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Sumário

Neoclassicismo...................................................................................................................................3
Contexto e características..............................................................................................................3
Arquitetura......................................................................................................................................4
Escultura e pintura.........................................................................................................................4
Romantismo.......................................................................................................................................5
Contexto histórico..........................................................................................................................5
Elementos de análise.....................................................................................................................6
Pintura............................................................................................................................................8
Impressionismo e Pontilhismo..........................................................................................................10
Introdução....................................................................................................................................10
Obras impressionistas..................................................................................................................10
Obras pontilhistas........................................................................................................................12
Modernismo Europeu.......................................................................................................................12
Introdução....................................................................................................................................12
Expressionismo............................................................................................................................13
Cubismo.......................................................................................................................................16
Abstracionismo.............................................................................................................................17
Suprematismo..............................................................................................................................17
Construtivismo russo....................................................................................................................18
Futurismo.....................................................................................................................................19
Dadaísmo e Surrealismo..............................................................................................................19
Salvador Dali e Joan Miró............................................................................................................21
Arquitetura....................................................................................................................................22
Tendência da escultura moderna................................................................................................25
Modernismo no Brasil.......................................................................................................................27
Introdução....................................................................................................................................27
A semana de arte moderna..........................................................................................................27
Artes plásticas..............................................................................................................................28
Modernismo no Brasil – Pós Semana de 22....................................................................................30
Introdução....................................................................................................................................30
SPAM e CAM...............................................................................................................................30
Grupo Santa Helena e artistas primitivos....................................................................................31
Modernismo no Brasil - Arquitetura..................................................................................................32
Arquitetura moderna no Brasil.....................................................................................................32
Suportes da Arte Contemporânea....................................................................................................35
Pop Art.........................................................................................................................................35
Op Art...........................................................................................................................................37
Andy Warhol.................................................................................................................................38
Roy Fox Lichtenstein....................................................................................................................41
Ready Made.................................................................................................................................42
Happening e Performance...........................................................................................................44
Arte Contemporânea........................................................................................................................45
Conceito e definição.....................................................................................................................45
Arte conceitual..............................................................................................................................46
Body Art, Minimalismo e Instalação.............................................................................................46
Street Art (Arte urbana)................................................................................................................47
Cultura Popular.................................................................................................................................47
Cultura africana e indígena..............................................................................................................51
Música..............................................................................................................................................61
Neoclassicismo

Contexto e características

 Final do século XVIII/início do século XIX


 Crise do Antigo Regime
 Revolução Industrial
 Revolução Francesa e Era Napoleônica
 Congresso de Viena e a Restauração Absolutista
 Reação ao Rococó
 Razão e lógica
 Neoclássico = ARTE NOBRE
 Jacques Louis David – iniciador, retomada dos valores clássicos

Autorretrato
 

A morte de Sócrates

 1783 – Arqueologia em alta na Europa com a exploração de Pompeia


 Características
o Imitação do modelo latino
o Academicismo
o Imitação da natureza/Aristotelismo
o Sobriedade/linearidade/antidecorativo/histórico/nobreza/serenidade
Arquitetura

 Base – arqueologia em Pompeia

 
 Estética racionalista
o Pórticos com colunas colossais
o Frontispícios triangulares
o Pilastras sem capiteis
o Materiais tradicionais
o Funcionalidade
o Sistema de construção simples
 Impacto no planejamento urbanístico
o Abertura de largas avenidas
 Destaques
 Paris – PANTEÃO NACIONAL  Berlim – PORTÃO DE BRANDEMBURGO

Escultura e pintura

Escultura

 Rigor e passividade
 Frieza acadêmica
 Naturalismo equilibrado
 Era Napoleônica
o Estátuas equestres
Bustos
o
 Destaque – Antonio Canova
 

Antonio Canova – retrato – 1812


Teseu vencendo o Minotauro

Pintura

 Formalismo e racionalismo
 Contornos exatos
 Harmonia e equilíbrio no colorido
 Destaque – Jacques Louis David
 

O Rapto das Sabinas


 
Romantismo

Contexto histórico

 Transição do século XVIII para o século XIX


o Da Modernidade para a Contemporaneidade
 A Era das Revoluções
 A Era Napoleônica (1799-1815)
o Difusão do Liberalismo na Europa
 Congresso de Viena (1815)
o Restauração
o Legitimidade
o Equilíbrio
 Restauração Absolutista (1815-1830)
 Reações burguesas em 1830 e 1848 – Revoluções Liberais e a Primavera dos Povos
o Liberalismo
o Nacionalismo
o Socialismo
 
O termo romântico

 Surge na Inglaterra
 Temas – Novelas de cavalaria e pastoris
o Fugere Urbem
o Pitoresco – emoção causada pela paisagem
o Expressão política e filosófica do século das Luzes
o Liberdade de expressão
 Direitos individuais
o Sentimento
o Natureza
o Maior ênfase na Alemanha

Elementos de análise

Reação ao Neoclássico

 Libertação das convenções acadêmicas


 Valorização da livre expressão e personalidade do artista
 
Características

 Cultiva:
o Emoção
o Fantasia
o Sonho
o Originalidade
o Exotismo
 Exalta a natureza
 Gosto pela Idade Média (Gótico)
o Parlamento de Londres (1860)

 
o Igreja de Santa Clotilde (Paris – 1857)

 
o Castelo de Neuschwanstein (Baviera – Alemanha – 1886)

 
 Defesa de ideais nacionalistas
 Panteísmo
 Individualismo
 Subjetivismo
 Artes orientais
o Bizantinos
o Chineses
o Árabes
 Revivalismo, ecletismo, historicismo
Pintura

Influência da pintura pré-romântica

 Grupo OS NAZARENOS
 Pintores alemães
 Inspiração pré Rafaelita
 Transição do Realismo para o Simbolismo
 
Características

 Ruptura com o Neoclássico


 Ruptura com a encomenda
 Individualismo e diversidade
 Integração e contemplação do observador/paisagem
 Significação do observador
 Interpretação do mundo pelo artista
 
Temas – três grupos

 História, mitologia, literatura, autorretrato e retratos


 Alma romântica, emoção, paixão, idealismo
 Natureza e suas manifestações
 
Estilos

 Cores/luzes
 Claro/escuro
 Óleo/aquarela
 Dramaticidade
 
Destaques
 Caspar D. Friedrich

 
 Goya e Lucientes

 William Turner

 
 John Constable

 
 Eugene Delacroix
Impressionismo e Pontilhismo

Introdução

Impressionismo

 Revolução na pintura
 Início das grandes tendências do séc. XX
 Observação direta/efeito da luz solar
 Alterações nas cores da natureza
 Prática se sobrepõe à teoria
 Abstração sem contorno nítido
 Sombras luminosas e coloridas
 Contrastes luz e sombra
 Mistura óptica de cores
 1874 – 1ª. Exposição impressionista
 
Pontilhismo

 1886 – Última exposição coletiva do Impressionismo


 Sistema de pontos uniformes
 Percepção de uma cena
 Pontilhismo ou Divisionismo
 Observador percebe um todo plenamente organizado
 
Obras impressionistas

Claude Monet (1810-1926)

 Cores inconstantes da natureza


 Luz solar refletida nos seres humanos e natureza
 Pintura ao ar livre
 Obras na Catedral de Rouen

 
Pierre A. Renoir (1841-1919)

 Maior popularidade em vida


 Otimismo e alegria
 Cotidiano parisiense
 1869 – Adesão ao impressionismo

 
Edgar Degas (1834-1917)

 Valorização do desenho além da cor


 Poucas paisagens, mais interiores
 Instantes de vida, rostos
 Influência da fotografia

 
Obras pontilhistas

George Seurat (1859-1891)

 
Paul Signac (1863-1935)

Modernismo Europeu

Introdução

Definição geral

 Conjunto de movimentos culturais, escolas e estilos


 Arte e design
 Primeira metade do século XX
 Convergências, diferenças e antagonismos
 Literatura, arquitetura, design, pintura, esculturas, teatro, música
 
