sistema de tramos quadri partidos (v.), que subordina as medidas da base _ pnala com *ca
de volto redondo arcada do volta
da construção à do cruzeiro do transepto. Unem com arcos os lados nterre_______
da nave central, cobrem-na com imponentes abóbadas dc berço ou capitel------------
-niraaorso pitai----------------
luniformes e, a partir do século XII. estendem sobre ela uma rede crWuna_______
7/.1MI ______ abóbada de arestas
de nervuras curvas, através das quais a carga da pesada abóbada re­ cierestooo
cai sobre as colunas. Esses homens sào os canteiros, que dão ao anti­ arco larialvrSnd
Nonrianaia. 1000
go capitel as rudes formas do Norte; que colocam, ao lado dos aroos
redondos dos portais, estátuas de santos de serena dignidade, coroan­ ____ trornsu
do-os com o Juízo Final. Dc suas màos nascem os grandiosos afres­ ____ COrn.jo
anuo
cos nas partes altas das naves e nas criptas; também criam as grades
mm co\>n<
do coro (v.«) e as paredes divisórias (v.*), que separam o clero e os
laicos. Ccrtamcntc erigem ainda o arco dc volta inteira característico
da Roma Antiga, da qual provém o nome desse período. Mas nada atxdo oriental
pode resultar mais distante do estilo itálico do que as imponentes torres
(às vezes, seis c ate mais) que. no Norte da Europa, se erguem sobre extrenvdade
ô cruzeiro do transepto e se contrapõem às formas maciças do corpo
cucular
5
central. Somente no século X VIII é que aumentará a participação dos
laicos na construção dos edifícios religiosos.
Os mosteiros tornam-se cada vez mais ricos, seus tesouros em ouro
e prata trabalhados artisticamente cada vez mais numerosos, mais faus-
tosos os ornamentos e as esculturas que florescem nos portais e nas
igrejas, enquanto máscaras e animais ein pedra habitam os capitéis. Catmlrai de Worms. sécdos XU-XIII. Siste­
ma vinculado
Em consequência, chcga-sc no século X à severa exigência, por parte
do monastério francês de Cluny, de moderação e de retorno às anti­
gas formas de simplicidade monástica.
Porém, enquanto, até o ano 1200. cerca de mil e quinhentas abadias
e conventos europeus aderem ao espírito dessa reforma, a França in­
teira emprega, já no século XII. arcos ogivais c contrafortes, que sc
tornarão característicos do período seguinte, o Gótico.

CORO Do esquerda oara a direita • do sito CAPITÉIS. Da acquetda para a direita o do


para baixo: coro escalonado: coro Oo tr»s aito para baixo: capitei cütrco. capitei de
absides; coro de remato ratUneo; coro po flauta; capitel historiado; capitel com fi^j
Caoítel cúbico de patetas. Pautnzell». mi­ Baonai; aeamtiuietório com Cdprtas radia», ras at animais; capitei de oaimetas: capitel
co do ateuto XII. aocidos no transepto. em forma da cdüco

24 25
ESTRUTURAÇÃO DA PAREDE

A esquerda: Catedral do Speycr. »nic>ada «n 1050 (coberta apenas «m 10901: no centro:


Catedral do Worms, após 1181.-* direita. Límburg, completada em 1235. tranKçáo para
o Gótico»

CÚPULAS. A esquerda: Cúpula de trompas


(T trompa. Kl abóbada de arco do claustro):
A direito: abóbada do pendentes aefáricos
com tambor (Tb) o pendentes (P>

ABÓBADAS. No a>to: abóbada do borco <K


mtradorso ou unba. W extradorso); abóba
da de berço com faixas. Embaixo: abóbada
de arestas: abóbada de cruzaria de ogivas.

ESCOLAS ARQUITETÔNICAS. Esto termo, boje raramente utilizado, indica um esquema


arquitetônico, cujas características mais importantes ocorrem num grupo limitado do ed>
flc-os. Tais construções podem, a) pertencer a uma determ-nada região geográfica (p. ex.
igrejas com galerias superiores, pág 28. n 5); b) derivar de uma ordem política, eclesiás­
tica ou Stúrgica (v. Reforma de Hirsau*).
O sou gradual aparec>monto numa regiáo náo exclui a permanánoa. ou mesmo a prepon
deráncia numórica de outros modelos arquitetônicos. Assim, no Aquitán-a. por exemplo
In. 7). ao lado das •gretas dc cúpulas (60). difundidas nessa regiáo ma»s do que em qual­
PORTAL Aries. St-Tropbtme. sóc. XII. Por­ quer outra, sobrevivem tambám importantes igrejas salgo e de nave única com abóbada
tal românico tardio de excepcionai estrutu­ de berço; no Sul da França, as inúmeras tlpcas igrejas de nave única coexistem com im­
ra arqu-tetón.c*. a) arquivolta: b) introdor- portantes igrejas saiáo dotados de tribunas e basOicas.
so do arco hístonado; c) tímpano com Cris­ Todo cânone construtivo permite, portanto, numerosas variantes, produto do pouco rigor
to Pantocrator; d) arquitravo; e) estátuas na superv.sáo na construçáo de edifícios (v. Arquitetura c*sterc*nse *) ou do respeito ás
com voamonto; H umbral da porta; g) colu­ tradcôes arquitetônicas locais (v. Reforma do Hirsau). (Os números nas plantas remetem
Sistema de abóbadas da nave central nata da porta. á numeraçáo da página seguinte.)

26 27
Escolas arquitetônicas romAnicas
V Mapa da pógma 27
1 BAIXO RENO
basífcca
tribuna
sistema de tramos quadrados
estruturaçéo em três abs«des
pequena galeria
• Colônia. Igreja dos Santos Apóstolos, «ru­
çada na priméra metade do sécuki XI. cor
to do transepto. Para o exterior v Arcada’

2 ALTO RENO
basCica
sistema do tramos quadrados
arcos de volta inteira e arcos ogivai»
• Roshe>m. St P-erre e St Paul. séc XII,
planta.
• Sigotsheim. séc XI». corto.

3 NORMANDIA
basílica com tnbuna
coro escalonado
• Caen $t-Et«onne. séc Xl-XIt.
Interior: v. f-gura A direita no a>to

4 BORGONHA
bav*>ce
abóbada de borco og>vai
arcos de votta inteira e og>vas
coro esc^onado
igual comprimento dos tramos na nave cen
trai e nas latora-s
• Autun. St Lazaro. séc XII

5 AUVERGNE
Igreja com galerias superiores
transepto altoado
coro com deambulatório e capotas radiai»
• Clermont-Ferrand. Notre-Dame-du-Port.
séc. XII
Exterior: v. figura 4 direita no meio

6 POITOU
Igreja de nave» escalonadas
abóbada do berço
• St. Savm. igteja da abadia, c 1100
• Poitiers, Not'e-Dame-la-Grande. v. figu­
ra à direita embaixo

7 AQUITANIA
igreja do cúpula
1 a 3 naves
• Angouléme, St. Pierre. c. 1170

8 PROVÉNÇA
basAca
novo alta e estreita Ptanta longtudmal (lUlia centrai e SicO«a). A esquerda, no alto e no centro: Pisa. Catedral,
abóbada de berço ogiva: 1063-1129 0as‘>ca do colunas, teto piano, onco naves, transepto. tnbuna de duas na­
• Artes. St. Trophlme. séc. XII. ves Arcos c entalhes de mármore da fachada que remonta ao séc. XIII. embaixo: Veneza.
Portal na pég 26’; capitel historiado na Sio Marcos, sécs. XI-XVI BasAca de planta cruoformo e cúpulas segundo modelo bizan­
pég 25’ tino. com elementos romémcos e góticos À direita, no alto: Cefaiu. Catedral, iniciada em
1131. Arcos cegos "normandos". or«gmados do cruzamento de arcos og-va«s; no centro
9 SUL E SUDESTE DA FRANÇA Po-tiers. Notro Damo-la Grande, primeira o ombaixo: Catedral do Monzeale (Sicilial. mic>ada em 1174. Os mosaicos do pavimento
igreja do nave único, igreja de pitastra metade do século XII. rico» suportes e de e das paredes internas seguem a tradiçéo dos bizantinos da $ic2<a. vencidos pelos nor­
• St Gabriel. séc. XII. corações mandos em 1030.

28 29
Arcobotantc gérico. Chartre*. Catedral, c. 1200.

GÓTICO

Nas longas lutas entre império e papado, rompe*sc a unidade entre


Igreja c Estado. Os príncipes se aliam contra o imperador. O prima­
do político da Alemanha se desfaz sob os últimos soberanos Hohcns-
taufen c termina cm 1250 com a morte dc Frederico II c com o "In-
terregnum”, um período sem imperadores. As lutas entre príncipes
c os ataques dc salteadores aterrorizam o povo. As pessoas fogem
dos campos para as cidades, protcgem-sc com grossas muralhas,
organizam-sc rigidamente (nas corporações), estreitam as alianças com
A esquerdo, no ••to: SMithw*il. C«todrol. torre do cruzei'0 com »rco» og-vo.» normondoi: outras cidades (Liga Asiática), visam ao próprio crescimento cultu­
no centro • embaixo: Petertxxougn. Catedral, iniciada tm 11) 8 Parede oca. com um cor­ ral c. pouco a pouco, adquirem uma forma dc orgulho citadino. No
redor frente oo derestóno e pelo trifdrio em forma de tribuna. (A: Lady Cnopel. c. 1500.)
Frisos em jifluwaoue e eépité^* da fiauu Uo típ.co* d* arte no.mondo À dire.ta; plama entanto, a Igreja continua mantendo a sua indiscutível autoridade na
centrada. Oo o'to para baixo: Segóvt». Capela do Vera Cruz do» TempUrio». 1208 O edi cidade e na vida das pessoas. A ela pertencem os maiores espíritos
f(c«o de do«» andarei é do pienta centrada de 12 iodo*. Tré» atn-de» orientei», torre da
época tepu-nte A igreja do Sepulcro do Jerusalém e a Capela tmperia: de Aachen (p*g
da época: Sào Francisco. Alberto Magno c Santo Tomás dc Aquino.
19*1 »4o retomada» de diferente* forma» na» con»truçôe» roménica» de planta centrada A vida espiritual é guiada pela Escolástica. Aqueles que passam a fa­
(batistério. capela*, igre;as) zer parte dc uma ordem aprendem, nas escolas dos conventos, as sete

30 31
artes liberais (v.)ea agricultura. Franciscanos c dominicanos cons­
tróem igrejas para pregarem ao povo (v. Ordens mendicantes, igrejas*)
e. em meio aos horrores provocados pelas pestes, pedem que se ren­
da “maior glória a Deus” e à Igreja.
Uma nova luz ilumina a França, que. após o fim do império, se im­
põe política c culturalmcntc à Europa.
Esse espírito de época, tão transformado política e intelectualmente,
plasma um novo estilo, que também nasce na França. Já na metade
do século XII, os mestres-de-obras franceses conseguem a engenhosa
fusão de duas técnicas arquitetônicas conhecidas há muito tempo, que
plasmarão o perfil desse novo estilo e darão solidez às suas realizações:
I. O arco ogival livra os arquitetos das dificuldades da abóbada de
planta quadrada:
2. Não são mais as paredes que recebem o peso do teto c das abóba­ ABÓBADA. Oa esquerda par» • direita a do alto pata baixo: abóbada de cruzana com seis
das: o delgado esqueleto dos contrafortes (v. •) que prolongam as ner­ atestas: abóoada do cruzaria com quatro arestas: abóbada estre>ada. abóbada de i.ornes;
abóbada cilíndrica em formo de colmóia; abóbada do toque ou corola. abóbada poi nervo
vuras, das meias-colunas (v.*) c dos arcobotantcs transfere a carga pa­ do. com t«M entrelaçados: abóbada retieulada.
ra os contrafortes externos (il. pág. 34)*. Dessa forma, as muralhas
se tornam supérfluas. No lugar delas, enormes janelas estendem seus
vitrais coloridos de um pilar a outro, clevando-sc até as abóbadas.
O edifício fica cada vez mais alto, cada vez maior: o volume ganha PORTAL
do pesadume da pedra.
Em cada país, o Gótico assume uma marca própria. Na França, são
as fachadas ocidentais de duas torres ornadas de rosáccas, o trifório
(v.) c a abundante estatuária. Na Alemanha (onde, ainda até o final
do século XIII. constrói-se em estilo românico), prefere-se a torre cen­ lanela do roloeoo
tral pontiaguda, com um ousado coruchéu rendilhado, enquanto no
Norte do país se modelam os tijolos segundo formas góticas (v. Tijo­
lo. construção cm*). As abóbadas inglesas tecem as suas fantasiosas
filigranas acima das naves. Algumas igrejas espanholas, cm parte edi-
ficadas sobre os fundamentos de mesquitas de estilo mourisco (Sevi-
Iha, il. pág. 40), tendem a uma estrutura extraordinariamente ampla. o-Mculo
No Gótico tardio, a basílica se diferencia muito da igreja-salào (An- frontío ornamental
md-thsdo
naberg, il. pág. 39) c da igreja de nave única (Albi, Vinccnncs, il. pág.
39; Cambridge, il. pág. 40). Somente a Itália, herdeira do Classicis-
mo. é contra o novo estilo; sem compreendê-lo. considera-o bárba­
ro. No entanto, na Espanha, nas lojas (v.) da França c das cidades a>co o^vai
ao Norte dos Alpes, uma estranha mescla de misticismo religioso e srquivolta
orgulho civil, de medo do Inferno e de vontade, não despreocupada, historiado

de sobreviver à própria expressão pode-se perceber seja através da


imensidão das catedrais, seja na altura, nada ousada até então, das tímpano com
roto vos
suas abóbadas e das suas torres arrojadas, seja nas curvas sinuosas
e plenas de devoção das esculturas, ricas de dobras e de membros frá­ voamonto com CAPITÉIS. MOOUHÔES. Da esquerda para
I-Ouras a direita e do alto para baixo: capitei do bul­
geis. Essa sensação aflora na bizarra c poderosa fantasia das quime­ coiuMta bo (Gótico primitivo); capitei com pratos
ras e das gárgulas, assim como, por exemplo, no ”Eccc Homo” cm do portai (Gótico primitivo inplós); capitel com folha-
que o Cristo coroado de espinhos é, ao mesmo tempo, símbolo das çem (Gótico tardio); capitel em forma de eó
Ke sobre uma meia-coluna; rnlsuta com
angústias e das esperanças do homem desse tempo. Vâo de portal. Catedral de Estrasburoo. ostótua. c 1385; mlsula com mascar4o o
séc XIII. folheçem. séc. XIII.

32 33
ARCOS 1 arco ogrvai. abatido. reoaxado: 2 normal. equiiâtero. 3 do volta elevada, arco
de lanceta 4 arto tríiobado ou de três centro», redondo. 5 arco do ponta. 6 arco fiamejan
te: 7 arco de lombo de atno; 8 arco flameiante (GótKO .ngiê» tardio); 9 10 arco» com den
tícuki». 11 arco de Intel, 12 arco Tudo-

CONTRAFORTES

pmêcuio_______

abóbada
de

arcobotante

clero»tó<io

RENOILHAOOS Oad reita para a esquerda


e do alto para baixo: Gótico primitivo (ren 4'cacai
dilhado negativo, Chartre». C. 1200. ronde janela»
lhado posit/vo, Re<ms, sêç Xl«|; Alto
GÓTICO PRIMITIVO (França e Alemanha) Pari». Notre-Oam», 1163-1240. 8asAica com
Irendiihado geométrico. Eríurt, 1360. ren- pilar <a»c>cuiado
tribuna dc três nave» Capela» de 1225 A» meias-colunat <jue sustentam a abóbada bo-
dilhado "ravonnant". Erturt, 1500); Góti­
xapartida se apóiam em pilares redondos Fachada estruturada honrontal e verticalmente
co tardio (e»tiio Fiambovant, Stuttgart, Duas torres Contrafortes. A d re ta: Marburg. St Elisabeth. 1235 83. a pr.meúa igreia
1480. estilo Perpendicular. G'oucester. Contraforte» e trífóno. estrutura da parede inteiramento gótica da Alemanha Igri^a de trós nave» e coro polgon»! de três abs-des.
1349) Amiens. 1220-69 paredes divididas em duas faixas, abóbada de quatro arestas Fachadas com duas torres.

34
35
_ vestibvlo sob » torra

GÓTlCO PRIMITIVO Ungleterra • It4ha>. A esquerda Saiisbury. Catedral. 1220-59. “Eariy ALTO GOTICO (Franca e Alemanha). A esquerda: Aemi, Catedral. 1211-1311 Basftrca
Eng><*h" Torre alta central, abóbadas de quatro aresta», parede» de vê» fa-xa» com trWô-
o vensepto de três naves Oeambulatórro com capetas rad.als Fachadas com duas torres
tK> em forma de tribuna e passagem elevada. Transepto duplo, sal» capitular octogonal com r>ca decoracêo Precrosos vítrars pintado» Pr.me>ra* janelas rendrlhadas A direita
com abóbada» em forma do corda A deita: Siena. Catedral, c 1300. Inserçóe» de mâr- Friburgo. Breisgau. Catedral 1190 1513. corpo tongítudnal entre 1220e 1260. transep
mote color -do. chio de mosaico. Arcobotantes no teto Arcos d» volte Inteira e ogivais to redundo Torre única "alem*" com corucbêu rend-ihado, 1260 1350 Coro basilical.
Carecterfstrce* pró-renascentista» apesar dos elementos góticos deambuietórlo o capelas redrai» de 1350

36 37
GÓTICO TARDIO (França e Alemanha) A esquerda. no alio o no centro: Vmeennet. Cha­
ALTO GÓTICO lingiatwra "Oecorated" e Espanha) A esquerda. no <*hoe no mwo: York. pe* Royaio. 1379 1552 igreja do nave única baseada na Saínte-Chopelie do Pari»; em­
Catedral. Mc*. XIII-XV, 147 metro» de comprimento Coro ma-or do que o corpo longitu­ baixo: Albi. Catedral. 1282-1390. Igreja do novo única com capetas de ópocas seguinte»,
dinal. t'ansopto do tris nave* Abóboda do iiornes: omboixo: Lincoln, Catedral. sala cap> vonttruída» entre os contrafortes mtemos A o-reda: Annaberg. Annenkirche. 1499 1520
tuiar de dez lado*. 1220 35. abóbada em corola À d-reíto: Burgo». Catedral. ba»â«ca do As nervura» da abóbada se separam dos p4aros num movimento etpiralado para se entre­
tré» nave* togando o modelo francó». com transeoto do nave úmco. doambuiatórto. cope laçarem de forma sinuosa A chamada "Porta Be*" i coroada por uma mltulo. rlcamente
ias redra* OecoracSo ptateresca Torre com coruchóu rendiibado "alemão". ornada com forma* e figuras humanas, de 1512

38 39
t

Crurexo renascentista MAntua. S Andréa, tm*l do o4c. XV. Albert.

RENASCIMENTO
Sob a proteção das cidades, prosperam o comércio c o artesanato,
amadurecem novas descobertas: a pólvora, a imprensa, o mapa-múndi
e o relógio. Aventureiros que descobrem novas terras, cientistas que
se aproximam das leis da natureza fornecem uma imagem crítica do
novo mundo. Nas universidades, a nova geração '‘humanista” afina
o próprio intelecto, adquire uma nova liberdade espiritual dc alcance
mundial que a idade gótica, rigorosamente ligada à Igreja, nào esta­
va cm condições dc alcançar. A pátria de caráter citadino-corporativo
torna-se demasiado estreita, a condição do cidadão, demasiado limi­
tada. A personalidade se rebela contra a uniformização. Segura de
GÓTICO TAKOIOdnglaierií "Peipírxltulflr", Eipanha e Portufjol) A esquente: Gamíxid- si, critica o modo dc viver da idade gótica, a sua escrita deselegante,
g«. K»ng’»Co':«g« Chapai. 1446 1515, Igtejftd» nove úmcada 81 metro» d» comprxnen
to A inhamento <j« 12 tramo» com «bóbacla* om corou Colunoto* entre »« tanclo» e 0» a pesada língua alemã e até mesmo a ambiguidade da Igreja.
poredet <’‘P«tp«ndictAor Style") Divisória em madeira com órgSo. de 1686 A doeita. no Configura-se a imagem do reformador, que transformará radicalmente
o’to • no centro: ScviiM. Catedral. 1402 1506 Batuco de cinco nave» com capela» late-
ra.». sobro s» base» do um» me»ouit». embaixo: Belém perto de Liaboo. Convento do* Je-
0 seu tempo. Nào surpreende, portanto, que. para terminar as cate­
rór.mo* no faustoto estilo manuelmo SéCiXO XVI drais góticas, contratem-se operários dc toda parte. A construção dc

40 41
ricas residências c prédios municipais atesta cada vez mais claramen-
tc a rccém-adquirida consciência do burguês de formação humanis­
ta. que substitui os eclesiásticos como fonte de cultura. A imagem
desse novo homem se propaga cm numerosos retratos, pela primeira
vez na história do Ocidente. A Antiguidade romana é o modelo e o
estímulo para a •'idade de ouro” com que os humanistas sonham c
na qual o homem deve ser "a medida de todas as coisas”.
Por isso o homem culto fala em latim, escreve com a "amiga escri­
ta", a "romana”, por isso os artistas buscam na figura humana as
proporções ideais c assinam orgulhosamente as suas obras com o seu
nome. O anonimato das obras góticas terminou, o artista não é mais
um servo, mas um senhor. Estes novos ventos chegam da Itália, on­
de os déspotas dominam as cidades-cstados, c, em Roma, os papas
do Renascimento dirigem-se ao inundo inteiro. Eles estão rodeados
dos espíritos mais esclarecidos do seu tempo. Jamais uma época con­
seguira reunir tantos e tão geniais: poetas, pintores, escultores, entre
os quais os mundialmente reconhecidos Leonardo da Vinci, Miche-
langelo. Bramante. Alberti. Na Itália, são também recuperadas c re­
novadas as formas nobres c rigorosamente proporcionais dos anti­
gos templos. O pilar gótico tardio sem base c capitel é substituído
pela ordem clássica: a abóbaba de nervuras torna-se novamente de JANELAS 1) arco do voltn mie-ra. revestimento de pedra aparada. 2) bossapem inserida
na superfície de parede: 31 tímpano triangular. 4) tímpano ombredo; 51 corrvja ho<uonta>:
berço, sustentada por imponentes arcos de abóbada: o arco ogival BI bossagom maneinsta. Nurembero. 7l janela de caix.no em cruz. Orlians 81 cUrebó.n
cede o lugar ao de volta inteira, enquanto os pórticos c o frontâo pla­ francesa. Ambc.se
no ressuscitam a fachada antiga.
No entanto, os arquitetos alemães e holandeses geralmente não en­
tendem esse projeto de renovação. A maioria deles nunca viu a Itá­
lia. nem as construções de estilo clássico antigo ou renascentista. Das
gravuras cm cobre e das iluminuras dos livros tiram os motivos orna­
mentais que transformam com imaginação (rolos, formas helicodais;
v. Guarneciinentos. Estilo Floris. Mancirismo) e com eles adornam
as fachadas das casas nas suas cidades, cujos frontões de gradinata
não podiam esconder a sua origem gótica. Raramente estiveram em
condições de recriar as formas puras do Renascimento italiano.

CÚPULAS E TORPES À esquerda. cúpula sobre chave de abóbada com tambot 4um>nado
(Veneza. > Redentore. 1513-29. Paiiad-o). caloto dup-a de <xto «restas com lanterna, tor­
re quadrada, bossagem (Aschaffenourg. Castelo. 1605 14). deco<aç*o com elementos
Meda bío de terracota. Pâwa. Cartosa. iní cl4s.*»cos: cokinas lónrcas. frontâo triangvlar. logg<a. etc (Amsterdã. Zuvderkcrk. 1614.
cio do s«c XVI, Oelia Rotrtxa Maneirrsmol

43
Itália
O modelo arquitetônico ideal para as igrejas renascentistas é o edifí­
cio de planta centrada (v. figs. I. 2, 3), coberto por uma cúpula. Os
componentes fundamentais dessa planta são a cruz grega, o quadra­
do, o círculo e as suas intersccções. Mas as obrigações litúrgicas exi­
gem a planta longitudinal, que está presente, por exemplo, na basíli­
ca. A síntese dessas duas exigências conduz a três princípios arquite­
tônicos:
1. — lado leste de planta centrada com ou sem cúpula
— corpo central acrescido dc teto plano ou cúpula de berço (figs.
I, exceto quando orientada para oeste, e 4);
2. Como I.. exceto para as três naves laterais, substituídas por cape­
las nào comunicantes entre si (figs. 5 c 7; v. Igreja dc pilastras*):
3. Alinhamento de estruturas centralizadas de três naves, típico so­
bretudo dc Pádua c Veneza (fig. 6).
As fachadas são desenvolvidas sempre com maior harmonia c plasti­
cidade. com colunas e pilastras (v. •). revestimentos de bossagem. ja-

CAPITÉIS E COLUNAS. A esquerdo. no alto: capitel de grotesco* com astrigalo o folha


gem. cap-tei com voiuta». cesto canelado; embaixo: capitel fantasia ICupido. ov*cu*o>. fo
lha* ondulada*, acanto): coluna dOnca romana coroada por entablomento « imposta A
o reita, coluno com broceMte*. fmamonte decorada França. 1 564. coluno vonez^na com
capitel fantasia e base decorada; coluna de candelabro. decoroçJo cem motivos rústico*

PUnta centrada Fig 1 Roma. San Pietro. A esquerda: planta centrada. 1546 64. Michetan
gelo. A direita: com o corpo longitudinal aumentado na época barroca. 1607-26. Moderna
trontio triangular
concha
eniablamento
ma*car*o

chave de abdbad*
orno montada
arco da volta inteira
ordem clássico
ijônca na •■gural
Mlaustrada

coOjna canelada

16 coluna*-------
ddricai romana*
P«íe»t*i com
gua^nec mentos bate de trí»
degrau*
tmodeto

A c*que'da: Fig 2 Roma. San Pietro in Montorío ("Tempctto"), 1502, Bramante Edifí­
PORTAl Portai reoatcent.sta alemio. me*- ORNATOS MANEIRISTAS U matcaMo cio circular com cúpula, cornuo baseada em modelo» antigo», galeria com balaustrada na
da de elemento* clàs*.co» e maneiritta* com ro>o*. astHo Ror<s, 1580; 21 decoração parte superior. b d-'eita: Fig 3. Todi. Santo Mana da Consolaçéo. 1508-1608. Escola de
1604. de orelha e cartilogen». séc XVII; 31 carte Bramante O edifício da quatro abs.de* é o mal* característico entre o» de planta centrada
Ia. com guamiçôe» e rolo», 1610 do Alto Rena*c<mento

44 45
nelas com frontào triangular ou arqueado (il. pág. 43). Ressaltos (v*.). Alemanha
pronau c interrupções (v. Cornijas’) aumentam o efeito plástico dos A presença dc numerosas igrejas medievais satisfaz amplamente a ne­
edifícios. As imponentes cúpulas (il. pág. 43) apóiam-sc solidamente cessidade da época renascentista. As novas igrejas sc encontram so­
num tambor e são rematadas por uma lanterna. bretudo em cidades recentes (como Freudenstadt) e adquirem o as­
pecto dc igrejas palatinas (Munique*) ou dc capelas dc castelo (Lie-
benstein e Augustusburg*). A preferência dada aos abundantes or­
namentos manciristas contrasta, no entanto, com o límpido classicis-
mo dos modelos italianos (Licbcnstcin. cf. lambem pág. 84).
França
Na França, as igrejas renascentistas sào ainda mais raras. O primiti­
vo aspecto gótico das fachadas é transformado com o acréscimo de
elementos de estilo renascentista italiano (Dijon*), ou, então, facha­
das de caráter rigorosamente clássico são superpostas às igrejas góti­
cas (Paris, St-Gervais. dc 1616, transição para o Barroco).
Países Baixos
No exuberante estilo nacional conflucm detalhes góticos c clássicos,
o mancirista Estilo Floris (v.). a alternância dc pedra lavrada branca
Planta longitudinal A esquerda; Fig 4. Rorença. Santo Spitito, iniòada em 1436. Brunel- c tijolo vermelho. As sóbrias e simples igrejas de Hendrik de Keyser
lesch, Projetada como construcio de planta centrada de cúpula. de quatro cruzeéos e com cm Amsterdã* sc propagam até a Dinamarca c Dantzig.
nave* laterai» circundantes, A qual Io» acrescentado um corpo longitudinal. al IrontSo trian
guiar, b) cornija. c) vduto». d) nichos; •) corn^a saliente. <1 frontSo duplo (cimbrado e tnan
guiari; g) paro* de piastra» em doi* andares. Espanha
A Espanha apresenta duas correntes:
I. O estilo platcrcsco (v.), um gênero dc decoração tipicamente espa­
nhol. que apresenta grande quantidade de esculturas;
2. O ascético e desadornado estilo •‘Desornamentado’’, clássico-ar-
caizantc. utilizado por Hcrrcra durante o reino dc Felipe II.

Fig 6 Mântua, S Andréa. 1472. Alberti. circular

de

abóbada CiUnonca
com lacunório»
na nave centra:
abóbsda de barço
transversal sobre
a tribuna
■oggia com
OttStua»
ótico
cornça
»*i«nte

abóbada de berço
transversal sobre
a capela
A esquerda Fig 6 Veneze. San Solvatore. miexada em 1507. lombar*. Sírio de cúpula», Munique. igreja jesuíta de St Michael lateral
cada uma circundada por quatro cúpula» menores, transepto e 4 abóbada» estreita» de 1582-97, Sustos e MKor; ConttruçAo pró
berço transversal, com cornija» Coro de tré» abside*. A direita: F>g. 7. Roma, CNesa dei barroca que na Alemanha mais ngndicati
Gesú. 1568-75. Vignola; fachada De.-a Porta Igreja depila»tra» semelhante t f>g. S. mas vamente retoma o esquema d» igreja de p.laura canelada
com cúpula o transepto redundo: modelo para numerosas igrejas barrocas. iNo alto: planta I txiastra» (v.) dei Gesú (pâg 4ô*> leorfntia)

46 47
«*Utui de corOMnento

janeu cxcuUf
cíclico
voKit*
tfuarnec mento*

faneU com «rco


carenodo (Góuco tertbo)
D'ia«t>4

corujas

rentfthado gOtico
tardo

cornqa da porta
Ironascantistat

A esquerda; Lobonatotn (Alemanha), Capeta do casteto. 1580. Cimtx* o doco»açdoa mar-


cadomonto renascentistas sobre uma cort»truç*o preexistente do Gdteco tardto; A dtte.to
Duoo (França). St Michei. mico do século XVI Fachada de duas torre*, -nlc-ado na dpoca
QOtica. com decorações renascee>t«sta» adaptados a uma rgrop pót-ca

BARROCO

A Reforma encontrou um clima favorável cm quase toda a Alema­


nha. Todavia, quando foi obrigada a enfrentar uma oposição organi­
zada. correram rios de sangue: no ódio profundo da Guerra dos Cam­
poneses. na histeria dos anabatistas e, mais tarde, no horror sem fim
da Guerra dos Trinta Anos. Obras-primas insubstituíveis foram des­
truídas c. nas igrejas sem ornamento e sem música dos calvinistas,
a Reforma sc enrijeceu na sua própria c fria intolerância.
Por causa disso, no século XVI, a Igreja católica concentrou suas for­
ças. a começar pela Itália, c deu início à Contra-Rcforma. Como seus
propósitos sào reacionários, a sua forma exterior nào exige nenhum
novo estilo. Mas descobre as energias ainda nào utilizadas presentes
A esquerdo: Auoustutburp, Capela do castelo. 1568 73, Van der Meer. Clássica seqúén na evolução das formas renascentistas, que os seus adversários dene­
cia da* orden* (ddríca. jônico) entre as capelas e a tr.txjna; abóbada com decoracóos mo
no-r.»tas; A d.re-ta: Amsterd» (Holanda). Westerkerk. 1620. de Keyser. Ptanta o sobreie
grirão mais tarde, dando-lhes o nome pejorativo dc “barrocas". A
vaçao de estrutura rf$KJa: dois transepto*. coro abatrdo. torre de sois andares T.jolo con essência dessa nova arquitetura é a representação c ela vai. inebrian-
trastondo com a pedra lavrada branco.
temente, invadir a Europa.

48
49
Ela entusiasma as cones principescas dos numerosos monarcas abso-
lutistas europeus, é utilizada com exuberância em castelos c parques
dc dimensões gigantescas c multiplica sua pompa no espelho dc pe­
quenos lagos artísticos. O Barroco se tornará, por 150 anos, um mo­
delo de vida, que impregna tudo: a escultura c a pintura, que se inte­
gram sem transição nem dificuldades à arquitetura; a música, que con­
fere ás cerimônias principescas c religiosas um sumo esplendor; o mo­
biliário. o vestuário, a literatura c até os penteados c o modo dc se
expressar.
Nunca cómo nesse período as celebrações dos príncipes e da Igreja
mostraram tanta unidade. Na Itália, a basílica de Sào Pedro c a igreja
dei Gesú (il. pág. 46) já prenunciam o Barroco. Todos os elementos
do Renascimento reaparecem no Barroco, porém levados ao grau má­
ximo de representação. O circulo, nos edifícios dc planta quadrada,
transforma-se cm elipse, a cúpula do cruzeiro alcança uma notável
imponência. Nas construções dc planta longitudinal, prevalece a abó­
bada dc berço para a nave central. As naves laterais e o transepto
sc reduzem a capelas em forma dc nichos não comunicamos entre si.
mas são importantes do ponto dc vista estático como pés-dircitos (v.)
e como segunda cobertura do espaço (v. Igreja de pilastras*).
A fachada i atribuída uma importância cada vez maior. A sobrepo­
sição dc elementos cscultórios — estátuas, pilares, colunas c pilas­
tras —, a alternância c a mescla dc superfícies dc paredes côncavas
CUPülAS 0» eaavetda para a d-reita « do alio oaia b»ao: abóbada do berço. abóbada
ou convexas conferem-lhe um aspecto alegre c imponente. Parece, do borco com abóbada do p.iv-lhSo, abóboda dc berço com cabeça de pavilhJo:
muitas vezes, o pano de fundo dc um palco de teatro. A superfície abóbada de eíooUe. retanau'at abóbada de esouile. e<tpbc«
plana da fachada sc transforma em ondulações da parede, que vibram
ritmicamente para a frente c para trás, transmitindo os seus movi­
mentos ao espaço interno. No uso refinado da perspectiva, e ate mes­
mo nas ilusões de óptica, os arquitetos competem com os pintores:
tinhas divergentes simulam volumes maiores, a madeira c marmori-
/ada por motivos dc economia, enquanto figuras dc estuque, nos afres­
cos ilusionistas dos tetos, parecem subir impcrceptivclmcntc. Somente
a simetria, cm todo o conjunto do edifício, como em cada detalhe
da mobília, parece rigorosa. Apesar da alegre exuberância, estão sem­
pre presentes figuras e alegorias da ordem divina e da ordem absolu-
tista. (Quando essa ordem se desfaz, durante o Rococó, a assimetria
sc torna significativamente a característica do novo estilo.)
Contudo, o obscurantismo está sempre presente. Leva o nome dc su­
perstição c Inquisição, de bruxas queimadas c dc povo faminto. E.
quando o fanatismo dos deserdados se une ao espírito dos iluminis-
tas. critico para com a.sociedade, a França oferecerá ao mundo o ato
final c sangrento da época barroca: a Revolução.

CUPUlAS E PORTAIS A BMjuerda cúpula com lambo* iTl ilummado e lanterna ll> (Saa-
manca, Cloríca 1614 1755. Mora); à direita: oortal com rica» moldura». porfl côncavo
iPrafla, Convento de Loreto. 1720. 0-entzenho!er>

50 51
re uma importância crescente, c
a forma da sua planta tende ca­
da vez mais para a elipse.

CAP1TÉIS. A cap*tal coríhtio «Roma. $. M m Porvco. 16631: cap<le< d» quatro


taca» sotxe cxUv (S:<Mnft*u»en. 1 730. Rococó); cap.tei do fantasia. eocurvado (W>e»k>r
cha. 1 7$0. Rococó)
Itália
A estrutura de numerosas igrejas
barrocas italianas (igreja dc na­
ve única com abóbada de berço c
rrxxteoMm
capelas em forma de nichos, par­
te leste centralizada com cúpula;
Roma. SanfAndrea delia Valle*)
foi desenvolvida já no Renasci­
mento (v. igreja jesuíta dcl Gesú
cm Roma. pág. 46). O efeito mo­
numental da arquitetura barroca
deriva essencialmente da compa-
cidade e do realce conferidos aos
elementos portantes (pilastras,
colunas, perfil (»•.•) articulado da
fachada c das cornijas). cuja
energia ó conduzida para o alto
e para o altar, o que também se
manifesta na abundante decora­
ção das abóbadas.
Ao mesmo tempo, sobrevive uma
corrente mais estreitamente liga­
da ao Classicismo, que dá conti­
nuidade ao paladianismo (v.) do
Renascimento tardio (Roma, fa­
chada dc San Giovanni in I.ate-
rano, 1733-36).
Muitas vezes as igrejas barrocas
se encontram no centro de mos­
teiros dc enormes dimensões, ou No alto A eiquorda: Roma. Santa Maria de’1j
Poca. 1Ô56-57. CortOdí. FacPadí cOncivo-
se inserem harmoniosamente cm convexa. acima Roma. Sant'Arxjr»a delia
ambientes urbanos constituídos Va»o. 1591-1665. deila Porta • Madema
TORRES A «eouofda: abertura antro »» coluna» e me<as-co>unas (Roma. S Agne*«. 1666); Igreja da pOaatrM <v •> com capela* em for-
por edifícios profanos c palácios. ma da nicho» coroado» por cúpula», corm-
cúpula com voltas <Grú**»u. 1735); calota duplo {St Galion. Cdog.ado. 1 755-67). com-
pAm/a da buDo (lucerna, Igreja dos Jeaulta». 1666-73). O edifício centralizado (v.) adqui­ ja saliente. r»ca decoração

52 53
Alemanha
A Guerra dos Trinta Anos
(1618-48) freara o desenvolvimen­
torre baieada to da Alemanha. Quando ela ter­
am $ant'AQn«M’
minou. foi tarefa, primeiro, dos
W.
MCO______
arquitetos italianos c. logo de­
coluna* e"i
<10.1 and*'»* pois. também dos alemães recu­
pequena
perar o tempo perdido. Os exem­
plos abaixo mostram as fases do
•ama com _
desenvolvimento:
b»t*u*trada 1. Planta rigorosamente longi­
tudinal. originária da Europa me­
ncho*---------
com oitâtua* ridional. (Seedorf*. Munique*),
que. graças ao seu classicismo. se
afirmou sobretudo na França c
no Norte protestante da Europa; —T~)~ '| |
•achada e____
o»paco interno
côncavoconvexo

2. Esquema arquitetônico de Vo-


rarlbcrg (v.*) (Weingartcn*). va-
riaçao da igreja sobre pilastras
(v.*) difundida na Alemanha me­
ridional e na Suíça;
3. Sala única dc planta centrali­
zada. formada, no Rococó ale­
mão meridional, pela uniào de
duas semi-clipses (Steinhausen*);
4. Junção dc uma construção dc
planta central e dc outra dc plan­
ta longitudinal, que é decompos­
ta em partes centralizadas até per­
der totalmente a conformação
original (Vicrzchnheiligen. il. pág.
57).
O Rococó tem especial predileção A e»qve'da. no centro: s'mpiific»çío da es­
trutura da ioroí» de p-iaitra» <v • I dei G»»ú
pelas torres (duas) com cúpulas •Seedorf. Suiçe. 1696 99. C Mooibruq-
muito decoradas, caracierisiica qcí). Acima: Munique. iQieia i®atn« dc St
Cajetan. 1663 67. Bareii Cúpula com um
A esquerda: Roma. SanfAgne»». 1652-77. Ramotói e Borromini Fachada côncava com que prevalece no Sul da Alema­ bor e torre» de tachada, do 2ucc«W,
duas torre» ipíq. 52*1. espaço quadrado sob • cúpula com mcbot no» Angulo». braços nha. como também na pitoresca 1668-90 Fachada de 1767. Cuviuió». A
da cruz dotados do abóbada ciiíndr ca e abs-des A direita, no alto o no centro; Roma. San prime-ra g»e;a com cúpula na Baviera ins­
Cario alie quattro fontooe, 1634-63. 8orrom n embaixo. SanfAndroa al Ounnale. 1658, decoração interna, cada vez me­ pirada na» igrejas jetuftcas. Púlpito do A
Bern.ni. Construçto do duas alas elíptica* opostas. nos clássica (Birnau*). Fa-itenberger

54 55
O Classicismo na França
Desde o início, esteve presente
junto com o Barroco uma corren­
te que estudava mais o classicis-
mo das formas arquitetônicas, se­
gundo o espírito do Renascimen­
to, do que o fausto da decoração.
Esse “Classicismo barroco” foi
particularmentc seguido na Fran­
ça e produziu um estilo "antiita-
liano”. que, embora faustoso e
dc uma solene monumentalidade
(Versalhes), apóia-se também na
racionalidade e nas estruturas
matemáticas (Paris, Dôme des
Invalides*).
Na França, justamente, o termo
“Classicismo” indica o período
compreendido entre I490e 1790.
Suas fases podem ser individua­
lizadas mais claramente na cons­
trução dc castelos do que na de
igrejas. E a igreja que representa
de forma mais intensa aquela ni­
tidez acadêmica c estática que
conscientemente toma distância
do Barroco italiano pertence a um
Ed-flcio co cúpula neocMsoco. St Biatwin. Iprei» <!• convento. 1768-83. de ixn»»d.
castelo: é a capela de Versalhes.