Propostas

 Ruptura com a forma tradicional


 Novas formas – progresso
 Moderno em contraponto ao ultrapassado
 Busca pelo contemporâneo
 
Contexto histórico

 Séc. XIX – 1ª. Metade


o Guerras e revoluções
o Romantismo
o Indivíduo e natureza – Expressão subjetiva
 Séc. XIX – 2ª. Metade
o Real domina o subjetivo
o Alemanha – Realpolitk – Bismarck
o França – Positivismo – Comte
o Inglaterra – Era Vitoriana
o Processo de institucionalização
o Realismo
 
Antecedentes

 Impressionismo
 Simbolismo
 2ª. Revolução Industrial
 Marco: Torre Eiffel (1887-1889)
 
Advento do Modernismo

 Rejeita a tradição
 Nova perspectiva
 Ruptura em 1890
 
Expressionismo

 Vanguarda – Alemanha – início do século XX


 Transversalidade – Arquitetura, artes plásticas, literatura, música, cinema, teatro, dança,
fotografia
 Coincide com o FAUVISMO
 Reação ao positivismo
 Arte pessoal – intuição, visão interior, expressão
 Deformação da realidade
o Expressar subjetivamente o ser humano e a natureza
 Reflete a solidão e angústia antes da Primeira Guerra Mundial
 
Die Brücke – A Ponte

 Arte contemporânea e arte do futuro


 Busca da realidade
 Contraste e tensões sociais
 Cores fortes, solidão, temática da Primeira Guerra Mundial
 Destaques – Nus e ambientes naturais
 Durou até 1933

 Munique – 1911
 Conjunto de artistas – ARTE = expressão do interior do artista
 Oposição ao Impressionismo e Positivismo
 Captar a essência da realidade – purificar os sentidos
 Artistas:
o Ernest L. Kirchner

 
o Edvard Munch

Fauvismo

Les Fauves – AS FERAS

1905 – 1907 – Principal artista – HENRI MATISSE

 Arte do equilíbrio, da pureza, da serenidade


 Sem perturbação ou depressão
 Características:
o Cores violentas
o Arbitrariedade
o Influência da Segunda Revolução Industrial
o Pintar sensações
o Reflete o dinamismo das relações na Revolução Industrial
o Influências de Van Gogh e Gauguin
o Simplificação das formas
o Utilização maciça de cores puras
o Pouca ou nenhuma gradação de matizes
o Espontaneidade
o Matizes sem relação com a realidade
o Ritmo, impulsividade, experimentação
o Temas cotidianos – EMOÇÃO/ALEGRIA de VIVER
o Sensações elementares
Cubismo

 Século XX
 Pablo Picasso

 
 George Braque

 Representar a natureza através de formas geométricas


 Cones, esferas, cilindros
 Representações em três dimensões
 Superfícies planas
 Predomínio de linhas retas
 Características
 Geometrização
 Renúncia à perspectiva
 Claro/escuro sem função
 Volume colorido sobre o plano
 Sensação de pintura escultórica
 Coloração austera e fechada

Abstracionismo
 Vanguarda – século XX
 Não representa objetos da realidade concreta
 Relações formais entre cores, linhas e superfície – NÃO REPRESENTAÇÃO
 Recusa o academicismo e a herança clássica
 
Abstracionismo Lírico

 Expressivo ou informal
 Instintivo, inconsciente, intuitivo
 Arte imaginária – necessidade interior
 Influência – Expressionismo
 Formas orgânicas e cores vibrantes
 Destaque: Wassily Kandinsky

 
Abstracionismo Geométrico

 Racionalização e análise intelectual


 Formas e cores organizadas
 Expressão da composição geométrica
 Destaque: Piet Mondrian

Suprematismo

 Vanguarda russa – formas geométricas básicas


 Primeira escola sistemática de pintura abstrata no Modernismo
 Arte livre de finalidades práticas
 Ruptura com a ideia de imitação da natureza
 1ª. Obra: Quadrado em fundo branco (Malevich – 1915)

 
Construtivismo russo

 Rússia – 1919
 Movimento de vanguarda artística
 Nega a arte pura
 A arte serve à construção do novo mundo socialista
 Durou até 1934
 Características:
o Formas geométricas
o Cores primárias
o Fotomontagem
o Tipografia
 Influências em:
o Destijl
o Bauhaus
o Suprematismo
 Destaques
o Vladimir Tatlin

Futurismo
 Movimento artístico literário – 1909: Manifesto Futurista – Filipo Marinetti

 
 Rejeição ao moralismo e ao passado
 Bases: Velocidade e tecnologia
 Exaltação da guerra e da violência
 Repercussões no Dadaísmo e no Concretismo
 Desvalorização da tradição e do moralismo
 Valorização da tecnologia e da indústria
 Propaganda e comunicação
 Onomatopeias
 Cores vivas e contrastes
 Sobreposição de imagens e traços
 Pequenas deformações
 Ideia de movimento e dinamismo

Dadaísmo e Surrealismo

Dadaísmo

 Zurique – SUI – 1916


 Non sense
 Reação à Primeira Guerra Mundial
 Reação aos padrões artísticos
 Parâmetros que influenciam a arte até hoje
 Espontaneidade
 Explicar o ser humano – IMPOSSÍVEL
 Na negação dos valores estéticos – INCOMPREENSÍVEL
 
Surrealismo

 Paris – FRA – 1920


 Influência – Freud e a Psicanálise – inconsciente na atividade criativa
 1924 – Manifesto Surrealista
 Combinação – representativo + abstrato + irreal + inconsciente
 Libertação da razão e da lógica
 Rejeição da razão e dos valores burgueses
 Buscar restauras os poderes da imaginação
 Contra o utilitarismo
 Destaques:
o Artes plásticas
 Pablo Picasso

 
 Salvador Dalí

 
 Joan Miró

 Cinema
 Luis Buñuel

Salvador Dali e Joan Miró

Salvador Dalí (1904-1989)

 Principal representante do surrealismo


 Grande variação política
 Simbolismo
 Pintura técnica
 Ciência
 Ilusão de óptica
 Religião

Joan Miró (1893-1983)

 Fauvismo, Dadaísmo, Surrealismo


 Fantasioso
 Sem profundidade psicanalítica
 Pinturas murais
 Espontaneidade X Técnicas

Arquitetura

 Arquitetura Moderna é uma designação genérica de movimentos e escolas arquitetônicas entre


as décadas de 1910 e 1950
o Bauhaus (Alemanha)
o Le Corbusier (França/Suíça)
o Lloyd Wright (EUA)
o Construtivismo (Rússia)
 Características
o Ruptura com o Ecletismo e Ornamento do século XIX
o Abstração e geometrismo
o Industrialização, economia e design
o Menos é mais (Van der Rohe)
o A forma segue a função (Sullivan)
 Três linhas evolutivas
o O moderno tem a ver com a causa social
o Novos caminhos para a estética do futuro
o Surge com o movimento moderno
 Final do século XIX – Arquitetura do ferro – advento da Segunda Revolução Industrial e
urbanização acelerada
o Exemplos:
 Crystal Palace (ING – 1851)

 
 Torre Eiffel (FRA – 1889)
Bauhaus

 
 1919 – Walter Gropius

 Escola de arquitetura, escultura, pintura, desenho industrial (design)


 A função é fundamental
 Linhas simples – “Clean”
 Linhas retas, geometrização
 Fechada em 1933 por Adolph Hitler
 
Le Corbusier (1887-1965)

 Arquitetura funcionalista
 Cinco pontos
 Construção sobre pilotis
 Terraço jardim
 Planta livre de estrutura
 Fachada livre de estrutura
 Janelas em fita
 Criador do Unité d`Habitation

 
Franklin Lloyd Wright (1967-1959)

 Projeto em três níveis – individual, localização finalidade


 Escola de Chicago (EUA) – Arranha céus

 
 Projetos residenciais – Prairie Houses

 Considerado o maior e mais importante arquiteto da História dos EUA até hoje
 
Tendência da escultura moderna

 Auguste Rodin (1840-1917) – Precursor

Características

 Herdeira do Impressionismo
 Associada às vanguardas europeias – cubismo, dadaísmo, primitivismo, abstracionismo
 Construtivismo – novos materiais
 Destaques:

o Constantin Brancusi
 
o Pablo Picasso

 
o Henry Moore

 
o Eric Gill

Modernismo no Brasil
Introdução

 Movimento cultural com repercussões nas artes, sociedade, literatura


 Início: Primeira metade do século XX, contemporâneo à Belle Époque, Primeira Guerra
Mundial e Entre Guerras
 No contexto brasileiro coincide com a crise da República Oligárquica
 Assimila as tendências das vanguardas europeias como o Cubismo e o Futurismo
 Enfoque em elementos da cultura brasileira
 Marco inicial – Semana de Arte Moderna – 1922 – SP
 Três etapas
o 1922-30 – 1ª. Geração – radicalismo, irreverência e escândalo
o 1930-45 – 2ª. Geração – mais amena, com ênfase na literatura
o 1945-75 – 3ª. Geração – Pós Modernismo/oposição à 1ª. Geração
 
A semana de arte moderna

 11 a 18 de fevereiro de 1922
 Teatro Municipal de São Paulo

 
 Apoio do governador de SP (Washington Luis)
 Cada dia da semana dedicado a um aspecto cultural
 Ruptura com os padrões estéticos e artísticos
 Novas estéticas provenientes das vanguardas europeias
 Forte crítica por parte da elite cultural e literária
 Críticas ao Parnasianismo
 Movimento Pau Brasil
 Movimento Verde Amarelo e Grupo Anta
 Movimento Antropofágico
 Revista Klaxon
 Revista de Antropofagia
 
Artes plásticas

Pintura
 Lasar Segall

 
 Anita Malfatti

 
 Di Cavalcanti

 
 Tarsila do Amaral

 
Escultura
 
 Lasar Segall

 
 Brecheret
Modernismo no Brasil – Pós Semana de 22

Introdução

 Antiacademicismo
 Preocupações com as transformações políticas, sociais, econômicas, humanas e espirituais
 A irreverência é substituída pela gravidade de espírito, pela seriedade da alma, pelos
propósitos e meios
 Consciência crítica
o Da desigualdade social
o Da vida cruel dos retirantes
o Resquícios da escravidão
 Coronelismo
 Destaque: Cândido Portinari

SPAM e CAM

Sociedade Pró Arte Moderna

 SP – 22/12/1932
 Elitista
 Anita Malfatti, Lasar Segall, Tarsila do Amaral, Sérgio Milliet, Menotti del Pichia
 
Clube dos Artistas Modernos

 SP – 24/12/1932
 Anárquico e anti burguês
 Flávio de Carvalho, Arnaldo Barbosa, Vittorio Gobbis
 
Em comum

 Associações de artistas ligados ao Modernismo


 Independência em relação à Escola Nacional de Belas Artes

Grupo Santa Helena e artistas primitivos

Grupo Santa Helena

 Pintores de origem imigrante europeia em SP – meados de 1930


 Praça da Sé – SP
 Sem compromisso conceitual
 Artesãos e Proletários
 Chamados de “artistas proletários” por Mário de Andrade
 Preconceito em relação à condição imigrante e proletária
 1937 – Exposição – “Família Artística Paulista”
 Destaques
o Alfredo Volpi

 
o Francisco Rebolo
Artistas Primitivos

 Cultura popular
 Destaques
o Heitor dos Prazeres

 
o Djanira

 
o Mestre Vitalino

Modernismo no Brasil - Arquitetura

Arquitetura moderna no Brasil

Arquitetura Moderna na Europa

Busca soluções para as mudanças geradas pela Revolução Industrial


 
Arquitetura Moderna no Brasil

 Anos 1930
 Neocolonial X Modernismo
 Apoio do Estado Novo
 Solucionar problemas sociais
 Influência europeia
 Gregori Warchavchik – A casa modernista

 
 Le Corbusier
 Características
o Racionalismo
o Funcionalismo
o Geometrismo
o Sem ornamentação (a obra é uma ornamentação)
 Destaques
o Lúcio Costa– Ministério da Educação e Saúde no Rio de Janeiro (RJ)
 

 
o Oscar Niemeyer
Suportes da Arte Contemporânea

Pop Art

 Décadas de 1950 e 1960


 Inglaterra e EUA
 Adoção do termo: Lawrence Alloway

 
 Obra inaugural – Richard Hamilton – Colagem – 1956
 
 Demonstrar a massificação da cultura popular capitalista
 Busca pela estética das massas – POP x KITSH
 POP

 
 KITSH

 
 Transição da Modernidade para a Pós Modernidade
 
Iconografia

 Televisão/fotografia
 Quadrinho/cinema
 Publicidade
 
Objetivo
 Crítica irônica ao consumo X estímulo ao consumo
 Vulgaridade X Refinamento
 Aproximação às artes das massas
 
Características

 Figurativa/Realista
 Ambiente urbano
 Sem planejamento crítico
 Caráter inexpressivo, frontal, repetitivo
 Neodadaísmo
 Objetos do cotidiano
 Materiais: tina acrílica, poliéster, látex
 Brilho e fosforescência

Op Art

 Optical Art
 Origem do termo: Revista Time/Donald Judd – 1964

 
 Excessivamente cerebral e sistemática
 Movimento pela pintura
 Elementos gráficos
 Auge – 1965 – Museu de Arte Moderna de NY – The Responsive Eye

 
Características
 Ilusões ópticas
 Menos expressão/mais visual
 Ideia de movimento na observação da obra de arte
 Oposição de estruturas idênticas
 Efeito óptico - alteração
 Observador participante
 Cores – ilusões ópticas

Andy Warhol

 1928-1987
 Artista plástico, cineasta, literato
 Maior representante da POP ART
 “No futuro todos serão famosos por 15 minutos”
 Revista INTERVIEW

 
Estilo Artístico

 Uso de conceitos publicitários na arte


 Tintas acrílicas
 Cores fortes e brilhantes
 Enfoques em objetos de consumo e temas cotidianos
 Reprodução de rostos de personalidades de época
 Serigrafia

Principais obras

 Chelsea Girls (1966)

 
 Plastic Inevitable (1966)

 
 Campbell´s Soup Can (1968)

 Serigrafias de celebridades
o Marilyn Monroe

 
o Che Guevara

 
o Elvis Presley
 

o Liz Taylor

Roy Fox Lichtenstein

 1923-1997
 Histórias em quadrinhos
 Crítica à cultura de massas
 Uso de tintas à óleo e acrílica
 Técnica pontilhista
 Cores brilhantes, planas, limitadas
 Intenso impacto visual
 Desvinculação com o contexto
 Arte comercial e abstração
 
Principais obras

 Look Mickey (1961)

 
 Blam (1962)

 
 In the car (1963)

 
Ready Made

 Criado por Marcel Duchamps


 
 Designar tipo de objeto
 Artigos de uso cotidiano
 Sem critérios estéticos
 Expostos como obras de arte em espaços especializados

 1º. Ready Made – 1912 – Roda de Bicicleta

 
 1917 – A Fonte
 
 1919 – Mona Lisa e LHOOQ

 
 Influência do Dadaísmo
 Qualquer objeto pode se tornar obra de arte
 Crítica radical ao sistema da arte
 No Brasil – Hélio Oiticica

Happening e Performance

Happening

 Final dos anos 1950 – Allan Kaprow


 
 Artes visuais + teatro sem texto e representação
 Participação do espectador
 Estrutura flexível/improviso – acaso/espontaneidade
 Ocorre em tempo real
 Não há enredo/palavra sem sentido literal
 Não há separação entre o público e o espetáculo
 Nova arte concreta