O Barroco inglês
Após o incêndio dc Londres, em DO NEOCLASSICISMO À ARQUITETURA MODERNA
1666, Christophcr Wren constrói
53 igrejas. Dentre elas, a de St.
Paul* simboliza melhor a ligação I - NEOCLASSICISMO
com o Barroco continental, sen­
do por isso incluída entre as mais Classicismo indica, cm sentido amplo, todas as tendências artísticas
bem-sucedidas experiências, na que tomam como modelo a Antiguidade. Em consequência, também
Inglaterra, desse estilo que durou a arquitetura italiana do Renascimento pertence ao Classicismo. Na
cerca de 60 anos. França c no Norte protestante da Europa, a corrente classicista, que
retoma com frequência Palladio, permanece ativa também no Barro­
O Barroco espanhol co, tanto que na Inglaterra, por exemplo, dificilmente se poderia fa­
No atto e no contro: Lon<K»»_ Cs!o<k»l d« O Barroco espanhol se exprime lar de uma verdadeira arte barroca. Numa acepção mais estrita, “Neo-
St. Paul, 1675-1710. Wren FacMdBtedoo-
do por dois CBmpínâno» com pOrtaco «n csscncialmcntc nas decorações li­ classicismo” denoia o estilo artístico próprio da Europa entre 1770
don »nd*re»: todos os tramos estilo cobar- vres de esquemas (v. Churriguc- c 1830 influenciado pela Antiguidade grega.
tos por cúpulas Embaixo: Saragoça. Nues- rismo*) e sua influência se esten­ Durante o Barroco tardio, encontrava-se já bastante minado o poder
tra ScAora dal PUar. Mciada em 1680,
Herrara ei G. ipeia retangular do tròs naves de também às colônias da Amé­ da decadente monarquia dc Luís XV e Luís XVI, pois vinha sendo
com capelas comunMtantes. rica do Sul (v. Estilo jesuítico*). exercido cada vez mais por personagens dc segundo plano. A repre-

58 59
sentaçào teatral perdera a seriedade e a compostura, cm decorrência
da licenciosidade da galante comédia pastoral. Em igual medida, a
pompa do Barroco se dissolve, tanto na França quanto nas cortes e
nas igrejas dos numerosos pequenos principados europeus, na capri­
chosa e minuciosa graça do Rococó. O movimento racionalista de
reação ao Barroco, o lluminismo. iluminara as causas políticas c eco­
nômicas do desgoverno da classe dominante c preparara espiritual-
mente, através dc palavras de ordem como "Volta à Natureza" e "Li­
berdade. Igualdade c Fraternidade", a grande Revolução de 1789.
A atitude objetiva e intelectual dos ihiministas encontra, do ponto
de vista artístico, correspondência no Neoclassicismo. que procura
não tanto a imitação como a renovação do espirito da Antiguidade.
Pretere claramcnte a monumentalidade articulada c simétrica, a re­
gularidade das proporções obtida através das medidas c cálculos, a
parcimônia nas cores e no mobiliário, de acordo com a expressão "No­
bre simplicidade e serena grandeza", que Winekelmann cunhara pa­
ra a Antiguidade grega. Assim, o Neoclassicismo é o componente ne­
cessário de uma educação moldada na Antiguidade. Não c por acaso
que coincide, na cpoca, com as expedições arqueológicas no Egito
e cm Pompéia. Em consequência dessa difundida paixão pelo colc-
cionismo e pelas pesquisas históricas, a construção dos museus e mo­
numentos adquire uma importância cada vez maior do que a já es­
cassa construção das igrejas.
O aspecto exterior da arquitetura neoclássica é caracterizado pela pa­
rede frontal do templo grego com tímpano triangular, ou pela eleva­
ção com colunas (pórtico). Meias-coiunas, pilastras e cornijas confe­
rem harmonia ao edifício, enquanto mútulos, pérolas, contas, pal-
melas c Os ornamentos sinuosos da Grécia clássica (v. Ornato) fun­
cionam como decoração ao lado de guirlandas, urnas e rosáceas. A
impressão geral no entanto é de frieza, muitas vezes dc pobreza. ape­
sar da monumentalidade. A escultura figura o ser humano, a sua
matéria-prima é o mármore branco, frio, liso. A pintura segue temas
clássicos ou históricos, c a linha, nítida c rígida, sc impõe à cor. Os
temas artísticos dos estilos Diretório (1795-99) (»•«•) e Império (1800-30)
são, em geral, de caráter ornamental: representam o epílogo da ida­
de neoclássica.
Assim, tampouco o Neoclassicismo. último grande estilo do Ociden­
te. tem a sorte de ver sua energia criativa destinada a grandes realiza­
ções. Na sua fase final, ele sc dispersará cm decorações de pequenas
dimensões.

A esquerda Par,». Panteão. 1764-90. Soufflot. Edifício centrar-zado do cruz flrofl» com
pOrtrco de coluna» corint.a» Cúpu n de cruze ro e colunas ao redor do tambor. Braços da
cruz com abóbada de berço, coroados por quatro cúpulas menore» Secutanzado em 1791
A direita no alto: Par.s, Madoleme. 1806-24, Vignon Perlptero coríntio romano, com vó»
ctarabóv»» e sem tanela*. Escadas ladeadas por parede»; no centro e embaixo; Frankfurt,
Pau’skirc*e. 1 789-92. edifício controlado edptico com tribuna* *u*tontedM por 20 co­
luna*. Secutarizedo

60 61
2 - HISTORICISMO dustrial alemã (v.*), mas também por elementos estilísticos mouris-
cos e egípcios. Contudo, o Historicismo é expressão dc um profundo
No último trinténio do século respeito pela história pátria c pelos "antigos mestres” e demonstra
XVIII tem início na Inglaterra, uma consciência religiosa e social.
Alemanha e Suíça um movimen­
to dc reação ao Racionalismo e ao 3 - ESTILO LIBERTY
Ncoclassicismo, o Romantismo.
Ele imprime à pintura, música c Na Inglaterra (com William Morris, 1834-96) toma impulso, em 1890,
poesia novas formas estilísticas, a tentativa dc uma reforma global, dc uma "humanizaçào do espaço
partindo de uma diversa concep­ urbano através da arte”. Baseando-se no artesanato. Morris preten­
ção da natureza c da história. No deu estabelecer uma nova unidade entre arquitetura, pintura, escul­
entanto, não dá origem a um no­ tura c artes decorativas, com a intenção de criar uma obra global.
vo estilo arquitetônico. Ao con­ Em arquitetura, o novo estilo está destinado a superar o Historicis­
trário, as formas arquitetônicas mo. Características do estilo Liberty (v.) são:
dos estilos precedentes são real­ — abundante ornamentação das partes funcionais (por exemplo, su­
çadas c classificadas. Como num portes) e dc preenchimento do edifício;
jogo, seus elementos são extraí­ — linhas e formas retas, contínuas c onduladas, inspiradas em orga­
dos das construções c recompos­ nismos vegetais (plantas aquáticas, lírios, etc.), mas também em cis­
tos cm novos edifícios, ou segun­ nes, labaredas, jubas agitadas, etc., sem sombras, na pura arte gráfi­
do um estilo "puro” (Viena*), ou ca, mas ricas dc sombreado e de plasticidade na configuração das fa­
numa mescla eclética de estilos chadas c dos móveis;
(Paris*). Ao mesmo tempo, as — móveis adaptados às funções orgânicas do movimento;
novas técnicas arquitetônicas do — obras de arte arquitetônicas globais: arquitetura do interior c do
século XIX exercem a sua in­ exterior, tapetes, móveis, tapeçarias, objetos de uso pessoal assina­
fluência: o uso de armações de dos. É rara a construção de igrejas.
ferro, do concreto, do vidro. Es­
ses materiais ficam descobertos 4 - ARQUITETURA MODERNA
(Monumento aos Vencidos, cm
ferro gusa, dc Schinkel, de estilo Concreto, vidro, armações de ferro, novas aquisições da estática são
Gótico, Berlim-Krcuzberg, 1818) experimentados ao longo do século XIX pelos engenheiros c, por volta
ou ficam ocultos sob uma co­ de 1900, adotados pelos construtores (pág. 89*). Os elementos arqui­
bertura e ornamentos de épocas tetônicos do estilo Liberty, plasmados com finalidade ornamental,
passadas (Teatro da ópera dc c. cm pane, também as realizações do Expressionismo, ainda esta­
Paris, v. Revolução Industrial vam voltados para a união das decorações c da estrutura estática. Já
No »'to V>eca. Votivk-.-cne, computada em
alemã*, cf. também Hamburgo, 5879. von Ferstel Eddíc.o neogónco no es­ os inovadores do século XX teorizam uma nova estética, cuja divisa
pág. 87*). No entanto, nos luga­ tilo do século XIV com coruchéu e precio­
so» rendlhados. Embaixo: Paris, Sacré
é formulada desde 1896 por L. H. Sullivan: "Form follows function”
res cm que caracterizam também Coeur, edifreada como sinal de reconc^a (a forma deriva da função). A isso corresponde a recusa da ornamen­
a forma exterior, sem a preocu­ Cio após a guerra de 5870 75. em estilo
romano-brzanhno tação (Oito Wagner: "O ornamento é um crime”) cm todas as partes
pação de considerações historicis- do edifício em que não seja “componente essencial da construção".
tas, essas épocas resultam despojadas e sem graça (Torre Eiffcl). A estrutura é evidenciada como valor estético cm si. Privilcgiam-$c
O Ncogótico produz, ao lado de edifícios residenciais e públicos, al­ o cubo c o ângulo reto. Edifícios compostos por elementos pré-
guns milhares dc igrejas goticizantes. O acabamento dos grandes fabricados. arranha-céus residenciais e de escritórios sem adornos e
fustes dc coluna das catedrais é a contribuição menos discutível do funcionais, edifícios religiosos, assim como grandes obras de enge­
Ncogótico (Catedral de Colônia) (v. Purismo). O século XIX c ca­ nharia cm concreto, aço c vidro evidenciam a marca da arquitetura
racterizado pelo Neo-Renascimento, pelo estilo romano (v.*) da me­ moderna. No âmbito geral da cidade, sua frieza racionalista se mes­
tade do século (derivado do Românico c do Renascimento italiano), cla, muitas vezes de maneira agradável, mas sem se fundir completa­
pelo Neo-Românico c pelo faustoso Ncobarroco da Revolução In­ mente. com os edifícios mais antigos e tradicionais.

62 63
PALÁCIOS - FORTALEZAS - CASTELOS

Dos palácios das idades carolíngia e românica conscrvaram-sc alguns


poucos vestígios. A casa do castelão e a Capela Palatina (v. Aachen,
pp. 19* e 67*) sào seus componentes arquitetônicos essenciais. Os pa­
lácios, residências de imperadores, reis e bispos na Idade Media, es­
tavam espalhados por todo o território do reino e eram visitados de
vez cm quando pelo senhor, que, em geral, nào possuía uma mora­
dia estável.
A fortaleza medieval é. ao contrário, uma residência fixa. As forta­
lezas baixas, de uso mais freqücntc do que as circundadas pela água,
Á oiquerdo RbAty. rt*i 84 Pm.J. l0r&;4 6« NMM SMNW 1922-25 ?9I foram mais destruídas ao longo dos séculos do que as altas. Estas
rot A» abóbaõs» c>'.:ndric« :rar.*vaí*o>» e a» longitudinais da n»vo centra'. *flo Ce conce- influenciaram de modo determinante o nosso conceito de construção
to aimjpo o eliminam os contrafortes. Janelas do elementos pré fabricados de vidro • ci­
mento A dueita no alto: RoncHamp. Santuárode Nove Oame du Havt. 1950-55. Le Co»- fortificada.
bosier. Cobertura côncava com emento ò visto, de efeito plástico: no centro e embaixo: Eis uma boa qualificação dos tipos de fortaleza (segundo Herbert de
Uverpool. Catedral de Christ tho King (Coroa real>. >962 67. Gibbord Edifício de planta
centrada; cimento o vidro colondo. Caboga):

64 65
I. A fortaleza circular, com uina única torre permanentemente habi­
tada (cm francês, donjon*, em inglês, kecp}, tem origem na "mota”
normanda (pág. 69*); plataforma _ U\u U UI
2. A estrutura cm quadrilátero árabe-bizantina remonta ao castelo d» go^da

de época romana (pág. 70*); d0M<vl4<v:-0»


do*
3. Fortalezas de formas irregulares indicam adaptação à natureza do <JOM<V30<K X» <*>
terreno (pp. 68’ e 71’). senhor iot«na
do tacada <A>
A difusão, na Idade Média tardia, das armas de fogo pesadas coloca lareira • «*14o
cada vez mais cm crise o valor defensivo das fortalezas. Então, após oo recopcJo-----
coreiha ,
terem assumido várias formas dc transição no Renascimento e no Bar­ •SCOdO ■
roco. são substituídas pelos castelos c pelos palácios. Os palácios ma­ POMO----------
ciços. amplos e revestidos dc pedras trabalhadas, do início c do fim
cave. ____
do Renascimento italiano, ligam-se, através das ordens das colunas masmorra
dispostas em vários andares, das cornijas e dos pátios internos seme­ fo»*o-----------
(xj.rrwntado
lhantes a átrios, às antigas formas arquitetônicas (pág. 73*). Os cas­
telos alemães e franceses e as fortalezas da península ibérica, ao con­
trário. em geral ocultam com dificuldade sua origem gótica, utilizan­
do detalhes classicizantes e uma abundante ornamentação maneiris-
ta (pp. 74 e ss.).
O Renascimento tardio italiano preludia o Barroco com a sua ordem
colossal (v.’) (Palladio), com o ático (v.) encimado por estátutas (Pa-
lazzo Vahnarana, pág. 73’). Na Alemanha c na França preferem-se
o telhado ã vista com frontôes laterais, águas-furtadas c mansardas.
As torres dc canto são evidenciadas, enquanto as torres com escada
em caracol oferecem um efeito arquitetônico maravilhoso. O Esco­
riai espanhol (pág. 75’) introduz uma nova dimensão, na qual sc ba­
searão castelos c conventos barrocos.
O estilo dc vida dos senhores feudais dos séculos XVII e XVIII é for-
temente influenciado por Luís XIV, o Rei Sol. A monumental cons­
trução do castelo de Versalhes, o aparato decorativo de sua época
e de seus sucessores imprimem, embora com numerosas variações,
o estilo dos seus castelos e residências nos principados europeus. Ao
opressivo cerimonial de corte do Barroco, corresponde a simetria das
formas exteriores. O realce concedido a algumas partes do edifício
(cour d‘honneur, escadas de acesso, salões dc recepção, galerias (v.J,
teatros, etc.) tem como finalidade a satisfação de uma necessidade
de representação em constante crescimento. A construção retangular
(Viena, pág. 76*), a cour d’honneur do edifício dc três alas (Wurz-
burg, pág. 77’) e grandiosos jardins (v. Jardins, arte dos.*) faz com
que o castelo barroco se expanda para o exterior. Os pequenos e ínti­
mos castclinhos c palácios citadinos da aristocracia encarnam, já no
princípio do século XVIII, a preocupação dc escapar à rígida etique­
iiulil tHj.
A esquerda no oito. Aochen. Palácio carolíno-o, c. 800 CopoU do paUc>o fpâq 19*); no
ta da corte, Nos seus salões são desenvolvidas as formas decorativas centro e omboixo: Gosla». Pal*c>o do imperador, entre 1050 o o XIII, Edifí­
cio formado po' dois »<andes »•»«» sobrepostos. do duas naves, do 15x47 metros. Re­
c os costumes do Rococó c do pré-classicista estilo Luís XVI. construção do séciZo XIX. A diro-ta. partos do fortaleza No alto, estruturo de uma torro
Isefiundo Caboça). no centro <4 esq). lado da fachada externa o (4 daeital lodo do pito
■nterno; embaixo. 4 esquerda, adarve com sacado poro o exterior e o interior. 4 direita,
mata cães atrás do paropedo de pedra 1) matacâo: 21 latrma de sacado; 3) tote.ras em
forma de buraco de fechadura, cruóformes e de ferrolho.

66 67
B to«ro
G matacâo
E kwo A torro
Sm muralha frontal com adarve de madeva
P residência. cammata
8r pito do cativo com c>stema
K cozinha»
Kp cape'a
T1 portio do castelo com pastagem para os pedestres, ponte levadiça com vstema
do caibros basculantes
T2 segundo portio com grad'l levad-ço
T3 torre princpai ce entrada, ponte levadiça com correntes e cabrestante
Po porta de saída (poternal com paliçada
S cava ariças
W alojamento dos coados; oficina do ferreiro
Mt torre Ca muralha
R alojamento dos cavalariços
A fortaleza ou casteUum
i odadeía FORTALEZA COM ESTRUTURA CENTRALIZADA A esquerda no alto: a "mote", a forma
Z praça de armo» mm antif» de muralhe, do século Vill em diante íievscio aniticni de terre escovada,
St baluarte aberto paliçada torre com entrada e<evad» e anda» superior saliente (segundo Caboga). abano
Sch seteíra e no centro: Búd-ogen. Hessen, fortaleza circular •'Minnteriaenburg'' para vassalos Mo
A latrina dc sacada livres- Planta: como se apresentava no final do stculo XII. Embaixo: com as transforma
M matado çóes e os acréscimos góticos renascentistas. Á direita: Hedmgham (EssexJ. "Keep" nor-
V.'g adarve coberto mando, primeva metade do séciAo XII, planta e >nter>o» do pnmexo anda' saléo de do>*
Wo adarve descoberto sobre a muralha andares. d<vidido por arcos og>veis. Fr.sos em ziguezague

68 69
P ro*-d4nca or gm»!
Kp capeU P plattelIZ
K cozem* T torre do ontroda
8r p«O K rotidánciat do» Kompcr-ch
nova» construções o reservatôro 11 260' R residáncia* do* Rodondort
8 torre do abastecimento da tutoria lintc-o Ru CSM do» Rvbcr achei
do Mc XVI G pequena cava co» CotóKhmeden

FORTALEZAS COM PLANTA IRREGULAR Alemanha A esquerda Munzenberg Wotte


rau. séculos XH-XVI. Adaptação ás condições do terreno À direita: Rocha de Eltz. sécu
los Xlt XVi. Fortaleza de co-hetdeiro». -sto é. habitada por diversa» fam i as

ESTRUTURA QUADRADA ARABEBlZANTINA A esquerda. no alto: Ribat em Sousse. Tu


nlsra. sác. VIII. Estrutura quadrada: fortaleza árpbç çqm 4$ çfljj «"<JcY>dUJi» para ga Cava
loiros mouriscos que seguiam regras receosas; no centro e embaixo: Rohden, Prússia oci
dental, fortaleza da Ordem Teutômca. iniciada em 1310 Quarto*, sado do ordem cavalei-
rosca, sala do rcumáo. capela e torro, dispostos em torno de um pátio interno quadrado
segundo o modelo árabe A direita: Costel dol Monte. ApúHa.C. 1240, Frederico II Trans
formaçáo do esquema arquitetônico árabe num mode o de forma* octogonais simbóicas Carcassone. Sul da França- fortaleza dontto das muralhas da Cidade, SéCuto» XII XIII A
e subdivisão em oito parto* Omastia Hohenstaufen fortaleza c a cidade, encerrada» numa dupla mu»a»ta. contervaram o seu caráter medieval

70 71
XjílTlÃH

RENASCIMENTO PRIMITIVO (ltr-a> Florença. Ppiowo Strowl. rnrc odo em 1489. 8 da


Maiano Corpo maciço do trés andares, com revest-mento em bossaqem Coro<|0 principal
ampla (do estrutura complicada pois é som carpa! Janelas com cormjas. Pátio .ntorno se­
melhante a um orzx/m com loppias nos tris andares

AlTO RENASCIMENTO lltóha). Roma. Palor/o Ferneso. andar internar de 1534. Sangado.
o Jovem andar svpo' «or de 1548. Micheionqelo Coostruçío em paraieieprpedo com pa­
rapeitos nas :aneias Pátio interno com a soquênc-a clássico das ordens nos andares: dôn
ca, tônica. corlntia A direita deiame da comlja principal

eitltua sopre
a comi>a prmopai
andar át<co
comlja d« ontablamento

attante

p<to»t*as coont-as
da ordem colossal
anda* «lavado
bossapem

CASTELOS E PAlACtOS A esquerdo. no oito o no centro: Inylotorra. Penshurst Placo,


rnróado por volto dc 1340. saláo com lareira e tnbuna pa»a os d^notdnos A direito. no
oito e no cenvo 'tSlia. Venero. CadOro. séc XV. logg>M de três andares cm contraste RENASCIMENTO TARDIO ntâhal Vrcenra Palazro Va-marana. 1566 Pa«aao Uma or
com h supertíce o'«na da fachada A esquerda omoaxo França, Avignon. PoÜCiO dos dem colossal (v *1 do piastra* coríntias une o andar tárreo de bossaqem ao andar tupe
Papas 1334.70. construído para os papas exilados lodo da entrado À tpreita. embaixo ■O» Esculturas ornam o 6t>co e os ànçulos do editíero. Os balaústres das janelas realçam
Bourocs Polécro Jacque* Coeur. séc XV ResxJénoa e loja de um comerc-ante andar nobre.

73
Chambotd. Loiro. Castelo. 1519-33. Nepveu (chamado de Tnnqueaul. O telhado com ter.
raço do "donfon" com as casinhas das decorações fantasistas. que formam uma cidade
em mãníMuta. Asum como as escadas em caracol em do>s lanços demoram a mtiuéocia
do Mane-rismo.

Alemanha. A esquerda: Heidelberg. Castelo. Alo de Frederico. >601 -4, Schoch Maneiris
mo: acentuação espeoai das unhas verticais, alternância de meias-colunas o estátuas, co­
lunas com braceietes. decoração abundante. frontôes laterais com volutas A direito: As-
challenburg. Castelo. 1605 14 Estrutura quadrada mais ou menos s.metnca ao redor de
um pótio quadrado, baseada no mode'0 francês Pequena torre com escada em caracol
nos quatro cantos do pátio Torres nos quatro cantos do edifício.

A esquerda: Azav :e R.dcau,Loxe Castelo rodeado de Agua. 1518-29 Resdéncia senho


rll de campo que simula uma construção fortificada (adarves. torres) A direita. Btois. ta­
re. Castelo. C. 1520. A terre. com escada em esp-ral ricameme decorada, dó para o pótio
em formo de DalcÀo

Espanha Escoria:, perto de Madri. 1563-89. de Toledo e J. de Herrero. 0 Atro. a igreja


o o paUcio residencal constituem o eixo leste-oeste dessa construção assimétrica; o pa-
Portugal Boiam, arredores de Lisboa. Tprre portuária O pitoresco odifloo * um celebre lAoo. a escola e a corte se encontram na parte norte, o convento, na parte sul. Este es
exemplo do colorido esti>o Manue»no (v.) ou "Gôtsco oceAnico”, contemporâneo do esti­ quemo arquitetônico se estende até o Barroco da Alemanha mer.oonaf (Convento de
lo Isabol-no na Espanha e Alto Renascentista na Italia 1515-1521. We-ngarten*). Estilo •'Oesornamentado" de Felipe 11. sem decorações.

74 75
1 SalAo Branco
2 Saio do imperador
3 >gro>a de pAt-o
4 *»ia do jantar
5 satAo circular (teatro)
6 trompa da» «scadas
7 cou» dbonneur
SEÇÃO VERTICAL 8 pito» -nterno*
9 sacada central do lado do rVdm
'8 |16 10 sacada» no* oito canto»
1 tronttpico
2 trompa <1* exorta 11 tacada central do lado da c-dade
3 rampa oo enfada
das carruagens
4 aacadnha a»tarna 2t 2526 29 30 10 10 «0 10
5 lado» da eicada.
pedestal com e*f ->9»
6 paiaagem par* as canuagen*
7 bate com putt> o canOola&oi
8 c*ceda prir<«»l
9 patamar da *ce»»o 4 Grazxia
Sala do» MArmpra*
10 corredor
11 saia <>je ot para o jardim
(Ml* t»rrca»
12 Sala Grande doa MArmore».
»at*o da feita» d» dou andara»
13 beOvecere balcão
ANDAR SUPERIOR
ANDAR INFERIOR ANDAR NOBRE
14 «alio aitrval 31 enteeAmar a
15 oalete 32 aaiâo do coniarAncui»
16 saleu a m'*o 33 salAo da» cermdnia»
da rapo» e de» audi4nc<a*
17 ga.'er>a aberta 34 tala ao* espelho*
18 estúao aberto 35 MlAo da» mesa»
19 capela f»ala de jantarl
20 saia da jantar 36 »»Uo d» c*M
par» o» of>c>a>a 37 m'-Ao de iOQO
21 quarto 38 galeria do» retrato*
22 alojamento 39 estúdio do mArmoro
do» criado* 40 "catxnet"
23 corredor comum 41 quarto do dcem-r
24 cor-nb» com Icenoa 42 antecAmara
25 passagem 43 buf*. adega
26 cornba» 44 ateada para
27 copa a Area cs lervço
28 confertar a 45 guarda roupa
29 corredor aberto 46 pnacotec» "cacxoat '
30 lavander.a 47 HUgtPCA Alemanha Planimetr.a de três atos. Wurzburg, Palóc<o residencial, lado voltado para a o
dado. 1719-46 Neumann « outros Construído com grande* ala», cada ume com doi* p4-
ESQUEMA OE UM CASTELO BARROCO. Planta retangular. Grande plano arqu>tet6n>co tx>s interno* e com sacadas de canto e convexas. Ordem colossal. Entrada pela cour dbon-
de um castelo barroco. Meste caio, o Belvedore »upor>or, que o Príncipe Eug+náo ergueu nour ao SalAo Branco iveitíbulo) e ao saUo octogonal, que dA para o jardim (SaiAo T*r-
em Viena entre 1720 e 1 723 Projeto de L. V. HMebrandt. Cone da trompa da* escada* reo); acima, a Sala do Imperador, que ocupa don andares. E famosa a chamada "Sala lm.
e do pavilhão central, plante do andar térreo e do primeiro andar (andar nobre). penai" (v Escada*)

76 77
No »'to: logiaterr», Blenhoim Polaco,
1705-24. Vantxugh Barroco maciço com
forma» arQiztotôrúcas compacta* Corntru-
çCx!* em quarto Oo círci/o o colunaio* levam
tfo editíco principal 4* «Ias. provida* do tor­
ro» de canto com bo*»agem e pátio* Ao la­
do Rococo eiemJo Stuttgart. Castelo So-
'■tudo. 1763-67. dela Guêõ-ère Sobro um»
ba*o de pedra, com exceda» o terraço,
ergua-to uma conttruçSo dc um ümco an­
dar. trfnótnca. com tocada» no» canto» e
talio principal com cúpula eílptica Ptanta
"ornamental".

Madeaamento * vista do Renascimento Aitfeld. Rathaus, 1514

PALÁCIOS CITADINOS E PÚBLICOS

Românico. À pouca importância das cidades românicas corresponde


também a modesta quantidade dc residências c edifícios públicos. As
casas dc pedra, que chegaram até nós sem muitas mudanças, sào ma­
ciças, pesadas e fornecem apenas uma pálida imagem do urbanismo
do início da Idade Media, quando as casas só raramente eram cons­
truídas dc pedra.
Gótico. Os edifícios públicos c as sedes das corporações da idade gó­
tica sào construções dc prestígio por seu caráter de representação pú­
blica. Além disso, na Europa setentrional c central assume enorme
importância a armaçào dc madeira à vista, cujos andares salientes
aumentam um pouco o espaço habitável nas vias estreitas das cida­
A esquerdo Bruchsal. Castelo, 1720-32. v. Welsch. Paredes arredondada* no» cantos, des. Os edifícios dc armação dc madeira à vista que foram conserva­
tuperMcie» decorada* por painái». Elemento» atirfnétrico» em estilo RocaHie lembram a* dos remontam, no máximo, ao Gótico tardio (il. pág. 81). Os edifí­
parede* do teto pintado. A direrta: Pari», tolio em estilo impíno. c 1806. Percier. Deco­
ração segundo modelos pompeano». com caracterítncat bastante evidentes Ornamen­
cios dc pedra, ao contrário, deixaram brilhantes testemunhos do or­
tação em estuque e bronze. gulho comunitário c corporativo.

78 79
Em Flandrcs, são dc enormes dimensões as amplas salas dos paços
municipais, assim como das casas de comercio e das sedes das corpo­
rações. com altas torres (com função dc defesa c dc arsenal) e quase
todas as decorações que sc encontram nas grandes catedrais (Ypern*).
Na Itália, as ameias e a torre delgada lembram as bem providas forti­
ficações que a nobreza erigia como residência na alta Idade Media.
Em comparação, os paços municipais c as sedes das corporações na suporta* o*troito*
caracteoiico» —
Alemanha parecem muito mais modestos. No entanto, possuem na
sua fachada (il. pp. 81-82). junto a rendilhados. pináculos c escultu­ 03 dade ro-ndn<»
<«»'»<am acionas
ras. ricas decorações ornamentais. edit< o» O» pedra
Renascimento. O palácio e a residência nobre preferem, na Itália, o t>eral-------------------
pátio interno com arcos sustentados por colunas cm todos os anda­
res. o mezzanino (v.*) c uma estrutura dc pilastras (il. pág. 83). Na 3’co oq.v»i
Alemanha, a armação dc madeira à vista é. com frequência, susten­ 'omíixobvryon’'*»
omMtamantO de Wl
tada por um pórtico dc arcadas, enquanto os andares salientes sc
apoiam cm misulas (v.*j ticamcnte decoradas e pintadas. Rosáccas,
sacadas e altos telhados também estão normalmcnte presentes. Nas
construções dc pedra, o cimbrc mancirista funciona como mediador made.ramento S v>»ia. Mc XV Vgas pe
entre os gradis do frontào escalonado gótico enquanto a abundância ouço*». na» conttruçdc» Ant^Qa» atin­
gem :<xla a rt mensào oa cata. mai» tarde
das decorações (palmctas, rosáceas, grotescos, bossagens, conchinhas. s» limitaram a cada um do» andara» Itu»
figuras alegóricas, hermas c colunas muitas vezes sem nenhuma fun­ tentando a* pane* Que avança"' para foral
A e»querdo. no »;to e ao lado: Clunv. caia
ção portante) dá a dimensão do prestigio das cidades e das comunas romin-ca. depo» de ’159 O pdrtco ao lon
(il. pág. 84). Só mais tarde sc desenvolve um estilo renascentista ale­ •------------- ♦ â 5 w 90 oe um lado <10 pdtio hga a» pane» ame
nor e posterior d» cata L of^na H pât.o.
mão autônomo (il. pág. 85). Na Inglaterra, o refinado paladianismo r L 1 H : 8 poço. W oferta Arço OQrval românico-
dc Inigo Jones insere-se junto do estilo elisabetano gótico tardio c ■ t II W 1 txsrgornàs
do mancirista Jacobcan stylc (il. pág. 83).
Na Holanda, as sedes das corporações c as residências estreitas, aus­
teras c dc vários andares enfileiram-se. uma ao lado da outra.
Barroco. A Holanda, a Inglaterra c o Norte da Alemanha não se aven­
turam no estilo barroco tanto quanto a Bélgica (il. pág. 86). Seus edi­
fícios residenciais e públicos sào classicamcnte frios e devem o seu
efeito, particularmente na Holanda, mais ao contraste das cores dos
materiais (pedra lavrada cinza c tijolo vermelho) do que à abundante
ornamentação. No Sul da Alemanha c na Áustria prefcrcm-sc. ao la­
do dc decorações em forma dc folhagem ou de fitas, fachadas roco-
cós exuberantemente estucadas ou pintadas, que pouco têm de clássico.
Neodassicismo. O ideal burguês dc cultura inspirado na Grécia anti­
ga. que se manifesta grandiosamente na construção de teatros, mu­
seus c câmaras municipais, reflete as suas formas rigorosas c claras
inclusive nas residências. O planejamento urbano (Karlsruhe. il. pág.
87) assume uma especial importância. Em pouco tempo, as tendên­
cias historicistas do século XIX sc mesclam às novas técnicas dc uso.
armações de ferro (Hamburgo, il. pág. 87). Os móveis, cm grande
parte já produzidos cm série, e os frisos ornamentais são testemu­
nhos recentes da era industrial no seu primórdio. A esquerda: St-G-tes. Su' da Franca, casa romànica. anda* inferior alterado Corni|.>» do»
janeiet ornada» em pane com «n»o» em ztjvezague OecoracSo com ameia* o t<«'00u’o*
V. também Estilo Liberty, p. 63. c Arquitetura Moderna, pp. 63 c À d>reila: LuneDury. >es>iMnc» Jól<a tardia com frontào eícaionado. janela com .wco rm
89-90. conta, arcaoa» cega» e oonda* dc fantasia dc tijoto

80 81
Alemanha. Nuremberg. Peiierbau*. 1592.
Augsburfl. Arsenaf. 1602 7. H01 Em AuflS
Wolff. A part.r da matado do século XVI. os
burg em ••487. a primeira construçóo re
mastires de-obro* do Norte da Europa pro
nasccnnsla atemj. a Capela Fugger. « roa
curam fundir otravós do uma ornamenta­
hzada ainda por mestre* de obra italianos,
ção caprichosa, o estilo renascentista do
no Imol do sóculo XVI. os arquitetos ale
origem italiana com o sua própria sensibA-
mies estudam coda vez com maior frequOn
dode arquitetòruca. que «Midlment* cvn»»
cm na Hâlio. sobretudo Paliadio Juntam a*
fluo so 'i&ertar do frontóo escalonado o do
novas aquísiçóes teórica* seu próprio gos
madeiramento de modeto gótico Decora-
to O* dotares dos ec-ficios e das decora
cóes em esiA» Fiou» recobrem a fachada e
çôe» parecem barrocamente maciços
o pátio "italiano" de arcadas
(Arsenal •». enquanto O Paço Muncdwf. sem
embelezamento extemó. apresenta, apesar
obensco dos frontóe* e da* torre», o mesmo com»
1 OimontO dos patairi italianos Em Augsburg
começa e termina o Renascimento »'«m*o

antaeia Cune.torme

OeccracOoa em cartuchos
vi)»
dormente
moo-ihJo

janela
com
rosetas am i«<^mi
Augsbixg, Paço Municipal,
1616 23. Holi Corpo do
odifíco cúbico, com uma
ca xotóes porte central elevada e tor
re* com escadas laterais
montante em caracol (T>. Atro (VI do
pôrteo andar tórreo. tendo acima
vcadac o "Sai&o do ouro"*, de
revestimento
do** «ndatts com precio-
de bosMflem
slss^nas dacoraçóes Aci­
A esquerda. Hoxtor Huttesche» Hau». sócu-o XVI Fachada com entalhes e pintada com ma o arquivo (A), um cor­
rosetas em leque, típica* da Vestefóha ocidental e do Baixa Saxónio. quo recobrem os bei redor ID1 e loca s do guar
roí» aporodos em mísulas A direita: Podcrborn. Paço Mumcipa:, 1612-16. Espocmlmente do (W). tambím quatro sa­
característico* do "Renascimento de Weser" sâo os cartuchos manetrístas holandeses ldes (o* "Furstenstuben")
a* sacada* da* loflg.as e o* fachada* do janelas encornijadas por coluneio».

84 85
8
MATERIAIS OE CONSTRUÇÃO
Ao lado do* traócxonois materiais como pe
dra. malta, madeira. vdro. aparecem em «*
pecial o ferro, aco. concreto, materiais sin­
téticos. tonto para a estrutura do odifloo
quanto para as paredes internas e externa»
dos edifícios.

TÉCNICAS OE CONSTRUÇÃO
1 Estrutura» de cimento armado. aUcerço
das com pitares (v.l sustentam as lajes e o
teto Fachada do cortina (v. Curtam wall)
2 Gaioio aberto sustentado por elemento»
internos Os tirantes das estrutura» da ar-
maçio de aço permitem tetos bastante sa
Mentes.
3 Coluna e late de concreto armado
4 Pitar de concreto armado e >unçAo com a
trave portant» (UI e a laje <P>
5 Telhado em forma de cogumelo
6 Esqueleto de um ed>f>cio de concreto pré
fabricado com Curtam wall» e distribuiçéo
variada do espaço interno

ESCOLAS ARQUITETÔNICAS
Deurscher WerAbund. 1907. Edifícios paro
funções específicas em smton.a com a épo
ca do* mâquma». em particular fíbrice» e
teatros P Behren», 8 Paul. Vr. Gropm». H
van de Volde
í*pres»ioz>»»mo, 1910-25. Edifícios funcio
nai». semelhantes a esculturas abstrata»,
aproveita o est.io Lbertv E. Mendeisohn.
F Hoger, H Porlnq. D Bôhm. R Stemer
Bauhaws. 1906 33 A escola artística ma.»
importante do século XX Instruçéo de ba
se de caráter anesanai. produto» industnai»
e eddkios de formas cúbica* e cores pr.mâ
na»; Curtam Wall*. W Gropius.J Itten. H
A esquerda. no alto. Florença casa do alfaiate Caracen., c 1900. Mtcbelarri. aba.xo. Pa van do Veldo. M. van der Rohe,
n». entrada do metrô, deta>ne. 1899 1904. Guímard Variante barroca do estilo Liberty.
A tFreita Barcelona . casa Batí'0, 1902-7. Gaud. Fachada estruturada ptasticamente futuritmo. 1909 Movimento teórico italia
no, propõe uma Cidade moc»n.r.*d» "como
uma gçontosca méquvia barulhenta" F T
Marmetti. G. Batia. C Carré
DcSt?/. 1917. Holanda. Arquitetura cub<*
t». cote* igu» para elementos arqmtetô
n<o* semelhantes, repaniçéo interna fun
cional com variada» disposições. J. Oud.
Th van Doesburg. G. T. Rretvetd
Construtrvitmo. 1920 30. Rü*»'» Sinteti­
za a» idé<»» de Futurismo, de St# e Werk
bund numa arquitetura críatrva a serviço da
ordem *oo»' soviética, M, Gmiburg, W Ta
tlin. El Li»#itzky e. também, Le Corbusier.
fsrrfo Intemaoona!, c 1922. Soma da»
aqtiis=çõos técnica» e de composiçéo do
moderno Funcionatsmo que »e .mpôs em
todo o mundo. Eliminaçéo de todos o* ele­
mentos ■ passivos" (ou decorativos); «s.
ficío» funcionai* onde s*o utiKrado» apenas
elemento» arquitetônicos que tenham um
£co'e de Nancy. saia de jantar. 1903-6. VaSn. Também em outro» centro* (Bruxelas. papel ativo na construção
Darmstadt. Munique. Glasgowl importante» an ita* propunham variante* locai» do estilo
Liberty.

88 89
Oossau. Sauhaus. 1925-26. Groplus. Três corpos retangulares «m forma do L (escola,
Mbríca mo<Jo'o, pons-onato) com Curtam waüa I fachadas saLentos em v.dro> o faixa d<
lanotas. Títo dc cogumelo no andar Inferior.

GLOSSÁRIO ILUSTRADO

A esquerda no ato. Uirocbt. Casa Schrôder-Sctvader. 1924, R>etvoid. od.ffco do Stiji. trans­
posição om arquitetura cubsta da p ntura do Mondrian; embaixo: "Pontilhâo entro a* nu­
vens". 1924, El L*s trty. Construtivismo. A direita: Marselha Unité d'hotxtat*on para 400
família». 1946-52. Lo Corbus-or. Pitares do sustentação Corredores centrai» d*o acesso
a apartamentos* de 1 1/2 andar, do 2 x Modulor - 2x2,26m V. Proporções, teoria das*.