 Na pintura – Jackson Pollock (1912-1956)

 
 No Brasil: Flávio de Carvalho
 
Performance

 Combinação de elementos do teatro, artes visuais e música


 Não há participação do público
 Décadas de 1960/70
 Criação artística – coisas do mundo, natureza, realidade urbana
 Grupo Fluxus
o Dick Higgins (1938-98)
o Modo de fazer as coisas
o Multiforme expressão
o Origem – ALE (1962)
o No Brasil – Grupo Rex
o Presente na 17ª. Bienal Internacional de SP (1983)

Arte Contemporânea

Conceito e definição

 Origem em 1960
 Advento da Pop Art e do Minimalismo
 Rompimento com o Modernismo
 Início do Pós Modernismo
 Além da pintura e da escultura
 Novas mídias
 Novos atores sociais
 Culturas díspares
 Coloca em questão a definição de arte
 Questiona o mercado e a validação
 Dialoga com o expressionismo abstrato
 Comunicação direta com o público
 Despojamento, simplicidade, neutralidade
 Busca percepção do observador
 
Arte conceitual

 1960-70 – Europa e EUA


 Conceito ou atitude mental
 Grupo Fluxus
 Conceito – matéria da arte – ideias são mais importantes
 Não há consenso
 Joseph Kosuth – Uma e três cadeiras

 
 Tentativa de rever a noção de obra de arte na cultura ocidental
 Arte = ideia e pensamento
 Críticas ao formalismo, instituições, sistema de seleção de obras e mercado das artes
 Rompimento com o Modernismo
 Antecedentes
 Marcel Duchamps
 Robert Rauschenberg
 Desmaterialização
 No Brasil – Cildo Meireles

Body Art, Minimalismo e Instalação

Body Art

 Corpo – meio de expressão ou matéria prima para realização de trabalhos


 Associado ao Happening e Performance
 Corpo do artista é o suporte para realizar intervenções (dor e esforço físico)

Minimalismo

 Artes visuais (1950-60)


 Enfatiza formas e elementos geométricos
 Sem conteúdos intrínsecos
 Conteúdos mínimos
 Estética industrial
 
Instalação

 Ambientes construídos em galerias e museus

Street Art (Arte urbana)


 Também chamada de URBANOGRAFIA
 Manifestações artísticas desenvolvidas no espaço público
 É necessário distinguir Publicidade/Vandalismo (pichações)
 Teve origem no Movimento Underground

Cultura Popular

A cultura popular representa um conjunto de saberes determinados pela interação dos indivíduos.
Ela reúne elementos e tradições culturais que estão associados à linguagem popular e oral.

Assim, a cultura popular inclui o folclore, o artesanato, as músicas, as danças, as festas, dentre
outros.

O folclore, utilizado como sinônimo da cultura popular, é composto por um conjunto de lendas e
mitos transmitidos entre gerações e representam a herança cultural e social de um povo.

Vale observar que o termo cultura é muito amplo e reúne comportamentos, símbolos e práticas
sociais. Trata-se, portanto, de um conjunto de fatores que compõem uma sociedade, como por
exemplo, saberes, crenças, costumes e tradições de determinado povo.

Destacam-se literatura, música, teatro, dança, culinária, religião, etc.

Cultura popular brasileira

A cultura popular brasileira reúne um conjunto de lendas, mitos e tradições do país, que estão
calcados na história e na miscigenação de culturas, das quais se destacam: a portuguesa, a
africana e a indígena.

Conheça exemplos de cultura popular que se destacam em cada área.

Literatura popular brasileira

Manifestação cultural literária tradicional, especialmente no interior


Literatura de
nordestino. É caracterizada por pequenos livros com capas de
cordel
xilogravura, pendurados em barbantes ou cordas.
Perguntas que começam com "O que é, o que é ...?" e que, geralmente
Adivinhas
têm respostas engraçadas.

Provérbios e
Frases curtas cujo principal objetivo social é aconselhar e advertir.
Ditados

Rimas infantis que divertem e trabalham a memorização e a fixação de


Parlendas
alguns conceitos.

Lendas do Conjunto de histórias e contos narrados pelo povo e transmitidos de


folclore brasileiro geração em geração.

Lendas do Principais lendas da Região Sudeste do Brasil, como, por exemplo, a


Sudeste lenda do Curupira e a lenda da Mula sem cabeça.

Lendas da Região Principais lendas da Região Norte, como, por exemplo, a lenda do Boto e
Norte a lenda da Vitória-régia.

Lendas da Região Principais lendas da Região Sul, como, por exemplo, a lenda do Negrinho
Sul do Pastoreio e a lenda do Saci-pererê.

Lendas da Região Principais lendas da Região Nordeste, como, por exemplo, a lenda do
Nordeste Barba ruiva e a lenda do Papa-figo.

Lendas da Região Principais lendas da Região Centro-Oeste, como, por exemplo, a lenda
Centro-Oeste da Mãe-do-ouro e a lenda do Nego d'água.

Música popular brasileira

Músicas
Canções populares e tradicionais que fazem parte da sabedoria popular.
folclóricas

Cantigas de roda Músicas folclóricas cantadas em uma roda.

Canções de ninar Canções entoadas para fazer crianças e bebês dormirem.


Dança e gênero musical, considerado um dos elementos mais
Samba
representativos da cultura popular brasileira.

Um dos estilos musicais mais populares do Brasil, onde originalmente


Música sertaneja
predominava o som da viola.

Um dos principais tipos de música caipira brasileira, composto por solos


Moda de viola
de viola e discursos narrativos.

Tipo de música popular brasileira que apresenta forte influência do


Bossa Nova
samba carioca e do jazz norte-americano.

Gênero musical brasileiro que que possui forte influência do folclore do


MPB - música
Brasil, especialmente no que diz respeito às culturas indígena, africana e
popular brasileira
europeia.

Danças populares brasileiras

Danças Danças tradicionais características de cada estado brasileiro, por vezes


folclóricas derivadas de rituais religiosos.
Dança folclórica tradicional no nordeste do Brasil, especialmente no Recife e
Frevo
em Olinda.

Quadrilha Dança caipira tradicional das festas juninas.

Dança tradicional do estado de Pernambuco, que mistura as culturas


Maracatu
africana, portuguesa e indígena.
Dança tradicional do estado do Pará, que é marcada por movimentos
Carimbó
giratórios.
Festas populares brasileiras

Festa que acontece três dias antes da Quarta-feira de Cinzas, onde, em alguns
Carnaval estados, são habituais os bailes de máscaras, os desfiles de fantasias e/ou os
trios elétricos.
Festas populares que ocorrem no mês de junho, onde são comuns as danças de
Festas
quadrilhas e as comidas típicas como, por exemplo, canjica, arroz doce e bolo de
juninas
milho.

Folia de Festa cultural de caráter religioso, cujo objetivo é comemorar a visita dos três
reis Reis Magos.

Círio de Festa religiosa celebrada no mês de outubro, em Belém do Pará, em devoção à


Nazaré Nossa Senhora de Nazaré.

Festa do Festa religiosa celebrada no mês de maio em diversas partes do Brasil, para
Divino adorar o Espírito Santo.

Também chamado de Boi-bumbá, consiste em uma dança típica do Norte e do


Bumba
Nordeste, onde ocorre uma apresentação teatral na qual o boi é o personagem
meu boi
principal.

Cultura popular e cultura erudita

O termo “popular” faz oposição ao termo “erudito”. Na cultura popular, as tradições são
realizadas pelo povo, que participa de forma orgânica e ativa, sendo, portanto, formadas de
maneira espontânea.

Já a cultura erudita, considerada “superior”, é eleita como a mais “culta”. Ou seja, ela é
produzida e apreciada por indivíduos que possuem maior poder aquisitivo (elite) e por isso, é
mais restrita.
A cultura erudita, diferentemente da cultura popular (que se forma pela convivência das pessoas),
é elitizada e demanda estudos.