90
Ábaco — Laje da cobertura do
capitel (v.).
Abóbada* — Teto curvo, gcral-
menlc de pedra, cujo peso se des­
carrega sobre o pé-direito (v.) ou
encontros. Estes (muros, pilares,
etc.) recebem o peso c a pressão
lateral da abóbada.
I. Abóbada de berço. t\ seção
vertical tem forma dc semicírcu­
lo (fig. I a) ou de segmento dc cír­
culo. mas também pode ser ogi- AbóOsao. A oki . f-ç. 'a. abdbada de ber­
vai (fig. Ib). Sc se cortar vertical­ ço, com arcos cortados; i di' ; f«o 1b. com
arcos oo-vo-s
mente a abóbada cilíndrica no
sentido diagonal, obtêm-se 4 su­
perfícies: duas unhas ou intrador-
sos (K) frontais e dois extrador-
sos (W) laterais sobre o pé-
dircito. O peso das unhas é des­
carregado sobre os cantos, en­
quanto o dos extradorsos cai di-
retamente sobre os encontros. Na
abóbada de berço rampan te o
vértice é elevado (cspecialmentc
por escadas). Por cruzar uma ou­
tra abóbada maior, perpendicu­
lar ao seu eixo, forma uma lune-
ta (v.*: aparece especialmente em
janelas que chegam ao teto).
Quando as duas abóbadas termi­
nam na mesma altura dão origem
à abóbada cruzada.
2. Abóbada dc arestas (fig. 2a).
Resulta do cruzamento de duas
abóbadas cilíndricas perpendicu­
lares c da mesma altura, portan­
to. composta dc quatro unhas. As
partes divisórias se chamam ner­
vuras (fig. 2b. Gr). O peso c des­
carregado sobre pilares e a pres­
são lateral sobre contrafortes.
3. Abóbada de cruzaria de ogivas
(fig. 3a). No lugar das arestas sào
No ano: 2a. aobbada do crurana <K.
colocadas as nervuras, de varia­ unha) No centro; fig. 2b. estrutura do tra­
dos estilos, segundo as épocas mo fG arco transversa); Sch - arco lon­
gitudinal sobro a parede penmetral. Gr -
(fig. 3b). Descarregam o peso so­ nervura; Sch- parede perímetro») Embai­
bre os pilares. As unhas são dc al- xo; tifl 2c. tramo IG - arco transversal)

93
vcnaria leve (p. cx„ dc tijolo oco. da formam figuras cm forma dc
v. Pedra dc construção. 3). estrelas. A subdivisão cm tramos
Formação dos tramos. Longas c mantida (fig. 4a). Quando se
abóbadas são divididas em tra­ abandona a divisão cm tramos
mos por arcos torais. mestres ou separados nasce a composição
dobrados (figs. 2b. 2c. G) perpen­ ordenada dc abóbada de favo
diculares ao eixo central da nave (fig. 4b).
(arcos transversais) (fig. 2c). Ar­ As nervuras da abóbada em te-
cos formciros ou formalotcs lon­ que, cm funil ou taça, sc abrem
F-g 3», abóboda dc Cruzaria com nervuras gitudinais correm na direção do em leque a partir de um único
(* o*q: fwxapanóa; 4 d.r ouadripartkJal
eixo c delimitam latcralmcntc os ponto. Difundida sobretudo no
tramos (fig. 2b. Sch). Um tramo Gótico tardio inglês (fig. 5a, b);
estruturado com ritmo, por exem­ na forma da figura 5a é encontra­
plo com uma alternância dc pila­ da também no continente. Nas
res e colunas (v. Alternância do< abóbadas estreladas, em favo c
suportes), leva o nome de tramo cm leque, se encontram várias es­
ritmado. pécies de nervuras cm diferentes
Dá-se o nome dc abóbada altea- combinações (abóbada de lier-
da à abóbada cujas unhas sobem nes): a) nervuras principais (cru­
ligeiramente (fig. 3a). de modo zadas. transversais c dc vértice);
F»o 3b. pe»fiodc norvufft». J. 2 taxa,Ro- — «WKWW cruzado IOJ óogo
que o vértice da abóbada cruza­ b) terciarào (nervuras secundá­ naii. faixo
mónico. *<cs Xl-XH. 3 - moJduta redon­
da. 4 v3'*onto do 2 • do 3. Gótico da é um pouco mais alto do que rias. que saem dos cantos do tra­
primitivo; 5. 6. 7 com pendente». Góti­ mo para o intradorso de vértice; ■iw.ini. i. ■■- ■ nt»odo»»o dO cume « tran»-
o vértice dos arcos longitudinais vortai
co: 8 - mo:dur« canelada. Gótico ta'd^>.
c transversais. Uma abóbada al- às vezes alcançam também o in­
teada c octogonal (com 4 arcos tradorso transversal, mas não .rm.i.' ■■ssz: terc-wlo lintradorao mono»,
do lequndo que »e es­
cruzeiros ou ogivas. 2 transversais chegam à chave da abóbada cen­ tendo do canto do tramo oo
entre as impostas e a chave de tral); liernes, não passam pelos ■nuodooo do cume ou oo
transversal. wm no entanto
abóbada, nervuras de vértice em ângulos do tramo (fig. 5c). avanço» o chovo da obóboda
2 segmentos) chama-se abóbada A abóbada reticulada é uma va­ prmcipol
de cúpula. riante da abóbada cm forma dc t.«»na (introdorso de te»ce.ro
4. As abóbadas cujas nervuras favo no Gótico dc tijolo do Nor­ Q»»u>. r>*0 po*M po» nenhum
formam figuras (abóbadas estre­ te da Alemanha (v. Tijolo, cons­ Sngulo do tramo

ladas cm forma de favo, góticas trução dc). Os intradorsos c as


À mq.: tig 4a. abóboda ottrolada Aót.; tardias) são chamadas figuradas. nervuras delimitam espaços cm
fig 4b. abóbada «m forma de favo As nervuras da abóbada estrela­ forma de cunha (fig. 6).

Fig. 5o. abóbada de Htque

Fig 5b. abóbada de leque com fechos de Fig 6. abóbada reticulada. Fig 7. abóbada do t>os entroiaçados
abóbada pendente».

94 95
Fala-se cm abóbadas entrelaçadas Acanto* — Acanthus mollis, se­
quando as nervuras dc uma abó­ gundo Lincu, nome de uma plan­
bada estrelada ou cm favo (góti­ ta com folhas de bonita forma,
co tardio) também sào curvas na empregada decorativamente na
sua planta (fig. 7). arquitetura, em particular no ca­
5. A abóbada em forma de tenda pitel coríntio. de c. 420 a.C., c nas
consta dc 4 ou mais extradorsos suas versões romanas (capitel
cilíndricos. Descarrega o seu pe­ compósito). A arte românica cm Acanto. Ant-gudade gtega
so sobre as paredes. Em geral geral confere ao acanto uma for­
8. aoóóada do tenda A «sq.: base to com traçado poligonal (fig. 8). ma estilizada, enquanto as artes
tangulaf A d-r octogonal
6. A abóbada de cume em forma renascentista e barroca sc voltam
de tenda (fig. 9) pode ser uma para a sua forma original.
abóbada cilíndrica com as extre­ Accoudoir — V. Cadciral do
midades abobadadas, ou uma coro*.
abóbada em forma de tenda en­ Acrotério — I. v. Escultura ar­
tremeada por uma parte cilín­ quitetônica; 2. v. Ornato*.
drica. Adarvc — Percurso dedicado à
7. Abóbada em forma de esquife defesa de uma muralha forti­
(fig. 10) é uma abóbada cm for­ ficada.
ma de tenda ou com testa em for­ Adorador — Figura humana cm
ma dc tenda sem a parte superior. êxtase aos pés dc Cristo ou dc
A osq : f>g, 9. abóbada de cu«no em fofma
do landa; A a<r fig. 10. abóbada «m for O andar superior, retangular ou Maria. Frequente nas pinturas,
ma de eiqode elíptico (no barroco), chama-se nos monumentos fúnebres (v.
esquife. Tumba) c nas pedras sepulcrais.
A cúpula (v.*)é um tipo especial Agnus Dei — V. Símbolos cris­
dc abóbada. V. também Falsa tãos, 1: Atributo*.
abóbada*. Agulheiros — Cavidades quadra­
■Abóbada dc fios tortuosos — V. das numa parede que servem pa­
Abóbada, 4, fig. 7. ra sustentar as vigas dc um an­
Absidc* — (gr. = arco, curva [da daime.
roda do Carro do Sol)). Também Alegoria* — Personificação dc
concha, exedra, tribuna. Nicho um conceito abstrato com o qual
situado na extremidade do coro a figura visivelmente mantém
(cabeceira do coro), de forma se­ uma relação: por exemplo, para
micircular derivada da arquitetu­ a “primavera", criança com flo­
ra romana sacra e profana. A ab- res (diferente do símbolo, v.*). V.
side principal corresponde à na­ Virtudes; Artes liberais, as sete;
ve central c contém o altar-mor, Misericórdia, as sete obras da;
absidíolos na extremidade das na­ Príncipe mundano; Musas; Eclé-
ves laterais c do transepto, con­ sia c Sinagoga. Aiegona Dança macatxa d»» an-
talho am madeira, Gyot Marcbant, f*n do
Absxie» central» e atndes laterais. A e*q tendo os altares menores. Surgi­ Alinhamento — I. no planeja­ téc XV
corte da absido orinc<oai. H ldesherfn, $t da na época carohngia, a absidc
M>choel. Ȏc. XI. mento urbano, a linha dentro da
è precedida pela tribuna do coro qual c possível construir nas ruas
(v. Coro; Transepto, fig. 3). O c nas praças; 2. sequência (ou fi­
período gótico transforma a ab- leira) de cômodos que tem o mes­
side no coro (v.*) de remate po­ mo eixo. V. Enfilade.
ligonal. Altar* — As partes essenciais do

97
altar são: a mensa* ou andar do degrau sào decorados com figu­
altar; o stipes*. estrutura dc ras cm relevo (altar entalhado) ou
apoio: o sepulcrum, local das re­ pintados. Com vários pares dc
líquias. Os elementos comple­ portinholas podem-se variar as
mentares sào: o tabcrnáculo* ou imagens (altar políptico). Os pai­
edícula (v.*), pequena construção néis do gótico tardio sào coroa­
A e»q.: altar mesa. Regensburg, AHorhei'-
genkapeire. »4c. XII. Romântco; èdir.: altar- acima da mesa onde se guarda o dos por um retábulo*, estrutura
baú, Rcgervtburg. S Stefano. »4c X Santíssimo; o frontal ou antepen- fina e transparente com pinácu­
dio do altar (v.*). paramento ou los (v.*) c elementos decorativos,
painel que esconde o envasamen- ou também com estátuas de mi-
to; o dossel ou parede posterior, sulas c cobertas por baldaquins;
decorada com pinturas ou escul­ c) cm razão da mobilidade: altar
turas, que na Idade Média está fixo (altare fixum} e altar
firmemente fixa à mesa c no pe­ portátil*, parecendo um pequeno
ríodo gótico é ampliada até se altar dc viagem com mesa ou em
bloco*, ou como altar articulávcl. Crbóno Sobre um alter de sarcófago. San
chegar a um altar de retábulo; o Clemente di Casauna, »óc XII.
painel do altar, parte central pin­ V. também Tríptico*.
tada do dossel: o cibório*. estru­ Alternância dos suportes — Al­
tura de cobertura sustentada por ternância dc pilares (P) (v.) c co­
quatro colunas dc canto: o balda- lunas (S) (v.). na sequência P-S-
quim (v.), teto suspenso sobre o P ou P-S-S-P.
altar. Podemos distinguir: a) se­ Alvenaria, obras de* — Constru­
gundo a posição: o altar-mor (Al­ ções que utilizam pedras naturais
tar do Senhor) diante da abside ou produzidas artificialmente,
ou no seu interior: os altares me­ sem argamassa (alvenaria a seco)
nores, dedicados aos santos: b) ou com argamassa dc argila (al­ Tabemócuio de altar, contemporâneo.
segundo a forma: o altar-mesa* venaria de argila), pedra calcária
formado por um tampo c pelos ou barro. As técnicas dos antigos
suportes; o altar-baú*. com um romanos são reunidas sob a de­
grande relicário no envasamento; nominação dc “opus".
o altar de bloco* com envasamen­
to maciço c mesa saliente: altar de I Alvenaria de pedra natural ■
sarcófago* (sobretudo a partir do opus italicum
século XVI, mas também antes), A Alvenaria de pedra desempare-
Obra» de atvenaha.
Altar do retábulo gót<o (a. retábulo, b, Pai­ cm forma dc sarcófago ou empre­ lhada — opus antiquum (com
ne*. c, portinhola; d. degrau; o. mama; 1. en 1 - pedra detomparothada. com cunhai»;
gado como tal. O altar de retábu­ função dc preenchimento — 2 omp hada». com toco» e canto» de pe­
va»amento>.
lo* floresce nos séculos XV-XV1, opus inceriuni, fig. 18) dra trabalhada;

sobretudo na Alemanha, Países a) pedras desordenadas, fig. I


Baixos, Nordeste da França. Es­ b) pedras empilhadas, fig. 2
candinávia. Nesse tipo dc altar, o c) cm espinha dc peixe (opus
degrau* (degrau do altar sobre a spicatuni. cf. lia)
mesa) funciona como relicário e B Alvenaria de pedra bruta
como suporte para o painel do C Alvenaria de pedra aparelhada
altar* fixo, em cujos lados sào — opus siliceunv. muros cicló-
3 - alvenana pobgonal. pedra bruta, preen­
apostas as portinholas*. O qua­ picos, alvenaria poligonal chida; 4 - pedra pouco trab»'nada. preen­
Altar portátil. Padorborn. tgre>a do» Franc.»
cano», fim do «óculo XI dro, as portinholas c também o a) pedra bruta, com intervalos chida;

98 99
preenchidos por pequenas argamassa vazada, nas primei­
pedras, fig. 3 (na verdade, ras paredes, simples trabalho
pedras dcscniparelhadas, de preenchimento (= opus em-
lAa) plectum), atrás dc alvenaria dc
b) trabalhada sumariamente, revestimento ou antemurais
preenchida, fig. 4 a) mescla dc cascalho e arga­
c) blocos poligonais regulares massa, semelhante ao ci­ 15 — de caráter m.sto, relicula
5 regular. lisa. «em intervalos. 6 tra mento = opus caementi- do de pedo; 16 - revestimento reticuiar
pe^oidal, de camada» dolasadas; com a superfície externa li­ (cl figs 17 e 18>.
sa. sem intervalos, dispostos cium, fig. 14
em torno de uma pedra cen­ b) obra dc argamassa vazada
tral. fig. 5 - opus fusite, fig. 19
d) trabalhada cm forma trape- IV Materiais diversos = opus
zoidal. com camadas defa­ mixtum
sadas. fig. 6 a) pedra de tipos diferentes, p.
D Alvenaria de silhar — opus ex., rcticulado dc pedra
romanum opus gallicum, fig. 15 (dc
a) pedras cm paralclcpípedos. provcnicncia africana, utili­
7 em siiha; 8 camada* de altura va
r4v»i. dispostos na horizontal, cm zado com frequência na Itá­
carreiras horizontais dc pe­ lia c na Gália) 17 - opus refccutorurn. pedo* d* rovost
mento mserKfa» nume parede che-a. com
dras dc faixa e pedras de b) material de preenchimento camada» noruontois de tijolos (alvenaria de
ponta - opus quadraium, (v. III) e de revestimento, p. camadas), 18 - corte horironta'.

fig. 7 cx., pedras piramidais, co­


b) camadas dc alturas diferen­ locadas horizontalmcntc,
tes = opus pseudoisodo- cujas bases quadradas com­
mum, opus vittatum, fig. 8 põem motivos que lembram
c) alvenaria dc bossagem uma rede - opus quasireti-
9 aivanana da bossagem. silhare» rttetí-
cot; 10 com arestas em biscl. opus rusticum, blocos com colatum, fig. 16; opus reti-
saliências rústicas (cujo la­ colatum, figs. 17 e 18
do visível c chamado dc bos­ c) tijolo (como revestimento) 19 - obóbad» romena de opus fusrfe entre
material de preenchimento, nervuro» do tifo<o.
sagem). fig. 9
d) blocos embutidos, com can­ p. cx.. opus testaceum (a
tos arredondados, fig. II partir da metade do século
II Alvenaria de tijolo = opus I a.C.). fig. 13
latericium d) camada intermediária dc
a) em diferentes combinações, uma obra de preenchimen­
11 sidrares olmofadados; 12 - aivena to. com funçào dc suporte,
rm de ti|o»o. em forma de espinha de perx» p. ex., a espinha de peixe -
(opus spicafirm); opus spicatum, fig. 12 figs. 17 c 18
b) cm fileiras horizontais, mui­ c) finalmente, numa parede de
tas vezes como revestimen­ argamassa vazada, como
nervuras de abóbada, fig.
to para paredes dc massa ou
dc enchimento (v. III, IVc) 19, v. Pedra de construção*.
- opus testaceum (a partir Ambom* — (V. também Berna).
da metade do século I a.C.j, Balaustrada com estante dc coro
nas cancelas do coro paleocristào;
fig. 13
no lado sul para a leitura das
c) como camadas intermediá­ Ambom Construído no séc XI com mate­
13 - em fila» ho»uoota«e como rovestimon-
rias dc suporte (v. IVd) Epístolas, no lado norte para a do rial antigo. segundo um modelo do sec Vi
to exterior; 14 - alvenaria compr.mída. se­
III Alvenaria de compressão ou Evangelho. Precursor do púlpito Cestel $»nt £i.o em Nem itAl-a
melhante ao concreto;

100 101
(v.), reaparece às vezes nos edifí­ I. os 4 Arcanjos-. Gabriel (v. Es­
cios religiosos modcrnos.V. Epís­ cultura arquitetônica: “Anuncia­
tola, lado da; Evangelho, lado ção”* segundo Lucas I. 19 c
do. 26-38); Miguel* (Daniel 12. 1);
Anel* — Anel do fuste, geral­ Rafael* (Tobias, 5. 18); Oriel ou
mente de pedra c cm forma de mi- Ariel (segundo o Midrash);
sula (fixada no muro), que fun­ 2. os Anjos da guarda*-.
Anel do fuote. míauta entre porte* do fu»to. ciona como elo entre duas partes 3. os Querubins. formas humanas
separadas do fuste. Importância primitivas com 4 asas e salpica­
estrutural e decorativa. Típico do das dc olhos (6 asas a partir do
Romãnico tardio c do Gótico pri­ século VIII) c 4 cabeças (gr. te-
mitivo. V. Coluna*. tramorphos de quatro formas,
Anfiprostilo — Antiga forma dc segundo a visão dc Ezequicl 1,
templo com pronau dc colunas e 5-14), tiradas das criaturas mais
vcstíbulo posterior. perfeitas: águia, leão, touro, ho­ Anjo» da guardn. Autun. catedral. tímpano
Anfiteatro — V. Teatro*. mem. A partir do século VIII, fo­ do portal. »óc XII. Romãnico
Animais, frisos com — V. Orna- ram tomados como modelo para
lo*. os símbolos dos Evangelistas
Anjos* — (gr. angetos = mensa­ (v.*). Na produção artística apa­
geiro). Segundo a bíblia, os an­ recem normalmentc com rosto
jos são espíritos puros assexua­ humano. Cor simbólica: verme­
dos, intermediários entre Deus c lho;
a humanidade; a partir da idade 4. os Serafins (hebr. - halo lumi­
paleocristà representados cm ge­ noso). segundo Isaías (6. 2 e 6,6).
ral como rapazes, alados c com anjos próximos ao Trono dc
uma auréola luminosa (v.); no Deus, que cobrem os pés e os ros­
Arcanjo Miguel. Barroco do Sol da Alema- Renascimento italiano também tos com duas asas enquanto com
nha
em forma dc meninas. as outras duas voam. Símbolos da
As hierarquias ascendentes dos velocidade com que os desígnios
três coros angelicais segundo Dio- divinos se realizam. Cor simbóli­ Antefixa »ob«e colha do um templo grego.
nísio, o Arcopagita, século I. na ca: azul;
versão do século VI (it.,gr., lat.): 5. os Putti-, v. Escultura arquite­
III hierarquia: 1. Anjos. Angeloi, tônica*.
Angeli; 2. Arcanjos. Archangeloi. Anta — Lado avançado do tem­
Archangeli-, 3. Principados. Ar- plo antigo.
chai. Principatus-, Anteíixa* — Disco dc terracota
II hierarquia: 4. Virtudes. Exou- que remata as telhas convexas do
siai, Virtutes; 5. Potestades, templo clássico.
Dynameis, Potestates-, 6. Domi­ Antêmio — V. Ornato*.
nações. Kyriothetes, Domina- Antcpêndio* — V. Altar*.
tiones; Ânulos — Estreitos anéis na ba­
I hierarquia: 7. Tronos, Thronoi, se do capitel dórico.
Throni; 8. Querubins, Cherubim Apainelado — Revestimento dc
(do hebraico); 9. Serafins. Sera- madeira cm tetos e paredes, típi­
phim (hebr.). co do Norte da Europa entre o sé­
AntepfrndiO. chamado Antepéndio do Basi-
Arcanjo Rafael com Toba*. pintura do Gó­
Adquiriram importância c atribu­ culo XV e o XVIII, freqücnte- léía. iéc XI. P*ri». Mutou do Ciuny. Rom»-
tico tardio- tos especiais: mcntc decorado com preciosos nico.

102 103
trabalhos dc entalhe. V. Boiserie; Arcada cega — V. Arcada*
Lacunários*. Arcanjo — V. Anjo. I*.
Aplique — V. Luminárias. 4*. Arco* — Estrutura encurvada, na
Apóstolos — Em geral represen­ abertura de uma parede ou de
tados nas colunas da nave central uma sala, que sustenta a carga
ou no portal das igrejas medie­ transferindo-a para os suportes
vais, onde, em lugar do ausente (pilares, colunas). O arco é cons­
Judas Iscariotcs, aparece sempre truído com pedras cuneiformes
Paulo. Matias, escolhido para (fig. I) ou com pedras retangula­
substituir Judas, è raramente re­ res, ligadas por argamassa, sem­
presentado. Pedro. Paulo c João pre mantendo a forma de cunhas
logo tiveram modelos definidos, (fig. 2). Nospé$-</íreir<»(W) (v.)
c a partir do século XIII já é pos­ se apóiam as impostas (K). em ge­
sível reconhecer todos os Apósto­ ral unidas por um capitel (v.); a
los pelos seus atributos (v.). As primeira pedra do arco é o saimel
armas representam os instrumen­ (A), a última (no alto ao centro)
tos dos seus martírios. Os Evan­ a chave de abóbada (S). A corda
gelistas (v.*) nào figuram entre os (Sp) é a distancia entre os pés- Arco No alto: fig. 1; abaixo: fig. 2 (arco do
outros apóstolos com os seus sím­ direitos; flecha (St) é a distância volto >nte>ra).
bolos característicos. entre a chave c a linha de impos­
Aqucdiito* — Construção roma­ ta. Arquivolta (H) ou testa é tan­
No alto: aQueduto romano com carai (W)
pata a Agua Nimes. Pont-du Gard. séc I.
na antiga, mais prccisamcntc pon­ to a superfície anterior quanto a
d C Embaixo: Nimes. Pont-du-Gard. séc. I te sustentada por arcos, através da posterior do arco, intradorso (L)
0 C.. tramo central Pedra trabalhada sem
malta As misuios e o cimbre ireconstrufclo
qual um canal, descoberto ou co­ a interna, extradorso (R) a super­
A esq . arco abatido ou arco de vo»ta rebai­
aqui no andar do meo) n»o foram de berto, conduzia água até o povoa­ fície externa superior. Formas de xada: à dir : arco de do<* centro*.
moltdos
do aproveitando o seu curso natu­ arco:
ral. Sào célebres os aquedutos de arco de volta inteira*
Nimcs e Segóvia. arco rebaixado, diminuído, ou de
Arabcsco — Ornato(v.*)comga- volta rebaixada*
vinhas estilizadas próprio do He- arco elíptico*
lenismoedo Renascimento, mais arco de dois centros* A esq : arco e<íot«co: àdir: arco do consola
naturalista do que o mourisco < v.). arco de consola*
Arcada* — Disposição de arcos; arco ogiva!, plano, abatido
fila ininterrupta de arcos sobre pi- arco ogival, normal, equilátero
lastras ou colunas. Chama-se ar­ arco ogival, de volta levantada
cada também um corredor com arco de lanceta
um dos lados ou os dois abertos arco de trifólio ou de três centros A esq.: arco retilíneo. Ou também de con
por vários arcos (pórtico). A ar­ arco de trifólio, em ponta sola (em oontiihado a linha de carga). «<Sr.:
cada cega* ou arcada falsa nào é arco de chama gótico lombo de arco mourisco

uma abertura da parede, mas asno


apenas um painel decorativo. Ao arco flamejante
contrário, as arcadas anãs sob a arco dentado
cornija dás paredes absidais ro- arco Tudor
mànicas formam um corredor arco mourisco*.
aberto para o exterior, a galeria Diz-se que um arco está sobre
Arcada; a. arcada cega, o. ateada anj Co­
lônia. Santos Apóstolos, iniciada na primei de arcadas anãs*. V. Galeria de pés-direitos quando a distância A esq arco sobre pódireito. atteado; A de.:
ra metade do sec. XI. Româmco arcadas*. entre os pés-direitos e as impostas a<co montante

104 105
é aumentada para dar a ele uma dos Maria (do lado norte) e João
altura maior. No arco montante* (do lado sul).
ou de um só lado as impostas se Arco pcrimctral — Arco resultan­
encontram em diferentes alturas. te do corte das superfícies de abó­
Arco cego — Arco construído badas e paredes, delimitando la­
diante de uma parede com função teralmente o tramo (v.), É mar­
decorativa ou dc sustentação, não cado, muitas vezes, por uma fai­ Arquitetura R«ddag»hau*en.
delimitando, portanto, nenhuma xa (um reforço longitudinal) ou Baixa Saxdma. primara metade do Sêc XIII
BasAca do Vê» nave», sistema vinculado.
abertura. Geralmente em seqüên- por uma nervura. Transepto, C0<0 de remate retHtneo com
Arma* funerária». Aqu>, escudo fúnebre. cia para formar uma arcada cega Arcos dc abóbada interrompidos, deamnulató,io c capela»
Ero carregado ê frente do morto durante o
funeral. HoiiigenbergWurtemberg. capela
(v.*). friso de — V. Ornato*.
do castelo. séc XVI. Renascença. Arco de triunfo* — I. arco ho­ Arcos divisórios V. Basílica*.
norífico romano; monumento pa­ Arcos, friso dc — V. Ornato*.
ra a entrada triunfal de um chefe Armas funerárias* — Armas co­
vitorioso e, ao mesmo tempo, ar­ locadas sobre o túmulo dc um ca­
co votivo para pedir aos deuses a valeiro. Entre elas, o escudo fú­
vitória. Sua estrutura de uma ou nebre, usado a partir do século
três cordas serviu, por exemplo, Xlll.
especialmente para as fachadas Arcos ogivais, friso de — V.
das igrejas medievais. Do Renas­ Ornato*. De origem islâmico-
cimento ao final do século XIX, normanda.
foi novamente construído segun­ Arco transversal — V. Abóbada,
do o modelo romano; 3., figs. 2b c 2c.
2. arco que separa a nave central Arquitetura cisterciense* — Es­ O convento ci»terc-on»e de Pontigny.
de uma igreja medieval do tran- quema arquitetônico rígido, ten­ 1150-80- forma tardia, com grandioso m
septo ou do coro. Às vezes é real­ dendo à simplificação, caracterís­ terpretaçáo da» normas arquitetônica», p
ex . coro po-gonai em substituiçêo ao co
çado por uma cruz triunfal, que tico da Ordem Cisterciense (fun­ ro rotiUneo.
pende da chave do arco ou é co­ dada em 1908 na Borgonha por
locada sobre uma trave que a li­ Roberto de Cister). Quase 600
ga às impostas. Próximo ao cru­ igrejas ocidentais (na .Alemanha
cifixo sào frequentemente coloca­ do século XIII) sc adequam às
normas arquitetônicas das casas-
matrizes de Clairvaux c Mori-
mondo (fundada cm 1115). Ca­
racterísticas: fachada sem torres,
uma única torre campanária (v,),
corpo longitudinal em geral com
teto chato e coro (v.) de remate
retilinco. extremo esmero nos ele­
mentos estruturais arquitetôni­
cos. meias-colunas (v.) dc supor­
te da abóbada terminando a meia
altura sobre mísulas (v.), Até c.
Roma. Arco 00 Constant.no.
em homenagem ê vitória «otxe 1150 as normas de construção são
Maxêncio na Pont* Milvfnica. aplicadas rigidamente; em segui­
312 d.C Três porta*: relevo» Arquitetura dsterciense Os piares pênse.»
em parte proveniente» de um da. sobretudo graças à influência <V> termnam em mísulas |K>. sem a‘cançar
arco anterior, o de Trajano. dos mosteiros e das tradições lo- O Chio

106 107
cais, dc modo mais amplo. Em al dc um edifício, ocultando o telha­
guns países europeus (Alemanha. do: 2. no espaço interno, a pare­
Espanha. Itália. Inglaterra), os de fina que sc estende entre duas
edifícios dos cistcrcicnses prenun­ cornijas c liga a abóbada (cm ge­
ciam o Gótico. ral cilíndrica) aos suportes. Clas-
Arquitrave* — Trave horizontal sicismo, Renascimento, Barroco.
que sc apóia sobre colunas, tan­ Neoclassicismo. É chamado an­
to na arquitetura clássica quanto dar ático um andar de pequena
nos estilos arquitetônicos dela de­ altura que cobre a cornija. carac­
rivados. terístico cm especial do Renasci­
Arquitrave síria* - Arquitrave mento tardio italiano c do Barro­
dc três partes, sendo a central en- co francês.
curvada como uma arquivolta. Atlas — V. Escultura arquitetô­
Cf. Serliana*. nica*.
Arquivolta* — I. a testa c o in- Atributo* — Objeto designado
tradorso do arco dc volta inteira como símbolo característico de
(v. Arco*), semelhante a uma ar­ uma personagem representada, Andrâ: Ba'10'omeu
quitrave (v.*) semicircular c as­ referindo-se à sua posição, aos cru» de S André taca, pele
sente em suportes: 2. no vào do
portal românico c gótico cada ar­
co que constitui a articulação do
vào do portal (v.), em geral cm
forma de astrágalo na arquitetu­
ra românica (v.). As arquivoltas
sào geralmente ornamentadas
com frisos dc bandas (cm especial
no período românico) ou por es­
tátuas (período gótico).
Artes liberais, as sete — Figuras
femininas que aparecem com fre­ Mateus
Tiago menor: Joio Evang, Judas Todeu:
quência a partir da época carolín- estandarte •mberbe: deva esquadro,
gia, cm número dc sete c com <xj bastão cUco e machado.
da viandante serpente atabarda
atributos. Personificam: I. oTrí-
vio: Gramática, Dialética. Retó­
rica; 2. o Quadrívio: Geometria,
Aritmética, Música, /Xstronomia.
Art nouveau — V. Jugcndstil.
Árvore da vida — V. Cruz, 17*.
Áspide — V. Símbolos cristãos,
2.*.
Astrágalo, Pérolas — V. Or-
nato*.
Astrágalo, trés quartos — V.
Tondinho*.
Ático — 1. parede baixa, em ge­ Paulo: espada Pedro: um# Fr-pe: bastio Simâo: serra Tomás:
ou duas chave» om formo do esquadro
Arqu.voltos decorada* num vão d» portal ral com coroamcnto de estátua, cruz (Cruz de ou Hnça
românico Samtes. França. sficuío XII. que cobre a cornija (v.) principal Sto An tomo)

108 109
milagres ou a acontecimento do os suportes do andar dc cima
particulares da sua vida; po se apoiam no térreo (lat. so-
exemplo, o tridente de Netuno, a larium).
chaves de São Pedro. V. Apósto Baldaquim* — (originalmente
los; Santos e seus atributos; Mu precioso tecido de seda de Baldac-
sas*; Santos auxiliadores. co, italianizaçâo dc Bagdá). I.
Átrio— l.cspaçocentraldashabi suntuosa cobertura de tecido so­
tações antigas, normalmentcaber bre o trono, sobre a cadeira epis­
to no alto; 2. v. Nártcx*. copal, o altar (v.), a cama (v.
Auréola* — Disco ou halo lumi Lambrcquim*) ou sobre o Santís­
noso ao redor ou acima da cabe simo, pregado cm paus c carrega­
do durante as procissões; 2. pe­ A o«o.: BoMaquim tobzo uma osUtua. GC-
ça de santos e anjos. tico A <».: baicdo. Bozdeoux. c. 1800. épo­
Azulejo* — Ladrilho de terraço queno c suntuoso telhado de pe­ ca noo<l4»»K»
ta. em geral esmaltado, utilizade dra em forma de calota, com fun­
como revestimento de paredes ção protetora, sobre estátuas e
pavimentos, fornos de cerâmica púlpitos (na arquitetura gótica).
No «'to: auréola, nimbo; ovzéofa do cruz.
Abaixo, halos luminosos; n-mbo Quadrado Sào famosos os azulejos dc Delft Barbacã Fortificação de um
de cor azul-cobalto. os azulejo: castelo.
hispano-islâmicos c os azulejo* Barra transversal — V. Vitral*.
ingleses da Idade Média. Base — Pé da coluna ou do pilar.
Azulejos, frisos de — V. Or- Base ática* — Embasamento da
nato*. coluna ático-jônica, formado por
dois toros c por uma canelura in­
termediária (tróquilo). Ao contrá­
Balaustrada* — V. Balaústre*. rio das formas da Ásia Menor,
Balaústre* — Coluncta redonda não possui plinto (v). Baio ibc«.

ou poligonal dc pedra ou madei­ Basílica* — (gr. sala real). 1.


ra, cm geral bastante ondulada e originalmente a sede administra­
modelada, que sustenta um para­ tiva do Arcontc Basilcu na Ágo-
peito ou um corrimão. O conjun­ ra dc Atenas;
to, flanqucado por pedestais, le­ 2. espaço coberto empregado pe­
A aso azulejo visto de tris (B folha, h co-
tarmhol. A diz.: no alto, azt/ejode prato; no va o nome dc balaustrada*. los romanos como mercado ou
centro, azulejo patol.forma; abaixo, azule­ Balcão* — Plataforma avançada, tribuna*, normalmente delimi­
jo historiado.
descoberta, com parapeito c si­ tado por naves laterais ou ter­
tuada nos andares superiores. minando cm uma tribuna (v.
Diz-se mirante* ou sacada quan­ Abside);
3. forma dc igreja* palcocristã.
No corpo principal (uma longa
sala encerrada entre colunas c co­
berta por uma abóbada ou um
madeiramento. à vista ou reves­
tido). a nave central (A) c bem
mais alta que as 2 ou 4 naves me­
nores (naves laterais, B); o espa­
ço sobre elas é ocupado por uma
fileira de janelas (elerestório ou
8oi*u»tr»da a. balaú»!'». b. podosul. janelas superiores). As colunas

110
são ligadas por um entablamcn- Batistério’ — Edifício central in­
to rctilíneo (v. Arquitravc) ou por dependente. muitas vezes octogo­
arcadas (v.), que sustentam as pa­ nal. Na época paleocristã c me­
redes laterais da nave principal dieval (séculos IV-XV), era co­
Aspendo*. basAca romana (paredes divisórias) e as separam mum ser construído a oeste das
das naves menores (arcos divisó­ igrejas episcopais. Dedicado a
rios). Em lugar da tribuna roma­ Joáo Batista. Na pia batismal (ao
na, reservada aos juizes ou aos centro da sala) é imerso o batizan­
supervisores do mercado (v. 2), do. Com o fim desse hábito, a pia
encontra-se, na abside atrás do al­ batismal foi colocada no interior
tar (E). a cadeira episcopal (Cá­ da igreja.
tedra, C) (v.). Cancelas do coro Bcma* — (gr. degrau, cadeira
BasAca p^oocfistí. pian.metna ideei itotxo
o modeto de S. Clemente, Roma. séc IV). (F) (v.) ricamente decoradas sepa­ do juiz). 1. sobrelevaçào do pres­
ram o espaço reservado ao altar, bitério no coro da basílica palco­
aos cantores, aos clérigos e ao cristã; 2. v. Ambom*; 3. espaço
atril (Ambom, G) (v.) do espaço ao redor do altar na parte leste da
reservado aos laicos. A ampliação igreja, limitado pelo iconostase Batistério. Albonga, séc. VI, batistério pa
leocnstâo Vista externa, vista >nterna com
da obra através de um corpo (v.); 4. púlpito da sinagoga (v.) a p.scma
transversal (transepto, H). um dedicado à leitura.
nártex (v.; vestíbulo, 1) e um pá­ Bexiga natatória — Elemento do
tio anterior descoberto (átrio ou rendilhado (v.) gótico cm forma
paraiso, J) com colunas (K) e pias de bexiga natatória dc um peixe
dc ablução (L). As torres são (a partir do século XIV) ou alon­
Esquema do basílica paioocr^t» acrescentadas só mais tarde e, cm gado, à guisa dc chama (v. Fiam-
geral, se localizam do lado. A ba­ boyant).
sílica sc desenvolve cm seguida c Biedcrineier — V. Estilo Bieder-
se enriquece com a cripta (v.*), o meier*.
cruzeiro (v.*), a tribuna do coro Bizantina, arte* —-A arte cristã
(v. Coro, transepto*), as torres do Império Romano do Oriente
(v.), a alternância dos suportes e sua zona de influencia. Bizãn-
(v.), a tribuna (v.*), o trifório cio (ou Constantinopla) é o seu
(v.*), a fachada oeste (v.). etc. No centro de irradiação. A arte bi­
Gótico tardio a basílica perde a zantina funde elementos palco-
Berna. Grécia. séc X. reconstruçio.
BasDica p«ieocr>st4 (Roma, BasDica do Va­ importância para a igreja-salào cristãos, alexandrinos e da Ásia
ticano. consagrada em 326) (v. Igreja, formas arquitetôni­ Menor cm obras exclusivamente
cas*): no Renascimento e no Bar­ religiosas. A sua produção pode
roco em favor das construções dc ser dividida cm períodos prin­
planta centrada e das igrejas de cipais:
nave única (v. Igreja, formas ar­ I. primeiro auge sob o imperador
quitetônicas*); Justiniano (526-65); construção
4. basílica de pHastras: é susten­ dc Hagia Sophia* (catedral do
tada por pilastras; Império do Oriente cm Constanli-
5. pseudobasílica: v. Igreja, for­ nopla). Propaga-se também em
mas arquitetônicas*. direção a Ravcna. O culto às ima­
Basílica escalonada — V. Escalo­ gens cristãs é posto em dúvida
Basílica. pado (Sigo^-he m-Elaa»». séc. XII. namento; Igreja, formas arquite­ c condenado pela Iconoclastia
RomSn.co). tônicas*. (726-853);

112 113
2. novo apogeu sob os imperado­ Suas formas arquitetônicas pre­
res macedônios (Renascimento feridas são a planta centrada (v.*)
macedônio, séculos IX-XH), cuja encimada por cúpulas c a basílica
influência atingiu Veneza (basíli­ de cúpulas (p. cx., Hagia Sophia*
ca de Sào Marcos) e a Rússia, que c a basílica de São Marcos). A es­
continuará ligada à arte bizanti­ cultura plena perde terreno, en­
na até a época moderna; quanto cm seu lugar floresce cm
3. última expansão artística na especial o relevo dc marfim. A
idade dos Palcólogos (1261-1453). pintura produz obras-primas cm
Em 1453 os turcos conquistam forma de mosaicos, miniaturas e
Constantinopla; a partir dc então, ícones (v.*). A gravidade solene
e ate os nossos dias, a arte bizan­ e fria das representações, inteira­
tina sobrevive no âmbito da reli­ mente presas às superfícies (c des­
gião cristã-ortodoxa. Sua influên­ pojadas dc paisagens), nasce da
cia é perceptível na arte românico- observação secular de um rígido
gótica francesa e alemã, como cânone arquitetônico* (v. Pro­
também na “forma grega” ou na porções, teoria das), que ccrta-
"bizantina” da produção artísti­ mente impede uma evolução mais
ca italiana do século XIII. notória, mas assegura à arte bi­
zantina uma continuidade de
mais de um milênio e meio: fenô­
meno único na história da arte.
No alto: ícone. Madona "Efaisa” lar. » co Boiserie — Apainelado (v.) deco­
moçio). sôcvlo XIV. esuo ru»so. Emboxo:
cSnon (regras arquitetônica») para a cabe­ rado com baixos-relevos e corni-
ça: o comprimento do nariz é a unidade do jas de faixas, próprio dos estilos
medida.
Regência e Rococó.
BrasSo. Oiroita o asquerda da harôldca.
Bossagem — 1. reforço dos ân­
gulos das obras com pedra lavra­
da; 2. v. Alvenaria, obras dc*.
kllf Braço da cruz — Cada um dos
braços do transepto (v.*).
Brasão* —- Insígnia cm forma de
escudo medieval, em geral com­
plementado por um cimo. O es­
Coro» borildicas
tudo da criação dos brasões se
chama heráldica A direita e a es­
querda se referem ao portador do
escudo, não ao observador.
I. As cores heráldicas9 são repre­
Constantmot^a, Hag a Sophia
(Santa Sotia). 532-37, consa sentadas pelo traçado nas ilustra­
grada em 562. Antêmio de ções em preto e branco.
Traile» e Isidoro de Maeto. Ba
sAca de planta centrada. As
2. As insígnias sào a) quadros he­
□bs.de» (oestoloste) e as na­ ráldicos, isto é. motivos colori­
ves laterais (norte e sul) funcio- dos; b) figuras comuns, isto é, ob­
nom como pô direito da cúpula.
Tribuna do imperador sobre o jetos ou seres vivos. Os brasões
Arma* nacKxiais inglesai <K. coroa: Z. ct-
nârtex. cada lado 4 encimado com mensagem apresentam o no­ meiro; W. figurai que seguram o escudo o
por uma tnbuna (Gynaikoion)
me do titular metaforicamente. a* armas: 0. divisa)

114
115
ou em forma de sinais. As peças levanta c a misericórdia* coloca­
secundárias são insígnias de car­ da sob o assento funciona “cari-
go c grau (coroa, pastoral, etc.). dosamente” como apoio para
Acessórios dc luxo são os escudei­ sentar-se. A misericórdia, assim
ros (v. Homens selvagens*, do como os lados que separam as fi­
século XIV). o manto heráldico las de cadeiras, é gcralmcntc or­
(do século XVII). c a divisa. V. namentada com drôlerie* (do
Troféus. francês drôle, representação gro­
Caíota IK> do um« abs.do
Broderie — V. Jardins, arte dos*. tesca) rústica c profana.
Bronze, fundição em — V. Escul­ Cadeiral do subdiácono — V. Ca­
tura, I*. deiral de três lugares.
Bucrãnio, friso de — V. Omato*. Cadeiral episcopal — V.
Cátedra*.
Caixotão — V. Lacunário.
Cadeuai t<A« lugoze». para nto» soUine» Cabeça com bico — V. Ornato*. Calota* — Cobertura semi-esfé-
Cabeça da trave — I. dintcl do rica, p. cx.. a abóbada da abside
entablamento do templo antigo; (v.).
2. v. Madeiramcnto*. Calota dupla — V. Telhado, for­
Cabeças de prego, friso com — mas dc. 10*.
V. Ornato*. Calvário* — Representação pic­
Cadeiral de três lugares* — Ca­ tórica ou escultórica da crucifica­
deira para o rito solene, dc três ção dc Cristo, com muitas perso­
lugares, normalmcntc encostada nagens. São cm especial célebres Calvâro, "Calva«o" em Trenoón, Bretanha.
na parede sul do coro, na qual o os Calvários (Calvaires) da Bre­ ■4c XVti

sacerdote c os seus dois diáco- tanha (grupos dc esculturas ao ar


nos descansam enquanto o coro livre).
canta. Camadas alternadas — Alternân­
Também na forma de nichos na cia dc camadas dc pedra dc cores
parede ou dc madeira entalha­ diferentes ou de estratos dc alve­
da, semelhante aos cadcirais do naria de pedra regular e irregular
coro*. (v. Alvenaria, obras de, IV, figs.
Cadeiral do coro* — Está colo­ 17 c 18).
cado junto às duas paredes late­ Caminata — (lat. - feito à mo­
rais do coro nos mosteiros, nas da dc chaminé). Local dc habita­
sés episcopais c colcgiadas, nor­ ção aquecido, sala das senhoras
malmente em duas filas de altu­ no castelo.
ras diferentes para permitir aos Campanário — V. Torre. I.
clérigos scntarcm-sc c ajoclha- Cancela do coro* — Na basílica
retn-se (a partir do século XIII). paleocristà, balaustrada baixa dc
Em geral, ricamente talhado e pedra ou gradeamento, às vezes
também apresentando, no Góti­ provida dc ambons (v.*), que di­
co. um baldaquim. vide a zona reservada aos canto­
Cada assento é chamado de ca­ res do espaço reservado aos fiéis.
deira do coro e c separado dos Na Idade Média, tem vários me­
Cado.rai de wo. due» f<^» <30 **»ento com outros pelo accoudoir (braço). A tros c nas igrejas com dcambula- Cancela do cozo. Hrfdeiboim. S: Micteel.
início do »éc. XI. e»Wo Otdnico Atr4» de­
doz»al. eccovctt-r. poo.ono» baiau*t<e». bat parede de trás chama-se dorsal. tório circunda com frequência to­ la. encottada 4 parede frontal do tramop-
daquun M.joncdfd-a com aMontoe de «em­
po. Ulm. Catedral. 1440-74. J. Syrimd A Quando se está de pé. o assento do o coro c possui no lado que dá to. a tribuna "do» anjo»", do tré» andaro».