Ela é associada aos museus, bibliotecas, teatros, centros culturais, apresentações de música
erudita e de música clássica, como, por exemplo, as óperas.
Devemos lembrar que nenhuma cultura é superior à outra. Cada uma carrega suas heranças
culturais e sociais, que se desenvolvem segundo diversos fatores que envolvem a diversidade
cultural.

A cultura de massa, também chamada de “cultura pop” corresponde àquela realizada


pela indústria cultural e veiculada nos meios de comunicação de massa.

Ambas estão associadas à sociedade contemporânea industrializada, ou seja, à produção


industrial capitalista.

Nesse sentido, a arte e a cultura são produzidas de modo “artificial” para atrair as massas, e com
o intuito principal de gerar lucro.

Assim, na cultura de massa os produtos culturais e artísticos são mercantilizados, diferentemente


do que acontece na cultura popular, que surge da interação do povo e não é imposta pela
indústria cultural.

Cultura africana e indígena


Cultura Indígena

A cultura indígena abarca a produção material e imaterial de inúmeros e distintos povos em todo


o mundo.

É importante destacar que não há uma cultura indígena, mas várias, e cada povo desenvolveu
suas próprias tradições religiosas, musicais, de festas, artesanatos, dentre outras.

História do Índios

Grosso modo, as populações indígenas foram aquelas dominadas escravizadas durante o


período colonial e neocolonial, mas que, a despeito disso, preservaram, em muitos casos, sua
continuidade histórica e social até os dias atuais.
A palavra “índio” foi uma criação europeia para designar aqueles que viviam no Extremo Oriente,
portanto, a “identidade indígena” somente surgiu em oposição à europeia após o advento do
colonialismo.

Muitos costumes indígenas assombraram os colonizadores, tal qual o canibalismo, a feitiçaria, o


incesto e o infanticídio neonatal.

Estrutura Social dos Índios

De modo geral, as sociedades indígenas são sociedades sem propriedade privada, de habitação
coletiva, igualitárias, descentralizadas politicamente e com status social distinto segundo a divisão
do trabalho.
Normalmente, os homens se encarregam da construção da aldeia, da guerra, caça e pesca, da
liderança tribal e dos rituais xamânicos, enquanto as mulheres lidam do plantio e da colheita,
preparam os alimentos e produzem tecidos, adornos e utensílios.

A educação das crianças é geralmente, compartilhada por todos, contudo, nos anos iniciais, é a
mulher quem cuida dos filhos.

As culturas indígenas são, via de regra, baseada na oralidade. Contudo, mesmo na ausência da
escrita, uma diversidade de sinais e de outras formas gráficas cumprem o papel comunicativo.

As tribos costumam manter entre si laços de parentesco e reciprocidade, em famílias


monogâmicas ou poligâmicas. Apesar disso, a liderança não possui caráter hereditário, pois é
meritória na maioria das vezes.

Religião dos Índios

Do ponto de vista religioso, as culturas indígenas são marcadas pela presença do xamã (pajé no
Brasil), os quais são responsáveis pela mediação entre o plano espiritual e material, bem como
pela preservação e difusão do conhecimento da tribo.

Em seus rituais, normalmente panteístas (animismo), reverenciam os ancestrais, os elementos,


as plantas, animais e os seres mitológicos.

Outro fato curioso é o uso de alucinógenos e outras substâncias rituais, como tabaco e bebidas
alcoólicas, utilizados para fazer a ligação com o mundo espiritual.

Mais um aspecto interessante é a percepção indígena do Tempo e do Universo, para os quais


não há uma linearidade bem definida.

Arte e Artesanato Indígena

Os objetos produzidos pelas culturas indígenas, apesar do evidente valor estético, não são
considerados “arte” pelos seus produtores, pois são de uso cotidiano ou ritual, bem como para
troca com povos vizinhos.

Assim, entre esses povos, destaca-se a importância da música, dança, arte plumária, cestaria,
cerâmica, tecelagem e a pintura corporal.

A música é utilizada em ocasiões especiais como nos ritos de guerra, nas festas de plantação e
colheita e nos ritos de iniciação.

Ora, a cultura indígena utiliza a música como uma forma de contar suas histórias e lhe atribui
poderes mágicos, com os quais são capazes de afetar a ordem cosmológica.

De igual modo, a dança possui funções similares às da música nas sociedades indígenas.
Normalmente, as danças são do tipo circulares, com o intuito de obter colheitas fartas, espantar
espíritos malignos, curar doenças, etc.
Por outro lado, a arte plumária possui funções mais decorativas (cocares e braceletes) e, via de
regra, é restrita aos homens.

Enquanto a cestaria e a cerâmica são praticados mais pelas mulheres, as quais lançam mão de
vários trançados para confeccionar cestos para diversos fins e argila para obter vasilhas, potes,
objetos rituais, adornos, dentre outros.

As mulheres também são responsáveis pela produção de tecido (geralmente algodão), mas as
roupas confeccionadas variam de acordo com o clima ou são inexistentes, como no Brasil.

Por fim, ambos os sexos praticam a pintura corporal, normalmente com desenhos abstratos e
geométricos, carregados de simbologias (de guerra, de proteção, etc.). Esse tipo de pintura
também pode ser encontrado em animais, utensílios, árvores e rochas.

Cultura Material

A cultura material indígena se resume a algumas ferramentas, armas, adornos e, muitas vezes,
habitações, para povos caçadores-coletores nômades, os quais praticam pesca e agricultura de
subsistência e se mudam periodicamente, segundo a sazonalidade e a disponibilidade de
recursos naturais.

Cultura Indígena no Brasil

No Brasil, as tribos indígenas são caçadoras-coletoras de tradição oral e, recentemente, estão se


sedentarizando em reservas indígenas.

Estima-se que esta população tenha chegado a cinco milhões de habitantes, contudo, hoje são
cerca de 300 etnias, com um número muito inferior ao que já foi (421.000).

Na cultura material desses índios, destacam-se a confecção da arte plumária e da pintura


corporal, já que é raro a confecção de tecidos para vestimentas. São produtores de mandioca, da
qual produzem o beiju e do milho, com o qual fazem pamonha.

Constroem habitações de madeira e palha chamadas “Ocas”, onde podem viver uma ou mais
famílias. O líder guerreiro é o cacique, enquanto o chefe espiritual é o pajé.
As principais tribos indígenas atualmente no Brasil são: Guarani, Ticuna, Caingangue, Macuxi,
Terna, Guajajaras, Ianomâmi, Xavante, Pataxó e Potiguara.

Cultura Africana

A cultura africana deve ser observada sempre no plural, haja vista sua existência milenar e sua
vasta diversidade. Cumpre lembrar que a África não é um país.

A arqueologia aponta a África como o território habitado há mais tempo no planeta. Isso resultou
na profusão de idiomas com mais de mil línguas, religiões, regimes políticos, condições materiais
de habitação e atividades econômicas.
Atualmente, o continente africano ocupa um quinto da Terra, com mais de 50 países e quase 1
bilhão de habitantes.

Etnocentrismo, Eurocentrismo e Culturas Africanas

É fato conhecido que a história africana foi escrita e contada pelos colonizadores europeus.

Os viajantes, missionários e dirigentes coloniais foram os responsáveis pelos primeiros relatos


acerca da cultura dos povos africanos.

Assim, além de serem capturados para alimentarem a escravidão colonial, estes povos foram
usurpados em todos os seus direitos, incluindo o de contar a própria história.

O “Etnocentrismo” e o “Eurocentrismo” nas ciências europeias durante o século XIX são os


responsáveis pela concepção das culturas africanas.

Nesse viés, elas são consideradas manifestações primitivas ou bárbaras, típicas dos primeiros
estágios da civilização.

Hoje, com as independências dos países africanos, há um esforço de recuperação das tradições
culturais africanas, bem como a constituição de uma historiografia local.