116 117
para o corredor magníficas figu­ chamado simplesmente '•Cape­
ras em relevo. la”. Fm seguida, denominação dc
Candura* — Estriasou sulcos no pequenos recintos cristãos, inde­
fuste das colunas ou dos pilares pendentes, dedicados à oração
antigos. Na coluna dórica. sào se­ (batistério. capela mortuária, os-
paradas por arestas vivas; na co­ sário (v.); capela de palácio, ca­
luna jônica c na corintia. por ner­ pela dc fortaleza c dc castelo) ou
vuras. ligados a uma construção (cape­
Cânone — V. Proporções, teoria la do coro. v. Coro*; Lady Cha­
CanceU do coro com ambom. Roma. San das. pei. capela da nave menor ou ca­
Clemente, séc XI. c>M»os>çto e matéria* Canteiros, marca dos* — Do sé­
que remontam ao séc. VI.
pela lateral: capela entre os con­
culo XII ao século XVIII. marca trafortes; capela votiva).
com que normalmcntc os cantei­ Capela de dois andares* Igre­
ros indicavam as pedras por eles ja dupla, composta de duas cape­
pessoalmcntc trabalhadas. las sobrepostas c comunicantes,
Capela de dois andares. Efler. Palácio,
Cantoneira* — 1. rim, superfície comum até os séculos XII-XIII c. 1200
triangular, em geral colocada cm em palácios e fortalezas: a cape­
pé sobre um vértice, entre dois la inferior comportava o altar e
arcos* ou entre um arco e uma se destinava aos serviçais, en­
cornija retangular; 2. pendentes*, quanto a superior era ocupada
triângulos esféricos que permitem pelo trono do senhor, colocado
a passagem de uma planta poli­ frente à abside (v.*). Uma aber­
Canduras À esq.. dórica. > dir.: ióthco. G
- aresta. St - nervura gonal ou quadrada á base circu­ tura no chão permite ver o altar,
lar da cúpula (v.*). da perspectiva do trono.
Capela’ — (do latim cappa ca­ Capelas radiais V. Coro*.
pa). Termo proveniente da capa Capitel’ — Extremidade superior
de São Martinho de Tours, que de colunas (v.*), pilastras (v.*),
era conservada (após o século que permite que o peso caia so­
VII) no Palácio Real de Paris, bre os suportes. V. pág. 120.
num lugar destinado às orações e Cariátide — V. Escultura arqui­
Marca dos canteaos Gótico. tetônica*.
Carteia — Cornija decorativa
usada em geral em volta de em­
blemas. Renascimento. Barroco.
V. Ornato*.
Casa do castelão — Residência do
dono dc uma fortalc/a.
Cátedra’ Na igreja, cadeira do
bispo. No Palcocristianismo era
colocada na região absidal (v.
Abside), atrás do altar; após a
Idade Média, no coro, elevada ao
lado dos Evangelhos (v.); cm ge­
ral pomposamente decorada c
Cantoneiras NoiVtoáesq nm:4Or :cúpu­ Capolo Montmajour. Sul da França, Cnapd
com baldaquim (v.*). “Excathc- Capela de dois andares. Acima anda» su-
penor co«n a t'*una e o abertura quadrada
la com pendente esféncolH). At»xo:rimde ia Sto Cro-w. fnt do sóc XII Quatro abr dra (Pctri)" (lat. - cadeira de Pe­ que dá para o andar inferior: abaixo: andar
corado entre dod arcos, séc XIII Gótico des. dro). Serve para anunciar os dog- infcnor fiuremberg. Fortaleza, fnssóc XII

1 IS 119
CAPITEL mas papais irrefutáveis c infa­
líveis.
Catedral — Igreja episcopal dc
uma cidade.
Cávca — V. Teatro*.
Cela — Local principal do anti­
go templo, sem janelas, onde sc
GREGO ASTKJO ROMANO ANTIGO encontrava a imagem do deus. In­
Capito* oôxo: * partir Jóoko com voAjte». a Connto. » partir <so Capital compóetO
óe HOOa.C tA Abo port. de 600 a.C I V *♦< V « C IAK acan com ctom»n;o» (óni dica também a cela dos monges.
CO.Eequno KoMftet. vo*uU. S nervura. P to K calota) coa o corinvo*
G q«>n»l e»to!o. £ óvalol
Chave de abóbada* — I. pedra
colocada no vértice de um arco ou
de uma interseção das nervuras,
também modelada em forma dc
pomo: 2. fecho pendente de abó­
bada*. forma gótica tardia de
chave dc abóbada: pomo pen­ CAtedra sobro pódo Avignon, Fiança mo-
KOMAniCO dente. rxponai Notre Oamo-des-Oom». fim do *4
culo Xll
Cão*!* Ca flaura ov de Capitei em forma dc Chippcndale' — Estilo de mobi­
pr«9«* (P flauta» H co»um«fo: «4c. XI >K
cou»,ra>o> catou. Ke poiai liário inglês, remontando a c.
1750, assim denominado cm ho­
menagem ao marceneiro Thomas
Chippcndale (1709-79). No Chip-
pendale se fundem elementos c
formas decorativas do Barroco
inglês, do Rococó francês, do Gó-
Com f.g.ji«* Com t-gvxs» humana» Com aram*». Romin. Com parmata*. evolu
RomârSco tardo co tardo *4c X>.l Cio <5o cap tai cúbico-

Cadeira Crvppeodele

GÓTICO
Em forma de clhce: Capital em forma de Com foinaoem. forma Com fothaaom aahen
liattagem <Jo Rom*ru- c4i.ce. »oc xm. tre gótica pr<m.tiva to. Gótico tardo
co ao Gótco. quanto na* m».*«
Cplwn**

RENASCIMENTO BARROCO
Com totôc» ou folha* Com ddcot: Gótico Capital com acento Capitei rococó. Fecho do arco pendente do uma aoóoatla do Chovo de abóbada em forma de pomo. M t
de Cento, a partir «0 prirmtivo em votuta* c 1730 leque Wo*tmin»tar. Capela do Henrique detheim St. Mtchaef. Oauttro. c. 1250
Gótico pr-mitrvo VII. 1803-19 Estto Tudor. Estilo do trani^So
franca*

120 121
tico c da arte chinesa, com um re­ convento; 2. capítulo da catedral
sultado ao mesmo tempo confor­ com padres seculares (canônicos)
tável e funcional. O mogno é o c colégios não episcopais, com o
material mais usado. estatuto de monges, cm geral
Churriguerismo* — Estilo orna­ agostinianos; 3. obra pia para a
mental barroco, introduzido na assistência a homens c mulheres,
Espanha por José Churrigucra gcralmcnte nobres, que tenham
(1650-1725). com formas aparen­ ou não tomado os votos religio­
temente desordenadas c excessi­ sos; 4. escola privada dc conven­
vamente carregadas que invadem to com finalidades religiosas.
toda a construção. Columbário* — 1. pombal; 2. câ­
Cibório* — 1. pequena constru­ mara sepulcral romana c palco-
ção de pedra sobre colunas que cristã, habitualmente situada nas
cobre o altar (v.); 2. cálice (para catacumbas, onde, para economi­
as hóstias sagradas) com uma zar espaço, são conservados cor­
tampa, que no Gótico tem, às ve­ pos, restos de ossos e urnas fune­ Columbéno. Roma Catacumbas Era paleo-
zes. a forma de coruchéu; 3. v. rárias cm muitas pequenas cavi­ cnstâ
Tabernáculo. 3. dades que a tornam semelhantes
Cimácio — Friso ondulado. I. ci- a um pombal.
mácio dórico, geralmente pinta­ Coluna* — Elemento arquitetô­
do numa superfície de ângulo nico de suporte de seção circular,
agudo; 2. cimácio jônico. super­ poligonal ou perfilada. Original­
fície convexa com formas ovais mente sustentava a arquitrave
esculpidas (tortual com ovículos) (v.). a partir da época romana
e pontas de flecha; 3. cimácio lés­ também os arcos, que, por sua
bico, com folhas e pontas escul­ vez, sustentam as paredes; além
pidas cm forma de coração, dc disso é empregada sem função de
moldura côncavo-convcxa. V. suporte, apenas com finalidade
Ornato*. decorativa. Pode estar isolada ou
Clmalha — Cornija do entabla- encostada a uma parede ou pilar,
mento dos templos antigos, que sobressaindo parcialmcnte (um
funciona como goteira. quarto, metade ou três quartos dc
Claustro — V. Mosteiro. coluna). Se é alta, mas dc seção
Clausura — V. Mosteiro. reduzida, chama-se mcia-coluna.
Clerestório — Parte superior da As partes principais são a base,
basílica (v.). iluminada pelas ja­ o fuste e o capitel, das quais o
nelas que se abrem na nave fuste é elemento absolutamente
maior. indispensável. Ele pode estreitar-
Colarinho — Contorna a parte se no alto ou embaixo, ser dota­
superior do fuste da coluna. do dc êntase (v.) ou então ter uma
Colegiada — Igreja de um colé­ largura constante. A maior parte
gio (v.). das denominações da coluna se
Colégio — Instituto ççlçsiásiiço refere á sua forma ou posição:
ou privado com todas as pessoas, 1. coluna monolítica, de uma só Cctuna A esq : àntase» A i.nha externa
edifícios, bens imóveis que lhe peça; ponteada mdica a dreçAo do aumento, a
•ntorna. a d-stànc<a entre a base e o alto da
pertencem, c dotado dc seu pró­ 2. coluna cilíndrica, composta dc coluna. A d>r; elementos pnnopa-s de uma
CibOoo. c. 1400. Gótico prio estatuto. I. originariamente, partes cilíndricas; cokina rom»r*ca anelada

122 123
3. coluna crctcnse. estrcitando-st Coluna dos martírios* — Repre­ G*o
(Mf 26. 34|
embaixo; sentação da coluna onde Cristo
4. coluna canelada, com candu­ foi flagelado, junto com os ins­ Ek>wv* com v,r>»Qro
(Jo 19. 291
ras (v.) verticais: trumentos da Paixão. No alto da
coluna está o galo (Mateus, 26.34 Tocha
5. coluna anelada. com um ou <Jo 18. 3)
mais anéis ao redor do fuste*: c 69-75). Na parte da frente, mui­
SudâriO O» V»r0n<»
6. coluna espiralada. com o Cus­ tas vezes também há um Cristo (apócrifo)
te em forma dc espiral*: agonizante com sua coroa dc es­
Corlí»
7. coluna com nos"; pinhos. como Eccc homo (v.). <Mt 27. 21
8. coluna torcida*; Colunata* — Passagem ladeada
Atou»
£’■ 9. coluna com figuras dc ani­ por colunas que. ao contrário da «Mt 27. 261
mais*; arcada (v.), sustentam um enta-
E*p»da com orom»
10. coluna dc candelabro; blamcnto horizontal (arquitrave). <R Mako
11. coluna geminada, v. Gemina­ Coluna, três quartos de — Colu­ <Jo 18 10)

dos*; na (v. Mcia-coluna*) que sobres­ lanca


12. coluna fasciculada, comu- sai da estrutura do pilar ou da pa­ (Jo 19 34)

mente confundida com o pilar rede por três quartos da sua se­ CrWO coroaoo
ção. eip-rho*
(v.*) fasciculado. grupo dc colu­ (Mt 27. 29)
nas reunidas cm função do perfil Colunelo — V. Janela I. 6.
circular. Ordem dc colunas: dó- Colunelo da porta — V. Por­
rica, jônica. coríntia. v. p. II*; tal. 3.
romano: v. p. 14*. Complemcnlação óptica — Arti­
Coluna da Paixão — V. Coluna fício característico do Rococó
dos martírios*. (v.). Graças a ela obras artísticas
(p. cx.. altares laterais) que não
ColiXM torcida. Barroco
são dotadas de uma estrutura si­
métrica própria, como por exem­
plo as barrocas, constituem, se Coluna do* manfcio». B-iiarbock. *6c XV
Saioamento barroco.
acopladas, um organismo simétri­
co. O eixo da simetria sc encon­
tra portanto fora de cada objeto
e coincide com o do conjunto do
edifício.
Comunicantes, coros menores —
Coros laterais ligados ao coro*
principal através dc aberturas nas
paredes divisórias.
Concha — I. nicho semicircular,
normalmcntc coberto por calotas
(v.*); 2. absidc (v.*) semicircular.
Confcssio — V. Cripta.
Confessionário* — Assento para
a confissão, a partir de cerca de
1600 na forma atual: comparti­
mento de madeira de três paredes
A om coluna do nó». ao contro. coAjna tor­
ta. * d- coluna com fflura* «« animai».
— no centro senta o sacerdote, se­ Colunata Roma. Pfawa S. Pwo. 1646-67.
Romiruco parado por uma grade dos peni- Berr.ir. Vi»ta parcial

124 125
tentes, que se ajoelham um após Contraposição* — Posição de
o outro nas partes laterais. equilíbrio do corpo humano ere­
Construção de esqueleto — Siste­ to e das forças ascendentes e des­
ma arquitetônico que utiliza um cendentes que o influenciam. A
esqueleto de madeira (v. Madeira* posição c o movimento dos mem­
mento*), pedra (p. cx., os contra- bros sào determinados pela colo­
fones, v.*). aço ou cimento arma­ cação da perna de apoio c da per­
do disposto segundo uma estrutu­ na livre. Os eixos horizontais es­
ra reticular. O esqueleto desempe­ tão inclinados para o lado opos­
nha uma função de suporte; a sua to (p. cx.. a bacia está sobre a per­
forma é, portanto, determinada na de apoio, enquanto os ombros
pelo equilíbrio de forças. Essa for* estão abaixados) c reduzem o mo­
ma pode, como os contrafortes vimento a uma tensão sutil. A
góticos, scr visível externamente contraposição é uma forma de Contrapoi-cio A «*q , '•IdoJ.no". C 420
ou estar oculta por uma fachada ponderação (v.) c dc distribuição a C , cóp-Ji romana Co original gr«go. A dir..
'lmmacu'ata". c 1750. Fecbtmayr. Roco-
autoportanteou saliente. A cons­ harmônica das massas. Cf. Mo­ cô As tinhas do contrapo*-ç.5o IponWada»)
trução dc esqueleto visa, entre ou­ vimento de torsão gótico*. .ndicam O de*v»o «m r« seio ao Centro na­
tural do* eixo» horuont.» * do* joelho». da
ConfeííioMoo. Mar.enmunstor. ac tras coisas, o emprego dc materiais Cornija* — Faixa que se destaca bac-o. do* ombro* o do* olho». A *nha can-
abadia. 1720. Barroco
econômicos, através dc um uso horizontalmente da parede c acen­ VAI é determinada unicamente pelo pane
amplamentc racional das leis da tua as suas nervuras horizontais. jamento <Sp. perna Wvrol B-rnau. Santuário

estática. 1. cornijas do embasamento*.


Contrafortes* — Sistema arqui­ moldura superior da base; 2. fri­
tetônico, típico sobretudo da ar­ so decornijas*. posto entrc os an­
quitetura religiosa gótica. dares; 3. cornijas cortadas* (Gó­
I. contrafortes interiores: sistema tico). cornija cortada obliquamen-
formado por nervuras que vão te. corre abaixo das janelas econ­
das meias-cotunas aos pitares, so­ torna a moldura dos contrafortes
bre os quais cai o peso das abó­ (v.); 4. cornija de entablamento
badas; grego* (geison no templo grego),
2. contrafortes exteriores: os bo- separa a parede do teto ou do áti-
taréus se elevam, nas igrcjas-salão co. Laje saliente, frequentemen­
Contratorte oupio com arcobotonte* dupb
C*do»e ir.pfecaoo* loMan*. corodacote-
c de nave única, diretamente ao la­ te sustentada por mísulas (v.) ten­
oral com doambuUtório dup-'o e capelo* do das paredes externas, enquan­ do acima uma gárgula c goleira na
«•oi* lnJc<o do *ác. XIII Gó:«co tard«>
to nas basílicas estão dispostos cm parte inferior (para proteger a fa­
círculos em direção às paredes das chada da água); 5. também corni­
naves menores, ultrapassando-as ja deportas ou janelas, dependen-
cm altura. Arcobotantes passam
por cima das naves menores ligan­
do os botarétis à nave central c ali­
nhando-os aos arcos transversais,
que do ponto dc vista estático são
os mais importantes. Os contra­
fortes exteriores possuem, além
disso, a carga dos pináculos (v.),
que servem de contrapeso para a
Coin-ij tossoltada (á e*q . Palermo. Santa Com-ia prmcipoi goto» Corrvja cortada oá
Contraforte* do coro MaricnttMf. Hwnr> pressão lateral do telhado e das Anna. & d.r Stelgaden. WiMklrchv Bar- l-ca. Corni|a pr>nc<t>at do embasamento gó
convento c>íterc.on»e, c 1300 abóbadas. foco». t-co.

126 127
do dos elementos arquitetônicos (v.*), que no Barroco é substituí­
que coroa. Chama-se dc ressalta­ da por uma artística cancela dc
da* uma cornija que rodeia as sa­ ferro batido. A extremidade do
liências de uma parede, portanto coro (remate do coro) leva o nome
com um percurso nào rctilíneo. das formas geométricas que o la­
Coro* — Originalmcnte. na an­ do leste assume; I. remate
tiga Grécia, lugar das danças c circular* (típica do Românico); 2.
dos coreutas. Na igreja cristã, o remate retilíneo* (plano) (igrejas A es«j.. coro de remato redondo; no centro,
lugar reservado ao coro dos ecle- cislercienscs. Gótico inglês); 3. re­ coro de remate retiMneo oo piano. A d» . co­
ro retraído
siastas. Desde o período carolín- mate poligonal; em função do nú­
gio, indica o prolongamento da mero de lados na planta, p. ex..
nave central além do cruzeiro (tri­ rematè 5/8, 7/10, 9/16 (Gótico).
buna do coro), cm geral com ba­ Os vários tipos de coro sào defi­
se quadrada (cruzeiro do coro). nidos em funçào dc sua relação
Quando sc acrescenta a abside com as partes do edifício que o cir­
(v.), para remate do coro, o no­ cunda: I. coro retraído*. mais es­
me passa a indicar todo o conjun­ treito do que a nave central; 2. co­
to formado pela tribuna do coro ro escalonado* (v. Coro benedi­
Coro got<o 8iaut>evien. •gresa oo claustro,
s4C*. XV.XVI
e pela abside. No seu interior, sc tino): coro central e coros meno­
encontram o altar-mor (v. Altar), res gradualmcntc descendentes; 3. A eiq . coro escalonado: oo centro, coro de
três absdes; à d*.. coro de remate po-go
o Ostensório (v.*). a pia batismal coro com deai\hulalóri<> e natRemate 7/10docoromaK>r e 6 tOóo»
(v.*), os cadeirais do coro (v.*). absidiola* (Românico. Gótico): 4. coros menores.
o cadeira! de três lugares (v.*), coro de três absides* (Românico,
evcntualmcntc o cadeira! episco­ frequente na Renània e em Colô­
pal (v. Cátedra*). O coro sc apoia nia: também gótico): os braços do
solidamente cm alguns degraus, transepto terminam cm absides
mas, se houver uma cripta (v.), com o coro central. Disposição
ele é ainda mais elevado cm rela­ também chamada de trifólio; 5.
ção ao nível da igreja. igrejas de dois coros (arquitetura
Da época romànica em diante carohngia c romànica alemã) do­
(deambulatõrio*). cm geral, o co­ tadas também dc um coro do lado
ro c rodeado por um corredor, ao oeste, por isso sem fachada oci­
qual é ligado por arcadas abertas. dental.
Encontram-se, com frequência, Coro beneditino — Coro escalo­
no deambulatõrio, capelas dis­ nado com aberturas entre a par­
postas em coroa* semicircular, te central e as partes menores. V.
que se abrem ao longo da passa­ Coro*
gem c podem ser vistas também Corpo longitudinal — Parte de
do exterior. Quando todos os seus igreja (de planta longitudinal)
eixos se cruzam num único pon­ compreendida entre a fachada c
to, são chamadas de capelas o coro ou o transepto.
radiais. Corps de logls — Corpo central
Na Idade Media, o coro é. com do castelo barroco na pane fron­
frequência, separado do deambu- tal da cour d’honneur. onde se
latório ou dos coros laterais pela encontram os compartimentos do
Coros Uitorn.» comvoic antes: H. CO'O tnator; Corredor (deambulatócol com capelos c>s-
N. cotos Ute«3>S. WtfcJsee. iniciada em
cancela do coro (v.*) c da nave senhor. postas em coroo icopeUs radioHI- Cfer-
1479 central graças à parede divisória Cour d’honneur — Pátio nobre mont-ferrand, Notre-Damedu-Port

128 129
do castelo barroco, rodeado por refere. ChrlstVs saLVator noster
três alas e aberto para o lado da est, fVIt, crltqVc, fortls, plls
cidade. pl Vs et Vcrc MlrablLIs In slgnls
Crcpidoma — A parte descober­ saCratl panls: CIVLVVI1VII-
ta do estcrcóbato (v.*); ou a ba­ IIVVMIILIIIICI1 1345 (placa
se, normalmcntc dc três degraus, na Corte das Bcguinas, cm Ams­
do templo grego. terdã).
Cripta* — (gr. - passagem escon­ Crucifixo — Representação pic­
dida). Local parcialmentc subter­ tórica ou escultórica dc Jesus na
râneo. derivado da confessio pa- cruz.
leocristã (sepultura dc um santo Cruz* — Figura simbólica ou or­
sob o altar), sob o coro leste ou namental recorrente em muitas
oeste dedicado à conservação dc culturas de épocas remotas; na re­
relíquias ou à sepultura dc santos ligião cristã, emblema da Paixão,
Copu salto, formo pr>mit<va com quatro co­ c dignatários laicos. Formas pri­ ou melhor, da pessoa de Cristo.
lunas R*chenqau, St . Georg. 896-913. om
Mtdo C*ro)(ng>o. mitivas: cripta circular*, corredor Na representação da sua crucifi­
semicircular, com a câmara mor­ cação, a haste maior da cruz traz
tuária no vértice do arco; cripta a tábua com a inscrição INRI (Je­
de galerias, com uma ou mais ga­ sus Nazarenus Rex ludaeorum) c
lerias subterrâneas e também cru­ muitas vezes o supedâneo (apoio
zadas. No século IX, nasce na Itá­ para os pés) (fig. 19).
lia a cripta de naves*, mais tarde As formas mais comuns de cruz
introduzida na Alemanha. Nela, cristã são: I. cruz grega, tipo pre­
a abóbada, que normalmcntc co­ ferido na arquitetura sacra bizan­
bre três naves, é sustentada por tina: 2. cruz latina (crux immis-
colunas c, às vezes, ultrapassa a sa), tipo predominante na arqui­
base do cruzeiro (v.) principal que tetura religiosa ocidental da Ida­
a cobre. O fato de tornar-se mais de Média; 3. cruz cm T ou dc
alta obriga à elevação do coro. Santo Antônio (crux cornrnissa),
Cristo Pantocrator — Represen­ cm geral suplício para os ladrões;
Confa&o com cripta circular; 4 um* cima-
'» monuto* too o altar-mor que pode ser tação de Cristo como senhor do 4. cruz dc São Pedro, crucifica­
•Jcançoda atravto de uma galeria circular mundo, com o Livro da Vida na do de cabeça para baixo; 5. cruz
com uma abertura.
mão esquerda e com a mão direi­ de Santo André, em que foi cru­
ta levantada. A partir do século cificado o apóstolo Santo André;
IV é um tema importante na arte 6. cruz em forquilha; 7. cruz dc
cristã, representado com frequên­ Lorena; 8. cruz egípcia (crux an-
cia sobretudo na calota da absi­ sata), originalmcntc símbolo egíp­
de (v.) e entre os Evangelistas cio da vida; 9. cruz pontifícia, cu­
(v.*), ou seus respectivos símbo­ jos braços transversais correspon­
los, como Maiestas Domini ( = dem ao sacerdote, mestre, pastor;
grandeza do Senhor). 10. cruz de Constantino, mono­
Cronograma — Inscrição em lín­ grama dc Cristo formado pelas le­
gua latina cujas letras são. ao tras gregas X (chi) c P (rho), ini­
mesmo tempo, algarismos roma­ ciais da palavra CHRistus; 11.
Cripta nos (I, V. X, L, C. D. M) que, cruz russa, cuja barra transversal
Cripta do naves sob igreja romintca (corte somados, fornecem o ano do representa provavelmente o supe­
longitudinal) acontecimento ao qual a escrita se dâneo; 12. cruz repetida, cujos

130 131
braços também reproduzem cru­
zes; 13. cruz dc muletas (os 4 bra­
ços sào em forma de muleta; 14.
cruz dc âncora; 15. cruz trifólia;
16. cruz de Malta ou de São João;
17. cruz dc árvore (árvore da vi­
da com flores, folhas c frutos);
18. cruz sem ramos.
Cruzeiro* — Superfície quadra­
da ou retangular que resulta do
cruzamento do corpo longitudi­
nal com o transepto. No Româ­
nico torna-se a unidade dc medi­
da do sistema de tramos quadri-
partido (v.*). Leva o nome de CúpuU Fig. 1 — Cúpula »u»pen»alH.pen
cruzeiro separado se for de plan­ dento; F b»»o circular). F>g, 2 - Cúputa de
pendente» o»t«r>cos (P. pendente» a»fén F>ç 3 Cúpula de trompa» <T. trompa; Kl,
ta quadrada c dividido pela nova co»; F baie cecuiar) abâbada de arco de clauatro octogonal).
nave central, pelos braços do F«fl 4 Cúpula hemitfénca com tambot
Cruz. n ■ placa de inicrrçio. b • braço* da iTb) IP pendente »»lírico; F base cécular)
cruz; c ■ tronco da cruz; d ■ «uped&r.eo transepto e do coro, que têm to­
dos a mesma altura (só século IX
cm diante) através dc arcos do funções diferentes: I. quando o
cruzeiro, apoiados, por sua vez, circulo da cúpula atinge os ângu­
cm pilares do cruzeiro. O exem­ los da base sobre o qual se apóia,
plo mais antigo que até hoje se os pendentes se tornam partes da
conservou é St. Michael de Hil- cúpula. Esta, por sua vez. adqui­
desheim. 1010-33. Os arcos do re então o nome de cúpula sus­
cruzeiro reduzido têm os vértices pensa e parece uma semi-esfera Fig 5 Cúputa hemiífírica Fig 6 - Ca­
cortada vcrticalmcntc (figs. 1 c 6); lou boími»
dc alturas variadas e/ou se
apóiam cm misulas que estão fo­ 2. quando a base circular da
ra dos pilares do cruzeiro, restrin­ cúpula estiver inscrita na base da
gindo consideravelmente a passa­ estrutura inferior, os pendentes se
gem. O cruzeiro pode ser eviden­ tornam elementos independentes
ciado externamente por uma tor­ da cúpula, chamada cúpula de
re campanária (v.*) ou por uma pendentes (fig. 2). Na cúpula de
cúpula. trompas, a forma quadrada da
Cruzeiro do coro — V. Coro; infra-estrutura é superada e apa­
Transepto. fig. 3. rece na forma octogonal, unida, F>g. 7 - Cúpula rebaixada, f-g 8 — Cúpu­
nos cantos superiores, por trom­ la ogival.
Cupido — V. Escultura arquite­
tônica*. pas (scmiconcs ocos). Sobre o oc­
Cúpula* — Abóbada dc curvatu­ tógono se assentam os pendentes
ra regular que cobre um espaço da abóbada de pavilhão octogo­
redondo, quadrado ou poligonal. nal (fig. 3) ou a base redonda da
Cruzeiro. Ropreieruaçlo •iquemlto do A passagem da planta poligonal cúpula hemisférica (fig. 5). Entre
outeiro e dí torre numa basílica de coro es­
para a curva da base da cúpula é os pendentes (ou as trompas) e a
calonado. V — cruze-ro; Vt — torre do cru­
zeiro; O - braço» do transepto; Ch - co­ feita através dc pendentes (fig. 1. cúpula está muitas vezes presen­
ro. A - abs-de; N - core» menores com
H e fig. 2, P). Estes sào triângu­ te um tambor cilíndrico (ou oc­ F<g 9 Cúpula de cebola Fig. 10 - Cúpu­
ab*>d<o.'a». M - nave princ-pal; S - nave»
laterai». los esféricos mas têm às vezes togonal). onde inclusive podem la de prege»

132 133
ser abertas janelas (figs. 4 c 11). Dente dc cão. friso dc — V.
Às vezes, a cúpula termina no al­ Ornato*.
to com uma abertura redonda pa­ Denticulos — 1. friso das ordens
ra a iluminação, o óculo (opaion, jônica, coríntia c romana que imi­
opaeuin), ou com uma pequena ta as pontas das traves dos edifí­
cdícula com aberturas, a lanter­ cios arcaicos dc madeira; 2. mol­
na. As grandes cúpulas sào. com dura alemã, v. Ornato*.
frequência, de calotas duplas, is­ Despojos — Elementos arquite­
to c. constam dc uma cúpula in­ tônicos reciclados de obras dc
terna oca c de uma proteção ex­ épocas anteriores, p. ex.. colunas,
terna (fig. II). Existem também capitéis, frisos, arquitraves. Pro­
cúpulas de calota tripla (fig. 12). cedimento muito comum na épo­
Formas posteriores dc cúpula: ca­ ca palcocristà.
lota boêmia ou cúpula de penden­ Destacado — Diz-se das estrutu­
tes (fig. 6); cúpula rebaixada (fig. ras adossadas, livres ou presas
7). meia-cúpula (v. Calota*); por anéis a uma parede, a uma
cúpula ogival (fig. 8); cúpula dc coluna, a uma pilastra ou a um
cebola (fig. 9); cúpula dc pregas pilar.
f >9 11 CúptXa do duas calotas: a lanter­ (fig. 10); cúpula dc nervuras, sem
na; b calota externa; c calota interna com Diabos* — Os anjos expulsos por
escada, d Atico; e tambor (Roma, Sào Po função portante; cúpula dc lacu- Deus (Rev. 12, 7) c o seu chefe
dro) nários (Roma. Panteão). Na ca­ Lúcifcr (“aquele que traz a luz”,
lota da cúpula oca, p. ex., dc ân- Isaías 14, 12). Suas representa­
foras, há tubos de barro cm for­ ções simbólicas c alegóricas sào.
ma dc vaso, dispostos cm espiral, cm geral: animalescas: serpente,
para torná-la mais leve. áspide, basilisco, dragão, leão (da
Curtain wall — Fachada suspen­ era protocristà); humanas: anjo
sa. ou revestimento dc fachada negro (do início da Idade Média),
sem função estrutural, em geral moça bonita c sedutora; defor-
dc metal ou vidro. mame: diabos com orelhas pon­
tiagudas, chifres, com pés dc bo­
D>abo Autun, escultura em capitel da ca­
de c rabo, com asas c pele de mor­ tedral. S*c XII. RomAnico.
Damasquinagem — V. Incrus- cego, negros, vermelhos ou ver­
taçào*. des. armados com forcado ou tri­
Deambulatório — Corredor que dente. A partir do século XII,
rodeia o coro (v.*). motivo frequente na escultura da
Decoração — O conjunto de to­ arquitetura de origem francesa
dos os objetos e ornamentos que (V. Escultura arquitetônica).
servem para embelezar; também Diamantes, friso dc — V. Or­
cênica o conjunto dos motivos ornamen­ nato*.
tais de cada obra: uma fachada, Dintcl — Trave horizontal que
um interior, etc. Nos objetos em remata uma porta (v. Portal*),
cerâmica, diz-se desenho. uma janela (v.*), uma lareira (v.),
Dccoratcd style — Segunda fase um arco reto ou adintclado (v.
do Gótico inglês. Arco*).
Dentado, friso — Moldura ale­ Díptero — (gr. - duas asas). Mo­
mã. v. Ornato*. delo de templo clássico com co­
Dente dc cão V. Ornato*. lunata dupla.

134 135
Diretório’ — Denominação de Mandamentos cai da sua mào;
uma fase do Neoclassicismo fran­ Eelésia é representada em posição
cês que sc desenvolve no período ereta de vencedora, com a coroa,
do Diretório (1795-99). A deco­ a insígnia com a cruz c o cálice.
ração dc interiores imita as pin­ Edícula* — Denominação usada
turas murais pompeanas. com vários significados: 1. peque­
Donjon Torre habitada dc um na construção cm forma dc fren­
castelo. te dc templo para a colocação de
Dormitório — Dormitório do uma estátua; 2. na época cristã
mosteiro (v.). primitiva, monumento tumular;
Dorsal — V. Cadciral do coro’. 3. no início da Idade Média, ca­
Douradura — A pintura ou o pela particular; 4. hoje, geralmcn-
douramento de esculturas dc pe­ te pequena construção aberta
dra ou madeira para ornamentá- (com ou sem tímpano), de pouca Ed*Culn Roma. Pantoto

las c conservá-las. Antes da dou­ profundidade, apoiada cm supor­


radura, a madeira é recoberta tes c com o lado posterior encos­
com uma primeira camada dc tado a uma parede; 5. tabcrnácu-
Pd»>*. BtKjdw do Patíc-o Gôvtbiò«e F. j Io sobre o altar (v.).
a^iiinge» A do^csOa dacoracSo interna, gesso, argila ou com uma tela. Às
sem relevo, -risp.ra se em mo<Je'os pompea vezes, também se pinta dircta- Edifício centralizado* — Cons­
nos E»!> o Owetdrio trução que se desenvolve simetri­
mente com tinta a óleo. A dou­
radura é praticada cm todo lugar, camente cm torno dc cada lado dc
com poucas exceções, até a épo­ um corpo central de planta redon­
ca barroca. da, elíptica, quadrada, poligonal,
Drôlcrie - V. Cadciral do coro’; cruciformc, dc quatro ou mais
Ornato’. absides. A essa conformação
espacial corresponde o teto de
cúpula, que cobre inclusive os
Early English — Denominação braços laterais (basílica com plan­
do Gótico primitivo inglês. ta dc cruz c cúpulas), enquanto é
Ecce homo — Cristo como ho­ frequente, depois, o acréscimo de
mem agonizante, com a coroa de elementos arquitetônicos. Na
espinhos, as chagas, a faixa ao re­ época clássica, o edifício centra­
dor dos quadris, em geral com o lizado assume a forma de tumba
véu c as correntes. A partir do sé­ (v.) c dc templo circular. A épo­
culo XIV sobretudo na Alema­ ca cristã primitiva c a Idade Mé­
nha. V. Coluna dos martírios’. dia privilegiam a construção dc
Eelésia c Sinagoga’ — Alegoria planimetria longitudinal, ao lado
do Novo Testamento (dos cris­ do qual o edifício centralizado
tãos) e do Antigo (dos judeus). aparece principalmcnte como ba-
Representadas por duas figuras tistério (v.’) c como capela sepul­
femininas, de acordo com a dou­ cral ou palatina. A arte bizanti­
trina que vê no Antigo Testamen­ na (v.’) constrói também igrejas
to a preparação e a profòiizâçào centralizadas de uso comum. 0
e no Novo Testamento a realiza­ Renascimento, o Barroco e o
ção. Sinagoga aparece com uma Neoclassicismo insistem dc modo EdiJfoo centrabzado Constantinopia. Igre
especial na planta centrada, fre­ |a do» Apo«to*o». 527 85. dettruída em
Ecl4s<aeS>naçoga Estraitxjrgo Portai sul venda nos olhos e uma lança que­ 1483. í • primei»» igreja crlstl com piant»
«a Catedral, c 1230 Gót.co brada. enquanto a tábua dos De? quentemente acrescentando a ela de crur grega

136 137
um corpo longitudinal. Na arqui­ mens. Oposto: lado dos Evange­
tetura moderna, a planta centra­ lhos (v.).
da sobrevive cm especial nos edi­ Equino — Parte do capitel dó-
fícios dedicados a reuniões (igre­ rico.
jas, estruturas esportivas). Escada* — Lanço-, sequência
Embasamento — Pedestal, soco 2
ininterrupta de degraus: braço de
de um elemento portante ou dc escada: lanço que conduz para
uma estátua. V. Balaustrada. um lado diferente do segundo
Emblema — (gr. - peça inserida). lanço (escada interrompida), mas
Na Antiguidade, decoração me­ tem cm comum com aquele um
tálica dc caráter simbólico, mais patamar. Cada braço pode vir a
tarde expressão genérica para ter também lanços cm direções di­
símbolo (v.*). atributo (v.*), in­ versas. Chama-se de dois ou mais
sígnia. braços uma escada que: a) não
Encontro — Suportes de arcos começa c termina com o mesmo
(v.*), abóbadas c pontes (arcadas lanço ou b) partindo de um pata­
dc). construídos para compensar mar comum, divide-se em dois
o peso das pressões laterais. lanços que conduzem a direções
Enfilade — Sucessão de cômo­ diferentes, p. ex., opostas; os so­
dos, cujas portas sc situam no cos delimitam a escada lateral-
mesmo eixo. Barroco. mente (soco externo c interno).
Entablamento* — No templo Escada cm caracol — Escada que
grego o conjunto de arquitrave, dá voltas cm torno de uma colu­
friso c cornija. na vertical ou de um vão; espe-
Entulhe ein pedra — V. Escul­ cialmentc no Gótico tardio c no
tura*. Renascimento, torna-se uma re­
Êntase — Pequena dilatação da finada obra de arte. V. Torre,
coluna (v.) até mais ou menos a 2.*. Escadaria, v.*.
metade do fuste (estilo clássico c Escadaria* — Escada descober­
estilos dele derivados). ta anteposta à fachada dos edifí­
Entrelacs — Faixa com arabcsco, cios. No Renascimento e no Bar
Entablamonto de um templo grego d» oe- v. Ornato*. roco, modelada dc forma repre­
dom dór.ca. A - a»auitrave; f — friso de Envasadura obliqua — Superfí­
métopo» com t rígidos. K - cornrji prinopal sentativa. Com frequência realça
cie oblíqua originada da abertu­ a simetria dc uma obra.
ra numa parede dc uma janela ou Escalonamento — Disposição em
dc um portal. Um corte vertical degraus dc corpos de construção
forma envasadura reta. O portal
de vão oblíquo românico e góti­
co é. com freqücncia, ricamente
decorado c embelezado com está­
tuas. V. Janela. I, 2*; Portal*.
Escada 1 - de um longo; 2 - de do* lan­
Epístola, lado da — O lado da ço»; 3 - de doi* lanço» oposto»; 4 - de
igreja c do altar à direita da en­ tré» lanço» • doi» braços (pr.me.ro» degrau»
comun»); 6 - de quatro lanço» o do-» bra­
trada oeste, onde é lida a Epísto­
ço» (último» degrau» comuna). 6 -- dose.»
la. Também chamado “lado dos lanço» o doi» braço» (inicio e fim comun*);
homens” porque a partir da Ida­ 7 - do tré» lanços e doi» braço» (degrau»
Escodarur Stuttgart. Sct'O»s Soldude. m>ci»4 comuns, a chamada "Escada impe­
de Média ali só sentam os ho­ 1763-67. Barroco tardio rial". segundo Han* Koep(l

138 139
e elementos arquitetônicos. Pode- Na moldaRcm em pedru. a obra
se encontrá-lo. por exemplo, no e obtida através dc uma massa dc
coro escalonado; no frontào esca­ pedra pulverizada (geralmente
lonado; na basílica; no salão es­ calcária); p. cx., na arte do Góti­
calonado; na pseudobasílica, isto co tardio do Sul da Alemanha.
é. na igreja-salàocom paredes de­ III. A escultura de madeira. Até
senvolvidas. mas sem iluminação: o Renascimento as esculturas de
na basílica escalonada com pelo madeira c de pedra eram sempre
menos cinco naves de ah ura igual pintadas (v. Douradura).
à da nave central; na arquivolta. IV. Estuque. Mistura dc gesso,
na arcada. calcário c areia, fácil de modelar,
Escultura* — Arte de plasmar mas de rápida secagem. E empre­
corpos desde os primórdios da gado cm escultura c decoração dc
história. paredes. O estuque marmoreado
« Gêneros: modelado e relevo (v. ê colorido com pó de mármore e A esc Atunte Praga portal do Ciam
Escultura arquitetônica). Mate­ Ga-a» Palxs. 1707 M Braurvvon Broun A
pintado cm veias (imitando o dir Ca>-atde ou Kore. Atena», Erecléon
riais: bronze, pedra, madeira, ar­ mármore, espccialmente no Bar­ •120-410 a C
gila. marfim, cera, metais precio­ roco). Sc alisado com uma dc-
sos. materiais sintéticos, etc. As sempenadeira aquecida, leva o
Moldagem em txonzo Um modelo oe ar«.
técnicas mais importantes sào: nome de estuque lustrado. Sécu­
Io ou a«no consbtu o K núcleo; W nnta I. A moldagem em bronze (lat. — lo XVII c XVIII.
lhe. F manto; M vareta» do metal Impocem aes Brundisium, das oficinas mc
a »npnroc«o do núcleo o do moda. tubo da Escultura apotroplica — Produ­
entrada para o bronze fundido R tubo de talúrgicas dc Brindisi). O molde ção de escultura com função dc
*a«da para o cera previamente preparado pode scr proteger contra os espíritos ma­
empregado dc dois modos dife­ lignos (v. Escultura arquitetôni­
rentes: I. moldagem em forma ca. carranca*).
persa*, permite uma única utili­ Escultura arquitetônica* — Es.
zação do molde cm argila ou ges­ cultura colocada no interior ou
so; 2. no processo com fôrma de no exterior dc um edifício, cm es­
areia o revestimento dc gesso não treita conexão com a sua estrutu­
é destruído durante a fundição, ra arquitetônica. Verdadeiras de­
mas separado em pequenas par­ corações (p. cx.. os frisos) ou ele­ Hermes Ae«q:<*o»*<Ui.Herrenhai>»en.pat-
tes. que sào conservadas como mentos estruturais plásticos quedocatteio.c .1700 Barroco Àd,r Her-
mes. com função de te'am4o sobre uma
fôrmas negativas. Processos mo­ (meias-colunas, rendilhados. etc.) póaritrn Drasden.Zwingar. 1 709 B Prumo
dernos empregam moldes flexí­ pertencem ao ornato. mas não ser BarroCO
veis de materiais sintéticos que devem ser confundidas com a re­
também podem scr separados presentação figurativa, que sc
através dc incisões profundas. apresenta tanto na forma de es­
II. Escultura depedru. Depois dc tátuas quanto na de relevos. Os
um esboço na pedra, normalmen- períodos dc florescimento da es­
tc é feito um modelo dc gesso de cultura arquitetônica sào o Cias-
tamanho natural e. em seguida, sicismo. o Românico tardio, o
se esculpe na pedra o original, à Gótico e o Barroco. Com o Nco-
mão livre ou com o auxílio dc ins­ classicismo. é superada pela escul­
F«Cultura em oodra A» parte» -nacaboda» trumentos dc medição. As partes tura livre, que renuncia a referên­
permanecem "ameaboço" Fknonça. Gol
toru» neir Acendem.* • Despertar do ever* inacabadas da escultura de pedra cias arquitetônicas.
vo' ApOs 1519 V-cholançelo sào chamadas de "cm esboço”*. As formas da escultura arquite- Amorette Rococó.

140 141
tônica figurativa que ocorrem Puni, crianças nuas com ou sem
com maior frcqüència sào: asas, versão dos anjinhos góticos
acrotério (gr. • parte mais eleva­ que se propagam, desde o início
da). folhas dc acanto. palmetas do Renascimento mas especial-
(enquanto tais, próprias do orna­ mente no Barroco, nos altares,
to), ou figuras esculpidas (leões, pinturas, órgãos, paredes, abóba­
esfinges, etc.) que ornam o tím­ das c galerias das igrejas. Suas ati­
pano dos templos e monumentos tudes reproduzem simbolicamen­
fúnebres. Presente na época clás­ te o tema principal a que estão
sica. no Renascimento, Ncoclas- ligados;
sicismo; Atlas*, ou Atlante, for­ carranca*, cabeça esculpida em
Escultura do canteiros. Pitlgoras. Cbartres,
te figura dc homem cujo nome forma animal ou humana para Catedral. arqu>vo!ta do portal oeste.
A «SQ : Cupido trepo A a* Putto perten deriva do portador da abóbada afastar maus espíritos; nas casas, 1145-55 Gótico prwnitivo.
cento * VI Estaçío d» Via Crúci»; Verônica nas igrejas românicas, nas pias
pega o sudôno de Cnsto 8<nav. c 1 750. celeste c que sustenta o edifício
Feicbtmayr. Rococó. cm lugar dc pilares c colunas; batismais (v. Escultura apotro­
Cariátide*. ou Kore, equivalente paica);
feminino do Atlante, com vestes mísutas esculpidas, têm motivos
longas. Por causa do comporta­ de conteúdo apotropaico (v.*),
mento traiçoeiro da aldeia de retratístico, religioso c humanisti-
Karyai nas guerras persas, todas co. V. Mísula*; Marca do mestre-
as mulheres que ali viviam foram arquiteto*;
tratadas como escravas. Por isso escultura de canteiros*, ou tudo Ba-«o relevo, assino
o nome cariátide = escrava. Ida­ o que era criado nos canteiros dc
de Clássica e períodos sucessivos obras para a construção das igre­
ao Renascimento; jas medievais, com função dc es­
Hermes*, embora este nome in­ cultura arquitetônica. A ela se
dique mais propriamente um ti­ acrescenta a escultura arquitetô­
po de escultura antiga (cabeça dc nica que sucede ao Romànico pri­
Cabeça apotropaica. carranca. Manen- mitivo, que ainda era, na sua
munster, Rornimco Hermes sobre um fuste retangu­
lar). a partir do Renascimento as­ maioria, realizada pelos monges.
sim se designa também o busto Na França, é mais frcqücntc no
semelhante ao Atlante aplicado portal c na fachada das igrejas;
cm pilares e lesenas; na Alemanha, normalmcntc é co­
Eros*. menino cm geral alado re­ locada no interior das igrejas;
presentando o deus do Amor, que relevo*, escultura feita sobre uma
aparece cm cenas profanas sobre­ superfície plana c mantendo uma
tudo a partir do Rococó. similar visível relação com essa superfí­
aos antigos Cupidos; cie. Formas principais determina­
Cupidos*, crianças com asas, es­ das pelo grau de destaque das fi­
pécie de pequenas representações guras: 1. relevo achatado — as
dc Eros. Difundidos no Hclenis imagens são escavadas na super­
mo como figuras complementa­ fície c nào sobressaem cm ne­
res ao conjunto das esculturas: nhum pomo: 2. baixo-relevo*; 3.
também presentes nas esculturas meio-relevo*-. 4. alto-relevo*. No
Escultura de canteiro». Grupo da Anunc<a- murais (Pompéia). Deles derivam relevo mais rigoroso, as figuras Relevo de bronze. A metade •nlerkx é em
ç*o: o Arcanjo Gabr»el e Mari». Raima, Ca­ sào visivelmente separadas do b*«o e me^neíevo. o busto em alto relevo.
tedral. portal m.»or oeste. segunda metade
os anjinhos góticos e os putti do HUdesbeim. Catedral. Porta de Bemward.
do sèc Xill Gót>co Renascimento e do Barroco; fundo, no relevo pictórico se fun- 1015 Estüo Otónico

142 143
dem com a base. que. por outro águia (provavelmente atributo do
lado, constitui frequentemente Evangelista João), cujas grandes
um fundo arquitetônico ou pai­ asas sustentam o livro. Pode-se
sagístico. Entre os relevos da An­ encontrá-la no coro (v.), nas pa­
tiguidade. são particularinente cé­ redes divisórias (v.) ou no ambom
lebres nos templos os relevos das (v.*).
métopas (superfícies quadradas Estátua — V. Escultura arquite­
com relevos sob a goteira do tem­ tônica*.
Esgrafito M - muro. P - tripla camada de plo dórico. alternadas com méto­ Esfauroteca — V. Relicário*.
reboco da cora» diferente»
pas de friso de triglifo) e do w'm- Esteia — Placa com inscrição, pe­
pano dos frontôes triangulares. dra sepulcral (com o retrato do
Esgrafito* — Técnica de pintura defunto) ou lápide de pedra colo­
mural resistente aos agentes at­ cada verticalmente. Antiguidade.
mosféricos. em que camadas dc Estcreóbato* — Embasamento A e»q estante de coro. Meschede. St
colocado sob os degraus do tem­ Wakburga. 1965 À dir estante de coro
reboco de várias cores são raspa­ com âgi.-a Aacben. Cetedr»!. Gótico
das até aparecer a cor desejada. plo grego.
No Renascimento, na Itália, o re­ Estilo Biedcrmeier* Fusão hu­
boco preto, cinza ou vermelho era morística. de autoria de V. von
recoberto dc branco, c os dese­ Scheffels, dos nomes "Bicder-
nhos eram gravados na tinta ain­ mann” c “Bummcltnaicr”. que E*trl«MI>-------------- T

da fresca. indicam dois tipos dc filiteísmo


Esquema arquitetônico de alemão (do “Flicgenden Blãttem”
Vorarlberg* — Modelo arquitetô­ dc 1848). Designa tanto o estilo de
nico de igrejas, utilizado frequen­ vida quanto o das casas, na Ale­
temente pelos mcstrcs-dc-obrasdc manha. no período anterior à re­
Vorarlbcrg(Thumb, Becr, Moos- volução dc 1848 (1815-48). O Bic-
bruggcr) por volta dc 1700. dermeier não desenvolve certa-
Estante de coro* — Apoio incli­ mente uma arquitetura própria
nado para livros, colocado no pa­
rapeito do ambom (v.*). da pa­
nem uma escultura importante, no
entanto produz mobílias c pintu­
w I
rede divisória (v.*) ou no coro (v.) ra características. A mobília neo- Estereóbeto de um templo dórico grego

sobre um pilar. Utilizado para a clássica dc estilo Impérioésimpli­


leitura do Evangelho ou das Epís­ ficada. O excelente trabalho dc
tolas ou para apoiar as partituras madeiras venadas (cerejeira e
do coro da igreja. mogno dc tonalidade clara) e os
Estante de coro com águia* — estofos dc riscas ou flores, assim
Estante dc coro cm forma de como a delicadeza das linhas, con-
fcrem-lhc características ainda ho­
O esquema etquitetóoico de Voreiberg se — o transepto 0 mais estreito do que a na
infunde em torno de 1700 em toda a Ale­ ve e se sobressa- muito pouco. je apreciadas. Na pintura, o Bic-
manha e ne Suíça, sobretudo atravds dos - o presbitério ♦ oncunado ou alargado, dermeier é representado pela sá­
premonstratenses e dos beneditinos Carac­ segundo as necessidades de ampbacSo dos
terísticas prmcipa-s: espaços laterais do co«o Os pdares sío iso tira elegante das citadinas de Spitz-
- igreja de prfsstras - do nave únca sus­ lados a parta da base, de maneia que o co­ weg, pelos desenhos pitorescos dc
tentada po' pilastras. entro as qua>s se co ro 80 transforma num soMo com tribunas;
Ideam. luúâr rtêvi* UWM, abóbüU cóhtdber. totó eompndo sobra Waldmullcr e pelos rei raios de sé­
fas em forma de rvebot fesquema da Cme- a nave principal, abóbadas transversa» so rios cidadãos dc Oldach.
sa dei Gosú, v pSg 46*); bre as capelas e as tr.bunas Obermarchtai.
- acima se encontram as tribunas, que in­ Íireja de abadia. 1686 1701. M e C Estilo Floris — De Cornclis Flo­
terrompem as p-êastra* e as isolam na par­ bumb. F. Beor Esse ed4<c>o representa a ris (verdadeiro nome Cornclis dc
to superior. opicoçSo ideal do esquema arqi*tetór»co de
abóbada sem cornija principal: Voranberg. Vricndt. 1514/20-1575), decora- Estilo 8-ecermeier: sotà e secretéria

144 145
dor, escultor e arquiteto manei- com o estilo gótico tardio isabe­
rista flamengo. Obra principal: lino (v.), no entanto se apropria
Paço Municipal de Antuérpia, também dc elementos decorativos
1561-66. V. Guarnecimcntos. do Renascimento italiano: meda­
Ettrto Império: ornamento do bronze Estilo Império* — Fase final do lhões. pilastras, grotescos, nichos,
Neoclassicismo, difundido entre etc.
1800 c 1830 cm Paris c cm toda Estilo romano* — Fase do His-
a Europa. Suas características sào toricismo alemão que retoma ti­
a divisão das paredes em painéis pologias arquitetônicas bizantinas
bem delimitados, o desenho liso c elementos do Românico e do
da mobília, a sequência dc portas Renascimento italianos.
retas e os espelhos, as decorações Estilo suave* — (do alemão Wei-
inspiradas cm modelos romanos, cher Stil). Fase de evolução da es­
egípcios e pompeanos (esfinges, cultura e da pintura do gótico tar­
liras, gregas, chamas, etc.). Pre­ dio, entre !380cc. 1430. São tí­
ciosos objetos cm bronze. picos os comoventes Ecce homo
Estilo isabelino — Estilo orna­ (v.), mas sobretudo as chamadas
mental do Gótico tardio típico da "Belas Madonas”, com as vestes
Espanha, cujas formas parecem em cascatas dc pregas suavemen-
derivar dc rendas. 1480-1510. tc onduladas c o belo, amoroso Etteo plateretco Voiiodoikl. S Pablo, epó»
Estilo jesuítico* — 1. estilo das c humilde idílio entre mãe c filho. 1486 Po»tel da fechada de exuberante re­
igrejas barrocas construídas pelos vestimento ornamental e f-guratrvo.
O estilo suave influencia também
jesuítas na América Latina, em a gravura em madeira, que se de­
E»t>lo Império- perna dc meia, cedeu*. va­ geral sobrecarregadas de decora­ senvolve no mesmo período.
so do bronze
ções; 2. estilo inspirado no mo­ Estilo vitoriano — Célebre perío­
delo da igreja 11 Gcsü em Roma, do da arte inglesa, do nome da
amplamentc utilizado nas igrejas rainha Vitória (1837-1903). entre
barrocas jesuíticas, sobretudo no 1840 ec. 1910.
século XVII. Estilóbato — Degrau superior do
Estilo manuelino — Estilo do Gó­ estereóbato (v.*; embasamento
tico tardio português, da época do templo clássico). Sobre ele sc
do rei Manuel I (1495-1521) c pa­ apóiam as colunas.
ralelo ao estilo isabelino espanhol
(v.). Decorações vigorosas nas
paredes, pilares, rendilhados c
portais, muitas vezes com objetos
de navegação, frutos do mar, pi­
lares torcidos, abóbadas dc con­
formações elaboradas e incrus-
taçòcs.
Estilo platcresco* — (do espanhol
platero = artífice que trabalha a
prata). Estilo ornamental espa­
nhol gótico tardio c renascentis­
ta sobrecarregado de motivos de­
Estilo romano Sakrow. próximo de Pot* E»t>io suave. "Bela Madona". Sudeste da
igroja |csu>'l<a. Avignon. Sul da França,
corativos de origem moura, góti­ dem. Igre|« do Redentor. 1841 44. L. Per- Alemanha, e 1415
igreja do Coiógro. soc XVI ca e renascentista. É parecido sius.

146 147
Estuque — V. Escultura, IV. sc para o exterior seguindo a for­
Evangelho, lado do — O lado da ma elíptica do espaço interior.
igreja c do altar à esquerda da en­ Fachada cega — Fachada orna­
trada oeste (portanto ao norte, re­ mental sobreposta a construções
servado na época paleocristà aos dc proporções desarmoniosas.
pagàos), onde é lido o Evangelho. Frcqüentcmcntc ultrapassa-as cm
Também é chamado de "lado das largura ou cm altura.
mulheres". Do outro lado fica o Fachada ocidental — Corpo in­
lado da Epístola (v.). dependente. no lado oeste de al­
Evangelistas' — Os compilado­ gumas basílicas carolíngias. otò-
res dos 4 Evangelhos do Novo nicas c romànicas. A sua maciça
Testamento: Mateus, Marcos, torre central, cm geral ladeada
Lucas, Joào, dos quais Mateus e por duas torres com escadas cm
João foram também apóstolos. A caracol, funciona, no andar tér­
partir do século IV sào represen­ reo, como batistério c como igre­
tados com os seus símbolos ala­ ja paroquial. Do andar superior
dos: o homem (Mateus), o leão (onde está o altar de Sào Miguel),
(Marco), o touro (Lucas), a águia que sc abre para a nave central c
Símbolo* do» No cantro. Cr«v (Joào): ou então esses signos ca­ permite a visào do altar da basí­
to P«ntoc'Otor dont.o da au>éota ovalada
Cnartres. Catedral portal ocidental (Portal racterísticos sào acrescentados co­ lica. o senhor e seu séquito assis­
do Red. 1145 56 mo atributos à representação fi­ tem à função religiosa. A facha­
gurativa dos Evangelistas (segun­ da oeste representa provavelmen­
do Ezequiel I. 5-14). Até o sécu­ te o imperium mundi (domínio do
lo XIII reunidos também num só mundo) do imperador medieval.
personagem, o Tetramorphas(gr. Fachadas sobrecarregadas — Fa­
« dc quatro formas). chadas ocupadas por uma acu­
Ex-voto — V. Mesa dos ex-vo­ mulação dc diferentes elementos
tos*. decorativos, características sobre­
Êxedra — I. v. Absidc*; 2. sala tudo do Mancirisino c do Barro­
traseira da habitação antiga. co burguês.
Faixa — Elemento arquitetônico
horizontal, um pouco saliente,
próprio do cntablamento jônico.
Fachada — Lado frontal de um Faixa lombarda — V. Lesena*.
edifício. Algumas construções Falsa abóbada* — Abóbada FíHa abóbada A e»q cúpua A
tem duas fachadas (o castelo bar­ construída com camadas dc pe­ dír abóbada »at«nto

roco. com uma fachada voltada dras salientes.


para a cidade e outra para os jar­ Fasciculado* — Diz-se dc pilares
dins; o transepto das catedrais gó­ ou muros dc cantos chanfrados,
ticas. cujas fachadas sào todavia aos quais são antepostos meias-
subordinadas à ocidental; tam­ colunas ou três quartos de co­
bém as habitações que dào para lunas.
duas ruas podem ler duas facha­ Fênix — V. Símbolos cristãos*.
das). Normalmentc, a fachada re­ Ferro fundido, arte do — Traba­
pete a divisão interna da constru­ lho artcsanal do ferro que nos
ção: assinala os andares, o núme­ chegou principalmente da Idade
ro dc naves; no Barroco, projeta- Média c do Renascimento, sob P>»a» taaciculado, co»t».

148 149
forma dc ornatos dc portas c de tã primitiva e no claustro do mos­
bancos, candelabros, utensílios teiro (v.), encontra-se com fre-
para a lareira, lampiões, grades. qüência uma fonte em forma de
Os principais objetos religiosos dc taça*, a fonte dc abluçào. Na
ferro fundido sào as cancelas dos fonte dc pilar* gótica, a água cai
coros barrocos (v. Coro), que do pilar, em geral ricamente de­
remontam aos séculos XVII e corado por estátuas, numa bacia
XVIII. redonda ou poligonal. Como
Festào — Guirlanda, guirlanda “bela fonte”, ela está presente na
de fruta. V. Ornato*. praça do mercado das cidades
Fitas entrelaçadas — Ornato (v.*) medievais. O Renascimento per­
barroco. manece ligado, na Alemanha, à
Flambnyant — Rcndilhado(v.)de fonte de pilar, às vezes sem figu­
formas alongadas, semelhantes a ras, enquanto nos países latinos Fonto de obluçôes. Castelo de AmboHe.
iéc XVI, Renascimento francts Fonte do
Ninteu Roma. Domus T<or>si;ona de Nero.
uma chama, ou a uma bexiga na- predomina a fonte dc taça dc for­
pilar. Renascimento alemão
matado do sícuto l d C (W - atluxo do tatória (v.). “Stylcflamboyant”, ma clássica. Na fonte barroca são
âguo. V tanque do d-»tr>buiçSo, 8 po colocadas personagens da antiga
rape.to com nove saldas do Agua. T co
"estilo flamejante”, designa a úl­
cho, H — pít<o. P - pavilhão. Hy - hipo- tima fase do Gótico francês. mitologia marinha: Posêidon,
ceusto do oquec^nento. Bn oteova. Tr Flamejante — V. Flamboyant. náiades, cavalos marinhos; a fon­
oscada)
Flor montante — V. Folhas mon­ te dc parque se transforma cm
tantes: Ornato*. chafariz com cascatas c repuxos.
Flor-de-lis — V. Ornato*. Fortaleza dos co-hcrdciros —
Florão Coroamento ornamen­ Fortaleza onde residem várias fa­
tal dc pendentes, gablctcs c co- mílias cm diversas moradias.
ruchéus de torres góticas. V. Friso — V. Ornato*.
Ornato*. Friso de cordão — V. Ornato*.
Folha — V. Rcndilhado*. Friso de xadrez V. Ornato*.
Folhagem, friso com V. Or­ Frontal — Painel que recobre o
nato*. altar. V. Altar.
Folhas montantes — Flores nas Frontào* — Extremidade da
Fonte de ablucóe» Búckobu'9 Românico arestas dos pendentes, das gablc- fachada dc um edifício com telha­
tes, dos coruchcus dc torres góti­ do de duas águas, em geral trian­
1 Fonte do p<lar. Gótico Fonte barroca. Noncy. »óc XVIII Fonte
* do Su* do Alemanha
cas. V. Ornato*. gular. Os antigos frontôcs planos,
neoctâsíica. Basiléia. 1784,
Folhas onduladas — V. Cimácio. triangulares ou arqueados, sào re­
Ornato*. tomados no Renascimento, no
Folhas, mascarão com — V. Barroco c no Neoclassicismo, c —
Ornato*. a exemplo do classicismo — apre­
Fonte* — F.lcmcnto arquitetôni­ sentam-se interrompidos ou res­
co ornamental difundido desde a saltados. Eram empregados de
Antiguidade cm variadas formas várias maneiras, sobretudo como
decorativas. Nas fontes e nos lu­ coroamento ornamental dc por­
gares de distribuição da água, tas e janelas (fig. 1). O chamado
proveniente dos aquedvtos (vt), “frontào sírio” é um frontào
os romanos constroem as estru­ triangular sobre uma arquitrave
turas frequentemente imponentes tripartida, cujo segmento central
dos Ninfeus*. dedicados às Nin­ tem forma de arco (v. Arquitrave
fas. No átrio da basílica (v.) cris­ síria*, que depois reaparece na ar-

150 151
góticos, cm geral coroados por pi­
náculos (v.*). por um rendilhado
falso ou coberto por folhas mon­
tantes c floròes; reforça o movi­
mento para o alto próprio do Gó­
tico.
Galeria — Passagem aberta, em
geral coberta por uma abóbada,
com arcos dc um lado c que ocu­
FrontAo. F>g 1 DMenvcXwnonto d» com,)» do IrontJo. *êcs. XVI-XVIII (1 » 4. Ronaaci
pa ou é anteposta a uma parte do
monto: 5» 10. Renascimento tardio. Barroco. Rococó - «ogundoH. Woigen). 1, IrontAo térreo, sobretudo cm habitações
triangular .ntotrompcdo; 3. frontAo triangular reeealtodo; 4. frontAo Cimbrado; 5. frgntto ou edifícios públicos. A pérgula
ombrado interrompido; 6. frontAo ondulado; 7. frontAo ondulado; 8. íronlio com voluta»;
9. trontio com vomitas o coroamento. 10. frontAo rococó é um pórtico com teto dc madei­
ra aparente, coberto por plantas
quitctura serliana, v.*). O fron­ montantes c sustentado por pila­
res ou colunas. Gablete com falso rendtinado tniobeoo Gó­
tão triangular românico é quase tico pr.mitivo
retangular e levemente ornamen­ Galeria* — l. extenso local de re­
tado. Os frontões triangulares das cepção do castelo barroco; 2. fre-
igrejas góticas sào dc ângulo agu­ qücntemcnte utilizado, por cau­
do: frequentemente sào ornamen­ sa da luz. para expor obras dc ar­
tados com janelas de rosácea e te. Hoje chama-se galeria uma
rendilhados cegos, com pináculos grande coleção dc obras de arte;
(v.) c folhagem montante e rema­ 3. filas dc lugares na parte supe­
Fig 2 Frontóe» gótico» otcaronado». A
eaq., Luneburg. A d.r , Mõneter. Paco mu­
tados por um florào (v.). Do Gó­ rior dc um teatro; 4. v. Tribuna*;
nicipal. aóc XIV. tico alemão setentrional provém 5. passagem descoberta nas igre­
o frontão escalonado (fig. 2) de jas (galeria dc arcadas, v. Arca­
tijolo, cujos diversos níveis são da) ou nas fortificações (v. Igre­
decorados por pirâmides, obe­ ja fortificada*).
liscos (v.) e volutas (v.*) (fig. 3). Galeria de arcadas* — V. Arcada.
No Renascimento c no Barroco
aparecem os frontões interrompi­ Galeria no coro do -greta góvea urdia do St
Lorenz Nuremberg. 1439-77
dos ou arqueados. V. Tímpano;
Frontão transversal.
Frontão falso — Tímpano dc
Fig. 3. A e»o.. frontões renaacenti*tas com uma fachada falsa (v.)..
forma» boiicoda-». Braumchwe^j. fundado
em 1591. A dir.. frontAo barroco Moer»- Frontão transversal — Frontão
burg da lucarna (v.*). Tem a função dc
conciliar a longa linha horizontal
do telhado com os outros elemen­
tos verticais.
Frontispício — Frontão de forma
triangular colocado sobre um
ressalto.

Galeno de arcadas. Múnttor. VestefAha.


mercado central. Reconatruldo apót a II
Gablete* — Frontão ornamental Guerra Mundial. A dir.: pórtico. W6rt»u.
sobre janelas (v.) e portais (v.*) Castelo, c de 1770. Neociaiticiamo.

152 153
Galeria real — Série de 28 está­ mo parte superior, como a corni­
tuas de reis, provavelmente ante­ ja). De acordo com a disposição
cedentes dc Cristo, que ocupa a da pane convexa, ascendente (st),
fachada de algumas catedrais in­ se estiver no alto (p. cx., nos ca­
glesas e francesas. pitéis das colunas), descendente
Gárgula* — Escoadouro da água (f) se estiver embaixo.
da chuva que impede as paredes Gotas — Pequenos troncos pira-
externas dc se molharem. No midais colocados sob o mútulo.
templo clássico em forma de ca­ Goleira — V. Cimalha.
beça dc leão, no Gótico com fi­ Gótico de tijolo — V. Tijolo,
guras grotescas (animais, seres construção dc.
humanos, criaturas fantásticas), Grade á espanhola* — Grade de Grado 4 caponbo-3
cujos significados simbólicos hoje ferro artisticamente trabalhado,
sào bastante difíceis dc se escla­ em forma dc cesto, anteposta às
recerem. janelas no Renascimento.
Geison — Cornija principal do Grega — V. Meandro.
templo grego, às vezes inclinada Grisalha — (fr.. grisaille, dc grà
para coroar o tímpano. s cinza). Pintura em tons cinzas,
Geminados* — Sào assim chama­ empregada frequentemente para
dos os elementos arquitetônicos simular esculturas refinadas ou
semelhantes, unidos por um ele­ estuques.
mento comum. Por exemplo, Grotesco — Decoração (v. Orna-
duas colunas com uma única ba­ to*) com delicadas gavinhas c fi­
se ou apenas um capitel, janelas guras humanas fantásticas, ani­
dc volta inteira com uma colune- mais e monstros dc origem roma­
ta central comum (v. Janela*). na. Descoberto cm torno de 1500
Gênio* — Na Roma antiga, es­ durante as escavações dc ruínas
pírito protetor de uma pessoa ou semelhantes a grutas (Domus Áu­
de um lugar (Genius loci). Trata- rea dc Ncro. Roma) c emprega­
se dc uma alegoria (v.) da procria- do com frequência por Rafael até
ção c é representado em forma dc o século XVIII.
G*n>o com cornucótxo owá» de um preto- serpente, dc rapaz ou de menino Guarinesco* — Arcos transver­
nano úrmado. Relevo sepulcral romeno
nu alado, semelhante aos Cupi- sais que sobem em direção ao ei­ Abóbada do guannescos (ac<ma). Abaixo:
dos (v. Escultura arquitetônica*). xo central da abóbada. Resultam abóbada <le guannescos entro a nave (A
A divindade protetora da mulher dai espaços que se mesclam e se esq.J. o coro <6 oir.l o os nicho» transver­
sais (no sito o emba-xot. V er/enhe-<gen.
é Juno. cruzam nas cavidades das abó­ Santuário. 1743-71, 8 Neumano
Gcorgian style — A arquitetura badas.
inglesa durante o império da di­ Guarnecimentos — Decorações
nastia de Hanõver: Jorge I cm relevo cm superfícies planas
(1714-27), Jorge 11 (1727-60), Jor­ que remontam ao Floris e aos
ge III (1760-1820). motivos de V. dc Vries e parcccm
Gola* — Elemento arquitetônico aplicadas por meio dc falsas ca­
em forma dc S, isto é, côncavo- beças dc prego; filas onduladas e
convexo. De acordo com sua fun­ volutas (decoração cm formas
ção no corpo do edifício, pode helicoidais*). Do Renascimento
Gota It — virada, b - direita; t descen­
ser: gola invertida (t; como parte alemão c holandês, após 1570. V.
dente. »t montante*. intermediária) ou direita (b; co­ Estilo Floris. Holcóóe. 1609. Renascimento do Weser

154 155
e temas religiosos. Formas c co­
res são rigorosamente imaginati­
vos. irreais c imutáveis há sécu­
los. V. Bizantina, arte*.
Iconostase — Nas igrejas ortodo­
xas, a cancela ornada por ícones
c colocada entre o coro c o espa­
ço reservado aos fiéis.
&*toma de aquecimento por noocautto Hipocausto "Forno" da Floreste Negra. es­
Igreja de paliçada* — Tipo de
Romano O ar quente flui entre pilares que tufe de cerimica com banco Séc XX. igreja norueguesa em madeira,
sustentam o assoalho
característica do Românico c do
Gótico inicial; difcrcncia-se das
Guirlanda — (ou festão). V. Or­ habitações dc madeira por ser
nato*. constituída com toras verticais,
tábuas e um telhado escalonado.
Inspirada nas construções tradi­
Heráldica — V. Brasão*. cionais dc madeira do Norte da
Hermes — V. Escultura*. Europa, nas igrejas românicas dc
Hipocausto* — (gr. aqueci­ pedra e. depois, nas góticas (igre-
mento por baixo). Sistema de jas-salào. basílicas).
aquecimento, através dc ar quen­ Igreja dc pilastras* — Igreja com
te que circula sob o chão das ca­ uma única nave ladeada por pi­
Homens selvagens no papel de escudeiro» sas c banheiros da Antiguidade, lastras (v.). entre as quais se en­
Basilfr-a Renascimento.
sob os castelos medievais c os contram capelas. Renascimento,
mosteiros. Um sistema análogo é Barroco. V. Esquema arquitetô­
o chamado "forno” na Floresta nico de Vorarlberg*.
Negra e na Suíça. Igreja fortificada* — Igreja me­
Hipotraquélio — Colarinho da dieval com fortificações, difundi­
coluna. da cm toda a Europa, sobretudo
Homens selvagens* — Homens nos territórios ameaçados (p. ex..
nus e hirsutos, apoiados cm bra­ a Transilvânia pelos húngaros, o
sões (v.) dos séculos XV c XVI no igroja <3# paliçada norueguesa Modeo do
papel de escudeiros, com coroas período de máximo florescrmento: nave
central com deemburatór»o. estrutura basi-
dc folhas na cabeça e nos quadris Hcal escalonada; tuncamento do caix-.sno:
e muitas vezes armados com cla­ consoiidaçáo da* estaca» por do cru­
vas. Comum no Sul da Alemanha zo» do Sto. Ancré o travo» do orco. o só
com cruze* do Sto. André na* parede» ex­
e na Suíça, nas fachadas das ca­ terna». O pórtico externo, a» empena», a
sas. nas placas das hospedarias ou torre campanirí», a torre o a» torro» late-
r*s *4o do ongem gótica Borgund. séc Xlt.
como remate escultural dc por­
tões. Tem como par a mulher sel­ Igreja do piastra Mun-quo. St Micheol,
vagem. 1582-90. W. M-fer (corpo central). F. Su»-
tn» (coro). 0 mai» importante edifício ale­
mão de época pré-barroca m*pirado na
igreja dei Geaú Nave central coberta por
berço com grande» p>:a*tras. dividida* na
ícone* — Na igreja greco- frente por meias-coluna» e r.cho* Capeta»
ortodoxa, pintura em painel (não *emcirci>ares. com abóbada transversal ci­
líndrica. fecham o espaço entre o» pilares
confundir com as pinturas mu­ e »io enc.mada» por tribuna», cuja» abóba­
ícone russo, Jo*o Evangelista rais) representando personagens da* cilíndrica» *o cruzam com a maior.

156 157
Sul da França pelos árabes), pa­
ra proteger habitantes de locali­
dades não fortificadas. Muitas
vezes com apenas uma torre, mas
com frequência possuindo passa­
gens. ameias, seteiras, bastidas,
adarves, muralhas c fossos com
água.
Igreja, formas arquitetônicas* —
Formas principais: BASÍLICA. 1 arcada divisória; 2 tr*una; 3 trifório. 4 clarestór>o; 5 telhado de uma Agua.
1. Construção centrada’, em tor­ A pacv da esquerda: basílica de trés nave» com tribuna; estrutura de parede em Quatro
zona*. em um estilo de transição: presente» a>ndo a tnbuna. o trifório (Laon, Catedral, en
no dc um ponto central. tre a segunda metade do século xn e o início do séc. Xllll. Basílica de trés naves de estilo
II. Construção longitudinal, or­ Gótico primitivo, estrutura dividida em trés andares logo depo-s da ehmmaçéo da tribuna
Arcos montante» duplicados, telhado de uma Agua sobre as naves laterais (Chartres. Ca
ganizada em torno de um eixo tedral. entre a segunda metade do séc XII e o inicio do séc Xllll. Basí ca escaioneda do
longitudinal. Em função do tran- cinco nave». A» naves laterais internas e externas têm, cada uma. sua própria ituminaçéo
rMilAo. Ouomo. mioada em 13861
septo c da iluminação é possível
distinguir:
I. Basílica* (v.)
Basílica com tribuna*
Basílica escalonada*
Igreja fortificada. Agoe, Sul da França- in» 2. Igreja-salão*
ciada no séc. IX: ígre»a de nave única com
abóbada de berco
Igreja-salão escalonada*
Igreja-salào com tribuna*
3. Igreja dc nave única
Igreja de pilastras*.
Igreja rotunda — V. Rotunda*. IGREJA-SALÀO. Oa esquerda: igrep salSo de trés naves com capetas laterais Todas as
naves tém altura e cobertura semelhantes; as naves laterais podem possuir telhados trens
Igreja-salão — V. Igreja, formas versaa tSchwAbiscb-Gmünd. HeAgkreuAirche, Iniciada no segundo quarteí do século XIV)
Igreja de emeo naves cscaonadas listo é. a nave central 4 um pouco ma.s alta). Todas
arquitetônicas*. as naves têm um telhado comum; as naves laterais podem ser cobertas por telhados trans­
Igreja-salão com tribuna — V. versais lErlurt. Sevenkirche. 1278-1360). Pscudobasilica de três naves (igreja escalona­
da com as paredes d» nave central aumentadas mas néo iluminadas). Grandes janelas re­
Igreja, formas arquitetônicas*. matam capelas baixas laterais (ingolstadt. Frauenkrfcho. iniciada em 1425).

IGREJA-SALÀO COM TR18UNA. A »»q.: ççm tribuna. ou igreja-salAo cujas naves la-
tera.s estão cobertas por tnbuna». No desenho, com reforços (V) semelhantes s arcqbo
tantas (Ste nakirchen, Áustria, igreja paroquial, míciodo séc. XV). IGREJA DE NAVE ÚNI­
CA No centro e A d-»»íto: igreja de nave única, parte superior de uma capela do do«» anda
igreja do planta centrada, octogonal, com res. A igreja de baixo ó uma igrojB sa>êo (Paris, Ste-Chapelie. 1243 48). Igreja de pitas
coro anexo. Veneza. Santa Mana delia Sa- tra». ou igreja do nave único com contrafortes interrompidos por pequenos capelas late
»ute 1631-87. Longhena ra>». Modelo francês meridonal e espanhol (Gorona. Catedral, meada em 1416).