Aspectos Gerais

As manifestações culturais africanas sofreram uma intensa destruição pelos regimes coloniais, o
que leva as nações africanas modernas ao embate com o nacionalismo árabe e ao imperialismo
europeu.

Em se tratando de culturas tradicionais, muito se preservou e se difundiu pelo continente africano,


especialmente devido aos fluxos migratórios pela África.

Isso permitiu a preservação e a combinação de vários aspectos culturais entre os povos do


continente.

Ademais, vale ressaltar também que boa parte destas culturas são baseadas em tradições orais,
o que não significa ausência de escrita.

Organização Política
Os povos africanos podem ser nômades e vagarem pelo deserto ou se fixarem em território para
construir grandes impérios.

Também podem ser formados por pequenas tribos ou grandes reinos, onde o chefe político e o
sumo sacerdote podem ser a mesma pessoa.

Seja governado por clãs de linhagem ou por classes sociais específicas, estes povos irão
constituir grandes patrimônios materiais e imateriais presentes até os dias de hoje.

Estes bens refletem a história e o meio ambiente em que se originaram. Por isso, representam
aspectos das florestas tropicais, desertos, montanhas, etc.

Religiões Africanas

Em termos religiosos, vários cultos estão presentes na África, com destaque para
o islamismo e cristianismo. Além deles, destacam-se as religiões tradicionais, muitas vezes vistas
como prática de magia e a feitiçaria.

Considerados pelos europeus como povos animistas, uma parte dos africanos reverenciam os
espíritos das árvores, pedras, dentre outros, e aceitam a coexistência com forças desconhecidas.

Cada povo africano tem suas origens mitológicas para explicar suas origens. Estas religiões
tradicionais possuem, via de regra, um panteão e estão voltadas ao culto dos antepassados e das
divindades da natureza.

A forma mais conhecida destas religiões envolve o culto aos Orixás (divindades de origem Ioruba
ou Nagô) e englobam uma ampla variedade de crenças e ritos.

Por outro lado, a vida material e espiritual nas religiões africanas, tendem a indistinção entre o
sagrado e o profano. Estas dimensões são concebidas como indissociáveis e inseparáveis.

Artes Plásticas

Devemos considerar que grande parte da produção artística tradicional africana era feita para não
ser vista e o material utilizado em sua confecção possuía um valor simbólico muito grande.
Estas peças podem ser esculpidas, fundidas, pintadas, trançadas, tecidas e utilizadas como
adornos corporais, trajes e itens de uso sagrado ou cotidiano.

Geralmente, os produtos artísticos africanos representam os antepassados fundadores e


apresentam figuras geométricas, antropomórfica, zoomórficas ou antropo-zoomórficas que
ensinam a humanidade a produzir e se reproduzir.

Por sua vez, as famosas máscaras africanas possuem desenhos elaborados e são utilizadas em
cerimônias e rituais.

O renomado artista Pablo Picasso (1881-1973) se inspirou grandemente nestas máscaras, bem


como na iconografia africana, para criar um estilo artístico conhecido como cubismo.

A metalurgia era conhecida e utilizada para fabricar armas, ferramentas e adornos, sendo mais
comum nas regiões de savana.

Outro tipo muito típico de produção artística africana são as esculturas em marfim (povos Ioruba e
Bakongo).

Dança e Culinária

Também são muito conhecidas as danças e músicas tradicionais africanas, marcadas pelos
batuques e movimentos corporais bem acentuados, como o rebolado.

Por fim, destaca-se a culinária africana, temperada com condimentos de aromas fortes e
picantes, com os quais se preparam pratos à base de carnes, legumes, verduras, e até insetos.

É típico da África o leite de coco, o óleo de palmeira, o inhame e o feijão, etc.

Principais Povos e Culturas da África

A principal civilização africana foi sem dúvida a egípcia, que construiu o primeiro império africano
há mais de 5 mil anos.
As cerâmicas de Nok (Nigéria) apontam para uma civilização muito desenvolvida que viveu do
século V a.C. ao século II d.C.

Mais adiante, no século XIII, surge o poderoso Reino do Kongo. Outros povos, como os Berberes
(nômades do deserto do Saara) e os Bantos (região da Nigéria, Mali, Mauritânia e Camarões)
também constituíram grandes grupos populacionais na África.

Por fim, os africanos começaram a ser colonizados pelos europeus a partir do século XV. Ao
atingir o século XIX, já estavam totalmente sob domínio das metrópoles europeias até a segunda
metade do século XX.

Culturas Africanas no Brasil

As culturas africanas tiveram grande influência na formação cultural brasileira e a diversidade de


origem dos africanos escravizados no Brasil reflete diretamente a variedade de povos existentes
na África.

A maior parte destas populações era de origem Bantos, Nagôs e Jejes, Hauçás e Malês.

Muitos são os aspectos culturais que sofreram influência africana no país, entretanto, podemos
destacar:

 o candomblé, religião afro-brasileira baseada no culto aos orixás, da qual surge a umbanda;
 a capoeira, uma dança-luta praticada pelos antigos escravos criada no Brasil;
 a culinária, com vários temperos e pratos típicos, como o vatapá, o caruru e o acarajé.

Na área musical, os ritmos africanos estão em quase todos os estilos brasileiros: maxixe, samba,
choro, bossa-nova. Na dança, o samba é a expressão maior da cultura afro descendente.

Cultura Afro-Brasileira

A cultura afro-brasileira remonta ao período colonial, quando o tráfico transatlântico de escravos


forçou milhões africanos a virem para o Brasil. Assim, foi formada a maior população de origem
africana fora da África.

Esta cultura está marcada por sua relação com outras referências culturais, sobretudo indígena e
europeia a qual está em constante desenvolvimento no Brasil.

Características da Cultura Afro-Brasileira

Uma das principais características da cultura afro-brasileira é que não há homogeneidade cultural
em todo território nacional.
A origem distinta dos africanos trazidos ao Brasil forçou-os a apropriações e adaptações para que
suas práticas e representações culturais sobrevivessem.

Assim, é comum encontrarmos a herança cultural africana representada em novas práticas


culturais.
As manifestações, rituais e costumes africanos eram proibidos. Só deixaram de ser perseguidos
pela lei na década de 1930, durante o Estado Novo de Getúlio Vargas.

Assim, elas passaram a ser celebradas e valorizadas, até que, em 2003, é promulgada a lei nº
10.639 (Lei de Diretrizes e Bases da Educação).

Essa lei exigiu que as escolas brasileiras de ensino fundamental e médio tenham em seus
currículos o ensino da história e cultura afro-brasileira.

Os dois grupos de maior destaque e influência no Brasil são:

os Bantos, trazidos de Angola, Congo e Moçambique;


os Sudaneses, oriundos da África ocidental, Sudão e da Costa da Guiné.

Devemos ressaltar que as regiões mais povoadas com a mão de obra africana foram: Bahia,
Pernambuco, Maranhão, Alagoas, Minas Gerais, Rio de Janeiro, Espírito Santo, São Paulo e Rio
Grande do Sul.

Isso devido à grande quantidade de escravos recebidos (região Nordeste) ou pela migração dos
escravos após o término do ciclo da cana-de-açúcar (região Sudeste).

Aspectos da Cultura Afro-Brasileira

De partida, temos de frisar que a cultura afro-brasileira é parte constituinte da memória e da


história brasileira e que seus aspectos transbordam as margens desse texto.

Ela compõe os costumes e as tradições: a mitologia, o folclore, a língua (falada e escrita), a


culinária, a música, a dança, a religião, enfim, o imaginário cultural brasileiro.

As Festividades Populares

O Carnaval, a maior festa popular brasileira, celebrada no início do ano e mobilizando a nação.
A Festa de São Benedito, principal festa do Congado (expressão da cultura afro-brasileira),
comemorada no final de semana após a Páscoa.

E, por fim, a Festa de Yemanjá, realizada no dia 2 de fevereiro.

A Música e a Dança

A influência afro-brasileira está patente em expressões como Samba, Jongo, Carimbó, Maxixe,


Maculelê, Maracatu. Eles utilizam instrumentos variados, com destaque para Afoxé, Atabaque,
Berimbau e Tambor.

Não podemos perder de vista que estas expressões musicais são também corporais. Elas
refletem nas formas de dançar, como no caso do Maculelê, uma dança folclórica brasileira, e
do samba de roda, uma variação musical do samba.

Temos outras expressões de música e dança como as danças rituais, o tambor de crioula, e os
estilos mais contemporâneos, como o samba-reggae e o axé baiano.

Finalmente, merece destaque especial a Capoeira. Ela é uma mistura de dança, música e artes
marciais proibida no Brasil durante muitos anos e declarada Patrimônio Cultural Imaterial da
Humanidade em 2014.

A Culinária
A culinária é outro elemento típico da cultura afro-brasileira. Ela introduziu as panelas de barro, o
leite de coco, o feijão preto, o quiabo, dentre muitos outros.

Entretanto, os alimentos mais conhecidos são aqueles da culinária baiana, preparados com azeite
dendê e pimentas.

Destacam-se Abará, Vatapá e o Acarajé, bem como o Quibebe nordestino, preparado com carne-
de-sol ou charque; além dos doces de pamonha e cocada

E, por fim, o prato brasileiro mais conhecido de todos: a feijoada. Ela foi criada pelos escravos
como uma apropriação da feijoada portuguesa e produzida a partir dos restos de carne que os
senhores de engenho não consumiam.

A Religião

A religião afro-brasileira se caracterizou pelo sincretismo com o catolicismo, donde unia aspectos
do cristianismo às suas tradições religiosas.

Isso ocorreu para que eles pudessem realizar as práticas religiosas africanas secretamente
(associação de santos com orixás), uma vez que a conversão era apenas aparente.

Assim, nasceram do sincretismo Batuque, Xambá, Macumba e Umbanda, enquanto se


preservaram algumas variações africanas da Quimbanda, Cabula e o Candomblé.

Música

História da Música

A História da música é muito antiga, visto que desde os primórdios os homens produziam
diversas formas de sonoridade.

Lembre-se, portanto, que a música é um tipo de arte que trabalha com a harmonia entre os sons,
o ritmo, a melodia, a voz.

Todos esses elementos são importantes e podem nos transportar para outro tempo e espaço,
resgatar memórias e reacender emoções.
Veremos como essa linguagem artística caminhou durante os séculos até os nossos dias para
adquirir as características que possui hoje no Ocidente.

Música na Pré-História

A humanidade possui uma relação longa com a música, sendo essa umas das formas de
manifestação cultural mais antigas.

Ainda na pré-história, há mais de 50 mil anos, os seres humanos começaram a desenvolver


ações sonoras baseadas na observação dos fenômenos da natureza.

Os ruídos das ondas quebrando na praia, os trovões, a comunicação entre os animais, o barulho
do vento balançando as árvores, as batidas do coração; tudo isso influenciou as pessoas a
também explorarem os sons que seus próprios corpos produziam. Como por exemplo os sons
das palmas, dos pés batendo no chão, da própria voz, entre outros.

Nessa época, tais experimentações não eram consideradas arte propriamente e estavam
relacionadas à comunicação, aos ritos sagrados e à dança.

Música no Egito
No Egito Antigo, ainda no século 4.000 a.C., a música era muito presente, configurando um
importante elemento religioso. Os egípcios consideravam que essa forma de arte era uma
invenção do deus Thoth e que outro deus, Osíris, a utilizou como uma maneira para civilizar o
mundo.

A música era empregada de forma a complementar os rituais sagrados em torno da agricultura,


que era farta na região e os instrumentos utilizados eram harpas, flautas, instrumentos de
percussão e cítara - que é um instrumento de cordas derivado da lira.

Música na Mesopotâmia

Na região da Mesopotâmia, localizada entre os rios Tigre e Eufrates, habitavam os povos


sumérios, assírios e babilônios. Foram encontradas harpas de 3 a 20 cordas na região onde os
sumérios viviam e estima-se que sejam objetos com mais de 5 mil anos. Também foram
descobertas cítaras que pertenceram ao povo assírio.

Música na China e na Índia

Na Ásia - em torno de 3.000 a.C. - a atividade musical prosperou na Índia e China. Nessas
regiões, ela também estava fortemente relacionada à espiritualidade.

O instrumento mais popular entre os chineses era a cítara e o sistema musical utilizado era a
escala de cinco tons - pentatônica.

Já na Índia, em 800 a.C., o método musical era o de "ragas", que não utilizava notas musicais e
era composto de tons e semitons.

Música na Grécia e em Roma


Podemos observar que a cultura musical na Grécia Antiga funcionava como uma espécie de elo
entre os homens e as divindades. Tanto que a palavra "música" provém do termo
grego mousikē, que significa "a arte das musas". As musas eram as deusas que guiavam e
inspiravam as ciências e as artes.

É importante ressaltar que Pitágoras, grande filósofo grego, foi o responsável por estabelecer
relações entre a matemática e a música, descobrindo as notas e os intervalos musicais.

Sabe-se que na Roma Antiga, muitas manifestações artísticas foram herança da cultura grega,
como a pintura e a escultura. Supõe-se, dessa forma, que o mesmo ocorreu com a música.
Entretanto, diferente dos gregos, os romanos usufruíam dessa arte de maneira mais ampla e
cotidiana.

Música na Idade Média

Durante a Idade Média a Igreja Católica esteve bastante presente na sociedade europeia e ditava
a conduta moral, social, política e artística.
Naquela época, a música teve uma presença marcante nos cultos católicos. O Papa Gregório I -
século VI - classificou e compilou as regras para o canto que deveria ser entoado nas cerimônias
da Igreja e intitulou-o como canto gregoriano.

Outra expressão musical do período que merece destaque são as chamadas Cantigas de Santa
Maria, que agregam 427 composições produzidas em galego-português e divididas em quatro
manuscritos.

Uma importante compositora medieval foi Hidelgard Von Bingen, também conhecida como Sibila
do Reino.

Música no Renascimento
Já na época renascentista - que compreende o século XIV até o século XVI - a cultura sofreu
transformações e os interesses estavam voltados para a razão, a ciência e o conhecimento do
próprio ser humano.

Tais preocupações se refletiram também na música, que apresentava características mais


universais e buscava se distanciar dos costumes da Igreja.

Uma característica significativa da música nesse período foi a polifonia, que compreende a
combinação simultânea de quatro ou mais sons.

Podemos citar como um grande compositor da Renascença Thomas Weelkes.

Música no Barroco

A partir do século XVII, o movimento barroco promove mudanças marcantes no cenário musical.
Foi um período bastante fértil e importante para a música ocidental e apresentava novos
contornos tonais, com a utilização do modo jônico (modo “maior”) e modo eólio (modo “menor”).

O surgimento das óperas e das orquestras de câmaras também acontece nessa fase, assim
como o virtuosismo dos músicos ao tocar os instrumentos. Os maiores representantes da música
barroca foram Antonio Vivaldi, Johann Sebastian Bach, Domenico Scarlatti, entre outros.

Música no Classicismo
No Classicismo, que corresponde ao período em torno de 1750 e 1830, a música adquire
objetividade, equilíbrio e clareza formal, conceitos já utilizados na Grécia Antiga.

Nessa época, a música instrumental e as orquestras ganham ainda mais destaque. O piano toma
o lugar do cravo e novas estruturas musicais são criadas, como a sonata, a sinfonia, o concerto e
o quarteto de cordas.

Os artistas que se sobressaíram são Haydn, Mozart e Beethoven.

Música no Romantismo

No século XIX, o movimento cultural que surgiu na Europa foi o Romantismo. A música
predominante tinha como qualidades a liberdade e a fluidez, e primava também pela intensidade
e vigor emocional.