158 159
Imposta* — Faixa intermediária ra oblíqua, a janela c recortada
entre um arco ou uma abóbada obliquamente na parede (fig. 2);
e os suportes (muros, pilares, co­ 3. peitoril, a superfície em que se
lunas). Quando funciona como apóia a envasadura (figs. I c 2);
placa de suporte tem o nome dc 4. lintcl. trave horizontal que
cornija dc imposta. delimita a janela na sua parte
Incrustaçáo* — Inserção de pe­ superior (fig. I); 5. perfil (v.*),
dras coloridas na pedra, por exem­ enquadramento constituído por
plo mármores claros e escuros cm molduras, pilastras ou colunas; 6.
Impoata IK.i oulvrfto, G entoblomon- coluncta ou colunelo. suporte del­
so. K - capitel 1 HideViom. St Mcl-aol. mi
camadas alternadas (sobretudo
cx> do íóc XI Estilo Ot&rvco cm paredes e pavimentos). Flores­ gado de pedra que divide a jane­
ceu no Classicismo, na arte bizan­ la gótica; 7. rendilhado (v.*); 8.
Janela A •*© : fig. 1 — Envasadura reta.
tina c na arte italiana, da Idade coroamento (v. Frontào*); 9. A d* fig. 2 Enva»adura oblíquo.
Média ao Barroco. cruz da janela, constituída por
Os entalhes sào inserções dc ma­ uma pequena coluna central c por
deira na madeira. A marchetaria uma travessa horizontal.
é a incrustaçáo em móveis c ob­ II. formas: janela retangular; ja­
jetos dc madeira dc: madrepéro­ nela cimbrada, rematada no alto
la. madeira, marfim, tartaruga, por um semicírculo (figs. 1. 2);
metal (v. Luís XIV*). A tauxia é janela geminada, dividida cm
o entalhe de metais cm metal. A duas paries por uma coluna cen­
damasquinagem (dc Damasco, tral (biforc). ou cm três partes por
principal lugar dc fabricação das duas pequenas colunas (trífore).
armas árabes) designa a tauxia Reunidas em geral sob dois arcos
efetuada cm armas. O produto sc cegos (fig. 3); 3. janela circular
Incruitaçâo com mármore» do diversa* co­
ro* Romín.co itO’>ane, **c XII ("Artepr* chama ,,damasquino’’. É cha­ (fig. 4), no Gótico gcralmcntc ren-
rena»ceoti»t*"l mada nigelo a incisão em metal dilhada (fig. 5, a-c); janela lobu- Fig 3 - Janela gem.nada com arco cego

depois preenchida com enxofre de lada, janela cm forma dc trifólio


prata, cobre ou chumbo fundi­ ou dc fechadura, do Românico
dos. tardio (fig. 5. c-f): olho de-boi
Instrumentos de tortura — V. (“oeil-dc-bocuf”), redonda ou
Símbolos da paixão; Coluna dos
martírios*.
Intercolünio* — Distância entre
ooooaooo’ duas colunas, a partir do eixo c
dividida pelo seu diâmetro infe­ Fig 4 Janela circular
OOOOOO’ rior (D = 2 módulos) (v.). Essa
é. portanto, a unidade dc medi­
da do intercolünio. que determi­
na essencialmcnte o efeito dc uma
colunata.
Xo aho: Intercdurvo de quatro diâmetro» de
coluna iD).
At»,»© Intercolünio baseado em Vitrúvo
I picnostilo cohinaa próx-ma» l,J0
Janela* — I. elementos princi­ Fig 5 - Janelas escutara* rend.iheda*: a
2 sistilo - especado 2 0 pais: I. envasadura reta, corte ouadr.fói»o. b - do emeo folho» (Góticol:
3 eustilo • colunas beto* - 2.25 0 c - trtobada (Gótico tardo); <1 - lobada.
4 diastiio - colunas distanciadas - 3 0 vertical da parede que correspon­ • — do tnfólio: f om formo de fechadura Fig. 6 — Omo de boi. "oerjde-boeuf". Ver-
5 oerostilo - coluna» hrmnosa» 3.5 0 de à janela (fig. 1); 2. envasadu­ iRomJn.co tardiol. *aihe». Castelo. 1701. Barroco

160 161
partir dos "jardins suspensos” da
Babilônia, construídos cm terra­
ços. Na Antiguidade greco-roma-
na. decorado com esculturas. Dos
modestos espaços verdes dos con­
ventos medievais provêm os jar­
dins dos castelos c das casas, que
se ampliam por volta de 1500,
formando os grandiosos parques
renascentistas*. Estes são refina-
damente decorados com fontes, Arte dos jardins. Sebes moldada» <"8os
no Pdfaue renascentista do caste­
estátuas (jardins italianos c fran­ lo de Wandry. Fiança, c 1540
ceses). Seu momento de maior
Fig 7 - FlorJo Românico F»q 8 Janela de rosAcea. Pari». Notro florescimento é o parque barro­
Dome, 1200 40 Gótico tardio
co (a partir da metade do século
XVII). Seu eixo central normal-
mente é o prolongamento do ei­
elíptica, barroca (fig. 6); 4. rosá- xo dc simetria do castelo, em cu­
cea. janela circular dividida por jo lado oposto se encontra um
barras ou colunas dispostas em outro castelo menor, um pavilhão
raios (fig. 7), do Românico. An­ (a “Gloriettc"*) ou uma estufa (a
tecipa a janela de rosácea com "Orangeric”). Nas alamedas,
função decorativa; 5. janela de ro­ encontram-se chafarizes, canais,
sácea decorativa, circular, feita dc relevos do terreno, fontes e está­
rendilhados. em geral de diâmetro tuas dispostas simetricamente ao
gigantesco e muito frequente no lado da alameda principal. A par­
“Paiwtt do broder.e”, castelo de Vaux
Gótico sobre portais e frontôes do te plana do jardim, situada logo íe-Vicomte. França anterlo» a 1660 le No
Frg. 9 - Janela ogiva* Gótico onmdivo transepto (fig. 8); janela ogival, atrás do castelo (o "parterre"*) tre (Barroco <nic»al».
longa e estreita, cm geral dispos­ asscmclha-sc a um tapeie borda­
ta cm grupos, característica do do (a broderie*). graças às sebes
Gótico primitivo inglês (fig. 9); 7. aparadas (áreas ornamentais, pe­
janela rendilhada; 8. janela com quenos bosques), às flores, ao
frontâo, rematada por um tímpa­ cascalho. Construções especiais
no (fig. 10a); 9. janela cimbrada, (ninfeus, bclvedcrc, etc.) ladeiam
rematada por um segmento circu­ a alameda principal, transfor­
lar (fig. 10b). Os frontôes podem mando várias zonas do parque
ser ressaltados ou interrompidos em obras arquitetônicas centrais
(fig. lOc-e); 10. janela cega, par­ e independentes;
te dc uma parede em forma de ja­ 2. o jardim inglês* (ou paisagísti­
nela, que, no entanto, não possui co) é assim chamado porque foi
nenhuma abertura, ou então pos­ justamente na Inglaterra que esse
suiu uma abertura pequena, am­ jardim irregular, imitação da na­
F>g 10 - Janela com trontóo a dmtxada:
a - com ftontâo vímouIm; b - eem Gen­ pliada graças a ilusões de óptica. tureza silvestre, nasceu c sc difun­
tio c-mbrado; c — com frontâo triangular Jardins, arte dos* — Sào duas as diu. no início do século XVIII. A
ressaltado; d - com frontAo interrompido;
o - com írontSo cimbrado interrompido. tendências principais: aparente casualidade da sua dis­
"Gionette'' om forma de temt»o monópte
I. o jardim dc forma arquitetô- posição ganha vida com constru­ ro. Wóilrtí. castelo 1769-73. Neoclassr-
nico-geométrica. Originou-sc a ções e monumentos que expres- c>smo

162 163
sam valores espirituais bem defi­ plano complexo, era chamado
nidos e muitas vezes não despro­ “Casa do machado duplo" e fun­
vidos de sentimentalismo: falsas ciona como arquétipo para todos
ruínas (o passado), cremitérios os labirintos). Representação geo­
neogóticos (a solidão), aldeias métrica. com pedras claras e es­
de camponeses* (a frugalidade), curas encravadas no pavimento
pontes e templos chineses (luga­ dc algumas catedrais góticas. Os
res distantes), etc. Frequentemen­ fiéis seguem o itinerário da peri­ Lob<r,ntos. A esq.: St-Omer. Nono do Fzan
te anexados a parques barrocos feria ao centro, dc joelhos, como ço. StSenin, destruído no sCc XIII. A <M
Jardim mgiós. Vorsoibes, oldo>a »n**t>ca Cnonre*. Catedral. séc. XIII. Gótico
("Hamoou") no parque do Petit Tnanon, preexistentes. penitência. Labirintos com bifur­
1783. R M-oue. esblo Luís XVI .lugendstii* — Estilo que surgiu cações c sem saída existem desde
na Alemanha após a fundação, o Maneirismo, nas alamedas dos
em 1894 por Georg Hirth, da re­ jardins, por exemplo.
vista “Jugend”. Chamado na Lacunários* — Também chama­
Áustria de Sezessionsstil, na dos de eaixotões ou artesòcs.
França Art Nouveau (do nome da Vãos, cm forma dc caixa, na par­
Galeria Samuel Bing. aberta em te inferior dc um teto plano ou dc
Paris em 1896), e também Mo- uma abóbada (abóbada de lacu-
dern Style. Style nouille, Style nário*), ou no intradorso dc um
coup dc fouct, Style Guimard. Na arco. Estes são “artesoados”.
Inglaterra Modem Style. Liberty. isto é. divididos em zonas retan­
Na Itália Stile Liberty. Stilc Nuo- gulares. poligonais ou redondas.
vo. Na Espanha Modernismo, Os lacunários podem ser vazios
Arte Joven. Estilo Gaudi. ou preenchidos com decorações
Jumento dos Ramos* — Supor­ ou pinturas. Típicos da época
te com um jumento de madeira, clássica, do Renascimento c do
no qual se assenta uma estátua dc Barroco.
Cristo em tamanho natural, no Lado das mulheres — V. Evan­
Jugendstil DecoraçAo arquitetônico Cad- ato da bênção. Na Idade Média, gelho, lado do. Abóboda do iocunór^>s ou caixotôes. Cas­
ma), cadeia, c *900: capuei com íormos
vegeta*. 1905 (abaixo). cra carregado na procissão do Lado dos homens — V. Epísto­ telo do Chombord, França. séc XVI

Domingo de Ramos, em homena­ la, lado da.


gem à entrada de Cristo cm Je­ Lady Chapei — (inglês = capela
rusalém (Mateus, 21, 1-11). dc Nossa Senhora). Nas catedrais
inglesas capela dc Santa Maria,

Korc — (gr. = virgem). V. Escul­


tura arquitetônica*.

l.ábaro - Signo da vitória dc


Cristo sobre a Morte: pequena
bandeira sobre uma cruz alonga­
da, V. Atributo*.
Labirinto* — (gr., labynnthos,
dc labrys = machado duplo, sím­
bolo de cultos minóico-crctcnscs; Coixolto no teto do um templo |ôrúco. Teto com iacunônos e paredes com p*z>4.s,
Jumento dos Ramos, lins do século XV
Bregenz, Museu Regional de Voraiftorg o palácio dc Cnosso. com o seu corto. Estrasburgo. f«n do século XVI

164 165
em geral de planta retangular, si­ Loja — No início, a oficina, mais
tuada no vértice do coro leste. tarde associação dos pedreiros c
Lambrequim* — Remate de uma canteiros que trabalhavam na
janela, de um baldaquino. dc construção dc uma igreja medie­ lucarna. A etq.. tucama do puxar Ao com
uma porta, feito dc cortinado de val (na Alemanha, França c In­ tro lucarna d® quatro Agua* A <j.e iucar-
franjas, rendas e borlas (Barro­ glaterra a partir do século XIII). na cwva lasa de morcego)
co). Os lambrcquins sào também, A cooperação entre arquitetos,
muitas vezes, reproduzidos com pedreiros c escultores dá a apa­
estuque ou pedra. rente uniformidade das catedrais
I.umbri — Revestimento da pare­ medievais. Das maiores lojas ale­
de. cm geral de madeira (p. cx.. mãs de Estrasburgo. Colônia. Vie­
rodapé), mas também de mármo­ na. Rcgcnsburg e Berna e das nu­
re ou estuque. merosas lojas menores tem origem
lynbitou*" frooç». c. 1800 Noocia»
ateísmo. Lareira — Fogão aberto construí­ a "Franco-Maçonaria” (Confra­
do no interior das casas, rcccntc- ria da liberdade). Com a diminui­
mente também nos terraços. Mo­ ção da construção dc catedrais no
delada artisticamente a partir do século XV. as lojas sâo excluídas
Românico. No Renascimento, as das corporações.
lareiras eram ornadas com mag­ Losangos, frisos de — V. Or­
nificência, com mármore e areni­ nato».
to. No Barroco e no Rococó. pos­ Lucarna* Pequena elevação
suíam espelhos c eram inclusive com uma janela que sobressai do
construídas apenas como orna­ telhado, mas não ultrapassa o
mento. Acessórios: grelha para as perfil do edifício.
achas, tenazes, atiçadores, pá. Lucas — V. Evangelistas»; San­
Candelabros, relógios, vasos, etc. tos c seus atributos.
I.cscna» — Faixa dc parede ver­ Luís XIV» — O estilo barroco
tical, semelhante ao pilar mas sem francês na época do rei Sol. Luís
Lesena <11 entra frito» de arco romano.
base c scin capitel, cm geral liga­ XIV (1643-1715). O nome tam­
da às lesenas de friso dc arcada bém é aplicado às artes decorati­
(Românico). Tem função de es­ vas da época, por exemplo, nos
truturação e sustentação. móveis de Boulle, ricamcntc en­
Liberty — V. Jugendstil. talhados (v. Incrustaçào).
Lut* XVI. docoracAo de janoia e íateral do
Lóbulo ou Lobo — Parte circu­ Luís XV» — Estilo dominante na escnvanmha.
lar do rendilhado (v.») gótico. De França durante o reinado dc Luís
acordo com o número dc arcos, XV (1723-74). também chamado
têm-se trilóbulos. quadrilóbulos, rococó (v.).
ctc. até os polilóbulos. Luís XVI* — Na França, estilo
Loggia* — 1. sinônimo dc pórti­ de transição do Rococó ao Neo-
co (v.*>; 2. sinônimo dc galeria classicismo, mas também o esti­
(v.); 3. grande salào aberto por lo dos 15anos precedentes (“Luís
pórticos, sobretudo na arquitetu­ XVI sob Luís XV"). Na Alemã-
ra renascentista italiana: 4. espa­ nha i chamado de Zopfsiil (Ro-
ço aberto nos andares superiores, cocó tardio). Nele, predomina so­
dentro do alinhamento (v.) da bretudo a nitidez das formas (lí­
Logo-a lugnonorn Tovenno. Roma Santa construção (ao contrário do bal­ rios. vasos, antigos frisos orna­ Luís XVI. motivo» ornamentais Mo alto fe>
Maria Aaaúnta, téct. Xit/Xili cão. v.». que é saliente). mentais) — dc novo rigorosamen- xo do varas com faixo Embaixo: vaso

166 167
te simétricas após o parêntese do Santa: base de ferro batido com
Rococó — e das cores do mobi­ suportes cm triângulo, na Idade
liário c das decorações. Média tardia com 12 ou 15 can­
Luminárias* — I. candelabro’, delabros. simbolizando Cristo, os
suporte para as velas. Desde o Apóstolos e. às vezes, as três
Classicismo, com muitas varieda­ Marias.
des: dc sete braços' (hebr.. meno- l.uneta* — I. tímpano em forma
rá, candelabro para rituais: nas dc semicírculo colocado sobre
igrejas cristas, símbolo do cum­ portas c janelas: também extremi­
primento do Antigo Testamento); dade superior arredondada de um
de oito braços (hebr. chanukka retângulo: 2. v. Abóbada. I.
Candelabro Rcn.>*< ■mento tardo OM*
bro o« Mte braços, c 1300. Gótico culto ao templo, símbolo do He-
braísmo; uma nona luz. "da ver­ Madcirarncnto* — Procedimen­
gonha”. serve para acender): com to arquitetônico dc esqueleto, pe­
rostos humanos, para segurar as lo qual as traves de madeira sâo
velas; como candelabro pascal', os suportes da ossatura das pare­
etc.: 2. lustre, pendente do teto des. enquanto os patamares inter­
com vários bicos de luz. Em for­ mediários sào preenchidos com
ma de coroa ou de roda (lampa- argila ou tijolo. Difundida cm es­
dário da roda'), com torres ou pecial na Alemanha, França c In­
portas, simbolizando Jerusalém glaterra. c documentada desde a
(Românico); às vezes com figuras primeira metade do século VII.
humanas: de forma alongada ou tendo florescido no século XVI e
dc globo com braços em forma de cm parte do século XVII. Ele­
raios (Gótico), mais tarde de vi­ mentos principais:
dro (Renascimento, sobretudo cm soleira, vigamento inferior dc um
Veneza): 3. luz eterna, lâmpada andar (viga de ligação);
a óleo que arde permanentemen­ pilar, poste sustentado pela viga;
te nas sinagogas e nas igrejas os postes de canto c os pilares dc
católicas diante do Santíssimo; ligação (diante das paredes inter­
4. aplique'; 5. candelabro dos nas) sào mais grossos do que os
Candeuo>o pasca WiMtnixúck. sóc XI. umbrais das portas ou das jane­
RomAnico ApAqun. Barroco apóstolos; nos 12 locais onde sur­
gem igrejas católicas dedicadas las c dos paus do meio;
aos 12 apóstolos (v.) sào coloca­ sarrafo. viga superior, trave com­ Uunet4 abóbada pcrpeeqiÇula' ao e-«0 cen
dos em sua homenagem 12 cru­ posta: c uma trave que se apóia trai de um» abóbada nvaior (aqui, de berço)
liorizontalmcntc sobre postes ver­ especu mente quando o janei» alcança a
zes e 12 candelabros dc parede, abóbada principal
que às vezes mostram as suas ticais;
imagens; 6. inàc dc Deus, lustre travessa: liga transvcrsalmcntc os
com estátuas dc Maria, encima­ suportes; enquanto as arquitraves
das por chifres dc cervo que for­ se apóiam sobre as janelas, os pei­
mam uma auréola (v.); 7. larnpa- toris sào colocados sob cias;
dário com meninas': é a forma escoras; sustentam diagonalmente
profana do anterior; neste, a Ma­ os postes; escoras dc cima c da
dona c substituída por uma figu­ base, ripas, ligam os pilares à so­
Candelabros em forma do monao* com ma­
terna. f.m do Uc XVI Ron»ícimonto l»m ra feminina, em geral com rabo leira c ao sarrafo:
Aimoçôo «m madeira, Cruc* corae/uct-on
podârio do roda, particufar. no fundo, duas
dc peixe; comum no século XVI; caixotões', preenchimento, são madeiramento rudmtentar ingtt* dc tronco»
travo* de suporto IHHdasbeim. Catedral, c.
10701 8. candelabro para a Semana os nomes que se dão a todo o cs- cortados do comprido laté o iéc Xtlll

168 169
paço entre as vigas da armação e Marca, cm geral esculpida no in­
que é preenchido com argila ou terior de um escudo, que identi­
tijolo: fica o arquiteto mais importante
vigas do teto: apóiam-sc na trans­ de uma obra. É colocada num
versal sobre os sarrafos e seguram ponto bem visível. Usada no sé­
as tábuas do châo; suas extremi­ culo XIV.
dades sào muitas vezes salientes; Marcos — V. Evangelistas*.
mísulas* seguram as vigas do te­ Mármore — Calcário cristalino
to. V. Ressalto*. utilizado com uma certa frequên­
Maneirismo — Em sentido lato, cia em escultura c arquitetura. A
Armoçío #<n madeír» Reo*scmonto a imitação, claramente apócrifa, partir da Antiguidade, na área do
mAo (F — ctiKOtAol. dc um estilo. O Maneirismo sur­ Mediterrâneo; no Norte da Euro­
ge no fim de uma época estilísti­ pa. somente após o Renascimen­
ca. aproveitando habilmente suas to. Na Inglaterra, o chamado
capacidades formais c técnicas, mármore Purbcck. proveniente
sem possuir, no entanto, uma li­ dc Dorsct. na verdade um calcá­
gação profunda com as suas te­ rio cinza-escuro tendendo ao pre­
máticas fundamentais. Em senti­ to c que pode scr polido, c mui­
do restrito. Maneirismo indica a tas vezes empregado nas colunas
arte figurativa e a literatura do e pilares góticos. No Barroco, o
período compreendido entre o mármore c imitado com estuques
Renascimento tardio e o Barroco, (estuque lustrado, v. Escultura.
de 1525 a c. 1620. A excelente arte IV) ou “marmorizando-sc” a ma­
do retrato privilegia indivíduos de deira ou a pedra com pintura. O
aspecto aristocrático-decadente. mármore é encontrado cm mui­
Mxi<v»menfo ok-mânco Sch 8 nM
tu'®. Rd travessa; R sartalo; K* ctcora de Representações dc religiosidade tas zonas montanhosas européias
erfna. S o.Im, F.í escora da tw»o fervorosa e de grande comoção com centenas dc colorações diver­
aproximam o Maneirismo do es­ sas. O mármore branco foi o mais
pírito da Contra-Reforma. Os utilizado no Classicismo. A escul­
corpos de movimentos inquietos, tura moderna, ao contrário, só o
dc rotações cm espiral (“linha ser- utiliza cm raras ocasiões. Eram
peante"), ultrapassam as medi­ celebres as variedades do mármo­
das. as mãos parecem afinadas e re grego: pentélico (azulado) e
as cabeças muito pequenas. párico (branco e azul), assim co­
Frequentemente há uma alternân­ mo o mármore dc Carrara. na
cia do claro e do escuro; o espa­ Toscana. preferido por Miche-
ço c confusamente definido. To­ langelo.
dos os traços do Maneirismo rea­ Mascarão — Máscara com fun­
parecem accntuadamcnte nas ção decorativa. V. Ornato*.
obras dc Palladio (Cristo Reden­ Matacão — Abertura no caminho
tor. em Veneza), de El Greco e dc dc ronda dc uma fortaleza para
Tintoretto. O Maneirismo é con­ lançar projéteis.
siderado, hoje, como um estilo Mateus V. Apóstolos*. Evan­
independente. V. Estilo Floris. gelistas*. Santos e seus atributos.
Mansarda — V. Telhado, formas Mausoléu — V. Tumba*.
dc. 6*. Meandro — (também grega). Fri­
Marca do mestre-arquiteto — so ornamental que leva o nome

170 171
do curso sinuoso do rio Meandro, mas; mcrlão largo, de telhado,
na Ásia Menor. V. Ornato*. cm arcobotantcs. rabo-dc-ando
Medalhão* Pintura cm relevo rinha (recortado, gibelino. "ska-
numa cornija redonda ou elíptica. liger"), de arco de volta inteira,
Mégaron" I. local principal da cm degraus.
casa grega, com a lareira e o ves- Mesa d<»s ex-votos" — (também
tíbulo; 2. sala do trono nos palá­ imagem votiva). Mesa que. cm
cios crctcnscs e miccnicos. O inc- virtude de um voto (ex-voto) ou
garon é o protótipo do templo por alguma graça concedida, é
grego. Sua origem remonta ã ida­ colocada num local dc peregrina­
.MedíihSo Relevo em mode<r». 1630 de da pedra (Europa central c
Barroco ção ou no lugar cm que ocorreu A e»q : edrficaçAo com mesa <te ex-voto»
oriental). o acontecimento evocado. Possui A dír oferenda*
Meia-coluna* — Coluna que so­ um tampo muitas vezes também
bressai de um elemento portante pintado com imagens de santos
(pilar ou muro) por um quarto, ou com uma representação do fa­
pela metade, por três quartos e to sucedido. As oferendas* sào
termina nas nervuras da abóba­ objetos que se referem a um pe­
da (v.*), deixando cair aí o seu dido ou a uma graça concedida;
peso. As tneias-colunas que sus­ p. ex.. muletas, vasinhos. escul­
tentam os arcos transversais da turas representando membros do
abóbada tem diâmetro maior corpo, etc.
(mcias-colunas "velhas”); as que Meses, representação dos V.
se encontram na base dos arcos Símbolos cristãos". 14.
longitudinais c das nervuras dia­ Metopa — V. Escultura arquite­ Mezzanno iMl. 1620 Renascimento lar
gonais (cruzeiros) sâo mais finas tônica. 10". <JO
Trento. form*ç*o de mégoron na fortaleza (meias-colunas "jovens”). Mezzanino* — Meio andar sob o
dos soberano» de Trenio. entre o «óe XtV
0 1150 a C . 0 - formacio i««te. mM an- Mcrlão* — Parapeito dc uma teto ou sobre o térreo. Renasci­
t>ga. r>m dt»pos>c*o paralela; Os eddíoos do muralha fortificada, cm forma dc mento. Barroco. Ncoclassicismo.
agrupamento do <000 oeste cstéo desloco-
dos como lotknnto K màgaron do re. °
escudo ou dente. Tem várias for­ Mirante* — V. Balcão*.
proodeu. S pOHicos Misericórdia" — V. Cadeira! do
coro.
Misericórdia, as sete obras da* —
Ciclo dc representações da arte
cristã depois do século XII (se­
Mrtencdrd'» com drdíer.e
gundo Mateus, 25, 35 ss.). Origi-
nalmenrc. as obras eram seis: dar
dc comer aos que tem fome, dar
de beber aos que têm sede, vestir
os que nào tem roupa, abrigar os
que nào têm teto, assistir os doen­
tes. libertar os prisioneiros. A
partir do século XIII. acrescenta-
Mwiües. 1 S*m MUIM; 2, Com uto-rs d» se sepultar os monos (cenamen-
Duiaco de fechadura. achatado o com p»
«luo^o teinodo de óguai; 3 Merlão entalha
te cm consequência das grandes
a do (g>t>e-«o.' íkal-get". dc rnoodc ondor epidemias dc cntào). Em tempos
nha); 4 Merlio com tolnodo de dua» <iguns A 5* obra da Misencórd»; »jmwo» oocn
Mmo cofen»: a mera coluno | - (temoém com telhado de pavrlhfto 0 mais recentes, a essas sete obras te*. Bai-'.é<a, catedral. Portai Ce Galo, tran­
mea-coiuno "jovem" degrau»! "corporais” seguem-se as sete septo Norte Séc XII

172 173
obras “espirituais”: corrigir os a coluna triunfal, o arco dc triun­
pecadores, instruir os ignorantes, fo <v.), alem dc obras figurativas
aconselhar os que têm dúvidas, como estátuas c monumentos
confortar os aflitos, suportar pa- equestres.
cientemcntc as doenças, perdoar Mosteiro* — A instituição dos
as ofensas, rezar para os vivos e mosteiros nasce da preocupação
os mortos. dc Bcncdetto da Norcia (519,
Misula* — Pedra que sobressai Monte Cassino) c dc outros fun­
do muro para sustentar balcões, dadores de ordens religiosas de
estátuas, vigas, meias.cohmas.ctc. substituir o crcmitcrio dos mon­
Em geral, decorada com motivos ges por comunidades submetidas
ornamentais ou figuras (normal* a regras severas. Ao redor dc um
Wsulas entalnadat rum» obra de madeira mente grotescas). pátio quadrado, o claustro* (A;
mento com as repreientaçóes da Anuncia .Moçarábica. arte* — Mescla dos imitação do peristilo das habita­
çSocda V.SitacAo Wodenbruck. 1559 Re-
nMMWMO estilos islâmicos e gótico ociden­ ções antigas) com um poço cober­
tal, própria dos cristãos que resi­ to (B) agrupam-se: a igreja (C).
diam nos territórios espanhóis a sala capitular (D; sala de reu­
ocupados pelos árabes. nião. em geral próxima à igreja;
Modelagem cm pedra — V. Es­ na Inglaterra, também como edi­
cultura, II. fício independente); o refeitório Mosteiro ostorocr.so de Mauibronn. séc
Modilhão — Cabeça da viga do (E; sala dc jantar), opartalonum XIII (para a legenda, v texto ao lado!

cntablamento do templo grego. (F; parlatório) c, no andar supe­


Módulo — I. raio inferior da co­ rior. o dormitorium (sala dedica­
luna clássica, tomado como uni­ da ao repouso) ou as clausuras
dade das proporções nas ordens (celas dos monges). Enquanto os
dc colunas (v. Intcrcolunio*). Di­ beneditinos construíam seus con­
vidindo-o por 30, obtém-se as ventos de preferência nos montes
••partes"; 2. unidade de base dc c os cistcrcicnscs (dc 1100) nos va­
diversas teorias das proporções les. as ordens mendicantcs se ins­
(v.*). p. ex.. o “Modulor" de Le talam (do século XIII cm diante)
Corbusier; 3. diâmetro dc uma mais facilmente no interior ou nas
moeda ou de uma medalha. cercanias das cidades, pois con­ Cartuxa <lo Vatbonne. Sul da Franco. inrea-
S Miguel de Escalada, baiflica de trés no Moldura alemã — Friso ou enta­ sideram sua missão mais ligada ã da 1203 No tundo. a igreja e as con»
ves em estilo moçarábico. construído em truçóe* rurais; em primeiro plano, as
913. com arcos rnounscos nos arcada* e lhe dc dentteulos. feito de tijolos, cura das almas do que à contem­ casinhas. ceda uma com sua horta, dispos­
no planto de trés .*bs.des cujas arestas anteriores entram no plação. Os cartuxos vivem (a par- tas .»o redor do claustro Gótico
perfil do edifício. V. Ornato*.
Monóptero — Templo circular
com cohmas em volta, mas, ao
contrário do tolo (v.), não possui
cela. V. Jardins, arte dos* ("Glo-
riette").
Monumento — Em sentido es­
trito, obra arquitetônica ou cscul-
tórica em memória de determina­
dos acontecimentos ou persona­ Wengartcn. convento beneditino, 1715 23
Plsrvmetrn ideal perfedamente vmétnca d.»
gens. Tipos dc monumentos: a abatsa. em estilo barroco e até boje «na- Claustro. Aries, Sul da Franca. St-Trophimc
tumba (v.), a pedra sepulcral (v.). cabada Romòníco o Gótico.

174 175
tir do século XII) cm casinhas iso­
ladas em torno dc um enorme
claustro. Seus conventos cha-
mam-se canuxas* (fr. chartreuse.
al. Kartatise). As fortalezas das
ordens cavalcirescas germânicas
(século XIII em diante) eram,
num primeiro momento, os seus
A» Musa» A partir da esquerda: Cl>o, T4k>. Erato. Euterpe. Ppllmnia. Ca'iope Terpsícoro.
mosteiros (Marienburg; Rheden). Urimn. Metpomana.
Os mosteiros barrocos, com sua
grandiosa planimetria. parecem
verdadeiros castelos (Weingar- com os seus atributos (v.): Érato
ten*). (lírica amorosa), citara; Euterpe
Mota — Fortaleza com torre no (música, poesia elegíaca), flauta;
alto de uma colina. Calíope (poesia épica), livro c ro­
Mourisco — Decoração (v. Or- lo dc papel; Clio (história, filoso­
nato*) composta por plantas ex­ fia. épica), rolo de pergaminho;
Mowmonto do torséo oót>co Colônia. Ca­
tedral. o chamada "Madona de M45o“. tremamente estilizadas, dc origem Mclpomene (tragédia), máscara
c 1320 islâmica e segundo modelos hclc- trágica; Polímnia (canto), sem
nísticos. Retomada a partir do atributo; Tcrpsícore (dança), lira;
Renascimento. Cf. Arabcsco. Tália (comédia), máscara cômica;
Movimento de torsào gótico* Urânia (astronomia), globo.
Ao contrário da contraposição Mútulo — Modilhão sob a cor-
(v.*). em muitas figuras góticas nija do templo dórico.
depois do século XIII os eixos ho­
rizontais (quadris, costas) cstào
voltados para o mesmo lado. A Nau — Cela do templo grego.
cabeça está voltada para o ombro Nariz — Parte saliente da abertu­
alçado. Obtém-se. assim, uma ra de um rendilhado (v.*) gótico.
curva em S que acentua o movi­ Nártex* — Também paraíso ou
mento ascendente do corpo (se­ galilé. I. o átrio da basílica <v.)
gundo o espirito c as finalidades palcocristà c medieval: um pátio
da arquitetura gótica). circundado por um pórtico; 2.
Mudéjar* — (do árabe mudaggin átrio da igreja, em geral ricamcn-
= ficar morando (árabes entre tc decorado com esculturas. An-
cristãos]). Estilo ornamental es­
panhol em que contluem elemen­
tos mouriscos, góticos e. mais tar­
de, renascentistas.
Musas* — Divindades protetoras
das artes c das ciências na Grécia
antiga. Inicialmente, cm Atenas,
cultuava-se apenas uma musa;
Mncmósinc, a deusa da memória.
Mais tarde, aparecerão mais nove
musas, que a partir da época hclc- Nértes. o#1'1* ou vestibUo de uma >gre|a NJrtex. Parano |P| em forma de Uno Ma
Mudépr TWue<. Torre San Martin, séc XV Tournus. frança. séc XI Romimco ria Laach. igrep de moste-ro. séc Xlt
Conjtruçio de tijolo» pobcromo» nistica são representadas junto

176 177
tigamcnte, os cadáveres eram ai volutas (v.), sobre os frontòcs dos
depositados c abençoados antes edifícios.
de serem enterrados no interior Octógono — Edifício construído
da igreja. Nas igrejas bizantinas, sobre uma base octogonal regu­
o nártex é chamado “liiai”. lar.
Nastro* — Fita ondulada ou fai­ Olho-de-boi — V. Janela II, 3.
xa com palavras, comum nas pin­ fig. 6.
turas medievais, sobretudo da Opistódomu — Local traseiro do
época gótica; sustentada por es­ templo grego com antas duplas,
tátuas ou solta na mesa. O texto que era utilizado como sala do
qualifica a personagem ou a ce­ tesouro.
na representados, ou. então, in­ Opus — V. Alvenaria, obras de*.
dica o que eles querem dizer. Orangeric — V. Jardins, arte dos.
Nastro ondulado — V. Ornato*. Oratório* — 1. coro dos monges
Ntrtex Portal com por alto. Pâderborn. Ca-
Nave central — Espaço interme­ ou dos sacerdotes nas igrejas dc
tMrd’. *4c». XIIXIII. diário dc um corpo longitudinal convento ou dos colégios; 2. ca­
Oratório iSul d» Alemanha, em torno de
(v.) de várias naves. V. Basílica*. pela privada ou dc convento; 3. 1 7SO Hococó)
Ncobarroco — V. Revolução In­ igreja das ordens mendicantcs
dustrial Alemã*. (v.); 4. loggia gradeada ou envi-
Neogótico — Estilo arquitetôni­ draçada com vista para o altar,
co inspirado no Gótico, introdu­ reservada a dignitários laicos ou
zido na Inglaterra por volta de eclesiásticos, sobretudo nas igre­
1720. Após 1750, chamado de jas barrocas.
"Gótico-Rococó” (primeira fase Ordem colossal* — Ordem de pi­
do Gothic Reviva! cm voga) e. no lares que ocupa dois ou até mais
final do século, difundido na Eu­ andares. Muito empregada por
ropa como componente do His- Michclangclo c Palladio. V. Pa-
toricismo, sobrevivendo espora­ ladianismo.
dicamente até tempos mais re­ Ordem coríntia — V. p. II*.
centes. Ordem dórica — V. p. 11*.
Neo-renascimento — Retomada, Ordem jónica — V. p. ||*.
no último trintenio do século Ordem romana — Ordem dc co­
XIX. dc elementos da arquitetu­ lunas usada na Antiguidade ro­
ra c do mobiliário renascentista. mana.
Nervura — V. Abóbada*. Ordens mendicantcs, igrejas das*
Ninfeu* — V. Fonte*. — (Também chamadas ordens
dos pregadores, oradores). Sào as
igrejas fundadas pelos francisca-
Obelisco* — Pilar alto monolí­ nos (frades descalços) e pelos do­
tico cm forma de paralclcpipcdo. minicanos nos séculos XIII e
estreitando-se no alto c termi­ XIV. Às finalidades cspcctalmen-
nando cm pirâmide. Símbolo re­ te espirituais e à concentração exi­
ligioso egípcio usado no Renasci­ gida pela prece corresponde uma
mento em dimensões reduzidas, simplificação das formas góticas:
A cm ot>e'i&co A <*»».-. obehsco de coroa como ornamento arquitetônico; o transepto, o trifório (v.) c as
mento de umo bataustrada sobre a corria frequentemente, com função de
Onnopal. Veneza &b'4oteca Marciana.
torres sào eliminados, os contra­ Ordom coossa V<enza Paiazzo Porto
1553. San*ov<no. guarneciinento (v.) junto com as fortes (v.) se reduzem a botaréus Bropanze 1570 80 macabadO. P*»ad-o

178 179
oeste, dc modo que o coro e o al­
tar indiquem o leste (isto é, a Ter­
ra Santa, no Oriente, ou o nas­
cer do sol). Normalmcntc, os pés
ou o rosto dos mortos sepultados
nas igrejas estão voltados para o
leste. Também as construções
religiosas não cristãs (o templo
grego, a mesquita, a sinagoga, v.)
sào com frequência "orienta­
das”.
Orlando* — Estátua dc Orlando,
cm madeira ou pedra, colocada
das cxdens mareKantes Kóntgslel- na praça principal das cidades e
dco. Aatgao. Strfç» Convaoio das CUr>s-
sav. oiciado em 13' 1 S.'si'<o com amp-jis difundida entre o século XIV c o
arcada», novo centrai de teto plano, coro século XVIII. entre Weser e Pra­
com abóbada de nervura»
ga. ao sul até Dubrovnik. Repro­
duz um chefe ou, no Barroco, um
guerreiro romano com a espada
levantada. Provavelmente simbo­
liza os direitos dos cidadãos.
Ornato, ornamento* — Motivo
em redor do coro: janclinhas nas decorativo, forma decorativa. O Orlando HolbefMadt. Paco mun.c.pal. t.ic.
paredes. conjunto das formas ornamentais xiv Gótico
Orelha — V. Ornato*. dc um objeto, dc um cômodo, de
Órgão, fachada do* — Lado ex­ uma fachada, leva o nome de de­
terior do órgão. No Gótico, pos­ coração (v.>; o conjunto dc todas
sui com frequência um retábulo as decorações produzidas num
(v. Altar, b*) c portinholas pin­ determinado âmbito artístico é
tadas. como um altar dc porti­ chamado ornamentação, p. ex. ,
nholas. No Barroco, assume pro­ a renascentista. O ornato tem a
porções gigantescas c possui um função dc embelezamento (p. ex..
local para guardar os tubos de rocaillc, mascarão) ou de estrutu­
madeira marmorizada (v. Már­ ra (p. ex.. meia-coluna, rendilha-
more). decorações dc ferro forja­ do). Ambas as funções podem
do. um carrilhão rotatório em coexistir, pois um friso decorati­
Os números após os verbetes
forma de estrela c estátuas orna­ vo pode, ao mesmo tempo, arti­
referem-se aos desenhos das pá­
mentais. A decoração excessiva, cular uma superfície. Suas varie­
ginas 181 a 185.
os putti c todo o repertório do es­ dades principais sào: I. ornato
tilo Rococó apagam a limpidez geométrico, construído com o Acanto, v.*
arquitetônica. Hoje predomina o compasso c a régua, p. ex.. friso Acrotério, 55, 56
órgão ''descoberto*', cm que só dentado, meandro: 2. ornato ve­ Animais (frisos com} 11, 12. 30,
avuha a disposição arquitetônica getal, p. e.x.f capitel em forma dc 32
dos tubos. cálice, folha dc acanto: 3. orna­ Antêmio. 5
Fachada do órgóo No alto: visto do conjun Orientação — Alinhamento do to animal, p. ex.. friso dc bucrâ- Arabesco. 79
to Embaixo: planta IH - órgóo principal; eixo principal das igrejas cristãs nio: 4. ornato dc figuras huma­
S - teclado. R - post.vo com misuial Es
Arcos (friso com). 22, 23, 24. 37.
sen. Cátedra:. 1963. com os pontos cardeais leste e nas, p. ex., capitel narrativo. 40. 43. 44

180 181
Arcos cruzados (friso de). 24. 40 Florào. 58. 59. 60
Arcos ogivais (friso de), 37 Flores (friso de). 5. 41. 49. 50
Arcos redondos (friso de) 22. 23 Folha bossada. 63
Arcos trilobudos (friso de). 37. Folhagem (friso com), 27. 38. 41. 1
43. 44 42. 45. 48. 49. 50. 52. 53
Astrágalo. 8 Folhas aquáticas, 9 i|l|l|l|l|l JTJTJ
Folhas onduladas, 3. 6, 9
Ball-flower. 49
Beak-head, 32 Grega, v. Meandro
Bizantino, ornato. 13 Grotesco. 75
Bucrânio (friso com). 11 Guarnecimentos. v.
Guirlanda, 65
Cabeça de prego (friso com). 25 Guirlanda de fruta, 65 FRISOS. ANTIGUIDADE GREGA. 1 — meandro ou grega; 2 friso de paknotas; 3 cl-
Cabeças com bico (friso de). 32 mâcio ddrico ffoMtas onduladas); 4 meandro: 5 antémio: palmetas com flor-de-lótus:
Caninos (friso com). 16 Lesena. v.’ 6 cimâcio jônico (ovfculo*. folhas onduladas). 7 - meandro. Ma ondulada. 8 aswâ-
U«'o. pérolas. 9 — cimócio léstxco (folhas aquáticas, foèbas onduladas).
Cartilagem ou orelha. 74 Lirio borbônico, 66
Cártula. 76. 77 Losangos (friso de). 26
Churriguensmo. v.’ Mascarão, 73. 74
Cimdcio. 3. 6. 9 Mascarão de folha. 72
Cimdcio dórico. 3 Meandro. I. 4. 7, 10. 34
10
Cimdcio Jônico. 6 Merlão, 51, 54
ANTIGUIDADE ROMANA 10 meandro. Ma ondulada, 11 friso com bucrânio».
Cimdcio lésbico. 9 Moldura alemã. 19
Cones. 35 Mourisco. 80
Cordão, 18
Orelha. 78
Corrida de cachorro, 7
Cubos (friso de). 20 Ovtculo. 6
Paleocristão. ornato, 12
Dente de cão. 46. 47
Palmeta, 55, 56
Dentes (friso com), 19 12 13
Palmetas (friso de), 2, 5
Dentes de serra (friso de). 16 ÉPOCA PALEOCRISTÂ E BIZANTINA 12 — fuso ornamental paloocnstâo (Ravona. séc
Parreira (friso de). 38, 53 VI); 13 - friso ornamental biiontmo iConstantinopta. séc. VI)
Denticulo (friso de), 31
Pérolas. 8
Diamantes (friso com), 25, 28
Pinha, 57
Discos (friso de). 29
Placas (friso de). 33
Dogtooth, 46. 47
Doublecone. 35 Quadrilõbulos (friso de). 39
Drólerie, 68
Ramos. 67 ÉPOCA DAS INVASÕES BARBARAS. ARTE CAROÚNGlA 14 frrto do tenores, Ravo
Entalhe cuneiforme. 82 RendHhado, v.* na. .nicio do séc. VI; 15 - entrelacs. entrelaçados, c 800
Entrelacs. 15. 21 Rocaille, v.
Escamas (friso com), 36 Rolos. 73, 76
Rolos (friso de), 17
Eestão. 65
Roseta, 69. 70, 71
Fita ondulada. 7. 10
Roseta de molinete. 71
Fitas enroladas, 81
Roseta em leque. 69
Flamboyani, v.
Flor-de-Hs, 66 Tenazes (friso de), 14
Flor-de-lótus. 5
Xadrez (friso de), 20 ROMANICO. 16 - frisos com dentes do sorra ou caninos; 17 fuso de rolo; 18 - friso
Flor montante. 61. 62. 63. 64 com cordão, cordão entrelaçado; 19 — friso com dentes, moktura aiemâ. 20 friso de
Flor redonda. 49 Ziguezague (friso de). 31 xadrox ou do cubos: 21 - entrelacs.