Esse período musical é inaugurado pelo compositor alemão Beethoven - com a Sinfonia nº3 - e
passa por nomes como Chopin, Schumann e sua esposa Clara Shumann, Wagner, Verdi,
Tchaikovsky, R. Strauss, entre outros.

Música no Século XX
No século XX, a música ganha nova roupagem e uma grande transformação ocorre com o
surgimento do rádio.

Novas tecnologias e suportes para a gravação e divulgação musical ajudam a popularizar essa
linguagem artística e projetar cantores e compositores, já que eles não dependiam somente dos
concertos musicais.

Com uma cartela de opções mais variadas, o público começa a ter contato com outros tipos de
música.

É importante também destacar a presença da música atonal - ou seja, que não possui um centro
tonal nem uma tonalidade preponderante. Há também a dodecafônica, que trata as doze notas
da escala cromática como equivalentes.

Alguns artistas também passam a incorporar novos elementos em suas produções, como
instrumentos até então pouco explorados e objetos sonoros.

Um exemplo é o multi-instrumentista brasileiro Hermeto Pascoal, que tira sons tanto de flautas e
pianos como de objetos do cotidiano como chaleiras, pentes, copos d'água e brocas de dentistas.
A compositora Adriana Calcanhoto também possui um projeto de música infantil que faz uso de
diversos brinquedos para produzir suas composições.

Podemos citar como grandes nomes da música do século XX o brasileiro Heitor Villa-Lobos, o


russo Igor Stravinsky, o nigeriano Fela Kuti, a pianista carioca Chiquinha Gonzaga, o norte-
americano Louis Armstrong, a francesa Lili Boulanger, o argentino Astor Piazzolla, e muitos
outros.

Gêneros Musicais Brasileiros

No Brasil, a população possui uma relação intensa com a música. O povo brasileiro, de forma
geral, é bastante musical, apreciando essa forma de arte em seu dia a dia e nos momentos de
lazer.

O país é muito diverso e heterogêneo culturalmente, e apresenta distintos estilos musicais


dependendo da região. Entretanto, alguns se destacam e fazem sucesso em todo território.

Confira abaixo a história, as principais características e os maiores representantes dos principais


gêneros musicais do Brasil.
Sertanejo

O estilo de música sertaneja teve sua origem no Brasil a partir da década de 1910. Ela foi
produzida por compositores do campo e da cidade utilizando principalmente a viola caipira.
Chamada também de embolada ou moda de viola, esse gênero musical se segmentou em
diversos tipos:

 Sertanejo raiz (ou música caipira)


 Sertanejo romântico
 Sertanejo dançante
 Sertanejo universitário

Hoje em dia, o sertanejo universitário é o tipo de música mais ouvido no Brasil. Nos anos 90, esse
gênero ganhou muita projeção com algumas duplas, como Chitãozinho e Xororó, Leandro e
Leonardo, entre outros. A partir dessa época, outras duplas surgiram e consolidaram ainda mais o
sertanejo no país.

Recentemente, duplas de mulheres têm surgido e feito sucesso na cena da música sertaneja,
trazendo também temas do universo feminino para esse estilo musical.

MPB (Música Popular Brasileira)

A MPB - sigla para Música Popular Brasileira - é um dos gêneros musicais mais apreciados no
Brasil e também internacionalmente. Surgiu em meados da década de 1960 como um
desdobramento da bossa nova e apresentava influência de diversos estilos musicais, na busca de
criar um genuinamente nacional.
Com o Golpe Militar de 1964, esse tipo de música também se constitui um forte instrumento de
luta contra a repressão. Com um conteúdo contestador, os músicos se posicionavam de maneira
contrária às injustiças sociais e à ditadura imposta no país.

Os artistas Chico Buarque, Caetano Veloso e Gilberto Gil, nomes muito importantes na história da
MPB e no contexto sócio-político da época, foram obrigados a se exilar.

Outros artistas notáveis são Elis Regina, Djavan, Milton Nascimento, Gal Costa, Maria Bethânia e
muitos outros.

Samba

O samba é um tipo de música inteiramente brasileiro, criado sobretudo pelos negros a partir de
influências africanas no período colonial.

Por bastante tempo foi visto como uma cultura inferior, marginalizada por conta de suas origens.
Entretanto, como sempre fez parte da identidade do povo brasileiro, esse estilo de música (e de
dança também) resistiu e segue forte no país, sendo que hoje o samba de roda baiano e o samba
carioca foram elevados a patrimônio imaterial brasileiro.

Ao longo dos anos esse gênero musical também sofreu várias subdivisões, resultando em:

 Samba de Roda
 Pagode
 Samba de Partido Alto
 Samba-enredo
 Samba-canção
 Samba-exaltação
 Samba de Breque
 Samba de Gafieira

São muitos os cantores e compositores que fazem samba. Alguns nomes importantes desse
gênero são: Arlindo Cruz, Alcione, Paulinho da Viola, Martinho da Vila, Beth Carvalho, Paulo
César Pinheiro, Clara Nunes, entre outros.
Forró

O estilo de música e de dança forró é uma manifestação cultural típica da região Nordeste e muito
tocada na época das festas juninas e quadrilhas.

Apreciada em todo o Brasil, foi disseminada pelo país através dos migrantes nordestinos que
saíam de seu lugar de origem em busca de melhores condições de vida, principalmente na
década de 1960 e 1970.

Segundo o historiador e antropólogo Câmara Cascudo, o termo forró provém da palavra


"forrobodó", que significa divertimento, farra.

O forró tem como base instrumental a zabumba, o triângulo e a sanfona; é subdividido nos ritmos
xote, baião e xaxado. Com o tempo também se incluiu outros instrumentos e características a
esse tipo de música, o que gerou ainda o forró universitário e eletrônico, surgidos na década de
1990.

Como representantes do forró tradicional temos os artistas Dominguinhos, Luiz Gonzaga e


Jackson do Pandeiro.

Rock

O rock é um gênero musical que faz bastante sucesso no Brasil.

Surgido nos EUA nos anos 50, esse estilo foi incorporado por artistas brasileiros a partir da
década de 1960 e conta com a presença de instrumentos como bateria, guitarra elétrica e baixo.
Com sucessos interpretados por Celly Campello e mais tarde por cantores da chamada Jovem
Guarda - como Roberto Carlos, Erasmos Carlos e Wanderléa - eram músicas que animavam
sobretudo os jovens, com letras românticas e ritmos frenéticos.

Já nos anos 70, surgiram outros grupos e artistas que usavam essa linguagem musical. É o caso
de Raul Seixas, Secos e Molhados e Os Mutantes.

Anos mais tarde, a cena do rock nacional ganhou contornos mais urbanos e trazia letras que
falavam sobre o cotidiano, com bandas e cantores como Legião Urbana, Barão Vermelho, Titãs,
Cássia Eller, entre outras.

Curiosidades

 Celebra-se o Dia Mundial do Rock em 13 de julho. A comemoração teve origem em 1985,


quando ocorreu o megaevento Live Aid, realizado nesse dia. O festival teve lugar na Inglaterra,
EUA, Austrália, Rússia e Japão e tinha como objetivo angariar fundos em combate à fome na
Etiópia.
 O Dia do Sertanejo é festejado em 3 de maio. Há 55 anos à Radio Aparecida presta uma
homenagem ao povo do campo e aos costumes dos violeiros em visitar Aparecida, demostrar sua
fé e tocar sua música.
 O samba possui o dia 2 de dezembro reservado para sua celebração. Tal data surgiu por
iniciativa de Luis Monteiro da Costa, vereador baiano. A escolha foi uma homenagem a Ary
Barroso, importante sambista, que teria visitado a Bahia pela primeira vez nesse dia.
 No Brasil, é celebrado em 13 de dezembro o Dia Nacional do Forró, data de nascimento do
sanfoneiro Luiz Gonzaga.
 O Dia Nacional da MPB acontece anualmente em 17 de outubro. Essa é uma homenagem à
compositora Chiquinha Gonzaga, nascida nessa data em 1847, no Rio de Janeiro.

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