182 183
GÓTICO INGLÊS OECORATED 49 - flor redonda e folha (bail fiower, c 13201. 50 -
frito com Core* If-ore» de quatro pótaas. c 1350); 51 morlâo (c 1400»

ROMÂNICO 22 «riso de arco» redondo». 23 lri*o de arco» redondo». 24 »»>*o


de arco» ogiva.»: 25 fr.to com <M>m»nte* ou de prego» romano*. 26 - frito de lotan
qo»; 27 f’>*o de folhagem; 28 fr.to de <Mmanie*. 29 - frito do disco». 30 - fr.to PERPENDICULAR 52 fr.*o de folhagem le. 14801. 53 friso de parre.ra (c 1500»;
de anima-.*. 54 - meriio Ic 1450)

ROMÂNICO ANGLO N0RMAND0 31 - friso de íiguerague ou de centiculo». 32 - frrto


de cnbeca com bico beak-head; 33 friso de p)aca*. 34 meandro. 35 f"*o de co­
ne». doubie-cone: 36 friso de etcama»

ORNAMENTOS 55- acrotório; acrotíeio de canto, polmet» (época cUstica», 56 acro


téro de oalmeta; 57 pinha (símbolo da fertilidade). c-a»»>ci»mo

GÔTiCO. 37 — fr »o de arco» ogiva** ou arco* tr-lobado». c-mâc-o de mí*uia (Gótico prrfn.


t,vo>. 38 - friso de parre-ra. 39 frito quadrrfobado tb|O’o. Norte da Alemanha». 40 -
fn*O dc arcos oflivai». c mécio de mitula |A‘to Góbcol; A'. frito de fi>:”agom frito com
»Ore* iGót-co tardio). 42 frdo de foatagem, preenchimento de superfície» (Gótico tatdx».

GÓTICO INGLÊS (EARLY ENGLISH). 43 fr.to de arco* tnobado». omâc.0 de mituta


Ic 1220». 44 fntode arcobotante». cmAcodo mítula Ic. 1260). 46 frito com fo 58 - fiorJo <*óc XII. Gótico prinvtrvo); 59 borio (téc XV. Alto Gótico); 60 — flor&o
i.i*gem(c 118O»;46 dente de céolOogtooth.c. 12401; 47 dento de cóo (Dogtooth. i*óc XV. Gótico tatd.0).
C 1260): 48 friso de folhagem

184 185
ORNAMENTOS 61 - folha montante. Ilor montante ISéc XII. GóVCO prinutivol. 62 -
folha montante. f lot (séc XIII, Aito Gótico); 63 «olha montante bossada. í>o»
montante fséc XIV. Aito Gótico o Gótico tardio). 64. folha montante, flor montante {séc
XV, Gót>co tardo): 65 - gwrtanda. festéo. gu-tianda de fruta ida época cléwcai

66 flo» do lia. Uno bort>ôn<co (de 1179. nas insígnias reais francês»*!; 67 - ramos SGó
tico tardo); 68 dtóteri* (Gótico tardio).

69 roseta de leque om construções de madeiramento a vista (também em obras de pe ORNAMENTOS. 76 cértuia com rolos. Manoirismo; 77 cértula Rococó: 78 oro*ha.
dra). Renascimento: 70 - roseta (cass-cismo); 71 - roseta de molinote do época dés*:- semelhante é máscara de orelha (entre 1580 e 1680 no* paises germémcos). 79 - ara-
ca; 72 mascar Ao de foW>» (Aito Gót oo); 73 mascario do ro»o«. mkio do séc XVlt. besco. artístico o n»tura*sta entrelaçamento de tomas e gavinhas (desde a época beien»*
do Maneirtsmo ao inicio do Barroco; 74 mascarJo de orem*. ent»e o f«nal do séc. XVI ticai. 80 movrisco: gavmhas, folhas c flores estiliiadas sem relevo (desde a época he-
o o séc XVU. Renascimento alemão tardio; 75 Grotesco, do época ciâsska (no dose lonística); 81 nastros volteados. Barroco; 82 enta ne cvneiforme. desde a idade d»
nho: Renascimento italiano, c 1500). pedra (no desenho: inicio do século XX)

186 187
Orquestra — Zona reservada ao mente imprime a sua marca na ar­
coro no teatro grego (v.*). quitetura inglesa, introduzido por
Ossário* — Capela de cemitério Inigo Jones, nos duzentos anos
geralmente de dois andares: O que se seguem à metade do sécu­
inferior comem corpos exumados, lo XVII. Exerce influência deter­
o superior c ocupado pelo altar. minante na França e no resto da
No Românico. construção centra­ Europa após c. 1650.
lizada. com absidc no lado leste; Palmeta - V. Ornato*.
no Gótico também dc forma alon­ Pano quaresmal* — Também
gada (capela dc Sâo Miguel). Véu dos Ramos ou do jejum.
Oslcnsório* Invólucro de pe­ Grossa tela de linho na qual são
dra para guardar a hóstia, cm ge­ pintados, estampados ou borda­
Pano quaretmsi. detame Teíflte.'Ve«t#<«.a.
ral colocado perto do altar, no la­ dos quadros com as cenas ou os 1623
Osváno TuBn. Au»t»,a. timdoiéc XIII Ca­ do do Evangelho (v.). Nicho com símbolos da Paixão. Durante a
pela redorxin com abioe no andar *upc»k>'; grade ou. no Gótico, edicula com quaresma, é suspenso entre o co­
o OMário está Situado no and»» >nter>or
decorações sobre uma base, com ro e as naves (nos séculos XIV-
um precioso retábulo e com até XVIII, hoje raramente).
28 metros de altura (Ulm). O Paraíso — V. Nártex*.
Concilio dc Trcnto (1545-63) co­ Paraíso, rios do — O Eufrates, o
loca a hóstia no tabernáculo (v.) Tigre, o Giom c o Pisom (Gcn..
sobre o altar, eliminando o osten- 2, 10 ss.). reproduzidos na arte
sório. O Concilio Vaticano II re­ paleocristã como riachos, na Ida­
toma o seu uso. de Média como homens com ser­
pentes das quais brota água.
Parapeito — V. Balcão*.
Parede divisória* — Parede divi­
Painel — Revestimento de madei­ sória colocada entre o coro (reser­
ra em parede, normalmente com­ vado aos clérigos) e a nave cen­
posto dc quadros, em especial or­ tral (para os laicos), comum a
namentado a partir do Rococó partir do século XIII. A divisó­
(v.) com finos trabalhos de enta­ ria possui uma ou mais passagens
lhe. decorações pictóricas ou tau- e uma tribuna com sacada (para
xias (v. Incrustação). os cantores), à qual se chega por
Palácio — Residência dc impe­ meio dc uma escada. Sobre a tri­
radores. reis e bispos na Idade buna é colocado o atril, de onde
Média. se lêem o Evangelho e as Epísto­
Paladianismo — Arquitetura do las. As divisórias foram cm gran­
Renascimento tardio e do Barro­ de parte destruídas após a Idade
co. que se refere ao italiano An­ Média, pois impediam a visão do
dréa Palladio (1508-80). Inspira­ sacrifício durante a missa.
da na Antiguidade romana, por Parede perimelral — Parede en­
isso reduz a decoração das facha­ cimada pelo arco perimctral (v.);
das c procura proporções nítidas v. Abóbada, fig. 2b; 2. parçdc re­
c rigorosas. Entre as suas carac­ forçada de uma fortaleza.
terísticas principais, encontramos Paredes divisórias — V. Basí­
a ordem colossal (v.*) c a scrlia- lica*. Parede dbnsóoa IL) diante do «xo oeste da
Ostonsórk» dentro de um mcho da patedo.
século XIV. Gótico na (v.*). O paladianismo notada- Parlatório — V. Mosteiro. Catedral de NaumbutQ. c. 1260.

188 189
2. pedra bruta — pedra achada,
Parque — V. Jardins, arte dos*.
bloco errático.
Pastofórios — Nas igrejas palco-
3. pedra aparelhada — talhada de
cristãs c bizantinas, locais situa­
forma regular, p. ex., sob a for­
dos na extremidade leste das na­
ma dc silhar, isto c. dc bloco re­
ves menores: a prothcsis (sacris-
tangular;
tia. ao norte) e o diakonlkon (re­
4. tijolo — barro cozido ou argi­
servado aos diãconos c aos para­
la amassada c cozida ao ar livre;
mentos sacros, ao sul). Formam
tijolo moldado — tijolos com que
frequentemente, junto ao coro,
são construídos os elementos ar­
uma construção transversal com
quitetônicos mais irregulares (in-
estrutura celular.
tradorsos dos arcos, rendilhados
Patamar — Patamar entre dois
de tijolos góticos) c que, por isso,
lanços dc escada.
devem ser cozidos de maneira es­
Pátina — Camada externa que.
pecial. V. Tijolo, construção dc*;
com o tempo, sc forma no cobre
pedra artificial — proveniente da
ou no bronze por causa da oxi-
p^vilhjo Herror-bauSen. <Kn Hannover. Par mescla de resíduos de tijolo que,
que do Castelo. 1699. Barroco dação. Também produzida arti-
após o cozimento, deixam alguns
ffcialmente ou falsificada. Seus
buracos. Conseguem-se sobretu­
tons verdes, castanhos ou pretos
do tijolos leves, utilizados no Gó­
sào sinais dc antiguidade.
tico para as abóbadas.
Pavio — V. Símbolos cristãos*.
Na parede, o tijolo de ponta* tem
II*.
o lado curto voltado para o lado
Pavilhão* — I. pavilhão dc jar­
de fora, enquando o tijolo de
dim. construção isolada, dc di­
faixa* mostra o seu lado mais
mensões reduzidas, aberta com-
comprido.
plctamcntc ou cm parte (v. Jar­
Para os futuros empregos das pe­
dins. arte dos, I); 2. pavilhão dc
dras dc construção ver Alvenaria,
canto, ressalto (v.) dc canto dos
obras de*.
castelos barrocos, com um telha­
Pedra moldada — V. Pedra de
do próprio.
construção*; Tijolo, construção
Pé-dircíto — Pilar junto a uma
de*.
parede. Pode sobressair da pare­
Pedra sepulcral* — Pedra em ho­
de (lateral): a) ligeiramente, sob
menagem a um defunto, dc for­
forma dc pilastra (v.*); b) bastan­
ma achatada, comum no século
te. cm forma de parede transver­
XIV. |- colocada vertical mente
sal; além disso pode funcionar co­
nas paredes internas ou externas
mo sustentação para a pressão do
das igrejas, sobre pilares, ou nos
telhado c da abóbada, como um
claustros. A inscrição tumbal nào
contraforte.
corresponde, todavia, a uma tum­
Pedestal — V. Embasamento.
ba (v.), já que nem atrás nem
Pedra aparelhada — V. Alvena­
abaixo dela se encontram sepul­
ria. obras de*.
turas. Dislingucm-se duas formas
Pedra Artificial — V. Pedra de
principais de pedra sepulcral: 1.
construção. 4.
a laje traz uma inscrição ou a fi­
Pedra dc construção* — 1. pedra
gura do defunto e é semelhante a
cavada — pedra natural ou culti­
Pedra de con»truç4o 8 - VjoJo <!e ponta; uma pedra tumbal colocada em Pedra sepulcral renascentista; téc XVI
l - t-ioto do faixa vada. rústica, de forma irregular;
191
190
estilo Tudor, fase final do Góti­
co inglês. O nome provém do li-
nearismo vertical das colunetas
Perfil formado por coluna», nicho». etc., na que ladeiam as altas c largas ja­
tona do um portat. Lanara». Franco. Cate­
dral. séc. XVIII
nelas c as paredes dos edifícios.
Características desse estilo são
também as abóbadas cm leque.
pé: 2. mais tarde, sobre o retrato Perspectiva* — Representação do
do doador c esculpida uma cena: espaço tridimensional (compri-
o defunto aparece ajoelhado re­ mento/largura/profundidade),
zando aos pés da cruz, muitas ve­ pelo desenho ou pela pintura, so­
zes junto com a sua família. No bre uma superfície bidimensional
Perspectiva Toda» a* Mim que se afas­
Renascimento e no Barroco, a (largura/comprimento). A pro­ tam. paralela* na realidade, encontramse
tumba evolui até se tornar uma fundidade, que falta na superfí­ no hor.zonto (H). no ponto de fuga «F>
construção dc vários andares, cie, é simulada através da pers­
faustosa e rica dc significados pectiva, graças à qual objetos do
simbólicos religiosos. Às vezes, o mesmo tamanho em progressivo
defunto é representado com 33 distanciamento, mesmo manten­
anos (”a idade de Jesus”). do as mesmas proporções, são re­
Peixe — V. Símbolos cristãos*. 7. presentados menores, como efe-
Pelicano - V. Símbolos cris­ tivamente aparecem ao olho no
tãos*. 10. espaço real (diminuição pcrspéc-
Perfil* — O conjunto dos ele­ tica). A possibilidade dc construir
mentos salientes ou reentrantes dc matematicamente a perspectiva
uma construção; dividido em se­ só é descoberta no início do Re­
ções (p. cx., perfil das nervuras, nascimento. O Barroco se serve
Cata rtélca com peristJo. V ve»t*>ulum.
<jue vem antes da* Uuce» |F>; AM - atrk>
v. Gola*) ou em planta (p. ex., dela de forma virtuosística para Perspectiva invertida do escrivaceiha e do
cornijas de portais ou janelas, apoio para o* pé*. Bum.nur». c. 1230
com rfntAivium ll>; A — ata: G - corredor. simular estruturas arquitetônicas,
T tablmum; P poti*ty*um em luga' do com embasamento, colunas, pi­
pito. ao todo do* vâo» da* catas: £
principalmente tetos que apare­
éxedra lastras. tondinos c canduras). çam abertos para um espaço in­
Pérgula — V. Pórtico*. finito (trompe l’oeil). Com a cres­
Pcríptero - Templo (v.*). cuja cente importância dada às cores
cela é circundada por colunas. após o Imprcssionismo, a pers­
Perisiilo* — I. pórtico que cir­ pectiva foi perdendo o seu signi­
cunda o pátio dc uma casa ou dc ficado.
um templo (períbolo, também no Na perspectiva invertida*, fre­
sentido dc temenos. zona que ro­ quente na pintura palcocristã c
deia o templo); 2. o átrio da ba­ medieval, os objetos não dimi­
sílica palcocristã e medieval. V. nuem a partir do observador cm
Nártex*. direção ao fundo, mas sim dc for­
Perna livre — V. Contraposição. ma perspectiva, a partir do pon­
Pérolas — V. Ornato*. to dc vista que liga a figura prin­
Perpendicular Style* — Versão cipal do quadro ao espectador.
do Alto Gótico e do Gótico tar­ EsSâS formas da representação
dio inglês que começa no primei­ pcrspectivista, cm aparência con­
Janela em e*t4o Perpendicular Gloucetw.
ro trintenio do século XIV c de­ traditórias. ao invés de demons­ Perspectiva simbólica Sto. Agostinho com
1349 semboca. por volta dc 1500, no trações matemáticas, são melhor do<* adoradores; entaine em madeira. 1490

192 193
explicadas através da história do colunas ou três quartos de colu­
espirito humano: o Cristianismo na (v. Meia-coluna*) que prosse­
primitivo e a Idade Media vêem guem na abóbada (v.) ou nas ar­
no objeto admirado — e. por is­ cadas sob forma dc nervuras ou
so, representado — uma metáfo­ dc arcos atransversais.
ra da ordem divina, que. ao mes­ Pilastra* — Pilar que sobressai
mo tempo, é o ponto dc partida um pouco da parede. Dividido,
da ordem (também perspéctica) como a coluna (v.), em base, fus­
do cosmos. Por isso, as figuras te. capitel (v.) c/ou arquitrave
em primeiro plano, diminuindo (v.); às vezes canelado (v. Canc-
Pia Míiumal Fieckonhotst. 1129. Ro­
mã rco. sua importância, aparecem meno­ lura*) c ornado. Funções: refor­
res do que as colocadas em segun­ ço de paredes, estruturação dc pa­
do plano ou no fundo (perspecti­ redes, suporte de entablamcnto.
va simbólica*). Somente o Renas­ cornijas de portais c janelas.
cimento assume o homem como Piloné* — I. edificação de acesso
medida de todas as coisas. a um templo, provida de torres la­
Pia batismal* — A partir do sé­ terais; 2. grande coluna ou pilar
culo XI é a bacia dc pedra, bron­ nas laterais de um portal; 3. co­
ze ou madeira contendo a água luna dc sustentação de uma pon­
batismal, que substitui o batisté- te suspensa.
rio(v.*) paleocristão. Frequente­ Pilotis - Suportes que sustentam
mente embelezada com temas bí­ um edifício deixando-o elevado
blicos c apotropaicos. ligados ao do chão.
batismo c à água: p. ex.. o batis­ Pináculo* — Pequena torre orna­
mo de Cristo (v. Paraíso, rios mental gótica, fina c pontiaguda,
do). construída sobre pilares e coloca­
Pilar* — Suporte vertical da seção da sobre torres ou gabletes (v.).
poligonal ou quadrangular. Po­ É composta de: 1. corpo ou /ws-
de estruturar-se como uma colu­ te quadrado ou octogonal, que
na (v.), com base, fuste, capitel normalmcntc tem o aspecto de
(v.) e/ou imposta (v.). Além dis­ um tabcrnáculo (v.), decorado
so, pode estar isolado ou sobres­ com rendilhado (v.) c rematado
sair da parede (pilastra, v.*). em cada lado por um pequeno te­
O pilar redondo* — típico das lhado de duas águas; 2. coruehén
igrcjas-salâo do Gótico tardio,
A wq.: prtw fasoojixJo com mmwcotow apresenta uma seção em circun­
adosMdas (W>l<ob»do»Mn, c. 1200. Romft- ferência e é muito semelhante à
mco»; à <J'< P1»' «odondo de ilrtwn
(MoottMlUer, ve*tftxjlo 08 coted/eil. coluna; também a falta da ênta-
sc (v.) é peculiar a muitas colu­
nas. No entanto, muitas vezes o
pilar redondo c demasiado fino
ou muito achatado. O pilar cm
forma dc cruz* consta de um nú­
cleo central quadrado e de um
pilar retangular que sobressai dc
cada lado. No pilar fasciculado* Ritonó. Corvey, ontroda no pBfque do C#t-
A etq: piof ctuciform», Romóníco: 8 d'» .:
pito» «»»c»cu'odo gótico cstào reunidas diversas meias- teto. .níc»o do »éc. XVIII Banoco. Ptoâcuto Gót>co

194 195
ou calota, dc forma piramidal. pintura a óleo. Pigmentos de tin­
normalmcntc ornamentado dc fo­ ta diluídos em óleos voláteis (te-
lhas montantes e rematado por rebintina). benzina, etc. Agluti­
uma grande flor. nantes: óleo de linhaça. de pa­
Pinhas — V. Ornato*. poula. dc noz. Aplicado dc for­
Pintura, técnicas dc — As técni­ ma a cobrir ou ficar transparen­
cas pictóricas classificam-se as­ te. Scca graças à oxidaçâo do
sim: segundo o fundo, em pintu­ óleo, que se transforma em lino-
ra mural, pintura em vidro, mo­ xina. A partir do século XV. cm
saico, miniatura: segundo os sol­ geral na pintura dc retábulo: ori-
ventes com que os pigmentos dc ginalmcntc só sobre madeira, de­
cores sâo preparados; segundo os pois em tela ou cm papel, cobre
aglutinantes com que os pigmen­ c reboco seco, na pintura mural.
tos das cores são aglutinados en­ Nas modernas tintas acrílicas sâo
tre si c fixados no fundo: empregadas resinas sintéticas co­
uquarela. Técnica transparente mo aglutinantes:
(pois deixa o fundo aparecer) com pintura de técnica mista. Combi­
tinta diluída em água, sem o nação dc tempera e óleo;
branco. Aglutinantc: goma ará­ pintura esmaltada. Solução de
bica. Usada nos edifícios em lu­ aglutinantes resinosos (colofônio.
gar do afresco: copai, resinas sintéticas) e óleo
guache. Pintura solúvel cm água (verniz a óleo) cm óleo volátil
(com branco), com aglutinantc à (óleo de terebintina) ou seus su­
base dc cola; cedâneos. Scca do mesmo modo
têmpera (do lat. teniperare. que. que as tintas a óleo. Na China,
na Idade Média, indicava a mes­ existe desde o primeiro milênio
cla de tinta c aglutinantc). Diluí­ antes dc Cristo. Foi introduzida
da em água, óleo ou laca. Aglu­ na Europa no século XVII. Téc­
tinantes: gema de ovo. mel. co­ nicas diversas.
la. leite de figo, etc. Usada cm Piscina* — I. tanque para nata­ Pkscuia Pia tustfal ou l»túrg>ca Neve»*. Ca
quase todas as pinturas medievais ção nas tetinas romanas; !«!»»•. »4c XV
cm retábulos (dc madeira, sobre­ 2. pia litúrgica colocada junto à
tudo de altar) até o século XV; parede sul do coro dentro dc um
substituída gradualmente depois nicho, cuja água, utilizada para
pela pintura a óleo: lavar as mãos dos sacerdotes c os
afresco. Pintura com tinta diluí­ objetos sacros, conflui para um
da cm água pura, feita sobre re­ poço negro (sacrarium). Segundo
boco fresco que. quando seca (se­ um preceito eclesiástico, a água
cagem com absorção instantânea suja não pode ser jogada numa
do anidrido carbônico no ar), fixa cloaca.
as tintas no fundo. Desde 1300. Plataforma* — Terraço com ba­
usado cspeciahnente no Barroco laústre e escada no lado principal
para pintar o teto; de alguns edifícios, acompanhan­
pintura a seco. Tintas à base dc do toda a fachada. Na área do
água aplicadas cm parede seca; mar Báhico, espccialmcntc cm
aderência c resistência menores Danzig. substitui o jardim do pa­ PiataHxma Oanz»g Ca«a StopMn, lim oo
aos agentes atmosféricos; ço municipal c protege das inun- Uc XVI

196 197
daçõcs o andar térreo e a entra­
da com o vestíbulo.
Plinto* — Placa retangular ou
quadrada na base da coluna (v.),
pilares (v.), pedestais (v.), está­
tuas.
Pódio — Sobrclcvação do chào
Pimto <P| VOO o base dc um >»r Usccola
com um ou mais degraus, p. ex.,
do romímco diante de um trono (v. Cátedra),
dc um altar, dc uma pedra sepul­
cral. de uma sacada, etc.
Polilóbulo — V. Rcndilhado*.
Poliptico* — (gr. polyptychos -
dc muitas pregas). Altar dc pai­
néis (v. Altar*) ou pintura com
mais dc dois painéis. V. Tríp­
tico".
POI»pt>CO do novo pi<n«.t
Ponderação — Nas estátuas, a
distribuição harmônica do peso
do corpo sobre as pernas. Formas
especiais dc ponderação sào a
contraposição (v.*) c o movimen­
to dc torsão gótico (v.*).
Ponto de fuga — V. Perspec­
tiva*.
Porta da esposa — Portal do la­
do norte de algumas igrejas góti­
cas, frente ao qual cra celebrado Renasc mwuo. Sóc. XVI Barroco t»»dto. 1760. N«oc'3Mic>»mo. c 1800.

o casamento. A porta é normal*


mente ornamentada por estátuas Portal* — Entrada modelada ar­
de virgens sensatas c virgens in­ tisticamente. Um protótipo de
sensatas* que esperam o marido portal ocidental c o arco dc triun­
(segundo Mateus 25. 1-12). fo (v.) romano. Partes principais
do portal: I. arquitrave-, 2. luneta
ou tímpano-, 3. pequena coluna
da poria-, 4. umbrais da porta-, 5.
envasaduras-, 6. intradorso-, 7.
frontào-, 8. cornija do portal, p.
ex., com colunas, pilares, meias-
colunas, estátuas.
Pórtico* — Parte avançada no la­
do da entrada principal de um
edifício, sustentada por colunas
ou pilares, frcqitcntemente com
tímpano triangular. Época clás­ Pó-uco. Worlitz. Castelo, c. 17 70. Neoclos-
sica. Do Renascimento ao Neo-
V.tfjem «enwto « vwgorn rnsensato fr.bur-
go. portal da Catedral. 1 28090 Gótico classicismo.

198 199
a cela (nau) do templo grego. O
opistódomo (v.) c o seu oposto.
Propileu* — Porta monumental
diante do recinto fechado dc um
templo grego (lemenos). É famo­
síssimo o Propileu da Acrópole*.
a "cidadela dos deuses” dc Ate­
nas.
Proporções, teoria das* — O Propileu Atenas Acrópole. 436-32 a.C .
conjunto das regras que permitem Mnes.cie.
às partes dc uma obra dc arte re-
sultarcm harmônicas. De eficácia
relativa, pois a validez dc tais leis
varia de acordo com os tempos.
Sào especialmente importantes: 1.
üresdon, "Zwtfigar". 1 711 22. 0 Poppalmann. Ga-onas do um *o ontínf com arcada* li o cânone para as proporções da
gando o» quatro ed>Gc*os do esqu n*. o» dois pavilhões nas extrem>dades dos nichos Cir­
cularas a n porta d» coroa do lado maior. siJ Rotormado conrinuamanto figura humana. A unidade de me­
dida é normalmente a cabeça cm
rclaçào ao corpo (dc 1: 17 a 1: 10).
Praça dc Armas* — (alemão = V. Bizantina, arte*: 2. a seção
Zwinger). Zona ao redor de uma áurea*. divisão dc um segmento
muralha medieval. No Barroco, C (soma) num menor A c num
também um terreno entre as pa­ maior B. dc modo que A:B
redes internas c externas das ci­ B:C. Como regra aproximaiiva
dades e das fortalezas para servir considcram-sc os valores da pro­
dc feiras. gressão: 2:3 - 3:5 5:8 8:13,
Pregueado* — I. preenchimento etc. A seçào áurea ê utilizada na
de superfícies com pequenas pre­ produção artística muito mais ra­
gas verticais, talhadas na madei­ ramente do que se pensa; 3. a
ra (na mobília c painéis do Góti­
co); 2. panejainento de pedra que
decora um pedestal. Gótico tar­
dio c Renascimento.
Presbitério Na igreja, espaço
reservado aos sacerdotes, perto
do altar-inor. V. Berna*; Ora­
tório*.
Príncipe mundano — Alegoria
dos prazeres corruptos da vida
A aso.: pregueado de uma cadeira gótrca.
A d r pregueado de pedra. R»ms. Cate
terrena, personificada por um jo­
drai. soco do porta* centre! oeste. s4c. XIH. vem belo c elegante, sedutor dc
Gótco
jovens ingênuas, situada na pare­
de sobre a poria da esposa (v,),
do lado oposto da imagem dc
Cristo que guia as jovens ajui­ Seçío Aura» Con»truç*o • apicoçio. na
relaçio entre coluna» e altura total da um
zadas. templo dóhco grego A segmento menor Teor.» das proporções. Cânones do corpo
Pronau — Vestíbulo que preccdc 8 - segmento ma-or; C som» humano segundo Ourar, 1528

200 201
quadratura: o quadrado sc torna cia a uma rica decoração c, no
unidade de medida. V. Sistema de Barroco, a soluções plásticas. Va­
tramos quadripartidos*: 4. a riações: púlpito em forma de na­
triangulação*, emprego do triân­ vio (a partir de 1725, difunde-se
gulo cquilátero para a determina­ da França para as outras regiões
ção dc pontos cstruturalmcntc es­ do Leste, até a Polônia); púlpito
senciais; utilizado já provavel­ externo, sobretudo na Itália, in­
mente no Gótico c com ccrtcza no clusive nos santuários.
TnangulacSo de um arco og-va' gótico. Renascimento c no Barroco (p. Purismo — Tentativa de absolu­
cx., o "triângulo borrominia- ta pureza dc estilo. Causou mui­
no"); 5. a proporção harmônica. tos prejuízos, principalmente no Quadriga. Medalho grega em relevo.
tradução das relações dc compri­ século XIX quando, p. cx.. nas
mento das cordas e dc vibração igrejas góticas, muitas peças pre­
dos intervalos musicais cm rela­ ciosas dc decoração de épocas
ções entre as massas arquitetôni­ mais recentes foram destruídas e
cas, p. ex.. oitava 1:2; quinta substituídas por obras dc estilo
- 2:3; quarta = 3:4. etc. No iní­ neogótico (v.). Hoje tal tendên­
cio do Renascimento (Albcrti). cia c. cm grande parte ou complc-
utilizava-sc a fórmula da beleza tamente, renegada.
da arte romana c da harmonia Putto - V. Escultura arquitetô­
das esferas celestes, posterior­ nica*.
mente desenvolvida por Palladio;
6. o Modulor*.
Próstilo — Templo (também dc Quadratura — V. Proporções,
i ■• Refeitório no mosteno da Ordem dos Cava
antas) com átrio dc colunas no la­ teoria das*. 3. leiros Teutónicos do Manenburg Imc-ado
"Modutor" do loCoibusxr. I981:sór«de
do frontal. Quadrifólio — V. Rendilhado*. om 1280 Gótico
medidas tiradas da altura do corpo huma­ Pseudobasillca — V. Igreja, for­ Quadriga* — Carro militar dos
no (1.83 ou 1.75m) a da s«çio 6u'ea
mas arquitetônicas*. gregos, aberto atrás c puxado por
Pscudopcríptero — Templo (v.), quatro cavalos alinhados um ao
sobretudo o templo romano an­ lado do outro. Usado pelos roma­
tigo. no qual o pórtico perimetral nos como carruagem dc corrida
c substituído por colunas ou c dc triunfo. A partir do século
mcias-colunas encaixadas nas pa­ IV a.C. (Mausoléu dc Halicarnas-
redes externas da cela. so), como remate arquitetônico
Púlpito* — Tribuna para leitura decorativo.
e pregação derivada do ambom Quadrilóbulo — V. Rendilhado*.
(v.) palcocristão. A partir do sé­ Querubim — V. Anjos, 3*.
culo XIII, aparece tanto coloca­
do na parede divisória (v.) quan­
to apoiado em um pilar do cru­ Ramos — V. Ornato*.
zeiro (v.) ou da nave central. Nas Refeitório* — Sala de jantar dos Reforma de Hirseu. Hírtau. Floresto Negra.
igrejas pequenas (na maioria pro­ mosteiros (v.). S Pedro e S. Pouto. 1082-91. Basfeco do
coluna» com trés naves. coro menor (tra­
testantes) c normalmente fixado Reforma de Hirsau* — Os prin­ mo le»te do nave or>nc.pal) entre duplo» de
ao altar. A estrutura bem demar­ cípios reformadores de Cluny pitarei Coro escalonado Atrto a oeste (a
cada do púlpito (base, parapeito irradiam-se. após 1079. dc Hirsau coro m»>o*. para os cantores; b coro
Púlpito S baldaqu-m, B - parap«>tO; T menor, pare os que nSo cantam; c — P’0S
de forma poligonal, escada, bal para os ccrca dc 200 mosteiros bitóno; d - coros laterais comunicontes; o
- escada; F - base do púlpito Renasci­
mento aiernio. daquino) presta-sc com frcqücn- beneditinos da área germânica. - âtriO, f - torres OCtoentSrSl.

202 203
Muitos apresentam, após Hirsau, posto por painéis, decorados mui­ Rendilt-odo
modelos arquitetônicos similares, tas vezes com estátuas dc ouro c
condicionados pela reforma da li­ prata, esmalte c pedras preciosas
turgia. Todavia, também nas no­ (sobretudo entre o século XII e o
vas construções prevalecem as XV). Há os relicários esculpidos
tradições locais. A basílica de co­ em forma dc busto, cabeça, pés.
lunas assume normalmentc as se­ braços ou mãos, modelados de
guintes características principais: acordo com o conteúdo. Podem
tnlóbiZo tnfólio
fachada ocidental com duas tor­ ter também forma de bolsa ou dc
res; átrio a oeste; telhado plano; igreja com cúpulas (relicário de
transepto a leste; coro de remate cúpulas). Estauroteca (gr. ■ re­
retangular (raro) ou absidado; co­ ceptáculo da cruz) é o nome que
ro escalonado dividido em cinco se dá à urna que guarda uma re­
Reforma do H imu Paulinzella. Turíng-a,
11 l 2-32 8m£*co de «ré» nave», teto pU- partes; coro "beneditino”, istoé, líquia da cruz dc Cristo.
no. Stno ocdontai com tnbunas e tortos du comunicantc com os coros late­ Rendilhado* Ornamento ar
pia». Coro escalonado com obtidos sonucir- quadrilóbulo quadnfólio
cuiaros Capito’ com discos e cubo. rais; cruzeiro separado, funcio­ quitctônico constituído por uma
nando como coro maior para os série de formas geométricas pri­
cantores; arcada leste da nave mitivas. sobretudo círculos, lóbu­
centrai sobre pilares, incorporan­ los, folhas, favos, c pelas saliên­
do a cancela do coro e destinada cias que as delimitam. Numa pri­
a coro menor, para aqueles que meira fase, manifcsta-sc como
nào cantam; arcadas terminais da uma série dc orifícios nos tímpa­
zona oeste provida dc colunas; nos de pedra que rematam as ja­ pentatôbuio pentafóio

pouca variedade de ornamenta­ nelas binárias (rendilhado "nega­


ção: capitel cúbico com suporte tivo”), ou cm forma dc rosácea,
redondo, folhas dc acanto na ba­ já no Românico tardio. A partir
se das colunas, frisos dc xadrez do Alto Gótico, o rendilhado é dc
Colra para rot-quia». c. 1200. RomAnco nas cornijas das arcadas e do por­ pedra, moldado em formas cur­
tal. Desaparecem tanto a cripta vas, cspccialmcntc no Gótico tar­
quanto a tribuna. dio inglês, c também rctilíneas.
Régcncc Fase do estilo barro­ Essas pedras sào tão ou mais fi­
co francês. nas do que as colunctas da parte
Rcgcncy - Fase da arquitetura
inglesa entre o Georgian e o Vic-
torian Stylc (1780-1830), contem­
porâneo ao período dc regência
do Príncipe dc Gales (mais tarde
Gcorgcs IV). 1811-20.
Régula — Elemento do entabla-
mento dórico.
Relevo — V. Escultura*.
Relicário* — Recipiente onde são
conservados os rcsios do corpo dc
um santo ou dos objetos perten­
A esq rehctao em forma de cabeça. em centes à sua vida ou ao seu mar­ tr*s atas
bronze flschbock. Igreja cologiada. c.
1200. Adir: refcctrio em forma de m*o. fim tírio. O tipo mais conhecido ê o R«nd<nado tropanodo. isto é. isolado o sus­
do »*< XV. relicário de arca, claramente com­ tentado por coSunetas tAtto Gótico).

204 205
de baixo das janelas (v.). O ren- ção dc prósperas empresas.
dilhado tem também a tarefa dc Exprimc-sc artisticamente na re­
dar forma a janelas circulares, ro- jeição do Neoclassicismo e no pe­
sáccas (v. Janela, figs. 5 c 7), tím­ sado. pomposo c ambíguo Neo-
panos. gablctcs (v.*). parapeitos, barroco (ópera* dc Paris, edifí­
coruchéus. O rendilhado cego é cios bancários, etc.)
colocado sobre uma parede fe­ Rocaille — Ornamento assimétri­
chada. O trepanado* é o rendi­ co do Barroco tardio, em forma
lhado independente, aberto frente dc concha.
a uma parede ou a um nicho. Rococó* — Último período esti­
Ressalto — I. saliência na facha­ lístico do Barroco. Na França,
da de um edifício: a. dc uma parte época do estilo Luís XV (v.*). O
do edifício, por exemplo uma mí- nome deriva dc rocaille (v.) (de­
sula (v.*), uma cornija, (v.*), coração cm concha), ornamento
uma sacada (v.*); b. dc um an­ predileto nesse período. A pia-
dar dc um edifício dc armação dc nimetria é com frequência sim­
madeira, com o objetivo de am­ plificada: igreja de nave única
pliar o espaço habitável c/ou co­ com planta elíptica c duas con­
Ronalto E retaatto de Sngulo, M roe- mo contrapeso à carga do piso in­ chas. mas também espaços resul­
vaito centrai com frtNttispíao tantes de complexas interseções.
termediário; 2. pane de uma
construção que se destaca cm to­ Predomina, no entanto, a deco­
da a sua altura, inclusive o telha­ ração dc interiores, cuja caracte­
Rococó: estatueta do porcelana de
do, do perfil desta. Dc acordo rística principal é a assimetria dc Nvmpbonbu>g. c 1755
com sua posição em relação ao ei­ cada elemento (v. Complcmenta-
xo central, chama-se ressalto cen­ ção óptica). A severa magnificên­
tral. lateral, ou dc canto. Predo­ cia do Barroco se transforma em
minante no Renascimento c no minúcias graciosas c alegres, vo-
Barroco (v. Pavilhão, 2) como lutas delicadas c naturalistas dc
composição da fachada. estuque c madeira (V. Boiscrie;
Retábulo — V. Altar, b*. Painel.). Estuques em suaves tin­
Retrato do doador — Represen­ tas pastel, dourada c prateada c
tação do doador dc um edifício pintura dc afresco se combinam;
religioso ou dc parles de sua de­ os cantos c os ressaltos são arre­
coração, cm geral cm estado dc dondados. Quadros cm pastel de
êxtase; frequentemente represen­ pequeno formato, estátuas dc
tado por estátuas, próximo a um porcelana c putti substituem as
modelo da igreja que doou, ou pinturas monumentais e os gru­
em painéis dos altares junto ao pos de esculturas barrocas. A
santo patrono. V. Pedra sepul­ comédia pastoral e a obra cômica
cral*. tomam o lugar das obras dramá­
Revolução Industrial Alemã* — ticas barrocas.
Resultado do desaparecimento Rolos, frisos cm — V. Ornato*.
das corporações na Alemanha do Romantismo — Atitude espiritual
século XIX, enquanto a indústria própria dos alemães na primeira
c o comércio adquirem importân­ metade do século XIX, que con­
cia crescente, sobretudo após a trapõe às regras racionalistas do
Estilo industriai Paris. Teatro d# Opero.
1861-74. Garrer guerra dc 1871. graças à funda­ Neoclassicismo uma exaltação,

206 207
mento decorativo muito emprega­
com frequência visionária, da na­
do nos edifícios. v
tureza e do sentimento. Nào con­
Sacristia — Local onde se guar­
segue impor complctamcnte um 'V
dam os paramentos litúrgicos. ■ ~
estilo próprio na arte. Sua paixão
servindo também de vestiário pa­
pela história o induz a tentar, sem
ra os sacerdotes c clérigos, com
sucesso, trazer novamente à luz
acesso ao coro. Comunica-sc com
estilos arquitetônicos do passado.
os pastofórios (v.).
Roseta* — Ornato (v.*) cm for­
Sala capitular — V. Mosteiro.
ma dc flor estilizada, presente cm
Roiet» tob uma corrvja princp»l Salão escalonado V. Escalona­
frisos ou lacunários.
mento, 3.; Igreja, formas arqui­
Roseta cm forma de leque — V.
tetônicas.
Ornato*.
Salão térreo — Salão do castelo
Rotunda* — Construção centra­
cm comunicação com o jardim.
da com planta circular, p. ex.,
Santíssima Trindade* — Pai.
igreja rotunda; também parte dc
Filho (Cristo) c Espírito Santo
uma obra maior, p. ex.. rotunda
dc vértice do coro (v.j. ("três pessoas em uma") sào re­
presentados de modo diferente já
Rotunda do coro — Estrutura
no início da Idade Media: como
central, circular ou poligonal, ali­
três pessoas sentadas uma ao la­
nhada com o eixo do coro. Socort.'» A cmj : coreto gótico. Pr»ga. Ca
do da outra (após o século X); co­ rónum. sogunda matado do sec XIV A
Rubrica de família* (também <M sacada renascent.sto. Nuremborg. Co
Rotunda Roma. Soo to StelMK> Rotondo mo uma personagem com três ca­ Topta< 1605
consagrada «m 470 emblema de corte). Marca here­
beças ou três caras (a partir do sé­
ditária dc propriedade, em geral
culo XIII); mais tarde, como dois
remontando ao primogênito, co­
seres humanos com uma pomba
locada nas casas ou nos pátios,
(representando o Espirito Santo)
com frequência obrigatória por
ou. simbolicamente, como três
lei cm lugar da assinatura. A ca­
círculos que se cruzam, ou ainda
da filho que nasce acrescenta-sc
como um triângulo equilátero
à rubrica da estirpe uma nova
com uma carruagem no centro
linha.
(após o século XV). V. Símbolos
Rubnc» d» UmJa com trè» junçôe». cristãos, 5*; Trono divino*.
Santo Sepulcro* I. capela se­
Sacada* — Construção fechada
cundária de forma circular cm
de ampliação da fachada ou dos
homenagem ao sepulcro de Cris­ SantUnma Trindade Sul da França. atcul
ângulos dc uin edifício. A saca­
to em Jerusalém (séculos IV- turji do alta' Barroco
da normalmente é distanciada do
XVIII. mais comum no Gótico);
solo, mas pode abranger vários
2. nas igrejas, conjunto de escul­
andares. As sacadas de um só an­
turas de pedra ou madeira: sâr-
dar — Chórlcin —. comum nas
cófago com o corpo de Cristo, os
residências do Sul da Alemanha
anjos, as trés Marias c os guar­
e. sobretudo, cm Nurcmberg,
diães adormecidos (a partir do $é-
nascem perto do altar da capela
çplo XIV),
palatina (uma lei eclesiástica lo­
Santos auxiliadores. os quatorze
No oito ò esquerdo rubrica d* famli o Par- cal proíbe quartos dc habitação
— Grupo de quatorze santos que.
i«r <>« construtores. Embaixo Praga. Cate sobre um altar). No Gótico tar­
dral de S Gurdo. busto de um P*r:er com desde o século XIII, tem a fun­
dio, no Renascimento e Ncobar- Santo Sepulcro. Rodaz França Catedral
a rubnca de mestre arquiteto. c 1380 ção especial dc interceder junto a Gótico tardio
Gótico. roco (séc. XIX) a sacada é um ele­
209
208
Deus. O santuário barroco dc Cabeça de morto: Grcgório Suécia. Catarina dc Siena; com Flecha (flechas): Egídio, Úrsula,
Vicrzehnheiligcn (Altar da Graça Magno chaga: Agostinho. Tomás de Sebastião
com imagens) é o mais importan­ Cachorro: Bernardo de Clair­ Aquino
vaux; com um pão: Roque; Corda: Afra. Carlos Borromcu. Galo: Otília. Pedro. Guido
te local a eles dedicado. Normal­ Ganso: Martinho, Eulália
mente, são os seguintes os santos com uma tocha na boca: Do­ Firmino
Cordeiro (ovelha): Inés Garrafa: Cosme e Damião
e os seus atributos, representados mingos
Corno: Humberto. Cornélio Grade: Cristina. Lourcnço, Vi­
como auxiliadores: Erasmo (sari­ Caixa de medicamentos: Cosme.
Coroa de espinhos: Acácio. João cente
lho), Eustdquio (ccrvo). Jorge Damião
(dragão). Catarina (roda). Ciría- Caldeirão: Cresccncia, Erasmo, dc Deus. José de Arimatéia,
Homem: Mateus Evangelista
co (diabo), Cristóvão (Menino Je­ Guido Catarina dc Siena. Luís
sus), Dionísio (cabeça cortada), Cálice: Bárbara, Elísio, Norbcr- Coroas, duas, três: Isabel dc Tu­ Imagem de igreja, individual: no
Acácio (coroa dc espinhos ou to. Otília; com a hóstia: Bár­ ríngia lugar relativo ao seu fundador
cruz). Cuido (galo, caldeirão), bara. Tomás dc Aquino; com Corvo: Osvaldo; com o pão: Pau­ Imperador sob os pés: Catarina
Biágio (velas cruzadas), Bárbara uma serpente (ou dragão): lo. o Eremita Instrumentos de tortura: Bernar­
(torre). Egídio (ccrva), Margari­ João Evangelista; com uma Cristo Menino: Cristóvão, Antô­ do dc Clairvaux
da (dragão acorrentado). Panta- aranha: Conrado nio de Pádua, José Instrumentos para escrever: (ca­
leão (pregos nas mãos ou mãos Cântaro: Afra. Cosme c Damião Cruz: Acácio, Helena, Maria neta, tinta): Alberto Magno,
pregadas na cabeça). Cântaro: Isabel dc Turíngia Egipcíaca, Matias, Pedro, Fe­ Brígida, os Evangelistas (v.),
Santos c seus atributos — V. tam­ Cantil, bastão, alforje de peregri­ lipe, João de Ncpomuk; com Hildegarda, Tomás dc /Xquino
bém Atributo*: no: Tiago do Egito folhas e frutas: Boavcntura;
Casa incendiada: Ágata. Floriano com os braços abaixados: An­ João Menino: Isabel (mãe dc
dré João Batista)
Agnus Dei: João Batista Cavalo: Leonardo
Agua: Cristóvão Cerva: Egídio Cruz de vara: João Batista, Pedro
Lâmpada suspensa: Guido
Águia: João Evangelista Ccrvo com o crucifixo entre os Lança: Tomás de Aquino, Si-
Dragão: Jorge, Margarida. Marta
Alabarda: Judas Tadeu. Mateus, cornos: Eustáquio. Humberto mão. Alambcrto
Matias Chaga: Roque Escrivaninha: Mateus Leão: Jerônimo, Januário. Mar­
Alicate, com ou sem dentes: Chagas: Roque. Fiácrio Espada: Tiago do Egito, Catari­ cos Evangelista. Guido. Aga-
Apolônia Chagas de Cristo: Francisco de na. Mateus. Paulo; no colo: pito
Âncora: Clemente, Nicolau Assis Luzia; na cabeça: Pedro, o Livro transpassado por uma es­
Animais domésticos: Patrício, Chapéu de cardeal: Boavcntura, Mártir pada: Bonifácio
Leonardo Jcrônimo Espadas no peito, sete: Maria
Anjo: Mateus Evangelista Chave: Pedro. Gcrvásio Esquadro: Totné Maçãs (três): Nicolau
Chave com olhos: Luzia Estandarte: João dc Capistrano; Machado: Judas Tadeu, Mateus,
liacia com água: Floriano Chave com seios: Ágata Matias, Simào
com cruz: Jcrônimo. Maurício.
Balde com água: Floriano Chicote: Ambrósio. Firmino, Madeira em chamas: Afra
Quirino; com água: Vcnceslau
Bastão: Hipólito. Tiago do Egi­ Gervásio. Pantalcão. Procópio Maria Menina e Menino Jesus:
Estrela, na testa: Domingos; no
to, Guido, Simào, Plácido Círculo: Bernardo dc Clairvaux, Ana (todos os três juntos)
peito: Tomás de Aquino
Bastão de pastor: Joaquim Catarina Martelo: Apolônia
Estrelas, cinco sobre a cabeça:
Bastão de tortura: João, o Jovem Clava: Judas Tadeu, Plácido Mendigo: Isabel dc Turíngia,
João de Ncpomuk
Bastão de viandante: Tiago do João dc Ncpomuk, Martinho
Cohnéia: Ambrósio Estufa: Eulália. Guido
Egito Coluna: Afra, Sebastião Menino Jesus: Antônio dc Pá­
Bastão sangrento: José; florido: Faca: Apolônia. Bartolomcu dua. Cristóvão. Dorotéia,
Concha: Tiago do Egito, Silvestre
Cristóvão Copo envenenado; Benedito, Figura do diabo: Adalberto, Al­ Francisco dc Assis, José
Busto: Erasmo João Evangelista berto, Antônio, o Eremita, Ci- Moeda (esmola): Isabel, Marti­
Cabeça decepada sobre uma cha­ Coração em chamas: Agostinho, ríaco. Gcnovcva. Juliana. Jus- nho, Sixto II
ve: João Batista. Paulo; na Francisco Savério, Catarina dc tina e Cipriano, Margarida. Moinho: Floriano, Crispino,
mão: Albano. Dionísio Siena: com a cruz: Brígida da Mauro. Norbcrto, Procópio Crispiniano

210 211
Mouro assassinado: Tiago do Touro: Lucas Evangelista. Sil­
Egito vestre
Trépano: Acácio. Apolônia
Navio: Úrsula, Nicolau
Tronco: Afra. Cristóvão, Sebas­
Órgão: Cecília tião
Turcos sob os pés: João de Ca-
Pão (pães): Ágata. Isabel de Tu-
pistrano
ríngia, Galo, Lourenço. Maria
Egipciaca. Nicolau, Vcrcna, Urso: Pomba. Galo
Guido
Vaso com ungüento: Maria Ma­
Parreira: Urbano Scamillus. elemento cuneiforme de com-
dalena. Maria Salomc. Cosme
Pavão: l.ibório pensocio entre o estlóbato e o pí-nto
e Damião, Pantaleão, Remígio
Pedras: Calixto. Jcrõnimo. Judas Vela (velas): Ágata, Biágio: cru­
Tadeu. Felipe. Matias. Estcfa-
zadas: Biágio
no. Tomé.
Virgens cobertas por um manto:
Pedrinho sobre o livro: Libório
Ursula
Peixe: Antônio dc Pádua. Pedro.
Tobias (A.T.). Ulrico, Vcrcna Sarcófago — V. Tumba. 3.
Pele arrancada: Bartolomeu Scumillus* — I. sulco abaixo do
Pente: Margarida, Vercna
colarinho da coluna; 2. elemento
Pomba: Eulália. Gregório Mag­ cuneiformc dc compensação en­
no. Remígio. Escolástica, Se­ tre a leve pendência do estilóba-
vero dc Ravcna. Tomás dc to e a superfície de apoio horizon­
Aquino tal da coluna.
Pombas, duas: Joaquim, José Secreta — Prisão das fortalezas.
Pomos de ouro, três: Nicolau Serafim — V. Anjos, 4.
Prego (pregos): Erasmo. Panta- Serliana* Também chamada
leão janela veneziana. Na Inglaterra,
Punhal no colo: Luzia c chamada de serliana porque es­
Raminho de espinhos: Acácio tá presente na Arquitetura de Ser-
Ramo: Acácio lio. Abertura na parede formada
Rapaz que pula na água: Agos­ por um arco sobre colunas ou pi­
tinho lares ladeado por duas estreitas
Rocha: Tomás dc Aquino aberturas retangulares, cuja ar-
Rosas: Dorotéia, Isabel dc Tu- quitrave c da mesma altura da im­
ríngia posta do arco. Empregada com
Rosto de Cristo (verônica): Ve­ frequência por Palladio c seus
rônica imitadores.
Seleiras — Abertura no adarve de
Sarilho: Erasmo, Reparata uma fortaleza para o lançamen­
Seios: Ágata
to dc projéteis.
Serra: Fausta. Simão Signos d<» zodíaco — V. Símbo­
Tina ççm (rês meninos: Nicolau los cristãos*. 14.
Tocha: Ágata. Antônio, o Eremi­ Símbolos cristãos* — Símbolos Serliana. Vicerua. Basílica micada em
ta. Bárbara. Margarida, Vi­ que, ao contrário das alegorias 1546. Palladio A velha construçJo. ocupa­
da por um grande salão. foi circundada por
cente (v.). não personificam conceitos duas arcadas sobrepostos, com seqúdnc-as
Torre: Bárbara abstratos, mas procuram explicar ininterruptas de serlianas.

212 213
o seu significado mais profundo. 12. Fênix* (que queima c renas­
Quase sempre, não possuem um ce das próprias cinzas), a morte
nexo com aquilo que represen­ c a ressurreição de Cristo;
tam, por isso são compreensíveis 13. Diabo* (v.*);
apenas para os iniciados. Tendo 14. Signos do zodíaco como re­
sido pouco propagados, o seu presentação dos meses*, em geral
verdadeiro significado acabou sc representados junto com os tra­
perdendo. Os símbolos cristãos balhos agrícolas do mês corres­
mais importantes são: pondente;
1. Agnus Dei, o sacrifício dc Cris­ 15. Tipologia (v.*);
to; v. Atributo*; 16. Evangelistas (v.*).
2. Áspide', o pecado, segundo o Símbolos da Paixão — Instru­
Salmo 90, 13; mentos dc tortura adotados na
3. A 0 (alfa c ómega, a primeira Paixão dc Cristo: os pregos, o
e última letra do alfabeto grego), açoite, a coroa dc espinhos, a lan­
a eternidade de Deus; ça. a esponja embebida no vina­
4. Monograma de Cristo*-, v. gre pregada numa vara. etc. Che­
Cruz. 10. gam a ser até 30 objetos diversos,
5. Triângulo com um olho*, a sendo que alguns deles aparecem
Santíssima Trindade (v.*); exclusivamcnte cm outros episó­
6. Unicórnio*, a pureza c castida­ dios, como os alicates e o sudã-
de de Maria; rio. A partir da Idade Média, os
7. Peixe*. Cristo; símbolos da Paixão de Cristo são
8. Cruz*, o sacrifício de Cristo; com frequência representados pe­
9. Cruz, coração, âncora*, fé, lo pano quaresmal (v.*) e pela co­
amor, esperança; luna dos martírios (v.*).
10. Pelicano* (aquele que, segun­ Sinagoga* — 1. o nome hebrai­
do a lenda, alimenta os seus filho­ co Bet ha-knesset significava, ori­
tes com a carne do seu peito), o ginalmente, "casa dc reunião" ou
amor desinteressado; escola; só mais tarde a sinagoga
11. Pavio* (segundo a lenda, im- sc torna sede da oração c do cul­
putrescívcl). a ressurreição da car­ to. As modernas sinagogas in­
ne; cluem novamente espaços dc en­
contro c dc reunião. A sinagoga
assume, em geral, as formas dos
estilos a ela contemporâneos: 2. $.rvagog» Worm». núcteo orí>a*tio româ-
alegoria da sinagoga, v. Eclésia e nico. Do oito paro boíxo: 4trto. eocoia torm
nino. etcolo moocuBna.
Sinagoga*.
Sistema dc tramos quadriparti-
dos* — Planimetria comum na
basílica romana, cuja unidade dc
medida é o cruzeiro principal (v.
Cruzeiro). Esse cruzeiro está pre­
sente, às vezes com pequenas va­
riações. no coro (v.) sob forma dc
cruzeiro do coro, nos tramos (v.) S.stema do tramo» quodr.part.do» Wormt,
Cruz. c<xoç4o. íncoro. Peicono. PavSo da nave central c nos braços do Cátedra', 14C1 XIIXlll

214 215
transepto. Os «ramos das naves
laterais, inclusive se quadradas,
têm metade do lado do cruzeiro.
Nas naves centrais, os pilares
principais sustentam os ângulos
do cruzeiro, enquanto nos pontos
do meio se encontram pilares me­
nores. dc dimensões inferiores.
Sobreporia’ — Quadro emoldu­ Epidouro. teatro grego. t6c III a.C Teatro romano com 0'questrp sem<ecu»*r.
rado que encima as portas nas re­ com o» lugarti» dc honra e. portanto. som
sidências nobres do Barroco e do 1 e 2 - civeu. espaço para a dança Esquema baseado em
3 degrau» pata apoio do» pé» tdiazo- Vnrüvio
Rococó. Em geral pintado. m») c<cu'â' e nscadas
Soco — 1. parte inferior de uma •S orquestra:
5 galeria fòmco (proscênio);
parede, muitas vezes delimitada 6 ressalto lateral <para»cên.o>;
por uma cornija (v.. I’); 2. ele­ 7 palco de cena com portas:
mento colocado sob a coluna 8 - entrada ipârodol;
9 rampa que conduz ao teto <3a galeria;
Sobrepona Versamos, Potu Tfianon. (v.’). pilares (v.). esculturas. 10 parede dc sustentaçêo
1762-68. J.-A. Gabnol.
Sondcrgotlk — Indica expressa-
mente a última fase do Gótico Roma. Teatro de Marcelo. 13 a.C.. recons
alemão, na qual este se torna in­ trwçfto Estruturo independente, grad-nata»
que se apóiam na* escada» e nos cotredo
dependente do Gótico francês (sé­ res
culos XV c XVI); mas também
designa o Gótico de tijolo (v. Ti­
jolo. construção dc*). lo, servia dc espaço para a dança
Supcdânco — Apoio para os pés c para o coro das tragédias, onde
no Crucifixo. V. Cruz. 18*. também se encontrava o altar dc
Dionisio; c o palco;
2. o teatro romano* corresponde
I abernáculo — I. v. Cibório. 1 quase inteiramente ao grego, po­
2. cofre colocado sobre a mesa do rem é muitas vezes independente
Tambor. Cone altar para guardar as hóstias. V. (Teatro de Marcelo*), e é dotado
Altar’; 3. edícula ornamental (v. de orquestra semicircular;
Pináculo), com colunas c telhado 3. o anfiteatro elíptico* talvez te­
cm ponta sobre o botarcu gótico. nha nascido da união dc dois tea­
1 acnia Pequena cornija no cn- tros dc madeira. Ao redor da
tablamcnto da ordem dórica. arena central, clcvam-sc arqui­
Tambor’ — V. Cúpula*. bancadas.
Tauxia V. Incrustação. I cctõnica — F.studo do conjun­
Teatro antigo* — 1. o teatre to dc elementos arquitetônicos
grego* é dividido claramcntc cn existentes, ou teoria da constru­
três partes: o espaço semicircular ção dc edifícios.
onde ficam os espectadores (thea- Telhado, formas dc* — 1. telha­
tron, lai. cavea) com uma fila de do de uma água*, inclinado para
lugares mais elevada cm relação um lado;
à outra, normalmente junto a um 2. telhado de duas águas*, com
monte; a orquestra, que, primei­ caimcnto para os dois lados;
Nlme*. Sul rta França. anfiteatro romano.
»4c li (estodo atua». ro redonda, depois cm scmicircu- 3. telhado de pavilhão*, caimcn-

217
216
to para todos os lados, mas com que se desenvolve perpendicular- ,. ••
um ponto dc encontro; mente à linha do ponto mais alto / \ (y
4. telhado de água cortada*', o e principal, p. cx.. ao cobrir uma
frontão é coberto pela superfície lucarna (v.*). V. Telhado, formas
do telhado somente na sua parte de*.
inferior ou na parte superior (p. lelhas cursas, telhado de* — Es­ A esquerda telhado de casca A» forças de
cx.. casas da Floresta Negra); trutura constituída por telhas cur­ cargo « de prcssôo se d-stnbuem sobre o su
perfíoe esférrea e se descarregam nos su­
5. telhado emforma depirâmide*. vas. comum sobretudo no sul da porte* externos. A d-ro tethodo suspen­
os lados do telhado se encontram Europa. A$ telhas inferiores, cha­ so de traves circulares escoradas recobre
grandes espaços sem nocess tar de supor­
todos num único ponto, no cume: madas dc côncavas, são largas e tes ntemo» (Berlim. Kongresshalle,
colocadas uina próxima da outra: 1966 57. H A. Stubb.nsl
planta quadrada, retangular, po­
ligonal. Se a altura dos lados do as junções são cobertas por telhas
telhado c superior à sua largura, convexas, muito mais estreitas.
chama-se telhado dc torre; Juntando telhas côncavas c con­
6. telhado de mansarda* (do ar­ vexas num só pedaço obtém-se a
quiteto francês J. H. Mansart, telha curva.
1648-1708). permite espaços oblí­ Templo* — V. p. 9 c ss.*.
quos sob o telhado (mansardas); Templo de antas — Modelo dc
7. telhado de serra ou de shed* templo grego não rodeado por
(ingl. shed), cria espaços de tra­ colunas cm que o prolongamen­
Telhodo de telhas curvas M
to das paredes da cela (anta) for­ voxa telha coo
balho muito iluminados; (lat imbrexl; N tcfha côncava (lot
8. telhado de calota*, telhado de ma um vestíbulo (pronau). no la­ tegu'a>.
torre íngreme, em forma dc pirâ­ do aberto cm que estão inseridas
mide (a), dc conc (b), mas tam­ duas colunas. O templo dc antas
bém dc coifa ou dc cúpula; duplas apresenta também um ves­
9. telhado de cebola*, típico do tíbulo posterior (o opistódomo)
Sul da Alemanha c da Áustria;
10. telhado de calota dupla*, pro­
tótipo do telhado dc cebola, côn­
cavo na parte inferior; às vezes,
suporte para construção dc per­
fil arqueado, outras encimado
por uma lanterna (Barroco);
11. telhado de pregas*. colóCado
sobre uma base quadrada ou po­
ligonal e com pregas;
12. telhado de losangos* ou dc
1 telhodo d» umo éguo. 2 — telhodo de rombo, composto de partes cm
duas águo»; 3 telhado de pav>'Mo; 4 -
tonado de quatro éguas cortado <F> com ba
forma dc losango;
se; 6 tethodo de pirérmde. 6 - telhado 13. telhados transversais*. cober­
de mansarda. 7 - telhado de serra ou de tura das partes laterais com vários
"*h*d"; 6 telhados de calota. 9 - te­
lhado de cebola. 10 - calota duplo; 11 telhados paralelos de duas águas, Comporaçéo do esquema arquitetônico do
templo grego »o do romano No alto; pe-
telhodo do pregas. 12 - telhado de loson- perpendiculares ao eixo central da tlpieio <v 1Qfcgo de esiilôbatos do t'ÍJ de­
80$; 13 Wwtos transversais
igreja (p. cx.. a saia veste-fálica); grau* (Arena», Templo de Efeito. séc V
14. telhado de casca*', a.C.I. Embaixo; pseudoperiptoro <v ) roma­
no sobre embasamento, com escadaria
15. telhado suspenso*. frontal ladeada por muro» (Ntffltt. Maison
Telhado transversal Telhado Carrie. início do séc II d.C>.

218 219
do mesmo comprimento, sem, no chosas formas decorativas góticas
entanto, acesso à cela. sào. cm geral, eliminadas ou sim­
Templo de antas duplas — V. plificadas. c tijolos moldados*
Templo dc antas. (isto c. dc formas especiais) com­
Tena«s. friso dc — V. Ornato*. põem as formas rccurvas dos ren-
Tcpidarum — Local aquecido dilhados e dos intradorsos dc ja­
com ar. onde se encontra um tan nelas c portais. A impressão dc ri­
que com água quente. V. Tcr- gidez e dc força que essas cons­
mas*. truções demonstram provém das
Tcrmas* — Edifício romano, grandes superfícies lisas, suaviza­
muitas vezes monumental, para das por arcos ogivais cegos, tím­
banhos públicos, com aquecimen­ panos c frontòcs transversais (v.
to central feito por hipocãusticos Tímpano; Lucarna*). Tijolos vi-
(v.) através de paredes ocas ou ti­ trificados por tintas escuras evi­
jolos furados sob o chão. Locais denciam os elementos arquitetô­
principais: I. apodyterium. ves­ nicos importantes c realçam o
tuário; 2. frigidarium, tanque vermelho dos edifícios.
frio; 3. tepidarimn. tanque mor­ Tímpano — 1. frontào do templo
Trevw». Torma» imperiaia. irucadas após o
•no 293 pelo imperador ConsténciO no; 4. calidarium, local com ar clássico; 2. luneta do portal (v.*)
quente e tanque com água aque­ românico e gótico.
cida; 5. laconicum ou sudato- Tímpano do arco —V. Portal. 2*.
num, sauna com vapor. Tipologia* — Teoria da concor­
Teto dc cogumelo — Teto de con­ dância do Antigo e do Novo Tes­
creto armado sem vigas portan- tamento ("concordia veteris et
tes sustentado por um pilar em novi testamenti”), segundo a qual
forma de cogumelo. os fatos do Antigo Testamento
Tijolo, construção de* — Edifí­ são alusões proféticas ao Novo
cio construído com tijolos, cujas Testamento. A arte figurativa
paredes externas não têm reboco muitas vezes relaciona os 12 Pro­
ou qualquer espécie de revesti­ fetas aos 12 Apóstolos, ou Elias
mento. Empregado pela primei­ na carruagem de fogo à Ascensão
ra vez no Ocidente pelos romanos de Cristo.
(v. Alvenaria, obras dc. II* c Tolo — Templo circular com co­ Ttpologa. O sacrifício do Abralo <» esq I e
Moisés com a espada de ferro IS d.r.). an-
IV*). o tijolo é adotado pelos bi­ lunas e cela. teooaçôos proféticas da morto do Cristo (ao
Tondinho* — elemento arquite­ centro) "B4>ba pauoetum". entalho em ma-
zantinos c utilizado ora alterna­ dotra. 1477. H Sporer
do com pedra, ora só em constru­ tônico cilíndrico, com seção dc
ções de tijolos. As construções um quarto, metade ou três quar­
lombardas dos séculos X c XI tos de círculo.
constituem- um modelo para as Tonsura — Capela de proteção
apreciadas arquiteturas medievais de um poço, muitas vezes do la­
de tijolo das planícies da Alema­ do oeste do claustro dos conven­
nha setentrional e dos Países Bai­ tos (v.*). frente ao refeitório. Ai,
xos, No Norte e Nordeste da Ale­ após a consagração dos clérigos,
A esq construção de t^olo. Cbohn, igreja manha, a construção dc tijolo de­ era executada a tonsura, isto é.
osterc>onse. entre o fim do séc XI» e 1334 senvolve as suas excepcionais po­ rapava-se a barba e o cabelo.
Gót-co de tijolos do Norte d* Alemanha. Nu­
meroso* eguitwrfo» n» fachada. para encai­ tencialidades do século XI até o Toro — Aumento da base ática Tondmho: a - um quarto: t> metade; c
xar o vigamento (v.f . A d*.: tijo*o moldado fim do Gótico, quando as capri­ (v.*). — três quartos de círculo

220 221
Torre* — As tipologias funda­ século XIII, em seguida presente
mentais são: nas igrejas dos pregadores, subs­
1. torre dc igreja', no Palcocristia- titui às vezes a torre do cruzeiro
nismo muitas vezes cm forma de das catedrais góticas, cujas torres
campanário, independente, ao la­ eram concentradas na fachada
do da igreja c não muito alto (v. ocidental.
Basílica*). No século V. apare­ Torso — Estátua inacabada ou
cem na Síria as primeiras torres incompleta.
dc fachada. No Norte da Euro­ Tramo 1. setor da abóbada
pa, as torres ocidentais aparecem (mais prccisamcntc, o espaço
a partir do século IX. O Romã compreendido num setor, ou in­
clusive a sua base), delimitado, Torre campanjria. AHenbero, Iflreiacisier-
nico francês e o alemão preferem cense oótica
torres cm grande número, en­ através dc arcos e pilares, pelas
quanto o Gótico reduz a sua zonas ou pelos espaços contíguos.
quantidade. As torres das facha­ V. Abóbada. 3. fig. 2c: 2. parte
das renascentistas e barrocas, entre dois pilares de uma ponte.
A e*Q. torre com escada em cazaco no p.i apesar dc sua decoração típica, I ranscna* — Remate dc janela, ©O o
bo interno de um castelo do Renascimen­ feito dc madeira ou pedra rendi-
usam com frequência o modelo
to. â dir. escada em caracol
gótico dc torre: lhada. Também dc mármore fino ooo
2. torre com escada em caracol*; polido ou em alabastro. o o©
com uma escada interna em ca­ Transepto* — (também cruzei­ o©©
racol (v.). No Românico com ro). Parte de um edifício dc uma ooo
rampas sem degraus ("torre dos ou mais naves que atravessa per- ©®•
burros"). Flanqueia externamen- pcndicularmente o seu corpo o®o
te as igrejas romãnicas c góticas, principal. Tranteoet. Época romana
com frequência aos pares em dis­ Tribuna* I. galeria no interior
posição simétrica (torres laterais): da igreja com múltiplas funções:
3. torre de defesa', erigida na mu­
ralha dc uma fortaleza ou dc uma
cidade: torre reforçada das igre­
jas tonificadas (v.*);
4. torre de residência', nas forta­
lezas (torre dc rocha, donjon);
torre residencial da cidade, ou Transepto. 1 - transepto contínuo (toma
torre dc família*, p. cx.. a torre no), fechado d-rctomonto por abs-des Ba­
sílica paloocristJ 2 - estrutura transversal
das residências da nobreza tos- celuíft* Ampl açóo da nave central através
cana: do vão* laterms. 3 — -nterseçSo do transep
5. torre dc representação*', en­ to e do corpo lonQitutfcnal. formaçio do cru-
ze»o «operado, do cruzeuo do coro (Cl • de
contra-se cspecialmcntc nos paços do» braço* transversa».
municipais c acima das portas dc
acesso às pontes medievais c re­ Clcrmond Fcrrand. Nove D ame du -Fort. irx-
ciada em 114$ Recorte da parte norte do
nascentistas: muitas vezes é utili­ transepto. da nave maior 0 da lateral com
zada como arsenal. ifitiunt (Segundo Pm®» Mwl -1- tromp
externo com abóbada c -nc-ics transversal;
Torre campanária* — Pequena 2 - tramo da nave menor com quarto dc
À o*Q . torre da cAmara mun-clpal do Bru torre delgada (cm geral de madei­ abóbada cilíndrica: 3 - torre do cruze-ro
xela*. 1449, Gótico: à dir . torre* de r«n com abóboda do pavimSo: 4 — tnbuna so­
déncias. San Ginvgnano. Totcana. sécs
ra) ultrapassando o telhado. In­ bre a nave lateral 5 - abóbada cilind«>ca
da nave maior.
XIH-XIV troduzida pelos cistcrcicnscs no

222 223
ampliar os espaços do público, se­ espessura da parede (ao contrário
parando determinados grupos da da tribuna, v.) sob as janelas da
comunidade — p. cx., as mulhe­ nave central, do coro (v.) e do
res. os membros da corte, as transepto. Mais útil como estru­
monjas (coro das monjas, geral­ turação das superfícies do que do
mente situado a oeste), os canto­ ponto dc vista prático, às vcz.es
res — c alojando o órgão (em ge­ aberto atrás, nas paredes exter­
ral a oeste); além disso, divide as nas, através dc arcos. O trifório
paredes. Em especial, na era ro- cego consta dc arcadas cegas sem
mânica. as tribunas trespassam as portas. V. Arcada.
paredes da nave central e inserem Tríglifo — Elemento arquitetôni­
um terceiro elemento rítmico en­ co do cntablamcnto dórico com
tre as arcadas do térreo e a filei­ dois sulcos (glifos) inteiros cen­ Tríptico Altar ru»xo da fechar
ra dc janelas do andar superior. trais. dois meios-suleos e uma fai­
Nas igrejas renascentistas e bar­ xa no cume (lat., capitula = pe­
rocas, as tribunas se estendem queno capitel).
muitas vezes até a abóbada, ad­ Trilóbulo — V. Rcndilhado*.
quirindo maior importância espa­ Tríptico* — Pintura formada por
No o‘"o. a parta da esnuerda tr-buno aviàn cial. Mas a tribuna nào é um ele­ três partes juntas. Particularmen-
t<a. tetea tr-buno: tobuna aoo<ento Emba. mento essencial no volume da
xo: tribuna (0 - clerestóno, E - trdxino. tc. altar dc retábulo (v.*) medie­
A arcado» da nav« contrai) Gernrodc. igreja. Nas construções dc plan­ val com um painel central fixo c
-Sr«|A <10 cxMograda. 961 -83 E*t*> Otôrsco. ta centrada, situa-se acima do dois painéis laterais móveis.
deambulatório; nas basílicas, es­ Troféus* — Armas dc caça ou dc
tá sobre as naves laterais, o tran- guerra, de diversos gêneros, que Troféu
septo c a entrada oeste; nas sào usadas como elemento deco­
igrcjas-salào ou dc nave única rativo sobre uma couraça, cimo
ergue-se sobre uma estrutura pró­ ou escudo, imitando monumen­
pria e. muitas vezes, só c construí­ tos gregos comemorativos dc vi­
da num segundo momento, so­ tória (tropaion).
bretudo nas igrejas que em segui­ Trompa* — V. Cúpula*.
da se tornaram protestantes. Po­ Trompe-1'ocil — Simulação cm
demos distinguir: a) a tribuna paredes, através dc pintura ou re­
verdadeira’, ocupa o andar supe­ levo. dc elementos arquitetônicos
rior; b) falsa tribuna*, abertura que normalmcntc ampliam o es­
que dá no forro; c) tribuna apa­ paço de maneira ilusória.
rente. simples abertura da pare­ Trono divino* — Representação
Tribuna Barroco do Sul da Alemanha de, que nào conduz a lugar al­ da Santíssima Trindade (v.*) após
gum; 2. abside no lado mais es­ o século XII: o Pai sentado segu­
treito da basílica romana, que ra a cru/ dc Cristo com ambas as
funcionava como tribunal ou tnàos (ou carrega o corpo de Cris­
mercado. V. Basílica. to). enquanto o Espírito Santo é
Trifólio — V. Rcndilhado*. representado por uma pomba
I rifório — A panir do xxulo XI. voando.
abertura semelhante ã tribuna (1) Tróquilo - Contorno da base
nas construções anglo-norman- ática (v.*).
das. No Gótico, corredor cm for­ I udor Style — Fase final do Gó­ Trono dtv.no Soest, Mana ru» Wie»e. Gó
ma retangular, aberto segundo a tico inglês (1485-1550). bCO.

224 225
Sarcófago romano com voiuta*. sóc. ill a.C. Tumba dc sarcófago, *éc XIII. Gótico.

Tumba* — Construção frequen­


temente isolada (templo, torre,
capela funerária, mausoléu, pirâ­
mide. etc.). Tumbas dc caráter ar­
tístico sào encontradas cm maior Unicórnio — V. Símbolos
quantidade nas igrejas, nos claus­ cristãos*. 6.
Sarcófago paleocrstfto com M.xo relevo da
tros e nos cemitérios. Formas
arco dc Nod: falta o tampo, séc. V.. Trevin principais: I. lápide, de pedra ou
bronze grudada no chão (início Vestíbulo — Sala de entrada e de
da Idade Média): 2. tumba de espera c também local de guarda.
sarcófago*, sepulcro em parale- X ia Cruéis* — Representação do
lepipedo, com ornamentos, que trajeto da Paixào de Cristo, da
sustenta uma pedra sepulcral em condenação dc Pilatos ao scpul-
geral com o corpo do defunto es­ lamento, em 14 quadros sucessi­
culpido. Às vezes possui uma par­ vos (estações). Nas igrejas cató­
te mais elevada em forma de bal- licas, pintada ao longo das pare­
daquim; as tumbas dos chefes mi­ des e também ao ar livre cm 14
litares trazem geralmente armas cdiculas separadas.
funerárias (v.*; Idade Média); 3. Virgens sensatas e insensatas —
Va Crucá. IX Ettaçilo: Jo-sus cai p«)o ter­
sarcófago* (gr. comedor dc car­ V. Porta da esposa*. ceira vez sob a cruz. 8wnau. SantuÀto. c
ne, refere-se à pedra calcária com Virtudes* — Alegoria principal- 1750. Feicbtmnvr
que eram feitos os sarcófagos e mente das três virtudes teologais
que, segundo Plínio, abrevia a de­ (Fé, Esperança c Caridade) c das
composição). arca de pedra, ar­ quatro cardinais (Prudência,
À esq: cenotáfio «omanolSt.-Ramy. Sul da
gila. madeira ou metal, cm geral Temperança, Fortaleza c Justiça),
Frnnço. *4c. l>; 4 dir.: sarcófago romAivço com ornamentos, cm forma dc representadas como figuras femi­
(Hiidesne-m. St M.cbael. 1022» casa, tanque, caixào; às vezes traz ninas com seus atributos (v.) cor­
um retrato esculpido do defunto; respondentes. Diante delas cn-
4. pedra sepulcral (v.*); 5. Ce/io- contram-sc muitas vezes os ví­
tdfio($f.,Kenotuphion = "tum­ cios* (figuras masculinas e femi­
ba vazia”), sepulcro dc alguém ninas) com as correspondentes
perdido ou sepultado cm outro ações na vida. Espccialmcntc cm
lugar. portais das igrejas francesas da
Túmulo* — Sepulcro cm forma Idade Média. Virtude» • vk«ov A e»q Humddade com
pomba A dir.: o Orgulho ca< do cavalo da
dc colina com planta circular, tí­ Vitral* — Num esboço feito so­ arrogónc a Paris. Notre Oame. Ponai Oes­
pico das civilizações micènica, bre papelão, sào indicados os te. sdc XIII

226 227
do com o brasào de uma pessoa
ou de um grupo dc pessoas, doa­
dores de um edifício público ou
ligadas a alguma doaçào. Sobre­
tudo na Suíça, no século XV c no
século XVI.
Vitrais cin círculo* Sólida placa
dc vidro dc forma circular, mon­
tada numa moldura dc chumbo c
com um relevo (''redondo’') ao Vtrai* em círculo
centro. Nos séculos XV/X VI uti­
lizada como vidro de janelas.
Voluta* — Elemento arquitetôni­
co cm espiral. Forma que distin­
gue o capitel jônico. Rara na Ida­
de Média; empregada no Renas
cimento c no Barroco como me­
diação entre elementos horizon­
tais c verticais. V. Frontào. fig. 3.
contornos principais da imagem
dc tamanho natural. Seguindo es­
sas linhas, sào cortados os peda­ Xadrez, friso dc* — V. Ornato*.
ços dc vidro que depois sào com-
plctamente pintados (mosaico) ou
revestidos com vidro fino c pin­ Ziguezague. friso em — V. Or­
tado (chapeado). Atualmente, os nato*.
vitrais sào produzidos cm série, Zoóforo — (gr. que carrega
íffl 4 Janela em vidro o cimento, 1960 com uma tinta opaca à base dc pó animais). Friso de figuras da or­
de vidro e óxidos metálicos. File- dem jônico ãtica c coríntia.
tes de chumbo servem para sol­ Zopfslil — Denominação alemã P.»'te acabada de um t<i*o de xadrez. »obre
dar as partes do vidro (figs. I c do estilo Luís XVI (v.). um pup do coro menor
2). A pressão do vento é contida
|X>i barras dc reforço (barras
transversais ou horizontais; S na
fig. 3) colocadas horizontalmen-
te e ligadas à janela por meio dc
barras verticais (W) c grampos de
chumbo (B; arames soldados aos
filctcs dc chumbo e enrolados nas
barras verticais). O vitral de ci­
mento consta dc grandes pedaços
dc vidro sem pintura, grudados
não por chumbo, mas com ci­
mento ou materiais sintéticos que
preencham os espaços interme­
diários (fig. 4). Século XX.
Vitral heráldico — Vitral pinta­

228 229
CRONOLOGIA I. ItASa. P . França. S ■ EioarAa D.AammE-Inglaterra

1000 900 800 700 600 500 400 300 2CO 100 0 100 200 300 400
1 1 ----------------- 1------------- 1 _____ 1_____ f 1 ------------- 1--------------------------------
_______ l-------------
• i
PERiOOO ESTILO ESTILO PERÍODO PERiOOO
PROTOGECMÉTRíCO GEOMÉTRICO ARCAICO CLÁSSICO MELENISTICO 336-INJCIO DO SÊC. I <J.C. Domí-xi «xnaix> <Jo*4o 150

GRÉCIA ▲ INVASÕES BARBARAS SECS ll-Vlll


ROMA ▼
PERiOOO HELENtóTlCO ARTE IMPERIAL PERIOOO PALEOCRiSTÀO
PRÉ-HISTÓRIA ROMANA • LATINOS • SABINOS ETRuSCOS SÊCS VI-IV REPÚBLICA ATE SÊCIdC PERIOOO BIZANTINO

450 500 550 600 700 750 800 850 900 950 1000 1050
«50

PERÍODO ROMANO-PALEOCRlSTÀO - PERIOOO BIZANTINO PRÊ-ROMÀNtCO

PERiOOO MEROVINGIO PERiOOO CAROUNGIO PREROMÀKtCO AOVANICO


F

FUSÁO DAS ARTES ROMANO-BIZANTINA IBÉRICA CÊLTICA PERIOOO ASTURIANO-VISIGOTICO-ARTE PRE-ROMÀN1CA ROMÀNICO
s E VISIGÓTICA DESDE SÊC V
AM •A-K* a5-
XV»
_____________
PERiOOO MEROVINGIO PERiOOO CAROUNGIO PERÍODO OTONtANO ROMANICO
0

E SUCESSORES DOS ROMANOS DINAMARQUESES PERIOOO ANGLO-SAXAO

950 1000 1050 1100 1150 1200 1250 1300 1350 1400 1450 1500 1550

PRÉ-ROMÂMCO ROMÀNiCO GOTICO RENASCIMENTO

GOTICO GôòCOTarOO RENASCIMENTO


, pré-romAnw ROMÀNICO

c PRÉ ROMÀNiCO ROMANICO GOTICO RENASCIMENTO


I.t—OWCT
---------------------
PERÍODO OTON1ANO ROMÀNiCO GOTICO RENASCIMENTO
0 AMO0K»
PERiOOO ANGLOSAXÁO ROMÀNICO Gônco EUZABETHAN
E STYLE
iNORMANDO)

,400 1450 1500 1550 1600 1650 17CO 1750 18CO 1850 1900 1950

GOTICO RENASCIMENTO BARROCO NEOCLASSICISMO HiSTORlCiSMO PERIOOO


,f1 Vjl -j-i iVbbl í ■ faai MOOERNO
GOTICO TARDKJ RENASCIMENTO CLASSCISMO BARROCO NEOCLASSICISMO HiSTORlCiSMO PERIOOO
X-.- ua»¥.now«i MOOERNO

GOTICO TARDIO RENASCIMENTO BARROCO NEOCLASSICISMO HiSTORlCiSMO PERIOOO


S Ov*V**^y ....... MOOERNO

GOTICO TARDIO BARROCO NEOCLASSICISMO HiSTORlCiSMO PERIOOO


RENASCIMENTO
D MODERNO
PALtADAMSMO GEORGIAN NCOCI.ASS VITORIANO NEOGÓT1CO PERiOOO
TU DOR EUZABETHAN JACOOEAN
E BARROCO STYLE 0MO1820 MOOERNO
CMkVa KBUM M» MM

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